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Motores de combustão interna

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Motores de combustão

interna

 Histórico  Introdução  Vantagens e Desvantagens  Classificação

 Comparação Ciclo Otto e Diesel

 Ciclo de Potência: ciclo a 4 e 2 tempos

 Principais Componentes dos MCI. Dimensionamento  Combustíveis e comburentes

 Sistema de Distribuição

 Sistema de Alimentação ou Injeção  Sistema de Resfriamento

 Sistema de Lubrificação  Potência e rendimento

(3)

HISTORICO DOS MOTORES

• 1824: SadiCARNOT escreve “Reflexões sobre a potência motriz do fogo”; • 1860: LENOIR escreve na Bélgica: “O motor sem compressão”;

• 1862: França. Alphonse BEAU duROCHAS define teoricamente o ciclo do motor a 4 tempos;

• 1876: Nicolas OTTO constrói o primeiro motor a combustão, seguindo a teoria de BEAU duROCHAS;

• Taxa de compressão: 2,5:1 e rendimento de 15%. • 1884: Primeiro automóvel em 12/12/1884 na França

(4)

HISTORICO DOS MOTORES

• 1894: Primeira corrida de automóvel entre as cidades de Paris e Rouen; • 1897: Surge o primeiro motor DIESEL, construído por...Rudolf DIESEL, em

Augsburgna Alemanha.20cv a 172 rpm, η~26% • 1898: Primeiro salão do automóvel, Paris.

• 1904: Primeiro navio a Diesel;

• 1909: Motor diesel injeção Indireta pronto para entrar em produção; • 1912: Primeira locomotiva a Diesel;

• 1936: Primeiro veículo de passeio Diesel, Mercedes 260D; • 1954: Surge o motor rotativo (Wankel);

• 1989: Primeiro veículo de passeio Diesel a injeção direta (Audi); • 1997: Primeiro veículo de passeio com injeção direta a gasolina

(5)

HISTORICO DOS MOTORES

• E antes deles, em

1712, o inglês

Thomas

Newcomen,

desenvolveu o

primeiro motor a

vapor...com

sucesso...mas ainda

era a combustão

externa

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HISTORICO DOS MOTORES

• E antes dele, em 1673, o físico alemão Christian Huygens, a mando do rei Louis XIV, da França,

desenvolveu o primeiro motor a combustão

interna. A pólvora, mas a combustão interna. • Objetivo do motor: bombear mais de 3000 m3 de água para abastecer as fontes do palácio de Versailles.

(7)

Desde então, a produção de

veículos aumenta a cada

(8)

Previsão para o mercado

americano

(9)
(10)

INTRODUÇÃO

• Os motores de combustão podem ser classificados

como de:

COMBUSTÃO EXTERNA, no qual o fluido de trabalho

está completamente separado da mistura

ar/combustível, sendo o calor dos produtos da

combustão transferido através das paredes de um

reservatório ou caldeira, ou de

COMBUSTÃO INTERNA, no qual o fluido de trabalho

consiste nos produtos da combustão da mistura de

ar/combustível.

(11)

INTRODUÇÃO

• No caso dos motores a combustão interna podemos

distinguir ainda:

 Motores alternativos do tipo a “ignição por centelha” e

motores a ignição por compressão ou “Diesel”.

 Motores axiais: No caso das turbinas de avião e a gás.

• Nestes últimos, as diferentes evoluções do fluido

motor acontecem em espaços sucessivos e justapostos.

Ao contrário dos motores alternativos onde as

transformações acontecem todas no mesmo espaço, a

câmara de combustão.

(12)
(13)

Vantagens e Desvantagens

 A principal vantagem dos motores de combustão interna sobre as instalações de potência de outros tipos, consiste na ausência de trocadores de calor, tais como a caldeira e condensador de uma instalação a vapor.

 Maior eficiência máxima;

 Menor razão de peso e volume da instalação para a potência máxima (exceto, possivelmente, no caso de unidades maiores do que 7353 kW ou 10.000 c.v.);

 Maior simplicidade mecânica;

 O sistema de refrigeração de um motor de combustão interna transfere uma quantidade de calor muito menor que o

condensador de uma instalação a vapor de igual potência e, normalmente. O menor tamanho do trocador de calor é uma vantagem nos veículos de transporte e em outras aplicações, nas quais o resfriamento deve ser feito por meio de ar atmosférico.

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(15)

Classificação

• Os MCI podem ser classificados em:

a) Quanto a propriedade do gás na admissão: ar (Diesel) e mistura ar-combustível (Otto); b) Quanto à ignição: por centelha (ICE) [spark ignition (SI)] e por compressão (ICO) [compression

ignition (CI)];

c) Quanto ao movimento do pistão: Alternativo (Otto, Diesel) e Rotativo (Wankel, Quasiturbine); d) Quanto ao ciclo de trabalho: 2 tempos e 4 tempos;

e) Quanto ao número de cilindros: monocilíndricos e policilíndricos;

(16)

Classificação

g) Quanto à utilização: estacionários, industriais, veiculares e marítimos.

Pode-se classificar os motores de combustão interna segundo os vários sistemas que os compõem, por exemplo:

( i ) ADMISSÃO DE COMBUSTÍVEL: motores com carburação (Otto) e com injeção (Diesel, Otto);

( ii ) REFRIGERAÇÃO: ar (natural ou forçada) e água (termo-sifão, forçada);

( iii ) IGNIÇÃO: magneto e bateria;

( iv ) DISPOSIÇÃO DAS VÁLVULAS: em I, L, T, F; e

( v ) DISPOSIÇÃO DO COMANDO DE VÁLVULAS: no bloco e no cabeçote (OHC, DOHC).

(17)

Comparação Ciclo Otto e

Diesel

• A tabela abaixo mostra as principais diferenças

entre os Ciclo Otto e Ciclo Diesel:

(18)
(19)

Ciclo Otto

• 1 - 2 (compressão) - adiabática reversível, por tanto,

isentrópica;

• 2 - 3 - a volume constante (combustão);

• 3 - 4 (expansão) - adiabática, reversível, portanto,

isentrópica; e

• 4 - 1 - a volume constante (exaustão).

• Na modelagem mais simples, o ciclo fica reduzido ao

diagrama da figura inferior.

• A eficiência do ciclo Otto é obtida substituindo na

expressão da eficiência, as relações entre as

(20)

Ciclo Otto

• O pistão começa no estado 1 no PMI e comprime o ar

até que ele atinja o PMS no estado 2;

• Ocorre então a combustão instantânea, em razão da

ignição provocada por uma faísca elétrica (centelha)

resultando em um aumento súbito de pressão para o

estado 3, enquanto que o volume permanece

constante;

• O processo prossegue através do curso de ação do

pistão, enquanto o ar expande para o estado 4;

No final do processo uma transmissão de calor súbita

para a vizinhança completa o ciclo.

(21)
(22)

Ciclo Diesel

• Características do Ciclo Diesel:

• 1 - 2 : compressão - adiabática reversível, por

tanto, isentrópica.

• 2 - 3 : a pressão constante (combustão)

• 3 - 4 : expansão - adiabática, reversível, por

tanto, isentrópica

(23)

Ciclo Diesel

• No ciclo Diesel a ignição do combustível

acontece normalmente pela própria

(24)

Ciclo Diesel

 Se fosse possível que um motor que trabalhe no Ciclo Otto operasse em altíssimas pressões, teríamos uma eficiência mais alta que com o ciclo Diesel. A verdade é que os motores ciclo Otto funcionam com relações de pressão menores, e então, em termos gerais, a eficiência que se obtém com eles é menor que a obtida com o ciclo Diesel.

 Uma outra vantagem dos ciclos Diesel é que podem funcionar com combustíveis menos nobres, óleos mais pesados, no caso.

 Se a razão de compressão for suficientemente grande, a temperatura do ar no cilindro quando o pistão aproxima-se do PMS excederá a

temperatura de ignição espontânea do combustível. Isto ocorrerá se a razão de compressão for cerca de 14 vezes maior. Nenhuma ignição por faísca elétrica será necessária. A combustão ocorrerá por causa da

(25)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

• CICLO A QUATRO TEMPOS

1° TEMPO (ADMISSÃO): acionado pela biela e

pelo virabrequim, o pistão afasta-se do cabeçote

e cria uma depressão provocando a aspiração de

uma certa quantidade de mistura A/C. Esta

mistura A/C penetra no cilindro graças à válvula

de admissão que durante todo o curso do pistão

se mantém aberta.

(26)
(27)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

• 2° TEMPO (COMPRESSÃO): partindo do PMI o

pistão sobe até o PMS. Ao iniciar este

movimento, a válvula de admissão se fecha e os

gases no cilindro sofrem então uma forte

compressão. No final do 2° TEMPO, o

virabrequim efetuou uma rotação completa; o

pistão encontra se novamente no PMS. As

válvulas são hermeticamente fechadas e os gases

ficam comprimidos num determinado espaço a

que se chama câmara de compressão ou câmara

de explosão.

(28)
(29)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

• 3° TEMPO (EXPLOSÃO): a queima da mistura A/C

na câmara de compressão efetua-se no final do 2°

TEMPO, alguns instantes antes do pistão ter

atingido o PMS. A queima total da massa de gás

provoca uma considerável elevação da

temperatura, o que originará um grande

aumento de pressão. Esta pressão irá comprimir

consideravelmente o pistão do PMS ao PMI,

transmitindo deste modo ao virabrequim uma

força motriz favorável à rotação. É o que se

(30)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

(31)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

• 4° TEMPO (DESCARGA): poucos instantes

antes do pistão atingir o PMI no final do 3°

TEMPO, a válvula de descarga começa a abrir

e os resíduos de combustão escapam para o

exterior do motor. A expulsão completa

realiza-se durante todo o espaço de tempo em

que o pistão faz o seu retorno ao PMS. Neste

momento a válvula de descarga fecha-se e a

admissão abre para logo a seguir iniciar-se um

novo ciclo.

(32)
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Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

• Particularidades do ciclo a quatro tempos:

• Exige duas rotações do virabrequim (720°) e

só fornece uma força motriz ao 3° TEMPO;

• Há necessidade de acionar o motor por meio

de uma força exterior;

• O 1°, 2°, e 3° TEMPOS absorvem energia

mecânica, o que obriga o emprego de um

volante ligado ao virabrequim.

(34)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

• CICLO A DOIS TEMPOS

• O ciclo a 2 tempos inicia no PMI. Necessita de

uma rotação do virabrequim e permite obter uma

explosão cada vez que o pistão atinge o PMS. Os

gases são previamente comprimidos, quer no

cárter do motor, quer pelo pistão especial ou pelo

compressor. A entrada e a saída dos gases

efetuam-se por canais que desembocam nas

paredes do cilindro e são abertos pelo pistão no

seu PMI. Alguns tipos de motores são munidos de

válvulas de escape comandadas por cames.

(35)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

• 1° TEMPO: quando o pistão está no PMI, os

canais são abertos e os gases queimados

escapam do cilindro enquanto os novos gases

entram no cilindro sob pressão pelo canal de

transvasamento. Estes novos gases são dirigidos

ao cabeçote a fim de evitar que se misturem com

os gases queimados e que saiam

prematuramente. Quando o pistão se desloca do

PMI ao PMS, fecha primeiro o canal de

transvasamento, depois o canal de desce

comprime a nova carga de gás.

(36)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

(37)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

• 2° TEMPO: no final da compressão, os gases são

inflamados e a alta pressão obtida comprime o

pistão para o ponto morto oposto; é o tempo

motor. Instantes antes de atingir o PMI, o pistão

abre primeiramente o canal de descarga e em

seguida o de transvasamento. Os gases

queimados escapam do cilindro enquanto que

uma nova carga de mistura penetra nele. Começa

um novo ciclo. O ciclo 2 tempos tem as seguintes

particularidades.

(38)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

(39)

Ciclo de Potência: ciclo a 4

e 2 tempos

(40)

Motores Rotativos de

Deslocamento – Motor

Wankel

• São motores nos quais um membro rotativo é disposto de forma a variar o volume de trabalho de maneira análoga ao de um

compressor do tipo palheta, ou por meio de movimento excêntrico de um rotor em um volume cilíndrico.

• O problema mais difícil em tais motores é a selagem da câmara de combustão contra vazamento sem excessivo atrito e desgaste. Esse problema é bem mais difícil do que o de anéis de segmento

convencionais, devido às seguintes razões:

- “contato de linha” em lugar de contato de superfície;

- as superfícies a selar são descontínuas, com arestas vivas;

- a velocidade do selo é elevada durante parte do ciclo de alta pressão, em contraste com anéis de segmento, cuja velocidade é próxima de zero na máxima pressão do cilindro.

(41)

Motores Rotativos de

Deslocamento – Motor

(42)

Motores Rotativos de

Deslocamento – Motor

Wankel

• Embora se diga que o problema de selagem esteja

resolvido, não parece razoável aceitar que a solução

relativa ao problema da selagem seja tão satisfatória

quanto a do anel de segmento dos motores convencionais

• Em geral, o objetivo dos projetos de motores rotativos de

deslocamento foi de evitar (minimizar) vibração, redução

de tamanho, peso e redução de custo em comparação com

os tipos convencionais.

• A única vantagem básica desse tipo de motor está no fato

de ser alta a relação volume de deslocamento para volume

total do motor, obtendo-se assim, maiores potências.

(43)

Principais Componentes

dos MCI

• Os principais componentes dos MCI estão divididos da

seguinte forma:

Órgãos (peças) fixos:

 Bloco do motor;

 Cabeçote;

 Cárter.

Órgãos móveis:

 Pistão ou êmbolo;

 Biela;

 Arvore de manivelas;

 Válvulas de admissão e Descarga; e

 Arvore de comando de válvulas.

(44)

Órgão Fixo – Bloco do

Motor

• É o motor propriamente dito, onde são

usinados os cilindros. Na parte inferior do

bloco estão os alojamentos dos mancais

centrais, onde se apóia o eixo de manivelas

(virabrequim).

(45)

Órgão Fixo - Cabeçote

• Tampa do motor contra a qual o pistão comprime a

mistura, no caso do ciclo Otto, ou o ar, no caso do

Diesel. Possui furos roscados onde são instaladas as

velas de ignição ou os bicos injetores e onde estão

instaladas as válvulas de admissão e descarga escape

com suas respectivas redes.

(46)

Órgão Fixo - Cárter

• Parte inferior do bloco, cobrindo os componentes

inferiores do motor e onde está depositado o óleo

lubrificante.

• O cárter de um motor é em ferro fundido ou em

alumínio fundido. Forma a parte principal do bloco do

motor e contém o virabrequim, o eixo de cames (motor

de válvulas laterais) e a bomba de óleo.

• As extremidades do cárter têm frequentemente garras

destinadas a fixação do motor. As paredes extremas e

as divisórias internas suportam os mancais do

(47)

Órgãos Móveis – Pistão ou

Êmbolo

• É a parte móvel da câmara de combustão, recebe a

força de expansão dos gases queimados,

transmitido-a à biela, por intermédio de um pino de

aço (pino do pistão). É em geral fabricado em liga de

alumínio.

(48)

Órgãos Móveis – Biela e

Virabrequim

• Braço de ligação entre o pistão e o eixo de

manivelas que recebe o impulso do pistão,

transmitindo-o ao eixo de manivelas

(virabrequim).

• O conjunto biela-virabrequim transforma o

movimento retilíneo do pistão em movimento

rotativo do virabrequim.

• Virabrequim (Eixo de manivelas, Árvore de

manivelas): eixo motor, na maioria das vezes, é

instalado na parte inferior do bloco, recebendo

ainda as bielas que lhe imprimem movimento.

(49)
(50)

Órgãos Móveis – Eixo de

Comando de Válvulas

• Tem por função abrir as válvulas de admissão e

descarga, nos tempos de admissão e escapamento. É

acionado pelo eixo de manivelas, através de

engrenagem, corrente ou correia dentada. Possui

ressaltos que elevam o conjunto: tucho, haste,

(51)
(52)

Órgão Móveis - Válvulas

• Existem dois tipos: de admissão e de escape (descarga). A

primeira abre-se para permitir a entrada da mistura

combustível/ar (ou ar puro, conforme o caso) no interior do

cilindro. A segunda abre-se para permitir a saída aos gases

queimados.

(53)

Órgão Móveis – Outros

componentes

• Cilindros: são de ferro fundido, cuja fundição fácil

permite executar as mais variadas formas do bloco e

das câmaras de água. Geralmente as fundições de

bloco com cilindros inclusos (não camisas) contém

cromo, para aumentar a resistência dos cilindros ao

desgaste. Principais defeitos que surgem são desgaste

interno e ovalização.

• O grande desgaste dos cilindros leva a um consumo

exagerado de óleo e de combustível, a um depósito de

sujeira nas velas, a uma marcha ruidosa e a diminuição

da potência.

(54)

Dimensionamento

• O bloco de cilindros é frequentemente fundido numa

peça única com o cárter superior do motor. Devemos

ter uma montagem precisa dos elementos mecânicos

internos (virabrequim, bielas e pistões).

– Sendo assim algumas definições são pertinentes:

– Ponto Morto Superior (PMS);

– Ponto Morto Inferior (PMI).

– São nestas posições onde o êmbolo muda de sentido de

movimento estando no seu máximo (PMS) ou no seu

(55)
(56)

Dimensionamento -

Exemplo

• Tomando como exemplo o motor de um Ômega

GLS (GM). Do seu catálogo têm-se os seguintes

dados:

• Motor Dianteiro Longitudinal M.P.F.I.

• Número de Cilindros =04

• Diâmetro cilindro =86,0 mm

• Curso do pistão =86,0 mm

• Taxa de Compressão= 9,2:1

• Assim, substituindo em C = 1998,229 cm

3

.

(57)

Combustíveis e

Comburentes

• Os motores de combustão interna podem ser operados com vários tipos diferentes de combustíveis, incluindo materiais líquidos,

gasosos e mesmo sólidos. O caráter do combustível usado pode ter considerável influência sobre o projeto, potência, eficiência,

consumo e, em muitos casos, confiabilidade e durabilidade do motor.

• Pode-se dizer que 99% dos motores de combustão interna utilizam combustíveis líquidos derivados do petróleo.

• Os produtos resultantes do refino do petróleo são classificados por sua utilização, peso específico e sua volatilidade, conforme

determinado pela destilação à pressão atmosférica ao nível do mar. Quais sejam: gás natural, gasolina, querosene, destilado

(semelhante a querosene), óleos diesel, óleos combustíveis (apropriados para queimadores contínuos), óleos lubrificantes.

(58)

Combustíveis e

Comburentes

• COMBUSTÍVEIS PARA MOTORES DE IGNIÇÃO POR

CENTELHA

• Quanto ao desempenho do motor de ignição por centelha,

as seguintes características do combustível são

importantes: volatilidade; características de detonação e

pré-ignição; calor de combustão por unidade de massa e

volume; calor latente de vaporização; estabilidade química,

neutralidade e limpeza; segurança.

• VOLATILIDADE: tendência de um líquido evaporar-se.

Grande importância nos motores carburados, devido a sua

influência na razão vaporar nos cilindros no instante da

(59)

Combustíveis e

Comburentes

• DETONAÇÃO: é a explosão da mistura por efeito da

pressão. A resistência à detonação de um combustível

consiste em uma característica extremamente

importante se for usado em motores de ignição por

centelha. Os efeitos da detonação são nocivas para o

motor. Repetidas detonações provocarão

superaquecimento e a perfuração da cabeça dos

êmbolos. O poder anti-detonante é a resistência que

um combustível apresenta à detonação.

• OCTAGEM: a octanagem mede a capacidade da

gasolina de resistir à detonação, ou a sua capacidade

de resistir às exigências do motor sem entrar em

auto-ignição antes do momento programado

(60)

Combustíveis e

Comburentes

A detonação, também conhecida como “batida de pino”,

leva à perda de potência e pode causar sérios danos ao

motor, dependendo de sua intensidade e persistência.

• Um combustível de octanagem n é aquele que se

comporta como se fosse uma mistura contendo n% de

isooctano e (100-n)% de n.heptano. Por convenção, o

isooctano puro tem octanagem 100 e o n.heptano puro

tem octanagem zero.

• Hoje, alguns combustíveis aditivados possuem

octanagem superior a escala posta, é uma nova

tecnologia.

(61)

Combustíveis e

Comburentes

• No Brasil é utilizada uma gasolina única no mundo, pois trata-se de uma mistura de 76% de gasolina e 24% de álcool etílico (etanol). O teor de álcool na gasolina é objeto de Lei Federal, cuja especificação final é de responsabilidade da Agência Nacional de Petróleo – ANP. • Desde janeiro de 1992, a gasolina brasileira é isenta de chumbo. O

chumbo era utilizado mundialmente para aumentar a octanagem da gasolina, mas, por questões ambientais, vem sendo

gradualmente eliminado.

• As Gasolinas Comum e Comum-Aditivada têm octanagem de 86, indicadas para a maioria da frota de veículos circulante no Brasil. A Gasolina Premium possui maior octanagem, 91. Pode ser utilizada em qualquer veículo, mas não trará nenhum benefício se o motor não exigir este tipo de combustível (alta taxa de compressão, com monitoramento eletrônico, injeção multiponto e projetados para gasolinas de alta octanagem).

(62)

Combustíveis e

Comburentes

• As principais propriedades da gasolina e do

álcool estão indicadas abaixo:

(63)

Sistema de Distribuição

• O conjunto de elementos que comandam a admissão

de mistura A/C nos motores Otto e o ar nos motores

Diesel, nos cilindros e posteriormente a saída dos gases

queimados, chama-se Sistema de Distribuição.

• São requisitos fundamentais para um sistema de

distribuição eficiente:

 cada válvula se mantenha aberta o tempo necessário para

uma boa admissão de mistura ou ar;

 a lavagem do cilindro;

 e a completa expulsão dos gases queimados; e

 que funcione suave e eficientemente nos mais variados

regimes de rotação do motor.

(64)

Sistema de Distribuição

• Pode-se designar um motor especificando a disposição dos seus elementos de distribuição:

• Motores de válvulas laterais: possuem válvulas dispostas ao lados dos cilindros. Esta disposição clássica assegura um funcionamento silencioso, assim como uma marcha suave.

• Motores com válvulas suspensas: possuem válvulas colocadas

sobre os cilindros. Esta disposição permite uma forma mais racional da câmara de combustão, favorece a potência do motor e um

rendimento térmico superior. A posição das válvulas suspensas determina melhor rendimento aos altos regimes e convém aos motores potentes de relação volumétrica elevada.

(65)
(66)

Potência e Rendimento

• A energia mecânica desenvolvida por um motor é

medida com precisão num banco de testes. É

igualmente possível calcular esta energia com uma

certa aproximação tendo em conta as particularidades

do motor considerado. Em ambos os casos,

determina-se a quantidade de trabalho mecânico efetuada em um

dado tempo. Do resultado obtido, deduz-se a potência.

• Potencia do Motor

• Para maior facilidade de compreensão dos fatores que

influenciam a potência de um motor, a potência

efetiva, isto é, a potência gerada no eixo do motor

pode ser calculada pela seguinte fórmula:

(67)
(68)
(69)

Potência e Rendimento

• Rendimento Mecânico

 O rendimento mecânico é a relação entre a potência produzida no eixo e a potência produzida no interior do cilindro, provocada pela combustão. Este rendimento é função da força de atrito que ocorre entre os seus diversos órgãos e das forças necessárias p/ acionar os órgãos auxiliares.

• Rendimento Térmico

 O rendimento térmico é a relação entre o calor que efetivamente se transforma em trabalho útil e o calor equivalente ao trabalho que poderia ser obtido pela queima do combustível.

• Rendimento Volumétrico

 O rendimento volumétrico é a relação entre o peso de ar

efetivamente introduzido no cilindro e o peso teórico máximo, nas condições atmosféricas (150 C e 760 atm).

(70)

Velocidade média do pistão

• O valor máximo da velocidade média do pistão é

limitada pelos esforços de Inércia e pela garantia de

um bom enchimento dos cilindros.

• Uma velocidade de 24 m/s nos dias de hoje, é o

(71)

Velocidade Média do Pistão

• Para motores a ignição por centelha, os valores

ficam em torno de 12 a 18 m/s;

• Existem versões esportivas que atingem a casa

dos 23 m/s;

• Motores de F-1 atuais, ultrapassam a barreira dos

26 m/s;

• A velocidade média do pistão nos dá uma ideia

da escolha técnica do motor. Influenciando

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B ( ) Os motores de ciclo Diesel necessitam de centelha produzida pelo sistema elétrico para ignição. C ( ) Os motores do ciclo Otto necessitam de centelha produzida pelo

OBS: Vc precisa agora garimpar ‘’ frases , aproximações e padrões de aproximação ‘’