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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE FERIDAS BARBOSA, Fabiano

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Academic year: 2021

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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE FERIDAS

BARBOSA, Fabiano

Graduando em enfermagem, CTESOP,Fabhi_b_@hotmail.com

LINARTEVICHI, Vagner Fagnani

Doutor, Professor do curso de Enfermagem, CTESOP, linartevichi@gmail.com

Resumo: A temática sobre assistência de enfermagem vem cada dia aumentando o que se evidencia a importância de sistematizar a assistência. A literatura sugere que, tratar ferida envolve mecanismos dinâmicos, e que a assistência de enfermagem deve ter uma atenção maior quando se trata em tratar feridas, o olhar amplo que garanta o cuidado integral. Este trabalho teve por objetivo descrever sobre a sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de feridas e esclarecer o processo de enfermagem neste contexto.O presente estudo se trata de uma revisão bibliográfica na qual as informações foram obtidas por meio de pesquisa sistemática na base de dados Scielo e em bibliografia impressa, o termo de busca utilizado foi "assistência de enfermagem e ferida crônica".A assistência de enfermagem no portador de ferida se constitui por cinco passos sendo eles: identificar o individuo de forma integral, avaliar a ferida, estabelecer um plano de cuidado, realizar a intervenção e analisar os resultados. Implementar a SAE teoricamente não é onerosa pois a mesma não exige recursos financeiros apenas as ferramentas do dia-a-dia do enfermeiro. No entanto, diversos desafios tenham que ser superados tais como a falta de recursos humanos, tempo, e pouco conhecimento por meio dos gestores.

Palavra-chave: sistematização da assistência de enfermagem. Feridas. Processo de enfermagem

Introdução:Para Geovanini (2014), a precursora da enfermagem moderna Florence Nigtingale durante a guerra da Crimeia revolucionou a história da enfermagem e da saúde hospitalar, aplicando suas técnicas de curativo no campo de batalhas sua base era focada na higiene reduzindo os índices de infecção. Ao longo de sua vida

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contribuiu para a enfermagem deixando rotinas que até nos dias atuais continua presente.No Brasil, Vanda Aguiar Horta averiguou que o trabalho da enfermagem caminha para um processo mais cientifico, sem perder a essência fundamental da enfermagem, que é a arte de cuidar, ou seja, tratar o indivíduo como ser humano,garantindo assim, tratamento eficaz e uma melhor qualidade de vida (ZANARDOet al., 2011).

Cunha e colaboradores(2005), discorre que o referencial teórico sobre a temática assistência de enfermagem vem cada dia aumentando o que se evidencia essa importância de sistematizar a assistência, de encontro com isso Cunha (2006) assinala que tratar ferida envolve mecanismo dinâmicos, e que a assistência de enfermagem deve ter uma atenção maior quando se trata em tratar feridas, o olhar amplo que garanta o cuidado integral.

Objetivo: descrever sobre a sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de feridas e esclarecer o processo de enfermagem neste contexto. Metodologia:O presente estudo se trata de uma revisão bibliográfica na qual as informações foram obtidas por meio de pesquisa sistemática na base de dados Scielo e em bibliografia impressa, o termo de busca utilizado foi "assistência de enfermagem e ferida crônica".

Discussão e resultados: Serafim e colaboradores (2012) destaca que, o enfermeiro busca conhecimento constantemente sobre a temática abordada para elaborar estratégia que ajude na tomada de decisão no momento de gerenciar as feridas, garantindo um cuidado dinâmico e promovendo melhor qualidade de vida ao paciente portador de lesões crônicas, um dos requisitos é realizar registros adequado, sistematizar a assistência prestada, avaliar criteriosamente a lesão, o paciente e todo seu quadro clinico com o objetivo de reduzir danos (SOUZA, MOZACHI, 2015).

A Sistematização da Assistência da Enfermagem(SAE) segue modelos científicos, para poder deixar o processo de enfermagem (PE) uma base sustentável, uma metodologia de trabalho para os profissionais enfermeiros. Embora cada profissional execute um cuidado de forma diferente o processo deve ser igual para

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todos, para isso implementar a SAE depende do âmbito em que esta será aplicada (BITTAR,2006).

Para Johnson (2012) o enfermeiro deve prestar assistência individualizada, realizar de forma adequada o processo de enfermagem, com intuito de obter resultados satisfatório, realizar assistência no tratamento de feridas, deve seguir tópicos como anamnese, exame físico, realizar registros adequados como achados clinico, prescrições entre outros fatores específicos, como exames complementares mensurações e registros fotográficos para auxiliar no processo de evolução.

O autor supracitado descreve que a assistência de enfermagem e um instrumento exclusivo do profissional enfermeiro e que cabe ao mesmo prestar assistência individualizada de qualidade.

Bittar (2006) relata que, o processo ocorre através de levantamentos dos problemas de saúde do paciente, um diagnostico, definir um plano de cuidado, praticar as ações já implementada, e avaliação das ações. Os detalhes sobre este processo pode ser visualizado na figura 1.

O PE deve ser um procedimento institucional cientifico do desempenho do enfermeiro, o fato de seguir passos padronizados não estagna a assistência de enfermagem, pois a ação de cuidar é algo ativo, (GEOVANINI, 2014). Para o mesmo autor o PE de qualidade adequada deve se adotar os seguintes passos: Primeiro, conhecer o paciente em seus diversos aspectos, nesta etapa deve se realizar uma anamnese onde contenha sua história pregressa, atual, seguido de um exame físico completo na primeira e subseqüentes consultas. Segundo, avaliar exclusivamente a ferida, deve se notar a etiologia e aspecto clínicos. E nessa etapa que o profissional enfermeiro consegue juntamente com a primeira etapa definir o diagnóstico de enfermagem.

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Figura 1:O fluxograma acima demostra os passos a serem seguidos para a o PE, na assistência de enfermagem ao portador de feridas, verifica se que esse processo é um ciclo onde o enfermeiro deve estar avaliando se a assistência está sendo eficaz. Adaptado de (GEOVANINI 2014).

Em um terceiro momento, realizar a prescrição de enfermagem, ou seja, estabelecer um plano de cuidado com desígnio de melhoras no quadro, podem ser a curto, médio e longo prazo, as prescrições devem conter o que fazer, como fazer, com que frequência e qual o responsável pelas observações. Embora o enfermeiro esteja respaldado pela legislação do COFEN 389/2011, a maioria dos profissionais não faz uso dessa autonomia, utiliza apenas as condutas médicas. O quarto passo é dar cumprimento à ação, realizar curativo, o preparo do leito, controle da dor e da infecção, se houver (SOUZA, MOZACHI, 2015). Em um quinto momento abalançar a terapêutica, verificar se as prescrições surtiram efeito ou se a propedêutica e a conduta devem ser alteradas.

Na figura 2 é mostrado um fluxograma sobre o primeiro passo. Bittar (2006) relata que essa é a etapa que mais exige tempo dos profissionais, no qual existe a anamnese seguido do exame físico, a qual tem por meta levantar os problemas que o indivíduo possua ou possa desenvolver.

1º passo identificar o individuo de forma integral 2º passos avaliar a ferida 3º passo estabelecer plano de cuidado 4º passo realizar a intervenção 5º passo

analise dos resultados

Processo de enfermagem

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Figura 2: Descrição do primeiro passo do PE adaptado de (BITTAR 2006).

Geovanini (2014) corrobora que a anamnese direciona como o enfermeiro vai realizar o exame físico. O mesmo autor descreve os passos para a anamnese e exame físico, destacando as seguintes etapas: na história pregressa o profissional enfermeiro deve investigar as patologias de base que possa ter desencadeado ou injuriado a ferida, histórico familiar, identificar a ferida e se já houve histórico anterior de tratamento, enquanto que na história atual o enfermeiro deve colher todos os dados do paciente, atentar a sua queixa principal, analisar se o estilo de vida não contribui para o agravo da lesão, considerar situação psicossocial, verificar os medicamentos e se esses não prejudicam o processo de cicatrização, além de verificar se houve melhora ou agravo do quadro inicial (SOUZA, MOZACHI, 2015). No exame físico da primeira consulta deve avaliar as condições do paciente em aceitar e entender seu estado clínico bem como avaliar as condições do mesmo realizar o autocuidado. Verificar condições da pele, e mucosas, realizar ausculta pulmonar e cardíaca. Avaliar a ferida em si enas consultas subseqüentes manter atenção no sistema cardiorrespiratório, verificar pulsos próximos da área da lesão além de realizar a

1º passo identiicar o individuo de forma integral

anamnese

historia pregressa historia atual

exame físico

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evolução da ferida após a implementação. Em um segundo momento o enfermeiro estabelece o diagnóstico e é de suma importância uma avaliação minuciosa da lesão, devendo avaliar a etiologia e os aspectos clínicos encontradas nelas (GEOVANINI, 2014). Para tanto, se faz necessário um conhecimento mais detalhado sobre os tipos de lesões.

SILVA (2011) classifica a ferida primeiramente em dois tipos sendo respectivamente agudas e crônicas, são consideradas feridas agudas aquelas que realizam o processo cicatricial sem intercorrência dentro de um período fisiológico, como mostra a figura 3.

Quanto ao aspecto clínico deve se observar a extensão, em medidas lineares e quando na presença de ulcerações mensurar de forma tridimensional.A coloração também é fundamental, observar se esta é avermelhada, amarelada, enegrecida ou rósea, quanto à secreção deve observar quantidade e aspecto, odor, e dor, após observar esses aspectos juntamente com o primeiro passo já consegue diagnosticar o que o paciente necessita. (GEOVANINI, 2014). Na seqüência o enfermeiro estabelece um plano de cuidado.Para o mesmo autor supracitado esta etapa caracteriza como o planejamento das ações que irá ser implantadas com intuito de melhorias, fundamentando a parte cientifica da enfermagem esse plano se caracteriza através da prescrição de enfermagem (SOUZA, MOZACHI, 2015).

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Figura 3: processo fisiológico da cicatrização da ferida, após esse período a ferida é classificada como crônicas. Adaptado de (SILVA, 2011).

De acordo com Geovanini (2014) existem diversas formas para realizar a prescrição de enfermagem, mas para garantir uma boa prescrição deve abranger o que fazer, como fazer, qual a periodicidade, quando e quem irar fazer, e observações segue abaixo um exemplo de prescrição relacionada ao paciente portador de feridas. O enfermeiro deve realizar o curativo nas técnicas assépticas, após o banho uma vez ao dia, realizar limpeza com ringuer de lactato aquecido a temperatura de aproximadamente 35ºC, testar a temperatura na face do antebraço e perguntar ao paciente se a temperatura está adequada, observar aspecto clínico daferida e utilizar produtos conforme protocolo e ao final, realizar registro em prontuário.

Em um próximo momento ocorre a implementação dos cuidados já prescritos, respeitando os preceitos da ética e da moral, embasado na cientificidade que constitui a profissão da enfermagem, logo já inicia a etapa final, na qual é avaliada a evolução do quadro e observada a melhora ou agravo do mesmo, nessa etapa o enfermeiro

inflamação

inicia no ato da lesão e pode se estender por até 5

dias, caracteriza por

vasoativação local

permitindo a migração de celulas de defesa os sinais flogisticos aparecem nessa etapa.(SOUZA, 2015)

reconstrução

inicia por volta do segundo dia com duraçao de ate 21 dias, ocorre o aumento de fiblobasto e os filamentos

permite irrigação

sanguineas nos tecidos

denominado de tecido de

granulação( NETTINA

2014).

maturação

Após o 21º dia começa a diminuição dos fiblobasto e o alinhamento das fibras permitindo uma reparação tecidual, danos nesta fase pode provocar queloides entre outros disturbio.( SOUZA 2015).

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deve atentar para a propedêutica e iniciar novamente o ciclo. (GEOVANINI, 2014). Diversos fatores podem influenciar de modo negativo na implantação do PE.

Dentre as dificuldades para a implementação da SAE,Costa (2011) relata que, a falta de recursos humanos foi o item mais evidenciado em sua pesquisa, porém constata que esse não é motivo suficiente para deixar de implementar a assistência. Bittar (2006) em estudo relata que, os enfermeiros solicitaram a diminuição do instrumento de coleta sugerido em sua pesquisa relatando que o mesmo tomava muito tempo, o que leva os mesmos a não conseguir colocar em prática a assistência. Conclusão:A SAE por meio do PE pautados nos modelos de base da enfermagem destaca as características cientificas da profissão. Conforme demonstrado, implementar a SAE teoricamente não é onerosa pois a mesma não exige recursos financeiros apenas as ferramentas do dia-a-dia do enfermeiro. No entanto diversos desafios tenham que ser superados tais como a falta de recursos humanos, tempo, e pouco conhecimento por meio dos gestores. Pensando na utilidade sistemática do PE, sugere se que os profissionais enfermeiros elaborem protocolos para ter autonomia e respaldo na execução do processo de cuidado de feridas.

Referencias:

COFEN - Resolução do Conselho Federal de Enfermagem – 358/2009. Disponível em http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html

CUNHA, B. BOTURA, S.M. BARROS, A.L.L. analise da implementação da

assistência de enfermagem, segundo o modelo conceitual de Horta. REBEN vol. 58 n° 5. Brasília 2005.

CUNHA, N.A. Sistematização da assistência de enfermagem no tratamento de feridas crônicas. ABEn. Olinda 2006.

GEOVANINI, T. Tratado De Feridas E Curativos Enfoque Multiprofissional. Editora Ridell.São Paulo.2014.

JOHNSON .M. ligações Nanda Noc Nic. Rio de Janeiro. Elsevier,2012.

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SERAFIM,S.C., SOARES, J.R.,CALIXTO,L.S., SOUZA, B.L.O, ANDRADE, T.A., BRITO, R.N., O Papel Do Enfermeiro No Processo Terapêutico De Feridas: Conhecimento Vinculado Na Literatura. IV semana de iniciação cientifica da faculdade de Juazeiro do Norte ISSN 2316-2678 2012.

SOUZA, H.S, MOZACHI, N. Hospital Manual do Ambiente Hospitalar,4°ed. Divulgação cultural, Curitiba. 2015.

ZANARDO, G.M. ZANARDO, G.M, KAEFER, C.T. Sistematização da assistência de enfermagem. Revista contexto e saúde ed.UNIJUI. vol. 10 n°20 Ijui . 2011.

Referências

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