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Tratamento de extensa lesão periapical: relato de caso e proservação de 2 anos

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Academic year: 2021

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Paulo André Yamin*

Ariane Moreira Fernandes**

Laís da Silva Botega***

Aline Akemi Mori****

Alvaro Augusto Junqueira Júnior*****

* https://orcid.org/0000-0002-7177-9715 Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Mestre e Doutor em Endodontia pelo Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

** https://orcid.org/0000-0003-4290-7033 Exército Brasileiro, Ministério da Defesa.

Mestra em Endodontia pelo Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

*** https://orcid.org/0000-0003-2125-2023 Universidade de Ribeirão Preto. Graduada em Odontologia pela Universidade de Ribeirão Preto.

**** https://orcid.org/0000-0001-8517-7443 Centro Universitário Ingá. Doutora em Den- tística pelo Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

***** https://orcid.org/0000-0002-0020-4199 Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.Especialista, Mestre e Doutor em Dentística pelo Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

periapical: relato de caso e proservação de 2 anos

Treatment of extensive periapical lesion: case report and 2-year proservation

RESUMO

Introdução: As lesões periapicais estão entre as mais recorrentes que acometem o osso alveolar, podendo gerar diferentes patologias radiculares em resposta a mediadores inflamatórios que se originam da necrose da polpa dentária. Diferentes abordagens para estes casos são descritas na literatura, sendo a reintervenção endodôntica conservadora a mais indicada como primeira escolha de tratamento. Este relato de caso clínico descreve em detalhes um tratamento conservador com proservação de 2 anos de paciente que apresentava extensa lesão periapical. Relato do caso: Paciente, sexo masculino, 13 anos de idade, necessitava de tratamento endodôntico do elemento 21. O exame radiográfico apresentou imagens sugestivas de presença de extensa lesão radiolúcida circundando o ápice do elemento 21. A terapia endodôntica foi realizada em 4 sessões, permitindo troca de curativo de demora com pasta de hidróxido de cálcio para regressão da lesão periapical. O tamponamento apical foi feito com Mineral Trióxido Agregado (MTA) e o conduto foi obturado com cimento de hidróxido de cálcio. A restauração definitiva foi feita após uma semana da finalização do tratamento endodôntico. Controles radiográficos foram feitos a cada 6 meses nos primeiros 2 anos, sendo feita tomografia computadorizada 30 meses após finalização do tratamento.

Conclusão: Os exames clínicos e radiográficos de controle apresentaram resultados altamente satisfatórios, com resolução completa de todos os sinais e sintomas clínicos e significativa diminuição da radiolucência radiográfica da lesão. Este caso clínico demonstra a eficiência de tratamento endodôntico conservador, mesmo na presença de lesão periapical extensa.

ABSTRACT

Introduction: Periapical lesions are among the most recurrent ones that affect the alveolar bone, and can generate different root pathologies in response to inflammatory mediators that originate from dental pulp necrosis. Different approaches to these cases are described in the literature, with conservative endodontic retreatment being indicated as the first choice of treatment. This case report describes in detail a conservative treatment with a 2-year follow-up of a patient who had extensive periapical lesion. Case report: Male patient, 13 years old, required endodontic treatment of tooth 21. The radiographic examination showed images suggesting the presence of extensive radiolucent lesion surrounding the apex of tooth 21. Endodontic therapy was performed in 4 visits, allowing change of calcium hydroxide dressing for periapical lesion’s regression. The apical sealing was performed with Mineral Aggregate Trioxide (MTA) and the canal was filled with calcium hydroxide cement.

The definitive restoration was performed one week after the endodontic treatment was completed. Radiographic controls were performed every 6 months for the first 2 years, and computed tomography was performed 30 months after completion of treatment. Conclusion: Clinical and radiographic control exams showed highly satisfactory results, with complete resolution of all clinical signs and symptoms and

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Tratamento de extensa lesão periapical: relato de caso e proservação de 2 anos

INTRODUÇÃO

A lesões periapicais são as lesões patológicas mais comuns que acometem o osso alveolar e ocorrem como resultado da inflamação pulpar1,2,3. Os cistos radiculares e os granulomas periapicais são lesões crônicas que se desenvolvem em resposta a mediadores inflamatórios que se originam da necrose da polpa dentária4. Acredita-se que os cistos radiculares originam-se do tecido granular no periápice, onde o restos epiteliais dos re- manescentes de bainhas epiteliais de Malassez ou Hertwing são estimulados, resultando na formação de um lúmen cístico4.

As lesões císticas são definidas como uma cavidade patológica totalmente reves- tida pelo epitélio (cisto verdadeiro) ou parcialmente revestida por este tecido, mantendo contato com o ápice dentário lesionado (cisto de bolsa). 5 , 6 , 7 A prevalência dos cistos periapicais é variável entre os estudos. Ramachandran Nair et al 8 mostraram que, das 256 lesões periapicais , um total de 39 (15%) foram classificadas como cistos apicais após exame microscópico com seccionamento seriado . Uma revisão de literatura de Johnson et al indica que 54,6% dos cistos odontogênicos são representados por cistos periapicais

Dentes com ápices abertos, grandes lesões periapicais (especialmente aquelas que se estendem e podem causar expansão cortical ou erosão de placas corticais) e com reab- sorção radicular inflamatória se encaixam em um gênero de casos endodônticos comple- xos , muitas vezes atraindo intervenção cirúrgica. Entretanto, o tratamento cirúrgico deve ser reservado preferencialmente como segunda linha de tratamento e considerado apenas quando o tratamento conservador não consegue resolver a patologia perirradicular10.

Este trabalho é um relato de caso clínico de tratamento de lesão periapical, apre- sentando proservação de 2 anos.

RELATO DE CASO

Paciente, sexo masculino, 13 anos de idade, compareceu à clinica de Pós Graduação da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para trata- mento endodôntico do incisivo central superior esquerdo (elemento 21). O exame clínico intraoral revelou restauração estética envolvendo as regiões vestibular, incisal e palatina.

A mucosa bucal apresentava cor e aparências normais, sem presença de edema gengival ou extra-oral. O paciente negou dor espontânea, mas relatou sintomatologia dolorosa após teste de percussão vertical.

O exame radiográfico apresentou imagens sugestivas de presença de lesão radiolú- cida circundando o ápice do elemento 21 e se estendendo até região próxima ao elemento 22 (Fig. 1). A necrose pulpar do elemento 21 foi confirmada após resultado negativo para o teste de sensibilidade ao frio feito com spray refrigerante (Endo Ice Spray, Maquira, brasil).

O mesmo teste foi realizado no elemento 22, que teve sua vitalidade pulpar confirmada após apresentar sensibilidade ao frio.

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FIGURA 1 - Radiografia periapical inicial, sugerindo presença de reabsorção periapical externa e lesão periapical no elemento 21.

Foi solicitada tomografia computadorizada do tipo Cone-Bean para melhor ava- liação e diagnóstico da extensão da lesão perirradicular. A avaliação do exame tomográfico constatou uma imagem hipodensa, circunscrita, unilocular e de densidade homogênea locali- zada na região anterior da maxila (Fig. 2). No sentido horizontal, a lesão estendia-se da região apical do 21 até a região apical do 22. No sentido vertical, estendia-se da região periapical dos dentes supracitados até proximidade do assoalho da fossa nasal. Foi possível observar reabsorção radicular no terço apical do 21, com hipótese diagnóstica de cisto periapical.

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O paciente e seu responsável retornaram após a tomografia e foram informados sobre o possível diagnóstico, condições dos dentes e opções de tratamento. Eles concordaram em assinar um termo de consentimento livre e esclarecido para tratamento endodôntico de canal radicular e documentação de seu caso.

Após isolamento absoluto com lençol de borracha (Madeitex, Brasil) montado em arco de Ostby (Maquira, Brasil) e realização de cirurgia de acesso à câmara pulpar, foi realizado preparo biomecânico com limas manuais de terceira série à 1 mm do ápice na técnica crow-down (coroa-ápice). Foi observada a presença exsudato mucoso e transpa- rente, que drenava através do canal radicular. O canal foi irrigado com hipoclorito de sódio a 1% seguido de solução fisiológica devido à reabsorção perirradicular. O curativo de demora foi realizado com pasta hidróxido de cálcio (Ultracal XS, Ultradent, EUA), extravasando a pasta pelo ápice até a lesão. Em seguida, prosseguiu-se com o selamento provisório com bolinha de algodão estéril, guta-percha e material restaurador temporário (Coltosol, Coltene, Suíça). Foram realizadas duas trocas de curativo, com intervalos de 21 dias entre cada troca.

Vinte e um dias após o início do tratamento o exame radiográfico apresentou ima- gens sugestivas de completa reabsorção da pasta de hidróxido de cálcio. Portanto, nova sessão para confecção de curativo intracanal foi realizada, repetindo o extravasamento da pasta de hidróxido de cálcio para a suposta cavidade cística. Após 42 dias de tratamento, a radiografia periapical sugeriu uma notável diminuição da radiolucência da lesão e rea- bsorção da pasta de hidróxido de cálcio. Com isso, o canal radicular foi preparado para um selamento no terço apical com a utilização de MTA (Agregado de Trióxido Mineral).

Uma vez que nos deparamos com uma raiz de ápice aberto, faz-se necessário a confecção de um tampão apical para que, com a consequente obturação, não haja extravasamento de material selador na região periapical. A técnica indicada para este tamponamento é descrita por vários autores a partir do carregamento de materiais à base de trióxido agregado mineral (MTA) ou biosseladores (cimentos biocerâmicos, por ex), tendo sido o MTA o material de escolha por sua grande biocompatibilidade e auxílio na neoformação tecidual. A técnica é empregada da seguinte forma: o MTA (pó) é preparado com água destilada na proporção de 3:1, de forma a se obter um ma- terial semirrígido. Este material deve ser levado à área apical em um único incremento com o aplicador de MTA, para que um tampão seja formado em toda a circunferência apical. Levado o material, esperamos por volta de 5 min para q este material torne-se suficientemente rígido para permitir que prossigamos com a obturação do sistema de canais radiculares. Em seguida, o cimento obturador à base de hidróxido de cálcio foi preparado (Sealer 26, Dentsply, EUA) e levado com um cone de guta-percha feito à mão através de aquecimento, sendo utilizada a técnica de condensação lateral (Fig. 3). Uma restauração definitiva em resina composta foi confeccionada após uma semana.

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FIGURA 3 - Tratamento endodôntico finalizado

O paciente retornou para controles clínicos e radiográficos a cada 6 meses duran- tes os 2 primeiros anos e nova tomografia computadorizada foi realizada após 30 meses.

Evidências de cicatrização da lesão foram observadas nos primeiros 2 anos (Fig. 4) e re- forçadas pelo exame tomográfico (Fig. 5).

FIGURA 4 - Radiografia periapical de controle, com proservação de 5 anos.

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FIGURA 5 - Tomografia Computadorizada tipo Cone-Bean confirmando

o desaparecimento da lesão e formação óssea, 30 meses após a finalização do tratamento endodôntico.

DISCUSSÃO

Lesões periapicais semelhantes a cisto devem ser tratadas inicialmente com pro- cedimentos conservadores não-cirúrgicos11. As lesões periapicais semelhantes a cistos inflamatórios estão frequentemente associadas a infecções intrarradiculares ou extrara- diculares12 . Tais lesões podem sofrer evolução lenta assintomática e atingir dimensões radiográficas marcantes13,14,15 . Epidemiologicamente, os cistos apicais representam 6% a 55%

de todas as lesões periapicais5,7,8 , às vezes com prevalência semelhante à dos granulomas periapicais 16,17. Taxas elevadas de cicatrização da periodontite apical após o tratamento conservador do canal radicular (80% a 95%) sugerem que um cisto apical não requer inter- venção cirúrgica como primeira opção de tratamento12,14,34 . O tratamento cirúrgico mostra-se bem indicado e com boa taxa de sucesso em casos em que seria necessário reintervenção endodôntica.35 Entretanto, é necessário ressaltar que nem todos autores concordam haver suficiente evidência de que uma técnica seja mais eficiente que a outra (procedimentos conservadores não-cirúrgicos versus tratamento cirúrgico). 36

Grandes lesões periapicais crônicas sempre chamaram a atenção dos endodontis- tas, especialmente quando associadas a raízes com ápices abertos. A presença de ápices abertos são resultado da interrupção do desenvolvimento da raiz, da maturação incom- pleta da raiz ou de reabsorção radicular apical extensa . Independentemente da etiologia dos ápices abertos, quando estes dentes são acometidos por grandes lesões periapicais concomitantes, não só existe uma possibilidade aumentada de infecções polimicrobianas e/ou microrganismos resistentes, mas também seu prognóstico é muito dependente da capacidade de realizar tratamento endodôntico previsível . Historicamente, a escolha do tratamento em tais casos incluiu intervenções cirúrgicas e/ou preenchimentos personali- zados, mas qualquer das opções tem suas próprias desvantagens associadas.18 Um traba- lho de Alim-Uysal e colaboradores37 mostrou que dentistas tendem a optar ou não pelo

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retratamento endodôntico de dentes com alto grau de complexidade de acordo com seu conhecimento na área. Endodontistas tendem a inclinar-se ao retratamento, diferentemente dos clínicos gerais. Os autores concluíram que o grau de conhecimento sobre endodontia afetou a decisão clínica do profissional, recomendando que dentistas que encaram dentes endodonticamente tratados com prognóstico ruim, como instrumento fraturado, conduto não instrumentado ou grande lesão periapical deveriam consultar com um especialista antes de tomar decisão clínica mais invasiva, como a extração do elemento em questão.

Uma opção alternativa de tratamento (apicificação com hidróxido de cálcio) para o manejo de dentes com ápices abertos e lesões periapicais começou a ganhar popularidade na década de 196019 . A capacidade única do hidróxido de cálcio de induzir uma ponte calcificada natural ajudou a gerar uma barreira apical contra a qual a colocação adequada e a condensação do material obturador no canal radicular se tornaram possíveis20. Embora esta opção de tratamento fosse definitivamente conservadora e oferecesse um prognóstico favorável, fatores como a duração prolongada do tratamento , consultas múltiplas, a ne- cessidade de alta adesão do paciente e a possível perda do selo provisório de interposição ainda demandavam consideração.21,22. Por outro lado, a apicificação de um passo ajuda a atingir objetivos semelhantes em consultas menores e supera as preocupações associadas à apicificação do hidróxido de cálcio . Ele usa a condensação não cirúrgica de um mate- rial biocompatível no terço apical do canal para criar uma barreira artificial contra a qual o material obturador do canal radicular pode ser imediatamente colocado, reduzindo drasticamente a duração do tratamento23. O agregado de trióxido mineral (MTA) tem desfrutado de ampla aceitação na apicificação de um passo durante a última década e se qualificou com sucesso como padrão-ouro24,25.

Suelleng e at, descreveram resultados clínicos e radiográficos de grandes lesões semelhantes a cisto que foram tratadas por descompressão ortocrotal e uso intracanal a longo prazo de hidróxido de cálcio misturado com digluconato de clorexidina a 2% . Os diâmetros radiográficos máximos das lesões variaram de 11 a 28 mm. Procedimentos não cirúrgicos foram realizados, incluindo patência apical, punção ortogonal de exsuda- tos semelhantes a cistos , preparo químico-mecânico e colocação de hidróxido de cálcio intracanal. Curativos hidróxido de cálcio/ clorexidina foram periodicamente substituídos durante 6 a 10 meses. Os canais radiculares foram, então, preenchidos com guta-percha e selador, com os períodos de acompanhamento variando de 6 a 24 meses11.

Sharma et al, relataram três casos clínicos no qual o hidróxido de cálcio foi utilizado em dentes que apresentavam ápice aberto e os tratamentos foram realizados com pasta de hidróxido de cálcio associada ao iodofórmio por 21 dias e, depois, trocada por uma pasta de antibiótico triplo (ciprofloxacina, metronidazol e minoxiclina em solução salina)26. No caso exposto, o curativo foi realizado somente com hidróxido de cálcio, porém apresen- tando resultados semelhantes ao do uso de hidróxido de cálcio associado a clorexidina ou qualquer outro agente.

O hidróxido de cálcio é amplamente utilizado por conta de sua ação antibacteriana e pela indução de mineralização. Diferentes veículos podem ser associados a ele, como

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Tratamento de extensa lesão periapical: relato de caso e proservação de 2 anos

Em relação ao tamponamento apical, como já citado anteriormente, o MTA é con- siderado padrão-ouro para este tipo de barreira, bem como foi utilizado no caso descrito, no qual mostrou-se eficiente e com resultados positivos.

Recentemente, a biodentina, outro material à base de silicato de cálcio material de substituição, (Biodentine, Septodont, França), foi introduzida no mercado com uma gama semelhante de aplicações, mas com vantagens de um menor tempo de ajuste, propriedades mecânicas aprimoradas (como resistência à compressão, força de adesão push-out e dure- za) e manuseio mais fácil comparado ao MTA30 . Estudos confirmaram que seu potencial bioativo e biocompatibilidade são equivalentes ou até melhores que o MTA.31,32 . Sharma et al, utilizaram a biodentina como tampão periapical, porém foi utilizada uma membra- na de fibrina rica em plaquetas (PRF) usada como uma barreira preliminar nos três casos descritos para evitar a extrusão de Biodentine além do ápice26.

A formação da barreira apical pode levar muito tempo e depende do tamanho da lesão e da idade do paciente33. A aplicação de hidróxido de cálcio a longo prazo também pode alterar as propriedades mecânicas da dentina, levando a um aumento do risco de fratura radicular após o tratamento. Por outro lado, seu uso a curto prazo seguido por formação de tampão apical MTA pode melhorar o prognóstico a longo prazo em proce- dimentos de apicificação25. No caso descrito, os resultados do tratamento, tanto clínico quanto imaginológicos, foram altamente satisfatórios com resolução completa de todos os sinais e sintomas clínicos.

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