• Nenhum resultado encontrado

Análise de repertório assertivo em estudantes de psicologia

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Análise de repertório assertivo em estudantes de psicologia"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

ANÃLlSE DE REPERTÓRIO ASSERTIVO EM ESTUDANTES DE

PSICOLOGIArqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Z IL D A D E L PR E T T E A L M IR D E L PR E T T E

T endo com o base os m odelos respondente e operante na defini-ção de assertividade, os autores desenvolveram e aplicaram um ques-tionário para sondagem de repertório de assertividade com estudan-. tes de Psicologia em quatro situações m ais vivenciadas que reque-riam em issão de com portam ento assertivo. O s dados foram quantifi-cados e anal isados. A spectos relevantes de pesqu isa e considerações sobre o ensino da Psicologia são enfatizados.

1.

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Introdução

o

com portam ento assertivo, caracterizado por W olpe (1976) com o expres-são honesta e aberta de sentim ento, tem sido na últim a década exaustivam ente estudado. E sses estudos indicaram revisões im portantes, com o por exem plo com relação aos determ inantes da não assertividade. W olpe apontava a ansiedade com o "causa"; já E isler, M iller e H ersen (1973) e Serber (1972) supõem um a de-ficiência na aprendizagem do com portam ento assertivo. E m outras palavras, para esses autores o indivíduo pode ser não assertivo, na ausência de ansiedade inibi-dora do com portam ento, sim plesm ente porque não aprendeu a se com portar as-sertivam ente.

É possível, na análise desses estudos, identificar um m odelo explicativo res-pondente e outro operante sobre asserção. Por outro lado, verificam -se tam bém duas ênfases conceituais distintas. A de W olpe (1976) e L azarus (1977), que

consideram a asserção com o expressão de todo sentim ento socialm ente aceito, em itido com um m ínim o de ansiedade, enquanto que M cFa11 (1976) Serber e L aw s (1971) indicam com ponentes básicos para caracterizar um a resposta com o assertiva em um a relação interpessoal, de acordo com a situação.

A s pesquisas sobre T reinam ento A ssertivo têm predom inantem ente se referi-do a

assessment

e a efetividade das técnicas. Sobre

assessment

foram feitas inú-m eras tentativas de validação de questionários de assertividade (B ates e Z im m

(2)

m an, 1974; G alassi e G alassi, 1974; G am bril e R ickey, 1975; N evid e R athus, 1979; H ersen e colaboradores, 1979; L aw e W ilson, 1979), enquanto que sobre efetividade de técnicas a ênfase tem sido m ais em term os com parativos (E isler e colaboradores, 1976).

A identificação dos determ inantes da não assertividade em m odelos operan-te e respondenoperan-te serviu de base para a elaboração de itens na pesquisa de sonda-gem de com portam ento assertivo em estudantes de Psicologia em um a U niversi-de do N orniversi-deste. O interesse inicial de tal trabalho prendeu-se à identificação de

déficits

de assertividade em alunos dos estágios iniciais do C urso de Psicologia e à

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Linexistência de referencial de estudo (teórico e prático) dessa área em nossa cul-tura. C onsiderou-se im portante verificar com o se com portam , em term os de as-sertividade, os alunos que ingressam na U niversidade e, posteriorm ente, verificar seus com portam entos nos estágios finais. A lém disso, a utilização de dados de am ostras nacionais poderia gerar questões sobre diferenças culturais e regionais de padrões de assertividade, com im plicações tanto para a definição do conceito com o para a identificação de variáveis relacionadas. A relativa sim plicidade do instrum ento e a restrição dos objetivos prendem -se à própria natureza explorató-ria do presente trabalho.

3. R esultados

O s dados obtidos foram tabulados em term os de freqüência de ocorrência das quatro situações apresentadas e grau de incôm odo causado ao S em cada si-tuação, aval iado em função de experiência vivida ou provável.

T abela 1

Freqüência m édia por S de ocorrência das situações apresentadas sobre o últim o m ês.

Situação Freqüência

1 2,0

2 2,2

3 2,1

4 3,5

2. M étodo

A tabela I m ostra que a freqüência das situações apresentadas no questioná-rio ocorreu, para os Ss da am ostra, de 2 a 3 vezes por m ês, o que sugere eram elas razoavelm ente com uns e, portanto, passíveis de fornecer dados relevantes. A m aior freqüência da situação 4 pode estar associada a m aior oportunidade de in-teração com fam iliares e à característica etária da am ostra que representa um a população ainda dependente da fam ília em m uitos aspectos.

A tabela II m ostra que, com exceção da situação 2, que pareceu não causar incôm odo aos Ss, 80% dos Ss relataram experim entar grau de ansiedade nas de-m ais situações com respostas nas categorias m uito e excessivam ente. A situação 2, cujos dados indicam baixo grau de incôm odo, representa, na verdade, um a si-tuação onde os antecedentes disponíveis não deveriam de fato causar ansiedade, conform e padrão com um de com portam entos das pessoas, m as servir com o "di-cas" para em issão de com portam entos de expressão de afeto. E m nossa experiên-cia, entretanto, tem os encontrado, em proporção m ínim a, casos de pessoas que se sentem ansiosas em situações de expressar sentim entos.

2.1 Sujeitos:

U m a am ostra de 30 sujeitos, estudantes de um a turm a do 1.0 ano

do C urso de G raduação em Psicologia da U niversidade Federal da Parafba. T odos os Ss eram do sexo fem inino. A m édia de idade do grupo era de 21 anos. O s Ss foram convidados a participar da pesquisa com o respondentes de um questioná-rio.

2.2 Instrumento.

O instrum ento de coleta de dados foi um questionário (anexo),

C O m -questões de m últipla escolha e questões abertas.

2.3, Procedimento.

D e um estudo-piloto inicial através de entrevista e da

defini-ção de assertividade foram elaboradas quatro situações que requeriam em issão de com portam ento assertivo. A s quatro situações representavam ocasião para em is-são de com portam entos de: 1) R ecusar solicitações; 2) E xpressar sentim entos po-sitivos; 3) D iscordar, contra-argum entar e defender os próprios direitos; e 4) A firm ar as próprias idéias. Foram feitas aplicações de testagem do instrum ent~, reform ulando-se os itens até a obtenção de um indicativo de sua com preensao pelos respondentes. C onsiderou-se o instrum ento "acabado" quando os respon-dentes (fase de testagem ) não indicavam dificuldade em responder aos itens. E m seguida, estudou-se a versão final em term os do form ato e procedeu-se à sua apli-cação. A aplicação foi feita por dois estudantes do últim o período do C urso de Psicologia que, após contato com o professor dos alunos, ocuparam 40 m inutos de aula deste. O s alunos que não quiseram participar da pesquisa foram dispensa-dos durante o tem po da aplicação. A os dem ais foi dada a explicação de que o questionário fazia parte de um a pesquisa em elaboração. A s instruções constan-tes do instrum ento foram lidas e um item extra, sem elhante ao prim eiro, foi uti-lizado com o exem plo.

T abela 2

Freqüência de resposta em cada nível de incôm odo nas situações apresentadas

R ev. de Psicologia, 1 (1): Pág. 15-24, jan.jdez. 1983

Situações 2 3 4 T otal

G rau de incôm odo

E xcessivam ente 4 2 13 11 30

M uito 21 6 12 13 52

Pouco 3 5 2 3 13

M uito pouco 2 1 1 2 6

N ada O 15 2 1 18

N ão responderam 1 1

(3)

C ontinuação

o

fato de as situações 1, 3 e 4 serem ansiógenas indica, por outro lado,

oca-sião para desenvolver repertório assertivo, pois, de acordo com a definição, não

apenas a funcionalidade e adequação do padrão vocal ou não vocal, m as tam bém

a ausência ou controle da ansiedade caracterizam um com portam ento com o

as-sertivo. A ausência de ansiedade foi o prim eiro elem ento que apareceu na

defini-ção do com portam ento assertivo (W olpe, 1976) e os dados indicam , portanto,

que os estudantes da am ostra não têm sido assertivos nessas situações,

especifica-m ente eespecifica-m relacão à ansiedade.

O padrão · c:om portam ental em itido pelos Ss nas situações apresentadas e que

fornece dados sobre a característica de funcionalidade e adequação do com

porta-m ento foi obtido através da análise das respostas dos Ss aos itens

c

e

JIHGFEDCBA

d do

ques-tionário.

A s respostas dos Ss foram classificadas e avaliadas por dois pesquisadores da

área em term os do grau de assertividade que representavam . O critério utilizado

foi a análise do padrão com portam ental descrito, ocorrência de agressividade e as

prováveis conseqüências para o S e para o interlocutor. A s respostas foram então

organizadas em ordem alfabética, iniciando-se com aquelas consideradas m ais

assertivas de acordo com o critério acim a. A seguir foi feita a tabulação da

fre-qüência das respostas em cada classe.

O s dados da T abela III m ostram que, em bora o padrão m ais assertivo -

re-cusar - (a, b e c) ocorra para 22% dos respondentes, o padrão específico das

for-m asb e

c

não pode ser considerado assertivo porque inclu i agressividade e falta

com a verdade respectivam ente.

C om portam entos desejáveis

a. N ão em prestar justificando a im porto do m aterial

b. N ão em prestar

c. N ão em prestar e ficar triste por isso

d. N ão em prestar e justificar em term os do com portam ento

descuidado do outro

e. E m prestar c/recom endações de cuidado e devol.

f. E m prestar e receber logo de volta g. E m prestar

N ão responderam

2 5

3

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

6

7 2 2 2

O com portam ento desejável considerado pelos respondentes foi o de

real-m ente não em prestar (52% ), em bora o com portam ento d ainda contenha certo

grau de agressividade. O outro com portam ento desejável, o de em prestar (30% ),

possui o item

e

(21% ) um a descrição do com portam ento do S, enquanto que o

item f faz m enção à conseqüência que não está sob controle direto do S.

N a situação 2 (T abela IV ), 30% dos respondentes retribuem expressão de

afeto, o que pode ser considerado um índice baixo, dada a ausência de ansiedade

relatada para a situação. Pode-se deduzir, portanto, que nesse caso não é a

ansie-dade que está funcionando com o inibição do com portam ento, conform e a teoria

de W olpe, m as a sim ples ausência de tais com portam entos no repertório dos Ss

ou, ainda, a lim itação da expressividade por fatores culturais, que estão em jogo.

T abela 3

C om portam entos em itidos e desejáveis e respectiva freqüência apresentados

pelos Ss em relação à situação 1.

T abela 4

C om portam entos em itidos e desejáveis e respectiva freqüência apresentados

pelos Ss em relação à situação 2.

C om portam entos em itidos

a. R ecusa justificando-se pela im portância e necessidade do

trabalho

b. R ecusa de form a áspera, verbalizando sobre o com

porta-m ento descuidado do outro

c. R ecusa inventando m entira ou desculpa

d. E m presta e fica ansioso aguardando devolução

e. E m presta c/recom endações de cuidado e devol.

f. E m presta e assum e o risco

freqüência

C om portam entos em itidos freqüência

2 a. A gradecer e retribuir

b. A gradecer, retribuir e ficar feliz c. R etribuir

d. A gradecer e. Ficar feliz f. Ficar calada g. Sorrir encabulada h. N ão respondeu

3 2 4 4 4 7 3 3 3

3 4 16

2

C ontinua C ontinua

18 R ev. de Psicologia, 1 (I): Pág. 15-24,jan./dez. 1983

(4)

C ontinuação

C om portam entos desejáveis a. R etribuir expressando carinho b. A gradecer e retribuir

c. A gradecer dem onstrando ter gostado d. Ficar m enos encabulada

e. Solicitar que dirijam a outrem os elog. f. Procurar m elhorar o próprio com porto

g. N ão responderam

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

10 3 4 1 2 3 7

Por outro lado, pode-se postular que as respostas d,

e,

JIHGFEDCBA

f e9 devem ter ocorrido em função do elogio descrito na situação enquanto que as respostas

a,

b e

c

te-riam ocorrido em relação à expressão de sentim entos. O s dados disponíveis não perm item resolver a questão, m as em qualquer caso, certam ente, as respostas f e

9devem ser consideradas, por definição, com o não assertivas.

A proxim adam ente 50% dos respondentes colocaram o com portam ento de retribuir com o o m ais desejável na situação. O padrão não verbal foi apontado no item d . H ouve alta proporção de não respostas que pode ser explicada pela possí-vel falta de im portância atribuída à situação, um a vez que não suscitou ansieda-de.

E m relação à situação 3, (T abela V) 40% dos respondentes em item a respos-ta em bora 10% deles não sejam bem sucedidos, enquanto que 30% são não asser· tivos tanto em relação ao fator ansiedade com o em relação ao padrão de com por-tam ento exibido. O com portam ento desejável assertivo ( a e b ) , apontado por m ais de 50% da am ostra, inclui tam bém a preocupação não apenas com o con-teúdo vocal m as tam bém com o com portam ento não V O C C lI. E m bora não propria-m ente as m ais assertivas as respostas

c

ed devem ser consideradas válidas,

en-quanto que a resposta

e

é agressiva.

T abela 5

C om portam entos em itidos e desejáveis e respectiva freqüência apresentados pelos Ss em relação a situação 3

C om portam ento~ em itidos

a. Falar c/ o prof. solicitando nova apreciação, pedir explicações, reclam ar

b. Falar c/ o prof. m as ficar insatisfeito c. Ficar calada

d. Ficar irritada e calada e. R eclam ar c/colegas

f. C oncordar c/ o prof., aceitar a avaliação g. N ão respondeu

freqüência 10 3 3 6 2 2 4 C ontinua

20

R ev. de Psicologia. I (I): Pág. 15· 24, jan./dez. 1983

C ontinuação

C om portam entos desejáveis

a. Falar c/ o prof., pedir expl icações, argum entar, tentar m udar a nota

b. C ontestar com m ais "segurança"

c. Pedir nova oportunidade de realizar o trab. d. Pedir m ais com preensão nas aval. posteriores e. A gredir c professor

f. M elhorar o desem penho nos trabalhos posteriores g. N ão responderam

16 1 3 1 1 3 5

A resposta f é bastante não assertiva quanto ao aspecto de reivindicar e de-fender direitos, pois pressupõe (o que a descrição da situação não indicava) um a falha de autoavaliação do próprio aluno.

A relação de com portam ento em itidos para a situação 4 (T abela VI) apre-senta 60% dos respondentes apresentando respostas assertivas ( a ,

b

ec ) e 30%, respostas não assertivas, em bora não agressivas, o que provavelm ente está relacio-nado ao fato de se tratar de um a relação com fam iliares, estando im plícita a au-toridade de pais, irm ãos e outros parentes.

T abela 6

C om portam entos em itidos e desejáveis e respectiva freqüência apresentados pelos Ss em relação a situação 4

C om portam entos em itidos freqüência

a. A rgum entar sobre as próprias razões b. O uvir e analisar o que foi dito c. Fazer o que quer

d. E scutar revoltada m as fazer o que quer e. Fingir aceitação m as fazer o que quer f. C oncordar e fazer de acordo com os dem ais g. Fazer de acordo com os dem ais e ficar ansiosa h. N ão responderam

C om portam entos desejáveis

a. A rgum entar sobre as próprias razões e pedir que não interfiram b. T om ar decisão sobre o que é m elhor independentem ente da

opinião de outrem

c. O uvir m ais opiniões e chegar a um consenso

d. A gredir verbalm ente para defender a própria posição e. C oncordar com os dem ais

f. N ão responderam

12 2 4 4 2 2 2 2 11 7 3 3 3 3

(5)

U m aspecto interessante é que

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

10% dos respondentes gostariam de em itir

tais respostas agressivas

JIHGFEDCBA

( d ) ; outros 10%,de não ser defrontados com a

necessida-de necessida-de ser assertivos ( e ) , e 70% gostariam de em itir respostas que podem ser

consi-deradas assertivas.

E m relação a outras situações que causam ansiedade, a T abela V II m ostra

um rol de 10 situações, com freqüência de 3ou m ais ocorrências, onde se

obser-va que as restrições fam iliares são as m ais ansiógenas para os respondentes. A s

dem ais situações parecem tam bém características da am ostra, um a vez que se

tra-ta de jovens entre 18 e 25 anos, iniciando um curso universitário e, portanto,

com algum a expectativa de experiências com o ( c , e ,

i,

g ,h ) em relação ao curso

e quanto ao relacionam ento interpessoal ( b ei) .

T abela 7

L ista de situações ansiógenas e respectiva freqüência de ocorrência

Situações Freqüência

a. R estrições de horário para cheqar em casa e de escolha de

am igos pelos pais

b. Ser agredida verbalm ente (ficar calada)

c. Fazer trabalhos em equipe

d. E nfrentar oposição e discordância

e. Ser questionado em público

f. Falar em público

g. Ser solicitado a justificar o próprio com portam ento h. Falar com pessoas de que não gosta

i. C iúm e do nam orado

j. E nfrentar entrevistas (solicitação de em prego, avaliação etc.) 3

8 6 5

4

4 4 3 3 3

4.Discussão

O s dados sugerem que a caracterização de com portam ento assertivo inclui

realm ente aspectos operantes, no sentido de com portam entos vocais e não vocais

funcionais, e aspectos respondentes, no sentido de ausência da ansiedade. A

dicio-nalm ente, ou paralelam ente, deveria incluir tam bém aspectos de análise, pelo

próprio S, de controles am bientais sobre seus com portam entos e a identificação

e descrição desses com portam entos. A anál ise das respostas dos Ss m ostra que

nesse aspecto houve de fato

déticits

acentuados.

O conteúdo específico e a topografia da resposta, que poderiam caracterizar

um a diferenciação entre resposta assertiva e agressiva, apesar das lim itações do

22 R ev. de Psicologia, I (1):Pág. 15-24,jan./dez. 1983

I

t instrum ento, foram obtidos em algum as delas (com o na análise da T abela 111).O s

casos em que a resposta agressiva foi considerada desejável sugerem

desconheci-m ento da alternativa na defesa dos próprios direitos.

D e um m odo geral, o padrão desejável considerado pelos respondentes tende

para respostas assertivas enquanto que o padrão em itido apresenta um a am ostra

de estudantes de Psicologia com aproxim adam ente 50% de Ss não assertivos. Se,

de fato, o C urso de Psicologia desenvolve com portam entos assertivos, épossfvel

esperar que ocorra um a m udança no repertório dos Ss. D aí seria interessante

obter tais dados (m udança com portam ental ocorrida e as quais as variáveis os Ss

atribuem tal m udança), dentro de aproxim adam ente quatro anos. Se o C urso não

atua no sentido de prover repertório assertivo, as situações que o aluno deve

vi-venciar a partir do estágio supervisionado justificariam um program a a ser

desen-volvido durante o C urso (D ei Prette, 1978).

U m outro aspecto a ser realçado é o social e cultural. U m a "cópia" dos

trei-nam entos assertivos realizados na sociedade am ericana seria totalm ente

injustifi-cável com a nossa população. C om o, por exem plo: em m uitos program as de

T reinam ento A ssertivo os autores am ericanos enfatizam a aprendizagem de

recla-m ar quando alguém tom a a frente em um a fila, não obedecendo à ordem de

che-gada. Isso não faria sentido em nossa sociedade onde os transportes não são

sufi-cientes para todos. O exercício de direitos seria na direção de reivindicar m

elho-res m eios de transporte. D essa form a, qualquer program a de assertividade deve

ter com o base, principalm ente, a pesquisa das necessidades da população a que se

destina.

D e certa form a, pesquisa sobre repertório com portam ental do aluno leva

sem pre a um a antiga, m as atual e incôm oda questão, que é sobre o tipo de

profis-sional em Psicologia que se pretende form ar. O conhecim ento das necessidades

da sociedade e do repertório com portam ental de entrada dos estudantes poderia

levar a se repensar os objetivos dos C ursos de Psicologia, planejando-os em um a

determ inada direção.

N esse sentido a pesquisa sobre o repertório de com portam ento assertivo do

aluno deve ser entendida apenas com o um ensaio exploratório. E m sentido m ais

restrito, os objetivos da sondagem foram alcançados, um a vez que perm itiu um a

análise do repertório assertivo de alunos iniciantes no C urso de Psicologia e, além

disso, foi possível o aprim oram ento de um instrum ento de sondagem , que

pode-rá ser útil no uso dea s s e s s m e n t ou em pesquisa.

6 Referências Bibliográficas

BATES, H. D. & ZIM M ERM AN, S. Toward the Developm ent of a Screening Scale for Asser-tive Training. P s y c o lo g ic a l B e p o r t s . 28: 99-107, 1974.

DE L P RETTE, A. O Treino Assertivo na form ação do Psicólogo.A r q u iv o s B r a s ile ir o s d e P s i-c o lo g ia A p lic a d a . F.G.V.30. (1,2) 1978.

EISLER, R.M . et alii. Effects of M odelinç on Com ponents of Assertive Behavior.J o u r n a l B e h a v io r T h e r a p y &E x p e r im e n t a l P s y c h ia t r ie , 4 :1-6, 1976.

---, et alii. Developm ent of Assertive Responses:Clinical, M easurem ent and Research Con-siderations.J o u r n a l B e h a v io r R e s e a r c h & T b e r e p v ; 11: 505-521, 1973.

(6)

GALASSI, J.P. & GALASSI, M. Validity of a Measure of Assertiveness.

JIHGFEDCBA

J o u r n a l o f C o u n s e -lin g P s y c h o lo g y . 21, (3): 248-250, 1974.

GAMBRILL, E. & RICKEY, C.A. An Assertion Inventory for Use in Assessrnentand Resear-ch.J o u r n a l 8 e h a v io r T h e r a p y .6: 550-561, 1975.

HERSEN, M. et alii. Effects of Practice, Instructions, and Modeling on Components of As-sertive Behavior.J o u r n a l 8 e h a v io r R e s e a r c h& T h e r a p y . 11: 443-451, 1973.

LAZARUS, A.A. P s ic o t e r e p ie P e r s o n a lis t a .Belo Horizonte, Interlivros, 1977.

LAW , H.G. & W I LSON, E. A Principal Components Analysis of the Rathus Assertiveness Schedule.J o u r n a l o f C o n s u lt in g a n d C lin ic a l P s y c h o lo g y , Vol. 47, (3): 631-ô33, 1979. MCFALL, R.M. Behavior Training: A Skill Acquisition Approach to Clinical Problems. In: _ SPENCE, J.T. et alii

rqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(E dsl, 8 e h a v io r A p p r o a c h t o T h e r a p y . Moristow General Learning,

Press, 1976.

NEVID, J. & RATHUS, S.A. Factor Analysis of the Rathus Assertiveness Schedule with a College Population. J o u r n a l 8 e h a v io r T h e r a p y & E x p e r im e n t a l P s y c h ia t r ie . 1 0 ( 1 } : 2 1

-24.1979.

SE RBE R, M. Teaching the Nonverbal Components of Assertive Training. J o u r n a l 8 e h a v io r T h e r a p y &E x p e r im e n t a l, Psvchietrie.. 3: 179-183, 1972.

W OLPE, J.A P r á t ic a d a T e r a p ia C o m p o r t a m e n t a l. São Paulo, Brasiliense. 1976.

Referências

Documentos relacionados

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

Como eles não são caracteres que possam ser impressos normalmente com a função print(), então utilizamos alguns comandos simples para utilizá-los em modo texto 2.. Outros

2. Identifica as personagens do texto.. Indica o tempo da história. Indica o espaço da história. Classifica as palavras quanto ao número de sílabas. Copia do texto três

Em janeiro, o hemisfério sul recebe a radiação solar com menor inclinação e tem dias maiores que as noites, encontrando-se, assim, mais aquecido do que o hemisfério norte.. Em julho,

Classifica os verbos sublinhados na frase como transitivos ou intransitivos, transcrevendo- os para a coluna respetiva do quadro.. Frase: Escondi três livros na estante

O mais interessante nesta fase de elaboração do “Plano de Negó- cio” é que, para conseguir estimar os custos variáveis e as despesas comerciais de cada produto ou serviço,

o fato de as situações 1, 3 e 4 serem ansiógenas indica, por outro lado, oca- sião para desenvolver repertório assertivo, pois, de acordo com a definição, não apenas a

Um permutador de calor consiste num equipamento que promove a transferência de energia térmica entre dois (ou mais) fluidos, a diferentes temperaturas. Este tipo de