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Rev. Assoc. Med. Bras. vol.48 número4

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Academic year: 2018

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Rev Assoc Med Bras 2002; 48(4): 275-96 281

À

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beira do leito

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Bioética BioéticaBioética BioéticaBioética

Q

QQ

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UAL

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O

OO

OO

LIMITE

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LIMITE

LIMITE

LIMITE

DD

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DAAAAA

RELAÇÃO

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MÉDICO

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MÉDICO

MÉDICO

---

PPPPPACIENTE

ACIENTE

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ACIENTE

NO

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LABORATÓRIO

LABORATÓRIO

LABORATÓRIO

LABORATÓRIO

LABORATÓRIO

DE

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IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM?????

IMAGEM

IMAGEM

A relação médico-paciente no Laborató-rio de Imagem é passageira, mas nem por isso isenta de violação ética. Na circuns-tância, o médico responsável pelo paciente transfere ao médico da imagem a tarefa de esclarecer certos aspectos do caso, preten-dendo que conhecimento/treinamento com-petente acompanhar-se-á de atitude ética.

O respeito ao paciente e ao colega suben-tende uma postura de equipe de saúde. Nela, o porta-voz deve ser o médico responsável, pois é ele quem detém os demais dados e a base de conhecimento para tomar condutas. Cabe ao médico da imagem acrescentar informação por escrito (laudo) e diretamente ao médico-solicitante respeitando a confiden-cialidade (envelope fechado).

Especialmente em situações em que o exame é solicitado com alta valorização para o paciente (“o exame que estou pedindo irá definir o diagnóstico e o tratamento”), o grau de ansiedade do paciente pode demandar imediatismos e insistências.

Compete ao médico da imagem respeitar os seus limites na “equipe virtual”, explicando-os ao paciente de modo direto e respeitoso. Não lhe cabe de nenhum modo expressar condutas como necessidade de cirurgia ou analisar o tra-tamento instituído, até porque elas poderiam resultar apressadas e significar imprudência.

Na eventualidade de haver urgência de comunicação do resultado ao médico respon-sável, o médico da imagem deve tomar a iniciativa por contato telefônico ou instruindo o paciente a ir entregar o laudo com brevida-de. É atitude de acolhimento do paciente e não de competição com o colega.

Ouvir antes de falar é método eficiente para evitar transpor os limites. Por mais que haja convic-ção sobre a resposta, por mais que haja solicitaconvic-ção aflitiva, o médico da imagem necessita vigiar-se na quantidade e na qualidade das palavras. Muitas vezes, uma frase enigmática gera uma reação inesperada do paciente que provoca o médico a compelir-se e a se esforçar em dar explicações com alto potencial de exceder os limites.

Algumas vezes, o despropósito verbal chega indiretamente ao paciente, por conta de ensinamentos a aprendizes ali presentes, como acontece em ambiente universitário. É importante ter em mente que o desnível de conhecimento técnico entre médico e paci-ente tem se reduzido ultimampaci-ente graças a posturas mais dialogadas e à internet. Desta forma, é prudente organizar a docência do exame de imagem, de modo a respeitar os limites de explicação a que está sujeito o médico da imagem diante do paciente.

A boa imagem bioética muito depende do médico da imagem!

MAX GRINBERG

CLAUDIO COHEN

Referências

1. Beauchamp TL, Childress JF. Principle of biomedical ethics. 4ª ed. New York: Oxford University Press; 1994.

2. Cohen, C. Bioética e sexualidade nas rela-ções profissionais. São Paulo: Associação Paulista de Medicina; 1999.

3. Reich WT. Encyclopedie of bioethics. New York: Free Press; 1978.

Clínica Cirúrgica Clínica CirúrgicaClínica Cirúrgica Clínica Cirúrgica Clínica Cirúrgica

D

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OENTE

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OENTE

OENTE

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GASTRECT

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GASTRECTOMIZADO

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OMIZADO

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POR

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ADENOCARCINOMA

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VÁLID

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QUIMIO

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QUIMIOTERAPIA

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TERAPIA

TERAPIA

TERAPIA

TERAPIA?????

É importante estadio macroscópico e ana-tomopatológico para se indicar ou não a quimioterapia (QT). Se o estádio for T2 ou T3 com cadeia linfonodal N1 e ressecção a D2, o emprego da QT adjuvante sistêmica está indicada no intuito de atuar nas microme-tástases e evitar a recidiva tumoral, assim con-tribuiria para alongamento e melhoria da qua-lidade de sobrevivência. Atualmente, a esco-lha dos agentes quimioterápicos a utilizar ba-seia-se na experiência do serviço ou dos pro-tocolos randomizados e em alguns centros de pesquisa nos resultados de testes de quimio-sensibilidade. Estes têm por base a avaliação laboratorial da ação de agentes quimiote-rápicos sobre tumores. São testes in vivo, em camundongos geneticamente modificados ou

in vitro, com meios próprios de cultura de células tumorais. Quando comparados com

dados da literatura em termos de tempo de sobrevivência, o uso da QT adjuvante no tra-tamento do câncer gástrico é discutível. Em metanálise de 11 estudos randomizados, Hermans et al compararam doentes submeti-dos à ressecção curativa com e sem QT adjuvante, não notando diferença no tempo de sobrevivência. Já Nakajima et al, numa metanálise de dez estudos japoneses com o total de 1177 doentes operados submetidos a QT adjuvante com mitomicina C isolada ou associada ao 5-fluorouracil, registraram alon-gamento da sobrevivência. Devido aos graves efeitos colaterais e aos resultados da terapêu-tica, muitas vezes os médicos hesitam em utilizá-la, especialmente em doentes submeti-dos à ressecção curativa e que eventualmente poderiam se beneficiar do seu emprego. Os atuais quimioterápicos apresentaram índice de eficácia baixa, em torno de 10% a 20%. Ou seja, cerca de 80% dos doentes tratados estão sujeitos a complicações sem a contrapartida de benefícios. Com a descoberta de novos agentes quimioterápicos mais eficazes e o uso rotineiro de testes de quimio-sensibilidade, o operado de câncer gástrico avançado poderá se beneficiar tanto em termos de tempo como de qualidade da sobrevivência.

WILSON SHINJIRO MATSUZAKI

FRANCISCO CÉSAR MARTINS RODRIGUES

CARLOS ALBERTO MALHEIROS

Referências

1. Kubota T, Sasano N, Abe O, Nakao I, Kawamura E, Saito T, et al. Potential of the histoculture drug-response assay to contri-bute to cancer patient survival. Clin Cancer Res 1995;1:1537-43.

2. Matsuzaki WS. Valor de teste de químio-sensibilidade para escolha da terapêutica qui-mioterápica no câncer gástrico avançado (dissertação). São Paulo: Faculdade de Medi-cina, Universidade de São Paulo; 2001. 3. Hermans J, Bonemkamp JJ, Boon MC, Bunt AMG, Ohyama S, Sasako M, et al. Adjuvant therapy after curative resection for gastric cancer: meta-analysis of randomized trials. J Clin Oncol 1993;11:1441-7.

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