3 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DA CORRENTE DE SEQÜÊNCIA NEGATIVA
Os métodos de extração das correntes de seqüência negativa disponíveis na literatura são agrupados segundo suas características comuns e tem suas notações uniformizadas.
Pode-se dividir os métodos de extração da corrente de seqüência negativa de acordo com a Fig.3-1.
Métodos de extração da componente de seqüência negativa
Baseado na teoria de vetores espaciais
cap.(3.1)
Baseado na teoria da decomposição em seqüência
negativa , positiva e zero cap.(3.2)
Sistema de referência fixo cap.(3.1.1)
- Detecção em tempo real - Método PQ
Sistema de referência girante cap.(3.1.2)
- Referência síncrona positiva - Referência síncrona negativa
Injeção direta de corrente de seqüência negativa (Método Proposto)
Fig.3-1 - Diagrama de Blocos – Métodos de extração das correntes de seqüência negativa
Compensação de desequilíbrios de carga empregando conversor operando em PWM – Rodrigo Cutri
3.1 Métodos baseados na teoria de vetores espaciais
A Teoria de Vetores Espaciais é adequada para o tratamento matemático de valores instantâneos de tensões e correntes em circuitos trifásicos. O Apêndice A apresenta uma breve introdução sobre o assunto.
3.1.1 Sistema de referência fixa
3.1.1.1 Método de detecção em tempo real através de vetores espaciais (DTRVE)
Para uma carga genérica com harmônicos e desequilíbrios, associam-se as correntes de linha i
r(t), i
s(t), i
t(t) a um vetor espacial instantâneo , em um sistema de referência fixo (αβ), utilizando-se a eq.(AP-5) do Apêndice A.
) t (
→
I
O vetor
→I ( t ) é descrito na notação complexa por
→I = I ( t ) θ ( t ) , com I ( t ) e θ ( t ) variantes no tempo, de modo que percorra um percurso arbitrário, conforme mostrado na Fig.3.1.1-1. Na notação complexa o eixo α corresponde a parte real e o eixo β a parte imaginária.
) t (
→
I
θ(t) I
hI I
1φ(t) β
α Im
Re θ
h(t)
Fig. 3.1.1-1 – Vetor e sua trajetória (pontilhada)
→I
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O vetor pode ser decomposto em duas partes,
→I I
→1= I
1( t ) φ ( t ) , correspondente aos componentes de corrente na freqüência fundamental (Fig.3.1.1-1 em verde), e
) t ( ) t ( I
I
→h=
hφ
h) t ( I
→1que inclui todas as componentes harmônicas (Fig.3.1.1-1 em azul).
O vetor pode ainda ser decomposto nas parcelas (t) e (t), correspondentes aos componentes de seqüência positiva e negativa na freqüência fundamental, de acordo com a eq.(3.1.1-1).
→
I
+I
→−) t ( I ) t ( I ) t ( I ) t ( I ) t (
I
→1=
→++
→−=
+φ
++
−φ
−(3.1.1-1) O objetivo deste método (Zhang; Xu, 2001) é o cálculo de , seguindo a seqüência abaixo descrita. Calcula-se inicialmente o vetor a partir da eq.(AP-5), decompondo-o nas projeções i
→
I e
+I
→−→
I
α
(t) e i
β(t) (Fig.3.1.1-2) conforme as eqs.(3.1.1-2) e (3.1.1-3).
) ) t ( cos(
. I )) t ( cos(
. I )) t ( cos(
. I )) t ( cos(
.I ) t ( i
2
h
∑
∞ h−
− +
+
α
= φ = φ + φ + φ (3.1.1-2)
) ) t ( sen(
. I )) t ( sen(
. I )) t ( sen(
. I )) t ( sen(
.I ) t ( i
2
h
∑
∞ h− − + +
β
= φ = φ + φ + φ (3.1.1-3)
θ(t) I
hI I
1φ(t) β
i
β(t)
i
α(t) Im (β)
Re (α)
Fig. 3.1.1-2 – Projeção do Vetor no sistema αβ
→I
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As parcelas i
α(t) e i
β(t) são filtradas por dois filtros passa-baixas independentes (com ganho unitário e fase ( ) na freqüência fundamental) eliminando-se as correntes harmônicas e introduzindo uma defasagem (
ϕ
−
ϕ
− ) na componente de corrente na freqüência fundamental conforme a Fig.3.1.1-3. Após a filtragem, os componentes i
αf(t) (parte real) e i
βf(t) (parte imaginária) que contêm as componentes das seqüências positiva (i
αf+(t); i
βf+(t)) e negativa (i
αf-(t); i
βf-(t)) da freqüência fundamental podem ser reescritas nas eqs.(3.1.1-4) e (3.1.1-5) respectivamente.
) t ( i ) t ( i ) ) t ( cos(
. I ) ) t ( cos(
. I ) t (
i
αf=
+φ
+− ϕ +
−φ
−− ϕ =
αf++
αf−(3.1.1-4) )
t ( i ) t ( i ) ) t ( sen(
. I ) ) t ( sen(
. I ) t (
i
βf=
+φ
+− ϕ −
−φ
−− ϕ =
βf++
βf−(3.1.1-5)
I
1f[φ(t)-ϕ]
i
βf(t)
i
αf(t) Im (β)
Re (α)
Fig. 3.1.1-3 – Projeção no sistema αβ do Vetor I após a filtragem
→1fPara separar as projeções das componentes de seqüência positiva (i
αf+(t); i
βf+(t)) e negativa (i
αf-(t); i
βf-(t)) de i
αf(t) e i
βf(t), propõe-se criar um novo vetor (i
αf90(t);i
βf 90(t)), obtido a partir do vetor original (i
αf(t); i
βf(t)), rotacionando-o de -π/2, o que resulta nas eqs.(3.1.1-6) e (3.1.1-7) respectivamente.
) ) t ( sen(
. I ) ) t ( sen(
. I
2 ) )
t ( cos(
. I 2 ) )
t ( cos(
. I ) t ( i
f90ϕ
− φ +
ϕ
− φ
π =
− ϕ
− φ π +
− ϕ
− φ
=
−
− +
+
−
− +
+
α
(3.1.1-6)
) ) t ( cos(
. I ) ) t ( cos(
. I
2 ) )
t ( sen(
. I 2 ) )
t ( sen(
. I ) t ( i
f90ϕ
− φ +
ϕ
− φ
−
π =
− ϕ
− φ π −
− ϕ
− φ
=
− − + +
− − + +
β
(3.1.1-7)
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Os componentes desejados de seqüência positiva (i
αf+(t); i
βf+(t)) e negativa (i
αf-(t); i
βf-(t)) são obtidos a partir dos valores medidos (i
αf(t); i
βf(t); i
αf90(t); i
βf 90(t)) utilizando- se as eqs.(3.1.1-8), (3.1.1-9), (3.1.1-10) e (3.1.1-11).
( )
2 ) t ( i ) t ( ) i
t (
i
αf+ αf−
βf90= (3.1.1-8)
( )
2 ) t ( i ) t ( ) i
t (
i
αf− αf+
βf90= (3.1.1-9)
( )
2 ) t ( i ) t ( ) i
t (
i
βf+ βf+
αf90= (3.1.1-10)
( )
2 ) t ( i ) t ( ) i
t (
i
βf− βf−
αf90= (3.1.1-11)
Podem-se agrupar as eqs.(3.1.1-8), (3.1.1-9), (3.1.1-10) e (3.1.1-11) na matriz dada pela eq.(3.1.1-12).
.
−
−
=
β α β α
− β
− α
+ β
+ α
) t ( i
) t ( i
) t ( i
) t ( i . 1 0 0 1
0 1 1 0
1 0 0 1
0 1 1 0 2 . 1 ) t ( i
) t ( i
) t ( i
) t ( i
f f 90 f
90 f
f f f f
(3.1.1-12)
Para se corrigir o deslocamento da fase causado pelo filtro ( ), é necessário rotacionar-se os vetores (i
ϕ
−
αf+
(t); i
βf+(t)) e (i
αf-(t); i
βf-(t)) de acordo com o deslocamento ( ), obtendo-se assim os valores dos componentes de seqüência positiva e negativa corrigidos (i
ϕ
α+
(t); i
β+(t); i
α-(t); i
β-(t)) respectivamente nas eqs.(3.1.1-13) e (3.1.1-14).
ϕ ϕ
ϕ
−
= ϕ
+ β
+ α +
β + α
) t ( i
) t ( . i cos sin
sin cos ) t ( i
) t ( i
f
f
(3.1.1-13)
(3.1.1-14)
ϕ ϕ
−
ϕ
= ϕ
− β
− α
− β
− α
) t ( i
) t ( . i cos sin
sin cos )
t ( i
) t ( i
f f
As correntes instantâneas de seqüência positiva (negativa) de compensação ( i ) ) são obtidas pela eq.(AP-4), substituindo-se os valores de i
t ( i ), t ( i ), t
(
ref_s ref_tr _
ref − − −
α
(t) por -i
α-(t) e i
β(t) por -i
β-(t).
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3.1.1.2 Método das potências ativa e reativa instantâneas (PQ)
Outra solução proposta por (Akagi; Nabae, 1993) e estudada em detalhe por (Watanabe; Aredes, 1998), define as potências ativa (p) e reativa (q) instantâneas
1. Os componentes instantâneos dos vetores de tensão e corrente em um sistema de referência fixo, são obtidos através da eq.(AP-3). Os componentes das potências instantâneas são compostos por uma parte constante ( p ; q ) e uma parte oscilatória ( p~ ; q~ ) definidos pela eq.(3.1.1-15).
= −
+
= +
β α α
β
β α
) t ( i
) t ( . i ) t ( v ) t ( v
) t ( v ) t ( v q q
p p q p
~
~
(3.1.1-15)
As potências de compensação p
c; q
csão definidas como uma combinação de
− p~ , q − e q~ − , de acordo com o objetivo da compensação, e inseridas na rede via conversor estático operando como fonte de corrente, conectado em paralelo com a carga. Para a compensação de desequilíbrios na corrente de carga, deve-se considerar
e q se as tensões da rede forem equilibradas e simétricas. Os componentes
p
~ c−
p =
c= − q
~p , p~ , q e q~ são obtidos através de filtros do tipo passa-alta conforme a Fig.3.1.1-4.
v
r(t) v
s(t) v
t(t)
rst / αβ
Cálculo de p e q
Filtro Passa-alta
p
q
~
~ p
q i
r(t) i
s(t) i
t(t)
v
α(t) v
β(t) i
α(t) i
β(t)
Filtro Passa-alta
Fig. 3.1.1-4 –Algoritmo PQ
1
Na utilização da “teoria de potência ativa e reativa instantânea” para compensação de desequilíbrios, p(t) e q(t) são obtidos a partir dos vetores espaciais das tensões e correntes, descritos em um sistema de referência estacionária (αβ). Esta abordagem foi considerada nesta dissertação dentro da categoria utilizando a teoria de Vetores Espaciais com referência estacionária em virtude da sua maior exposição na literatura (Akagi; Nabae, 1993) e (Watanabe; Aredes, 1998). Nabae (Nabae et al., 1995) apresenta a mesma teoria sendo p e q obtidos diretamente das tensões e correntes de fase e também pode ser aplicada diretamente aos valores instantâneos de tensão e corrente no sistema rst.
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As correntes de compensação ( i ) no sistema rst são obtidas através das eqs.(3.1.1-16) e (AP-4).
) t ( i ), t ( i ), t
(
ref_s ref_tr _
ref − − −
(3.1.1-16)
= −
−α β
β α
β α
c c 1
q . p ) t ( v ) t ( v
) t ( v ) t ( v )
t ( i
) t ( i
Neste método é difícil a separação de harmônicos e desequilíbrios, pois ambos produzem termos oscilatórios. Uma análise mais detalhada com soluções para problemas como a influência das tensões distorcida no PCC (ponto de acoplamento comum) é proposta em (Watanabe et al., 2002).
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3.1.2 Sistema de referência girante 3.1.2.1 Referência girante positiva (RSP)
Este método requer a mudança do sistema de coordenadas fixo αβ (Apêndice A) para o sistema de coordenadas girante dq. O sistema dq gira com velocidade de modo que o ângulo
ω
2
entre os eixos α e d (β e q) tenha valor ( ω t ). A transformação das coordenadas do vetor da corrente no sistema αβ (sistema de referência fixo) para o sistema dq (sistema girante), também chamada Transformada de Park (Choi et al., 2000) e (Senini; Wolfs, 2000) é efetuada pelas eqs.(AP-3) e (3.2.1-1) e observada na Fig. 3.1.2-1.
ω ω
−
ω
= ω
β α
) t ( i
) t ( . i ) t cos(
) t sen(
) t sen(
) t cos(
) t ( i
) t ( i
q
d
(3.1.2-1)
I β
α i
β(t)
i
α(t)
ω
i
q(t)
d q
θ(t)
ωt
i
d(t)
Fig. 3.1.2-1 - Vetores em um sistema girante de referência
Esse sistema está sendo rotacionado a uma velocidade constante em sincronismo com o vetor tensão da rede o que torna necessário um circuito de sincronismo do tipo PLL para a obtenção de ( ω t ).
2
Para simplificar a explanação considerou-se o ângulo entre os eixos α e d com valor “ ”. Para uma abordagem mais geral deve-se considerá-lo como sendo “
ω t ψ
+ ωt ”.
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O vetor pode ser descrito pela soma das componentes fundamental e harmônicos mostrado na Fig. 3.1.1-1. O vetor da corrente fundamental pode ser descrito pela soma dos vetores e correspondentes aos componentes de seqüência positiva e negativa da corrente fundamental. No sistema αβ, tem velocidade angular ω, enquanto tem velocidade -ω conforme a Fig.3.1.2-2.
→
I
→I
1→
I
h →I
1→
I
+I
→−→
I
+→
I
−β ω
α I
1I
+-ω I
-Fig. 3.1.2-2 - Vetores dos componentes fundamentais em um sistema fixo de referência
No sistema de referência girante o vetor I de seqüência positiva permanece parado.
Deste modo , as projeções de nos eixo dq apresentam amplitude constante. No sistema dq o vetor gira com velocidade “-2.ω”, fazendo com que suas projeções nos eixos dq apresentem freqüência “2.ω”, conforme pode ser visto na Fig.3.1.2-3.
Harmônicos de seqüência positiva de ordem h produzirão componentes no sistema dq com freqüência ( , enquanto que os de seqüência negativa terão freqüência . Assim, a parte oscilatória das coordenadas do vetor no sistema dq é formada tanto por harmônicos como por componentes de seqüência negativa.
→ +
→
I
+→
I
−h − 1 ). ω ω
+ 1 ).
h
(
→I
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-2ωt I
-I
+d q
Fig. 3.1.2-3 - Vetores da componente fundamental representada em um sistema fixo e num sistema girante de referência
Portanto, no sistema dq o componente fundamental de seqüência positiva pode ser filtrado utilizando-se um filtro passa-baixa. A parte oscilatória ( i ) (harmônicos e seqüência negativa) corresponde ao vetor da corrente de compensação no sistema dq.
) t ( i ), t (
~q~ d
As correntes de compensação ( i ) podem ser obtidas pelas eqs.(3.1.2-2) e (AP-4), substituindo-se os valores de i
) t ( i ), t ( i ), t
(
ref_s ref_tr _
ref − − −
α
(t) por i
αc(t) e i
β(t) por i
βc(t).
−
−
ω ω
ω
−
= ω
β α
) t ( i
) t ( . i ) t cos(
) t sen(
) t sen(
) t cos(
) t ( i
) t ( i
~ q
~ d c
c
(3.1.2-2)
Uma variante do método de Referência Girante Positiva chamada de Referência Girante Positiva Modificada é apresentada em (Marques, 1998). Nela, o ângulo de referência para rotação do sistema é calculado utilizando as tensões da rede. Não necessitando assim de um circuito de sincronismo. A velocidade da referência girante pode não ser mais constante. Ela varia instantaneamente dependendo da forma de onda do sistema de tensão trifásico.
O ângulo de referência ( ω ) é variável no tempo segundo as eqs.(3.1.2-3), (3.1.2-4) e (3.1.2-5).
t
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−
−
= −
β α
) t ( v
) t ( v
) t ( v . 3 2 3 2
0
2 / 1 2 / 1 1 3 . 2 ) t ( v
) t ( v
t s
r
(3.1.2-3)
) t ( v ) t ( v
) t ( ) v
t
cos(
2 2β α
α
= +
ω (3.1.2-4)
) t ( v ) t ( v
) t ( ) v
t (
sin
2 2β α
β
= +
ω (3.1.2-5)
(Marques, 1998) mostra que o método Referência Girante Positiva Modificada apresenta um desempenho idêntico ao método de Referência Girante Positiva se as tensões forem equilibradas e simétricas, no entanto o desempenho piora quando as tensões são distorcidas ou desbalanceadas.
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3.1.2.2 Referência girante negativa (RSN)
(Choi et al., 2000) e (Senini; Wolfs, 2000) propõem utilizar uma estratégia semelhante a da referência girante positiva, para a extração da seqüência positiva de correntes distorcidas. A seqüência positiva é obtida pelo método proposto no capítulo 3.1.2.1, representando-se o vetor em um sistema dq que gira com velocidade ω.
As projeções do vetor são vistas como um valor contínuo que pode ser isolado através de um filtro passa-baixa. A parte oscilatória do sinal é formada tanto por harmônicos como pela seqüência negativa da fundamental que apresenta freqüência
“2.ω”. A proximidade entre as freqüências da parcela associada à seqüência negativa (2.ω) e das parcelas associadas aos harmônicos (
→
I
→
I
ω
± 1 ).
h
( ) nos sinais i
de i
q, torna difícil sua separação pela filtragem. Neste método (RSN), após a extração do componente constante correspondente à seqüência positiva ( i
d( t ), i
q( t ) ), representa- se o vetor associado as variáveis oscilantes ( ) em um novo sistema d’q’, que gira no sentido horário, com velocidade -2
) t ( i ),
~qt ( i
~dω com relação ao sistema dq original, utilizando a eq.(3.1.2-6).
−
−
ω
− ω
−
−
ω
− ω
= −
) t ( i
) t ( . i ) t 2 cos(
) t 2 sen(
) t 2 sen(
) t 2 cos(
) t ( i
) t ( i
~ q
~ d '
q '
d
(3.1.2-6)
No sistema d’q’, a componente de seqüência negativa da fundamental apresenta-se como um valor constante ( i
'd( t ), i
'q( t )
t
) t ( i
~d) que pode ser isolado via um filtro passa-baixa, correspondendo ao vetor de corrente de compensação. As correntes de compensação ( i ) ) são obtidas através da eq.(3.1.2-7),(3.1.2-2) e (AP-4) substituindo-se os valores de por , por − , i
( i ), t ( i ), t
(
ref_s ref_tr _
ref − − −
) t ( i
dn~− i
~q( t ) i
qn~( t )
α(t) por i
αc(t) e i
β(t) por i
βc(t).
ω
− ω
−
ω
−
− ω
= −
−
−
) t ( i
) t ( . i ) t 2 cos(
) t 2 sen(
) t 2 sen(
) t 2 cos(
) t ( i
) t ( i
' q ' d
~ qn
~
dn
(3.1.2-7)
Compensação de desequilíbrios de carga empregando conversor operando em PWM – Rodrigo Cutri
Compensação de desequilíbrios de carga empregando conversor operando em PWM – Rodrigo Cutri
3.2 Método baseado na teoria da decomposição em seqüência negativa, positiva e zero -Injeção direta de seqüência negativa (DSNI)
A utilização deste método para a obtenção das correntes instantâneas de compensação para um conversor do tipo PWM-VSI é proposta nesta dissertação (Cutri; Matakas Jr., 2003) baseando-se na teoria de componentes simétricos (Fortescue, 1918) e (Robba et al., 1996). Nesta solução os harmônicos foram negligenciados. O cálculo das correntes de seqüência negativa é feito sem nenhuma transformação de sistema de coordenadas, operando-se diretamente com as correntes de linha medidas.
As correntes instantâneas de seqüência negativa necessárias à compensação ( i ) ) podem ser calculadas diretamente a partir dos valores instantâneos das correntes de linha (i
t ( i ), t ( i ), t
(
ref_s ref_tr _
ref − − −
r
(t),i
s(t),i
t(t)) e dos valores instantâneos das correntes de linha atrasados de ¼ de ciclo da fundamental (i
r90(t),i
s90(t),i
t90(t)) através da eq.(3.2), cuja demonstração se encontra no anexo A.
−
−
− +
−
−
−
−
−
=
−
−
−
) t ( i
) t ( i
) t ( i . 2 0
3 2
3
2 0 3
2
3 2
3 2
0 3
) t ( i
) t ( i
) t ( i . 1 2 / 1 2 / 1
2 / 1 1 2 / 1
2 / 1 2 / 1 1 3 .
1 ) t ( i
) t ( i
) t ( i
90 t
90 s
90 r
t s r
t _ ref
s _ ref
r _ ref