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CARCINOMA EPIDERMÓIDE
CIRURGIA GERAL
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TUMORES DE MARGEM ANAL, CARCINOMA
DE CÉLULAS BASAIS,
ESCAMOSO E VERRUCOSO
CONTEÚDO: LEANDRO MARCHETTI
CURADORIA: NATALIA VERDIAL
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SUMÁRIO
CARCINOMA EPIDERMÓIDE ... 4 REFERÊNCIAS ... 5
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CARCINOMA EPIDERMÓIDE
O carcinoma epidermóide é o principal tu- mor de canal anal. Este tipo de tumor pode surgir tanto do canal anal como da zona de transição e pode se diferenciar histologica- mente como tipo epitélio escamoso, basa- lóide, cloacogênico e mucoepidermóide.
O quadro clínico geralmente inclui a pre- sença de massa, gerando sangramento e prurido associados. Desta forma, no mo- mento do diagnóstico, apenas ¼ dos tu- mores é carcinoma in situ e o restante se divide igualmente em tumores menores e maiores que 3 centímetros respectiva- mente. Até 70% das lesões já apresenta penetração tumoral profunda ao diagnós- tico, sendo 25% com linfonodos positivos e em torno de 5% já com presença de me- tástases à distância.
O tratamento evoluiu com o tempo, de modo que inicialmente realizava-se cirur- gia local ou optava-se por radioterapia de forma isolada. Para tumores limitados ao epitélio, a conduta incluía excisão local, en- quanto os avançados requeriam aborda- gem mais agressiva, com ressecções ab- dominoperineais.
Atualmente, porém, a terapia multimodal é a palavra de ordem. É indicado tratamento com radioterapia e quimioterapia, no in- tuito de preservação da continência, evi- tando, assim, a confecção de colostomia, o
que melhora consideravelmente a aceita- ção e a qualidade de vida do paciente. A excisão local isolada ficou hoje limitada a tumores superficiais com menos de 2 cen- tímetros. Mesmo nestes casos, ainda é uti- lizado protocolo com quimio e radioterapia.
O tratamento cirúrgico é sempre mais abrangente, uma vez que há possibilidade de melhorar o resultado, incluindo outras modalidades dentro da terapia multimodal.
A ressecção abdominoperineal ainda é a grande cirurgia a ser realizada. É impor- tante ressaltar que os pacientes que apre- sentam incontinência fecal no pré-opera- tório necessitarão obrigatoriamente de uma ostomia. A cirurgia também pode ser indicada nos casos em que quimio ou radi- oterapia são contraindicados e para os tu- mores refratários a estas modalidades.
Estes pacientes que não respondem a qui- mioterapia e radioterapia podem ser sub- metidos à ressecção abdominoperineal de salvamento. Este procedimento pode atin- gir uma taxa de até 50% de cura. Além disso, um novo ciclo de radioterapia junto a um ciclo de quimioterapia modificada com cisplatina pode ser boa opção, apre- sentando taxa de cura de aproximada- mente 25%.
É notório que, mesmo com as evoluções tecnológicas, a cirurgia continua tendo pa- pel fundamental no tratamento destes
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@jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupoJaleko
tumores. Seus resultados têm sido poten- cializados com o uso de novos medica- mentos quimioterápicos e novas técnicas de radioterapia. Os protocolos atuais
indicam que os melhores resultados são obtidos nos pacientes que recebem a con- junção dessas modalidades.
REFERÊNCIAS
Townsend, Courtney et al. Sabiston Tratado de Cirurgia, 20ª edição. Rio de Janeiro. Elsevier, 2019. 2248 p.
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