A
/
E Í V S A I O
j'SOBREO
MINIST
ÉRIO DAS MANOBRASEM GERAL .
DEMONSTRADO 1
‘
ORCLASSES.
THESE
»
ÀP P R E S E N T A D A BS A J S T E N T A B A P E R A N T E
AESCOLLA OU FACULDADEDE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO
,
NO CONCURSO DE PARTOS
. A26
DEMARç
ODE1833 .
roa
Jos
éMaur
ícioNunes
Garcia.
CIRURGIãO FORMADOD A ACADF.M T AMEDICO
-
CIRURGICAD A M E S*M ACIDADE
.
J
RioD EJANEIRON ATYPOGRAPHIC D ELESBA&P
*
*B1833.
I R ARua de
Traz
doHosp
ício N . 222 .
Le
fatalprésent que
celui de Vexistence,
quand il faut laprolongerloinde ceux qu'on aimesibien, et
qui noussont
chersà tant
detitres/•••«•«.
»FR
éTILLé.
"
A )
AO MEU MESTRE E AMIGO
•
O Illust . Sr . Jos é Maria Cambucg
doValle , Lente Substituto da Academia Medico
‘Cir
úrgica
doPio de Janeiro , e Membro titular da Sociedade de Mediei
•na da mesma Cidade . ( Em Commiss ã o
doGoverno ao Ceará
).
SENIIOR
^ § > 22 tudo o
quesei, ou
pelomenos , o
que nã o ignoro
duArte
Obstetr
ícia,
he filhodovosso incan ç
avelgemo; não
lieposs
ívelque o meu
primeiro trabalho sobre est’
Arte,
deixe de pertencer
- vos
:mormenlequandome
recordo daestima
que sempre vos
mereci,
dos bons officiosque
co-
mo
amigo
me tendesprestado ,
e do agazalho queentre vó
sachou minhaorfandade !Alas
ah!que
vultose me
aproxima„
Sombraque
tocais minlialmaainda no momento
,
,
em que maissoma
deliberdadepr
êcha!deixase
quer,,
por hummomento , que cu possa terminar a
ardua„
tarefaque empriendi , no exsse ç o de meu amor pela Es -
„ c ó
ladeque sou filho
;para manter os restos , ou
ob-
. que me representais , e deste modo rccompen ç ados 38
ânuos de servi ç o
',, jecto
doscuidados
desse.. ..
H
ver
publico , e gratuitamente feito em prol da mocidade
„ Brasileira , por
humPai , cuja Patria
lhe foit ão
in-
„ grata
;e me
julgaraccoberto pela lei de 16 de Ou
•j}
tubro de 1832 , que a suas espcncas obtive em meo fa -
„ vor
!deixa , deixa , que elle seja terminado , e ent ã o
„ como parte insepar
ável demeo corpo já lacerado pe ~
„
lasaudade
3testemunha meu justo rccentimento
\. .
„ Sim
ohPai
3cuja perda nunca saberei
chorar!. ..
)t
nã
o hesó a saudade , nã o
lieo amor filial , não sã o .
33
22 annos
d'uma educa çã o tã o malfadada
3não
hea
3> lembran
ç a
dos cuidadose carinhos que prodigalizaste
33
a
minhainfanda , nã o he o prazer que sentisteis em
t3
todos os actos de minha
juventudemedica
3que me
3
obrigã o a chocar teos m â nes
! hesim a gratid ã
o eo
„ respeito
;oxalá v ós nã o exestisseis só para a posteri
*dade
/, , .
..
»*
"
à„ Concent i pois , que vão faitanelo aos derives d ’ um
„ bom filho , e com a protec ção
dovosso nome respeita -
j, vcl
, consagre este meo diminuto
trabalhon
'Arte que
»
professo , ã
quellede meos Mestres que
nellame ini -
„ ciou , como
signal desaudade ,
estima, e venera ção .
E v o s , Senhor , a q u
émnada menos p ô de perten
*cer
queo espendido
arespeito
demeo P a i ,
dignai- vos
tmxugar
meo pranto , metigar
minha dor, e minha af -
Jli ção t
ãoexasperada neste momento , aceitando
*cm re -
compensa
devossos
bonsofficios e fadigas ; o producto
devossas mesmas
liçõ es , nesta tã
opequena , poré m
sin-
cera e cor deal
offerta .
Do vosso Di
çipulo e Amigo
Garcia.
AO LEITOR .
c Onvencidos n ó
s, que a verdadeira sabedoria nã
ohe partilha
detodos
oshomens,
e(piemesmo na -
quelles
aquem
anatureza authorgoti este don , elhi he relativa , salvas algumas excep çõ es
; emuito mais que
,oobjecto deste Emsnio sobre o minist
ériodas ma -
nobras em
geraldemonstrado
por Classes, demanda hum trabalho superior
a nos asfor ç as , hum
«aberque nã
opossu í
mos,
ehuma consumada pratica que
nã otemos
;claro
está , que outro fim
nã o temos mais que ,
o
de
appresenlariglobadamente ,
ou em rezumo,
ospreliminares indispens
áveis que deve ter
oDicipulo da Arte Obst
étrica
,dos preceitos desta sublime parte da Medicina
, dosmeios que ella tem
aseualcance para prestar á Mulher
cmparto , da maneira de uzar destes meios ,
edaoportunidade de
suaapplica çã
o ;preliminares
estesque
constituem,
oprincipal ponto ,
ouobjecto do ensino, da Obstetriciapropriamente ditta.
Naiural do Rio de Janeiro
,efilho d
’huma Escola á que
se nã
otem querido
dar aconcidera çã
o que me-
rece,
enã
oobstante sermos bem conhecidos nesta Ci -
dade para onde escrevemos, por
nossafalta de princ í -
pios
, enenhum talento
; nó
snã o tememos pegar pena , para expplicar
oque
nella seensina
c nó
sap -
prendemos sobre data parte da Arte dc partejar , por
isso
mesmoque ,
comojá dicemos ,
esta empreza to
*m â mos
noexcesso
de nosso amorpor esta Escola ,
coutro fim
ouinteresse
nã
otemo « mais hoje , que ,
o deoprovar -
mos :conseguindo -
o, n ó
stemos alcan çado
t ã o'
*bem ,
agloria que aspiramos
;c quando por infelicida
*na
( ?
)tie no
9$a
o nã
opossamos
conseguir, este
seiá o
justomitigo , de nossa nâ
ofundada persuas ã
o.
Cumpre notar que ,
nocurto espa ç
ode doze dias que
nosfôr
á odados para esta pr ó va
,levando
em- con
ta
o
tempo necessário para a impress
ão edestribui çã
o, menos
tempo nosfica , para podermos rever
ccorrigir alguns erros
oudescuidos ,
naexposi çã
odos princ í pios que cstobelecer -
mos,
011nasquest
õesincidentes
, epor
esta
circunstancia prevalecerá , como liuma
ou-
i
u
isso
,
tra
ancora
de nossos bonsdezejos ,
emuito mais quan -
do a
isto
senosajunta
o,
asagravantes circunstancias
desermos
morô
zo nacxcripta
, edentados de huma per -
cepçã
otardia .
Escolhemos este ponto d
'Arte Obsteirica para tlie -
ma de
nossoEnsaio , por convencidos que
aScicncia
do seuobjecto
noMedico , he que forma
ouconstitue
o verdadeiro,Parteiro
;esegundo
nos,entendemos por Parteiro ,
oMedico que
sabeoupode soccorrer á
mu-
lher
do n, ó
nossessaseos differentes partos odioza divizã o entre
;a s s i mCirurgia
beme, disprczan Medicina , -
propria
só ,
d'u n iConcilio
deTours ,
edo
Reinado deLuiz XV
daFran ç
a,
apalau
aMedico
só
nos dá ,
aidea complexa
dohomem
aptopara
curartodas
as en-
fermidades , que
attá
cã oá especie
humana.
O conhecimento dos princí pios
íheorctic
ósdaScien -
c i a
Obst
étrica ,
naverdade ,
sã oindispens
áveis
ahum bom parteiro
;porem , dizemos n ó
scom Mr . Capuron
;do que
servemestes
princí pios
aohomem da Arte á cabiceira das partorientas , quando elle
nãopossue ou
nã osabe ,
as ré gras
epreceitos da Arte de operar
ot
mulheres nos seos differentes partos nã
onatnraes ?
para entreter seu espirito ,
eadmirar ate onde chega
, epara quanto podem
asfaculdades intellectual da
( 8 )
s p e c i e
humana , n ã o tem elle
gol)re
esteponto desta Sciemia ,
eateualcance,
asdifferentes obras de tantos
e Santa liberdade timos sim , abalizados Parteiros por é — m nos nao
s, ã
olie
choje que
este— tã
oogra vulg ponto ç as scjão
äres? principal
nó dadas d
s o senda -
questã oque pretendemos demonstrar .
Percorramos
sehe possí vel ,
avasta esten çã
odo Uni -
verso
,
everemos
osmilhares de b
ênçã
osde tantos in -
nocentes , de tantas Espò zas ,
ede tantos Esp ô zos affli -
ctos, sobre
aSciencia dos Hipocratis , dos Smellie, dos Levret ,
edos Roonhuisen ! .. onde esconderá Roma
osrespeitos que deve ajesta parte da Sciencia,
nachro -
nica do Reinado d
’hum Julio Cezar
?! . . em fim
; sã
otantos
e tã
oponderozos
osmotivos que
tivemospara esta escolha , que nossa
mã
odeixa
apena ,
e nó
s, pri -
vado de
os traç
ar.
Supondo n ó
s noleitor como he de esperar ,
osco -
nhecimentos preliminares
, eque
sã
oprecizos ao par -
teiro
;taes
comodas circunstancias
ouattributes que devem adornar hum parteiro , dos esclarecimentos que para
se- lo pode tirar da Anatomia
,da Phizio -
logia ,
em suma, da Medicina
;he que prcccndimos de
osdemonstrar aqui ,
e mesmoporque como disse -
mos,
elle os poder á achar ,
nosdiversos tractados d
’Ar -
te
Obstetr ícia , por Bandelocque , Gardicr , Capuron , Dug è
s, Majgrier , Velpeau , c outros .
O arranjo sistem
áticode classes , que adoptamos neste
e n s a i o, para
ademonstra çã
odas differentes
ma-
nobras
emgeral , nos foi lembrado
cmnossa clinica particular
,para a f
ácil demonstraçã
oque fazemos de
«ua
applica çá
o ,das circunstancias que «
sprecedem
nu
accompnnhno ,
e. mesmo pela facilidade com quo
o parte
tfopoderá
\cr tudo isto , num rnappa geral .
( « )
0 fim com que constitui -
mos asclasses
, sertpro -
vado pela
naturezadas
caiizasque requerem
oempre -
£0
das manobras
,pela facilidade
deachar
estasporsua ordem
,pela qualidade dos soceorros que pedem
,pela maneira de
uzardestes
, epelo conhecimento
daopor - tunidade de uzar de
suaapplica çã o
; oque
constitue , e nó
schamaremos
, osNcrdadeiros casos de pratica Obst
étrica
. (*
)Esta demonstra çã
o nó
sfaremos
,fob
onome de ordens
, e casos; cdestes
casos , que nãopodem
serobservados
ouconhecidos pelo parteiro
, senãodepois que elle
está revestido das doutrinas
epreceitos
daArte
, atehoje conhecidos
,para
a execuçã
odas manobras
, efelis termina çã
odos
partosconside -
rados
emgeral
,far
ãohuma consequ
ência
necessá-
ria
desuadiviz
ão , asespecies de partos
não naturaes, ouartificiaes
,mistos segundo Mr
.Gardien
, e mecâ-
nicos segundo Mr
.Capuron
,de que tivemos occazi
ãode falar
, na nossasegunda prova
,deste
concurç
o.Finalnlente
,lie
esteleitor
,o trabalho que
temos ahonra de
vosaprezentar
,para que possais por elle avaliar
comjusii ç
a ,dos conhecimentos que sobre
es-
'
ta parte da Arte Ostetricia podemos tirar
,da fraca applica ç
ao, edos ensaios pr
áticos que
noespa ç
ode quatro para cinco annos temos feito
cm nossacli -
nica
particular de partos
,[
aque
nos temosd á do
,apezar de todos os sacrif í cios
, epreju í
zosde nossa saude
!,.]
N
ã odoutados cVuma
memoriafelis
,pobre de prin - cí pios
,edetalento
8, edoutados sim
,debum a pcrccp çã
otardia e muito dezejo de saber
,temos procurado ap -
(
*
)Vocabolo
antigo, porem
(ládo hojeporDvg ès , para
ainterpretar
ão da& ci
ência
eArte
departyur .
( l ü )
premier na natureza
, aquü
lnque duvid
ávamos leitura;e sepercorerdes
uroi
dos obstáculos que podeRio de
Janeiro
,aquelle
que dezeja in-
vestigar os
feuomenoa
doobjecto
d’Arte
Ol)6telrica,
v
ó
spodereis
avaliaranatureza
destessacrificios ,
sa-
bendo
mais
que,ospodemos
obterpor
*empenbos
em diversas caçasparticulares
, e por entre osescravos,
,pebem que,por nosso gosto
,
cpor
huma inclinaçã
o particular ,paraeste ramodaArte
decurar : e linal-
iiiente se n econcederes leitor
,
que comquanto
não tenhamos como Roma,
humaAgnodice
, ( *) ternos comtudo,
contra nossas observaçõ
es,
.adiíUculdad
® e má vontade, comque a maiorparte
denossas Pa-
tricias, se prestã o aossoccorros desta
Arte
para a mulher em parto ,dados
pelosparteiros,
esempre naultima ora;fazendo
cornque,naclasse
das mor-
tes por estas cauzas , esta cidade
,
emesmo oBra -
zil todo
, exorbite
cm numero, á
sde maisNacçõ
es cultas!..
Vos
adveitimos porem,leitor , que
nossasesperan -
ç
asnão acabá
rão, e n e i nterminão aqui nossos tra-
balhos; n
ó
s tornaremos sobre esteponto,emendan-
do
algum
erroque neste ensaio nos escapasse,
cdan-
do as
demonstrações diffinitivas
de nossosistema , que por
falta detempo
onã ofazemos agora .
ua encontrar no
C* ) Parteira Romana
,
que-
para lwrar.
se da pina que lhe cominamhumalei do Senado Romano,
prohibindoacilaigtiespara
,
oexercido daArte de partejar,
se trajavade homem,
livrar
,
(deziu cila) opudor das de seusexo,
dos<i(taquet*
'•
Parteiroskc.
(Vir.
Sue)Historiad'Artedepart os,
c suas
( Il )
ENSAIO .
* tfOBllti o
^
DEMONSTRADOMNISTEBIO OAK MANOBRASyouCLASSES.
EHGERAL
?Principias e regras geracs para
as n:croiras .
]
.
Entendé-
se por manobra,
huma opera çãopor meio daqual oparteiroterminahum parto quesenãopó beacabar oueffectuar,
pelos exforçosdanatuieza
,
assim ella pôde ser devididaemsim-
pel«
,
composta,
ecomplicada.
2 A manobra he simples
,
quando amãosó do parteiço,
basta para.
aterminação do parto ; composta,
quando exige osoccorro de instrumentos não cortantes,
taes como são,
o forceps,
ala-
vanca
,
elaço; ella he compplicada,
quando estes meiossónão bast ão,
e exige apratica das grandes opera ções da Arte depar-
tejar; como são
,
ahisterotomia,
asimphiziotomia,
e aexcere-
bração
.
(*)3
.
A’s manobras se tem dado nomes differentes,
segundo amaneira e fins para que se empregão
,
segundo os práticos que asinventarão,e segundo aspartesque seinteressão nasua exe-
•
cu ção; epor isso ellas tem sido chamadas Versão ou adduçao dohisterotomiaphalotomiavertx e,
dos pé,
ehisterotomiahely trotomius;excerebra, .
histerotomokiação,
cezariana, ,
simphiziotomiasygauldiana, ,
gastroince- -
4
.
Alem deser aprimeira obrigação do parteiro,
opoupar á partorienta do menor soífrimento,
com atten çao a seu estado,
ou preveni.
los; as manobras só pódem ter lugar,
nospartos nSo na-
turae«
.
5
.
Parto,
chamaremos a sihi la ou extrac çao d’um ou.
mais fetos e suasvidiremos,
emdependencesnatural,
opreternatural ou,
do seio materno :artificialeassim,
segundo,
nós oellede-
( ) Ou mesmo a applica
ç
ao dc todos os instrumentoscor -
tunics
,
sobre u mãe?c sobre ofeto.
O
( l ï )
lí t*tf>1‘tl'it l'arttiro
.
6
.
t«to chamaremos aoproduct
« tlu Concepção,
desde que perdeonome de embrião ou aties Inezes pouco maisoumenos daprenhez,
até u época doparto : elle pode ser dividido rela ção úpratica dospartos ouantes á Arte departejar,
em ca-
beça
,
tronco e estremidudes: e a necessidade ou importância desta divisão,
o parteiro poderá achar,
nomappu n.
1,
assim como aquellas»io conhecimentoda bacia,
suadivizão,
diuieuçÕes,
evícios deseosdiâmetros
,
nomappa n.
12.
Conhecimentosestes,
esem »»squaeselle
,
jamais terminará qualquermanobra.
7
.
Asmanobras não farão a terminação defiinitiva dospartos,
quando asproporçõeseosdiàmetiosdacabeça do feto
,
nãoforem guardados,
ou postos emrelação,
com os da bacia da purtorienta.
8
.
Tara aexecu ção dasmanobras eingeral,
sedevem guardar quatro tempos principaes,
esão : o 1. °
paru aintrodueção da m ão; o2. ° para aexploração daposição do feto; o3. °
para a mutaçãode>ta para outra mais favoiuvel aoparto;,eo4.
5 para a extracçao dofeto,
,esuas dependences.
9
.
Neste ultimo tempo ainda se podem marcar outros qua-
tro; sea manobra he da1
. ”
classe,
outeve lugarpara termi-
nar oparto
,
fazendo-
se a versão dofeto pelos pés;en»*ste caso o parteiro deve-
se comportar da maneira seguinte : Logoque traz os pésdo feto á vulva,
e opéra a sahiila dos membros abdominaes,
até aparecerem asnadegas,
nãodeve proseguir na extracçao,
semterexaminadooestado docordãoumbelical,
eter-
minará o I
. °
tempo ; isto feito,
etendodescan çado os membros dofeto sobre asfaces anteriores d’uma das m ãos,
e dobraço *correspondente
,
com a outra irá prevenirorompimento docordão,
fazendo
-
lhe burna azéllia,
para puchar porseu extremo placen-
tar, tanto quanto baste
,
para alivre c completa sabidado feto, .
e não descolação da placenta
,
tendo já collocadoo feto,
n’como são por exemplo 1
.
a até 4.
‘tempo ; trazido poiso feio» ealosços da natureza
,
ou com ossoccorros
dc•
il
coia
uma das posições dingonaes
,
da cabeça oudos pés
,
eterminaráo i°
ft
-
to até mostrar as espadoas,
oparteiro deve tirar-
lhe o braçoque correspouder á sua m ão que sustenta o tronco
,
fazendo-
ogirar pela parte anterior do peito
,
edepois comestamesma cau-
terá deirbuscar ooutro; terminando o3
.
c tempo,
resta-
lhe|*var huma nino pelas faces unteiiore* do feto,até poder
raílonr osd£dos indicador e medianosobre n maxilla superior
,
c aouta pelus face»posteriores
,
até aP*rt*•porbaixo do nariz
,
( i s )
nd i c a d o ri»n o r J ae tiled ianoprotuber
,
âparancia occipitaiubuixur com,
onde collocará os d ßaquella o mentodos
do fetoin-
-
, !»r e opeito,
ecoadjuvar comesta ; trará para aescavação d a•
.
,-
i a a c u b eçad ofeto na mesma posi ção diagonal,
e daqui fa-
i< i o
-
lhe e x e c u t a r hum quartod e rota ção sobre simesma,
poráe m relação od iâm e t r o antero
-
posterior d apequena bacia,
comog r a n d e d iâ metro da cabeça do feto
, [
se executar am a n o b r a pela 1.
^ el2. ~
posi ç õe sdospé
s]
o u odiâmetrooccipto-
bregmatico d e Velpeau,
s eeIla. foi executada pela 3,
^ e4. "
posiçõ
es; termi-
nara a sabida total d o feto
,
t e n d o ent ão aqui e m relação,
osd iâm e t r o s bi
-
parietal,
ebazio-
cincipital,
c o m ossciatico e pubio-
c o c e i g i a n o : devendo t e r e m vista
,
sempre que tiver d ee x e c u t a r a v e r gão,
q u e a s1.Ä e 2.a posições,
são as melhores,
e mais fáceis,
paraotrabalho difiinitivo d o parto.
1 0
.
Q u a n d o por esta regra t r o u x e r o feto pelos pés,
trará s e m p r eod e d oi n d i c a d o r nointervallo destesea c i m adosmalêolos,
opolex d’u m lado
,
eo soutros dedos,
d oo u t r o;e tendo o s a r-
telhos d of e t o apoiados n a face a n t e r i o r da mão
.
1 1
.
H e aqui queso mostra anecessidade do conhecimento das diversas posi ç õe s que o f t t o pode t o m a r além d o extreito s u-
perior
,
ou n aescav ção d a bacia,
e dos meios de a s conhecer,
]a r a o parteiro poder decidir
,
(c o mosoccorro dado pelo conhe-
c i m e n t o dos d iâmetros d a bacia
,
ed a c a b eça d o feto) quaesa s posiçõe s e mq u e está of e t o,
quaes aquellas e mq u equando sim-
jdev pode s a h i r n a t u r a l m e n t e
,
eq u a e s finalmente aquellas,
q u e p r f e i zão oministério d a sm a n o b r a s,
ed e que classea sdeve e m-
prestar
.
o* 1 2
.
Para o facil conhecimento d a s posiçõe s ou apresentaçõe s q n e ofeto nos pode offerecer,
vôd eon i a p p an.
3.
segundo M r.
Maygrier
,
es e g u n d o a nova classificação d e Mr.
Velpeau,
[não o b s t a n t e s e g u i r-
mos aprimeira,
jeq u a n t o a o smeiosd e asconhe-
( i
,
nós a c h a r e m o s peri n t e r médio d o toccar,
porémsóapratica r.os poderá ensinar,
a usar deliu com proreito.
(vêde o muppa«. I
.
)1 3. Toccar pód e
-
se definiraqui; h u m ao p e i aça o manual,
cujof t i h e fazer
-
n o s conhecer a s mudanças,
que experimentâo aa differentes partes d o u t e r o,
c d ofeto; cm sua figurafistencia
,
es u afirms
.
sua con
-
situaça o;epormeio denoaso t a c t o
,
e m que s e 1 1. A c n i t-
a sque requeremoemprego dasmanobrase mgeral,
todos osvicios da toda( a s posiçõ
e s do tronco do f»to(
.» * )
baçi
.
i eda*
parte* m
ûl e g (l ,i geraçã>,
a s'liforinidi
le* da
c a b eça sis»fetos
c’•uaa
mis p o d ço. -
s; e linalniento todoa onpheuoinc-
IUU, q u j p
ó
dein complicar o parto,
dependente *dasm à)s ou çlotVto .
1 3
. Estas
c'i'H i;pôden se.rreduzidas
a t rès,
quecorrespondem Mit rès molus porquç a A r t e a»pôde remediar c o i nanmanobras:olie sobre ellis
,
que l i r u u m o sa demonstraçã
o,d e nosso mappaU
.
3 e mq u e o parteiro poderá ac.har n’u m golpc d evista, t u d o o que d i/.
respeito áe x e c uçãod*uma marnobra,
es u a scircunstan-
cias mais a t t e n d i v e i s
.
1 6
.
A primeira classe,
mostra a s diversas posi ço e s e m q u e o feto,
se nos p i l e apresentar além do e x t r e i t osuperioreque por esta razão sò,
n a o pó.le nascer.
1 7
.
A segunda,
fie fuudula s o b r e o c o n h e c i m e n t o d e outras m u i t a s causas d epi r t o s nao n a t u r a e s,
aq u enós chamá mos c o mMr .
Velpeau,
preezistentes eaccideutaes,
porém,
quesó pedem,
oemprego damanobra composta
.
1 8
.
A teteeira h e fun lada sim s o b r e o conhecimento d e s t a s m e s m a scausas,
e mais outras,
porem que pedem oa u x i l i o,
d a m a n o b r acomplicada.
1 9
.
Os siguaes pelos quaessomos advertidos d anecessidade d e empregar-
mos a s differentes m a n o b r a s,
são tirados d o conheci-
mento das diversas causas desta
,
d o meio para a sremediar, d o estado da mulher,
ed aoccasi.
no propria paraas u ae x e c uç ão:juizo este d e q u e resulta,
oq u e nós chamemos o p o r t u n i d a d e,
2 0
.
Aescolha da mão,
edoso u t r o smeios que.oparteiro tem a cnpregarpara,
executar qualquer m a n o b r a;d o s diversos processos o u inethodos d e operar,
e d e s u a necessidade e lUillidade,
h e fundada sempre,
noconheci nento d e suas causas,
d o e s t a d o da partorienta,
das circunstancias que acco npiuhão o u podem a c-
c onpunhar suas d iíFcrentes especies de parto
,
e dasconsequên-
c i a s dasn i e smas mal o b r a s
.
2 1
.
A mao que oparteiro t i v p r d eempregar,
n a oo b r a rá,
s e míj u e s«*ja seu d órço emesmo todo o p u n h o e braço c o r r e s p o n d
dente
,
untadosd e mocilage,
oleo d’a mêndoasdoces,
ou antes,
d e e n xúndiade
porco fresca; e bem assim todos o soutros meios oucidosi n s t r u m e n t o s. ,
que além distodeverão ser,
branduiuente aque-
71
.
\manque porescolhao parteiro liverd e empregar,
deve ser bilro lu/.
idin osentiloondirccçã) los ôxosda b icii,
e mmeia
prona-
ç ão
,
(Ippoisem
pro.
u ç.t
>,
coutrasvezes
emsjpiuu çã
o;
eseraqaella
•t
( l à )
«tnt f ris »v
.
livprcorresponda
VÒi
no
ildon
cu c pis dofeto ,
que «ste fbiuvy
,
un»uaite
ça ácrqiu-
idnouádireita.
:
J.
1•
île oui*
iiteios feiiuj»U
‘« r netesuanos,
que o[-
arteirot<
-
ï a>n.
» iti-
posiçào,
jü ia a «xecu çào das manebrasemgeiul,
3prma :
.
eo?forcepsi, ilareiuos huma idea,
alavanca,
e la çgeralo; edéliparu satisfazerés,
eda maneira-
inosdenoseaos uppticui; assim C O I I.
O das grandes operaçõ
es,
sens differentes processos a uzar,
e «-
uas consequências,
comote ve do mappageral
.
Não trataremos dos ganchos,
porver-
mos prienchida sua necessidade,
coin os forceps deLevret ,
e deMaygrier
(ou de ganchos.
)\ I
N .
B.
nãodamosodesemvolv
imento dasdoutrinas doArt.
23,
ebem assimoscaracteresporqueseconhecemas moléstias do feto queteremos quando publicar
,
ecauzãmesmoo onpartoãohaver tempo parainstrumental-
mos as,
por achardemonstraaimpressã-
moçõoes-
;nosporemdeifinitivasbastante doen,
nós o fadeste- -
ensaio
,
por sertosna desculpaqueobteremosdesta falta involun-
tária
.
(Gontinuar - se - ha .
)M t f u>/é
* trut
éVO d a s dimensões e diâmetro *
d o f e t o qued i t e m
respeito4
a r t ede
p u t*((
Jar
,segundo JV 1Airs . Muygricr ,
tVtlpeau -
]
Utametros da cabe ç aA Extens ão . Polegada * .
»
l
.
alio obliquo , estende - se do mento ao occiput .
!A
utero-
posterior
occipto -
omentoriuno •
*^•
Oecipto - frontal .
3 .
Bazio - cincipital .
5 I 6
I polegada» .
ou
Longitudinal , estende - se do occiput ao frontal .
He
operpendicular , vai do apse da cabe ç a â base do craneo .
lie transversal , estende -
sed’ huma bossa pariental á outra
Estende - se d ’ huma espadua a outra
*4 m
4i »
3 { »
4 .
Bi - parietal .
»
Di
âmetro do Tronco Acromial .
3
i »
4 »
Circunfer
ências da ca -
j be ç a do feto .
..*'Extens ã o . Polegadas .
1
.
A grande cia . circunfer
ên - Percorre a cabe ç a do feto , do frontal ao occipital d
’ ahi ao
ponto donde partio , passando pela base do craneo . 15 Polegadas .
2
.
Mediana circunfer
ên -
cia . Percorre a cabe ç a , do frontal a huma das bossas parietaes , d ’ ali
ao
sinciput , e vem ao frontal passando pela bossa parietal do
lado oposto . -
[33
.
Pequena circunfer cia .
ên -
Parte do cinciput , passa sobre huma das - bossas parietaes ,
evolta ao ponto d ’ onde tinha partido , passando pela base do craneo ,
e bossa parietal do lado oposto .
11i r >
( Segundo Mr . Majgrier . )
Occipto - mentoriano . Tira - se da parte mais saliente do occiput ao mento ; chama - se
tamb
ém grande di
âmetro ou obliquo .
\ Estende - se da
bossaoccipital ao frontal
; *1 .
5
2 .
í)Occipto - frontal .
3 .
Bi - versal parietal ou . Trans -
4
3 1
Vai d ’ huma bossa parietal à outra
*Mede - se da raiz d ’ huma apophyse zigomatica a outra .
5*
4 .
Bi - temporal . 2 f
5
.
Vertical bregmatico
ouTrachelo . - Atravessa a cabe ç a
perpendicularmente
,, descendo do vertex á
;parte anterior do buraco occiptal , e
oíferece pouco mais ou menos . 3 f
>f6
,[ Fronto Facial - mentoriano . ou
7 .
Occipto - Bregma í ico .
Cujo nome indica
bema posi çã
o: vaida fronte ao mento . S Cujo extremo posterior deve se situar entre a bossa e
oburaco occipital ,
c setermina na fontanella anterior
*»
4 pol . menos J .
Polegadas .
4 \ polegadas , faceia a
reduzir
a3 | pela compress
ão
«[ Di
âmetrosdo Tronco . ; Exten ç ao .
Do apse d ’ huma apophyse acromion d
ôtera .
1 .
A maior espessura do thorax antero - poaterior .
De huma crista illiaca à
outra.
2
. 4 i »
3
.
3» ' Em todos estes di
âmetros se podem marear outras tantas cir -
cunfer
ências com o me» mo nome
;e cuja extençã
ohe igual
mentevariavel ,
( Segundo Mr . Velpetu . )
a
I
1
V
v 2\Xappa
demonstrativo das dimtn çõ es da bacia cm geral e
maisnecess
áriasá Arle de parlejar , e dos inserunentos musculares , que riella tem lugar
.l . ° Di
âmetro sacro lliaco ou pubiano ou transverso antero - pesterior
llio - Cotiloidianos ou obliquos
Horizontal ou sacro - pubiano ( parte media ) Anterior ou pubiana
Lateral ou sciatica
Posterior ou sacro - coccigiana (sem seguir a curvatura )
4 polegadof
r
Estreito superior ou
abdominal .
5 ?5 cada um
L ”
ò\
l .
°Alturas C
\
das 3
^ Paredes {
1 \
4
Z4 Í „
Escava çã o pelciana .
5»^ ( Sacro Cocci - - pubiano pubiano
"
T .
0Di
âmetro
antero - posterior
2 . Sciatico ou transversal
'
S 3 . Obliq
| Arcada pubiana d ’ hum signal da nni ã o (
-V iscio - pubiana á outra
H A
Estreito inferior ou
perineal . uos (cada hum ) 4 4
5?5?
( Segundo Dugè s ) Chamao - se vicios da Bacia
$os defeitos na direc ç ao de seos di
âmetros e sua extenç ao ; assim como
asdiformidades são formadas , pelo de
*feito de suas parêdes , ou da posiçã o de suas faces internas ou externas
»i » .*
^ »
u
^ Tna prrte Crecto interno
,anterior
,jadductores .
dita terior ex . -
G
obturadordor externo
*Sacro lombar .
^
§vLongo dorç al .
^ Sobre os lados , os tr
ès gl
úteos
,na parte
LObturador interno
,anterior
,^ lovantador do anos .
Dita posterior
operinial .
u
/ Dita superior o iliano .
*
O \1
<v
c.;.
o :
e
«
G G 0» w
O G
»2
.
5
CD CScr*i (
S 1 Quadrado dos lombos , transverso , obliquo interno , dito externo costureiro , faseia
- o
Alata , recto anterior , pectineo piramidal , e recto do abdomen . 1 (
«2
B
G«r.
C3G
&
L 1 '
Transverso do perineo , iscio - coccigiano , iscio - clitoriano , biceps , semi - membra -
noso , semi - tendinoso , quadrado , dois gemeos s á ncter externo do anu » ou cocci
«anaL
( Segundo Mr
*Dug ^ s . )
Deste mapa se vè a necessidape de manter a solidez dos o ssos da bacia , para eil«
poder prestar - se a seos uzos em geral ; e quaes as conse quencias imm
édiat « * d«
simphiziotomia .
N . 3 .
Xlappa demdnstractiao das apresenta çõ es do feto , segundo Mr . \ 2 tfqygrier .
i
i
1 .
®Occipto cotyl- oidiami . 1 2 . Occipto coty loidiana .
hc
>. Occipto sacro - iliaca .
\ 4 . Occipto sacro - il í aca .
esquerda direita .
- direnta .
esquerdaj esquerda
,á direita
,i i a parte anterior
,na parte posterior .
á esqueda .
direita
,direita
,esquerda .
a esquerda
,á direita
,ua parte anterior
,na parte posterior .
á esquerda
,á direita
,na parte anterior
,na parte posterior .
Vertex
1
1 A fronte á A fronte .
VS . A fronte .
^ 4 . A fronte .
• *.
v >
C:®>
;Face .
1 C a l e a n e o cotyloidiana . 2 . Caleaneo cotyloidiana .
3 . Caleaneo sacro - ili à ca .
4 . Caleaneo sacro - iliaca .
-
•.1*L.i »!»twX
s
O > iU iv .
i\ 1\J. .Pé s .
»V<* i