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Rev. Bras. Cardiol. Invasiva vol.20 número4

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Academic year: 2018

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Chaves Diabéticos com Doença Multiarterial Complexa

Rev Bras Cardiol Invasiva. 2012;20(4):349-50

349

O Desafio Permanente de Tratar Diabéticos com

Doença Arterial Coronária Complexa

Áurea J. Chaves

Editorial

Rev Bras Cardiol Invasiva. 2012;20(4):349-50

O

diabetes melito é fator que reconhecidamente influencia a eficácia da revascularização mio-cárdica e a seleção da intervenção mais ade-quada, cirúrgica ou percutânea, é fundamental para oferecer o melhor cuidado ao paciente com doença coronária multiarterial. Desde meados da década de 1990, com a publicação dos resultados do estudo BARI, o diabetes tornou-se variável importante a ser considerada nas decisões de clínicos, intervencionistas e cirurgiões cardíacos. Nesse período, testemunhamos uma série de estudos que compararam a cirurgia com a intervenção percutânea mais contemporânea, com re sultados que indicavam mortalidade comparável en tre as duas estratégias. Os estudos mais recentes, que empregaram stents farmacológicos, tinham seus resultados vistos com cautela, por serem provenientes de estudo randomizado sem poder estatístico ou de análise de subgrupo. O estudo randomizado FREEDOM, com 1.900 pacientes, apresentado em novembro de 2012 em sessão científica da American Heart Asso-ciation, foi planejado para responder a questão de qual seria a melhor estratégia de revascularização em diabéticos com doença multiarterial complexa. Seus resultados, há muito esperados, são discutidos em profundidade no editorial de Centemero, Abizaid e Sousa, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (São Paulo, SP, Brasil). Os autores apontam as várias virtudes desse estudo, além de suas limitações, e finalizam lembrando a necessidade de individualizar as decisões e discutir as possibilidades terapêuticas com o heart team, envolvendo o paciente e a família

na decisão final.

Esta edição da Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI) traz uma série de estudos que abordam assuntos de grande interesse atual. Costa Jr. et al., do Hospital do Coração da Associação do Sanatório Sírio (São Paulo, SP, Brasil), apresentam outra contribui ção do Registro DESIRE, desta vez avaliando as modifica-ções ocorridas nos últimos 10 anos na indicação e na realização da intervenção coronária percutânea (ICP) com stents farmacológicos. Mostram o avanço da ICP como modalidade prevalente de revasculariza ção com -parada à cirurgia naquela instituição, a penetra ção dos stents farmacológicos que alcançaram quase 90% dos procedimentos no último ano, a complexidade

angio-gráfica crescente avaliada pelo escore SyNtAx e os bons resultados clínicos no seguimento de 5anos em mais de 98% daquela população.

Andrade et al., da Santa Casa de Marília (Marília, SP, Brasil), abordam o assunto da transferência inter--hospitalar para a realização da ICP primária em sua cidade, que dispõe de um sistema integrado e eficiente na aten ção às emergências cardiovasculares. Avaliam os desfechos de eficácia e segurança de pacientes ad miti -dos ou transferi-dos para a realização do procedimento. Complementam sua análise com discussão bastante atualizada do assunto, colocando o tema da transfe-rência em perspectiva em nosso meio, que vivencia os conhecidos problemas relacionados ao tráfego urbano.

Aguiar Filho et al., do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, tratam da incorporação da ICP via radial em seu centro, reconhecido formador de cardiologistas intervencionistas. Mostram os porcentuais crescentes ao longo dos últimos anos do uso dessa via de acesso, com parada à tradicional via femoral, e o perfil dos pa cientes selecionados. Demonstram que os resultados clínicos podem ser superponíveis aos da literatura, mesmo quando esses procedimentos são realizados por médicos em treinamento, supervisionados pelos intervencionistas responsáveis pelo caso.

Farinazzo et al., do Hospital Bandeirantes (São Paulo, SP, Brasil), exploram, no grande registro daquela instituição, os resultados da ICP ad hoc,assunto pouco

explorado em nossa literatura. Mostram o porcentual da população que realizou essa intervenção, sua ca-racterização clínica, angiográfica e do procedimento e os resultados clínicos hospitalares, comparados aos demais pacientes que realizaram intervenção progra-mada. Lembram, em sua discussão, os limites para a indicação da ICP ad hoc, de acordo com publicação

recente de um consenso da Society for Cardiovascular Angiography and Interventions (SCAI).

Por fim, complementam esta edição artigos origi-nais que abordam assuntos como a ICP com alta no mesmo dia, os resultados da ICP em pacientes com síndromes coronárias agudas que fizeram crossover das

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Diabéticos com Doença Multiarterial Complexa

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o perfil e os resultados de pacientes submetidos a ICP subvencionada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pela saúde suplementar, a avaliação da patência da artéria radial pelo Doppler em pacientes que utilizaram essa via de acesso para procedimentos coronários, o perfil dos procedimentos percutâneos diagnósticos e terapêuticos em cardiopatias congê nitas do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, RS,

Brasil), e um estudo experimental que compara a qua-lidade da hiperplasia intimal, avaliada pela tomografia de coerência óptica, de dois stents farmacológicos com polímeros bioabsorvíveis.

Um Feliz 2013!

Áurea J. Chaves

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