(Lógica) História, Silogismo e falácia
Professor: Renê Furtado Felix E-mail: rffelix70@yahoo.com.br
Site: http://www.renecomputer.net/pdflog.html
Introdução
Definição:
O que é a Lógica Computacional?
Introdução
Definição:
Quais os objetivos da Lógica Computacional?
Proporcionar uma sólida fundamentação na formação
sintaxe, semântica, e no sistema de dedução;
Capacidade de ler e escrever em literatura lógica simbólica e
pode sentir o seu poder, tanto dedutivo e expressivo;
Introdução
Definição:
Nasceu na antiguidade e foi se desenvolvendo até atingir sua maturidade no século XIX, aplicando-se então a analise de terias e discursos no âmbito da ciência e da filosofia, bem como de outras inúmeras áreas.
“Lógica é a ciência do raciocínio.” (Malba Tahan).
“Lógica é a ciência das leis do pensamento e a arte de aplica-las corretamente na pesquisa e na demonstração da verdade.”
(R. Solivete).
“A Lógica é a ciência que dirige, por meio de leis, as operações de nossa razão, para que ordenada, facilmente alcance a verdade.”
HISTÓRIA DA LÓGICA E DA COMPUTAÇÃO
Introdução à Lógica Aristotélica.
A lógica é uma das partes da filosofia que, pertencendo também à
matemática, objetiva determinar o conhecimento da verdade,
através de operações intelectuais.
HISTÓRIA DA LÓGICA E DA COMPUTAÇÃO
Introdução à Lógica Aristotélica.
A vinculação da lógica com a filosofia da ciência é,
portanto, evidente, remetendo ao chamado processo
decisório.
HISTÓRIA DA LÓGICA E DA COMPUTAÇÃO
Introdução à Lógica Aristotélica.
HISTÓRIA DA LÓGICA E DA COMPUTAÇÃO
Introdução à Lógica Aristotélica.
Aristóteles (384 A.C – 322 A.C), filósofo grego.
Produziu uma obra rica e multifacetada.
Nela encontramos uma euxastiva compilação dos conhecimentos do seu tempo, mas também, uma filosofia que ainda hoje influência a nossa maneira de pensar.
HISTÓRIA DA LÓGICA E DA COMPUTAÇÃO
Verdade e Validade
A lógica pretende julgar a validade e verdade dos raciocínios,
expressões, a firmações e operações intelectuais.
Entende por verdade a concordância entre o sentido e a realidade,
entre os argumentos e a verificação da existência concreta dos
elementos que fornecem sustentação à argumentação.
História do desenvolvimento da lógica
A palavra lógica vem do grego
“logos”,
uma palavra que pode ser
traduzida como razão, discurso ou linguagem.
A partir desta palavra deriva o verbo “leigein”, que significa colher, reunir, juntar, calcular ou ordenar.
É neste sentido que se insere a lógica, denotando uma relação entre a linguagem e o conhecimento, pensando o rigor e precisão do discurso linguístico que expressa o conhecimento.
História do desenvolvimento da lógica
No século IV A.C., Aristóteles chamou de “analítica” o que ficaria conhecido
como lógica séculos mais tarde.
O termo lógica só passou a ser utilizado no século II A.C., quando filósofos
estoicos passaram a adotar a palavra como centro do seu pensamento.
Para o estoicismo, uma tendência latina de origem romana, o universo seria
governado por um “logos”, uma razão universal que poderia ser definida
como Deus, permitindo ao mundo atingir o “kosmos”, harmonia.
História do desenvolvimento da lógica
História do desenvolvimento da lógica
Mais tarde, no inicio do século
XX
, o
matemático inglês
George Boole
História do desenvolvimento da lógica
Além dele, também no
século
XX
,
Bertrand Russel
,
um britânico nascido no país
de Gales, prestou grande
contribuição
ao
História do desenvolvimento da lógica
No entanto, a contribuição de Boole fez com que a
lógica de predicados ficasse conhecida também como
linguagem
booleana
.
História do desenvolvimento da lógica
Gottfried Wilhelm Leidniz (1646 – 1716),
filósofo
e
matemático
alemão
provavelmente mais conhecido por ter
inventado o cálculo integral e diferencial
independente de Isaac Newton.
História do desenvolvimento da lógica
História do desenvolvimento da lógica
John Venn licenciou-se na Universidade de Cambridge em
1857; dois anos mais tarde foi ordenado padre. Em 1862
voltou para a Universidade de Cambridge como um leitor em
Ciências Morais, estudando técnicas lógicas e a teoria da
probabilidade.
História do desenvolvimento da lógica
História do desenvolvimento da lógica
George Boole (1815-1864),
ligado
pela
amizade
a
DeMorgan,
interessou-se
pelo debate entre o filósofo
e o matemático, escrevendo:
Lógica Dedutiva
A lógica dedutiva é frequentemente, dividida em:
a) Lógica clássica – Considerada como o núcleo da lógica dedutiva. É o que chamamos hoje de CÁLCULO DE PREDICADOS.
Desde Aristóteles, a lógica possui três regras básicas: o principio de identidade, o princípio de não contradição e o principio do terceiro excluído.
1. O Principio de Identidade expressa uma tautologia, demonstra que algo é idêntico a si mesmo, sendo sempre verdadeiro.
Por definição, a tautologia é um enunciado que é verdadeiro independente dos valores de verdade, sendo, portanto, sempre verdadeira.
Lógica Dedutiva
A lógica dedutiva é frequentemente, dividida em:
2. O Principio da Não contradição diz que uma proposição
verdadeira não pode ser falsa e uma proposição falsa não pode ser
verdadeira.
Portanto, nenhuma proposição pode ser os dois ao mesmo
tempo.
O que é confirmado pelos contraditórios “Laura é psicóloga” e
Laura não é psicóloga”.
Já que ela “é” ou “não é”, os dois ao mesmo tempo nunca, pois
Lógica Dedutiva
A lógica dedutiva é frequentemente, dividida em:
3. O Principio do Terceiro Excluído afirma que toda proposição ou é
verdadeira ou é falsa, e não há um terceiro caso possível.
O que confirma as tautologias e o principio da não contradição,
além dos chamados contingentes.
Os ditos contingentes, apesar de serem enunciados que
Lógica Dedutiva
A lógica aristotélica precisou fazer uso de três conceitos básicos para tornar-se funcional: Premissa, Inferência e Argumento.
1. Uma Premissa é um enunciado com razões apresentadas para dar sustentação a uma afirmação, possibilitando construir argumentos para atingir uma conclusão.
Portanto, uma premissa é um indicador que, coordenado com outros, constitui um argumento que sustentará a conclusão.
2. Uma Inferência é uma operação intelectual que afirma a verdade de uma proposição por meio de sua ligação com premissas já reconhecidas como verdadeiras.
Assim, a inferência é uma operação lógica que liga as premissas, construindo o argumento que sustenta a conclusão.
Lógica Dedutiva
3. Argumento é uma sequencia de enunciados, um grupo de premissas ligadas por inferência, apresentando razões para sustentar uma afirmação. Neste sentido, os argumentos podem ser simples ou complexos.
Um argumento simples possui poucas premissas, permitindo chegar à conclusão rapidamente.
Um argumento complexo é desenvolvido em etapas, cada qual composta por um conjunto de premissas e conclusões parciais, unindo as conclusões por inferência para chegar a um resultado final.
Além disto, os argumentos podem ser de natureza categórica ou hipotética.
Silogismo e falácia
Nos textos “Analíticos”, Aristóteles definiu uma proposição
como “o discurso que afirma ou nega alguma coisa”,
propondo termos como verdadeiros, criando a base da
chamada lógica aristotélica.
Silogismo e falácia
Silogismo e falácia
Um silogismo é um raciocínio que sempre demonstra a validade de
uma conclusão, usando premissas tidas como verdadeiras para, por
inferência, compor argumentos que permitiriam chegar à verdade.
Para alcançar este resultado, o silogismo utiliza pelo menos duas
premissas.
Silogismo e falácia
Silogismo e falácia:
No entanto, um silogismo também pode compor um raciocínio
valido e não verdadeiro, como no exemplo que segue:
1. Os biscoitos são feitos de água e sal. – Premissa universal
afirmativa.
Silogismo e falácia
Silogismo e falácia:
Nem mesmo um silogismo complexo escapa deste problema, pois também pode ser valido, apesar de não verdadeiro, tal como no exemplo que segue:
01. Deus é amor. 02. O amor é cego.
03. Steve Wonder é cego.
04. Portanto, Steve Wonder é Deus.
05. Disseram-me que sou ninguém. 06. Ninguém é perfeito.
07. Portanto, eu sou perfeito. 08. Só Deus é perfeito.
09. Portanto, eu sou Deus.
10. Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve Wonder.
Silogismo e falácia
Silogismo e falácia:
Enquanto o silogismo, cujo significado em grego é
“reunir com o pensamento”, utiliza premissas bem
definidas e que trabalham com a aceitação de
afirmações tidas como verdadeiras, compondo
raciocínios validos;
A falácia expressa um argumento não valido, mas que
Silogismo e falácia
A origem da falácia está fixada na antiguidade,inserindo-se na tradição dos sofistas gregos, extremamente vinculado com a retórica e a política.
Silogismo e falácia:
Em geral, a falácia procura se sustentar por meio de influências exteriores à sua própria demonstração, valendo-se de ambiguidades, duplos sentidos, apelo à emoção ou utilizando um argumento de autoridade descontextualizado.
Podemos pontuar os tipos de falácia mais comuns como:
1. “Argumentum ad populum”, que faz uso da popularidade do argumentador e apela à emoção.
2. “Argumentum ad baculum”, que apela ao poder detido pelo argumentador, fazendo uso da força para intimidar.
3. “Argumentum ad misericordiam”, um apelo à piedade, tentando despertar a compaixão.
Silogismo e falácia:
Podemos pontuar os tipos de falácia mais comuns como:
5. “Argumentum ad verecundiam”, usa a autoridade de alguém
respeitando para validar uma afirmação.
6. “Argumento por acidente”, consiste em aplicar uma regra geral
a um caso particular.
7. “Non causa pro”, estabelece ligação entre fatos distintos e sem
qualquer relação concreta.
8. “Pergunta complexa” consiste em uma pergunta que já sinaliza
uma resposta.
Concluindo
A aplicação da lógica ultrapassa o silogismo e as falácias, adentrando a construção e depuração conceitual e, consequentemente, a diferenciação entre argumentações.
É interessante notar que três conceitos vinculados decorrem da lógica aristotélica: dedução, indução e hipótese.
Concepções importantes para a lógica, mas também para a filosofia em sentido amplo e para a ciência.
Sem os quais a moderna ciência, tal como entendida hoje, nem sequer existiria.
A dedução constitui um método forma de verificação da verdade e validade das conclusões, partindo de premissas verdadeiras para chegar, pretensamente, a conclusões, igualmente, verdadeiras.
VII – BIBLIOGRAFIA
Texto: Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
Doutor em História Social pela FFLCH/USP.
Lógica
Quase sempre a maior ou menor felicidade depende do grau de decisão de ser feliz.