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UMA NOVA VISÃO DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS CAMPINAS PARA A AMAZÔNIA BRASILEIRA. Carlos A. CID Ferreira Dr.

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Academic year: 2021

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(1)

UMA NOVA VISÃO DA DISTRIBUIÇÃO

GEOGRÁFICA DAS CAMPINAS PARA A

AMAZÔNIA BRASILEIRA

(2)

1

1.1 - FLORESTA AMAZÔNICA/ ORIGEM

• Daly e Prance, 1989 - divergências sobre a formação geológica da bacia

amazônica deixam muitas dúvidas sobre a origem da floresta amazônica. Isto porque, pouco ou quase nada há publicado da evolução da flora no norte da América do Sul .

Martin et al. 1993 - as transgressões e as regressões do mar sobre a região da

(3)

2

1.1. FLORESTA AMAZÔNICA/ ORIGEM

(4)

1.2 - FLORESTA AMAZÔNICA/ DIVERSIDADE

Prance (1979) - a flora é derivada

→ Escudo Guianense

→ Escudo Central Brasileiro

Schubart (1983) – a grande diversidade de

espécies se deve a localização estruturas geomorfológicas do Continente

Sul-Americano:

• Oeste → Cordilheira dos Andes – 4 mil metros;

• Norte → Planalto do Escudo Guianense – 2 mil metros ;

• Sul → Planalto do Escudo do Brasil Central

(5)

4

1.3

-

AS FORMAÇÕES VEGETACIONAIS ARENOSAS ESCLERÓFILAS NO BRASIL

Essas formações têm sido descritas em diversas áreas tropicais do mundo. Devido a fatores climáticos e pedológicos, essas formações estão distribuídas por todo o país, sendo que o conceito tem várias interpretações.

Desde o século XIX, essas formações chamaram atenção de naturalistas e botânicos como:

Martius, (1818) observou campos de areia branca na região de

Diamantina (MG).

Lindman (1906) usou o termo campinas para designar os campos

(6)

1.3 - AS ÁREAS DE OCORRÊNCIA DAS FORMAÇÕES ESCLERÓFILAS NO BRASIL

Sudeste – são as restingas, que no conceito botânico corresponde à

vegetação que ocorre adjacente ao oceano nas planícies costeiras arenosas quaternárias (Araujo e Henriques 1984). Norte do Espírito Santo (Reserva Natural Vale Rio Doce) mussununga. (Costa e Silva 2003)

Nordeste - além das dunas e praias, outras formações arenosas ocorrem

associadas aos cerrados (Whitmore & Prance 1987; IBGE,1992).

Amazônia - as primeiras observações para a formação que

fisionomicamente apresenta indivíduo de pequeno porte e se desenvolve sobre solo podzol hidromórfico foram feitas na metade do século XIX por Spruce em (1908), na região do alto rio Negro (AM), recebendo o nome de caatinga-gapó seguido de vários naturalistas e botânicos com: Ducke & Black (1954), Aubréville (1961) Rodrigues (1961), Pires E Rodrigues (1964), Braga (1977) entre outros.

(7)

1.5 - CAMPINAS AMAZÔNICAS 1.5.1 - ORIGEM

As campinas amazônicas apresentam uma grande escassez de informações relacionadas com os fatores bióticos e abióticos que influenciaram na sua origem, composição florística e na distribuição geográfica. Essas dúvidas contribuem para a formação de um conceito de que as atuais manchas de campina espalhadas pela Amazônia estariam associadas aos últimos resquícios das regressões marítimas.

Ducke e Black (1954) - Comentaram que as campinas

seriam formações primárias, supostamente mais antigas que a floresta pluvial, negando que as campinas fossem resultados de queimadas pontuais.

Sakamoto (1957) - Discute que as campinas amazônicas

surgem dispersas no meio do latossolo de textura leve, média e pesada cuja gênese deve-se provavelmente a superposição de sedimentos pleistocênicos sobre sedimentos de origens mais antigas.

(8)

7

1.5.1 - ORIGEM

Lleras e Kirkbride (1978) - as campinas amazônicas do rio Negro e da

Amazônia Central se originaram da destruição de rochas do Escudo Guianense que teriam sido transportadas pelos rios em direção ao norte do rio Amazonas e que as campinas do Sul da Amazônia, seriam originadas do Planalto Central brasileiro.

Fittkau (1973) - a origem das campinas estaria associada aos antigos leitos

de rios de água preta oriundos das Guianas e da geoquímica daquela região.

(9)

8

Manchas permanente de campina na

região do município de Urucará (AM). Reserva Biológica de Campina INPA/SUFRAMA (AM) na BR-174, KM 60 , Municipio de Manaus (AM)

(10)

1.6 - CONCEITO/TERMINOLOGIA

11

(11)

1.7 - CONHECIMENTO ESTRUTURAL FITOSSOCIOLÓGICO E FLORÍSTICO DAS CAMPINAS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

- Anderson et al. (1975)

-Amazônia Central, analisaram pelo método de parcelas. Somente a vegetação lenhosa em 725 m² de

campinas, considerando todos os

indivíduos com DAP ³ 5 cm 1 cm, obtiveram uma diversidade maior das espécies na campina fechada onde foram encontrados 29, enquanto que na campina aberta apenas 23 espécies.

- Cid Ferreira (1977) - somente

espécies lenhosas considerando o

DAP ³ 5 cm, registrou 14 famílias e

22 espécies em 1 ha

- Vicentini (1988) - analisou

6 parcelas ( DAP > 2,5 cm) registrou 251 espécies de plantas vasculares,

abrangendo 71 famílias e 148 gêneros.

Rodrigues (1961) - região de Tarauacá e Ilha das Flores, no rio Negro- considerou o DAP ³ 3 cm . Como

resultado obteve 1.670 indivíduos em áreas de 675m².

Silveira (2003) - após interpretar imagem de satélite, realizar sobrevôo e levantamento de campo, fez uma abordagem

sobre os aspectos fisionômico-estruturais e florísticos da vegetação sobre areia branca do sudeste da Amazônia

(12)

1.8 - LENÇOL FREÁTICO

A variação florística e fisionômica da vegetação de transição campina, campinarana e floresta de terra firme, relacionando solo, topografia e o lençol freático. Mostra que a campina se localiza na parte mais baixa do gradiente topográfico, onde o solo é extremamente arenoso (podzol) e com condição de drenagem restrita, em função do lençol freático estar grande parte do ano próximo à superfície como mostra a figura esquemática.

13

(13)

11 1.9 - DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

(14)

11 1.9 - DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

(15)

11

(16)

12

MATERIAl E MÉTODOS

Amostragens da vegetação

Para instalação do transecto em cada campina, seguiram-se as utilizadas por Campbell, Daly e Prance (1986). Em cada campina foi implantado aleatoriamente um transecto, com 10 sub-parcelas com dimensões igual a 10 x 100 m equivalente a 10.000 m² correspondendo a 1 ha.

Critério de inclusão e mensurações

(17)

Localização

- Coordenadas geográficas

00°52’40’’N; 63°12’12’’W, na Amazônia Central, no Parque Estadual da Serra do Aracá (AM). Fica a cerca de 7 km oeste da base da Serra (integrante da unidade morfoestrutural do Planalto Sedimentar do Grupo Roraima).

Transição

- ocorre com campinarana.

Solo

-podzol hidromórfico.

• Dados Climatológicos (Fonte: Projeto LBA)

Temperatura e precipitação mensais da campina da Serra do Aracá

12

CAMPINA DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO ARACÁ (AM).

(18)

DESCRIÇÃO FLORÍSTICA/CAMPINA DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO ARACÁ (AM).

Aspecto fisionômico da campina Parque Estadual da Serra do Aracá.

• Sub-bosque – Ocorrem ervas lenhosas, das familias Cyperaceae (Rhynchospora tenuis,

Rhynchospora pilosa subsp. arenicola) , Eriocaulaceae (Paepalanthus singularis, Syngonanthus densus) e Schizaeceae (Schizaea incurvata ), além do líquen Cladonia confusa f. confusa. (Cladoniaceae). Nas áreas mais úmidas( Xyridaceae (Xyris involucrata, Xyris malmeana), além da carnívora Droseraceae (Drosera meristocauli).

(19)

• Estrato arbustivo - Predominam várias espécies típicas desta formação como: Pagamea

aracaensis, Humiria balsamifera, Manilkara bidentada subsp. surinamensis entre outras.

Fisionomias: arbustiva e subarbustiva sobre solo podzol onde ocorrem a maioria das espécies das famílias Ciperaceae, Poaceae e Eriocaulaceae, associadas com o líquen Cladonia confusa f. confusa.

(20)

.

15

Manilkara bidentada subsp.

surinamensis Protium heptaphyllum subsp. ulei

(21)

CAMPINA DO CANTÁ (RR).

Localização - A campina pesquisada fica

situada no extremo norte da Amazônia brasileira, próxima do entroncamento da rodovia estadual BR-170, com a vicinal 1 da Colônia Agrícola da Confiança II, município de Cantá, nas coordenadas geográfica 02o29’ N e 60o38’ W

Transição- ocorre com campinarana.

Solo - Solo podzol hidromórfico.

• Dados Climatológicos Fonte: Projeto LBA)

Temperatura e precipitação mensais da campina da Serra do Aracá

(22)

Indivíduos com porte entre 1 e 7 m de altura com espécies como Humiria balsamifera (Humiriaceae), Pagamea guianensis

(Rubiaceae), Cybianthus fulvopulverulentus, subsp. fulvopulverulentus (Myrsinaceae),

Ruizterania retusa entre outras.

DESCRIÇÃO FLORÍSTICA/CAMPINA DO CANTÁ (RR).

• Arbustivo

Com indivíduos das espécies de Cyperaceae (Becquerelia

cymosa), Poaceae,

Eriocaulaceae (Syngonanthus

humboldii), além dos líquens Cladonia cf. confusa f. confusa e

várias epífitas de Bromeliaceae

Cladonia cf. confusa f. confusa Parmelia spp.

• Sub-arbustivo / gramíneo-lenhoso

(23)

DESCRIÇÃO DA ÁREA

Localização

-

A campina localiza-se nas coordenadas geográficas: 09°73’ S; 54°95’ W

em uma zona de interflúvio da Serra, cerca 450 m sobre o nível do mar, numa zona do ecótono da floresta amazônica-cerrado a 5 km da Base Militar Comandante Velloso, município de Novo

Progresso, sul do estado do Pará e norte do estado Mato Grosso, região do Brasil Central.

Transição

- ocorre com cerrado

Solo

- Solo podzol hidromórfico.

Dados Climatológicos Fonte: Projeto LBA)

Temperatura e precipitação mensais da campina da Serra do Aracá

(24)

Aspecto fisionômico subarbustivo da campina mais

aberta, inúmeras espécies das famílias

Eriocaulaceae, Poaceae, Cyperaceae, além do líquen

Cladonia cf. confusa f. confusa. As moitas da

formação arbustiva são dominadas por

Humiria balsamifera .

Aspecto arbustivo da campina com

dominância de Pagamea guianensis e Humiria balsamifera Aubl.

No primeiro plano, indivíduos de Pagamea

guianensis , a espécie

dominante e ao fundo a transição com pequena mancha de campinarana. O Cerrado com

afloramento arenítico na parte Sul do transecto fazendo a transição com a campina estudada.

(25)

Parkia cachimboensis (Fabaceae) Blepharandra cachimbensis (Malpighiaceae)

Endemismo

(26)

DESCRIÇÃO DA ÁREA

Campina de Cruzeiro do Sul (AC)

Localização - Localizada na região sudoeste

da Amazônia brasileira, situada ao longo da BR-307, aproximadamente a 7 km da cidade de Cruzeiro do Sul, nas coordenadas

geográficas 08°19’ S; 72°47’ W, numa altitude de 182 m.s.m.

• Transição - ocorre com campinara. • Solo - podzol hidrómorficohumoso.

• Dados Climatológicos Fonte: Projeto LBA)

Temperatura e precipitação mensais da campina da Serra do Aracá

(27)

Fisionomia da campina da de Cruzeiro do Sul é

bem mais densa. No detalhe, o parabotânico

José Lima dos Santos como referência da altura

arbustiva. Ao fundo observa-se a transição com

a campinarana.

DESCRIÇÃO FLORÍSTICA/CAMPINA DE CRUZEIRO DO SUL (AC)

22

(28)

CAMPINA DO RIO ACARÁ (PA)

• Localização - A campina pesquisada situa-se

na Amazônia Oriental, na região da bacia do rio Guamá, coordenadas geográficas 01°40’S

-48°22’W na margem direita do rio Acará,

município de Acará (PA).

• Transição - ocorre com campinarana. • Solo - podzol hidromórfico.

• Dados Climatológicos Fonte: Projeto LBA)

Temperatura e precipitação mensais da campina da Serra do Aracá

23

(29)

Aspecto fisionômico

herbáceo-arbustivo. No detalhe a ocorrência de

Aechmea sp. (Bromeliaceae). Ao fundo

a formação arbustiva do formada na maioria por Byrsonima chrysophylla

(30)

DESCRIÇÃO DA ÁREA

CAMPINA DE PORTO GRANDE (AP)

Localização - Situada no extremo norte da

Amazônia Oriental, na BR - 156, km 67, no município de Porto Grande (AP) numa altitude de 60 m.s.m. , nas coordenadas geográficas 00°33’ N; 51°25 W

• Transição - com o cerrado. • Solo - podzol hidromórfico

• Dados Climatológicos Fonte: Projeto LBA)

Temperatura e precipitação mensais da campina da Serra do Aracá

(31)

Aspecto fisionômico da campina. No detalhe, observa-se a grande ocorrência de Poaceae e Cyperaceae. Ao fundo a transição com o cerrado.

DESCRIÇÃO FLORÍSTICA/ CAMPINA DE PORTO GRANDE (AP)

(32)

DESCRIÇÃO DA ÁREA

• Localização - Situada fitogeograficamente na Amazônia Oriental, localiza-se a 93 km da Belém na

rodovia

PA-412 e a 5 km da

cidade de Vigia do Nazaré, nas coordenadas geográficas 00°55’ S - 49° 10’ W. . Ducke e Black (1954) Andrade-Lima (1961),

denominaram a campina de “Campina do

Palha”.

• Transição - com campinarana. • Solo - podzol hidromórfico.

• Dados Climatológicos Fonte: Projeto LBA)

Temperatura e precipitação mensais da campina da Serra do Aracá

(33)

Fisionomia da campina. A explotação de areia tem alterado a paisagem e a composição florística da campina. Rodovia PA-412 e a 5 km da cidade de Vigia do Nazaré (PA). As espécies que dominam o estrato herbáceo são das famílias, Eriocaulaceae,

(Syngonanthus gracilis, Syngonanthus refexus, Syngonanthus tenuis), Poaceae e Cyperaceae.

(34)

DESCRIÇÃO FLORÍSTICA/ CAMPINA DE VIGÍA DE NAZARÉ (PA)

Aspecto fisionômica interno da

campina. Ocorrem tais como Humiria

balsamifera (Humiriaceae),Mmatayba arborescens (Sapindaceae), Alibertia edulis (Rubiaceae), Xylopia aromatica

(Annonaceae), Ouratea spruceana

(35)

DESCRIÇÃO DA ÁREA

CAMPINA DE PARINTINS (AM)

• Localização - Situada na parte da Amazônia Central, em uma área de floresta de terra firme, nas proximidades do lago Zé Assu, com altitude de 92 m.s.m. nas coord. geográficas: 02°57’ S; 60°02’ W

• Transição - com campinarana. • Solo - podzol hidromórfico.

• Dados Climatológicos Fonte: Projeto LBA)

Temperatura e precipitação mensais da campina da Serra do Aracá

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No seu aspecto fisionômico, apresenta o solo exposto onde ocorre Schizaea

ellegans (Schizaeaceae), espécies de

Poaceae e Cyperaceae, Ao fundo situa-se as áreas mais densas onde as ilhas arbustivas são formadas principalmente por espécies de família Myrtaceae.

DESCRIÇÃO FLORÍSTICA/CAMPINA DE PARINTINS (AM)

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DESCRIÇÃO DA ÁREA

CAMPINA DO PARQUE NACIONAL DO VIRUÁ (RR)

• Localização - Situa-se nas proximidades do km 7 da estrada Perdida, numa altitude de 85 m.s.m., no município de Caracaraí , nas coordenadas geográficas 01°45’ N; 61°08’ W . Seu relevo é basicamente formado por planícies planas de solos arenosos com pouca drenagem e na época do inverno, surge grande quantidade de lagoas . Por estar próxima a vários lagos da bacia do rio Branco, o lençol freático se apresenta próximo da superfície durante a maior parte do ano.

Transição - com campinarana.

Solo - podzol hidromórfico humoso.

• Dados Climatológicos Fonte: Projeto LBA)

Temperatura e precipitação mensais da campina da Serra do Aracá

(38)

Aspecto fisionômico da campina estudada, muito similar as savanas da região, regionalmente chamado de “lavrado”.

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(40)

FLORÍSTICOS/FITOSSOCIOLÓGICOS

Distribuição de Indivíduos, Famílias, Gêneros e Espécies

• Os 19.583 indivíduos lenhosos amostrados nas nove campinas abrangeram 44 famílias, 121 gêneros e 252 espécies

• Observou-se que a grande variação na densidade de indivíduos - (máxima de 4.572 na campina do Cantá-RR e mínima de 790 no Acará-PA).

• Quanto à ocorrência de família botânica, a campina da Serra do Aracá apresentou a maior riqueza (26 famílias) enquanto que Cruzeiro do Sul apresentou a riqueza familiar mais baixa (17 famílias).

(41)

Campina Indivíduos Famílias Gêneros Espécies

S. do Aracá (AM) 1.501 26 46 60

Cantá (RR) 4.572 20 26 32

Serra do Cachimbo (PA) 2.670 18 28 36

Cruzeiro do Sul (AC) 1.571 17 23 26

Acará (PA) 790 22 36 45

Porto Grande (AP) 918 25 40 45

Vigia do Nazaré (PA) 1.417 25 27 38

Parintins (AM) 4.278 20 35 43

P. Nac. do Viruá (RR) 1.866 24 40 57

Riqueza de famílias, gêneros e espécies nas campinas estudadas.

FLORÍSTICOS / DISTRIBUIÇÃO DE INDIVÍDUOS, FAMÍLIAS, GÊNEROS E ESPÉCIES 35

(42)

Florísticos / Distribuição das principais espécies

Campinas Espécies S. Ara cá (A M) Can tá (RR) S. Cac h (P A) Cz . S .( AC ) Ac ará (P A) P.G ra n. (A P) Vi g. Nz . (P A) Pa rin . ( AM) P.N. Vi ru á RR) Tapirira guianensis Emmotum nitens Pagamea guianensis Byrsonima crassifolia Alchornea discolor Ilex divaricata

Sacoglottis guianensis var. guianensis

Byrsonima chrysophylla Byrsonima crassifolia Humiria balsamifera Clusia columnaris Casearia javitensis Clusia insignis

Cybianthus fulvupulverulenthus subsp.

(43)

Nº Família Den. Abs. Abs.Div. Dom. Abs. Div. Rel. Den. Rel. Dom. Rel. IVIFc. % IVIF 1 Clusiaceae 264 3 0,54 5,00 17,59 21,47 44,06 14,69 2 Fabaceae 297 5 0,33 8,33 19,79 13,11 41,23 13,74 3 Myrsinaceae 200 1 0,29 1,67 13,32 11,68 26,67 8,89 4 Humiriaceae 93 2 0,37 3,33 6,20 14,86 24,39 8,13 5 Chrysobalanaceae 64 8 0,14 13,33 4,26 5,62 23,22 7,74 6 Euphorbiaceae 130 2 0,25 3,33 8,66 10,05 22,05 7,35 7 Myrtaceae 145 4 0,13 6,67 9,66 5,33 21,66 7,22 8 Malpighiaceae 90 3 0,13 5,00 6,00 5,36 16,35 5,45 9 Lauraceae 32 3 0,04 5,00 2,13 1,42 8,56 2,85 10 Melastomataceae 21 4 0,01 6,67 1,40 0,36 8,43 2,81 11 Rubiaceae 24 3 0,03 5,00 1,60 1,09 7,68 2,56 12 Pentaphyllaceae 32 2 0,05 3,33 2,13 2,19 7,66 2,55 13 Icacinaceae 24 2 0,05 3,33 1,60 1,93 6,86 2,29 14 Sapotaceae 28 2 0,04 3,33 1,87 1,56 6,75 2,25 15 Arecaceae 23 2 0,02 3,33 1,53 0,74 5,61 1,87

Den.Abs. (Percentual da Densidade Absoluta); Div.Abs (Percentual da Diversidade Absoluta); Dom.Abs. (Percentual da Dominância Absoluta); Div.Rel. (Percentual de Diversidade Relativa); Den.Rel. (Percentual de Densidade Relativa); Dom. Rel. (Percentual de Dominância Relativa); IVIFc (Percentual do Índice de Valor de Cobertura); IVIF (Percentual de Índice de Valor de Importância de Família).

Fitossociológicos / Quinze famílias de maior Índice de Valor de Importância na Serra do Aracá/AM

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Fitossociológicos / Quinze espécies de maior Índice de Valor de Importância na Serra do Aracá/AM Família Nome Cientifico Abun. Rel. Dom. Rel. Rel. IVIEcFr. IVIE%

1 Clusiaceae Clusia nitida 15,26 18,07 7,00 40,33 13,44

2 Myrsinaceae C. fulvopuverulenthus subsp. magnoliifolius 13,32 11,68 7,41 32,41 10,80

3 Fabaceae Dimorphandra vernicosa 15,32 10,39 4,94 30,65 10,22

4 Humiriaceae Humiria floribunda 5,93 14,24 6,58 26,76 8,92

5 Euphorbiaceae Pera bicolor 8,06 9,04 5,76 22,86 7,62

6 Myrtaceae Myrcia clusiifolia 4,80 2,68 4,94 12,42 4,14

7 Myrtaceae Eugenia biflora 4,53 2,47 4,94 11,94 3,98

8 Fabaceae Peltogyne catingae 2,47 1,48 4,12 8,06 2,69

9 Chrysobalanaceae Couepia amaralea 2,27 2,45 3,29 8,01 2,67

10 Malpighiaceae Byrsonima crassifólia 3,20 2,91 1,65 7,75 2,58 11 Pentaphyllaceae Ternstroemia brasiliensis 2,07 1,82 3,70 7,59 2,53

12 Malpighiaceae Byrsonima spp.¹ 2,66 2,14 2,47 7,28 2,43

13 Clusiaceae Clusia insignis 2,27 3,37 1,23 6,87 2,29

14 Icacinaceae Emmotum nitens 1,53 1,90 2,06 5,49 1,83

15 Rubiaceae Pagamea aracaensis 1,13 0,74 3,29 5,16 1,72

Abun.Rel. (Percentual de Abundância Relativa); Dom.Rel. (Percentual de Dominância Relativa); Fr.Rel. (Percentual de Freqüência Relativa); IVEc (Índice de Valor de Cobertura); %IVIE (Índice de Percentual de Valor de Importância da Espécie).

(45)

Composição Florística

Dominânica relativa por família

As dez famílias que mais se destacaram com relação à Dominância Relativa do total dos indivíduos nas campinas estudadas: Humiriaceae (4.056 ind. / 20,71%) Rubiaceae (2.900 ind. / 14,80%); Myrtaceae (2.831 ind. / 14,45%); Malpighiaceae (2.228 ind. / 11,37%); Clusiaceae (1.213 ind. / 6,19%); Myrsinaceae (1.123 ind. / 5,73%); Fabaceae (844 ind. /4,30%; Annonaceae (481 ind. / 2,4%), Euphorbiaceae (436 ind. / 2,22%); Malvaceae (2,03%)

Dez famílias com maior número de indivíduos registrados nas nove campinas estudadas.

(46)

Composição Florística / Abundância dos gêneros

Os dez gêneros com maior numero de indivíduos das nove campinas estudadas.

(47)

Composição Florística / As famílias de maior diversidade florística

As dez famílias de maior riqueza florística nas nove campinas inventariadas.

As famílias que mais de destacaram foram: (n° espécies/ % do total amostrado)

(48)

Análise de agrupamento

(a) a campina de Cruzeiro do Sul-AC é florísticamente bastante diferenciada das demais, ocupando um ramo isolado no dendrograma; (b) as campinas de Porto

Grande-AP, Acará-PA e Vigia do Nazaré-PA, todas do leste amazônico, formam um grupamento floristicamente afim;

(c) As campinas de Parintins-AM e Cantá-RR também apresentam similaridade florística, da mesma forma que Viruá-RR e Serra do Cachimbo-PA. A inclusão dos sítios hipotéticos com as listagens das espécies de campinas registradas no Escudo Guiano, Planalto Central Brasileiro e Restinga Costeira;

42

(49)

Análise de agrupamento

(a) A flora da restinga Atlântica tem baixa afinidade com a flora de todas as campinas amazônicas; (b) A campina da Serra do

Cachimbo-PA é floristicamente a mais relacionada com a

vegetação encontrada no Brasil Central

(c) As campinas de Porto Grande-AP, Acará-PA e Vigia do Nazaré-PA, todas do leste amazônico, são floristicamente muito relacionadas entre si e com a flora do Escudo Guianense e do Brasil Central.

43

(50)

ESPÉCIES DE AMPLA DISTRIBUIÇÃO

Fonte:

(51)

ESPÉCIES DO PLANALTO DAS GUIANAS / LLANOS

Fonte:

(52)

ESPÉCIES DO PLANALTO DAS GUIANAS / LLANOS

Fonte:

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ESPÉCIES DO PLANALTO GUIANO / LLANOS / ESTE DOS ANDES Espécies de Ampla Distribuição ( espécimes citados no mobot.org | espécimes coletados pelo autor | campinas inventariadas | espécimes citados literatura). Fonte:

NASA-STRN / MOBOT (modificado)

(54)

Espécies do Planalto Guiano / Llanos / Este dos Andes

Fonte:

NASA-STRN / MOBOT (modificado)

(55)

Espécies do Planalto Central Brasileiro

Fonte:

(56)

Espécies do Planalto Central Brasileiro

Fonte:

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Espécies raras e de distribuição restrita

Espécies de Ampla Distribuição ( espécies citados no mobot.org | espécies coletados pelo autor | campinas inventariadas | espécies citados literatura). Fonte:

NASA-STRN / MOBOT (modificado)

(58)

Espécies raras e de distribuição restrita

Fonte:

(59)

Peculiaridades locais e regionais que muitas vezes não são consideradas entre alguns autores dificulta a definição de um conceito preciso sobre esse tipo de formação vegetacional.

Para aprimorar a definição do conceito de campina, devem ser considerados alguns fatores como:

Localização/solo - todas as campinas amostradas estavam situadas em formações vegetacionais abertas, crescendo sobre solo podzol hidromórfico úmido (oligotróficos) que ocorrem em locais mais distantes das influências fluviais (rios, igarapés, lagos).

(Nota 1: IBGE – campinarana, florestada-fitogeograficamente-rio Negro);

(Nota 2: campinara confundida com floresta de igapó Ex: Visto no Herbário/INPA

• Aspecto florístico/fisionômico desse habitat (campina aberta) - podem ser norteadores para uma definição mais precisa de seu conceito;

• A ocorrência de uma vegetação bem distinta em relação às formações que as cercam, com grande concentração de ilhas arbustivas (moitas) que formam uma fisionomia descontinua, com solo arenoso exposto nas áreas entre moitas. A altura dos indivíduos nas moitas varia de um a cinco metros e estas são entremeadas por arvoretas isoladas.

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TRANSIÇÃO NA AMAZÔNIA CENTRAL (CAMPINA/CAMPINARANA)

Campina da Reserva Biológica do INPA (AM)

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TRANSIÇÃO NA AMAZÔNIA ORIENTAL - CAMPINA/CERRADO

Campina da Serra do Ererê em transição com a vegetação de cerrado. Observam-se abaixo à direita alguns afloramentos rochosos. Município de Monte Alegre/ PA.

(62)

65

Campina da Serra do Cachimbo. Sul do Pará município de Novo Progresso/ PA. No detalhe das manchas de cerrado.

(63)

Biogeografia das Campinas

As espécies das campinas “stricto sensu” também ocorrem em outros

habitats tropicais abertos, entre os quais, os lhanos da Bolívia/Venezuela,

as savanas do sul das Guianas, caatingas da Venezuela, as restingas do

sudeste brasileiro e o do cerrado do Planalto Central Brasileiro.

O conjunto dos fatores ecológicos sugerem que as campinas se

diferenciam das savanas amazônicas quanto ao substrato ocupado, sendo

um tipo de vegetação mais especializada a colonizar ambientes edáficos

arenosos, fortemente oligotróficos e submetidos a estresse hídricos

severos.

A maior taxa de especiação (formação de novas espécies) e o grande

número de espécies exclusivas e vicariantes (como observado nos gêneros

Ouratea, Hirtella, Pagamea, Cybianthus, Clusia, etc.) nas manchas de

campinas em relação às savanas, sugerem que a irradiação e isolamento

das campinas na bacia amazônica é muito mais antiga do que a das

savanas. ,

Origem e evolução das Campinas

(64)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• os resultados florísticos e fitossociológicos quando

comparados a nível de gêneros com o Escudo Guianense e com

Planalto Central Brasileiro, demonstraram ser mais similares com

este último. Enquanto que, a nível específico as espécies da

campina são mais similares com o Planalto do Escudo Guianense.

• as espécies de campina, podem constituir importantes

reservatórios de variabilidade genética, conservando genes de valor

estratégico para sobrevivência em condições extremas, que

poderão ser usados, por meio da biotecnologia, para expressão de

características que podem ser essenciais para o futuro da

agricultura na região equatorial.

• a preservação e a manutenção desse tipo de vegetação são

estratégicas para a Amazônia, uma vez que, no futuro, essas plantas

irão suportar temperaturas "elevadíssimas" decorrentes do

aquecimento global.

(65)

CONSIDERAÇÕES FINAIS 68 Uma realidade cruel. Apesar de pouco conhecimento sobre sua flora, sua

origem, as campinas amazônicas não tem saído “bem” nas fotos nos últimos anos por toda Amazônia. São muito exploradas

(66)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

68

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69

Palicourea marcgravii

(68)
(69)
(70)

Uma Reflexão

Remontam as Campinas Amazônicas um cenário ancestral de uma região marinha com vida aquática exuberante e diverso? ou não ?

Fotomontagem : Cid Ferreira

Referências

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