Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Poupança em Acções
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A actividade económica mundial voltou a expandir‐se em 2010, de forma mais saliente nos países emergentes, sobretudo no bloco asiático. O regresso do crescimento anual para valores positivos assentou nos estímulos proporcionados pelos principais bancos centrais, que mantiveram as taxas de juro historicamente baixas, em função da ausência de pressões inflacionistas, e na retoma do consumo privado em muitas economias.
INDICADORES ECONÓMICOS MUNDIAIS
Taxas de variação (em %)
PIB Inflação Desemprego
2009 2010 2009 2010 2009 2010
União Europeia -4,0 2,0 1.0 (a) 2.0 (a) 8.9 (a) 9,6 (a)
Alemanha -4,7 3,6 0,2 1,3 7,5 7,1 França -2,5 1,6 0,1 1,6 9,4 9,8 Reino Unido -4,9 1,7 2,1 3,1 7,5 7,9 Espanha -3,7 -0,3 -0,2 1,5 18,0 19,9 Itália -5,0 1,0 0,8 1,6 7,8 8,7 EUA -2,6 2,6 -0,3 1,4 9,3 9,7 Japão -5,2 2,8 -1,4 -1,0 5,1 5,1 Rússia -7,9 4,0 11,7 6,6 8,4 7,5 China 9,1 10,5 -0,7 3,5 4,3 4,1 Índia 5,7 9,7 10,9 13,2 n.d. n.d. Brasil -0,6 7,5 4,9 5,0 8,1 7,2
FMI: World Economic Outlook - Outubro de 2010 (a) CE: European Economic Forecast - Novembro de 2010
À semelhança do ano anterior, o bom desempenho dos indicadores económicos permitiu que as estimativas de crescimento para 2010, por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI), fossem sucessivamente revistas em alta. O seu World Economic Outlook, datado de Outubro de 2010, aponta para um crescimento da economia mundial de 4.8%. No relatório de Outubro de 2009 estimava um crescimento de apenas 3.1%. O maior crescimento atingido revelou‐se, contudo, insuficiente para reduzir o desemprego, o qual permaneceu elevado nas economias desenvolvidas, ao contrário do que sucedeu nas economias emergentes.
período de tempo, e reforçou o programa de compra de activos inicialmente delineado em Março de 2009. A Administração Obama, por seu turno, anunciou durante 2010 a implementação de diversos pacotes de estimulo económico, desde ajudas à compra de habitação, na Primavera, à extensão, no final do ano, dos cortes de impostos implementados pela Administração anterior, num acordo estabelecido com o Congresso que também permitiu a redução da carga fiscal sobre o trabalho.
Produto Interno Bruto (variação anual)
-10 % -5 % 0 % 5 % 10 % 15 % Brasil Índia China Rússia Japão EUA Área do Euro União Europeia 2009 2010 O bloco asiático mostrou novamente um comportamento muito positivo. O crescimento da economia japonesa voltou a território de expansão em 2010, impulsionada pelo consumo privado, apesar do ligeiro aumento do desemprego, resultado das medidas de estímulo levadas a cabo quer pelo banco central, quer pelo governo. Ainda relativamente à Ásia, os indicadores económicos da China permaneceram robustos, sobretudo ao nível da actividade doméstica, beneficiando de estímulos e medidas de política monetária, e da manutenção do crescimento da concessão de crédito a ritmo elevado.
Destaca‐se ainda para o desempenho da actividade económica brasileira, cujo crescimento do produto acelerou fortemente em 2010, apesar da moderação registada no segundo semestre. Após a contracção de ‐0.6% do PIB em 2009, em Outubro o FMI estima para 2010 um crescimento de 7.5%, o nível mais forte desde 1986.
Ao contrário do que sucedeu nas economias desenvolvidas, onde as taxas de juro directoras dos bancos centrais permaneceram inalteradas, em muitas economias emergentes foram decretados agravamentos das mesmas, função sobretudo da aceleração da inflação.
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Unniiããoo EEuurrooppeeiiaa
Apesar da elevada instabilidade financeira vivida em 2010 na Área Euro, o crescimento económico registado surpreendeu pela positiva. De acordo com o FMI, o crescimento em 2010 terá ascendido a 1.7%, o nível mais forte em três anos.
Esta expansão assentou primordialmente no desempenho da procura doméstica. A Alemanha destacou‐se pela positiva, com um crescimento de 3.6%, o ritmo mais forte desde a reunificação. Pela negativa, sublinhe‐se o desempenho das economias periféricas, as quais, à excepção de Portugal, terão registado de novo crescimentos anuais negativos.
INDICADORES ECONÓMICOS DA UNIÃO EUROPEIA
Taxas de variação (em %)
2009 2010
Produto Interno Bruto (PIB) -4,0 2,0
Consumo privado -1,7 0,7 Consumo público 2,0 1,2 FBCF -12,1 -0,6 Procura Interna n.d. n.d. Exportações -12,5 10,2 Importações -12,4 8,9
Taxa de Inflação média (IHPC) 1,0 2,0
Taxa de desemprego 8,9 9,6
Saldo do Sector Público Adm. (em % do PIB) -6,8 -6,8 CE: European Economic Forecast - Novembro de 2010
Os efeitos da recuperação económica não se fizeram ainda sentir ao nível do mercado de trabalho. A taxa de desemprego aumentou de 8.9% em 2009 para 9.6% em 2010, o nível mais elevado desde 1998. Também neste aspecto, a Alemanha se destacou pela positiva, já que terminou o ano com a taxa de desemprego no nível mais baixo desde a reunificação.
O nível de inflação na União Europeia, medido pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), registou em 2010 uma taxa de variação média de 2,0%, acima dos 1,0% de 2009. Este comportamento esteve associado maioritariamente ao aumento dos preços dos bens energéticos.
dívida soberana, a aquisição de dívida pública no mercado secundário, como forma de assegurar uma adequada transmissão da política monetária.
Contudo, é de salientar que o ano de 2010 ficou marcado pelo agravamento das tensões no mercado de dívida pública, nomeadamente dos países periféricos da Área Euro. O prémio pago por estes países para se financiarem aumentou significativamente e obrigou ao reforço das medidas de austeridade. Estas variaram entre Estados Membros, mas foi comum o esforço no sentido de uma consolidação mais célere das respectivas finanças públicas, quer através da contenção de despesas, quer de iniciativas visando o reforço de receitas. P Poorrttuuggaall Em Portugal, a actividade económica em 2010 surpreendeu pela positiva com uma expansão de cerca de 1.4%. Este desempenho resultou do contributo positivo das exportações líquidas, do consumo privado e do consumo público, apesar da forte queda do investimento.
INDICADORES DA ECONOMIA PORTUGUESA
(em %)
2008 2009 2010*
PIB (Taxas de variação real) 0,0 -2,5 1,4
Consumo privado 1,8 -1,0 1,8 Consumo público 1,1 3,4 3,2 FBCF -1,8 -11,6 -5,0 Procura Interna 1,2 -2,9 0,5 Exportações -0,2 -11,4 9,0 Importações 2,9 -10,5 5,0
Taxa de Inflação (IHPC) 2,7 -0,9 1,4
Rácios**
Taxa de desemprego 7,8 9,5 10,9
Défice do SPA (em % do PIB) -2,7 -9,3 -7,3
Dívida Pública (em % do PIB) 65,3 76,1 82,1
(*) Boletim Económico do Banco de Portugal - Inverno 2010 (**) OE: Orçamento de Estado para 2011 - Outubro de 2010
Quer o consumo privado, com um crescimento de 1.8%, quer o consumo público, que cresceu 3.2%, contribuíram para o bom desempenho económico, principalmente na primeira metade do ano. Os desafios de redução do défice orçamental e a consequente aprovação de medidas de austeridade induziram um decréscimo do contributo destas componentes para o crescimento durante o terceiro trimestre, tendo se observado um agravamento da confiança dos consumidores ao longo do segundo semestre.
Por outro lado, verificou‐se uma redução de 5% da Formação Bruta de Capital Fixo, em parte consequência do nível de actividade económica e das perspectivas para a procura interna, bem como do decréscimo do investimento público. A contracção foi mais notória ao nível do investimento em equipamento e em construção.
Quanto à inflação, o IHPC português registou, em 2010, uma taxa de variação média de 1.4%, consequência, sobretudo, do aumento do preço dos bens energéticos e do acréscimo de diversos impostos indirectos, designadamente, o IVA, o ISP e o Imposto sobre o Consumo do Tabaco, ficando contudo 0.2 pontos percentuais abaixo do da Área Euro.
A taxa de desemprego em 2010 permaneceu elevada, tendo inclusive aumentado face ao ano anterior. A taxa de desemprego cifrou‐se em 10.9%, sendo a população desempregada de 556 mil indivíduos, o que representa um aumento de 8,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O sistema financeiro português continuou a demonstrar resiliência, tendo a sua actividade crescido, apesar das condições adversas ditadas pela crise da dívida soberana. Os efeitos desta sobre o financiamento do sector nos mercados internacionais levaram a um reforço na atracção de recursos de clientes, tendo os Depósitos Totais tido um acréscimo de 7.9%. O Crédito Interno Total, por seu turno, registou um aumento de 8.2%.
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M Meerrccaaddoo OObbrriiggaacciioonniissttaa No mercado obrigacionista, em 2010, o tema central foi o alargamento dos spreads da dívida soberana dos países europeus periféricos, cuja acentuada deterioração afectou negativamente as obrigações de empresas, que sofreram também um aumento significativo dos spreads, em particular no sector financeiro.
do mercado de dívida pública, EUA e Alemanha, desceram no ano de 2010, quer as de curto prazo, quer as de longo prazo. Para isso, beneficiaram da manutenção das taxas dos bancos centrais num nível baixo, e da expectativa de que permaneceriam assim durante um período prolongado de tempo, assim como das decisões de política monetária não convencional tomadas pelos respectivos bancos centrais.
Nos EUA, a Reserva Federal anunciou novos estímulos monetários, entre os quais um programa de compra de obrigações do Tesouro em mercado, enquanto na Área Euro o Banco Central Europeu (BCE) procedeu à aquisição de dívida pública no mercado secundário, tendo também prolongado sucessivamente a realização de leilões de cedência de liquidez com satisfação integral da procura, embora eliminando os de prazo mais alargado. Taxas de Juro das Obrigações a 10 anos 2009 2010 EUA 3.84% 3.30% Reino Unido 4.02% 3.40% Japão 1.30% 1.13% Alemanha 3.39% 2.97% França 3.59% 3.36% Espanha 3.98% 5.45% Portugal 4.07% 6.60% Irlanda 4.84% 9.06% Grécia 5.77% 12.47%
Valores no final do ano.
Se estes factores foram determinantes para o comportamento das taxas de rendibilidade das maturidades curtas, já nas maturidades mais longas, as respectivas taxas beneficiaram também da ausência de pressões inflacionistas, a par da incerteza quanto ao grau da retoma económica. No caso particular das taxas alemãs a 10 anos, o seu desempenho foi, além disso, influenciado pelo efeito refúgio provocado pelo aumento da aversão ao risco que teve origem na crise da dívida soberana dos países periféricos da Europa, tendo as mesmas atingido um mínimo histórico no final do terceiro trimestre.
A melhoria dos indicadores económicos, a par de alguma aceleração da inflação, e o impacto que as novas medidas do FED tiveram em termos de subida das expectativas de inflação, despoletaram, no último trimestre do ano, um aumento das taxas de rendibilidade das obrigações de governo norte‐ americanas em todas as maturidades.
As obrigações da dívida pública portuguesa, à semelhança do que aconteceu noutros países da periferia da Área Euro, divergiram da evolução das taxas alemãs. Embora numa primeira fase não se tenha assistido a qualquer alargamento dos spreads entre as taxas de rendibilidade daqueles países e as alemãs, a partir de Abril, altura em que se assistiu a um incremento das inquietações relativas aos problemas orçamentais de vários países da periferia, estes spreads alargaram significativamente. Tal foi motivado pelo movimento simultâneo de aumento das taxas na periferia, que atingiram níveis máximos, e de descida das taxas germânicas, em consequência dos investidores procurarem proteger‐ se adquirindo activos com menor risco. Apesar dos planos de ajuda financeira à Grécia, em Abril, e à Irlanda, em Novembro, e para os passos que foram dados para a criação de um mecanismo de ajuda permanente no seio da Área Euro, as taxas mantiveram até final do ano uma tendência de subida, tendo no caso português encerrado acima dos 6,60%.
Esta conjuntura adversa teve reflexos no mercado de dívida privada, não só através de um alargamento dos spreads observados nos mercados primário e secundário, como também nas dificuldades de acesso ao mercado por parte de empresas sedeadas nos países mais afectados pela crise da dívida soberana.
O sector financeiro foi o mais penalizado, registando um alargamento de spreads mais pronunciado do que as empresas não financeiras, também este, em parte, penalizado pela situação das finanças públicas na Europa. O seu pior desempenho ficou a dever‐se, em primeira instância ao seu grau de sensibilidade ao crescimento económico, previsivelmente afectado pelas medidas de contenção orçamental. No entanto, factores específicos contribuíram também para o sucedido, entre os quais as alterações ao nível da regulação dos bancos e, numa fase posterior, a possibilidade levantada pelas autoridades europeias de, futuramente, os detentores de dívida sénior poderem incorrer em perdas em caso de potencial insolvência. Acresceu ainda, e comparativamente com o sector não financeiro, as relativas maiores necessidades de refinanciamento. M Meerrccaaddoo AAcccciioonniissttaa O mercado accionista manteve nos primeiros meses de 2010 a tendência de subida observada durante grande parte de 2009 após o que encetou uma inversão durante o segundo trimestre do ano, consequência do agravamento da situação da dívida soberana na Área Euro, e dos receios de que a economia norte‐americana pudesse cair de novo em recessão.
O reforço de medidas expansionistas de política monetária por parte da Reserva Federal norte‐ americana, a par da melhoria da conjuntura macroeconómica, levou a que o mercado voltasse a encetar a tendência de subida no segundo semestre. As surpresas positivas a que se foi assistindo em termos do crescimento dos lucros e as valorizações atractivas das empresas, permitiram encerrar o ano com ganhos.
Lehman Brothers, outros assistiram a retornos negativos, casos, por exemplo, dos países periféricos europeus, ou de alguns mercados emergentes onde se observaram aumentos das taxas directoras.
As subidas ascenderam a 11.0% e 8.6% no caso do Dow Jones norte‐americano e do EuroStoxx600. Pela negativa evidenciou‐se o ASE da Grécia com uma queda de 35%, seguido pelo IBEX de Espanha e do PSI20 em Portugal, com descidas de 17.4% e 10.3%, respectivamente. Na Ásia, o Nikkei japonês registou uma perda de 3.0%.
Principais Índices Bolsistas
2009 2010
Índice Variação
(%) Índice Variação (%)
Dow Jones (Nova Iorque) 10428 +19% 11577 +11%
Nasdaq (Nova Iorque) 2269 +44% 2652 +17%
FTSE (Londres) 5413 +22% 5900 +9% NIKKEI (Tóquio) 10546 +19% 10229 -3% CAC (Paris) 3936 +22% 3805 -3% DAX (Frankfurt) 5957 +24% 6914 +16% IBEX (Madrid) 11940 +30% 9859 -17% PSI-20 (Lisboa) 8464 +33% 7588 -10%
Em 2010, o desempenho dos mercados accionistas emergentes não foi tão pronunciado quando comparado com o comportamento das praças accionistas dos mercados desenvolvidos. Embora o índice da Morgan Stanley para os mercados emergentes tenha subido 16.4%, assistiu‐se a uma grande dispersão de comportamento, já que enquanto na China o índice Shangai retrocedeu 14.3%, no Brasil o Bovespa subiu apenas 1%, enquanto na Índia o Sensex subiu 17.4%, um pouco abaixo dos 22.5% do índice russo. P Peerrssppeeccttiivvaass
O forte desempenho da economia alemã, assim como a trajectória ascendente evidenciada pelo conjunto de dados divulgados nos E.U.A., geraram revisões em alta de crescimento aumentando a confiança dos investidores na sustentabilidade da expansão do ciclo económico em 2011.
fundos por parte dos bancos comerciais, podendo‐se verificar, no entanto, uma ocorrência de subidas de taxas directoras, dado o forte nível de crescimento real das principais economias europeias e a possível trajectória da inflação acima do pilar de 2% definido pelo banco central.
No actual ambiente macroeconómico, os mercados de obrigações do tesouro deverão registar comportamentos distintos. As yields americanas poderão registar uma trajectória gradual de subida, em função da melhoria dos indicadores económicos fundamentais e do possível aumento de prémio de risco de inflação. O perfil de evolução das taxas alemãs deverá ser semelhante ao do mercado americano, embora condicionado pelo comportamento dos prémios de risco das obrigações de dívida pública europeias. Os mercados europeus periféricos deverão continuar a evidenciar uma dinâmica intrínseca de volatilidade, especialmente na 1º metade de 2011, associada ao elevado risco de refinanciamento dos sectores público e financeiro, e às incertezas relativamente ao mecanismo de ajuda permanente a países europeus em crise, que deverá ser anunciado da reunião de chefes de Estado europeus, a ocorrer em Março. No entanto, o potencial de alargamento substancial de spreads a partir dos níveis actuais deverá ser limitado, tendo em consideração a mensagem de preservação da moeda única e integridade da Zona Euro, difundida pelas instituições supranacionais europeias.
Em termos de obrigações de risco de crédito, o sector de empresas deverá continuar a beneficiar de factores como o ambiente de crescimento económico positivo, a tendência de evolução favorável dos lucros, os menores níveis de endividamento e a elevada liquidez em balanços. Por outro lado, embora não sendo esperado um forte estreitamento dos spreads a partir dos níveis actuais, a classe deverá continuar a ser beneficiada pela rendibilidade potencial atractiva que ainda oferece face às obrigações de risco do tesouro de referência. No que respeita ao segmento das obrigações financeiras, o respectivo potencial deverá ser menor, dada a exposição mais directa ao risco de países europeus periféricos, os maiores níveis de refinanciamento esperados para a primeira metade do ano e, em termos de regulamentação, a possibilidade de reestruturação de dívida financeira sénior. Tais factores deverão gerar uma manutenção de prémio de risco adicional relativamente a empresas não financeiras.
No que respeita aos mercados accionistas, a actual conjuntura de menor incerteza quanto à sustentabilidade do crescimento nas principais economias desenvolvidas e quanto à manutenção de políticas monetárias expansionistas, deverão gerar um potencial de rendibilidade positiva para a classe. Assim como o crescimento económico constitui um factor de suporte para a evolução positiva das receitas, os níveis ainda baixos de utilização de recursos (trabalho e capital) gera condições para a continuação de expansão de margens, e consequentemente, para o crescimento dos resultados.
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Em 2010, o mercado de fundos de investimento mobiliário português registou um decréscimo de 3.007 Milhões de Euros (M€). No final do ano, o valor dos activos geridos pelas sociedades gestoras portuguesas situava‐se em 14.219 M€, o que correspondeu a uma diminuição de 17,5% relativamente ao início do ano.
Registou‐se uma diminuição dos montantes sob gestão dos fundos de maior liquidez devido à deslocação das aplicações dos clientes bancários para Depósitos: os Fundos de Tesouraria desceram 2.275 M€ (‐51%) e os Fundos de Obrigações perderam 547 M€ (‐26%). Por seu lado, os Fundos de Capital Garantido diminuíram 626 M€ (‐23%) devido ao término de 17 destes fundos e à dificuldade de colocação de novos fundos, com prazos normalmente superiores a 3 anos. Apenas os Fundos Especiais de Investimento e os Fundos Flexíveis registaram aumentos de 609 M€ e 102 M€, respectivamente.
MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PORTUGUÊS
0 M€ 5.000 M€ 10.000 M€ 15.000 M€ 20.000 M€ 25.000 M€ 30.000 M€ 2006 2007 2008 2009 2010
Tesouraria Obrigações Mistos e F.Fundos
Flexíveis Acções Nacionais Acções Internacionais
PPR Capital Assegurado FEI
Fonte: APFIPP ‐ Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, de Pensões e Patrimónios
Ao longo do ano foram constituídos 25 fundos, maioritariamente Fundos Especiais de Investimento e de Capital Garantido, e foram liquidados 22 fundos, principalmente Fundos de Capital Garantido, elevando para 291, o número de fundos mobiliários portugueses em actividade.
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Caarraacctteerriizzaaççããoo ddoo FFuunnddoo
O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Poupança em Acções CAIXAGEST PPA iniciou a sua actividade em 15 de Novembro de 1995. Sendo comercializado na CGD, este Fundo destina‐se a investidores que pretendem fazer aplicações de longo prazo superiores a 500 €, com capitalização dos rendimentos gerados. E Essttrraattééggiiaa ddee IInnvveessttiimmeennttoo
O Fundo tem por objectivo proporcionar aos seus participantes a valorização do capital investido a médio e longo prazo através do acesso a uma carteira constituída por acções de empresas portuguesas. O seu património é composto por acções emitidas por empresas sedeadas em Portugal e por títulos de participação. O Fundo pode deter unidades de participação de Fundos de investimento cujos activos estejam maioritariamente investidos em acções. A Avvaalliiaaççããoo ddoo ddeesseemmppeennhhoo Em 31 de Dezembro de 2010, o valor da carteira do fundo CAIXAGEST PPA ascendia a 19.557.061,52 €, e encontrava‐se repartido por 1.644.055 unidades de participação. Nos últimos doze meses, o fundo registou uma rendibilidade anual líquida de ‐ 14,26% e uma volatilidade de 21,78%. R Reennddiibbiilliiddaaddee ee RRiissccoo HHiissttóórriiccooss
Anos Rendibilidade Classe de Risco
2001 ‐ 16,01% 5 2002 ‐ 17,96% 5 2003 23,39% 3 2004 22,86% 3 2005 18,55% 3 2006 28,31% 3 2007 11,35% 4 2008 ‐ 56,66% 6 2009 34,32% 6 2010 ‐ 14,26% 6 Fonte: Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP)
2009
Activo Mais- Menos- Activo Activo
ACTIVO Notas bruto -valias -valias líquido líquido CAPITAL DO FUNDO E PASSIVO Notas 2010 2009
CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO FUNDO
Acções 3 16.730.462 507.481 (1.313.610) 15.924.333 34.013.252 Unidades de participação 1 8.200.547 11.106.795
Outros instrumentos de dívida 3 e 12 1.598.670 648 (492) 1.598.826 - Variações patrimoniais 1 (44.725.526) (40.502.663)
18.329.132 508.129 (1.314.102) 17.523.159 34.013.252 Resultados transitados 1 60.291.664 51.709.648
Resultado líquido do exercício 1 (4.209.623) 8.582.017
TERCEIROS 19.557.062 30.895.797
Devedores por operações sobre futuros 4. g) 1.013.322 - - 1.013.322 581.493
Outras contas de devedores 17 296.846 - - 296.846 1.982.837 TERCEIROS
1.310.168 - - 1.310.168 2.564.330 Comissões a pagar 5 51.857 53.410
Outras contas de credores 18 135.757 2.944.051
DISPONIBILIDADES Empréstimos obtidos 3 - 2.680.783
Depósitos à ordem 3 908.266 - - 908.266 - 187.614 5.678.244
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Outros acréscimos e diferimentos 13.767 3.541
Acréscimos de proveitos 5 15.116 - - 15.116
Outros acréscimos e diferimentos 5 1.734 - - 1.734
-16.850 - - 16.850
-Total do Activo 20.564.416 508.129 (1.314.102) 19.758.443 36.577.582 Total do Capital do Fundo e do Passivo 19.758.443 36.577.582
Número total de unidades de participação
em circulação 1 1.644.055 2.226.703 Valor unitário da unidade de participação 1 11,8956 13,8751
O anexo faz parte integrante destes balanços. 2010
BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009
BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros)
CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
DIREITOS SOBRE TERCEIROS RESPONSABILIDADES PERANTE TERCEIROS
Nota 2010 2009 Nota 2010 2009
Operações sobre cotações Operações sobre cotações
Futuros 13 3.740.660 - Futuros 13 3.740.660
Total dos Direitos 3.740.660 - Total das Responsabilidades 3.740.660
CUSTOS Notas 2010 2009 PROVEITOS Notas 2010 2009
CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES
Juros e custos equiparados: Juros e proveitos equiparados:
Da carteira de títulos 5 12.721 - Da carteira de títulos 5 15.116
Outros, de operações correntes 5 3.995 8.836 Outros, de operações correntes 5 5.280 6.501
De operações extrapatrimoniais 5 95 19 De operações extrapatrimoniais 5 1.797 649
Comissões: Rendimento de títulos 5 1.021.176 760.958
Da carteira de títulos 5 174.643 155.300 Ganhos em operações financeiras:
Outras, de operações correntes 5 e 15 521.555 590.653 Na carteira de títulos 5 12.030.059 22.009.443
De operações extrapatrimoniais 5 17.143 7.162 Em operações extrapatrimoniais 5 4.000.926 565.761
Perdas em operações financeiras: 17.074.354 23.343.312
Na carteira de títulos 5 16.469.376 13.091.471
Em operações extrapatrimoniais 5 3.956.913 771.053 PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS
Impostos: Ganhos imputáveis a exercícios anteriores 1.564 2.528
Impostos sobre o rendimento 9 117.604 128.307
Impostos indirectos 9 7.125 5.919
Outros custos e perdas correntes 15 4.371 4.416
21.285.541 14.763.136
CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS
Perdas imputáveis a exercícios anteriores - 687
Resultado líquido do exercício (4.209.623) 8.582.017
17.075.918 23.345.840 17.075.918 23.345.840
O anexo faz parte integrante destas demonstrações. (Montantes expressos em Euros)
(Montantes expressos em Euros)
2010 2009 OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDO
Recebimentos:
Subscrições de unidades de participação 105.201 405.832 Pagamentos:
Resgates de unidades de participação (7.234.312) (4.406.120)
Fluxo das operações sobre as unidades do Fundo (7.129.111) (4.000.288)
OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS Recebimentos:
Venda de títulos 69.673.450 53.961.038 Rendimento de títulos 1.021.176 760.958 Pagamentos:
Compra de títulos (58.740.247) (51.791.680) Juros e custos similares pagos (12.721)
-Taxas de bolsa suportadas (48) (2)
Taxas de corretagem (178.782) (158.938) Outras taxas e comissões (9.975) (18.943)
Fluxo das operações da carteira de títulos 11.752.853 2.752.433
OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS Recebimentos:
Margem inicial em contratos de futuros 1.829.951 533.735 Pagamentos:
Margem inicial em contratos de futuros (2.202.299) (533.735)
Credit Default Swaps - (102.186)
Fluxo das operações a prazo e de divisas (372.348) (102.186)
OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE Recebimentos:
Juros de depósitos bancários 3.558 9.772 Pagamentos:
Comissão de gestão (506.070) (549.380) Comissão de depósito (26.635) (28.915) Juros devedores de depósitos bancários (5.984) (5.471)
Impostos e taxas (122.862) (137.046)
Outros (4.352) (4.398)
Fluxo das operações de gestão corrente (662.345) (715.438)
OPERAÇÕES EVENTUAIS Recebimentos:
Ganhos imputáveis a exercícios anteriores - 2.529
Fluxo das operações eventuais - 2.529
Saldo dos fluxos monetários do período 3.589.049 (2.062.950)
Depósitos à ordem no início do período (2.680.783) (617.833)
(Descobertos) / Depósitos à ordem no fim do período 908.266 (2.680.783)
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros)
INTRODUÇÃO
O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto Harmonizado “CAIXAGEST PPA – FUNDO DE POUPANÇA EM ACÇÕES” (adiante igualmente designado por “Fundo”) foi autorizado em 10 de Outubro de 1995 por deliberação do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, tendo iniciado a sua actividade em 15 de Novembro de 1995. Trata-se de um Fundo Aberto de Poupança em Acções constituído por tempo
indeterminado, e tem como objectivo a valorização a médio e longo prazo através do investimento no mercado accionista português. O Fundo pode deter unidades de participação de fundos de investimento cujos activos estejam maioritariamente investidos em acções cotadas no mercado nacional, não podendo, contudo, investir em obrigações.
O Fundo é administrado, gerido e representado pela Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A.. As funções de banco depositário são exercidas pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD).
BASES DE APRESENTAÇÃO
As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Fundo, mantidos de acordo com o Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, estabelecido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, e regulamentação complementar emitida por esta entidade, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo Decreto-Lei nº 252/03, de 17 de Outubro.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo. As notas cuja numeração se encontra ausente não são exigidas para efeito do anexo às contas anuais, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.
1. CAPITAL DO FUNDO
O património do Fundo está formalizado através de unidades de participação, com características iguais e sem valor nominal, as quais conferem aos seus titulares o direito de propriedade sobre os valores do Fundo, proporcionalmente ao número de unidades que representam.
O movimento ocorrido no capital do Fundo, durante os exercícios de 2009 e 2010, apresenta o seguinte detalhe:
Número de Valor
Diferença Resultado unidades de unitário da
Valor para o valor Resultados líquido do participação unidade de
base base transitados exercício Total em circulação participação
Saldos em 31 de Dezembro de 2008 12.708.003 (38.103.583) 92.881.991 (41.172.343) 26.314.068 2.547.715 10,3285
Subscrições 152.992 252.840 - - 405.832 30.672 13,2314
Resgates (1.754.200) (2.651.920) - - (4.406.120) (351.684) 12,5286
Transferências - - (41.172.343) 41.172.343 - -
-Resultado líquido do exercício - - - 8.582.017 8.582.017 -
-Saldos em 31 de Dezembro de 2009 11.106.795 (40.502.663) 51.709.648 8.582.017 30.895.797 2.226.703 13,8751
Subscrições 40.523 64.678 - - 105.201 8.124 12,9494
Resgates (2.946.771) (4.287.541) - - (7.234.312) (590.772) 12,2455
Transferências - - 8.582.017 (8.582.017) - -
-Outros - - (1) - (1) -
-Resultado líquido do exercício - - - (4.209.623) (4.209.623) -
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros)
O valor líquido global do Fundo, o valor de cada unidade de participação e o número de unidades de participação em circulação no último dia de cada trimestre dos exercícios de 2008 a 2010, foi o seguinte:
Valor líquido Valor da Número de unidades de Ano Meses global do Fundo unidade de participação participação em circulação
2010 Março 28.361.646 13,1349 2.159.251 Junho 24.514.391 11,6261 2.108.566 Setembro 24.555.241 11,8537 2.071.523 Dezembro 19.557.062 11,8956 1.644.055 2009 Março 24.459.740 9,9413 2.460.414 Junho 29.091.895 11,9326 2.438.025 Setembro 33.822.178 14,0302 2.410.672 Dezembro 30.895.797 13,8751 2.226.703 2008 Março 61.033.077 19,5205 3.126.607 Junho 51.203.178 16,8824 3.032.937 Setembro 40.233.204 13,9075 2.892.915 Dezembro 26.314.068 10,3285 2.547.715
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o número de participantes em função do Valor líquido global do Fundo, apresenta o seguinte detalhe:
2010 2009 Entre 0,5% e 2% 1 1 Até 0,5% 2.211 3.423 --- --- 2.212 3.424 ==== ==== 2. VOLUME DE TRANSACÇÕES
O volume de transacções durante os exercícios de 2010 e 2009, foi o seguinte:
Bolsa Fora de Bolsa Bolsa Fora de Bolsa Bolsa Fora de Bolsa
Acções 54.335.399 - 67.986.140 - 122.321.539 -Direitos 1.296 - - - 1.296 -Bilhetes de tesouro 1.598.670 - - - 1.598.670 -Contratos de futuros 28.642.431 - 24.945.784 - 53.588.215 -84.577.796 - 92.931.924 - 177.509.720 -2010
Compras Vendas Total
Bolsa Fora de Bolsa Bolsa Fora de Bolsa Bolsa Fora de Bolsa
Acções 51.979.473 - 52.745.509 - 104.724.982
-Direitos 444.948 - - - 444.948
-Contratos de futuros 7.068.551 - 6.904.761 - 13.973.312
-59.492.972 - 59.650.270 - 119.143.242
-2009
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros)
De acordo com o regulamento de gestão do Fundo, no resgate de unidades de participação é cobrada ao participante uma comissão variável em função do prazo de detenção das unidades de participação, de acordo com as seguintes regras:
i) 5% até um ano;
ii) 3% de um a quatro anos;
iii) 2% de quatro a cinco anos;
iv) 1% de cinco a seis anos; e
v) 0% para prazos superiores a seis anos.
Esta comissão não constitui um proveito do Fundo e não são cobradas comissões de subscrição. Adicionalmente, não são permitidos resgates parciais, por parte dos detentores das unidades de participação.
Durante os exercícios de 2010 e 2009, não foram cobradas quaisquer comissões de resgate aos participantes.
3. CARTEIRA DE TÍTULOS
O detalhe da carteira de títulos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é apresentado nos Anexos I e II, respectivamente.
O movimento ocorrido na rubrica de disponibilidades, durante os exercícios de 2009 e 2010, foi o seguinte:
Depósitos à ordem Saldo em 31 de Dezembro de 2008 ( 617.833 ) . Aumentos - . Reduções ( 2.062.950 ) --- Saldo em 31 de Dezembro de 2009 ( 2.680.783 ) . Aumentos 3.589.049 . Reduções - --- Saldo em 31 de Dezembro de 2010 908.266 =======
Em 31 de Dezembro de 2010, os depósitos à ordem (todos denominados em Euros) encontram-se domiciliados na CGD, vencendo juros à taxa anual bruta de 0,61%.
Em 31 de Dezembro de 2009, o saldo da rubrica “Empréstimos obtidos” respeitava a descobertos
bancários (todos denominados em Euros) domiciliados na CGD, os quais venciam juros à taxa anual bruta de 1,479%.
4. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes:
a) Reconhecimento de juros de aplicações
Os juros das aplicações são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que se vencem, independentemente do momento em que são recebidos.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros)
A rubrica de rendimento de títulos corresponde a dividendos que são registados na demonstração dos resultados do exercício em que são recebidos ou quando o emitente procede à sua divulgação.
c) Carteira de títulos
As compras de títulos e de direitos de subscrição são registadas, na data da transacção, pelo seu valor efectivo de aquisição.
Os títulos em carteira são avaliados ao seu valor de mercado, ou presumível de mercado, de acordo com as seguintes regras:
i) Os valores mobiliários admitidos à negociação numa bolsa de valores ou transaccionados num mercado regulamentado e com transacções efectuadas nos últimos 15 dias, são valorizados à cotação de fecho, se a sessão tiver encerrado antes das 17 horas de Lisboa, ou à cotação verificada nessa hora se a sessão se encontrar em funcionamento e tiver decorrido mais de metade da sessão. As cotações são fornecidas pelas entidades gestoras do mercado onde os valores se encontram admitidos à cotação e captadas através da Reuters e da Bloomberg;
ii) Se os valores mobiliários forem cotados em mais de uma bolsa, será considerado o preço praticado no mercado que apresenta maior liquidez, frequência e regularidade de transacções;
iii) Os valores mobiliários cotados sem transacções nos últimos 15 dias e os não cotados são ambos valorizados quinzenalmente ao valor das ofertas de compra firmes ou, na impossibilidade da sua obtenção, à média dos preços de compra veiculados pela Bloomberg para uma poule de contribuidores pré-definida pela Sociedade Gestora;
iv) Os outros valores representativos de dívida, incluindo bilhetes de tesouro, certificados de depósito e depósitos bancários emitidos por prazos inferiores a um ano, na falta de preços de mercado, são valorizados com base no reconhecimento diário do juro inerente à operação.
As mais ou menos-valias líquidas apuradas de acordo com as políticas contabilísticas definidas anteriormente são reconhecidas na demonstração dos resultados do exercício nas rubricas de “Ganhos/Perdas em operações financeiras na carteira de títulos”, por contrapartida das rubricas “Mais-valias” e “Menos-valias” do activo.
Para efeitos de determinação do custo dos títulos vendidos é utilizado o critério FIFO.
d) Valorização das unidades de participação
O valor de cada unidade de participação é calculado dividindo o valor líquido do património do Fundo pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido do património corresponde ao somatório das rubricas do capital do Fundo.
A rubrica "Variações patrimoniais" resulta da diferença entre o valor de subscrição ou resgate relativamente ao valor base da unidade de participação, na data de subscrição ou resgate, respectivamente.
e) Comissão de gestão e de depositário
A comissão de gestão e a comissão de depositário constituem um encargo do Fundo, a título de remuneração de serviços a si prestados.
De acordo com o regulamento de gestão do Fundo, estas comissões são calculadas diariamente, por aplicação de uma taxa fixa mensal de 0,1583% para a comissão de gestão e de 0,0083% para a comissão de depositário, sobre o valor médio diário do património líquido do Fundo.
A comissão de gestão e a comissão de depositário são liquidadas mensalmente, através da aplicação das percentagens acima definidas, sendo registadas na rubrica “Comissões – Outras, de operações correntes”.
f) Taxa de supervisão
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros)
final de cada mês. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta taxa ascendia a 0,0133%o. Sempre que o resultado obtido seja inferior a 100 Euros ou superior a 10.000 Euros, a taxa mensal devida, corresponderá a um desses limites.
g) Operações com contratos de “Futuros”
As posições abertas em contratos de futuros, realizados em mercados organizados, são reflectidas em rubricas extrapatrimoniais. Estas operações são valorizadas diariamente, com base nas cotações de mercado, sendo os lucros e prejuízos, realizados ou potenciais, reconhecidos como proveito ou custo nas rubricas “Ganhos/Perdas em operações financeiras - em operações extrapatrimoniais”.
A margem inicial, bem como os eventuais reforços do seu valor (ajustamentos de cotações) são registados no balanço na rubrica de “Devedores por operações sobre futuros”.
h) Credit Default Swaps
Os Credit Default Swaps são registados ao justo valor, o qual é apurado através de modelos de valorização reconhecidos universalmente, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Ganhos ou Perdas em operações financeiras – Em operações extrapatrimoniais”, por contrapartida da rubrica de “Acréscimos e diferimentos”, do activo ou do passivo.
5. COMPONENTES DO RESULTADO DO FUNDO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
PROVEITOS
Ganhos de Capital
Mais Mais
valias valias Rendimento
potenciais efectivas Total Vencidos Decorridos Total de títulos Total
Operações à vista:
Acções 8.744.854 3.280.994 12.025.848 - - - 1.021.176 13.047.024
Direitos 344 - 344 - - - - 344
Outros instrumentos de dívida 3.867 - 3.867 - 15.116 15.116 - 18.983
Depósitos - - - 3.546 1.734 5.280 - 5.280 Operações a prazo: Futuros Cotações - 4.000.926 4.000.926 1.797 - 1.797 - 4.002.723 8.749.065 7.281.920 16.030.985 5.343 16.850 22.193 1.021.176 17.074.354 2010 Juros Ganhos de Capital Mais Mais
valias valias Rendimento
potenciais efectivas Total Vencidos Decorridos Total de títulos Total
Operações à vista:
Acções 14.754.383 6.949.867 21.704.250 - - - 760.958 22.465.208
Direitos 305.193 - 305.193 - - - - 305.193
Depósitos - - - 6.501 - 6.501 - 6.501
Operações a prazo:
Credit Default Swaps - 116.239 116.239 - - - - 116.239
Futuros
Cotações - 449.522 449.522 649 - 649 - 450.171
15.059.576 7.515.628 22.575.204 7.150 - 7.150 760.958 23.343.312
2009
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros)
CUSTOS
Perdas de Capital
Menos Menos
valias valias Juros
potenciais efectivas Total Vencidos Vencidas Decorridas Total Total
Operações à vista:
Acções 11.903.515 4.560.167 16.463.682 - - - - 16.463.682
Direitos 344 1.640 1.984 - - - - 1.984
Outros instrumentos de dívida 3.710 - 3.710 12.721 - - - 16.431
Depósitos - - - 3.995 - - - 3.995 Operações a prazo: Futuros Cotações - 3.956.913 3.956.913 95 - - - 3.957.008 Comissões: De gestão - - - - 455.725 35.903 491.628 491.628 De depósito - - - - 23.985 1.890 25.875 25.875 Taxa de supervisão - - - - 3.755 297 4.052 4.052 Carteira de títulos - - - - 160.876 13.767 174.643 174.643 Operações extrapatrimoniais - - - - 17.143 - 17.143 17.143 11.907.569 8.518.720 20.426.289 16.811 661.484 51.857 713.341 21.156.441 2010 Comissões Perdas de Capital Menos Menos
valias valias Juros
potenciais efectivas Total Vencidos Vencidas Decorridas Total Total
Operações à vista:
Acções 9.063.007 3.723.271 12.786.278 - - - - 12.786.278
Direitos 305.193 - 305.193 - - - - 305.193
Depósitos - - - 8.836 - - - 8.836
Operações a prazo:
Credit Default Swaps - 250.334 250.334 - - - - 250.334
Futuros Cotações - 520.719 520.719 19 - - - 520.738 Comissões: De gestão - - - - 506.338 50.345 556.683 556.683 De depósito - - - - 26.649 2.650 29.299 29.299 Taxa de supervisão - - - - 4.256 415 4.671 4.671 Carteira de títulos - - - - 155.300 - 155.300 155.300 Operações extrapatrimoniais - - - - 7.162 - 7.162 7.162 9.368.200 4.494.324 13.862.524 8.855 699.705 53.410 753.115 14.624.494 Comissões 2009
9. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Em conformidade com o Artigo 24º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os rendimentos gerados pelo Fundo estão isentos de impostos, com excepção dos lucros distribuídos por entidades sujeitas a Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, quando as partes sociais a que respeitam os lucros não tenham permanecido na titularidade do Fundo, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da sua colocação à disposição e não venham a ser mantidas durante o tempo necessário para completar esse período, nos termos do disposto do nº 11 do Artigo 81º do Código do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC). A tributação desses lucros é efectuada à taxa de 20%.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição:
2010 2009
Impostos sobre o rendimento pagos em Portugal - Dividendos 117.604 128.307 Impostos indirectos pagos em Portugal – Imposto do Selo 7.125 5.919
--- ---
124.729 134.226
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros)
12. EXPOSIÇÃO AO RISCO DE TAXA DE JURO
Em 31 de Dezembro de 2010, os prazos residuais até à data de vencimento dos títulos de taxa fixa, apresentam a seguinte composição:
Valor de
Maturidade mercado
Até 1 ano 1.598.826
========
13. COBERTURA DO RISCO DE COTAÇÕES
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a composição da carteira de títulos é apresentada nos Anexos I e II, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2010, o Fundo detinha em aberto contratos de futuros de cotações com o seguinte detalhe:
Tipo de Compra/ Valor de Valor
Contrato Quantidade Venda mercado nocional Exposição
PPH1 - PSI20 03/11 490 Compra 7.634,00 1 3.740.660
========
Em 31 de Dezembro de 2009, o Fundo não detinha quaisquer posições em aberto em contratos de futuros.
15. CUSTOS IMPUTADOS
Os custos imputados ao Fundo durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, apresentam o seguinte detalhe:
% Valor médio líquido
Custos Valor global do Fundo
Comissão de gestão: Componente fixa 491.628 1,9002% Componente variável - -Comissão de depósito 25.875 0,1000% Taxa de supervisão 4.052 0,0157% 521.555 Outros custos 4.371 0,0169%
Total de custos imputados ao Fundo 525.926 Valor médio líquido global do Fundo 25.872.449
Taxa global de custos (TGC) 2,0328%
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros)
% Valor médio líquido
Custos Valor global do Fundo
Comissão de gestão: Componente fixa 556.683 1,9002% Componente variável - -Comissão de depósito 29.299 0,1000% Taxa de supervisão 4.671 0,0159% 590.653 Outros custos 4.416 0,0151%
Total de custos imputados ao Fundo 595.069 Valor médio líquido global do Fundo 29.295.978
Taxa global de custos (TGC) 2,0312%
2009
17. OUTRAS CONTAS DE DEVEDORES
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica corresponde ao montante a receber resultante da venda de títulos, cuja liquidação financeira ainda não tinha ocorrido à data do balanço.
18. OUTRAS CONTAS DE CREDORES
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição:
2010 2009
Operações de bolsa a regularizar 131.990 2.939.900
Impostos a regularizar 1.582 1.984
Outras 2.185 2.167
--- --- 135.757 2.944.051 ====== ========
As “Operações de bolsa a regularizar” correspondem ao montante a pagar resultante da compra de títulos, cuja liquidação financeira ainda não tinha ocorrido à data do balanço.
Custo de Mais Menos Valor de Aquisição Valias Valias Mercado Valores Mobiliários Cotados:
Mercado de Bolsa Nacional Acções Nacionais
GALP ENERGIA SGPS SA 2.450.229 330.019 - 2.780.248 Brisa - Nom. (Priv.) 2.303.926 363.200 - 2.667.126 Sonae Investim. -Po 2.658.147 - (129.643) 2.528.504 Semapa-SGPS-Nom. 2.051.647 269.741 - 2.321.388 BCP-NO 1.483.502 10.303 - 1.493.805 BESCL 1.483.304 4.231 - 1.487.535 Portugal Telecom 1.199.837 283.240 - 1.483.077 MOTA-ENGIL SGPS 1.057.803 418.911 - 1.476.714 ZON MULTIMEDIA 1.364.303 93.308 - 1.457.611 Cimpor ,SGPS -No 1.196.611 234.909 - 1.431.520 REN SGPS 1.407.145 - (16.756) 1.390.389 Sumol - Compal SA 1.180.379 - (58.711) 1.121.668 IBERSOL SGPS 892.112 203.611 - 1.095.723 J.MARTINS-PO 959.760 121.986 - 1.081.746 Finibanco 1.450.246 - (517.295) 932.951 NOVA BASE 969.052 - (43.539) 925.513 MARTIFER SGPS SA 878.594 - (5.645) 872.949 EDP-Nom. 804.640 34.035 - 838.675 ALTRI SGPS SA 770.491 60.824 - 831.315 Gr.Soares Costa-SGPS 737.290 62.356 - 799.646 Banco BPI, SA 844.241 - (75.998) 768.243 SONAE IND. 689.860 63.003 - 752.863 COFINA 301.718 380.913 - 682.631 PORTUCEL INDUSTRIAL 607.132 72.639 - 679.771 EDP Renováveis 686.244 - (7.909) 678.335 SONAE.COM 515.760 28.568 - 544.328 Sonae Capital 299.635 118.262 - 417.897 BANIF-NO 202.292 - (8.433) 193.859 SAG GEST (SIVA) 147.443 9.132 - 156.575 IMPRESA 41.882 58.573 - 100.455 Toyota Caetano S.A 25.494 - (5.302) 20.192 31.660.719 3.221.764 (869.231) 34.013.252 "CAIXAGEST PPA - FUNDO DE POUPANÇA EM ACÇÕES"
Custo de Mais Menos Valor de Juro Valor de Aquisição Valias Valias Mercado Corrido Balanço
(Nota 5) Valores Mobiliários Cotados:
Mercado de Bolsa Nacional Acções Nacionais
GALP ENERGIA SGPS SA 1.869.479 36.795 - 1.906.274 - 1.906.274 SONAE.COM 1.680.418 - (227.269) 1.453.149 - 1.453.149 Cimpor ,SGPS -No 1.178.737 100.059 - 1.278.796 - 1.278.796 Semapa-SGPS-Nom. 929.512 71.035 - 1.000.547 - 1.000.547 Brisa - Nom. (Priv.) 966.379 - (10.514) 955.865 - 955.865 SONAE IND. 1.064.005 - (132.756) 931.249 - 931.249 Portugal Telecom 877.793 52.135 - 929.928 - 929.928 ALTRI SGPS SA 1.034.918 - (113.539) 921.379 - 921.379 PORTUCEL INDUSTRIAL 770.869 105.826 - 876.695 - 876.695 Sumol - Compal SA 917.873 - (70.941) 846.932 - 846.932 ZON MULTIMEDIA 973.933 - (132.006) 841.927 - 841.927 EDP Renováveis 765.927 18.697 - 784.624 - 784.624 REN SGPS 867.399 - (116.317) 751.082 - 751.082 IBERSOL SGPS 511.232 89.618 - 600.850 - 600.850 BANIF-NO 521.854 - (18.994) 502.860 - 502.860 NOVA BASE 769.887 - (284.575) 485.312 - 485.312 BCP-NO 343.153 - (25.519) 317.634 - 317.634 MOTA-ENGIL SGPS 267.330 - (47.860) 219.470 - 219.470 J.MARTINS-PO 65.242 32.833 - 98.075 - 98.075 BANIF SGPS SA - CAU 74.285 - (9.657) 64.628 - 64.628 SAG GEST (SIVA) 160.410 - (96.717) 63.693 - 63.693 COFINA 44.463 - (13.116) 31.347 - 31.347 Gr.Soares Costa-SGPS 18.020 340 - 18.360 - 18.360
EDP-Nom. 17.510 143 - 17.653 - 17.653
Toyota Caetano S.A 25.495 - (13.409) 12.086 - 12.086 Sonae Capital 10.750 - - 10.750 - 10.750
BESCL 2.269 - (86) 2.183 - 2.183
Banco BPI, SA 1.017 - (319) 698 - 698
Sonae Investim. -Po 303 - (16) 287 - 287 16.730.462 507.481 (1.313.610) 15.924.333 - 15.924.333 Outros Valores:
Outros instrumentos de dívida Bilhetes de Tesouro
BT 21JAN2011 988.590 648 - 989.238 8.785 998.023 BT 18FEV2011 610.080 - (492) 609.588 6.331 615.919 1.598.670 648 (492) 1.598.826 15.116 1.613.942 18.329.132 508.129 (1.314.102) 17.523.159 15.116 17.538.275 "CAIXAGEST PPA - FUNDO DE POUPANÇA EM ACÇÕES"