MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS
Projeto de Extensão
GESTÃO DO RESÍDUO GERADO PELA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Coordenador: Bruno Amarante Couto Rezende
Inconfidentes
2013
INFORMAÇÕES GERAIS
Nome do projeto: Gestão do Resíduo Gerado pela Tecnologia da Informação Coordenador: Bruno Amarante Couto Rezende
Telefone: (35)9710-8343
E-mail: bruno.rezende@ifsuldeminas.edu.br
Endereço no Lattes: http://lattes.cnpq.br/1194898736467304 Membros:
Nome Titulação
máxima
Instituição pertencente
Função
Adriana Dalo Rodrigues Barbosa Pós-graduação IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes
Colaborador
Oswaldo Francisco Bueno Mestre IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes
Colaborador
Beatriz de Albuquerque 6º P. Redes IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes
Colaborador Empresa Junior ITECH
Carlos Augusto da Silva Martins 6º P. Redes IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes
Colaborador Empresa Junior ITECH
Douglas Nascimento Sousa 6º P. Redes IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes
Colaborador Empresa Junior ITECH
Cesar Henrique de Camargo 6º P. Redes IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes
Colaborador Empresa Junior ITECH
Local de Execução: IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes e Fundação Rocha Financiamento: R$4.500,00
Bolsas (número e valor): 1/R$400,00 Agente financiador: IFSULDEMINAS Custeio (valor): R$500,00 Agente financiador: IFSULDEMINAS
Capital (valor): Agente financiador: IFSULDEMINAS
Período de Execução
Início: Novembro/2013
Término: Agosto/2014
CORPO DO PROJETO 1. RESUMO
Desde 1950, o mundo se transformou em uma bomba tecnológica, a ponto de explodir a qualquer momento, produzindo variados tipos de produtos eletrônicos, um após o outro, e cada vez mais moderno e sofisticado. E como era de se esperar, eles tomaram o mundo, e estão em todos os lugares, gerando muitos benefícios é claro, levando desenvolvimento, qualidade de vida, agregando valor em processos industriais, entre outros. Mas, até agora, não existe nenhuma política mundial, voltada exclusivamente para cuidar dos resíduos gerados por esses produtos, pois, cada vez que se lança um modelo novo, a febre consumista do mundo trata de abandonar o modelo antigo, descartando no lixo.
Então surge o grande problema desse mundo globalizado, e extremamente tecnológico, o que fazer com todo esse lixo gerado? Aterrá-lo junto ao lixo comum? Jogar em rios, lagos e mares? Deixá-lo em algum lugar e esperar que ele se decomponha? Primeiro esse lixo, não é comum, ele é composto de diversos materiais químicos que precisam passar por um processo antes de poder ser descartados na natureza possui diversos polímeros, vidros, metais pesados, silício, entre outros compostos. Sendo que a maioria dos componentes presentes em um produto eletrônico pode e deve ser reciclado, como é o caso do ouro, alumínio, silício, etc. Pois a reserva desses minerais, são finitas, e estão acabando, e, além disso, se descartados na natureza, eles podem degradar o meio ambiente, contaminando o solo e a água.
2. CARACTERIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA
De acordo com a ONG, Greenpeace, estima-se que são produzidos de 20
a 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mundo a cada ano, e este tipo de
rejeito responde hoje por 5% de todo lixo sólido do mundo, quantia similar à das
embalagens plásticas (grande vilã da atualidade), diferenciando-se apenas no
índice de nocividade que, nos rejeitos eletrônicos, é bem maior.
Isso tudo causado pelo aumento desenfreado no consumo desses produtos eletrônicos pelo ser humano, sem se preocupar com o meio ambiente. Então um trabalho de conscientização ambiental, para alertar a humanidade é extremamente necessário nesse momento, a fim de mostrar os perigos que corremos hoje, e o perigo muito maior que correm as futuras gerações.
Se não bastasse tudo isso, tem ainda o problema da composição desse lixo, que é formado por metais pesados, como chumbo, mercúrio e cádmio, encontrados em pilhas, baterias e lâmpadas. Esses produtos, descartados em lixões, podem contaminar o solo e a água.
Além disso, ainda tem o consumo de outros produtos, na fabricação dos eletrônicos. Como exemplo tem um estudo da ONG Lixo, que mostra que na fabricação de um monitor de 17 polegadas são usados cerca de 1.800 quilos de componentes. Somente de combustíveis fósseis são gastos 240 quilos, 22 quilos de produtos químicos e 1500 quilos de água.
Buscando atender a necessidade dar um destino correto do resíduo tecnológico, o Projeto de Gestão do resíduo gerado pela tecnologia da informação vem atender essa demanda, de forma a promover uma ação que na realidade vai ser tanto ambiental, como social, pois de um lado, ele estará promovendo a reciclagem e reuso dos produtos que seriam descartados de forma incorreta na natureza, e de outro lado, estará fazendo com que esses produtos que ainda podem ser usados por outras pessoas, atendam a necessidade de ONG’s, associações, escolas e famílias, pois todos os produtos que puderem ser reutilizados serão doados. E as peças não utilizadas serão vendidas gerando sustentabilidade ao projeto.
Outra proposta do projeto é oferecer cursos e estágios para os alunos do IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes, nas mais diversas áreas da informática como, por exemplo: montagem e manutenção de computadores, cursos de informática básica para escolas e projetos sociais, campanhas de conscientização de resíduos tecnológicos e estágios para os alunos do curso superior em Redes de Computadores e técnico em Informática.
O projeto será desenvolvido pelos membros da Empresa Junior ITECH com o apoio da Incubadora de Empresas – INCETEC.
3. OBJETIVOS E METAS
3.1. Objetivos Gerais
Receber e tratar resíduos eletrônicos para reutilização e doação a ONG’s, associações e escolas.
3.2. Objetivos Específicos
Realizar cursos e palestras de conscientização quanto aos resíduos da tecnologia da informação.
Visitar escolas e empresas para divulgar a proposta.
Criar um “DIA C” – DIA DE COOPERAR, (Escolher um dia para coleta de resíduos junto à comunidade).
Desenvolver oficinas de manutenção e montagem de computadores.
Realizar treinamento/capacitação para jovens e adultos na área de tecnologia da informação.
Disponibilizar estágios para os alunos do IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes.
Buscar empresas para dar destino correto dos resíduos não reutilizados.
Firmar parceria com a Fundação Rocha para criar o espaço para oficina.
4. METAS
Criar um espaço para a oficina de recolhimento e manutenção.
Qualificação de 50 jovens e adultos.
Ministrar cursos e palestras.
Visitar 10 empresas e escolas para divulgação.
Recolher os resíduos eletrônicos e trocar por uma muda de arvore e caneca
personalizada.
5. PÚBLICO ALVO
ONG’s, associações e escolas.
Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Câmpus Inconfidentes.
Empresas públicas e privadas.
6. METODOLOGIA
De acordo com Ferreira (2008), os resíduos ou lixos eletrônicos são considerados como aqueles aparelhos/materiais que são dados por inúteis supérfluos, e/ou sem valor, gerado pela atividade humana.
O maior perigo do avanço da tecnologia é o seu considerável impacto ambiental. Principalmente a indústria de computadores e seus periféricos eletrônicos que constituem um dos setores industriais que proporcionalmente ao peso dos seus produtos consomem recursos naturais tanto na forma de matéria- prima, como em termos de água e energia.
Segundo Kazazian (2005) essa corrida em busca das novidades nas prateleiras acabou por diminuir o tempo de uso dos computadores, que em 1997 era de 4 a 6 anos, em 2005 passou a ser apenas 2 anos. Nota-se uma relação entre a duração de vida de um equipamento e as inovações nessa área, culminando com o descarte dos equipamentos obsoletos.
Este comportamento imediatista do homem, que consome produtos com tempo de utilização cada vez mais curto aliado à substituição movida pela constante renovação de formas tem contribuído para o sucateamento dos produtos e aumentado do volume de lixo.
Embora existam meios de se tratar o lixo comum, no caso do lixo
eletrônico existe a problemática dos materiais químicos utilizados na composição
de seus componentes. Quando um eletrônico é jogado no lixo comum e vai para
um aterro sanitário há grandes possibilidades de os componentes tóxicos
contaminarem o solo e chegarem até os lençóis freáticos, afetando também a
água que é utilizada pela população (MOREIRA, 2007).
No Brasil iniciativas isoladas buscam minimizar o problema do lixo eletrônico. Uma das soluções para mudar essa realidade partiu do Centro de Computação Eletrônica da Universidade de São Paulo (USP). A unidade inaugurou um centro de aproveitamento de lixo eletrônico (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática - CEDIR) na Cidade Universitária.
Quanto às políticas públicas, o Governo Federal brasileiro iniciou a implantação de um projeto visando a reciclagem de computadores, chamado Computadores para Inclusão, onde envolve a construção de Centros de Recondicionamento de Computadores - CRC, idealizados para dar escala à captação de componentes e máquinas descartadas, formar e capacitar pessoal de baixa renda para trabalhar com hardware e software, e para servir de fonte fornecedora de equipamentos para programas de inclusão digital. O projeto do CRC foi inaugurado em 2010.
Quanto a metodologia adotada trata-se de uma pesquisa quantitativa que será desenvolvido nas empresas de Inconfidentes/MG para identificar a quantidade de empresas e quantidade de material a ser coletado. O instrumento de coleta de dados da pesquisa compõe-se de questionários com perguntas fechadas.
Será criado um dia Criar um “DIA C” – DIA DE COOPERAR, (Escolher um dia para coleta de resíduos junto à comunidade), onde será entregue uma caneca personalizada e uma muda de árvore para quem entregar um lixo eletrônico.
Após a coleta será feito uma triagem na oficina de reciclagem (espaço criado na Fundação Rocha) para desenvolvimento do projeto. As peças que podem ser aproveitadas serão montados computadores para as doações para ONG’s, associações e escolas.
Peças não utilizadas ma montagem pesquisar futuros compradores de sucatas para que o projeto possa ser sustentável. (compra de kits e ferramentas).
Para divulgar o projeto será organizado cursos e palestras de conscientização quanto aos resíduos da tecnologia da informação.
O projeto conta com o apoio com os membros da empresa Júnior Itech
para organizar os cursos de manutenção de computadores e fornecer estágios
para os alunos do IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes que serão também
os futuros multiplicadores do projeto.
Pretende-se com este projeto criar um ambiente de parceria entre alunos / empresas (Fundação, escolas e empresas privadas) além de diminuir o impacto gerado pelo lixo eletrônico com descarte indevido e publicações de artigos.
Os jovens que receberão a capacitação são os alunos do curso técnico de informática e do curso de superior de Tecnologia em Rede de Computadores.
O bolsista é essencialmente importante para atender os objetivos propostos e ações a serem desenvolvidas no decorrer do projeto. O perfil do bolsista para desempenhar as atividades é aluno do IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes e cursando o curso superior de Tecnologia em Rede de Computadores.
Outra proposta do projeto é oferecer cursos e estágios para os alunos do IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes, nas mais diversas áreas da informática como, por exemplo: montagem e manutenção de computadores, cursos de informática básica para escolas e projetos sociais, campanhas de conscientização de resíduos tecnológicos e estágios para os alunos do curso superior em Redes de Computadores e técnico em Informática.
7. RESULTADOS ESPERADOS
Levantar no município de Inconfidentes a quantidade de lixo eletrônico gerado pela rápida deterioração.
Diminuição de resíduos tecnológicos.
Parcerias com empresas públicas e privadas.
Reaproveitamento das peças.
Doação de computadores.
Capacitação de jovens e adultos.
Publicação de artigos.
8. ATIVIDADE E CRONOGRAMA
ATIVIDADES Meses
1. Criar um espaço para a oficina de recolhimento e manutenção
nov dez jan fev mar abr mai jun jul ag
o x
2. Qualificação de 50 jovens e adultos.
x x x X x x X x x
3. . Ministrar cursos e palestras
x x x X x x X x x
4. Visitar 10 empresas e escolas para divulgação.
x x
5. Recolher os resíduos eletrônicos e trocar por uma muda de arvore e caneca personalizada.
x x x x x x x x x
9. ORÇAMENTO E CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
Qtde Und Descrição detalhada Valor Unitário Valor Total Material de consumo
200 und Canecas personalizadas R$2,50 R$500,00
Bolsas
1 und Bolsas (1x400x10) R$400,00 R$4.000,00
TOTAL R$4.500,00
10. INFRAESTRUTURA
O projeto firmou parceria com a Fundação Rocha e já tem algumas atividades desenvolvidas nas dependências da Fundação Rocha, onde conta com uma infraestrutura: sala, cadeiras, quadro branco, projeto multimídia, banheiro, refeitório e biblioteca. Segue anexo informações a respeito do projeto.
Descrição Quantidade
Sala para oficina 1
Cadeiras 30
Quadro branco 1
Projeto Multimídia 1
Banheiro 4
Refeitório 1
Biblioteca 1
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALVÃO, A.; ROSE, D.; RIBEIRO, D.; D´ALMEIDA, M.; ALMEIDA, R.; LIMA, R.
O Lixo Computacional na Sociedade Contemporânea. Cascavel: I ENINED – Encontro Nacional de Informática e Educação, 2009.
Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD).
Relatório Brundtland. Nosso futuro comum. 1. ed. Rio de Janeiro, Editora FGV, 1988.
FERREIRA, J. ; FERREIRA, A. A sociedade da informação e o desafio da sucata eletrônica. Revista de Ciências Exatas e Tecnologia. Valinhos - SP. v. 3, n. 3, 2008.
OLIVEIRA, J. Empresas na Sociedade Sustentabilidade e Responsabilidade Social. São Paulo: Campus, 2008.
STRAUCH, M.; ALBUQUERQUE, P.. Resíduos: como lidar com recursos naturais. São Leopoldo: Oikos,
2008.
VERGARA, S. Projeto e relatórios de pesquisa em Administração. 10ª edição.
São Paulo: Atlas, 2009.
Inconfidentes, 25 de setembro de 2013.
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Coordenador do projeto
Parceria do IFSULDEMINAS - Câmpus Inconfidentes e entidade possibilita recuperação de computadores
Uma recente parceria do IFSULDEMINAS - Câmpus Inconfidentes e Fundação Rocha com o Lar Escola Esperança e Vida de Ouro Fino possibilitou à Empresa Júnior ITECH do Instituto Federal recuperar computadores da entidade. Cerca de 100 componentes que estavam com problemas foram encaminhados
para a Empresa Júnior, entre eles, monitores, CPUs, teclados e fontes. Destes, apenas nove computadores completos foram recuperados e estão em perfeito estado de funcionamento, com jogos educativos.
Na manhã do último dia 7, o Coordenador da INCETEC, Oswaldo Francisco Bueno e o presidente da Empresa Júnior, Douglas Nascimento Sousa, entregaram pessoalmente as máquinas consertadas. Segundo Genivaldo Vilas Boas, presidente da instituição, a recuperação destes computadores resolveu vários problemas como liberar espaço físico, que é muito escasso, descartar todos os componentes que foram doados sem utilidade e possibilitar a inclusão digital das crianças e adolescentes.
De acordo com o presidente da ITECH, Douglas Nascimento Sousa, "foi muito importante realizar este trabalho beneficente, com a recuperação de diversos computadores que antes estavam parados e se degradando. Após este trabalho, todos poderão usufruir destas máquinas que agora estão em perfeito estado de funcionamento. Este foi o primeiro trabalho beneficente realizado pela ITECH, que pretende visitar as escolas de Inconfidentes e realizar um levantamento de todos os computadores destas instituições e, se necessário, recuperar os mesmos para que todos os estudantes se beneficiem dos recursos computacionais destas escolas."
A ITECH foi fundada em 2012, desde sua formação tem o objetivo de prestar serviços na área de Informática para a comunidade. Sediada na Incubadora de Empresas – INCETEC, é coordenada pelo professor Bruno A. Couto Rezende e formada por estudantes do curso de Redes de Computadores – Douglas Nascimento Sousa – Presidente; Beatriz de Albuquerque – Tesoureiro; Carlos Augusto – Conselheiro Fiscal; e estudantes do Técnico em Informática - Bruno Brandão Borges – Departamento de Marketing; Mikail Lopes Galote – Departamento Financeiro; Alex Rogério Silva Carvalho - Secretário; Marcus Eduardo Pereira Gonçalves – Departamento de Projetos; Caique de Sousa Freitas Duarte Departamento de Patrimônio;
Isabela Rodrigues de Almeida – Departamento de Marketing.
TEXTO: Christianne Reiné Bueno – INCETEC