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M.
PAULO FILHO"
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Itedaçfto e Oflclnaa — At. Gomea freire, 411 (ant. 81/13)
~
Correio
Fundador- EDMUNDO
da
BITTENCOURT
REDATOii i:HEFK
COSTA
REOO
RIO DE JANEIRO, SEXTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 1952
Manhã
i* Xis.
&J__Í_
i,
sã )É
,i.:l. OmETOR-OERENTIMARIO
ALVES
Administração - Av. Gome» Freire. 471 (Ant 81/83)
N. 18.103
ANO I.I
Esforços conjugados para a defesa
do Hemisfério
Bradley discursou no Conselho de Delegados da Junta
Interamericana de Defesa
Washlno-on, 27 (U. P.) - O
general Ornar
Bradley,
chefe
do Estado-Maior
misto
norte-americano, declarou que as
re--públicas americanas estão tra*
Calhando juntas na defesa do
hemisfério ocidental e para
lm-pedir o advento de uma
tercei-ra guertercei-ra
mundial. Bradley,
em discurso pronunciado
peran-_• o Conselho de Delegados da'
_' nita de Defesa
Interamerica-na, por motivo da passagem do:
10.° aniversário de sua criação,
declarou:
"E'
tranquilizador-para os chefes do estado-maior
norte-americano saber que nas
Américas do Sul e Central
es-lão sendo dedicados, os
máxi-mos esforços à tarefa da defesa
do hemisfério ocidental. Deve
ser igualmente confortador
pa-ra vós observar que, apesar da.
necessidade de combater o
co-munismo militante no exterior,
n Congresso dos Estados Unidos
lem
apoiado
constantemente,
medianlte medidas legislativas,1
a defesa do hemisfério
ociden-tal."
O general assinalou que,
en-tre as tarefas da Junta
enlra-se a de traçar planos
con-cretos e detalhados para a
defe-sa comum do hemisfério, e
dis-se que "os Estados Unidos tém
confiança implícita em que sois
capazes de
cumprir
plenamen-le esta grande responsabilidade.
Com nossos
esforços contra a
nçresnão comunista no
mundo
livre, e mediante a atitude
ado-RIDGWAY VISITOU 0
IMPERADOR DO JAPÃO
Tótiuio, 27 (U.P.) — O gal. Rldg-¦>::,? e espAsa, por Intermédio dos intérpretes da corte, palestraram com o Imperador Hlrohlto, e com a imperatriz Nagako, boje, num almO-ço do palácio Imperial, Foi essa a segunda e última visita do general, na qualidade de comandante . das forças de ocupa.So. O líder militar e a esposa visitaram os Imperadores do Japão uma vez, em setembro úl-limo, quebrando assim o precedente estabelecido pelo seu predecessor, general Mao Arthur, que Jamais vi-sltou o Imperador.'
tada na
ONU,
evidenciamos
nossa decisão, Nossa liberdade
comum ainda se encontra
amea-cada, e, em conseqüência, o
pa-pel da Junta de Defesa
Intera-mericana
aumenta cm
alcan-ce e importância. Os chefes de
estado-maior dos Estados
Uni-dos conhecem perfeitamente a
situação vital da América
Lati-na Lati-na defesa do mundo livre.
Sabemos que todas as
repútll-cas americanas têm importantes
papéis
que
desempenhar ém
qualquer guerra em grande esr
cala,
que converteria
todo o
mundo num só campo de
bata-lha.
Bradley insistiu em que
to-dos devem cooperar no
desen-volvimento e utilização dos
re-cursos e na proteção às linhas
de comunicações.
"Em
conse-quência — disse — devemos
es-tar constantemente em guarda
contra um inimigo aue procure
derrotar-nos um atrás do outro,
ou que tente dissuadls-nos de
defender o continente americano
contra qualquer classe de
agres-são. Apreciamos o fato de que
vários de vossos países
partici-param-da segunda guerra
mun-*'E'
particularmente
satisfa-tório para os Estados Unidos o
íato de que a Colômbia tenha
dado ao comando da ONU na
Coréia um batalhão de-soldados
e uma fragata. As forças
arma-das arma-das Nações Unidj^
estende-ram-se consideravelmente
na
Coréia, e a contribuição da
Co-lambia,
em razão
disso, tem
grande importância." Depois de
afirmar que a atuação das
re-Íiúblicas
odos estamos trabalhando para
americanas prova que
impedir que uma nação
preci-pite de
novo o mundo
numa
guerra total, Bradlek terminou
felicitando os membros da
Jun-ta e expressou sua gratidão
"pe-lo progresso que estais
reali-zando quanto à defesa comum".
Em nome da Junta de Defesa
Interamericana,
o
tenente-co-ronel Carlos Bobeda, do
Para-guai, membro mais antigo desse
organismo, apresentou os
agra-decimentos de seus pares ao ge.
neral Bradley. Êste foi recebido
à entrada da sede da Junta de
Defesa por uma comissão
inte-grada pelo general Gustavo
Ro-jas Pinilla, da Colômbia,
tenen-te-general
Charles Boite, dos
Estados Unidos, e Bobeda, do
Paraguai.
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^_wW_m _W_eiW& ' ____Pç'__H __¦ General Bradley/
Interferência da O. E. A.
na Guatemala
Oportuno apelo do sr. Donald Jackson. da Câmara
dos Representantes
Washington, 27 (U. P.) — O
membro da Câmara dos
Re-presentantes, Donald
Jackson,
fêz um apelo à Organização dos
Estados Americanos no sentido
de que interfira com sua
"fôr-§a
iscurso pronunciado na Cama-
moral" na Guatemala.
Em
ra, Jackson declarou que "a
Or-gani/ação dos Estados America*
nos olhava para outro lado
en-quanto os comunistas
incremen-tavam sua influência em
algu-mas dependências do governo da
Guatemala, e isso de tal forma
que êsse pais ganhou a
designa-ção de cabeça de praia
sovléti-ca no hemisfério ocidental."
A seguir, chamou a atenção
para o fato de que a OEA
com-prometeu-se a empreender uma
ação coletiva contra qualquer
a-gressão armada neste
hemisfé-rio, e que na Guatemala
"exis-te uma agressão soviética
tão
verídica como se fosse feita por
forças armadas,"
Acrescentou
que "a agressão firmou o pé no
hemisfério ocidental; e
continu-ará florescendo e estendendo-se
enquanto não fôr exercida
con-tra ela a fÔrça moral da
Orga-nização dos Estados
America-nos".
Disse mais Jackson que
os
Estados Unidos, como bons
vi-zinhos,
deveriam informar
a
Guatemala de todas as
conse-qUéncias que a esperam,
caso
venha a abraçar o comunismo,
tais como a perda do comércio
com os Estados Unidos etc.
A-crescentou que na
Guatemala
está em corso uma "campanha
quase incrível" para entravar as
transações ue firmas comerciais
norte-americanas, três das quais,
disse, pagaram em
ordenados
aos seus empregados na ,
Guate-mala mais de 12 milhões de
dó-lares, no ano passado.
r
Donald Jackson, que é
repre-sentante da Califórnia na
Câ-mara, disse que
aconselharia
seus eleitores que projetam
via-lar para o sul êste verão a
evi-tarem a Guatemala "agora e em
todos os verões vindquros", até
que êsse país volte a
incorporar-se ao mundo anticomunista. E'
esta a segunda critica à
Guate-mala que se faz na Câmara dos
Representantes
nos
últimos
dias. Há pouco, o líder da
ma-ioria, John McCormaek, a o
li-der da minoria, Joseph Martin,
expressaram-se em termos
simi-lares.
RECONHECIDO PELOS ESTADOS UNIDOS
O NOVO GOVERNO CUBANO
Outros reconhecimentos fortalecem a posição do general Batista
Washington, 27 (U. P.)
-Os Estados
Unidos
reconhece-ram oficialmente o novo
govêr-no encabeçado por Batista. O
embaixador americano em
Ha-vana, Willard Beaulac, visitou o
ministro de Estado cubano para
comunicar-lhe a decisão do
go-vêrno dos Estados Unidos. O
se-cretârlo de Estado, Dean
Ache-son, declarou ontem em
entre-vista à imprensa que o
reconhe-cimento norte-americano
base-ar-se-la nos seguintes pontos: —
l.o) — Se o governo tem firme
domínio no pais; 2.°) — Sc
con-ta com aceicon-tação popular; e 3.°)
— Se está disposto a cumprir
suas obrigações internacionais.
Michael McDermott anunciou
O FATO MAIS SALIENTE
DOS TEMPOS ATUAIS
0 sr. James Dunn exalta a associação econômica
e política entre as Nações Livres
Porls, 27 (F. P.) — A associa-Cão econômica e política, cada vez mnls estreita, das nações livres da Europa, constitui o fato mala Bali-ente que se produziu desde o fim da guerra", declarou o sr. James Dunn, embaixador dos Estados Uni-dos, num almoço oferecido pelo "American Club" por motivo da aua recente nomeação. .
NOVO PROBLEMA NAS NEGOCIAÇÕES DE PAZ
«
Contestado ao oficial americano o direito de falar pela Coréia do Sul
Tóquio, sexta-feira, 28 — (U. P.) — Movo problema velu juntar-se aos das, t5o prolongadas negociações de trégua da Coréia, quando os co-munistas contestaram ao delegado da ONU, norte-americano, o direi-to de falar em nome dos coreanos do sul. O porta-voz oficial da ONU, brlg. gal. William Nuckols, disse que êsse gesto comunista velu de surpresa, enauanto se debatia em Panmun Jom um ponto Insignlíican-te.
Nessa ocasiSo o coronel comunls-ta Chang-Chung exclamou repentl-namente: — "Os norte-americanos não podem representar o povo co-reano. Seria melhor que o sr. nüo repetisse que representa o povo co-reano".
ATENTADO CONTRA ADENAUER
O pacote, contendo uma bomba, explodiu na Polícia —
Um policial morto e três feridos
Munlch, 27 (U.P.) — Umá ten-tativa de assassínio contra Ade-nauer, mediante uma bomba «n-vlada pelo correio, resultou na morte de um policial, quando o pa-cote com o petardo explodiu na Policia. Outros três policiais fica-ram feridos.
O pacote explodiu no situo do Quartel de Policia, para onde fflra levado, depois de terem os empre-gados dos Correios desconfiado de seu conteúdo, Era dirigido a Ade-nauer, que se acha em Bonn, n SOO quilômetros de distância. Ao ser Informado do atentado, Adenauer não fêz comentários e deixou seu gabinete, pouco depois, para tomar parte num almflco na casa do pre-sidente Heuss.
Segundo a policia, o pacote foi levado por dois rapazinhos, que o receberam de dois desconhecidos, os quais lhes deram três marcos,
A. policia recusa-se a dizer ie é obra de extremistas ou de um louco. Recentemente o proprietário de um Jornal de Bremen e uma jovem também morreram eom bombas en-liadas por um jovem, atualmente detido.
f-ste é o primeiro atentado contra Adenauer.
O perito da policia, Karl Reich. ¦ ter, de 48 anos, tentava abrir o
pacote, para desarmar a bomba, quando tocou no "detonador" ocul-to dentro de um livro. A expio* sio arrancou-lhe ambas as mãos. Peinhardt faleceu pouco depois de dar entrada no hospital.
A policia conseguiu localizar os dois rapazes que levaram o pacote ao Correio. EstSo sendo Interroga-dos. Disseram que os dois homens,
ASMA
Voltaram os afamados
comprimidos EUFIN de
BOEHRINGER. ALEMANHA
DE GAULLE
FAZ DECLARAÇÕES
50 publicistas
norte-americanos
Tarls, 27 (U.P.) — De Gaulle en-tende que o mundo ocidental deve obrigar a Rússia a fazer a paz. "N3o
posso nem quero dizer se a Invasão russa é Iminente; mas a Questão é não sã evitar a invasão russa, como também obrifflir a Rússia, um dia, a acabar com «'ricaças de invasão e fazer a paz". Oe Gaulle expressou suas opl-niOcs perante 50 jornalistas e pu-bliclstas americanos em visita à Europa.
Sobre o rèarmamento alemão de-clarou-se favorável a uma confe-dera;ão de nações européias, em V*í do exército europeu, pois tal w.f,!dcração ligaria a Alemanha «o Oeste, permitindo ao mesmo lempo què cada nação retlvesse leu espirito nacional. Disse apro-Var os objetivos da Organização do Atlântico, mas qualificou de "mui-to estreita e limitada sua atual es-trutura, pois prevê sò a defeta do Atlântico Norte quando o prolRema da defesa abrange o mundo in-tero".
Ssgundo De Gaulle, "a presença íe tropas americanas na Europa e absolutamente essencial, até que 0 velho mundo esteja em condições "te defender-se a ci mesmo"
Expressou sua admiração "pela •¦juda econômica ? '""íar dos Es-tídos Unidos à Èuiopa; mas Was-tilngton deve informar até que pon-'o está disposto a chegar sua aju-m. e não se mostrar vacilante todo o tempo".
dos qdátt' receberam a Incumbência, são indivíduos de 33 a 40 anoa."A
dependência do Quartel em que te deu a explosão ficou destro-Cada. As pessoas que moram nas Imediações disseram ter ouvido a explosão, i NSo houve danos ex-ternos.
A ALEMANHA E O EXÉRCITO EUROPEU
Bonn, 27 (R.) — Adenauer decla-rou ante à Comlsão de Assuntos Ex-teriores do Parlamento que a nota aliada dirigida A Rússia não obrl-gava a Alemanha a participar do Exército Europeu.
A nota, em resposta A Rússia, foi enviada a Moscou segunda-feira última.
"A referência A participação ale-mS não alude A Defesa da Europa". Na sessSo, Adenauer abordou 11-geiramente a nota aliada, passando a responder ás lnterpelac.es da co-missão. Os principais pontos discuti-dos foram: 1) — Eleições gerais na Alemanha; 2) — A posição da Alemanha nas negociações de paz; 3) — Se a nota aliada obrigava a Alemanha a aderir A Defesa da Eu-ropa ou ao Pacto do Atlântico.
A comissão transferiu seus tra-balhos sem ter havido votação.
COMENTÁRIO RUSSO Berlim, 27 (U.P.) — A agência russa "ADN", comentando a res-posta ocidental, disse que os aliados ocidentais procuram evitar negocia-ções sobre o futuro dêste pais.
Citando "círculos políticos da ca-pitai alemã", como fonte de sua informação, a agência diz que "a resposta ocidental é evidentemente uma tentativa de fuga".
EM LIBERDADE REMER Hanover, 27 (R.) — Remer foi 11-bertado, depois de apelar da sen-tença de 3 meses Imposta no dia 15 dêste mês, por caluniar os alemães que conspiraram contra Hitler, em Munlch, a 2 de julho de 1044.
Remer ajudou a esmagar o "com-plot" contra Hitler.
BEETHOVEN E O STALINISMO Bonn, 27 (U.P.) — O governo e corpo diplomático assistiram aos atos celebrados ontem aqui em comemo-ra.cSo ao 125.» anlve»sí»io da morte do mais destacado filho de Bonn: o compositor Ludwigh Van Bee-thoven.
Ao mesmo tempo, a Rússia apres* sava-se a declarar que Beethoven foi o precursor do bolchevlsmo.
O presidente Theodoro Huss, Ade-nauer, membros do gabinete, embal-xadores. e ministros estrangeiros assistiram is cerimônias celebradas na casa ém que viveu Beethoven, hoje transformada em museu.
Por sua vez, no ato celebrado na Zona Russa, Pleck, presidente do governo bolchevlsta da Alemanha,
declarou que "Beethoven combateu semp-fc por uma sociedade progres-sista e pela Independência e amou a paz e a revolução francesa,,. Sá as pessoas educadas na sociedade marxista-leninlsta podem apreciar plenamente Beethoven".
ACORDO COM PORTUGAL Bonn, 27 (U.P.) — O Ministério da Economia anuncia que a Ale-manha Ocidental e Portugal con-cluiram novo acordo comercial, pre-vendo a troca de mercadorias no valor de cerca de 275 milhões de marcos, no período de um ano, a Iniciar-se a l.°-de abril.
O Ministério diz que é esperado um aumento nas exportações ale-mãs para Portugal, pois as Indús-trias alemãs podem proporcionar grande parte do material necessário ao desenvolvimento das colônias portuguesas de ul tramar.
ATAQUE A EISENHOWER Berlim. 27 (U.P.) - Os bolche-vistas alemães fizeram hoje seu primeiro ataque A campanha de Ei-senhower pela candidatura á pre-sidência dos EE.UU., pelo Partido Republicano. O "Deutschlands Stim-me", órgão da Frente Nacional, 11-derada pelos bolchevistas, ridícula.
ELEIÇÕES NA ERITRÉIA
Asmara, 27 (U.P.) — Terminaram ontem as primeiras eleições na Erl-tréla, destinadas a organizar a Assembléia Constituinte que será convocada para discutir a constitui-ção, cujo projeto foi elaborado pelo comissário das Nações Unidas. Eduardo Anze Matienzo, da Bolívia. As eleições tiveram inicio na terça-feira e terminaram ontem. Os re-aultados serão dados a conhecer na quinta-feira, prevendo-se que os dois partidos principais — Unionlsta e Frente Democrática — terão uma maioria de 68 lugares, em parles quase Iguais. Somente os eleitores de Asmara e Massaua, tomaram par-te diretamenpar-te em comícios, enquan-to que nos distrienquan-tos rurais foi ado-tado um método -diferente pelo qual os cidad&os das aldeias e tribus es-colheram seus candidatos em voto secreto
O coronel aliado Don Darrow re-plicou: — "Em número, nós, isto é. o comando da ONU, representamos tantos ou mais coreanos quantos o sr. Não estou aqui como represen-tante norte-americano, mas como representante do comando da ONU. Como tal, represento também a Ro-pública da Coréia e seus cidadãos". O choque oral se produziu duran-te uma discussão sobre a tradução em coreano da expressão "Coman-do das Nações Unidas", a propósito do acordo sóbre os portos de entra-da, pelos quais poderão transitar forças e abastecimentos durante o armistício.
Os vermelhos queriam um termo equivalente a "aliados". O coman-do da ONU, entretanto, desejava uma tradução especifica. Darrow disse a Chang Chung que o coman-do da ONU representa "também o povo coreano, ao qual está aliado a ONU". Observadores aliados te-mem que se lhes der na veneta, os comunistas poderiam introduzir nas negociações a questão de saber se a ONU representa os sul-coreanos, suscitando outro obstáculo tão grande quanto o da repatrlação vo-luntárla dos prisioneiros de guerra, da participação da Rússia na co-missão flscallzadora do armistício, como neutra, e da construção de áe-ródromos, durante o armistício. •
Quanto As negociações secretas sobre o intercâmbio de prisioneiros, o comunicado oficial Informou que os aliados "continuaram, estudando a proposta comunista de 21 de mar-ço". Essa proposta estipula a nego-ciação do Intercâmbio de prlsionei-ros á base das listas permutadas entre ambas as partes, sem se ti-marem em consideração as recla-mações aliadas e comunistas sóbre vários milhares de homens sobre cuja sorte nada se disse.
Seul, sexta-feira, 28 - (U. P.) — A rádio comunista de Pyongyang anunciou oficialmente que as forças comunistas haviam ocupado a ilha Koto, diante da costa ocidental da Coréia. O máu tempo paralizou qua-se por completo as atividades da aviação aliada, enquanto nos setô-les terrestres da frente de batalha coreana reglstravam-se apenas ai-guns choques de patrulhas.
A Ilha de Koto não aparece.nps mapas do exército norte-americano, porém acredita-se que se encontra ao sul da ilha de Sokto, cerca de 77 quilômetros ao sudoeste de Pyon-gyang, capltal da Coréia do Nor-te. Os oficiais da ONU não pude-ram confirmar a noticia, porém ex-rizou o "slogan" "Gosto de Ike' . ,_ ¦ - ,,„,., e disse queêle sô entende de bom- f"ssaramriea opinl^° d°q,"en?.°^,« bas e ffierra". Um poema satírico '*"/«-« de uma das pequenas ilhas diz que "metade do mundo estará «gentes próx imo da costa da Co-. réia que haviam sido ocupadas pe em chamas quando nosso forte herói
defender ôs EE.UU".
las forças, da infantaria naval sul-.coreanas.
Pouco antes de piorarem aa con-dições atmosféricas esquadrilhas de bombardeiros leves norte-america-nos B-26 atacaram objetivos comu-nlstas em Suchon e Unden. De acordo com as Informações rece-bldas, os ataques foram concentra-dos nos pátios ferroviários daquelas localidades, tendo os pilotos aliados Informado que nos pontos atacados ficara lavrando grandes IncOn-dios.
ATIVIDADE AÉREA Seul, Coréia, 27 — (U. P.) — A 5*. FÔrça Aérea Informa que, nas últimas Vinte e quatro horas até a tarde de hoje, seusVaviões destrui-ram 140 veículos, reduzidestrui-ram ao si-lênclo três posições da artilharia, cortaram ferrovias em 125 pontos, incendiaram dez íortins e destrui-ram quatro depósitos dos
comunls-tas. *,;
Ao longo da frétlte de batalha,
MEMORANDO,, BRITÂNICO
À CORTE DE HAIA
Repelido o ponto de vista
do Irão
Haia, 27 (F P ) — O governo brl-tânlco entregou hoje & Corte Inter-nacional de Justiça, de Haia, um memorando refutando o ponto de vista Iraniano que recusa reconhe-cer a competência da Corte na dl-vergência relativa á "Anglo Iranlan". Se bem que, segundo o processo em uso na Corte Internacional, o memorando britânico seja confiden-dal, contudo acredita-se saber que a Qrã-Bretanha pede â alta inst&n-cia Internacional, apolando-se era considerações Jurídicas suplementa-res, que repila o ponto de vista Ira-niano e que se considere competen-te para dirimir a divergência entre Londres e Teerã.
Nos círculos ligados .à Corte Julga-se que a primeira audiência públl-ca do públl-caso da "AIOO" poderá se rea-llzar no mfeio de maio vindouro e acrescenta-se que é muito provável que, assim como fêz perante o Con-selho de Segurança, no ano passa-do, o primeiro ministro Iraniano, dr. Mossadegh, venha pessoalmente de-fender sua tese de Incompetência da Corte.
Indica-se, finalmente, que breve-mente deve ser anunciada oficial-mente a data marcada para a audl-ç&o das partes Interessadas no con-fllto anglo-iranlano.
Mensagem de Auriol ao bey de Tunis
De Hautecloque esteve no palácio com os dois enviados franceses
Tunis, 27 (U.P.) — O
resi-dente
geijal francês,
Jean de
Hauteclocque, entregou esta
noi-te uma mensagem
pessoal de
Auriol ao bei de Tunis,
relacio-nada com a dificil situação
rei-nante na Tunisia. De
Hautecloe-que visitou o palácio do rei às
6,30 da tarde, acompanhado de
Jean Forgeot e Jacques
Koscik-ko, enviados pessoais de Auriol,
que foram portadores da
men-sagem, de Paris.
Anteriormente o bei se havia
negado a receber
de.Hautecloe-que, esperando a
chegada da
mensagem, aprovada em
reu-nião do Conselho de Ministros
da França, que d'--u três horas.
Aparentemente, o residente
ge-ral desejava apressar os
aconte-cimentos e convencer o
bei a
formar novo gabinete,
substitu-indo o do primeiro ministro
Mo-hammed Chenik,
detido pelas
autoridades francesas,
A mensagem de Auriol
res-ponde à enviada pelo bei
terça-feira última, na qual pedia ao
governo francês aue desistisse
de seu pedido de que êle
demi-tisse do cargo o primeiro
minis-tro Chenik. Devido à negativa
do bei em aceitar aquela
exi-gência, de Hauteclocaue
orde-nou ontem a prisüj de Chenik
e outros três ministros.
O
residente geral
declarou
que a medida era necessária
Da-ra o reatamen') das
negocia-ções franco-tunisianas sobre o
pedido do
protetorado de que
lhe seja concedida maior
inde-pendência.
Entrementes,
aguarda-se
a
chegada, de um momento para
outro, de dois ministros do
go-vêrno Chenik que foram à
Eu-ropa tentar levantar a questão
do protetorado peran' o
Conse-lho
de
Segurança
da ONU,
quando êste se reuniu em
Pa-ris. O ministro da Justiça,
Sa-lah Ben Youseff, e o ministro
dos Assuntos Sociais, Mohanty
esta manhã,
depois de terem
estado escondidos, "Porque
acre-ditávamos que as autoridades
francesas
projetavam
deter-nos". Os
ministros chegaram
por via aérea à Genebra, via
Bruxelas, pouco depois do meio
dia, e duas horas depois-
ruma-vam para o Cairo. Ambos
de-clararam que projetam
regres-sar sem demora a Tunis,
"on-de reina o terror e on"on-de os
fran-ceses parecem ter perdido a
ca-beca".
Entrementes,
reinava calma
no protetorado, mas 20000
sol-dados dirigidos pela França se
mantinham em estado de alerta.
O íato de até agora não se
te-rem registrado atos de
violên-cia demonstra, a juizo dos
ob-servadores, a eficácia das
me-didas tomadas pelos franceses,
no curso dos últimos dias.
Os
meios oficiais disseram que vá-,
rias centenas de nacionalistas e
comunistas tinham sido detidos,
juntamente com Chenik e
ou-tros membros do seu governo.
Até agora, o bel Sidi
Moham-med ai Amin não indicou que
medidas tomará, mas
observa-dores ocidentais
duvidam que
esteja para acr'l'; sem protesto
as medidas tomadas pelos
fran-ceses. Acreditam os
observado-res que se ocorrerem atos de
violência, o bei, que tem
atual-mente 70. anos, fará um apelo
à resistência.
Desde Janeiro passado,
quan-do o partiquan-do Neo-Destour (da
Nova Independência) deu início
à sua campanha em favor da
independência do protetorado,
mais de 80 pessoas foram
mor-tas e 200 ficaram
feridas nos
choques entre os nacionalistas
e as forças francesas,
Hoje as
forças francesas ocuparam todos
os pontos estratégicos de Tunis
e n.s paredes da cidade
viam-se exemplares do comunicado
anunciando a
vigência da lei
marcial. Em Tunis, o comércio
onde se fazem notar os efeitos do degelo, houve breves choques de pa1 trulhas, sendo o mais intenso o que durou duas horas, a oeste do Vale do Mundung Nl, onde o encontro se limitou ao uso reciproco de gra-nadas de milo, armas pequenas e baloneta, tendo os comunistas dei-xado quinze mortos ho terreno. Na frente ocidental, no setor da "Ser-ra do Desalento", a artilharia co-munista despejou majs de mil ra-jadas contra as posições das Na-ções Unidas, ao Norte de Korangpo Ri. As forças aliadas recuaram mas voltaram ás posições algumas ho-ras depois, sem encontrar mais nem um soldado comunista na posição.
'
CONTRARIO AO PAGAMENTO Tóquio, 27 — (F. P.) — O go-vêrno japonês é contrário ao paga-mento de uma parte das despesas das forças do Commonwealth brl-tônico que combatem na Coréia e têm bases no Japão.
A noticia procedente de Londres e segundo a qual o Japão poderia ser chamado a contribuir para aquelas despesas foi mal acolhida pelos círculos, autorizados. O go-vêrno Shigcru yoshida, dizem, com-preende que seja natural partilhar o Japão com a Grã-Bretanha . das despesas das tropas britânicas du-rante os três meses que se segui-rem à entrada em vigor do tratado de paz, mas Julga que suas obriga-ções terminam além desse limite. O estatuto das tropas do Common-wealth, da mesma forma que o es-tatuto das outras forças das Nações Unidas, deverá sar regulamentado no transcurso de negociações. De novembro de 1950 a fevereiro do corrente ano o Japão recebeu pou-co mais de cinqüenta milhões de dólares para cobrir as despesas das forças das Nações Unidas que tran-sttam ou gosam permissão neste pais.
"NSo penso que seja presunçoso dizer que os Estados Unidos desem-penharam, a respeito, um papel mui-to Importante. A associação é a Idéia-cliave do movimento europeu. Cooperação, segurança coletiva, união e defesa mútua são palavras que pertencem agora à terminologia da vida econômica e política da co-munidade norte-atlântica. E os Es-tados Unidos são responsáveis em grande parte porque a sua política externa é baseada na sua consclên-cia de Interdependênconsclên-cia dos homens e das nações."
Depois de ter salientado o papel da "OECE", primeira etapa da in-tegração econômica, o dr, Dunn declarou: "A segunda etapa Impor-tante é o plano Schuman, êsse pro-grama audacioso que quer agrupar num so mercado os seis grandes paises continentais produtores de ferro e aço. E nesse mesmo mo-mento, 16 nações se reúnem aqui, nesta capital, a convite do govér-no francês, para estudarem a possi-billdade de um consórcio agrícola europeu.
Em seguida o embaixador pôs em evidência o papel da França no do-minio militar para "empreender a edificação de um exército europeu". "Esse papel — prosseguiu o em-balxador — foi especialmente slgnl-flcativo. Duas das novas Idéias que mencionei — plano Schuman e exér-cito europeu — são devidas & ini-ciativa francesa. O povo francês pode se sentir, com Justiça, orgulhoso da sua contribuição para a comunl-dade das nações livres da Europa.
A história desses seis últimos anos — acrescentou o embaixador — mostra não só que a nação francesa tem vontade dè trabalhar como tam-bém que está resolvida a se reer-guer dos terríveis efeitos de uma guerra devastadora. Mostra, tam-bém, que a França reconheceu suas responsabilidades internacionais e que as assumiu em face de grandes dificuldades. Não esqueçamos a luta longa e dispendiosa que se de-scnrola na Indochina, onde a Fran-ça trava o que infelizmente se de-nomina de "guerra desconhecida" a fim. de preservar essa parte do mundo de um domínio totalitário. E' essa mesma guerra que travam as Nações Unidas na Coréia,
Em tais circunstâncias, a partici-pação de tropas francesas na ação da ONU na Coréia é, na minha opl-niâo, especialmente merltórla e gos-taria — concluiu o embaixador dos Estados Unidos — de render aqui uma homenagem aos 478 combaten-tes franceses que acabam de regres-sar da Coréia assim como ás tro-pas francesas, estejam elas na In-dochina ou na Coréia, que comba-tem pela nossa causa comum, a da liberdade."
a decisão do governo
norte-ame-ricano e declarou quo Julgava
3ue
us por Acheson haviam sido
as três condições
esboça-satisfeitas.
McDermott declarou que os
Es-tados Unidos receberam
garan-tins do novo
governo de que
Cuba
cumprirá
estritamente
seus compromissos
Internacio-nais. Respondendo a uma per*
gunta.
McDermott
disse que
"não há indícios de que o povo
de Cuba deixe de aceitar o
go-vérno Batista". Assinalou que
êsse governo já foi reconhecido
polo Brasil. Colômbia,
Venezue-Ia, Panamá, Nicarágua,
Hondu-ras, El Salvador, Haiti e
Repu-blica Dominicana, neste
hemis-ferio, e que a Chancelaria tinha
noticias de que o Chile, Cosia
Rica e o Paraguai
reconhece-lo-iam hoje. O porta-voz, que
dls-se que os Estados Unidos
con-sultaram outros paises antes de
tomar sua decisão, declarou que
a Chancelaria
estima que as
três condições essenciais
assina-lndas por Acheson foram
sa-tisfeitas. Acrescentou que alem
dos paises mencionados no
he-misfério ocidental, o governo do
general Fulgencio
Batista foi
também reconhecido pelo Reino
Unido, França, Suíça, Espanha,
Itália e China Nacionalista.
McDermott disse também que
outros paises do hemisfério
oci-dental deveriam reconhecer
ain-da hoje o novo regime cubano,
entre os quais a Áustria,
Cana-dá, Bélgica, Noruega, Holanda e
Líbano.
Recentemente inform ou-se
que êste país atuaria com
lenti-dão quanto ao reconhecimento
do governo Batista, por temer
que tal medida pudesse animai
outras revoluções na América
Latina. Ao perguntar-lhe
um
Jornalista se o Departamento de
Estado havia levado em conta
essa questão, McDermott
deeli-nou de responder.
A ARGENTINA TAMBÉM
Buenos Aires, 27 (R.) - Em
conseqüência da revolução que
colocou
Batista no
poder em
Cubu, o governo argentino
expe-diu um comunicado dizendo que
"de aí-rdo com suh tradicional
política de não
interferir nos
assuntos internos de outras
na-ções". o governo da Argentina
"continuará a manter com Cuba
as relações que sempre ligaram
os dois países."
OS ESTUDANTES
DENUNCIAM
Havana, 27 (R.) - Os
estu-dantes da Universidade de
Ha-vana, através de sua Federação,
endereçaram hoje
ao
Secreta-rio de Estado Americano, Dean
Acheson, uma carta em que
de-nunciam o golpe de estado
che-fiado pelo
general Fulgencio
Batista e pedem que os Estados
Unidos se abstenham de
reco-nhecer o novo regime cubano.
NOVOS RECONHECIMENTOS
Hauana, 27 (F. P.) - O
go-vêrno do general Batista foi
on-tem reconhecido pela
Inglater-ra e o Vaticano, anunciou o
mi-nistério do Interior.
O CHILE
Santiago, 27 (F. P.) O
go-vêrno chileno reconheceu o
no-vo governo de Cuba, saldo do
recente movimento chefiado
ne-lo ex-presidente Fungencio
Ba-tista.
A BÉLGICA REDUZIRIA
SEU ESFORÇO
nos quadros do Pacto Atlântico
Bruxelas, 27 (U. P.) — O go- gas destinados às auas Indústria» vêrno deu a entender novamenteque começará, a reduzir seu es-forço de rèarmamento, sa os de-mais membros do Pacto Atl&ntl-co não cumprirem seu Atl&ntl- compromls-so de contribuir para a defesa comum. Afirma-se que o Mlnls-tro da Defesa Informou a comls-são de defesa do Senado que a Bélgica separará, de seu orçamen-to , extraordinário 3.775 milhões de francos, bara usa-los sô quan-do os demais países satisfizerem a parte què lhes compete.
Essa atitude junta-se a recen-te comunicação do presidenrecen-te do Conselho de que a Bélgica redu-zlrla o período de serviço mili-tar, atualmente de dois anos, se as outras nações não aumentas-som o seu, pois é o único pais que tem um período do 24 meses. A quantia que, seria separada para pasto eventual ropresenta 15% do total que a Bélgica se propõe gas-tar com a defesa, no corrente ano. Já há tempo os funcionários do (íovêrno opinam que a Bélgica está fazendo mais do que a sua parte, Inclusive um "pequeno Plano Marshall", pelo qual conce-deu crédito de quase 22 bilhões de francos a outras nações, para poderem importar produtos
bel-íewciações diplomáticas ando«e«?ipcias
Anunciada a mediação do Iraque
l med Badra, partiram de Paris árabe íeçho.u as cortas, mas-^
greve não se estendeu ao
bair-ro eubair-ropeu.
MINISTROS TUNESINOS EM EM GENEBRA Genebra, 27 (R.) — Os dois minis-tros tunesinos que desapareceram de seu hotel em Paris, ontem, após a prisão de quatro colegas do ga-blnete tunesino, chegaram aqui hoje, por via aérea, procedentes de Bruxelas.
Trata-se de Salah Ben Youshef, ministro da Justiça, e Mohammed Brada, ministro dos Assuntos So-ciais, que se encontravam há dois meses em Paris com a lncu.mb, n-ela de apresentar o car. da Tunísia na ONU.
Entrevistados no aeroporto daqui, disseram que seguiriam para o Cal-ro e depois para t Tunísia.
"Ouvimos rumores de que pode-riamos ser presos em Paris'1 — dls-se Salah Ben Houshef — "por Isso achamos melhor partir silenciosa-mente para Bruxelas, onde chega-mos de carro".
"De qualquer forma — continuou — nossa missão em Paris estava terminada e, obviamente, nada lu-crarlamos permanecendo ali. Nosso dever agora está na Tunísia, onde reina o terror e os francejiyi pare-cem ter perdido • cabeça".
Os dois ministros acrescentaram que se avistaram com os lideres da Liga Árabe no Cairo antes de volta-rem à Tunísia. Partirão para o Cai-ro esta tarde.
PROTESTO DO IRAQUE Bagdad, 27 — 0 governo do Ira-que exigiu "a libertação imediata" dos membros do gabinete tunesino aprisionados pelos franceses, segun-do foi confirmasegun-do hoje por circulos bem informados.
O governo do Iraque protestou contra "a ação e aütude muito ina-mistosas tomadas pelo governo fran-c.s contra o mundo árabe, ao deter o primeiro ministro tunesino Mo-hammed Chenik e os membros de leu xablneto" l ..
Londres, 27 (F.P.) — As Indica-ções sabre a reunião anglo-eglpcia de sábado são conservadas em grêdo pelos meios oficiais, Isso, se-gundo os observadores, confirma que o estádio de visitas de cor-tesia já íoi ultrapassado e as con-versaçfies versam questões de fun-do. Há a impressão de que se está mais próximo de üm acordo, no sentido de que o governo do Cairo está disposto a aceitar a partici-pação britânica na defesa comum do Oriente Médio, e o governo ln-glês está disposto a aceitar que o rei do Egito seja rei do Sudão, se, o consentir o povo sudanés.
Bá porém ceticismo, por dois mo-tivos; o governo egípcio não pa-rece crer na necessidade de orga-nizar a defesa do Egito e Estados vizinhos contra um perigo enquanto sente evidentes sinais de perigo in-terno, desejando seguir uma poli-tica externa inspirada na situação interior; o governo Inglês quer nao sô respeitar a promessa ao povo sudanês, como, ante o perigo ex-terno, não quer retirar suas tro-pas da Zona do Canal antes que outro sistema de defesa pelo menos tão sólido, esteja organizado,
MEDIAÇÃO DO IRAQUE Cairo, 27 (F.P.) — O Iraque in-tervelo junto ao governo egípcio para pór um fim rápido A nova tensão que se nota nas relaçSea anglo-egipclas. Uma mensagem pes-soai do primeiro-ministro do Ira-que foi entregue ao prlmelro-mlnis-tro do Egito. Recomendaria unia declaração bilateral anglo-eglpcia como base de futuras negociaçfies. A Grã-Bretanha aceitaria o prin-ciplo da retirada de suas forças, e o Egito se comprometeria a entrar em acfirdo para a defesa comum do Oriente Médio, acordo que se-ria uma extensão do' Pacto de Se-gurança Inter-Arabe a todo o Orien* te Médio.
O jornal "Al Ahram" observa que a iniciativa iraqueana se exerce no sentido dos esforços dos Estados Unidos; e diz que o ministro' do Iraque no Cairo teve ontem longa entrevista cam o embaixador dos Estados Unidos, Jefferson Caífery.
POLÍTICA WAFDISTA Cairo, 27 (F.P.) - O Partido Wafdista tomou ontem & noite
de-cisões que foram comunicadas ao primeiro-ministro, em mensagem de Nahas Pachá, presidente do parti-do. Aquele partido decidiu partici-par das eleições; pedir ao governo o fim da lei marcial e a libertação dos presos políticos: protestar con-tra a manutenção em suas residen-cias, de antigos ministros wafdistas.
20 ACUSADOS
Cairo, 27 (U.P.) — A procurado-ria planeja pedh penas para 20 acusados pelo Incêndio do hotel Shep-Meards e do Banco
Bar-clays, nas desordens de 26 de Ja* neiro.
RELAÇÕES COM O JAPÃO Cairo, 27 (R.I — O Egito reatou relações diplomáticas com o Japão.
TROPAS INGLESAS Ismailia, 27 (R.) . — As tropas britânicas evacuaram a aldeia de Kafr Abdu, perto de Suez, que ha-viam ocupado em janeiro, ante os ataques terroristas contra as insta-lações de filtragem de água.
Agitação política no México
Mfaico, 27 (F.P.) — Reglstrou-se ontem o primeiro linchamento no Estado de Oaxaca, cuja população está em luta aberta com o gover-nador, reclamando sua destituição.
Diodoro Maldonado, prefeito de Tlacolula, 30 quilômetros ao sudes-te de Oaxaca, foi vitima da fúria da multidão quando tentava furar a greve espontaneamente declarada em todo o Estado, procurando abrir sua loja. Os manifestantes começa-ram a apedrejar esta e perseguicomeça-ram Maldonado, que fugiu para uma ca-sa vizinha, 0ade tentou refugiar-se. Desatinado, saltou de uma janela, quebrando um pé; aUngido pelos perseguidores, foi maltratado fe-rozmente a pedra e pau, e abando-nado como morto. Transportado pa-ra Japa-ramls, ficou na prisão muni-cipal sob proteção das tropas; se-gundo informações não confirma-das, teria sucumbido horas depois.
outras localidades do Estado, onde paralisou a atividade e a popula-ção parece unanimemente decidida a prosseguir no movimento até a destituição do governador Mayoral Heredia, considerado responsável pela morte de três pessoas nas mar niíestações de sábado. Na capltal de Oaxaca não houve novas desor-dens. Os estudantes não responde-ram a um apelo do governador re* comendando à população que prós-seguisse a greve em calma.
Na capltal mexicana houve on-tem grande manifestação estudantil diante do Ministério do Interior; 10 oradores das escolas superiores pe-diram a imediata destituição do go-vernador de Oaxaca, declarando-se prontos a obtê-la "mesmo pela força".
Tlacolula, 27 (UJP.) — Tropas fe-derais impuseram o estado de sitio no Estado de Oaxaca, onde a vida Teriam ocorrido desordens em comercial cessou virtualmente.
bélicas.
EISENHOWER E PLEVEN Porls, 27 (U. P.) — Eisenho-wer abordou problemas nacionais e militares da França no almoço com o ministro da Defesa René Pleven, o secretário do Exército Plerre de Chevlgne, o Secretário da Marinha, Jacques Gavlnl e o secretário da Aeronáutica Plerre Montei.
NSo foram revelados detalhes, mas consta que passaram em re-vista o programa francês de rear-mamento, & luz das medidas du Primeiro Ministro Antolne Pinay para reerguer o franco.
OFENSIVA FRANCESA
NA INDOCHINA
'
Honol, 27 (U. P.) - Milhares de aguerridos soldados franceses, com apoio de artilharia, aviação e na-vios de guerra lançaram a maior ofensiva dos últimos meses contra as tropas rebeldes do Vletmlnh. A ofensiva procura desalojar tropas da divisão 320, cujas pontas de lan-ça se situaram a menos de 32 qui-lômetros de Hanoi.
O general Gonzalez de Linares, comandante em chefe das forças da União Francesa que defendem a zona de Hanoi, iniciou a ofensiva com intenso ataque, ao amanhecer. As baterias e os canhões dos na-vios de guerra que se achavam per-to da costa, lançaram per-toneladas de metralha e explosivos sóbre as 11-nhas inimigas, pouco antes do ama-nhecer; depois entraram em ação as forças aéreas. Finalmente, mi-lhares de j soldados franceses e do Vletnam lánçaram-se ao ataque, nu-ma zona de 770 quilômetros qua-drados, com bosques e campos de arroz.
Enquanto os soldados atacavam os navios franceses se aproximaram mais ainda, e continuaram bombar-deando as posições rebeldes.
A ofensiva, entre Thai Binh e o mar, coincidiu com outras em me-nor escala ao longo da costa, per-to de Huê, 539 quilômetros ao sul de Hanoi, onde forças francesas fl-zeram um desembarque sob a pro-teção dos conhões de cruzadores, e aviões com base em porta-aviões,
A zona escolhida para a ofensl-va fôra considerada pelos bolche-vistas como "impenetrável" devi-do á natureza devi-do terreno.
Referem oficiais franceses que suas tropas tomaram grande quan-tidade de armas e munições nos prl-meiros momentos. Informa-se que a ofensica francesa iniciada há dois dias na zona central do Vietnam, es-tá terminando, e que também se de-senvolve com o maior êxito a que foi desfechada ao sul da capltal do Annam.
CHINESES NA INDOCHINA Washington, 27 (F. P.) — O Was-hlngton Post", que já pedira o en-vio de uma comissão para verifi-car se há forças de Pequim na In-dochina. declara: "Repetimos que a ONU deveria ter "in loco" uma co-missão, quer como garantia contra, noticias lançadas com fins de pro-paganda, quer para proteger-no* contra qualquer surpresa".
TRUMAN NA CASA BRANCA
Washington, 27 (F.P.) — O pre-sidente Truman, que acaba de pas-sar três semanas de férias em Kcy West, voltará pela manhã de boje a Washington, por via aérea. Insta-lar-se-á na Casa Branca, cujos tra-balhos de restauração terminaram. As obras duraram três anos e eus-taram S milhões e 700 mü dólares. Durante êsse período, Trus"*q re-ildlu cm Blalr Hm»»
TROPAS ITALIANAS NAS FORÇAS
DE OCUPAÇÃO DE TRIESTE
Eslão sendo formados
"batalhões
de Li_8..sção" em Roma
Londres, 27 (R.I — Anuncia-se que a Grã-Bretanha e os Estados Unidos estudam uma proposta para que tropas italianas se juntem âs suas forças de ocupação em Trieste. Foi feita uma sugestão pelo governo italiano, nas conversações entre Éden e o embaixador Italiano em Londres, Manlio Brosio. sóbre a si-tuação em Trieste.
BATALHÕES DE LIBERTAÇÃO Roma, 27 (R.) — Os nacionalistas italianos ameaçaram enviar "Bata-lhões de Libertação" para Trieste. O secretário da ala direita do Partido Nacionalista Italiano.
Vin-C-iizo Caputo. declarou que os "Ba-talhões de Libertação" já eslüo sendo formados
«Em carta a De Gasperl. Caputo disse que os nacionalistas "não tolerarão Influências estrangeiras no sagrado solo italiano de Trieste". E que, "ao primeiro sinal de
pe-CHOQUES NA UN1VKRSIDABA DE NAPO..ES
Nápoles. !l U I - Quutro estu-dantes salraní feridos nos choques travados eom a polícia na Univer-s«.dade Ue Nâpol.s. nuando tenta-vam realizar nianif.siaçjes pela rigo, vindo de Tito ou de quem devolução de Ti ;<-ste á Itália. A quer que' seja, os Carniças Azuis policia fêz evacusr ai dependen-(nacionalistas) se lançarão de tô- cias da Universidade, fecbando-a em das as partes da Itália, para au- : seguida.
xlliar seus irmãos triestinos" Os Três policiai, receberam também "Batalhões de Libertação" lutarão ferimentos.
encarniçadamente para que Trieste i A policia usou gás lacrlmogênlo Itália selam devolvido a \ e mangueiras para dispersar os
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Tt£U- wuiifestàiit**