• Nenhum resultado encontrado

CICLO BÁSICO EM ODONTOLOGIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CICLO BÁSICO EM ODONTOLOGIA"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

APROVADO Coleção

ODONTOLOGIA

Br omat Br omat Br omat

CICLO BÁSICO EM ODONTOLOGIA

Coordenadora

Johelle de Santana Passos Soares

(2)
(3)

APROVADO Coleção

ODONTOLOGIA

Br omat Br omat Br omat

CICLO BÁSICO EM ODONTOLOGIA

Coordenadora

Johelle de Santana Passos Soares

APROVADO Coleção

ODONTOLOGIA

Br omat Br omat Br omat

CICLO BÁSICO EM ODONTOLOGIA

Coordenadora

Johelle de Santana Passos Soares Autores

Patricia Mascarenhas Alves Michelle Miranda Lopes Falcão Rejane Nunes Lopes de Oliveira Maria Emilia Santos Pereira Ramos Tercio Carneiro Ramos

Juliana Santos de Carvalho Monteiro Maria Cecília Fonsêca Azoubel

Juliana Andrade Cardoso

(4)

Ciclo básico em Odontologia / Johelle de Santana Passos Soares, coordenador geral. – Salvador : SA- NAR, 2019.

268 p. : il. ; 14x21 cm. – (Coleção Aprovado em Odontologia).

ISBN 978-85-5462-099-8

1. Odontologia. 2. Biossegurança. 3. Saúde Coleti- va. 4. Cabeça - Anatomia. 5. Pescoço - Anatomia. 6.

Farmacologia. 7. Anestesiologia. I. Soares, Johelle de Santana Passos, coord. II. Série.

Título | Editora | Diagramação | Capa | Copidesque|

Conselho Editorial |

Editora Sanar Ltda.

Rua Alceu Amoroso Lima, 172 Caminho das Árvores,

Edf. Salvador Office & Pool, 3º andar.

CEP: 41820-770, Salvador - BA.

Telefone: 71.3052-4831 www.editorasanar.com.br atendimento@editorasanar.com.br

© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer for- mas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.

2019

CDU: 616.8-089 C568

Ficha Catalográfica: Fábio Andrade Gomes - CRB-5/1513

Ciclo Básico em Odontologia Fernanda Fernandes Editorando Birô Editorando Birô Editorando Birô

Caio Vinícius Menezes Nunes Itaciara Lazorra Nunes Paulo Costa Lima Sandra de Quadros Uzêda Silvio José Albergaria da Silva

(5)

Autores

Johelle de Santana Passos Soares

Doutora em Saúde Pública com concentração em Epidemiologia pelo Instituto de Saúde Cole- tiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em saúde coletiva pela Universidade Esta- dual de Feira de Santana (UEFS).Graduada em Odontologia pela UEFS. Atualmente é professora adjunto da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (FOUFBA) e dos Progra- mas de Pós-Graduação “Odontologia e Saúde” e “Imunologia” da UFBA, e “Saúde Coletiva” da UE- FS. Atuação nos principais temas: epidemiologia das doenças bucais, medicina periodontal, saú- de coletiva, síndrome metabólica, osteoporose e hanseníase.

Juliana Andrade Cardoso

Mestre em Odontologia - Estomatologia Clínica, pela Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Especialista em Estomatologia pela UNIME - Lau- ro de Freitas. Graduada em Odontologia pela UNIME - Lauro de Freitas. Atualmente é professo- ra universitária de Odontologia da UNIME Lauro de Freitas, UNINASSAU Salvador e UNINASSAU Lauro de Freitas e atua em Consultório Odontológico particular. Experiência em clínica odonto- lógica, estomatologia, cirurgia oral menor, laserterapia e implantodontia.

Juliana Santos de Carvalho Monteiro

Doutora em Odontologia com ênfase em Laser, pelo Programa Integrado de Pós graduação das Universidades Federal da Paraíba e Federal da Bahia. Graduada em Odontologia pela Universida- de Federal da Bahia. Professora Titular da Universidade Estadual de Feira de Santana na discipli- na de Anatomia Humana.

Maria Cecília Fonsêca Azoubel

Doutora em Ciências Médicas e Mestre em Farmacologia pela Faculdade de Medicina da Univer- sidade Federal do Ceará, Especialista em Periodontia pela ABO-BA. Atua como Professora Adjun- ta dos componentes curriculares Estomatologia e Periodontia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Principal linha de pesquisa centrada no uso de fármacos em Periodontia.

(6)

Tercio Carneiro Ramos

Doutor em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará, Especialista em Farmacologia pela Universidade de Federal de Lavras-Mg, Mestre em Farmacologia Clínica pela Universidade Fede- ral do Ceará. Graduado em Odontologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana-Ba, Atu- almente é professor Adjunto da Universidade do Estado da Bahia e Prof Adjunto da Escola Bahia- na de Medicina e Saúde Publica

Michelle Miranda Lopes Falcão

Doutoranda em Imunologia pelo Programa de Pós Graduação em Imunologia da Universidade Federal da Bahia. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Gra- duada em Odontologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Atualmente é Professo- ra no Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana. Experiência em Imu- nologia, Epidemiologia e Prevenção em Saúde.

Maria Emilia Santos Pereira Ramos

Doutora em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará. Mestre em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará. Especialista em Farmacologia pela Universidade Federal de La- vras. Pós-graduada em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. Atualmente professor Titular da Universida- de Estadual de Feira de Santana e professor Adjunta da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pú- blica nos cursos de graduação e pós-graduação.

Patricia Mascarenhas Alves

Mestrado em Odontologia pela Universidade Federal da Bahia (2005), especialização em Periodon- tia (ABO-BA). pós-graduação em Periodontia(UIC-USA) e Habilitação em laser terapia (FFO-FUN- DECTO/FO-USP) . Atualmente é professora da União Metropolitana de Educação e Cultura(UNIME).

Professora do CursoTeórico/ Prático de Técnicas de Anestesia e Sutura em Odontologia da UNINGÁ BA e ABCD- Comedi/ BA. Sócia proprietária da empresa Perio Dent Clínica Odontológica. Tem expe- riência na área de Odontologia, com ênfase em Periodontia, Laserterapia, Saúde Coletiva, Clínicas Odontológicas e Odontologia Hospitalar. Atualmente é professora da União Metropolitana de Edu- cação e Cultura(UNIME). Professora do CursoTeórico/ Prático de Técnicas de Anestesia e Sutura em Odontologia da UNINGÁ BA e ABCD- Comedi/ BA. Experiência na área de Odontologia, com ênfa- se em Periodontia, Laserterapia, Saúde Coletiva, Clínicas Odontológicas e Odontologia Hospitalar.

Rejane Nunes Lopes de Oliveira

Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Graduada em Odon- tologia pela Universidade Federal da Bahia. Especialista em Odontopediatria e Educação Espe- cial. Atualmente é Professora de Anatomia e Fisiologia Humana da Universidade Estadual de Fei- ra de Santana. Membro da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA).

(7)

Apresentação

O livro Coleção Aprovado em Odontologia - Ciclo Básico em Odontologia é o mais orga- nizado e completo livro para dentistas que desejam ser aprovados nos concursos do Brasil. Fru- to de um rigoroso trabalho de seleção de questões de concursos e elaboração de novos conteú- dos, atende às mais diversas áreas de conhecimento na Odontologia.

A presente obra foi redigida a partir do uso de 5 premissas didáticas que julgamos ser de fun- damental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos mais diversos exames na Odontologia:

1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as incorretas), por autores espe- cializados.

2. 100% das questões são de concursos passados.

3. Questões selecionadas com base nas disciplinas e assuntos mais recorrentes nos concursos.

4. Resumos práticos ao final de cada disciplina.

5. Questões categorizadas por assunto e grau de dificuldade sinalizadas de acordo com o seguin- te modelo:

O livro Coleção Aprovado em Odontologia - Ciclo Básico em Odontologia será um grande fa- cilitador para seus estudos, sendo uma ferramenta diferencial para o aprendizado e, principal- mente, ajudando você a conseguir os seus objetivos.

Bons Estudos!

Fernanda Fernandes Editora

INTERMEDIÁRIO FÁCIL

DIFÍCIL

(8)
(9)

Sumário

1. BIOSSEGURANÇA ...11

1.1. INFRAESTRUTURA FÍSICA ... 11

1.2. PRECAUÇÕES-PADRÃO E RISCOS OCUPACIONAIS ... 12

1.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ... 24

1.4. FLUXO E PROCESSAMENTO DE ARTIGOS ... 26

1.5. MANUTENÇÃO PREVENTIVA E EQUIPAMENTOS ODONTOLÓGICOS ... 27

1.6. INFECÇÃO CRUZADA ... 28

1.7. MÉTODOS FÍSICOS E QUÍMICOS PARA ESTERILIZAÇÃO ... 40

1.8. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE ... 49

RESUMO PRÁTICO ... 54

REFERÊNCIAS ... 67

2. SAÚDE PÚBLICA OU COLETIVA...69

2.1. FUNDAMENTOS E DIRETRIZES DO SUS ... 69

2.1. PACTO PELA VIDA ... 81

2.2. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA ... 82

2.3. POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO ... 88

2.4. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL ... 91

2.5. ÉTICA ODONTOLÓGICA ... 94

2.6. VIGILÂNCIA EM SAÚDE ...106

2.7. PREVENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE ...108

RESUMO PRÁTICO ...112

REFERÊNCIAS ...146

(10)

3. ANATOMIA DE CABEÇA E PESCOÇO ...149

3.1. ANATOMIA OSTEOARTICULAR ...149

3.2. MIOLOGIA ...156

3.3. VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO ...161

3.4. ANATOMIA DA BOCA E ANEXOS ...166

3.5. DENTES DECÍDUOS E PERMAMENTES ...171

RESUMO PRÁTICO ...177

REFERÊNCIAS ...200

4. FARMACOLOGIA E ANESTESIOLOGIA - QUESTÕES ...201

RESUMO PRÁTICO ...245

REFERÊNCIAS ...266

(11)

Biossegurança 1

1. INFRAESTRUTURA FÍSICA

01

(PREFEITURA MUNICIPAL DE GUA-

RATUBA/UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ/2008) No desenvol- vimento das diversas intervenções clíni- cas, o auxiliar de consultório odontológi- co executa uma série de tarefas, inclusi- ve a de manutenção dos equipamentos.

Acerca disso, assinale a alternativa IN- CORRETA.

Ⓐ O aparelho fotopolimerizador não deve ser transportado quente, e seu cabo deve ser enrolado e guardado numa ga- veta, sem objetos pesados sobre ele.

Ⓑ A unidade auxiliar deve ser limpa após a saída de cada paciente. Além dis- so, deve-se sugar água com germicida e detergente para evitar entupimentos.

Ⓒ No uso de amalgamadores com de- pósito de mercúrio e limalha, deve-se re- gular o aparelho a cada troca de limalha, para garantir uma mistura homogênea.

Ⓓ Aventais e goleiras de chumbo deve- rão ser mantidos bem dobrados, em ga- veta no próprio consultório, para que se possa lançar mão deles quando das to- madas radiográficas.

Ⓔ A autoclave deve ser trabalhada sem- pre com água destilada, para que se man- tenha eficiência na esterilização.

Alternativa A: CORRETA. O aparelho fotopo- limerizador não deve ser transportado quente, e seu cabo deve ser enrolado e guardado numa gaveta, sem objetos pe- sados sobre ele para não danificar.

Alternativa B: CORRETA. A unidade auxiliar deve ser limpa após a saída de cada pa- ciente a fim de evitar a contaminação cruzada. Além disso, deve-se sugar água com germicida e detergente para realizar a desinfecção no interior das mangueiras e evitar entupimentos.

Alternativa C: CORRETA. Após o volume ter sido regulado, permanece constante.

Uma nova regulagem deverá ser realiza- da, somente, no caso de troca da marca da limalha.

Alternativa D: INCORRETA. Aventais e golei- ras de chumbo não devem ser dobrados, pois ao dobrar, o revestimento de chum- bo pode fraturar e violar o sistema de ra- dioproteção.

Alternativa E: CORRETA. A autoclave deve ser trabalhada sempre com água destila- da, desta forma garante a diminuição da contaminação química, mantendo a efi- ciência na esterilização, e aumenta a du- rabilidade do equipamento.

02

(PETRÓLEO BRASILEIRO S.A (PE-

TROBRAS / FUNDAÇÃO CESGRAN- RIO/2011) A Vigilância Sanitária

Patricia Mascarenhas Alves

e Juliana Andrade Cardoso

(12)

12 ▕ Biossegurança

obra, avaliar e aprovar todo projeto ar- quitetônico de um serviço odontológico, bem como as áreas de estabelecimentos já existentes a serem ampliadas e/ou re- formadas.

Com relação à infraestrutura física desses serviços odontológicos, afirma-se que o(s)

Ⓐ compressor de ar do equipo odonto- lógico deve estar localizado em local fe- chado, sem circulação de ar, de preferên- cia fora do consultório, em um ambiente que possua proteção para combater a re- percussão acústica causada pelo motor.

Ⓑ uso de lâmpadas fluorescentes e de aletas permite a iluminação direta du- rante todo o período de funcionamento dos consultórios, devendo as instalações elétricas ficarem expostas para facilitar a manutenção.

Ⓒ consultórios odontológicos devem possuir, como ambientes de apoio, sala de espera, depósito de material de lim- peza, sanitário(s) e central de material es- terilizado simplificada.

Ⓓ serviços odontológicos devem pos- suir ventilação artificial, evitando-se o acúmulo de fungos e favorecendo a for- mação de gases e vapores condensados, sendo que sua eliminação não deve cau- sar danos às áreas próximas.

Ⓔ estabelecimentos devem apresentar revestimentos de pisos, paredes e forros com material de cor escura, lavável e per- meável, que possibilitem os processos de descontaminação e limpeza.

DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. Compressor de ar do equipo odontológico deve ficar em local que haja circulação de ar, portanto, sua instalação deve ser evitada em locais fechados ou realizada em locais fechados grandes, que permitam essa circulação.

Alternativa B: INCORRETA. As instalações elé- tricas não devem ficar expostas, devem ser embutidas ou protegidas por calhas ou canaletas, para não haver depósito de sujidade em sua extensão. O uso de lâm- padas e aletas permite iluminação direta durante todo o período de funcionamen- to do consultório.

Alternativa C: CORRETA. Para instalação de um consultório odontológico é exigên- cia mínima que o mesmo possua sala de espera, sanitário, central de esterilização simplificada e local para depósito de ma- terial de limpeza.

Alternativa D: INCORRETA. Serviços odonto- lógicos devem possuir ventilação natu- ral ou artificial e, deve-se evitar o acúmu- lo de fungos e formação de gases e vapo- res condensados. Estes gases e vapores, quando formados, devem ser eliminados sem causar danos às áreas próximas.

Alternativa E: INCORRETA. Estabelecimentos devem apresentar revestimentos de pi- sos, paredes e forros com material de cor clara, lavável e impermeável, que possibi- litem os processos de descontaminação e limpeza.

2. PRECAUÇÕES-PADRÃO E RISCOS OCUPACIONAIS

03

(PREF. RONDONÓPOLIS-MT/UFMT/2016) Em relação à Clorexidina, assinale a afirmativa INCORRETA.

Ⓐ O “Padrão Internacional” de sua con- centração em enxaguatórios bucais varia de 15% a 20%.

Ⓑ É antisséptico químico, com ação an- tifúngica e bactericida, capaz de elimi- nar bactérias gram-positivas e gram-ne- gativas.

Ⓒ A utilização de clorexidina em próte- ses contribui para a redução da formação do biofilme e melhora a condição da mu-

(13)

▏ 13 Patricia Mascarenhas Alves e Juliana Andrade Cardoso cosa do paciente, combatendo a estoma-

tite protética.

Ⓓ Possui “retentividade”, isto é, o pro- duto permanece retido no local de ação (superfície dental, gengiva e mucosa bu- cal) de forma ativa, sendo liberado lenta- mente.

DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. O padrão de con- centração da clorexidina varia de 0,12%

a 4%, sendo os enxaguatórios bucais co- mercializados na concentração de 0,12%.

Alternativa B: CORRETA. A clorexidina possui propriedades antissépticas com efeito bactericida e bacteriostático, dependen- do da suscetibilidade dos microrganis- mos. A molécula catiônica (positiva) da clorexidina interage com a bactéria, em decorrência da adsorção à parede celular aniônica (negativa), alterando as estrutu- ras da superfície e aumentando a perme- abilidade da membrana bacteriana, faci- litando a entrada da clorexidina no cito- plasma bacteriano.

Alternativa C: CORRETA. A ação terapêutica da clorexidina tem papel fundamental na diminuição de doenças e agravos à saúde bucal. Sua utilização em próteses reduz a formação do biofilme e melhora a condi- ção da mucosa bucal do paciente.

Alternativa D: CORRETA. A clorexidina possui propriedades de substantividade (reten- tividade), isto é, capacidade de o produ- to permanecer retido de forma ativa no local de ação (superfície dental, gengi- va e mucosa bucal), sendo liberado len- tamente, evitando assim, que seu efeito seja rapidamente neutralizado pelo flu- xo salivar.

04

(TER-BA /CESPE/2017) A qualida- de da água utilizada nos equi-

taminação. Havendo biofilmes instalados em linhas de água, é necessário eliminá- -los mediante

Ⓐ aplicação de clorexidina 0,2% diaria- mente, ao final do expediente.

Ⓑ aplicação de álcool iodado durante uma semana, ao final do expediente.

Ⓒ aspiração das mangueiras com deter- gente enzimático seguida de aplicação de ácido peracético por dez dias.

Ⓓ aplicação de peróxido de hidrogênio por cinco noites, com repetição semanal.

Ⓔ aspiração das mangueiras com ál- cool 70% após cada atendimento e dia- riamente, ao final do expediente.

DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A aplicação de clo- rexidina 0,2% diariamente ao final do ex- pediente não é eficaz na eliminação de biofilmes das linhas de água dos equipa- mentos odontológicos.

Alternativa B: INCORRETA. Aplicação de álco- ol iodado durante uma semana, ao final do expediente não é relatado como eficaz na eliminação de biofilmes das linhas de água dos equipamentos odontológicos.

Alternativa C: INCORRETA. Não há relato na li- teratura afirmando que a aspiração das mangueiras deve ser realizada com de- tergente enzimático e aplicação de áci- do peracético para eficaz eliminação dos biofilmes instalados nas linhas de água dos equipamentos odontológicos.

Alternativa D: CORRETA. Estudos indicam que desinfetantes à base de peróxido de hi- drogênio têm apresentado bons resulta- dos na prevenção e/ou na eliminação de biofilmes já instalados nas linhas de água dos equipamentos odontológicos, sendo que protocolos semanais devem ser esta- belecidos.

Alternativa E: INCORRETA. Não há indicação

(14)

14 ▕ Biossegurança

fim de eliminar biofilmes instalados nas linhas de água.

05

(EBSERH/HE-UFPEL/AOCP/2015)

Dos fatores apresentados a se- guir aquele que NÃO interfere na eficácia da higienização das mãos é a utilização de

Ⓐ alianças.

Ⓑ unhas postiças.

Ⓒ esmalte.

Ⓓ anéis.

Ⓔ relógio.

DIFICULDADE

DICA DA AUTORA: A Norma Reguladora no 32, do Ministério do Trabalho e Emprego, aprovada pela PORTARIA N.º 485, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2005, NR32, tem por finalidade estabelecer as diretrizes bási- cas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos tra- balhadores dos serviços de saúde. Essa norma traz orientações para a proteção da saúde do servidor em relação aos ris- cos ocupacionais. A NR 32 define como Risco Biológico a probabilidade da expo- sição ocupacional a agentes biológicos.

Alternativa A: INCORRETA. As alianças inter- ferem dificultando na higienização ade- quada das mãos.

Alternativa B: INCORRETA. O uso de unhas postiças também é considerado adornos que dificultam a correta higienização das mãos.

Alternativa C: CORRETA. O esmalte, estando em boas condições, não interfere na hi- gienização das mãos.

Alternativa D: INCORRETA. Anéis, assim como alianças, são considerados adornos, e de- vem ser evitados, pois interferem na hi- gienização das mãos.

Alternativa E: INCORRETA. O uso de relógios também interfere na higienização das mãos.

06

(PREF. SOLONÓPOLE-CE/PRÓ-MUNI- CÍPIO/2018) Marque a alternati- va correta que traz a periodici- dade de notificação para acidente de tra- balho com exposição a material biológi- co, conforme a Portaria N° 204, de 17 de fevereiro de 2016 que define a Lista Na- cional de Notificação Compulsória de do- enças, agravos e eventos de saúde públi- ca nos serviços de saúde públicos e priva- dos em todo o Território Nacional:

Ⓐ Imediata (até 24 horas);

Ⓑ Semanal;

Ⓒ Quinzenal;

Ⓓ Mensal.

DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. As notificações de- vem ser realizadas de forma imediata (até 24 horas) para os casos de óbito e/ou do- enças infectocontagiosas consideradas graves.

Alternativa B: CORRETA. A periodicidade de notificação de acidente de trabalho com exposição a material biológico é semanal.

Alternativa C: INCORRETA. As notificações compulsórias podem ser realizadas em períodos imediatos (até 24 horas) para casos de óbito e/ou doenças infectocon- tagiosas consideradas graves, e semanal para exposição a material biológico, não havendo o período quinzenal na portaria n. 204 de 17 de fevereiro de 2016, que de- fine as Notificações compulsórias de do- enças, agravos e eventos de saúde públi- ca em todo o Território Nacional.

Alternativa D: INCORRETA. As notificações compulsórias podem ser realizadas em períodos imediato (até 24 horas) para ca- sos de óbito e/ou doenças infectoconta- giosas consideradas graves, e semanal

(15)

▏ 15 Patricia Mascarenhas Alves e Juliana Andrade Cardoso para exposição a material biológico, não

havendo o período mensal na portaria n.

204 de 17 de fevereiro de 2016 que defi- ne as Notificações compulsórias de doen- ças, agravos e eventos de saúde pública em todo o Território Nacional.

07

(PREF. SOLONÓPOLE-CE/ PRÓ-MUNI- CÍPIO/2018) As agulhas devem ser trocadas após várias pene- trações nos tecidos no mesmo pacien- te. A penetração no tecido toma-se mais traumática a cada inserção, produzindo dor no momento da inserção e após ces- sar o efeito anestésico. Assim, as agulhas descartáveis de aço inoxidável tornam-se rombas e devem ser trocadas após:

Ⓐ Três ou quatro inserções;

Ⓑ Sete ou oito inserções;

Ⓒ Onze ou doze inserções;

Ⓓ Quinze ou dezesseis inserções.

DIFICULDADE

DICA DA AUTORA: As agulhas disponíveis atualmente no mercado para os profis- sionais de Odontologia são pré-esterili- zadas e descartáveis. Com o cuidado e o manejo adequados elas não devem oca- sionar dificuldades significativas. As agu- lhas descartáveis são feitas de aço inoxi- dável e, com a repetida inserção no te- cido, vai se tornando progressivamente mais traumática, produzindo dor e irrita- bilidade.

Alternativa A: CORRETA. Após três a quatro in- serções, a agulha deve ser trocada, pois a cada penetração no tecido a agulha torna- -se menos pontiaguda e mais traumática.

Alternativa B: INCORRETA. Não se deve re- alizar sete ou oito inserções da mesma agulha no tecido, elas devem ser troca- das após a quarta inserção, por tornar-se

Alternativa C: INCORRETA. Não se deve rea- lizar onze ou doze inserções da mesma agulha no tecido, elas devem ser troca- das após a quarta inserção, por tornar-se mais romba e mais traumática.

Alternativa D: INCORRETA. Não se deve re- alizar quinze ou dezesseis inserções da mesma agulha no tecido, elas devem ser trocadas após a quarta inserção, por tor- nar-se mais romba e mais traumática.

08

(PREF. LAGOA VERMELHA-RS /

NBS/2018) Considera-se Bios- segurança em Odontologia o conjunto de procedimentos adaptados no consultório com o objetivo de dar pro- teção e segurança ao paciente, ao profis- sional e sua equipe. Dentro deste contex- to analise o que se afirma abaixo:

I. A melhor profilaxia para a exposição ocupacional com material biológico é o respeito às normas de biossegu- rança.

II. A exposição a material biológico (sangue ou outros líquidos orgânicos potencialmente contaminados) pode resultar em infecção por patógenos como o vírus da imunodeficiência hu- mana e os vírus das hepatites B e C.

III. Lavar as mãos frequentemente é, isoladamente, a ação menos impor- tante para a prevenção do risco de transmissão de microrganismos para clientes, pacientes e profissionais de saúde. Contudo, o método adequado para lavagem das mãos depende do tipo de procedimento a ser realizado.

Apenas está correto o que se afirma em:

Ⓐ I e II.

Ⓑ I e III.

Ⓒ II e III.

(16)

16 ▕ Biossegurança

DIFICULDADE

Alternativa I: CORRETA. O respeito às normas de biossegurança reduz os riscos de aci- dentes e exposição a materiais biológi- cos, sendo considerado, portanto, a me- lhor profilaxia.

Alternativa II: CORRETA. No exercício da pro- fissão de cirurgião-dentista, a contami- nação com patógenos diversos, inclusi- ve com os vírus da imunodeficiência hu- mana e hepatites B e C pode ocorrer com a exposição a material biológico (sangue ou outros líquidos orgânicos potencial- mente contaminados).

Alternativa III: INCORRETA. A lavagem das mãos é fundamental para prevenção dos riscos de transmissão da contaminação cruzada. Existem diferentes tipos de lava- gem das mãos e sua adoção deve ser de acordo com a complexidade do procedi- mento a ser realizado.

09

(PREF. LAGOA VERMELHA-RS /

NBS/2018) Com relação à higie- nização das mãos considere o que se afirma abaixo, assinalando V pa- ra as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) As mãos devem ser lavadas: Antes e após atividades que eventualmente pos- sam contaminá-las; ao início e término do turno de trabalho entre o atendimen- to a cada paciente; antes de calçar luvas e após a remoção das mesmas e quando as mãos forem contaminadas (manipulação de material biológico e/ou químico) em caso de acidente.

( ) O uso de luvas exclui a lavagem das mãos.

( ) Profissionais com lesões nas mãos ou dermatites devem abster-se, até o desa- parecimento das lesões, da utilização de preparações contendo digluconato de

clorexidina a 2% ou 4%, polivinilpirroli- dona-iodo – PVPI (solução aquosa, solu- ção alcoólica, solução degermante, to- das a 10%, com 1% de iodo ativo), e ál- cool isopropílico a 70%, geralmente indi- cadas para antissepsia das mãos, utilizan- do nestes casos curativos antes do calça- mento das luvas.

As afirmativas são respectivamente:

Ⓐ V, F e V.

Ⓑ F, V e F.

Ⓒ V, F e F.

Ⓓ V, V e F

DIFICULDADE

ALTERNATIVA CORRETA. (V) A lavagem das mãos é indispensável e é a melhor for- ma de evitar contaminação cruzada. Des- ta forma, faz-se importante lavar as mãos antes da colocação das luvas e após a re- tirada das mesmas.

ALTERNATIVA INCORRETA. (F) O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos. As mãos devem sempre ser lavadas antes da co- locação das luvas e após a remoção das mesmas.

ALTERNATIVA INCORRETA. (F) O uso de subs- tâncias antissépticas deve ser sempre adotado como auxiliar na lavagem das mãos, inclusive em profissionais que pos- suam lesões nas mãos.

10

(PREF. FOZ DO IGUAÇU/PR/FUNDA-

TEC/2018) O ambiente odonto- lógico, pelas suas particularida- des, possibilita que o ar seja uma via po- tencial de transmissão de microrganis- mos, por meio das gotículas e dos aeros- sóis, que podem contaminar diretamen- te o profissional ao atingirem a pele e a mucosa, por inalação e ingestão, ou in-

(17)

112▕ Resumo Prático

1. FUNDAMENTOS E DIRETRIZES DO SUS 1.1 REFORMA SANITÁRIA E CRIAÇÃO DO SUS

Antes da criação do SUS, é necessário contextualizar o período econômico-políti- co da época que influenciou a sua implantação.

No período do regime militar (1964-1984), o sistema de saúde caracterizava-se pe- lo predomínio das instituições previdenciárias e pela abertura a contratação de ser- viços privados de saúde. O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), criado em 1966, passa a financiar a construção de clínicas e hospitais privados com enfoque na medicina curativa. Se por um lado intensificou-se o setor privado na saúde, respon- sável pelas ações curativas prestadas aos indivíduos com carteira assinada, por ou- tro lado, as ações de saúde pública realizadas pelo Ministério da Saúde reduzem-se ao combate de endemias, com exclusão de grande parcela da população do atendi- mento à saúde. Nesse cenário, há um privilegiamento do modelo clínico privado, in- dividual e curativo.(1)

No final da década de 1970, no Brasil, observa-se uma crise do modelo de saúde previdenciária favorecida pelo alto custo da assistência e pelos desvios dos recursos.

Esse panorama acirra a insatisfação da sociedade, que passa a reivindicar serviços de saúde mais eficientes e resolutivos, bem como melhorias nas condições de vida. Os conceitos de Atenção Primária à Saúde e os princípios da medicina comunitária como autocuidado à saúde, participação da comunidade e desmedicalização levantados na Conferência de Alma Ata (1978) vêm favorecer o clima de movimentos sociais para re- formulação do setor saúde, com mudanças no modelo de assistência previdenciária.

Surge assim o movimento da Reforma Sanitária.(1)

A Reforma Sanitária constitui projeto articulado nos anos de 1970 e 1980 no Bra- sil com o objetivo de reformular o sistema de saúde e derrubar a dicotomia das ações preventivas versus curativas. Foi formado por sanitaristas, trabalhadores, lideranças populares, intelectuais, estudantes e entidades como o Centro Brasileiro de Estu- dos da Saúde (Cebes) e a Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). A luta era por uma saúde como direito de cidadania, a ser assegurado pe- lo Estado, e a implementação de um modelo de atenção à saúde com ênfase na inte- gralidade.

Nos anos de 1980, o movimento sanitário favoreceu a criação de programas de ex- pansão e descentralização dos serviços, como Ações Integradas de Saúde (AIS) (1983) e Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (Suds) (1987). A realização da VII Con- ferência Nacional de Saúde (1986) debateu os princípios e diretrizes da reforma sa- nitária e pactuou sua inclusão no capítulo de Saúde da Constituição Federal (1988).

Dentre esses princípios e diretrizes da reforma sanitária destacam-se: conceito am- pliado de saúde como vista alcance da ótima qualidade de vida, o reconhecimento da saúde como direito universal, a criação do SUS, a descentralização e hierarquização dos serviços, a atenção integral e a participação popular.

Em 1988, foi promulgada a Constituição Federal e foi aprovado o SUS, que incor- RESUMO PRÁTICO

(18)

▏113 Resumo Prático

vez, não termina nesse ponto, mas continua buscando a sua implementação efetiva.

Diversos entraves surgiram para dificultar a implementação do SUS, incluindo os ve- tos do Presidente Fernando Collor nos tópicos relacionados ao financiamento do SUS, favorecendo a distorção do SUS e permanência do modelo médico assistencial priva- tista, com fortalecimento da medicina de grupo, seguros saúde e cooperativas.

1.2 DIRETRIZES E PRINCÍPIOS DO SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) compreende conjunto articulado e organizado de serviços e ações de saúde pertencentes a organizações públicas de saúde, desde a esfera federal à municipal, com complementação dos serviços privados. O Sistema é único porque seus princípios e diretrizes devem ser os mesmos nas três esferas de governo, com comando único em cada nível de gestão.(1) Com o SUS, a saúde pas- sa a ser direito de todos e dever do Estado. O sistema de saúde brasileiro pós-consti- tuinte segue o sistema de proteção da Seguridade Social, no qual a saúde está vincu- lada a direito de cidadania, sendo financiada por toda sociedade mediante contribui- ções sociais e impostos.(2)

A forma de organizar as ações e os serviços de saúde pelo SUS é regida por prin- cípios e diretrizes. Os princípios são valores que orientam as ações do SUS, trazendo em si as doutrinas ou ideias filosóficas para sua implementação. Os princípios doutri- nários são: universalidade, integralidade e equidade. As diretrizes, também conheci- das como princípios organizativos, são orientações que auxiliam o SUS a se operacio- nalizar, de modo a contemplar os princípios doutrinários. As diretrizes ou princípios organizativos são: descentralização, hierarquização e regionalização, e participação e controle social.

• Universalidade: Garante acesso a toda população aos serviços de saúde, em todos os níveis de assistência, sem preconceitos ou privilégios.

• Equidade: Significa um princípio de justiça social com intenção de corrigir iniqui- dades sociais em saúde. Busca priorizar aqueles que têm maior necessidade em função de risco e das condições de vida e saúde.

• Integralidade: Representa articulação entre prevenção, promoção e recuperação no cuidado, bem como ações intersetoriais para alcance de melhoria dos níveis de saúde. Esse princípio tem duas dimensões: uma, que representa integração entre todos os níveis de atenção (primária, secundária e terciária) com articulação da re- ferência e contrarreferência entre os serviços; e uma outra, que inclui visão do ser humano como um todo, para além do biológico, envolvendo aspectos psicosso- ciais e culturais.

• Descentralização: Princípio organizativo que envolve transferência de recursos e responsabilidades aos diversos níveis do governo, que passam a ter autonomia e soberania para executar ações de planejamento, acompanhamento e avaliação dos serviços de saúde. Esse princípio parte do pressuposto que a realidade local, com ênfase no município, e deve orientar o estabelecimento de políticas de saú- de. A municipalização assume que o município é o principal responsável para saú- de da população.

• Hierarquização e Regionalização: Os serviços são organizados em níveis crescen- tes de complexidade (atenção básica, especializada e hospitalar), planejados a partir de critérios epidemiológicos e demográficos, de modo a garantir a assistên-

(19)

114▕ Resumo Prático

cia integral. O acesso da população à rede de atenção do SUS deve se iniciar pela atenção básica (em que 80% dos principais problemas são resolvidos), sendo en- caminhados/referenciados para outros níveis de atenção (ambulatórios de espe- cialidades e hospitais) quando não comporta serviços de maior densidade tecno- lógica. A Regionalização implica articulação dos serviços existentes, visando ao comando unificado. A partir desse princípio, os serviços básicos ficam mais disse- minados e descentralizados, enquanto os serviços especializados se apresentam mais concentrados e centralizados.

• Participação popular e Controle social: Participação da comunidade, por meio de entidades representativas, no processo de formulação das políticas públicas de saúde, do controle e de sua execução, desde o nível local ao federal. Estimula o controle social do SUS pela população. Esse princípio foi regulamentado com a Lei 8.142/1990, com o qual devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saú- de, espaços públicos de controle social.

Figura 1 – Princípios e diretrizes do SUS e Princípios doutrinários do SUS.

• Acesso aos serviços de saúde em todos níveis de assistência , sem discriminação.

Universalidade

• Justiça social

• Considera as diferenças entre os grupos, priorizando quem mais necessita para alcance da igualdade.

Equidade

• Articulação das ações de prevenção, promoção e recuperação.

• Visão do ser humano como um todo.

Integralidade

Princípios Doutrinários

• Distribuição das responsabilidades quanto ações e serviços de saúde entre os três níveis de governo, assumindo cada esfera comando único.

• Ênfase na municipalização (transferência de poder aos municípios)

Descentralização

• Articulação dos níveis de atenção de modo a assegurar assistência integral.

• Organização dos serviços de saúde em cada região para acessos a todos tipos de atendimento.

Hierarquização/

Regionalização

• Participação da comunidade nos destinos do sistema de saúde, assegurando o controle social sobre o SUS.

• Espaços públicos de controle social: conselhos de saúde e conferências de saúde.

Participação popular/controle

social

Princípios Organizativos

(20)

▏115 Resumo Prático 1.3 CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Com a Constituição Federal de 1988, a saúde passou a ser reconhecida como direi- to social, cabendo ao poder público a obrigação de garanti-lo. Representa um avan- ço na medida que supera o modelo excludente que garantia assistência à saúde ape- nas aos contribuintes da previdência social. Pela primeira vez na história brasileira, foi promulgada uma Constituição que dispõe de uma seção específica para Saúde (seção II do capítulo II – Seguridade Social), contando com cinco artigos (artigos 196 a 200) sobre o assunto.(2) A seguridade social representa conjunto de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinado a assegurar os direitos a saúde, previdên- cia e assistência social. É financiada por impostos e contribuições sociais dos orçamen- tos da União, dos Estados e Municípios.(2,3)

O Artigo 196, do Capítulo II da Seguridade Social, explicita que a saúde é direito de todos e dever do Estado, que deve assegurar acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde para a sua promoção, prevenção e recuperação. As políticas econô- micas e sociais são instrumentos para garantir o direito à saúde.

O Artigo 197 aponta as ações e os serviços de saúde como sendo de relevância pública, cabendo ao poder público regulamentar, fiscalizar e controlar. Ressalta que a sua execução deve ser feita diretamente ou por terceiros.

O Artigo 198 constitui sistema único de saúde como rede regionalizada e hierar- quizada de ações e serviços públicos de saúde, cuja organização deve pautar-se nas diretrizes/princípios como descentralização, com direção em cada esfera do governo;

atendimento integral, com prioridades para atividades preventivas sem detrimento das curativas; e participação popular. Traz ainda que o financiamento do SUS será fei- to com recursos do orçamento da seguridade social e outras fontes.

O Artigo 199 afirma que as instituições privadas poderão participar do SUS de for- ma complementar, segundo diretrizes do SUS e mediante contrato público ou convê- nio, tendo preferência entidades filantrópicas e sem fins lucrativos. É vedada a partici- pação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

O Artigo 200 apresenta o que compete ao SUS, detalhando as atribuições:

I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II – executar as ações de vigilância sanitária e epi- demiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III – ordenar a formação de recur- sos humanos na área de saúde; IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V – incrementar em sua área de atuação o desenvol- vimento científico e tecnológico; VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendi- do o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo hu- mano; VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e uti- lização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

A Constituição Federal, ao criar o SUS, traz desafios a serem superados para sua implementação. Para isso, necessitou de regulamentações por atos legislativos como as Leis Orgânicas da Saúde (Leis 8.080/90 e 8.142/90). Outras leis, emendas, decretos, normas e portarias foram editadas para orientar o funcionamento do SUS. A operacio-

(21)

116▕ Resumo Prático

nalização do SUS desde 1990 orienta-se pelas Normas Operacionais (Normas Opera- cionais Básicas – NOBs – e Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS).

1.4 LEI 8.080/90

A Lei 8.080, criada em agosto de 1990, sofreu vários vetos por parte do executi- vo no que se refere aos tópicos de financiamento e controle social. Essa lei dispõe de condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o fun- cionamento dos serviços correspondentes. Ela regula, em todo o território nacional, as ações e os serviços de saúde, tendo abrangência muito grande, não se limitando ao SUS nem ao setor público.(4)

Embora essa Lei reafirme o dever do Estado em assegurar a saúde como direito fundamental do ser humano, isso não exclui corresponsabilidade da saúde pelas pes- soas, família, empresas e sociedade.

A Lei traz ainda o conceito ampliado de saúde quando afirma que a saúde tem fa- tores determinantes e condicionantes: a alimentação, a moradia, o saneamento bási- co, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o aces- so aos bens e serviços essenciais. A forma como se organiza social e economicamente um país expressa, assim, os níveis de saúde da população.

O capítulo I da Lei 8.080/90 traz os objetivos e atribuições do SUS.

Figura 2 – Objetivos do SUS dispostos na Lei 8.080/90

Figura 3 – Atribuições do SUS referidas na Lei 8.080/90

Objetivos do SUS

• I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;

• II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, redução de riscos de doenças e de outros agravos e condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços.

• III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.

Campos de atuação do SUS

• execução de ações de vigilância sanitária; de vigilância epidemiológica; de saúde do trabalhador; e de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;

• ações de saneamento básico;

• formação de recursos humanos na área de saúde.

• vigilância nutricional e a orientação alimentar;

• proteção do meio ambiente;

• formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicose outros insumos de interesse para a saúde;

• controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;

• fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;

• controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

• desenvolvimento científico e tecnológico;

Referências

Documentos relacionados

ABOU EL-ZAHAB,VANESSA LRFV Buch e.V.. Landgestüt

O presente estudo teve como objetivo descrever aspectos do funcionamento narrativo de crianças com diagnóstico de deficiência intelectual e alteração de linguagem

Características peculiares desses solos, como densidade naturalmente elevada, relação micro/macroporos muito alta e dificuldade de drenagem, motivada principalmente pela

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

Nestas áreas estão localizadas as estações fluviométricas dos rios Jauquara e Pari, cujos ensaios físico-químicos da água acusaram índice < 0,001 por mg/L de mercúrio;

Não se pode contudo negar que, pelo menos no caso da petroquímica, a Bahia encontrou um setor bom de PIB e de arrecadação: o Estado sustentou um crescimento industrial

a) Desenvolver conceitos fundamentais proporcionados pela nova história para a elucidação do objeto de pesquisa. b) Discorrer sobre as características gerais da mentalidade