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ANAIS EFEITO DA GESTÃO E DO CONTROLE FAMILIAR NA TEMPESTIVIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESAS BRASILEIRAS

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ANAIS

EFEITO DA GESTÃO E DO CONTROLE FAMILIAR NA TEMPESTIVIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL DE EMPRESAS BRASILEIRAS

ALINI DA SILVA (alinicont@gmail.com)

FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau TACIANA RODRIGUES DE SOUZA

(taciana.rodrigues.souza@gmail.com)

FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau ROBERTO CARLOS KLANN

(rklann@furb.br)

FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar o efeito da gestão e do controle familiar na tempestividade da informação contábil de empresas brasileiras. Realizou-se uma pesquisa descritiva, documental e quantitativa. A amostra foi composta por 124 empresas, no período de 2010 a 2013. Os resultados apontaram que o lucro por ação e o crescimento das vendas são informações tempestivas para o processo de tomada de decisão dos gestores. Já o tamanho das empresas apresenta efeito inibidor na tempestividade da informação. Quanto à propriedade familiar, concluiu-se que empresas com gestão e controle familiar apresentam tempestividade da informação contábil.

Palavras-chave: Propriedade familiar. Controle familiar. Qualidade da informação contábil.

Tempestividade da informação.

1 Introdução

Boa parte das empresas, ao iniciarem suas atividades, são geridas por famílias, as quais podem decidir em manter a propriedade e a gestão familiar, desde que os benefícios sejam maiores do que os custos (CHENG, 2014).

A propriedade familiar de empresas por muito tempo foi renegada nos estudos de administração (VIDIGAL, 2000), todavia nos últimos anos tem sido objeto de inúmeras pesquisas (MIRALLES-MARCELO; MIRALLES-QUIRÓS; LISBOA, 2014), com o intuito de verificar o efeito do controle familiar nas empresas, sob a perspectiva da gestão e finanças empresariais (BARONTINI; CAPRIO, 2006).

A concentração de propriedade, além de contribuir para a gestão e finanças empresarias, influencia de forma positiva a qualidade da informação contábil (ALVES, 2012, CASCINO et al., 2010). Empresas familiares fornecem informações de qualidade aos usuários das demonstrações financeiras, a fim de obterem capital ao menor custo (WANG, 2006).

A tempestividade da informação é uma medida para avaliar a qualidade da informação

contábil, sob a perspectiva de a informação estar disponível em tempo hábil aos gestores, para

a tomada de decisão, de acordo com a necessidade destes. A eficácia do sistema contábil

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depende deste aspecto da qualidade, pois proporciona informações úteis e tempestivas para permitir a obtenção de benefícios aos gestores (SILVA; BRITO, 2002).

Neste contexto de propriedade familiar e qualidade da informação contábil, a problemática do presente estudo rege-se por: qual o efeito da gestão e controle familiar na tempestividade da informação contábil de empresas brasileiras? Para a resolução deste problema de pesquisa, tem-se como objetivo analisar o efeito da gestão e controle familiar na tempestividade da informação contábil de empresas brasileiras.

Estudos nacionais e internacionais analisaram a qualidade da informação contábil sob a perspectiva da tempestividade da informação, e a qualidade da informação contábil em empresas familiares e não familiares. Lopes (2009) verificou se a qualidade da informação em empresas brasileiras que adotaram padrões de governança era superior das empresas que não operaram no mesmo regime, entre os modelos utilizados, verificou-se o da tempestividade.

Almeida (2010) investigou o efeito do ambiente competitivo na qualidade da informação contábil divulgada pelas firmas brasileiras, também se analisou a tempestividade.

Cascino et al. (2010) investigaram se a propriedade familiar em empresas italianas afeta a qualidade de relatórios financeiros. Silva et al. (2012) analisaram a influência da auditoria na relevância e na tempestividade da informação contábil em empresas brasileiras.

Silva (2013) investigou o impacto da adoção das IFRS na qualidade das demonstrações contábeis e no custo de capital das empresas brasileiras, em que a tempestividade foi utilizada entre as demais medidas, para análise da qualidade da informação contábil. Moura, Franz e Cunha (2013) analisaram se empresas familiares com níveis diferenciados de governança corporativa apresentam melhor qualidade da informação contábil.

O presente estudo supre a lacuna de investigar o efeito da propriedade familiar na tempestividade da informação contábil de empresas brasileiras, visto que os demais estudos analisaram a qualidade da informação contábil sob a perspectiva da tempestividade de informações, porém não verificaram o efeito da propriedade familiar (LOPES, 2009, ALMEIDA, 2010, SILVA et al., 2012, SILVA, 2013). Ou analisaram a influência da propriedade familiar na qualidade da informação contábil sob a perspectiva de algumas propriedades da contabilidade, como conservadorismo, gerenciamento de resultado, valor relevante, mas não sob o enfoque da tempestividade da informação (CASCINO et al., 2010;

MOURA; FRANZ; CUNHA, 2013).

A atual pesquisa justifica-se em verificar os efeitos da propriedade familiar na qualidade da informação contábil, pois o controle da família pode representar propriedades positivas e negativas às empresas, fazendo-se necessário a consecução de evidências empíricas. Empresas familiares são consideradas investidoras de longo prazo, que auxiliam no sucesso da empresa, todavia, conflitos de interesses com acionistas externos são rotineiros, comprometendo a criação de valor e crescimento da empresa (BARONTINI; CAPRIO, 2006).

De acordo com Chen et al. (2014), as empresas familiares possuem diferentes visões e

estratégias em comparação com as demais empresas, devido o envolvimento direto da família

nas tomadas de decisões empresariais. Desta forma, torna-se necessário a consecução de

resultados empíricos sobre a qualidade da informação contábil nestas empresas, a fim de

contribuir com as investigações já realizadas sobre as propriedades positivas ou negativas de

tal controle e gestão à empresa.

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2 Referencial Teórico

Nesta seção apresentam-se as principais referências acerca da propriedade familiar, tempestividade da informação contábil e alguns estudos relacionados, a fim de dar embasamento teórico ao presente estudo.

2.1 Controle e gestão familiar e as informações contábeis

A imagem de empresas familiares esteve associada, muitas vezes, a pequenas empresas, com baixo nível de profissionalização e pouco incentivo para a realização de pesquisas. Todavia, a partir de 1975, estudos foram direcionados para a análise de empresas familiares, devido às discussões que envolviam os limites entre negócio e família. As principais áreas que investigaram o controle e a propriedade familiar foram aquelas que envolviam o gerenciamento e o comportamento empresarial, além de terapeutas da família (LEITE, 2007).

Há diferentes perspectivas para que uma empresa configure-se como familiar. De acordo com Donnelley (1974), deve estar relacionada a uma família que, no mínimo, há duas gerações vem exercendo influência sobre os interesses empresariais e da família. Bornholdt (2005) define empresa familiar como aquela em que uma família ou grupos familiares detêm relevante participação acionária, todavia, a gestão da empresa não necessita ser realizada por membros familiares. De forma geral, são entidades com comando na organização e administração de membros familiares.

Para Miralles-Marcelo, Miralles-Quirós e Lisboa (2014), empresa familiar configura- se pela criação de uma empresa com controle de uma mesma família, mesmo quando aberto o capital. Além disso, membros da família devem estar presentes no conselho de administração ou em cargos que controlam as decisões deste conselho, bem como a cultura da família deve estar disseminada na organização. Cheng (2014) corrobora essa definição argumentando que, quando os fundadores ou descendentes da família fundadora continuam a exercer cargos importantes na administração, como no conselho, configura-se a empresa como familiar.

Para a compreensão das empresas familiares, torna-se necessário o conhecimento da família no mundo contemporâneo, pois é a partir dos arranjos familiares e níveis de parentescos que devem ser analisadas as relações familiares da empresa, configurando-a como familiar ou não. De maneira geral, empresa familiar corresponde ao controle de propriedade e gestão empresarial por membros de uma mesma família, com o intuito de repassar a organização para as próximas gerações da família (MACHADO, 2005).

No atual mercado competitivo, para que uma empresa familiar mantenha-se atuante, os membros familiares devem apresentar sinergia e envolvimento com a empresa. A família deve criar valor para a empresa e a empresa deve demonstrar resultados positivos para criar valor à família (CHUA; CHRISTMAN; STEIER, 2003). Fundadores de empresas que são membros de uma mesma família procuram manter a concentração de propriedade, visto que o lucro da empresa é que gera bem estar a eles. Também nomeiam outros membros da família para realizarem atividades na gestão da empresa (CHENG, 2014).

A propriedade familiar pode gerar impactos positivos e negativos às empresas.

Segundo Chen, Hsu e Chen (2014), em empresas familiares há menos assimetria de

informação, conflitos de interesses e objetivos, em comparação com as empresas não

familiares, ao considerar que os indivíduos da família concentram esforços para a

concretização do objetivo da empresa, que é de sua propriedade. De acordo com Wang

(2006), as empresas familiares possuem incentivos para fornecerem informações de qualidade

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aos usuários das demonstrações financeiras, visto que estes podem oferecer capital ao menor custo. Dessa forma, a qualidade da informação contábil de empresas familiares auxilia na diminuição da assimetria da informação com os usuários externos, o que pode acarretar na melhora da captação de recursos.

Para Cascino et al. (2010), a alta concentração de propriedade e propriedade familiar produz efeito positivo na qualidade da informação contábil em relação à competência, persistência, previsibilidade, suavidade e relevância da informação. Os autores investigaram se a propriedade familiar em empresas italianas afetava a qualidade de relatórios financeiros.

Os modelos utilizados para verificar a qualidade da informação contábil foram de competência, persistência, previsibilidade, suavidade e relevância de valor. Os resultados mostraram que as empresas familiares apresentaram superior qualidade da informação contábil em relação a empresas não familiares, fornecendo evidências sobre a influência positiva da propriedade familiar na qualidade de relatórios financeiros.

Entretanto, de acordo com Peng e Jiang (2010), a propriedade familiar pode gerar benefícios e custos às empresas. O impacto positivo e ou negativo que a propriedade familiar gera nas organizações depende das instituições legais e regulamentares que regem a proteção dos investidores. A propriedade familiar, em empresas localizadas em países com instituições legais com poder e que regem normas a fim de aumentar a proteção de investidores, pode beneficiar a assimetria da informação. No entanto, em países com instituições reguladoras com menos poder em reger normas de proteção aos investidores, o controle da empresa se dará por meio de gestores da família, podendo ocorrer a expropriação dos acionistas minoritários, o que agrava a assimetria da informação.

2.2 Tempestividade da informação contábil

A informação contábil sempre foi um fator relevante para que os gestores tomem suas decisões e é considerada um determinante para o sucesso da gestão. A partir da revolução tecnológica das comunicações, a informação passou a exercer uma importância ainda maior para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações. Desse modo, para que a informação proporcione benefícios aos usuários é necessário apresentar algumas características ou propriedades, a fim de garantir a sua confiabilidade e comunicação (SILVA;

BRITO, 2002). A qualidade da informação contábil pode ser avaliada por meio de diversas propriedades, como gerenciamento de resultados, relevância da informação contábil, conservadorismo e tempestividade da informação (LOPES, 2009).

As informações contábeis são tempestivas quando se registram as variações patrimoniais no momento em que o fato gerador ocorre, concedendo tempo suficiente para que os usuários dessas informações maximizem a utilidade do seu uso. Por outro lado, se o registro não for tempestivo, as demonstrações contábeis se mostrarão incompletas, fato este que prejudicará as análises, prognósticos e diagnósticos, ou seja, deve-se evitar que os registros patrimoniais estejam desatualizados ou incompletos nas demonstrações financeiras (IUDÍCIBUS, 2005).

A tempestividade refere-se a sua disponibilidade em tempo hábil para que os gestores tomem suas decisões, de acordo com as necessidades. Este é um aspecto fundamental, uma vez que a eficácia dos agentes consiste em proporcionar utilidade de informação, para que os gestores obtenham benefícios por meio do seu uso (SILVA; BRITO, 2002).

A tempestividade, de acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, na Resolução

Nº 785 (1995, p. 3), “refere-se ao fato de a informação contábil dever chegar ao conhecimento

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do usuário em tempo hábil, a fim de que este possa utilizá-la para seus fins”. Além disso, é necessário que a periodicidade das informações que são preparadas e divulgadas de modo sistemático seja mantida.

De acordo com o CPC 00, a tempestividade é uma das características qualitativas de melhoria da informação contábil, que significa a informação estar disponível a tomadores de decisão em tempo hábil para influenciar suas decisões. Informações antigas possuem menos utilidade, todavia, se a informação for necessária para projeções futuras, terá a tempestividade prolongada.

A propriedade timeliness das informações contábeis baseia-se na informação oportuna e tempestiva. Autores como Basu (1997) Francis et al. (2004) verificaram a oportunidade da informação contábil. Lopes (2009), Almeida (2010) e Silva (2013) analisaram a tempestividade da informação contábil. No atual estudo, utiliza-se do modelo de tempestividade de Lopes (2009). As informações oportunas são consideradas aquelas que incorporam renda econômica, ou seja, informações oportunas podem afetar a tomada de decisão de agentes econômicos, que por sua vez, pode alterar o valor das ações (BUSHMAN et al., 2004). Informações tempestivas são aquelas disponíveis em tempo hábil para a tomada de decisão de interessados. Ambas as propriedades timeliness da informação possuem similaridades de impactar o preço das ações, pela influência na tomada de decisões de agentes econômicos, visto o fornecimento de informações oportunas e tempestivas.

Em relação à tempestividade, Lopes (2009) verificou se a qualidade da informação em empresas brasileiras que adotam padrões de governança é superior a empresas que não operam nesse mesmo regime. Os resultados demonstraram que as empresas com elevados padrões de governança apresentaram maior tempestividade, conservadorismo e relevância.

Almeida (2010) investigou o efeito do ambiente competitivo na qualidade da informação contábil divulgada pelas firmas brasileiras. Para verificar a qualidade da informação contábil, utilizou de modelos para detectar o gerenciamento de resultados, o conservadorismo contábil, a tempestividade e a relevância da informação. Dentre os resultados, em relação ao efeito do ambiente competitivo na tempestividade da informação, observou-se relação positiva, pela percepção dos gestores em potencializar informações para diminuição do grau de competição.

Silva (2013) investigou o impacto da adoção das IFRS na qualidade das demonstrações contábeis e no custo de capital de empresas brasileiras. Dentre os modelos utilizados para verificar a qualidade da informação contábil, encontrava-se o da tempestividade. Os resultados demonstraram que a adoção das IFRS pelas empresas analisadas resultou em aumento da tempestividade da informação contábil.

3 Procedimentos Metodológicos

Para analisar o efeito da gestão e controle familiar na tempestividade da informação contábil de empresas brasileiras, realizou-se uma pesquisa descritiva, documental quanto aos procedimentos técnicos e com abordagem quantitativa.

3.1 População e amostra

A população da pesquisa compreendeu todas as empresas listadas na Bolsa de Valores,

Mercadorias e Futuros de São Paulo – BM&FBOVESPA. A amostra foi composta por 124

empresas, as quais dispunham de todas as informações necessárias para a realização da

pesquisa. Das 124 empresas da amostra, 41 apresentavam gestão familiar, 8 controle familiar

(6)

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e, do total, 7 empresas possuíam propriedade familiar, ou seja, apresentavam gestão e controle familiar. Os dados foram coletados trimestralmente, no período compreendido entre os anos de 2010 a 2013, totalizando em 1.984 observações. No Quadro 1 apresenta-se a amostra do estudo, segmentada nos setores de atuação.

Quadro 1 - Amostra da pesquisa

Bens Industriais Construção e Transporte

Csu Cardsyst; Dtcom Direct; Embraer; Inds Romi;

Inepar; Iochp-Maxion; Kepler Weber; Lupatech;

Marcopolo; Metalfrio; Plascar Part; Randon Part;

Valid; Weg.

Arteris; BR Brokers; Brookfield; CCR AS; Cr2; Cyrela Realt; Eternit; Even; Eztec; Gafisa; Helbor; JHSF Part;

Joao Fortes; Log-In; Lopes Brasil; MRV; PDG Realt;

Portobello; Prumo; Rodobensimob; Rossi Resid;

Tecnisa; Tegma; Trisul; Triunfo Part; Viver; Wilson Sons.

Consumo Cíclico Consumo não Cíclico

B2W Digital; BHG; Cia Hering; Estacio Part;

Grendene; Guararapes; IGB S/A; Le Lis Blanc;

Localiza; Lojas Americ; Lojas Marisa; Lojas Renner; Springs.

Ambev S/A; BRF AS; Cremer; Dasa; Dimed;

Hypermarcas; JBS; M.Diasbranco; Marfrig; Minerva;

Natura; Odontoprev; Profarma; RaiaDrogasil; Renar;

Sao Martinho; SLC Agricola; Souza Cruz; Tempo Part;

V-Agro.

Financeiro e Outros Materiais Básicos

Amazonia; Banestes; BmfBovespa; BR Malls Par;

Bradesco; Bradespar; Brasil; Cyre Com-Ccp;

Generalshopp; Iguatemi; ItauUnibanco; Multiplan Porto Seguro; Sao Carlos; Ultrapar.

Duratex; Fer Heringer; Gerdau; Gerdau Met;

Magnesita AS; MMX Miner; Paranapanema;

Providencia; Sid Nacional; Usiminas; Vale.

Petróleo. Gás e Biocombustíveis Tecnologia da Informação

OGX Petroleo; Petrobras. Bematech; Ideiasnet; Positivo Inf; Totvs.

Telecomunicações Utilidade Pública

Embratel Part; Inepar Tel; Oi; Telef Brasil; Tim Part S/A.

AES Tiete; Cemig; Cesp; Copasa; Copel; CPFL Energia; Eletrobras; Energias BR; Eneva; Equatorial;

Light S/A; Sabesp; Tractebel.

Fonte: Dados da pesquisa.

3.2 Coleta e análise dos dados

Para a coleta de dados utilizou-se da base de dados Economática

®

e do Formulário de Referência das empresas, disponibilizado no site da BM&FBOVESPA. As informações econômico-financeiras foram coletadas na base de dados Economática

®

, enquanto os dados necessários para o enquadramento das empresas em familiar ou não familiar foram verificados nos Formulários de Referência das empresas.

Para o enquadramento das empresas como familiares e não familiares, utilizou-se dos conceitos de La Porta, Lopez ‐ de ‐ Dilanes e Shleifer (1999), visto que uma das principais preocupações em estudos com empresas familiares é a sua identificação. Dessa forma, de acordo com esses autores, para a identificação das empresas familiares verifica-se a posse acionária de membros familiares, se estes possuem mais que 10% das ações da firma, bem como se estão presentes no conselho de administração, para o enquadramento da empresa com propriedade familiar.

No atual estudo verificaram-se separadamente as empresas com controle e com gestão

familiar. Para o enquadramento das empresas com controle familiar, foi analisada a

percentagem de participação dos membros familiares na empresa, se apresentavam mais que

10% das ações. Para o enquadramento das empresas com gestão familiar verificou-se se dois

ou mais membros da família faziam parte do conselho de administração.

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Foram formuladas 2 equações baseadas no modelo de tempestividade da informação contábil utilizado por Lopes (2009) para verificar o efeito da gestão e do controle familiar na tempestividade da informação contábil. Demonstram-se no Quadro 2 as variáveis utilizadas no estudo.

Quadro 2 – Variáveis do estudo

Variável Descrição Operacionalização Autores

Variáveis dependentes Retit+3

Retorno da ação da firma três meses após o trimestre anterior.

Preço da ação t / Preço da ação t-1

Lopes (2009), Almeida (2010), Silva et al. (2012) e Silva (2013).

Retit+6

Retorno da ação da firma seis meses após o trimestre anterior.

Preço da ação t / Preço da ação t-1

Lopes (2009), Almeida (2010), Silva et al. (2012) e Silva (2013).

Variáveis independentes LPA Resultado contábil por ação

da firma.

Lucro Líquido / Quantidade de ação

Lopes (2009), Almeida (2010), Silva et al. (2012) e Silva (2013).

∆LL Variação do resultado contábil da firma.

(Lucro Líquido t – Lucro Líquido t-1) /

Lucro Líquido t-1

Lopes (2009), Almeida (2010), Silva et al. (2012) e Silva (2013).

GFAM

Variável dummy: 1 se mais que dois membros familiares estão presentes

no conselho de

administração e 0 caso contrário.

Formulário de Referência – Item 12.9

e Item 12.6/8

La Porta, Lopez‐de‐Dilanes e Shleifer (1999), Cascino et al.

(2010), Moura, Franz e Cunha (2013).

CFAM

Variável dummy: 1 se membros familiares detêm mais que 10% das ações da firma e 0 caso contrário.

Formulário de Referência – Item 12.9

e Item 15.1/2

La Porta, Lopez‐de‐Dilanes e Shleifer (1999), Cascino et al.

(2010), Moura, Franz e Cunha (2013).

Variáveis de Controle TAM Logaritmo natural do ativo

total da firma. Ln (Ativo total) Lopes (2009), Almeida (2010) e Silva (2013).

CV Crescimento das vendas. (Receita t – Receita t-1) / Receita t-1

Lopes (2009), Almeida (2010) e Silva (2013).

Fonte: Dados da pesquisa.

Lopes (2009) considera que o lucro pode influenciar o preço durante um longo período de tempo. Deste modo, a especificação do modelo que analisa a tempestividade da informação contábil, conforme o Quadro 1 procura observar se o lucro corrente influencia o retorno corrente, ou seja, se o lucro e a variação do lucro podem explicar o retorno contemporâneo das ações.

De acordo com as variáveis apresentadas no quadro, foram elaboradas duas equações,

que apresentam como variáveis independentes o lucro por ação (LPA) e a variação do lucro

( ∆ LL), que são constantes no modelo original e para capturar o efeito da propriedade familiar

foram incluídas a variável gestão familiar (GFAM) e controle familiar (CFAM). Além disso,

foram utilizadas como variáveis de controle o tamanho da empresa (TAM) e o crescimento

das vendas (CV). Empresas com crescimento nas vendas e elevado tamanho possuem a

qualidade da informação contábil alterada. O tamanho da empresa pode auxiliar no aumento

da qualidade da informação (ALMEIDA, 2010; SILVA, 2013), todavia, empresas com

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ANAIS

crescimento nas vendas podem ter menor qualidade da informação contábil, por utilizar da conta vendas para mascarar os resultados (LOPES, 2009).

A primeira equação possui como variável dependente o retorno das ações três meses (Ret

it+3

) depois de publicadas as informações, enquanto a segunda equação contempla o retorno das ações seis meses (Ret

it+6

) depois de publicadas as informações. Optou-se por separar o retorno das ações em três e seis meses depois de publicadas as informações, a fim de verificar a tempestividade da informação contábil ao longo do tempo, ou seja, se mesmo há seis meses depois de divulgadas, as informações continuam a ser tempestivas.

(1) Ret

it+3

= b

0

+b

1

LPA

it

+b

2

∆ LL

it

+ b

3

GestFam

it

+ b

4

ContFam

it

+ b

5

Tam

it +

b

6

CresVend

it +

e

it

(2) Ret

it+6

= b

0

+b

1

LPA

it

+b

2

∆ LL

it

+ b

3

GestFam

it

+ b

4

ContFam

it

+ b

5

Tam

it +

b

6

CresVend

it +

e

it

Com base nas equações 1 e 2, a análise dos dados foi realizada pela utilização de técnicas estatísticas, como estatística descritiva, por meio do software SPSS

®

, além de regressão de dados em painel, com a utilização do software STATA

®

.

4 Apresentação e Análise dos Resultados

Apresenta-se nesta seção a descrição e análise dos resultados. A Tabela 1 apresenta a estatística descritiva das variáveis: Retorno das Ações, três e seis meses depois de publicadas as informações (Ret

it+3

e Ret

it+6

), Lucro por Ação (LPA), Variação do Lucro (

∆LL)

, Tamanho da Empresa (TAM) e Crescimento das Vendas (CV). As variáveis GFAM e CFAM, por corresponderem a variáveis dicotômicas, possuem o mínimo de 0 e máximo de 1.

Tabela 1 – Estatística descritiva

Variáveis Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Retit+3 0,000 4,335 1,078 0,470

Retit+6 0,000 4,756 1,049 0,453

LPA -15,129 21,086 0,942 2,036

∆LL -261,800 289,000 0,260 14,047

TAM 5,855 20,989 15,312 1,928

CV -1,000 21,696 0,206 0,890

Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com a Tabela 1, pode-se verificar que o mínimo do retorno das ações três (Ret

it+3

) e seis (Ret

it+6

) meses após a publicação das informações do trimestre anterior correspondeu a 0, o máximo a 4,335 (Ret

it+3

) e 4,756 (Ret

it+6

). Os desvios padrões de 0,470 e 0,453 demonstraram pouca variância do valor do retorno das ações em relação às médias de 1,078 (Ret

it+3

) e 1,049 (Ret

it+6

). Observa-se que o retorno da ação seis meses depois de publicadas as informações manteve-se semelhante ao retorno da ação de três meses.

Em relação ao lucro por ação (LPA) e à variação do lucro ( ∆ LL), percebeu-se que

algumas empresas apresentaram valores negativos, sendo que o valor máximo observado foi

de 21,086 (LPA) e 289,000 ( ∆ LL). O desvio padrão elevado de ambas as variáveis

demonstrou que muitas empresas apresentaram valores discrepantes em relação à média de

1,078 e 1,049, respectivamente.

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ANAIS

O logaritmo natural do ativo total (Tam) demonstrou desvio padrão baixo (1,928), se comparado à media. O crescimento das vendas (CV) demonstrou índice médio em torno de 20%, com desvio padrão elevado (0,89), o que demonstra elevada dispersão nos dados.

Demonstram-se na Tabela 2 os testes de aleatoriedade, normalidade e homoscedasticidade, os quais são pressupostos para a análise multivariada dos dados.

Tabela 2 - Testes de aleatoriedade, normalidade e homoscedasticidade

Pressupostos Testes Hipóteses

Aleatoriedade

(1) Durbin-Watson. Estatística DW = 1,7834

Valor-p = 0,0000; Autocorrelação dos resíduos = 0,1083

Inexiste

autocorrelação de primeira ordem entre os resíduos.

(2) Durbin-Watson: Estatística DW = 1,9112

Valor-p = 0,0305; Autocorrelação dos resíduos = 0,0444

Normalidade

(1) Shapiro-Wilk:

Estatística SW = 0,9428; Valor-p = 0,0000 A distribuição dos resíduos é normal.

(2) Shapiro-Wilk:

Estatística SW = 0,9349; Valor-p = 0,0000

Homoscedasticidade

(1) Levene:

Estatística F = 3,3030; Valor-p = 0,0693 A variância dos erros é uniforme.

(2) Levene:

Estatística F = 0,2206; Valor-p = 0,6386 Fonte: Dados da pesquisa.

Os testes de Durbin-Watson, Shapiro-Wilk e Levene foram aplicados às variáveis para testar a aleatoriedade, normalidade e homoscedasticidade dos dados, respectivamente.

Observou-se que inexiste autocorrelação de primeira ordem entre os resíduos, que a distribuição dos resíduos é normal e a variância dos erros uniforme, atendendo aos pressupostos para análise multivariada. A Tabela 3 apresenta a análise de regressão de dados em painel das equações 1 e 2.

Tabela 3 - Análise de regressão de dados em painel

Sumário da equação 1 Sumário da equação 2

Variáveis Coef. P>|z| Variáveis Coef. P>|z|

(Constante) 9,21721 0,000 (Constante) 7,504266 0,000

LPA 0,0147096 0,023* LPA 0,0036349 0,566

∆LL 0,0003549 0,578 ∆LL 0,0004961 0,426

GFAM 0,1626589 0,002* GFAM 0,1799401 0,001*

CFAM 0,0941183 0,188 CFAM 0,1899045 0,007*

TAM -0,5385355 0,000* TAM -0,4293014 0,000*

CV 0,0259231 0,019* CV 0,0143376 0,184

Chow 7,06

(0,0000) Chow 6,68

(0,0000)

LM Breusch-Pagan: 488,03

(0,0000) LM Breusch-Pagan: 517,04

(0,0000)

Hausman: 231,35

(0,0000 Hausman: 178,98

(0,0000)

R²: 0,1204 R²: 0,0878

Prob > chi2: 0,0000 Prob > chi2: 0,0000

N 1.984 N 1.984

Fonte: Dados da pesquisa.

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Com base na Tabela 3, pode-se observar que as equações 1 e 2 rejeitaram a adequação do modelo POLS, em favor do modelo de efeito fixo e/ou aleatório, de acordo com a hipótese nula dos testes de Chow e LM Breusch-Pagan. O teste de Hausman, por sua vez, rejeitou a adequação dos erros do modelo de efeito aleatório em ambas as equações.

Dessa forma, os resultados foram analisados de acordo com o modelo de efeitos fixos.

As equações 1 e 2 apresentaram significância do modelo de 1% (Prob > chi2 = 0,0000), enquanto que a explicação da equação 1 foi de 12% e da equação 2 de 8%.

Observou-se que as variáveis, Lucro por Ação (LPA), Gestão Familiar (GFAM), Tamanho da Empresa (TAM) e Crescimento das Vendas (CV) apresentaram influência significativa no retorno das ações três meses (Ret

it+3

) depois de publicadas as informações. Já quando analisado o retorno das ações seis meses (Ret

it+6

) após a publicação, as variáveis Gestão Familiar (GFAM), Controle Familiar (CFAM) e Tamanho da Empresa (TAM) foram significativas, embora, nesse caso, as informações contábeis lucro por ação (LPA) e crescimento nas vendas (CV) não apresentaram mais a característica da tempestividade.

Pode-se verificar que o lucro por ação e o crescimento das vendas são informações tempestivas para os agentes econômicos tomarem decisões. Empresas com gestão e controle familiar possuem informações tempestivas para o mercado. Entretanto, constatou-se que empresas maiores possuem menos tempestividade da informação. De modo geral, constatou- se que o lucro por ação e o crescimento das vendas contribuem para a tempestividade da informação para o processo de tomada de decisão dos gestores. Já o tamanho das empresas possui efeito inibidor na tempestividade da informação e empresas com controle e gestão familiar possuem maior tempestividade da informação contábil.

Estes achados corroboram com os encontrados por Almeida (2010) e Silva et al.

(2012) em relação à influência do lucro no retorno das ações. O crescimento das vendas, ao contrário do esperado (LOPES, 2009) beneficiou a qualidade da informação contábil. O achado do efeito inibidor do tamanho da empresa na tempestividade da informação vai de encontro ao especificado por Almeida (2010) e Silva (2013). Corrobora-se com Wang (2006), Cascino et al. (2010) e Chen, Hsu e Chen (2014) quanto ao efeito positivo da propriedade familiar na tempestividade da informação contábil.

A influência positiva da gestão familiar na tempestividade pode estar fundamentada no fato das empresas familiares fornecerem informações de qualidade aos usuários das demonstrações financeiras a fim de obterem capital ao menor custo (WANG, 2006). Além disso, empresas com controle e gestão familiar demonstram menos conflitos de interesses entre principais e agentes, visto que os gestores familiares concentram esforços para a concretização do objetivo da empresa, que retorna em benefícios para a família (CHEN; HSU;

CHEN, 2014).

Empresas familiares possuem diferentes visões e estratégias em comparação com as demais empresas, como concentração de investimentos a longo prazo, devido à continuidade do envolvimento direto da família nas tomadas de decisões empresariais (CHEN et al., 2014).

Por conseguinte, a forma como a família gerencia as atividades empresarias, bem como sua influência nas tomadas de decisão, geram benefícios à qualidade da informação contábil, o que fica comprovado neste estudo quanto à tempestividade da informação.

5 Considerações Finais

O presente estudo teve como objetivo analisar o efeito da gestão e do controle familiar

na tempestividade da informação contábil de empresas brasileiras. Para tanto, foi realizada

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uma pesquisa descritiva, documental e com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 124 empresas, com dados coletados trimestralmente, no período entre os anos de 2010 a 2013, totalizando 1.984 observações.

As variáveis dependentes da regressão de dados em painel que compõem o estudo foram o retorno da ação da firma, três e seis meses após o trimestre anterior. Já as variáveis independentes foram compostas pelo lucro por ação e pela variação do resultado contábil. As variáveis independentes testadas no estudo foram gestão familiar e controle familiar, acrescidas de variáveis de controle relativas ao tamanho da empresa e ao crescimento das vendas.

Por meio da análise de regressão de dados em painel, verificou-se que as variáveis Lucro por Ação, Gestão Familiar, Tamanho da Empresa e Crescimento das Vendas influenciaram de modo significativo no retorno das ações três meses depois de publicadas as informações. Já quando analisado o retorno das ações seis meses depois de publicadas as informações, as variáveis significativas foram a Gestão Familiar, Controle Familiar e Tamanho da Empresa. Todas essas variáveis apresentaram influência positiva no retorno das ações, com exceção do tamanho da empresa, que influenciou negativamente.

Desse modo, pode-se concluir que o Lucro por Ação e o Crescimento das Vendas contribuem para a tempestividade da informação para o processo de tomada de decisão dos gestores, enquanto o tamanho das empresas apresentou efeito inibidor na tempestividade da informação.

Em relação às variáveis de interesse do estudo, de maneira geral, conclui-se que empresas com gestão e controle familiar apresentaram maior tempestividade da informação contábil, contribuindo com o aumento da qualidade da informação contábil. Infere-se que gestores de empresas familiares podem divulgar demonstrações financeiras mais tempestivas aos agentes econômicos, a fim de diminuir a assimetria da informação e obterem capital ao menor custo. Tais resultados também podem representar menor assimetria de informação e menores conflitos de agência nesse tipo de empresa.

A presente pesquisa apresenta limitações, principalmente no que se refere à amostra ser pouco representativa, uma vez que nem todas as empresas dispunham das informações necessárias para a realização da pesquisa. Todavia, devido à quantidade de observações analisadas, tal limitação não compromete a contribuição dos resultados. Espera-se que os achados deste estudo possam ser ampliados e complementados em estudos futuros, com a utilização de outras variáveis ou de empresas de um mesmo segmento, podendo abranger um período maior de análise.

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