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OS PRIMEIROS RESULTADOS DE UMA NOVA ERA

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Academic year: 2021

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OS PRIMEIROS RESULTADOS

DE UMA NOVA ERA

Diante de questões cíclicas e estruturais a economia global deverá se expandir nos próximos anos a ritmo mais lento do que o registrado na primeira década do século XXI. Ao mesmo tempo, o grau de competição nos mercados globais de minérios e metais se elevou tendo em vista a resposta da oferta aos incentivos concedidos pelos preços. Tais mudanças recomendam o foco na eficiência do capital em lugar de simplesmente voltarmos nossas atenções para o crescimento com diversificação por geologia e geografia.

Tal posicionamento possui amplas implicações na forma de gerir o capital dos acionistas.

Em primeiro lugar, nossa prioridade se concentra em ativos de classe mundial, com grandes reservas, alta qualidade, baixo custo operacional e capacidade de expansão.

A diversificação deixa de ser um objetivo em si mesmo. Vamos desenvolver nossos projetos de minério de ferro, que são baseados nas melhores e maiores reservas do mundo, e, em outros segmentos da indústria, somente aqueles que apresentem alto potencial de geração de retornos muito acima do nosso custo de capital, como é o caso de Moatize.

Nesse contexto se fez obrigatório o desinvestimento de ativos considerados não prioritários, cujo objetivo é melhorar a alocação de capital, gerando fundos para financiar o desenvolvimento de ativos de classe mundial e permitindo maior concentração das atenções no que é realmente importante para a criação de valor para os acionistas. Em 2012, a venda de ativos chegou a US$ 1,5 bilhão.

A manutenção de ratings de crédito de grau elevado continua a ser uma prioridade estratégica e para isso é muito importante a preservação de estrutura de capital com baixa alavancagem, e perfil de dívida de baixo risco, com custo médio baixo e longo prazo médio para vencimento da dívida.

O ano de 2012 apresentou sérios desafios para a economia global, que num contexto permeado por incertezas cresceu pelo segundo ano consecutivo à uma taxa abaixo de seu potencial de expansão no longo prazo. Uma das implicações desse ambiente macroeconômico foi o declínio generalizado dos preços de minérios e metais, com a exceção do ouro, cujas cotações têm comportamento influenciado por diferentes variáveis. Os preços do minério de ferro tornaram-se muito mais voláteis, principalmente com forte oscilação de baixa no terceiro trimestre do ano.

Nesse contexto adverso nosso desempenho financeiro foi consideravelmente afetado. Excluindo-se os efeitos de itens não recorrentes e que não tem impacto sobre o caixa da empresa, o EBITDA foi de R$ 37,435 bilhões, com redução de 33,5%, porém se constituindo no terceiro maior da história da Vale. Da mesma forma, o lucro líquido, computado segundo o mesmo critério, foi de R$ 22,182 bilhões contra R$ 39,169 bilhões em 2011. Vale a pena salientar que a performance financeira da Vale em 2011 foi a melhor desde sua fundação em 1942.

Distribuímos US$ 6,0 bilhões aos nossos acionistas sob a forma de dividendos e juros sobre capital próprio, no que se constituiu a segunda maior distribuição da história da Vale e também a maior entre as companhias de mineração no mundo em 2012. Em conformidade com nossa política, a companhia anunciou em janeiro proposta da Diretoria Executiva ao Conselho de Administração de remuneração mínima ao acionista de US$ 4,0 bilhões em 2013, ainda um valor bastante expressivo.

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O ramp-up de Moatize, Omã I & II e Bayóvar foi responsável por recordes de produção de carvão, pelotas e rocha fosfática. A produção de minério de ferro no quarto trimestre do ano foi a maior para um quarto trimestre, contribuindo para ampliar a exposição à forte recuperação de preços que ocorre desde meados de setembro de 2012.

Os embarques de minério de ferro e pelotas bateram recorde, alcançando 303,4 milhões de toneladas métricas (Mt). Simultaneamente, nossa estratégia de marketing, que tem como um de seus fundamentos a utilização de uma rede de distribuição global, está concorrendo para aumentar a captura de valor através de preços de venda mais elevados.

Houve imenso progresso na obtenção de licenças, com a emissão de mais de 100. Isso é extremamente relevante para a continuidade em bases normais de nossas operações no Brasil e para a execução de projetos, como Carajás Serra Sul S11D. As licenças ambientais viabilizarão a expansão da produção e exportações de minério de ferro da Vale a custos mais baixos e teores mais elevados, criando mais valor e fortalecendo sua indiscutível liderança no mercado global.

S11D, cuja licença ambiental prévia foi concedida em junho de 2012, é a maior alavanca de crescimento de nossa produção de minério de ferro. Sua capacidade nominal de produção será de 90 Mtpa, com custo extremamente baixo e entrada em operação prevista para o segundo semestre de 2016.

Ao mesmo tempo, temos resolvido gradualmente algumas pendências fiscais, passo importante na medida em que diminui incertezas e proporciona voltar o foco das atenções para a administração dos negócios da companhia.

Dois novos projetos de cobre começaram a operar em 2012: Salobo e Lubambe.

Salobo, em Carajás, operação de cobre com ouro, é um ativo de classe mundial, com custo operacional situado no primeiro quartil da curva de custos da indústria. Compreende duas plantas, Salobo I e Salobo II, cada uma com capacidade para processar 12 Mtpa de run-of-mine, com capacidade nominal de 200.000 tpa de cobre em concentrado e cerca de 320.000 onças de ouro por ano. Salobo I começou a operar em outubro de 2012, e Salobo II, atualmente em construção, está previsto para o primeiro semestre de 2014.

Lubambe, desenvolvido através de uma joint venture, é a nossa primeira mina de cobre no coração do rico cinturão de cobre africano, na Zâmbia, atualmente a área no mundo com maior potencial de expansão da produção de cobre. É mina subterrânea, com capacidade de produzir 45.000 tpa de cobre em concentrado. VNC, nosso projeto de níquel e cobalto na Nova Caledônia, está operando desde o quarto trimestre de 2012 e tem dado provas de ser tecnicamente viável. A operação da segunda linha teve inicio em fevereiro em 2013 e dentro de aproximadamente um mês teremos condições de avaliar sua viabilidade econômica.

A transação envolvendo a venda de 25% dos fluxos de produção de ouro, como subproduto, pela extensão da vida da mina do Salobo e de Sudbury pelos próximos 20 anos gerará receita de US$ 1,9 bilhão em dinheiro nas próximas semanas. Adicionalmente, receberemos warrants emitidos por nossa contraparte na transação valorizados a US$ 100 milhões e US$ 400 por onça de ouro efetivamente entregue. Isto revela parte substancial do valor de nossos ativos de metais básicos, porém ainda não precificado em nossas ações, e demonstra nosso compromisso firme e capacidade de maximizar valor para o acionista de forma sustentável.

A disciplina na alocação do capital, fator chave no processo de criação de valor, se refletiu no corte dos gastos com P&D: 12% relativamente a 2011 e de 35% contra o que havia sido orçado para 2012. Estamos orientando as iniciativas de P&D para o investimento em oportunidades com potencial efetivo de remunerar de forma expressiva os recursos alocados. No futuro teremos uma carteira de projetos menor, com elevados retornos esperados, aproveitando a riqueza de nossos recursos minerais de alta qualidade e empregando a moderna tecnologia como instrumento para a maximização de valor.

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O projeto CORe foi implementado nas operações de Sudbury, no Canadá, compreendendo um processo de produção mais simples, com custos mais baixos e maior recuperação de metal.

Neste ano, Long Harbour, no Canadá, iniciará operações, contendo novo conceito tecnológico para a produção de níquel. Trata-se de planta integrada, com fundição e refino de níquel, o que implica em custo mais baixo, maior eficiência e eliminação da emissão de SO2 e particulados.

O emprego da mineração sem caminhões no projeto Serra Sul S11D se constitui em outro salto tecnológico, que concilia a redução de custos com a promoção da sustentabilidade.

Ao lado de maior eficiência na administração do capital de giro, estamos buscando a redução em bases permanentes da estrutura de custos que viabilize a geração de valor ao longo dos ciclos.

Diversas medidas foram adotadas para minimizar a necessidade de capital de giro, com objetivo de liberar mais recursos para financiar a execução de projetos e aumentar a eficiência da gestão de capital.

Iniciativas para reduzir a estrutura de custos de forma permanente estão sendo perseguidas ativamente, mas será necessário algum tempo para que se observem mudanças materiais. Acreditamos firmemente que estamos no caminho certo e alguns avanços já podem ser vistos como no comportamento de materiais e serviços contratados, dois itens importantes do custo, que caíram R$ 455 milhões no 4T12 em relação ao trimestre anterior.

Na Vale, a paixão pelas pessoas vem em primeiro lugar. Saúde e segurança são prioridades absolutas, assim como a sustentabilidade e o apoio às comunidades onde operamos. A frequência de acidentes continua seguindo tendência decrescente, mas continuaremos a buscar um ambiente cada vez mais seguro para os nossos empregados. Em 2012, investimos US$ 1,0 bilhão em proteção e conservação ambiental e US$ 318 milhões em programas sociais destinados a melhorar a qualidade de vida e a criar oportunidades de mobilidade social e econômica.

O DESEMPENHO FINANCEIRO EM 2012

A receita operacional da Vale alcançou R$ 90,953 bilhões, sendo 10,0% inferior ao recorde histórico obtido em 2011, porém foi a segunda maior da história da Vale.

Registramos recordes de embarques de minério de ferro e pelotas, que alcançaram 303,697 Mt, e de carvão, de 7,998 Mt, sendo 4,864 Mt de carvão metalúrgico e 3,134 Mt de carvão térmico.

As vendas de bulk materials – minério de ferro, pelotas, minério de manganês, ferro ligas, carvão metalúrgico e térmico – representaram 71,8% da receita operacional total em 2012, parcela inferior aos 74,4% de 2011. A participação de metais básicos na receita total diminuiu ligeiramente, passando de 16,0% para 15,3% em 2012. A receita com as vendas de fertilizantes representaram 8,2% do total, participação mais elevada do que os 5,9% do ano anterior. Os serviços de logística contribuíram com 3,5% e outros produtos com 1,2%.

As vendas para a Ásia atingiram 53,1% de nossas receitas operacionais, com a China isoladamente representando 32,5% da receita total. A parcela das vendas para as Américas foi 26,3%, levemente superior aos 25,1% do ano anterior, enquanto a da Europa continuou em queda com 17,5% em 2012.

O lucro operacional, medido pelo EBIT, excluindo efeitos não recorrentes, foi de R$ 28,106 bilhões, apresentando contração de 41,4% em relação ao nível recorde de 2011, de R$ 47,925 bilhões. A margem operacional foi de 31,6% contra 48,5% no ano anterior.

O EBITDA, excluindo efeitos de itens não recorrentes e sem impacto sobre a caixa da empresa, foi de R$ 37,435 bilhões, e o lucro líquido computado sem a influência de tais efeitos atingiu R$ 22,182 bilhões.

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imposto de renda diferido de impairments, + R$ 3,319 bilhões; (d) reversão de imposto de renda diferido, + R$ 2,533 bilhões; (e) impairment de investimentos, - R$ 4,002 bilhões; (f) marcação a mercado de debêntures participativas, - R$ 907 milhões; (g) perdas cambiais e monetárias, - R$ 4,144 bilhões.

Da mesma forma, o EBITDA de R$ 37,435 bilhões, atinge R$ 27,087 bilhões, após a contabilização de impairment de ativos, - R$ 8,211 bilhões, perdas contábeis nas vendas de ativos, - R$ 1,036 bilhão, e da provisão para pagamento de compensação financeira pela exploração de recursos minerais (CFEM), - R$ 1,100 bilhão.

Os impairments de ativos e investimentos, totalizando R$ 12,213 bilhões, já foram muito provavelmente precificados pelos mercados nos preços das ações da Vale, reduzindo o valor de sua capitalização de mercado. Constitui-se no reconhecimento em nossos livros contábeis do que já foi realizado pelo mercado de capitais. Tratam-se, portanto, de eventos passados, que não afetam nossa performance no futuro.

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS

em R$ milhões 2008³ 2009³ 2010³ 2011 2012

Receita operacional 72.766 49.812 85.345 101.075 90.953

EBIT¹ 29.847 13.173 40.490 47.925 28.106

Margem EBIT¹ (%) 42,3 27,2 48,7 48,5 31,6

EBITDA¹ 35.022 18.641 46.378 56.327 37.435

Lucro líquido básico² 25.819 9.101 30.699 39.169 22.182 Lucro líquido básico por ação (R$) 5,19 1,70 5,78 7,47 4,34 Exportações (US$ milhões) 17.606 13.719 29.090 38.374 28.267 Exportações líquidas (US$ milhões) 16.203 12.999 27.668 36.857 26.495 ¹ Excluindo efeitos não recorrentes

² Excluindo efeitos não recorrentes e não caixa

³ Períodos não ajustados pelas novas práticas contábeis do IFRS.

RECEITA OPERACIONAL BRUTA - 2008-2012

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37,435 56,327 46,378 18,640 35,022 2008 2009 2010 2011 2012 R$ b il h õ e s

LUCRO LÍQUIDO BÁSICO - 2008-2012

22,182 39,169 30,070 10,337 21,279 2008 2009 2010 2011 2012 R $ b il h õ e s Impairment R$ milhões Ativos 8.211 Onça Puma 5.770 ativos de carvão da Austrália 2.139 ativos de óleo e gás 196 Vermelho 106 Investimentos 4.002 Hydro – participação de 22% 2.026 CSA 1.804 VSE 172 Total 12.213

A SOLIDEZ FINANCEIRA

A dívida total chegou a US$ 30,546 bilhões em 31 de dezembro de 2012, com um prazo médio de 10,1 anos, o que concorre para minimizar riscos de refinanciamento. Continuamos a reduzir o custo médio da dívida, que alcançou 4,63% ao final do ano.

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Nossa posição de caixa ao final de 2012 era de US$ 6,078 bilhões. Adicionalmente, possuímos à disposição linhas de crédito para saque imediato no valor de US$ 3,0 bilhões, com vencimento em 2016, o que fornece bom colchão de liquidez para proteção contra riscos.

O desempenho do fluxo de caixa tende a melhorar no curto prazo como consequência do recebimento de US$ 1,9 bilhão relativo à transação da venda dos fluxos de produção de ouro, do ajuste dos preços provisórios de vendas de minério de ferro realizadas em 2012 no valor de mais de US$ 700 milhões e dos preços mais elevados do minério de ferro nos dois primeiros meses de 2013.

A alavancagem, medida pela relação dívida total/EBITDA ajustado, permaneceu em nível baixo para o estágio atual do ciclo econômico, de 1,60x em 31 de dezembro de 2012. A relação dívida total/valor da firmafoi de 22,5% em 31 de dezembro de 2012, também consistente com o ciclo de commodities e com a manutenção de um balanço saudável.

O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador EBITDA ajustado/pagamento de juros, ficou em 14,6x em 31 de dezembro de 2012 ante 29,5x em 31 de dezembro de 2011.

Considerando as posições de hedge, 26% da dívida total em 31 de dezembro de 2011 encontrava-se atrelada a taxas de juros flutuantes e 74% a taxas fixas, enquanto 97% estava denominada em dólares americanos e o restante em outras moedas.

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO2

em US$ milhões 2008 2009 2010 2011 2012

Dívida bruta 18.245 22.880 25.343 23.143 30.546 Dívida líquida 5.606 11.840 15.966 19.612 24.468 Dívida bruta / EBITDA¹ (x) 1,0 2,5 1,0 0,7 1,6 EBITDA¹ / pagamento de juros (x) 15,02 8,23 23,8 29,5 14,6 Dívida bruta / EV 27,0% 14,4% 13,2% 17,4% 22,5% EV = capitalização de mercado + dívida líquida

¹ excluindo efeitos não recorrentes 2

dados computados de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos (USGAAP)

A RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

A Vale tem como missão transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável, tendo como visão ser a empresa global de recursos naturais número um em criação de valor de longo prazo, com excelência e paixão pelas pessoas.

O cuidado com a saúde e segurança de nossos empregados é prioridade estratégica, com metas rigorosas a cada ano, que inclusive têm impacto na remuneração variável de todos os executivos da companhia.

Continuamos a reduzir a incidência de acidentes em 2012. No Brasil, a taxa de frequência de acidentes com afastamento (LWCFR), medida em número de acidentes com afastamento por milhão de horas trabalhadas, foi de 0,60, com diminuição de 1,64% relativamente a 2011. A taxa de frequência de acidentes pessoais (TRIFR), em número de acidentes por milhão de homens hora trabalhadas, ficou em 2,12, com declínio de 8,62% ante o ano anterior. Os indicadores globais refletem da mesma forma progresso em nossos objetivos: com redução de 7,9% no LWCFR e de 14,7% no TRIFR em relação a 2011.

Os investimentos em responsabilidade social corporativa somaram US$ 4,747 bilhões no período 2009-2012. Para 2013 foi aprovado orçamento de dispêndios de US$ 1,580 bilhão, dos quais US$ 1,265 bilhão será investido na proteção e conservação ambiental, e US$ 315 milhões em programas sociais.

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Obtivemos a melhor pontuação com respeito à qualidade na transparência da divulgação de informações sobre o tema mudanças climáticas entre as empresas da América Latina que pertencem ao Global 500 e respondem ao questionário do Carbon Disclosure Project (CDP). O CDP é uma importante instituição sem fins lucrativos, cujo objetivo é promover a redução da emissão de gases estufa e o uso sustentável da água por cidades e empresas. Para alcançar padrões de excelência em sustentabilidade, desenvolvemos uma série de ações norteadas por políticas globais, tais como a Política de Desenvolvimento Sustentável, a Política de Direitos Humanos e a Política de Saúde e Segurança.

Com o objetivo de estabelecer metas e ações de melhoria de desempenho relacionadas à sustentabilidade, a Vale possui o Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS), cujos resultados representam um dos critérios para remuneração variável.

Anualmente, publicamos o Relatório de Sustentabilidade baseado na metodologia mundialmente difundida pela

Global Report Initiative (GRI), visando dar transparência para sua atuação na agenda de Sustentabilidade. O

relatório encontra-se disponível em nosso site, www.vale.com, e no aplicativo para iPad, Vale Investors&Media, que pode ser baixado gratuitamente da App Store.

A Fundação Vale atua nas regiões onde a empresa mantém suas operações no Brasil com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável dos territórios, fortalecendo o capital humano das comunidades e as identidades culturais locais. Suas atividades fazem parte de uma estratégia de investimento social estruturante e voltada a perspectivas de médio e longo prazo, abrangendo projetos e programas nas áreas de educação, esporte, cultura, saúde, geração de trabalho e renda e apoio ao desenvolvimento urbano.

O modelo de investimento social adotado pela Fundação é baseado no pressuposto de que desenvolvimento sustentável não é tarefa que possa ser realizada isoladamente e em um conceito inovador de Responsabilidade Social: o da Parceria Social Público-Privada (PSPP). A PSPP é construída em conjunto e a partir de uma visão compartilhada com o governo e organizações da sociedade civil, reunindo esforços, recursos e conhecimento de todas as partes. O papel da Fundação é o de atuar como articuladora dessa parceria, potencializando os recursos locais e qualificando os investimentos sociais voluntários da Vale.

A metodologia e as experiências desenvolvidas pela Fundação Vale no Brasil servem de base para a formulação da estratégia de Responsabilidade Social Corporativa relacionada à implantação de Fundações Vale no mundo. A empresa já implantou Fundações em Moçambique e Nova Caledônia, sempre respeitando a cultura e as peculiaridades locais.

INVESTINDO PARA CRIAR VALOR

Nos últimos cinco anos a Vale investiu US$ 67,632 bilhões na manutenção de suas operações, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e execução de projetos. Desse total, recursos no valor de US$ 42,559 bilhões, representando 62,9% do total, foram investidos no Brasil.

Em 2012, os investimentos em manutenção, projetos e P&D – excluindo aquisições - totalizaram US$ 17,729 bilhões, ligeiramente abaixo do número de 2011, de US$ 17,994 bilhões, e 17,2% inferior ao orçado para o ano, tendo em vista as novas diretrizes adotadas. Do total desembolsado em 2012, US$ 11,580 bilhões foram destinados à implementação de projetos, US$ 4,616 bilhões à manutenção das operações existentes e US$ 1,533 bilhão para P&D.

A alocação de investimentos por segmento de negócios foi: US$ 9,705 bilhões para minerais ferrosos e carvão, US$ 4,179 bilhões para metais básicos, US$ 1,981 bilhão para fertilizantes, US$ 600 milhões para serviços de logística, US$ 366 milhões para projetos de siderurgia em que somos acionistas minoritários e US$ 511 milhões para atividades corporativas e outros.

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Serra Leste – com US$ 2,858 bilhões, e ao projeto de Long Harbour, US$ 1,457 bilhão, com capacidade nominal de produção de 50.000 tpa de níquel refinado, 4.500 tpa de catodos de cobre e 2.500 tpa de cobalto. Long Harbour se localiza na província de Newfoundland and Labrador, no Canadá, e processará o minério de níquel produzido em nossa mina de Ovoid em Voisey´s Bay.

Foram assinados acordos com os governos de Moçambique e Malawi que nos permitirão acelerar a construção do Corredor de Nacala, que abrange uma ferrovia de 912 km e um terminal marítimo, Nacala-à-Velha, que viabilizará inicialmente o transporte de 18 Mtpa de carvão. Serão construídos 230 km de trechos ferroviários novos e reformados os restantes 682 km.

O Corredor de Nacala dará o adequado suporte logístico às operações de carvão de Moatize, um ativo de classe mundial, cuja capacidade será duplicada para 22 Mtpa, sendo a maior parte composta por carvão metalúrgico de alta qualidade, destacando-se o Chipanga hard coking coal. Para o alinhamento do planejamento da mineração e logística juntamente com a otimização do desembolso de caixa, foi decidido o adiamento o início da operação de Moatize II, a segunda fase do projeto Moatize, para o segundo semestre de 2015.

O ramp-up de Moatize I, que neste ano produziu 3,8 Mt, se estenderá até 2014, quando chegará à capacidade nominal de 11 Mtpa, na medida em que parte de sua produção já poderá ser escoada nesse ano pelo Corredor de Nacala.

Em 2012 foram realizados desinvestimentos no valor de US$ 1,471 bilhão, compreendendo: (a) ativos de caulim, US$ 30 milhões; (b) 10 navios VLOC, US$ 600 milhões; (c) ativos de carvão térmico na Colômbia, US$ 407 milhões; (d) operações de ligas de ferro manganês na França e Noruega, US$ 160 milhões; (e) ativos de exploração de óleo e gás, US$ 40 milhões na bacia do Espírito Santo, que também eliminam a necessidade de investimentos de aproximadamente US$ 80 milhões em 2013; (f) Araucária, produtora de fertilizantes nitrogenados, US$ 234 milhões.

Por outro lado, foram realizadas aquisições no valor de US$ 648 milhões. Após a conclusão dessas transações, a Vale passou a deter 98,3% da MBR, controladora do Sistema Sul, e 85% de Carborough Downs, operação de carvão metalúrgico, no Queensland, Austrália.

Em 2013, concluímos, depois de avaliação independente, o exercício da opção de compra exercida em junho de 2010 para uma participação adicional de 24,5% no projeto de carvão de Belvedere, no Queensland, Austrália, passando a possuir 100% das ações.

Foi aprovado orçamento de investimentos para 2013, de US$ 16,3 bilhões. Estão abrangidos dispêndios de US$ 10,1 bilhões destinados à execução de projetos, US$ 5,1 bilhões dedicados à sustentação das operações existentes e US$ 1,1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento.

Nove programas – expansão de Carajás, Itabiritos, rede global de distribuição, Moatize II/Nacala, Long Harbour, Salobo, Rio Colorado, VLI carga geral e CSP – são responsáveis por investimentos de US$ 8,564 bilhões, representando 84,6% do orçamento aprovado para projetos.

INVESTIMENTO REALIZADO POR CATEGORIA

US$ milhões 2008 2009 2010 2011 2012

Crescimento orgânico 7.519 6.855 9.375 13.426 13.133

Projetos 6.457 5.845 8.239 11.684 11.580

P&D 1.063 1.010 1.136 1.742 1.533

Sustentação das operações existentes 2.671 2.157 3.330 4.568 4.616

Total 10.191 9.013 12.705 17.994 17.729

INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO

US$ milhões 2008 2009 2010 2011 2012

Bulk materials 2.563 2.687 5.718 9.504 9.705

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Carvão 392 564 967 1,197 1.252 Minerais não-ferrosos 4.615 3.053 2.973 4.081 4.179 Fertilizantes 0 91 843 1.346 1.981 Serviços de logística 1.952 1.985 1.574 1.990 600 Energia 406 688 656 820 388 Aço 145 184 186 460 366 Outros 511 324 755 592 511 Total 10.191 9.013 12.705 17.994 17.729

A GERAÇÃO DE VALOR AO ACIONISTA

Nos últimos dez anos, 2003-2012, o retorno total para o acionista (TSR) da Vale foi de 28,5%, ao ano em dólares.

Em 2012, o desempenho das ações da Vale foi influenciado desfavoravelmente pelo declínio dos preços do minério de ferro e pelas expectativas pessimistas a respeito do crescimento da economia chinesa. O valor de mercado das ações da Vale declinou levemente, passando de US$ 113,3 bilhões em 2011 para US$ 111,1 bilhões em fins de 2012.

Retornamos US$ 6 bilhões através da distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio, não havendo, portanto, recompra de ações. O dividend yield foi o mais elevado entre as grandes empresas de mineração e metais, sendo de 6,0% para as ações preferenciais e 5,8% para as ações ordinárias.

No período 2008-2012, a Vale pagou a seus acionistas dividendos e juros sobre o capital próprio de US$ 23,600 bilhões, o que representou 31,6% do que foi investido nesse período em nossas operações e aquisições. Nesse mesmo período, a Vale recomprou ações no valor de US$ 5,762 bilhões, retornando aos acionistas 47,3% da emissão de capital realizada em 2008, de US$ 12,190 bilhões.

EVOLUÇÃO DO VALOR DE MERCADO DA VALE

em US$ bilhões 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

jan -08 jun-08 dez-08 jun-09 dez-09 jun-10 dez-10 jun-11 dez-11 jun-12 dez-12

31/12/2012 US$ 111,1 bilhões Recorde histórico

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VALE ON x VALE PNA x IBOVESPA – Base jan-2008 30 50 70 90 110 130

jan-08 jun-08 dez-08 jun-09 dez-09 jun-10 dez-10 jun-11 dez-11 jun-12 dez-12

VALE PN VALE ON IBOVESPA

VALE x VALE/P x MSCI Metals & Mining – Base jan-2008

20 40 60 80 100 120 140

jan-08 jun-08 dez-08 jun-09 dez-09 jun -10 dez-10 jun-11 dez-11 jun-12 dez-12

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POLÍTICA COM RELAÇÃO AOS AUDITORES INDEPENDENTES

A Vale possui procedimentos internos específicos de pré–aprovação dos serviços contratados junto aos seus auditores externos, visando evitar o conflito de interesse, ou perda de objetividade de seus auditores externos independentes.

A política da Vale, com relação aos Auditores Independentes, na prestação de serviços não relacionados à auditoria externa, fundamenta-se em princípios que preservam a sua independência. Em linha com as melhores práticas de governança corporativa, todos os serviços prestados por nossos auditores independentes são suportados por carta de independência emitida pelos auditores e pré-aprovados pelo Conselho Fiscal.

Conforme Instrução CVM 381/2003, os serviços contratados, por um prazo bienal a partir de junho de 2012, dos auditores externos da Companhia, PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, referentes ao exercício social de 2012 para Vale e suas controladas foram os seguintes:

Honorários em R$ mil Vale e controladas

Auditoria Contábil 17.278

Auditoria Lei Sarbanes Oxley 2.986

Serviços Relacionados à Auditoria 1.142

Total de Serviços de Auditoria Externa 21.406

Outros (*) 516

Referências

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