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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO PARA A COORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENTAL

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Academic year: 2021

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MI NI STÉRI O PARA A CO ORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENT AL

RELATÓRIO DA SÉTIMA CONFERÊNCIA DAS PARTES PARA A CONVENÇÃO PARA A PROTEÇÃO, GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DO AMBIENTE MARINHO

E COSTEIRO DA REGIÃO OCIDENTAL DO OCEANO ÍNDICO

1. INTRODUÇÃO

A Sétima Conferência (COP/7) das Partes Contratantes da Convenção de Nairobi- Convenção para a Proteção, Gestão e Desenvolvimento do Ambiente Marinho e Costeiro da Região Ocidental do Oceano Índico foi realizada em Maputo- Moçambique nos dia 13 e 14 de Dezembro de 2012, e teve como lema "Fazendo parcerias para um Oceano Índico Ocidental Saudável". A COP/7 foi antecedida de 5 reuniões técnicas que analisaram vários documentos técnicos e cientificos que serviram de base de suporte para tomada de decisões (workshop sobre tubarão, Processo Regular das Nações Unidas, Workshop das Organizações Não Governamentais regionais marinhas, reunião dos cientistas e decisores politicos, reunião do Bureau da Convenção e finalmente a COP7). A organização do evento obteve uma avaliação excelente e mereceu uma saudação especial a Moçambique por parte dos participantes.

1.1 Participantes

Participaram na Conferência, cerca de 120 delegados, com destaque para os Ministros do Ambiente e oficiais séniores dos governos dos Estados Partes (África do Sul, Comores, França (Ilhas Reunião), Madagáscar, Maurícias, Moçambique, Quênia, República Unida da Tanzânia, Seicheles e Somália), membros do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Secretariado da Convenção, Agências das Nações Unidas, Organizações Não-Governamentais Regionais e Internacionais, Instituições de Investigação Regionais e Internacionais e Instituições Académicas dos países partes.

1.2 Abertura da Conferência

A abertura oficial da COP/7 foi presidida por Sua Excelência Dr. Aiuba Cuereneia, o Ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique. Na sua intervenção, saudou e desejou Boas Vindas a todos os participantes e, enalteceu que em conjunto se reflicta sobre os desafios cruciais da nossa vida, a preservação do ambiente marinho e costeiro. Saudou os esforços empreendidos pelo Secretariado da Convenção de Nairobi, que com a busca de parcerias inteligentes foi a altura de preparar e implementar programas e projectos regionais como resposta aos vários desafios a região, incluindo os assuntos emergentes. Ao terminar, endereçou votos de muitos sucessos nos trabalhos da COP/7 na esperança que a conferência produza deliberações que sirvam de base para a gestão sábia dos recursos marinhos e costeiros, para em primeiro lugar, garantir o bem-estar das nossas comunidades costeiras e para o desenvolvimento sócio-económico dos nossos povos.

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2. LANÇAMENTO DO RELATÓRIO DO PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE

A Conferência começou com o lançamento do relatório do PNUMA-Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, intitulado "Direccionada a Economia Verde: Uma Análise de Desafios e Oportunidades nos SIDS". O relatório faz análise aos cinco sectores de desenvolvimento de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS), nomeadamente, pesca de pequena escala e aquacultura, recursos hídricos, turismo, energia e resíduos sólidos na tentativa de mostrar como uma transição para economia verde pode ajudar na abordagem de como fazer face a alguns dos desafios mais críticos destes Estados Insulares e ao mesmo tempo estimulando o desenvolvimento económico, mantendo estabilidade económica, que facilita a criação de postos de trabalho e ainda conservando os seus recursos.

As Maurícias aplaudiram a iniciativa do PNUMA e deram ênfase de ser da responsabilidade da geração actual a criação de um futuro melhor. O relatório foi entregue a Ministro de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável das Comores, Dra. Chodouliati Abdou Chakour. Em Reconhecimento do relatório, a Ministra Honrada afirmou que a Economia de Verde é uma ferramenta pertinente para o futuro desenvolvimento económico das nações do outro lado do mundo. Ela também afirmou que o relatório orienta de forma específica para o desenvolvimento dos SIDS cuja economia é totalmente dependente em recursos costeiros e marinhos. A Ministra disse que havia necessidade de se estabelecer tecnologias de energia sustentáveis apropriadas através de perícias tecnológicas e mecanismos de partilha que irão fortalecer a capacidade desses estados na sua abordagem aos constrangimentos de energia. Ela convidou aos países ou estados desenvolvidos para apoiar o desenvolvimento dos pequenos estados insulares em desenvolvimento.

3. DISCURSO DA PRESIDENTE DO BUREAU - CESSANTE

A Presidente do Bureau - Cessante, a Ministra para Coordenação da Acção Ambiental de Moçambique, Dra. Alcinda António de Ambreu, fez um discurso em nome do Bureau. A Sua Excelência começou por dar as boas-vindas aos membros do Bureau e a todos os participantes. Ela declarou que sob sua liderança, os assuntos de conservação e proteção das áreas costeiras e marinhas eram de extrema prioridade. Neste âmbito, afirmou, que Moçambique declarou a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas. A Presidente Cessante disse haver necessidade de reforçar as acções de conservação da região Ocidental do Oceano Índico e os Estados tinham o desafio de preservar a singularidade (peculiaridade) dos ecossistemas oceânicos da Zona Ocidental do Oceano Índico. A presidente Cessante convidou as partes para ratificar o protocolo sobre fontes e actividades baseadas em terra. Ela também solicitou parcerias das várias organizações na região para alcançar os objetivos da Convenção e seu Protocolo.

4. ELEIÇÃO DOS MEMBROS DO BUREAU DA CONFERÊNCIA DAS PARTES O processo foi conduzido pela Presidente Cessante, Dra. Alcinda António de Ambreu e que comportava a eleição dos novos membros do Bureau da Conferência de Partes. Neste processo foram eleitos os seguintes:

 Tanzânia -Presidente do Bureau;

 Moçambique - Vice-presidente da Coordenação;

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 Seicheles-Vice-presidente para os Programas de Trabalho;

 África do Sul-Vice-Presidente para a Mobilização de recursos; e

 Quénia – Relator.

5. ADOPÇÃO DA AGENDA DO DIA

A Nova Presidente empossada, Dra. Terezya Huvisa Luoga, felicitou a Presidente Cessante pela sua liderança durante os trinta meses do mandato. Ela também felicitou os peritos e técnicos pela disponibilização de informação às Partes. A nova Presidente, Dra. Terezya Huvisa Luoga declarou que irá se esforçar para assegurar que sejam conhecidos os objetivos da Convenção de Nairobi. Subsequentemente, ela introduziu a agenda provisória do dia que por unanimidade foi adoptada como segue:

 Relatório sobre reunião dos políticos e Peritos.

 Relatório do Diretor Executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Adopção das Decisões.

 Observações pelos Chefes das Delegações e Membros.

 Local da Próxima Reunião.

 Diversos.

 Encerramento da Reunião.

5.1 Relatório sobre da reunião dos políticos e Peritos

O relatório da Reunião dos Políticos e Peritos realizada de 10 a 12 de Dezembro de 2012 foi apresentado aos delegados. Foi declarado nesta reunião que os delegados tinham discutido assuntos em torno dos seguintes temas:

a) Mudanças Climáticas e implicações da política para o ambiente marinho costeiro e para a região Ocidental do Oceano Índico;

b) Economia Verde no Mundo Azul; c) Exploração de Petróleo e Gás;

d) Áreas Marinhas Protegidas e Síntese do Relatório Regional sobre as Aves como Indicadores de Saúde do Ecossistema Marinho e Costeiro;

e) Áreas Marinhas novas com Potencial para Locais de Património Mundial no Oceano Índico;

f) Mangais para o Futuro; e

g) Rede de Recifes de coral, ervas marinhas e Mangais na região Ocidental do Oceano Índico.

Algumas das recomendações fundamentais que surgiram da reunião incluíram a necessidade de Partes contratantes:

 aumentarem a sua capacidade em gestão baseada no ecossistema e empreender a valorização dos ecossistemas;

 tomarem medidas de adaptação e mitigação urgentes para abordar os efeitos adversos das mudanças climáticas nas áreas marinhas e costeiras;

 desenvolverem e implementarem políticas rumo à economia verde;

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 tomarem em consideração as questões ambientais durante a exploração e produção de petróleo e gás, incluindo o estabelecimento de planos de contingência e medidas de mitigação para abordar os impactos negativos no ambiente marinho e costeiro;

 criarem consciência nas estratégias de conservação ao nível de gestores e políticos;

 desenvolverem capacidade científica para a recolha de dados e delineamento de áreas de conservação futuras;

 criarem e administrarem programas de formação em vulnerabilidade às mudanças climáticas, resiliência e adaptação e ordenamento do território;

 estabelecerem uma rede de formandos para uma interacção contínua;

 reverem a lista de espécies de pássaros no Anexo II do Protocolo sobre Flora e Fauna Bravia;

 identificarem Áreas Importantes para as Aves marinhos importantes;

 desenvolverem políticas para envolver as Áreas para além da Jurisdição Nacional, uma vez que as espécies residentes na região usam estas áreas;

 ligarem acções de conservação sobre Aves a outros instrumentos ou iniciativas internacional pertinentes; e

 estabelecerem uma rede regional de peritos em Aves.

5.2 Relatório do Director Executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

O relatório do Director Executivo do PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente foi apresentado pelo Dr. Dixon Waruinge, o Chefe do Secretariado da Convenção de Nairobi. O relatório detalhou o progresso feito na implementação das decisões das Conferências das Partes anteriores, bem como o progresso e os sucessos alcançados pelos Governos, membros relevantes e os intervenientes na implementação do programa de Trabalho da Convenção de Nairobi no período 2010 a 2012. Foi notável que as Partes contratantes não tinham adoptado a Convenção de Nairobi Emendada nem ratificado o Protocolo sobre Fontes e Actividades Baseadas em Terra.

O Programa de Trabalho proposto de 2013-2017 mais uma vez, foi apresentado pelo Dr. Dixon Waruinge. O referido programa propôs actividades sobre a implementação do Programa Estratégico de Acção da Região do Ocidente do Oceano Indico (WIO-SAP) que focaliza parte substancial das decisões adoptadas pela COP/7. No acto do endossamento do programa de Trabalho 2012-2013, as Partes contratantes foram unânimes na necessidade de se encontrar mecanismos para financiar as actividades do programa, incluindo o aumento das contribuições ao Fundo fiduciário e ao pagamento das quotas atrasadas devidas pelos países membro.

5.3 Adopção das Decisões

A COP/7 adoptou cerca de 20 decisões (vide anexo) cruciais na implementaçãoo da Convenção de Nairobi nos próximos dois anos, com destaque para o Programa do Trabalho para 2013-2017 e, Programa Estratégico de Acção da Região do Ocidente do Oceano Indico (WIO-SAP), enquadrado dentro do GPA-Programa Global de Acção para a Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro das Actividades Baseadas em Terra.

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5.4 Observações pelos Chefes das Delegações e Membros

Os representantes das Maurícias, Somália, Quênia, Madagáscar, França Seicheles, Birdlife International, Desenvolvimento de Pesquisa costeira e Oceânica endereçaram discursos durante a Conferência, cuja mensagem comum das declarações foi a necessidade das Partes contratantes unirem-se na gestão sustentável dos ecossistemas marinhos e costeiros.

5.5 Local da Realização da Próxima Reunião

As Partes contratantes concordaram que a 8ª Conferência das Partes para Convenção de Nairobi realizar-se-á nas Seicheles, no ano de 2014.

5.6 Diversos

A WWF da Tanzânia felicitou o Governo de Moçambique pela declaração das Ilhas Primeiras e Segundas como Área de Protecção Ambiental.

5.7 Encerramento da Reunião

A Presidente do Bureau encerrou a reunião agradecendo aos distintos participantes presentes na Conferência. Ela manifestou a vontade de ver as Partes contratantes e membros a apoiarem o Bureau durante a sua presidência.

Não havendo nenhum outro assunto a tratar, a Conferência terminou às 11.00 da manhã do dia 14 de Dezembro de 2012.

Referências

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