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Locus de controle no contexto : um estudo entre servidores de uma instituição pública de ensino superior

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(1)

) lJ D E C O N T R Ó L E N O C O N T E X T O O R G A N IZ A C IO N A L

1 1 m tu d o e n tre s e rv id o re s d e u m a in s titu iç ã o p ú b lic a

d e e n s in o s u p e rio r.

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Antonio Virgnio Bittencourt Bastos"

RESUMO

( Iludo analisa a associação entre locus de controle e algumas variáveis do

I

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

,," 1 1 X I C l ro nlzacional, entre servidores de uma instituição pública de ensino su-I,.,hll. No eraí a literatura aponta diferenças consistentes na forma como "inter-tli'

WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

H • • xt mos" reagem e lidam com aspectos do seu mundo de trabalho.

Obte-v I t i l e l O de uma amostra de 313 sujeitos de diferentes ntveis ocupaciànais e hk cl n Is, coletados através de entrevistas. Locus de controle foi medida

atra-v

1 1 ala especifica proposta por Spector (1988) cuja a natureza

bi-fatorialle-V I I I I l U cdlculo de um índice de intemalidade que foi correlacionado com variáveis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1I , percepções do contexto de trabalho e do papel ocupacional e dados da

'"'' I, do servidor. Os sujeitos mais "internos" (com escores mais baixos na es-, Itl) es-,. v lararn maior nfvel de comprometimento organizacional (r = - .22)es-, maior

,I I) os valores intrrnsecos do trabalho, e preferência por organizações que

I 1 1 1 I 1 1 .m o crescimento e realização profissional. Não se encontrou associações

I"'

Itlv ntre locus e mobilidade ocupacional.

ABSTRACT

1 1 1 1 lu d y a n a ly s e s th e c o tr e te tlo n b e tw e e n lo e u s o f c o n tr o l a n d s o m e o r g a n iz a

-I!.'"

II vv t b le s in a s a m p le o f p u b lie e m p lo y r e e s a ta B r a z ilia n U n iv e r s ity . T h e lite -I "1/ p o tn ts c o n s is le n t d iffe r e n e e s in r e a e tio n s o f in te m e ls a n d e x te r n a ls to th e ir " ~ m n l x ts . T h e d a ta w e r e c o lfe e te d b y in te r v ie w n in g 313in d iv id u a is fr o m d iffe

-I 1 1 1 li( ,lip a tio n a l a n d e d u c a tio n a lle v e ls . L o e u s o f c o n tr o l w a s m e a s u r e d b yas p e -f

m,

, , 1 ( S p e e to r , 1 9 8 8 ) . T h e b i- fa e to r ia l n a tu r e o f th e c o n s tr u e t le d u s to c o m p u te

I 1 1 1r " s c o te o f in te r n a lity Ih a t w a s c o r r e ts te a w ith v a lu e s a n d a ttitu d e s to w a r d s II~.1 1 1rç p tio n s o f o r g a n iz a tio n a l c o n te x t a n d o c c u p a tio n a l r o le , a n d c a r e e r d a ta o f " " " , 'V I T h e im e m s ts p r e s e m e d m o r e o r g a n iz a tio n a l c o m m itm e n t ( r= - . 2 ~ ,m o r e ,1 /, to n 1 0 In tr in s ie w o t« v a lu e s a n d , p r e te tr e d o r g a n iz a tio n s th a t g a v e th e m o p -I~III,,"IIIIfo r s e " d e v e lo p m e n t a n d p r o fe s s io n a l r e a liz a tio n . S iq n itic e n t c o tr e ts tio n s

I tw ,,, lo e u s o f c o n tr o l a n d o e e u p a tio n a l m o b i/ity h a v e n o t b e e n fo u n d •

• I',

,r r Adjunto Departamento de Psicologia, UFBa.

P Icologla, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.3 - p.22, Jan./Dez. 1991/92

(2)

I. INTRODUÇÃO

A pesquisa organizacional, por ser uma área de encontro para sociólogos, eco-nomistas, cientistas polrticos, psicólogos sociais, engenheiros, entre outros profis-sionais, é marcada por uma diversidade de conceitos, termos e métodos de estudo (McGrath, 1979). Duas grandes

WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

v e r te n te s de pesquisa caminham paralelamente e a sua integração é um dos maiores desafios da área: com raízes na Sociolocla e Ciência Política, aspectos macro-organizacionais (estrutura organizaciona~ e sua interação com o contexto sócio-econômico) são objetos de uma abordagem mais teórica ou qualitativa; por outro lado, aspectos micro-organizacionais (comporta-mentos de indlvlduos e grupos), fortemente apoiados na Psicologia, são objeto de estudos ernpfricos e, em grande maioria, quantitativos (Staw, 1984).

Para Schneider (1985), o que mantém esses diversos nrveis de análise dentro do mesmo "guarda-chuva" é o seu foco em atributos humanos. "Pressupostos so-bre os indivlduos são testados em relação a importantes produtos humanos rela-cionados com o trabalho e organização do trabalho" (p. 603).

Nessa perspectiva pode-se inserir o conjunto de estudos que tomam a variável

baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

lo c u s d e c o n tro le como importante para compreensão de diversos fenômenos

or-ganizacionais. Até então, como reconhecem O'Brien (1984) e Spector (1982) pou-ca atenção vinha sendo dada à compreensão da interação entre aspectos do tra-balho e variáveis de personalidade. "As principais teorias em psicologia organiza-cional assumem que os mesmos processos básicos explicam o comportamento de todos os indivíduos e que estas caracterfsticas situacionais determinam com-portamentos predizíveis entre as pessoas" (Spector, 1982, p. 482).

O construto lo c u s d e c o n tro le foid e s e n v o lv id o por Rotter e colegas a partir da teoria de aprendizagem social apresentada pelo próprio Rotter na década de cin-quenta. Segundo Julian e Katz (1968) esta teoria d e s ta c a v a a importância de duas variáveis na predição do desempenho de um indivíduo em uma tarefa: a sua ex-p e c ta tiv a de que os resultados sejam controlados por sorte ou por habilidade e o v a lo r atríbuído a esses resultados. O crescimento da literatura nesta área ressal-tou, sobretudo, a importância do primeiro fator, enquanto ov a lo r atríbuldo ao resul-tado da tarefa recebeu pouca atenção.

" L o c u s d e c o n tro le é um construto que pretende explicar a percepção das

pessoas a respeito da fonte de controle dos e v e n to s , se própria do sujeito - interno - ou pertencente a algum elemento fora de si mesmo - externo" (Dela Coleta, 1982). Para O'Brien (1984) o conceito se refere a uma e x p e c ta tiv a generalizada sobre, a medida em que os reforçamentos estão sob controle interno ou externo. Assim, são considerados internos, indivlduos que acreditam estarem os reforça-mentos determinados largamente pelo esforço pessoal, habilidade e iniciativa; os externos, ao contrário, atribuem o reforçamento a outras pessoas, a estruturas so-ciais, sorte ou fatalidade.

Segundo Phares (1976, apud Spector, 1982) o conceito foi d e s e n .v o lv id ~ para explicar a tendência similar de alguns indivrduos em ignorarem as contingências de reforçamento. A falha em responder como previsto foiatribuída a umae x p e c ta tiv a generalizada de que as suas próprias ações não levariam às recompensas ou a

Revista de Psicologia, Fortaleza, V .9 (1/2), V .10 (1/2); p.3 - p.22, Jan.lDez. 1991/92

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v iI.rem a punição (p. 482).

Na realidade, a definição do construto não tem sido isenta de divergências. No

plmo conceitual, tem havido a preocupação em se resgatar a concepção original

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 1 lo c u s d e c o n tro le , questionando a sua interpretação em termos de atribuição

cI causalidade. "Realmente, há uma diferença entre uma percepção do indivrduo

1 1 um dado determinante como causa do que lhe acontece (atribuição causal) e a

ua crença de que pode controlar o que acontece com ele (conti§ência comporta-mento-produto)" (Pettersen, 1987, p.204). Duas diferenças são apontadas por Zu-rol (1980, apud Palenzuela, 1987) entre os dois construtos: locus de controle é

valiado antes que o resultado tenha acontecido enquanto atribuições são avalia-das a posteriori; interno-externo refere-se na teoria de Rotter, a se o resultado é percebido como cORtigente ou não a um comportamento enquanto a teoria da atri-buição refere-se a se as causas estão dentro ou fora das pessoas. Wong e Sproule (1984), na mesma linha de raciodnio, diferenciam lo c u s d e c o n tro le de

lo c u s d e c a u s a lid a d e , afirmando que "causalidade externa não implica

necessa-riamente ausência de controle interno" (p. 311).

Em síntese, para Palenzuela (1984), as "reconsiderações de locus de controle baseadas na teoria da atribuição são pobres interpretações do construto de Rotter e mais do que trazer coerência para a área parecem ter criado maior confusão" (p. 686). O mesmo autor questiona o uso, como sinônimo de locus de controle de ter-mos como "controle percebido", "controle pessoal, reconhecendo estar-se distante da parcimônia e simplicidade conceitual necessários.

Rotter (1975), ao discutir as concepções errôneas que cercam o construto aponta, no plano conceitual, três principais problemas: (a) a falha dos pesquisado-res que ao analisarem o c o n tro le s o b re o re fo rç a m e n to (Iocus) tratam-no sem considerar o v a lo r d o re fo rç a m e n to (problema que se acentua quando se toma locus como preditor de ações sociais, protesto social, conformidade, por exemplo); neste particular, o autor é bastante incisivo ao afirmar " é necessário precaver-se contra o pressuposto de que ae x p e c ta tiv a em relação ao controle do reforçamento

é um traço comportamental e que a predição de comportamento pode ignorar o v a lo r do reforçamento, que é o resultado esperado do comportamento em estudo" (p. 66); (b) o problema da generalidade-especificidade, ou o poder de expectativas generalizadas de controle interno versus externo predizerem o desempenho em situações de realização" ( a c h ie v e m e n t situations); e, (c) o engano de se assumir posturas v a lo r a tiv a s que consideram internalidade como algo sempre positivo, ao contrário de externalidade" •.

Desde que em 1966 Rotter apresentou o conceito e o seu instrumento de men-suração (escala interno - externo) não cessaram de aparecer estudos, nas d iv e r -sas áreas de Psicologia, quer utilizando o conceito como antecedente de outros fenômenos, quer tomando-o como objeto de investigação em si, quer desenvol-v e n d o , validando e lo u refinando instrumentos para medi-Io.

Estamos diante de um dos conceitos mais influentes na psicologia atual, se-gundo Wong e Sproule (1984); os fndices de citação do artigo original de Rotter, em 1982, já atingia 2.745 v e z e s (Palenzuela, 1984) indicando o seu significativo impacto cientrtico. A diversidade de áreas que se apropriaram do conceito é outro

Revista de Psicologia, Fortaleza, V .9 (1/2),V .10 (1/2); p.3 - p.22, Jan./Dez. 1991/92

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dado importante, como atesta Furnham (1986). Na área da saúde são várias as escalas desenvolvidas e os estudos realizados; o conceito tem sido extensiva-mente aplicado, também, ao contexto educacional, na análise das crenças religio-sas e do comportamento polrtico.

Embora em menor proporção que em áreas como saúde e educação, o con-ceito de locus de controle passou a integrar modelos explicativos de diversos fe-nômenos relativos ao mundo de trabalho. Duas revisões apresentadas por Spector (1982) e O'Brien (1984) não s6 sumarizam os principais estudos e seus achados mais significativos como fazem uma avaliação da área e apresentam perspectivas para o seu desenvolvimento posterior. Apoiado nestas revisões e em outros estu-dos mais recentes, a seguir procurar-se-à oferecer uma visão sintética do papel que locus de controle tem desempenhado na área organizacional.

Como afirma Spector (1982) a caracterfstica básica que distingue internos de externos - a crença no controle pessoal - poderia ter um efeito direto e poderoso sobre as organizações de diversas maneiras. Segundo o autor, estudos fornecem algum suporte empfrico para a idéia de que os internos tentam exercer maior con-trole sobre o contexto de trabalho de que os externos são mais conformados e obedientes. Uma extensa gama de fenômenos organizacionais tem sido estudada na sua associação com locus de controle. O quadro 1 apresenta um sumário de alguns desses estudos importantes.

QUADRO 1 - AMOSTRA DE ESTUDOS QUE INVESTIGAM ASSOCIAÇÃO ENTRE

LOCUS DE CONTROLE VARIÁVEIS ORGANIZACIONAIS

AUTORES (ANO)

GEMMILL,G. R.

HEISLER, W. J.

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

( 1 9 7 2 )

RUNYON, K. E.

( 1 9 7 3 )

GOODSTADT, R.E. HJELLE, L. A.

( 1 9 7 3 )

HETSLER, W. J.

( 1 9 7 4 )

BROEDUNG, L. A.

( 1 9 7 5 )

ADRISANI. P. J. NESTEL, G.

( 1 9 7 6 )

SZILAGYI, A. D. SIMS, H. P.

( 1 9 7 5 )

VARIAvEIS TIPO

ORGANIZACIONAIS ESTUDO RELACIONADASC /LOCUS

INSTRUMENTO (lOCUS)

RESULTADOS

• satisfação no trabalho

• tensão no trabalho

baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

• a u to n o m ia

Corte Escala I-E de Roller correlação satlstação-le-transversal cus (r =, 2 7 ) Internos r•• latam mais autonomia , menor tensão.

• satisfação com supervisão Corte Versão reduzida • envolvlmento com trabalho transversal escala de Roller

homens brancos, Interno lazem maiores progresso ;

• uso do poder pelos supervlsores

experImental Escala l-E de Roller

internos usam persuasfto pessoal. Ex1ernos m I coerção.

• desempenho (eletlvldade) Corte Escala I-E transversal de Roller

correlação modesta (r=. 2 5 )

• motlvação e desempenho Corte Escala I-E (modelo de VROOM) transversal de Rolter expectãncla I e ti

I-ElExpectêncla I =. 2 8

I-ElExpectêncla I =. 3 9

I-ElExpect. total =. 3 8

• experiência no trabalho Longitudinal Versl!o reduzida (ganho hora, desemprego, correlaclonal escala de Roller mudanças)

Existe relação Internalld de-sucesso. I-E tarnbêrn afetado pelo ambiente.

• expectãncta Ie11 em diferentes nlvels ocupaclonals

Corte I-E de Roller transversal

Correlações modestas: I-ElExpec. I (-.02 - a·.2b) I-ElExpec. 11(-.20 - a -.3 )

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.3 - p.22, Jan.lDez. 1991/92

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VAIU,(VEIS 11ft ANlZACIONAIS IIt t ACIONADASCILOCUS

IItllnomla, feedbacl< '''Ivolvlmento

• " IIplng behavlors' ,I mpenho sob stress

1110supervisão

•1 1 1 cJuUvldade

(I r Ia repetltlva)

• fll nejamento carreira

• r çAo a eventos IIressantes da vida • doenças

nvolvimento com o Ir balho em seis pafses

• padrão de lazer

uto-planejamento da carreira

TIPO INSTRUMENTO

ESTUDO (LOCUS)

Corte Versão modificada transversal escala de Roller

(20 Itens)

Longitudinal i-E de Rolter

experimental i-E de Roller

experimental v e r s ã o modificada escala de Rolter

Corte i-E de Rolter transversal

Corte i-E de Rolter transversal

Corte i-E de Roller transversal

Corte Versão reduzida transversal escala Roller

( 1 4Itens)

• diferenças raciais e Corte Versão reduzida dlacrlmlnaçAo no mercado transversal escala de Roller de trabalho

• tress

WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

IsaOde

• ética protestante

• 8Iltudes em relação ao trabalho e a aposentadoria

• turnover

• trtas

Corte ~scala I-E de transversal James( 1 9 6 3 ) .

Corte ~conomlc Locus transversal of control scale

Corte Deslred control transversal rneasure(DCM)

Aeld&Ware

Corte I-E de Rotter transversal

RESULTADOS

Internos mais envolvidos. Corro positivas para Inter-nos e exterInter-nos entre ca-racterlstlcas trabalholsa-tlsf.

Internos percebem menor stress; mais coplng cen-trado na tarefa que na emoção.

Internos obedecem menos ao supervlsor coercitivo. I=E supervlsor não coerci-tivo.

Internos exploram mais objetivos potenciais e Identificam mais meios p /

atlngF-los.

Locus - Importante varlAvel que discrimina grupos de alto e baixo rndlce de doenças.

Internos mais envolvidos, sobretudo os homens (em cincop a í s e s ) ,

Internos têm lazer mais va-riado e maior uso habilI-dades.

Internos têm papel mais ativo no progresso na car-reira em contexto facilita-dor.

Percepção discriminação afeta ex1ernalldade. Ne-gros que se vêem como vF-limas da discriminação são duas vezes mais ex1ernos.

Locusê mediadora apenas da percepção de pressão do trabalho,

Internos têm maior adesão aos valores.

Controle percebido rela-clona-se comprometimen-to. Relaçl!o controle/apo-sentadoria mediado por sexo, educação.

Externos têm maior Inten-ção de sair. Locus modera relação satístação-lnten-ção sair.

Corte ~scala de Levenson Crença 'outros poderosos' transversal associada maior stress.

(4)

AUTORES (ANO)

OAILEY, R, C, ICKINGER, W. COOTE, E. (1986)

STORMS, P. L. SPECTOR, P. E. (1987)

BLAU, G. J. (1987)

PERREWE, P. L. MIZERSKI, R. W. (1987)

GRIFFETH, R. W. HOM, P. W. (1988) CUMMINS, R. (1989) BISHOP, B. SOLOMON, E. (1989) TIGGEMANN, M WINEFIELD, A. O. (1989)

ST. YVES, A. CONSTANT, F. FREESTONE, H. H. HUARO, J. LEMIEUX, B. (1989)

KAREN, T. JOELLEN, P. (1990)

HEAVEN, P. C. (1990)

ROBSON, J. I. CRELLIN, J. M. (1990)

VARIAvEIS TIPO

ORGANIZACIONAIS ESTUDO RELACIONADASCILOCUS

• comportamento tipo A Corte • amblguldade do papel transversal • sintomas e adaptação stress • taxa de descarga de tensão

(TOR)

• reações comportamentals Corte e emocionais a condições transversal

de trustrações

baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

• tu rn o v e r Longitudinal

• complexidade da tarefa Corte • percepção autonomia transversal • percepção slgnlflcâncla da

tarefa

• tu rn o v e r

• stress

• satisfação no trabalho • suporte social

• comprometimento com a carreira e diferenças de sexo

• status ocupaclonal (emprego/desemprego) após

concluir formação

• nrvel ocupaclonal entre mulheres.

• tomada de decisão em relação a carreira! Indecisão vocaclonal

• c re n ç a s a c e rc a d e c o m o

reduzir o desemprego

• Interação homem-computador

Corte transversal

INSTRUMENTO (lOCUS)

Escala I-E de Rotler

Work locus of control seale Spector, 1984

suo-escala 'azar" de Levenson

Versão reduzida escala de Rotter (8 Itens)

RESULTADOS

Locus não

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

ê um predltor robusto de TOR. Ausência

de relação com sintomas de stress e com habilidade para dissipar efeito acu-mulado do stress.

Externos respondem a frustração com comporta-mentos não produtivos mais do que Internos.

Internos apresentam cor-relações negativas mais fortes entre satisfação e cognlçOes relativas a sair.

Internos percebem mais variedade, slgnlflcâncla, autonomia quando realI-zam tarefas complexas.

Internos que não perce-bem o trabalho, conduzin-do a produtos valorizaconduzin-dos são mais provAvels de

deI-x á - l o ,

Corte Escala de Levenson Internos são mais satlsfel-transversal tos com trabalho Indepen-dente do n/vel de stress. I-E Rotter

Corte I-E de Rotter Homens mais velhos são transversal mais Internos e mulheres mais ex1ernas. Não há dI-ferenças no comprometi-mentocIcarreira.

Longitudinal Escala I-E de (1980-85) Nowlckl-Strlclkland

pIadultos

As variáveis de personalI-dade (Inclusive locus) e atltudlnals são piores pre-dltores de status do que acadêmicas e 'background' (nsecon.)

Corte I-E de Rotter transversal

Corte I-E de Rotter transversal

Corte Economlc Locus transversal ot controle seale Furnham, 1986

Mulheres gerentes de n/vel Intermediário e não ge-rentes não diferem slgnlfJ.: catlvamente em relação a locus.

Relação negativa modera-da entre eficácia decisão e locus,

Internos sugerem mais

· re fo rm a s c o n s e rv a d o ra s ·

(reduzir seguro). Ex1ernos sugerem ampliação de In-vestimentos governamen-tais.

AnAlise de protocolos ver-bais Indicam que locus po-de ser ólll para estudar a l n t e r a ç ã o em diferentes nlvels de controle. Experimental Escala dos autores

(23 Itens)

R e v i s t a d e P s i c o l o g i a , F o r t a l e z a , V . 9

WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

( 1 /2 ) , V . 1 0( 1 /2 ) ; o . a - p . 2 2 , J a n . l D e z . 1 9 9 1 /9 2

0 8

aCH-PER/ODICOS

A amostra de estudos apresentada, fornece uma visão de quão abrangente é a produção cíentãíca na área. Nestas duas décadas, ate n ta tiv a de diferenciar

inter-1 inter-1 e externos no contexto de trabalho fez com que esta v a r iá v e l se inserisse em

tudos que v ã o desde a escolha da profissão até a aposentadoria, passando pelo (. mplexo universo de atitudes e reações dos indivíduos a caracterfsficas e pro-dutos do trabalho.

Percebe-se claramente um amplo predomínio de estudos que tomam lo c u s d e

c o n tro le como uma v a r iá v e l antecedente ou moderadora de processos

organiza-cionais, sendo mais raros aqueles que tomam o próprio construto como v a r iá v e l

dependente, como o fazem Adrisani e Nestel ( 1 9 7 6 ) que procuraram estudar a estabilidade das e x p e c ta tiv a s interno-externo, ao investigarem se estas eram alte-radas com as experiências de trabalho.

Tal caracterlsfica associa-se com o fato de predominarem estudos de corte

tr a n s v e r s a l e correlacionais, sendo raros os estudos longitudinais e experimentais.

Outro dado facilmente observado no quadro 1 é que lo c u s d e c o n tro le tem sido mensurado basicamente a tr a v é s de escalas e que a escala l-E de Rotter é a mais largamente utilizada, quer na sua forma original, quer emd iv e r s a s formas reduzi-das. Nos estudos mais recentes verifica-se o aparecimento den o v a s escalas.

As caracterlsticas dominantes, assim como os principais problemas e

perspec-tiv a s para a área foram e x te n s iv a m e n te discutidos nas duas r e v is õ e s citadas e suas conclusões são atuais, apesar de abrangerem apenas as pesquisas

desen-v o ldesen-v id a s até os primeiros anos da década de8 0 .

Para 8pector ( 1 9 8 2 ) , os estudos sugerem que lo c u s d e c o n tro le pode ser uma importante v a r iá v e l de personalidade na pesquisa e teoria organizacional já que, consistentemente, tem se encontrado diferenças entre internos e externos em si-tuações diferentes do mundo de trabalho. O autor v a i além e vislumbra algumas perspectivas de utilização do conceito na gerência de recursos humanos: "Assim, Iocus de controle poderia ser usado para selecionar empregados para trabalharem sob sistema de incentivos" (p. 4 9 3 ) ou "para m o tiv a r ou, pelo menos controlar o desempenho de externos, uma supervisão diretiva seria, p r o v a v e lm e n te , mais

efe-tiv a do que incentivos" (p,4 9 3 ) .

Ao concluir sua r e v is ã o o autor afirma: " ••• internos parecem se comportar de uma maneira que valida várias teorias em psicologia organizacional. Isto é, inter-nos respondem a contingências de reforçamento (sistemas de incentivo) sobre a tarefa, parecem preferir supervisão participativa, demonstram iniciativa e tendem a ter uma ação pessoal sobre o trabalho. Externos, por outro lado, parecem ser não responsivos a incentivos (eles os deseja, porém não necessariamente traba-lharão arduamente para consegui-los) e preferem uma supervisão diretiva. Então, muita teoria organizacional poderia ser bem limitada aos indivfduos internos" (8-pector, 1 9 8 2 , p.4 9 5 ) .

R e v i s t a d e P s i c o l o g i a , F o r t a l e z a , V . 9( 1 /2 ) , V . 1 0( 1 /2 ) ; p . 3 · p . 2 2 , J a n . z ü e z , 1 9 9 1 /9 2

(5)

Tais considerações encontram-se na base do objetivo deste estudo, o de in-vestigar a relação entre Iocus de controle e um conjunto de variáveis pessoais, funcionais, ocupacionais e organizacionais, entre servidores técnico-administrati-vos de uma instituição de ensino superior.

baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

11. MÉTODO

SUJEITOS:

Trabalhou-se com uma amostra de 313 servidores de uma instituição pública de ensino superior. A amostra foi selecionada através de procedimentos aleatórios em múltiplos estágios. A população foi estratificada quanto às variáveis cargo (técni-co/administrativo/apoio) e órgão (administração central, unidades de ensino e ór-gão suplementares), tendo-se estabelecido oquaníitatívo amostral para cada ex-trato; num segundo momento, foram selecionados, aleatoriamente os órgãos, nos quais se sorteou o número de servidores. Atingiu-se 75% da amostra prevista para o estudo, que apresenta as seguintes caracterfsfícas demográficas: predomínlo de profissionais do sexo feminino (67,4%), com idade média de 38,6 anos (desvio pa-drão de 9,98) e escolaridade predominante de 2º grau completo (42,9%) vindo a seguir o grupo com curso universitário (28,2%), primeiro grau (18,6%) e finalmente o grupo com pós-graduação (10,3%). Quanto ao órgão, 28,8% pertencem à admi-nistração central, 37,1% aos órgãos suplementares e 3,2% trabalham nas unida-des de ensino.

VARIÁVEIS E MEDIDAS:

Considerando-se a natureza da variável lo c u s d e c o n tro le - um atributo mais ou menos estável do índlvlduo - o estudo buscou correlacloná-las com outras va-riáveis ocupacionais, atitudinais e de percepção/avaliação do contexto de trabalho na amostra estudada. A figura 01 busca representar as relações estudadas. As variáveis encontram-se agrupadas em duas categorias: correlatos e conseqüen-tes, com base em considerações teóricas oriundas da revisão de literatura. Na realidade, todavia, a natureza do presente estudo - de corte transversal - não per-mite considerar as variáveis organizacionais como conseqüentes de locus, já que não são estabelecidas relações causais. No geral, seguindo a tradição de estudos na área, buscou-se observar se indivlduos que diferem em lo c u s d e c o n tro le

também diferem nas demais variáveis a seguir apresentadas:

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9

WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

( 1 /2 ) , V. 10( 1 /2 ) ; p.3 - p.22,J a n ./D e z . 1 9 9 1 /9 2

10

r

IGURA 1 - MODELO TEÓRICO

C O R R E L A T O S

VARIÁ VEIS FUNCIONAIS

• chefia • cargo • rendimentos

VARIÁVEIS PESSOAIS

• sexo • idade • escolaridade

,

L O C U S D E

C O N T R O L E •••••

(mensurado através da escala locus de controle no trabalho, SPECTOR, 1988)

C O N S E Q Ü E N T E S

ATITUDES:

• comprometimento

or-ganizacional

• central idade trabalho

• valores relativos ao

trabalho

• tipo preferido de orga-nização

PERCEPÇÕES:

• contexto de trabalho

Oportunidades de crescimento e progresso

Condições Materiais Ambiente Social Supervisão

Condições Ingresso e Estabili-dade

Concehoda Instituição

• papel ocupacional

Escoro do Trabalho Relação Tareta-lndivlduo Restrições do Papel Feedback

C A R R E IR A

• mobilidade no trabalho

• intenção de deixar a

organização • tempo de serviço

(6)

LOCUS DE CONTROLE: foi mensurado através de uma versão de 15 itens da escala proposta por Spector (1988), formato likert, sendo os escores mais baixos indicadores de internalidade.

COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: definido por Mowday, Steers e Porter (1982) como um construto que agrega: (a) forte crença e aceitação dos ob-jetivos e valores da organização; (b) uma disposição para se esforçar em favor da organização e, (c) desejo de permanecer como membro da organização. Para rnensurá-lo utilizou-se a escala proposta pelos autores citados, previamente vali-dade para o contexto de organizações públicas brasileiras por Borges-Andrade, Asanasieff e Silva (1989).

VALORES EM RELAÇÃO AO TRABALHO: para mensurar o conjunto de valo-res que cercam o trabalho para os indivtcuos, utilizou-se duas estratégias de men-suração. A primeira consistiu na utilização do "survey of work values" construído por WOllack, Goodale, Witjing e Smith (1971) que trabalha com seis sub-escalas agrupadas em três amplas categorias: valores lntrfnsecos (atividade, envolvimento e orgulho do trabalho), extrlnsecos (ganhos e status) e mistos (ascensão).

TIPO DE ORGANIZAÇÃO PREFERIDA: valor atribudo pelos indivfduos a as-pectos das organizações que as tornariam mais atraentes ou preferidas como local de trabalho. Utilizou-se uma questão em que se solicita a ordenação dos dez as-pectos mais importantes (Borges-Andrade et ai., 1989), sendo 1 o mais importante e 10 o menos importante.

MOBILIDADE NO TRABALHO: índíce construldo a partir dos dados relativos a: (a) número de empregos antes de ingressar na instituição, e (b) número de setores em que já trabalhou dentro da instituição.

INTENÇÃO DE DEIXAR A ORGANIZAÇÃO: medido através de um único item, tal variável vem sendo estudada como um dos antecedentes da rotatividade.

CONTEXTO ORGANIZACIONAL: os itens do questionário que avaliavam as-pectos do contexto de trabalho foram submetidos a uma análise fatorial de onde

fo-ramextraídosos seguintes aspectos ou fatores:

baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o p o rtu n id a d e s d e c re s c im e n to e

p ro g re s s o , c o n d iç õ e s m a te ria is (re c u rs o s e s a lu b rid a d e ), a m b ie n te s o c ia l

(re-lações com o grupo de trabalho), s u p e rv is ã o (qualidade/satisfação), c o n d iç õ e s

d e in g re s s o e e s ta b ilid a m , c o n c e ito d a in s titu iç ã o .

CARACTERíSTICAS DO PAPEL OCUPACIONAL: também aqui, os itens fo-ram agrupados nos seguintes fatores, como produto da análise fatorial implemen-tada:

*e s c o p o d o tra b a lh o - variedade, autonomia e caráter rotineiro ou não das

ta-refas que realiza;

* re la ç ã o d a s ta re fa s c o m o in d iv ld u o (gostar e ser cornpanvel com suas

aprendizagens)

*re s triç õ e s d o p a p e l (desconhecimento dos objetivos, solicitações

incompaU-vais e sobrecarga de trabalho).

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.3· p.22, Jan./Dez. 1991/92

12

VARIÁVEIS FUNCIONAIS: tempo de serviço, ocupação de chefia, natureza do

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

t : rgo (técnico de nível médio, técnico de nível superior, administrativo e apoio).

VARIÁ VEIS PESSOAIS: sexo, idade e escolaridade.

ROCEDIMENTO

A escala Locus de Controle no trabalho e os rtens que avaliam as demais variá-veis do estudo, integraram um questionário, composto predominantemente por rtens fechados. Os dados foram coletados, entretanto, através de entrevistas no próprio ambiente de trabalho, durante o horário de expediente.

A natureza bifatorial da escala de locus de controle (Bastos, 1991) levou-nos

o trabalhar com ume s c o re g e ra l d e in te m a lid a d e , calculado através da seguinte fórmula, adaptada daquela proposta por Romero Garcia e Pérez de Maldonado (a-pud Tamayo, 1989):

IT =(I - E)

+

5, sendo I o escore no fatorin te m a lid a d e e E, escore no fatore x

-te m a lid a d e . O acréscimo do valor 5 se deveu à facilidade de se trabalhar com

uma escala com escores apenas positivos. Assim, o escore geral de internalidade poderia variar de um valor mínírno igual a 1 (máximo de internalidade) a um valor de 8 pontos (máximo de externalidade).

Tomado o escore geral de internalidade come, dependente, foram realizados o cálculo das estaUsticas descritivas e as análises bivariadas adequadas à natureza das variáveis.

11I. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A . C a ra c te rfs tic a s d a a m o s tra q u a n to a lo c u s d e c o n tro le :

A distribuição dos servidores frente ao escore de internalidade nos revela, co-rno vemos na figura 2, a leve tendência do grupo, como um todo, de se aproximar do extremo de internalidade, com 71,2% dos sujeitos com escores abaixo do ponto médido da escala. Verifica-se, também, reduzidos casos com escores extremos, quer de intemalidade(7.3%)e.mais ainda, de externalidade (1,7%).

FIGURA 2 - Distribuição dos escores de internalidade. 50

40

30 20

10

O 1.5 a 2.5 2.51 a 3.53.51 a 4.5 4.51 a 5.5 5.51 a 8.5 8.51 a 7.5

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.3 • p.22, Jan./Dez. 1991/92

(7)

A distribuição constante na figura 2 caracteriza-se por uma média de 3.96, um valor moda I de 3.53 mediana de 3.93 e uma assimetria positiva de 2.23. Não se encontrou diferenças estatisticamente significativas entre homens (X = 4.11) e mulheres (X=3.90); quanto a idade, embora para a amostra global tenham se en-contrado uma correlação de .12 (p

<

.05) entre os homens, há uma correlação

positiva de r = .30 (maior idade maior externalidade), significativa para p.

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

< .01. Quanto a nível de escolaridade (r= - 14, P

<

.01), as diferenças observadas

mostraram que maiores níveis de escolaridade associam-se a maior internalidade, como vemos nas médias dos seguintes subgrupos amostrais: 1º grau (x = 4.26), 2º grau (x = 3.96) e nível superior (x = 3.84). É provável que esta associação com escolaridade explique a diferença significativa em internalidade entre os servidores que atuam nos diferentes níveis da administração; na administração central, onde se concentra o corpo técnico mais qualificado, encontrou-se os mais elevados es-cores de internalidade (X = 3.61) em oposição às unidades de ensino (X = 4.31).

Os estudos que relacionam locus com tais variáveis pessoais no contexto

or-ganizacional não apresentam resultados consistentes; em algumas amostras há correlações negativas e significativas com idade enquanto com escolaridade e se-xo não são encontradas correlações (Luthans, Baack e Taylor, 1987; Abel e Hays-lip, 1986, entre outros).

B. Locus e variáveis atitudinais

COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: A correlação de -.22, significativa para p

<

.01, é um dado inicial de que maior internalidade (escores mais baixos na escala) associam-se a maiores rndices de comprometimento com a Universidade, por parte do servidor. Esta correlação é maior no subgrupo das mulheres (r = -.28) e entre os técnicos de nível médio (r = .38)

Comparando-se os subgrupos extremos encontramos que os servidores "inter-nos" apresentaram um escore médio de comprometimento organizacional de X = 5.61, em oposição ao escore de X = 5.22 do grupo "externo" (F = 5.06; p = .006).

Os dados agora encontrados entre servidores brasileiros são congruentes com os relatados por Luthans e col. (1987) que, pela primeira vez, inclulram locus de controle como um antecedente de comprometimento organizacional. Encontrou-se, então, uma correlação r = -.26 (p

<

.01), tendo a varlavel locus de controle per-manecido na equação de regressão que explicava níveis de comprometimento. O fato de maior internalidade associar-se a maior comprometimento foi explicado com base na noção de busca de consistência cognitiva, uma das caracterlsticas identificadas entre os sujeitos internos. O relato de maiores níveisde comprometi-mento estaria consistente com a decisão de permanecer na organização.

Também Spector (1988) encontrou em três amostras independentes, correla-ções de -.20, -.26, e -.26, tendência coerente com os dados agora encontrados.

VALORES RELATIVOS AO TRABALHO: os dados constantes da tabela 1 mostram as correlações entre internalidade e os valores relativos ao trabalho,

ten-Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.3 - p.22, Jan./Dez. 1991/92

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do-se encontrado correlações positivas e significativas com os valores intrínsecos (maior internalidade associa-se com maior sentimento de orgulho com o trabalho, envolvimento com o trabalho e importância atribuída ao trabalho que o mantém em atividade). Em oposição, as correlações negativas e significativas com os valores

extrfnsecos revelam que os sujeitos mais externos valorizam mais do que os

inter-nos, os ganhos e o status decorrentes do trabalho. Apenas em relação ao valor "ascensão" não se encontrou correlação significativa. Estas diferenças mantém-se significativas quando são comparados os grupos extremos e quando se analisa os subgrupos de homens e mulheres.

baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

T A B E L A 1- Correlaç6es entre locus de controle e valores relativos ao trabalho.

VALORES

Inlrrnsecos Extrrnsecos Misto

Orgulho Envolvlmenlo Atividade Ganhos status AscençAo

Eecore de

Inlernalldade

WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.27 H .1 8 H .25H -.36 H - . 2 4 • • .05

•• algnH1callvopara alpha=.001

Na literatura disponrvel um resultado correlato encontra-se no trabalho de Fur-nham (1986) no qual o escore na sub-escala "interno" mostrou-se correlacionado (r = .41; p .001) com o escore na escala que avalia a adesão aos valores da "ética protestante do trabalho". Maior internalidade associava-se, então, à

valori-I ç ã o do trabalho árduo, "auto-sacrificante", a maior importância do trabalho na

vi-d do índlvíduo,entre outras caractertsticas.

TIPO DE ORGANIZAÇÃO PREFERIDA: A importância atríbuída pelos

servido-r com maiores escores de internalidade e externalidade acaracterísticas de uma

or anização em que gostariam de trabalhar, revelam diferenças significativas em v rios aspectos. Realização profissional foi o aspecto mais enfatizado pelos

inter-n seguido de melhores salários e segurança no trabalho; entre os externos, me-lhor s salários e segurança são os dois aspectos mais destacados seguido de

'I

ulzação profissional. Outra diferença importante aparece no item "melhores

pia-no

de aposentadoria", o quarto em prioridade entre os externos e décimo (último)

n tr os internos.

n vista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.3 - p.22,J a n .lD e z . 1 9 9 1 /9 2

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+

externos

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.3 - p.22, Jan./Dez. 1991/92

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A figura 3 nos mostra os escores médios de internos e externos frente às dez caracterfsticas avaliadas. Apenas frente aos rtens "condições de salubridade" e "sistema de promoções justo" as diferenças entre os grupos não se revelou signi-ficativa estatisticamente. No geral, observa-se que os indivfduos "internos" tendem a valorizar mais aspectos associados com caracterfsticas intrfnsecas do trabalho (realização, oportunidade de inovação, oportunidade de treinamento, bom conceito da instituição) enquanto os externos apresentam maiores pesos para aspectos extrfnsecos (aposentadoria, segurança, planos de saúde, salários).

Embora não existam, na literatura, dados similares com os quais possamos confrontar estes resultados, eles parecem consistentes com as caracterfstlcas associadas a internos e externos no ambiente de trabalho, especialmente com o fato de internos buscarem mais intensamente controlar o seu ambiente, procura-rem informações mais ativamente.

C. Locus e percepções do ambiente de trabalho

AVALIAÇÃO DO CONTEXTO DE TRABALHO: Como se vê na tabela 2, na maioria dos aspectos organizacionais avaliados, não se observaram diferenças significativas entre internos e externos •

TABELA 2 - Correlações entre locus de controle e avaliação do contexto de trabalho.

Oportunidade Condições Ambiente Supervisão Sistema

Crescimento Materiais Social Promoção

Facilidade de Conceito

Ingresso Instituição

I ecore de

Inlernalldade - . 2 1 - -.10 - . 0 7 - . 0 8 - . 2 0 - - . 0 9 - . 0 8

•• significativo para p=.001

-A correlação de -.21 (p

<

.001) indica que maior internalidade associa-se a uma avaliação mais positiva das oportunidades oferecidas pela Universidade para o crescimento e progresso do servidor, resultado que também pode ser interpreta-do, como em relação a comprometimento, como produto da busca de maior con-sistência cognitiva entre sujeitos mais internos. Esta correlação mostra-se mais expressiva entre as mulheres (r =-.29), técnicos de nfvel médio (r =-.39) e pes-oal administrativo (r = -.26). Outro dado coerente é a correlação de -.20 (p

<

.001) entre internalidade e avaliação de quão justo é o sistema de promo-ções em vigor na Universidade.

A avaliação das condições materiais mostrou-se associado a internalidade penas no subgrupo de mulheres (r =-.13; p < .05) e entre os técnicos de nfvel médio (r =-.23, P

<

.05). A associação entre internalidade e avaliação da quali-dade da supervisão também só ocorre no subgrupo feminino (r = -.16, P

<

.01) nquanto na avaliação do ambiente social, apenas entre os homens,encontrou-se que quanto maior internalidade, mais positiva a avaliação das interações com os

olegas (r =21, P < .05). A amostra como um todo apresenta o mesmo padrão

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA( 1 1 2 ) ;p.3 - p.22, Jan./Dez. 1991/92

(9)

ao avaliar a competição no ambiente de trabalho - os mais externos consideram o ambiente mais competitivo ( r =.11 P

<

.05). Tais dados sinalizam a tendência de indivlduo mais internos se mostrarem menos afetados pelas características do ambiente trabalho, ao contrário daqueles mais externos.

Não foi encontrada correlação significativa entre internalidade e avaliação da facilidade de ingresso na instituição na amostra global (r =.09) nem em qualquer dos seus subgrupos.

PERCEPÇÕES DO PAPEL OCUPACIONAL: os dados relativos à associação entre internalidade e caracterlsticas do papel ocupacional desempenhado pelo ser-vidor revelaram que internos e externos não se diferenciam significativamente na maioria dos aspectos avaliados.

aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

É baixa, por exemplo, a correlação com escopo

do papel (r = -.08) variável que engloba avaliações da autonomia, significância, feedback e variedade das tarefas, não se encontrando, aqui, resultados similares aos de Perrewé e Mizerski (1987) e Kimmons e Greenhaus (1976), que apontavam os internos como percebendo maior autonomia, feedback e variedade das ativida-des ativida-desempenhadas. Não se encontrou, também, correlação significativa entre internalidade e avaliação da relação entre as atividades desempenhadas e a aprendizagem do servidor.

Em relação à variável "restrições do papel" ('role strain'), fator que engloba Itens que mensuram sobrecarga de trabalho, indefinição de tarefa, exigência de execu-ção de tarefas íncornpatrvels, encontrou-se uma correlação baixa (r =11) mas significativa para p

<

.05. E interessante que essa correlação revela-se bastante alta (r = .41) entre os servidores menos qualificados (pessoal de apoio). Na litera-tura, Gemmil e Heilers (1972) encontraram, como no presente trabalho, que inter-nos percebem mais "restrições" (r = .31) e Organ e Green 91974, apud Spector, 1988) observaram uma correlação de .42. Contrariamente, o estudo de Evans (1974) encontrou correlação negativa com ambiguidade do papel.

Como assinala Spector (1988), "a literatura sobre a relação entre percepção de caracterfstícas do trabalho e locus de controle é inconsistente e inconclusiva" (p. 492), mostrando que existem algumas relações, mas não demonstrando a direção destas relações.

D.Locus de controle e dados de carreira

Neste grupo, uma primeira variável correlacionada com locus de controle foi o tempo de serviço na Universidade. Entre estas variáveis encontrou-se uma cor-relação de .14 (p

<

01), indicando que maiores rndices de internalidade asso-ciam-se com menor tempo de permanência na instituição. Esta correlação mos-trou-se mais elevada nos subgrupos: homens (r =.29), técnicos dentvelmédio (r

= .21) e servidores administrativos (r = .25). No geral, comparando-se os subgru-pos extremos observou-se que os internos tinham uma média de 13,25 anos de serviço, enquanto os externos, 15,47 anos (F = 2.98, P= 05). Os dados da litera-tura, também neste aspecto, não são conclusivos. Spector (1988) encontrou em quatro amostras independentes, correlações entre tempo e locus que vão de .08 a

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-.10, todas não significativas estatisticamente. Luthans et ai. (1987) encontrou uma correlação de -.12 (p

<

.05). A complexidade dos fatores (pessoais, organizacio-nais e sociais) que afetam a permanência do trabalhador numa organização expli-cam, certamente, o padrão de correlações apontado pelos estudos.

Em relação às duas outras variáveis estudadas - mobilidade ocupacional e in-tenção de deixar a universidade - não se encontrou associação com locus de con-trole. Internos e externos não diferem quanto ao número de setores em que já tra-balharam na instituição, no número de organizações em que trabalharam antes de Ingressarem na universidade nem manifestam intenção de deixar o emprego em proporções diferentes. Tais variáveis, provavelmente, são fortemente condiciona-das pelo contexto da administração pública brasileira e pelas restrições de merca-do de trabalho vigentes no final merca-dos anos oitenta eínlclodos anos noventa.

11I.CONCLUSÕES

Este trabalho tem, certamente, um caráter exploratório ao investigar como se comportam, numa amostra de trabalhadores brasileiros de uma instituição pública, as relações entre locus de controle e diversos aspectos do seu mundo de trabalho. Neste sentido, ele não foi delineado para buscar equacionar limites e indagações colocados pela literatura internacional. lrnpoê-se que estudos posteriores tomem relações especfficas e tentem, em amostras mais abrangentes, compreendê-Ias mais profundamente.

Os problemas apontados com bastante agudeza por O'Brien (1984) podem, também, ser percebidos no presente estudo. Como assinala o autor, as

associa-ç õ e s entre locus de controle e variáveis do trabalho são, geralmente, bastante

fracas sendo os resultados de muitos estudos possfveis de interpretação diferen-tes. "Diferenças relatadas em comportamentos, atitudes e expectativas de internos e externos podem ser, facilmente, atribuldas a diferenças desconhecidas nas si-tuações de trabalho encontradas por internos e externos" (p.58). Dentro da tradi-ção que domina esta área de investigatradi-ção, não se utilizou medidas objetivas da estrutura situacional, limitando-se a recolher percepções do empregado como indi-cadores de estrutura objetiva. Assim, "não é possfvel estabelecer o grau em que as medidas de percepção refletem diferenças objetivas ou são percepções seleti-vas de pessoas que já variam em locus de controle" (p.60).

Os dados agora relatados, os primeiros desta natureza no Brasil, podem forne-cer um ponto de partida para investigações mais espedficas que busquem romper os limites que cercam a pesquisa sobre comportamento organizacional, especial-mente quando utiliza variáveis que descrevem aspectos pessoais do trabalhador.

IV. REFERENCIAS

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