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Alberto Francisco MALEQUETA 1

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Academic year: 2022

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Avaliação dos hábitos alimentares e

implicações sobre o estado nutricional em adolescentes residentes nas zonas urbanas e suburbanas na cidade da Beira

Alberto Francisco MALEQUETA 1

Resumo: Os hábitos alimentares e o perfil nutricional da população vem passando por mudanças, devido ao processo conhecido como transferência nutricional (ANJOS et al., 2003). Apesar da comprovada relevância, a existência de poucos estudos nas Universidades em Moçambique motivou a realização da pesquisa. É nesse sentido que esta investigação teve como objetivos avaliar os hábitos alimentares e suas implicações sobre o estado nutricional em adolescentes residentes nas zonas urbanas e suburbanas na cidade da Beira. Recorreu-se a uma abordagem quantitativa de corte transversal, com uma amostra aleatória simples, composta por 4.000 adolescentes com idades entre 14 e 17 anos.

A análise dos dados teve como base o tratamento estatístico por meio do pacote estatístico SPSS versão 20. Os principais resultados sugerem que muitos adolescentes da zona urbana possuem dieta composta de pães (41,85%), leite (38,58%), carne bovina (30,03%), carne caprina (30,13%), margarina (24,40%), biscoitos (24,63%), mariscos (25,58%), macarrão (22,70%), chocolate (36,98%), sorvete (22,55%), refrigerantes (35,05%), sucos artificiais (22,25%), salgadinhos (34,03%), batata frita (19,73%), hambúrguer (20,18%), doces (35,73%), vegetais enlatadas (21,35%) e pipoca (35,18%). No sexo feminino constatou- se uma dieta composta de pães (41,85%), leite (38,58%), carne bovina (30,03%), carne caprina (30,13%), margarina (24,40%), biscoitos (24,63%), mariscos (25,58%), macarrão (22,70%), chocolate (36,98%), sorvete (22,55%), refrigerantes (35,05%), salgadinhos (34,03%), batata frita (19,73%), pizza (16,80%), hambúrguer (20,18%), doces (35,73%), vegetais enlatadas (21,35%) e pipoca (35,18%). Como principais conclusões, importa referir que, nas adolescentes, verificou-se que frutas, leite e produtos lácteos, carnes e ovo, salgados, pizza, hambúrgueres, chicletes, pipoca, bolos recheados e biscoitos, margarina, manteiga, maionese, sucos artificiais, sucos de frutas naturais, refrigerantes, óleos, gorduras, açúcares e doces influenciam no aumento desregrado no peso.

Palavras-chave: Hábitos alimentares. Estado nutricional. Adolescentes.

1 Alberto Francisco Malequeta. Mestre em Nutrição e Dietética pela Universidad Europea del Atlántico (UNEATLANTICO). Especialista em Alimentación y Actividad Fisica en la Infancia pela Universidade Pedagógica de Moçambique. Licenciado em Educação Física e Desporto pela mesma instituição. Coordenador do Curso de Licenciatura em Ensino de Educação Física e Desporto na Universidade Católica de Moçambique – Centro de Ensino a Distância. E-mail: <amalequeta@ucm.

ac.mz>.

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Food habits of assessment and implications on the nutritional status in teenagers living in urban and suburban areas in Beira city

Alberto Francisco MALEQUETA

Abstract: Dietary habits, nutritional profile of the population, such as nutritional transfer (ANJOS et al., 2003). Despite the proven relevance, the existence of few studies in the universities in Mozambique motivated the research. It is in this sense, that this research had as objectives to evaluate the Eating Habits and Implications on the Nutritional Status in Adolescent Residents in Urban and Suburban Areas in the City of Beira. We used a quantitative cross-sectional approach with a simple random sample composed of 4000 adolescents aged 14 to 17 years. The analysis of the data was based on the statistical treatment through the statistical package SPSS version 20. The main results suggest that many adolescents in the urban area show that the diet is composed of Breads (41,85%), milk (38,58%), Beef Bovine (30,03%), Caprine Beef (30,13%), margarine (24,63%), seafood (25,58%), pasta (22,70%), chocolate (36,98%), ice cream (22,55%), soft drinks (35,05%), artificial juices (22,25%), snacks (34,03%), potato chips (19,73%), hamburger (20,18%), sweet (35,73%), canned vegetables (21,35%) and popcorn (35,18%). In the female, it was observed a diet composed of breads (41,85%), milk (38,58%), Beef Bovine (30,03%), Caprine Beef (30,13%), Margarine (24,40%), Biscuits (20,88%), pasta (22,70%), chocolate (36,98%), ice cream (22,55%), soft drinks (35,05%), snacks (34,03%), potato chips (19,73%), Sweet (35,73%), canned vegetables (21,35%) and popcorn (35,18%). As main conclusions, it should be noted that, in adolescents, fruit was observed; Milk and dairy products; Meat and egg; Salty, Pizza, hamburger, chewing gum, popcorn;

Stuffed cakes and biscuits; Margarine, butter, mayonnaise; Artificial juices;

Natural fruit juices; soft drinks; Oils, fats, sugars and sweets influencing the unregulated increase in weight.

Keywords: Eating Habits. Nutritional Status. Adolescents.

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1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, distintas mudanças estão ocorrendo na sociedade, proporcionadas em sua generalidade pelo fenômeno da globalização, e muitas já estão modificando a configuração do mer- cado consumidor atual. Por sua vez, essas mudanças se refletem nas novas políticas de ajuste de produtos para responder às novas formas de consumo. No ramo alimentício, as mudanças têm maior impacto, pois as modificações no estilo de vida da população se refletem inconscientemente em seus hábitos alimentares. O estudo dos hábitos alimentares revela ter impacto e relevância primordiais não só na recognição do que os consumidores adquirem em termos de alimentos, mas, similarmente, de quais fatores permeiam a es- colha desses alimentos. Por mais que o consumo de alimentos de- monstre ser um acontecimento simples e cotidiano, seu estudo pode revelar muito mais do que simplesmente o que se come, como se come, por que e com quem.

A adolescência tem-se caracterizado como um período em que o crescimento dos indivíduos apresenta um metabolismo muito intenso quando comparado ao dos adultos. Para responder a essa elevada demanda de energia e de nutrientes,o grupo supracitado de indivíduos carece consumir maior diversidade e quantidade de alimentos.

Witkovski e Kühl (2015) caracterizam a adolescência como sendo a fase da vida que mais requer cuidados relacionados à edu- cação alimentar, por ser uma fase em que se verifica o pico de cres- cimento e desenvolvimento, devendo haver situações favoráveis para que se alcance o máximo possível de seu potencial biológico.

Além disso, estima-se, segundo estudos realizados, que os adoles- centes são o principal grupo de risco em termos nutricionais, sendo que, nos Estados Unidos, 26% dos adolescentes são obesos e, na América Latina, principalmente no Brasil, estudos revelam que o aumento da prevalência de excesso de peso é proporcional ao au- mento de mortes por doenças cardiovasculares (COBAYASHI et al., 2010). Em Moçambique, segundo o Jornal Notícias, 44 por cen- to dos moçambicanos padecem de desnutrição crônica, e 22,9, de obesidade. Destes, 35 por cento são habitantes das grandes cidades.

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Segundo Monteiro e Júnior (2007), esse fato está associado ao comportamento dos adolescentes em relação à alimentação, eles estão preocupados com satisfação no presente, não se interessando se a qualidade dos alimentos que consomem pode vir a ser preju- dicial na vida futura. Outra particularidade do adolescente é a sua ligação com os grupos de pares com quem se identifica, acabando por adquirir o mesmo padrão de consumo, numa tentativa de rom- per com os padrões familiares, que igualmente exercem influência no seu comportamento alimentar.

Bica et al. (2012) salientam que, ainda no tocante à rotina alimentar dos adolescentes, os mesmos sofrem efeito dos meios de comunicação e, atualmente, podem restringir as suas necessidades dietéticas na busca de um “corpo ideal”, simbolizado pela magre- za. Para os mesmos autores, a alimentação variada e equilibrada contribui para um estado nutricional adequado e, consequentemen- te, contribui para manter um bom nível de saúde dos adolescen- tes. Igualmente, os hábitos alimentares estão fixados nos grupos sociais, podendo influenciar os adolescentes que deles fazem parte (MOSCOVICI, 2011).

Num estudo observacional e transversal, realizado numa amostra aleatória de 661 adolescentes, com idades entre 11 e 17 anos, com média de 13,22 anos (Dp = 1.139), da zona Centro de Portugal, observou-se que 68,1% dos adolescentes apresentam um percentil de IMC entre P = 5 e P < 85. Da amostra, 67,9% dos ado- lescentes referiram que consideram ter uma alimentação saudável, com a ingestão de 5 a 6 refeições por dia. A maioria dos adolescen- tes (81,7%) ingere refrigerantes e os rapazes bebem mais refrige- rantes que as raparigas (85,5% vs 78,8%) (BICA et al., 2012).

Com objetivos de avaliar a tendência da ingestão dietética ao longo do tempo nos EUA, o estudo de Briefel e Johnson (2004) averiguou que o sexo feminino apresentava uma ingestão energé- tica superior nas refeições fora de casa; com maior destaque no consumo de bebidas adocicadas.

Estudo desenvolvido por Portugal (2008), com objetivos de avaliar os alimentos mais frequentemente ingeridos pelos jovens portugueses aos 12 e aos 15 anos, destacou o leite (90%), a fruta

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(93%) e os sumos naturais (86%). Para os dois grupos etários, mais de 75% dos jovens apresentaram a frequência semanal de consumo de bolachas, rebuçados e gomas (77%), leite achocolatado (78%) e refrigerantes com gás (78%). Igualmente faziam parte da sua dieta semanal os chocolates (85%) e os bolos de pastelaria (80%). As be- bidas alcoólicas, como vinho e cerveja, praticamente, não entravam na alimentação dos jovens de 12 anos, mas aos 15 anos, a cerveja era bebida, uma ou mais vezes por semana, por 17% dos jovens.

Os adolescentes devem merecer uma Educação em Saúde, pois ela é essencial, e é um instrumento de transformação social, de reformulação de hábitos e aceitação de novos saberes. Dessa forma, esta pesquisa objetiva responder à seguinte questão: os hábitos ali- mentares têm implicações sobre o estado nutricional de adolescen- tes residentes nas zonas urbanas e suburbanas na cidade da Beira?

Nessa perspectiva, optou-se pela realização de um estudo de caso com objetivo de avaliar os hábitos alimentares e implicações sobre o estado nutricional em adolescentes residentes nas zonas urbanas e suburbanas na cidade da Beira. Recorreu-se a uma abordagem quantitativa, de corte transversal, com uma amostra aleatória sim- ples, composta por 4.000 adolescentes com idades entre 14 e 17 anos. A análise dos dados teve como base o tratamento estatístico por meio do pacote estatístico SPSS versão 20. Entretanto, importa referir que, nas adolescentes, verificou-se que frutas, leite e produ- tos lácteos, carnes e ovo, salgados, pizza, hambúrgueres, chicletes, pipoca, bolos recheados e biscoitos, margarina, manteiga, maione- se, sucos artificiais, sucos de frutas naturais, refrigerantes, óleos, gorduras, açúcares e doces influenciam no aumento desregrado no peso.

2. DESENHO E METODOLOGIA

Tipo de estudo

Trata-se de um estudo quantitativo de corte transversal, com adolescentes de ambos os sexos, na faixa etária de 14 a 17 anos, regularmente matriculados no Ensino Básico público e privado, re-

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sidentes nas zonas urbana e suburbana na cidade da Beira no ano de 2015. Inicialmente, o estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os hábitos alimentares e as implicações sobre o estado nutri- cional em adolescentes residentes nas zonas urbanas e suburbanas na cidade da Beira.

A população de estudo foi composta por alunos que frequen- tam o 3º Ciclo do 2º Grau em 2015 do Ensino Básico do Sistema Nacional de Educação (SNE) de escolas públicas e privadas da ci- dade da Beira. A amostra foi aleatória simples, composta por 4.000 adolescentes, com idades compreendidas entre 14 e 17 anos, sendo 2000 residentes nas zonas urbanas e 2000, na zona suburbana. Fo- ram excluídos do estudo adolescentes com alguma condição física ou mental que os incapacitasse de participar do estudo e as adoles- centes gestantes e lactantes.

Estudo-Piloto

Com o objetivo de testar a compreensão do questionário pe- los estudantes, corrigir possíveis falhas e padronizar o instrumen- to para coleta dos dados, foi desenvolvido o pré-teste, seguido de estudo-piloto em um grupo de adolescentes, com características se- melhantes às da população de estudo, em uma escola não incluída neste estudo.

Local da Pesquisa

A pesquisa foi realizada no município da cidade da Beira, capital da província de Sofala, está localizada a cerca de 1.190 km a norte de Maputo, no centro da costa do Oceano Índico. O município tem uma área de 633 km², uma altitude média de 14 metros acima do nível do mar e está situado nas coordenadas 19° 50’ sul e 34° 51’

leste. Tem limite ao norte e oeste com o Distrito de Dondo, a leste com o oceano Índico e ao sul com o distrito do Búzi.

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Instrumento e Procedimentos de Recolha de Dados

Para avaliação das variáveis, usaremos os seguintes Instru- mentos de Medição e Procedimentos:

Perfil Antropométrico e Estado Nutricional dos Adolescentes As medidas antropométricas foram avaliadas nos adolescen- tes, com objetivos de avaliar o estado nutricional. Inicialmente fo- ram retiradas as medidas antropométricas (peso e altura) dos alunos integrantes da amostra. O peso foi obtido por meio de uma balança de marca Nova Electronic Personal Glass Scale, model No. BGS- 1240, com capacidades máxima de 150 kg 1x3V. A altura foi ob- tida com os alunos em posição ereta, descalços, pés unidos e em paralelo, utilizando-se uma fita métrica devidamente afixada e um esquadro, sendo este firmemente apoiado sobre a cabeça. Para o índice da massa corporal, utilizou-se a fórmula proposta pelo Bel- ga Adolfo Quetelete no fim do século XIX, e que antigamente se chamava índice de Quetelete: o IMC é determinado pela divisão da massa ou do peso do indivíduo pelo quadrado de sua altura, com a massa dada em quilogramas e a altura, em metros. Para classificar o estado nutricional dos adolescentes, foi estimado o Índice de Massa Corporal (IMC) segundo as recomendações da Organização Mun- dial da Saúde – OMS na qual a idade e o sexo é obtido pela expres- são IMC (ONIS et al., 2007), conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1. Classificação do IMC de adolescentes segundo os crité- rios propostos pela Organização Mundial da Saúde.

IMC CLASSIFICAÇÃO OBESIDADE (GRAU)

Menor que 18,5 Magreza 0

Entre 18,5 e 24,9 Normal 0

Entre 25,0 e 29,9 Sobrepeso I

Entre 30,0 e 39,9 Obesidade II

Maior que 40,0 Obesidade Grave III Fonte: Onis et al. (2007).

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Hábitos Alimentares

Para a avaliação dos hábitos alimentares, foi aplicado um Questionário de Frequência Alimentar específico para adolescen- tes (QFAA), desenvolvido no XIV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e X Encontro Latino Americano de Pós-Gra- duação – Universidade do Vale do Paraíba (SLATER et al., 2003) e modificado para a pesquisa, com objetivo de verificar os alimentos consumidos com frequência e aqueles nunca consumidos. O preen- chimento do questionário foi realizado pelos próprios adolescen- tes após instruções do pesquisador, dentro da escola, no período das aulas. O QFAA foi desenvolvido com objectivo de obtenção da frequência em que os alimentos são citados, considerando-se a frequência (%) em que o alimento aparece na dieta da cada adoles- cente. O QFAA apresentava quatro opções de resposta para relato da frequência de consumo, variando de uma vez ao dia, duas vezes ao dia, mais de 3 vezes ao dia e nunca. As modificações realizadas no QFAA tinham como objetivo incluir alimentos locais usualmen- te consumidos por adolescentes, segundo as condições atuais da família.

O método quantitativo, chamado questionário de frequência alimentar, igualmente foi adaptado para obtenção das informações juntos aos adolescentes, a fim de conhecer a dieta habitual dos mes- mos. O referenciado método compreende inquirir os participantes da pesquisa, buscando alcançar os relatos de frequência usual de consumo de cada alimento ou grupo de alimentos incluídos em uma lista por período específico de tempo.

Procedimentos Estatísticos

Para a digitação e codificação dos resultados, foi utilizada a planilha eletrônica Microsoft Excel v. 2010. A base de dados criada na planilha foi exportada para o pacote estatístico Statistical Pa- ckage for Social Science versão 20.0 (SPSS), em que, em seguida, foram feitas as análises. Os resultados foram apresentados em ta- belas. As análises estatísticas foram desenvolvidas considerando-se idade, peso, altura, IMC e os hábitos alimentares dos indivíduos em relação ao total da população, segundo a zona de residência.

Realizou-se o teste de qui-quadrado para verificar associação do

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estado nutricional, zona de residência e sexo (nível de significância de 5,0%).

3. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RE- SULTADOS

Tabela 2. Frequência de citações dos adolescentes residentes nas Zonas Urbanas e Suburbanas na Cidade da Beira.

ALIMENTOS Z. SUBURBANA URBANA

1/dia

(%) 2/dia (%) 3/dia

(%) Nunca (%) 1/dia

(%) 2/dia (%) 3/dia

(%) Nunca (%) Arroz 35,58 13,30 0,78 0,35 29,48 14,48 4,23 1,83

Pães 38,45 6,95 2,23 2,38 41,85 3,65 2,05 2,45

Feijão 36,68 8,10 4,58 0,65 34,48 14,20 0,68 0,65

Leite 15,63 17,05 7,58 9,75 38,58 8,03 3,38 0,03

Carne bovina 16,23 9,55 23,20 1,03 30,03 7,65 10,03 2,30 Carne caprina 29,48 14,48 4,23 1,83 30,13 13,48 6,33 0,08

Café 17,48 25,83 4,15 2,55 17,80 26,23 5,18 0,80

Margarina 15,03 14,35 13,18 7,45 24,40 14,35 5,85 5,40 Manteiga 17,48 25,83 4,15 2,55 19,73 24,33 5,30 0,65 Frango 22,28 15,73 5,20 6,80 21,33 13,10 10,80 4,78 Biscoitos 7,45 9,95 19,55 13,05 24,63 10,98 9,73 4,68 Mariscos 10,23 14,48 17,78 7,53 25,58 15,18 8,85 0,40 Macarrão 19,95 21,78 4,30 3,98 22,70 21,78 5,10 0,43 Chocolate 16,33 11,68 17,28 4,73 36,98 8,65 4,33 0,05 Maionese 10,98 13,20 20,25 5,58 10,98 13,20 20,25 5,58 Sorvete 12,33 15,30 19,75 2,63 22,55 19,53 7,73 0,20 Refrigerantes 24,80 14,48 4,43 6,30 35,05 8,63 5,00 1,33 Peixe 33,55 7,53 8,65 0,28 16,95 17,23 15,05 0,78 Suco de frutas

naturais 9,85 14,48 22,30 3,38 19,63 19,80 8,78 1,80 Sucos

artificiais 21,80 17,98 9,30 0,93 22,25 19,55 7,70 0,50

Bebidas com

álcool 13,30 14,48 22,20 0,03 12,60 11,45 14,18 11,78

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Bolos simples 5,85 14,48 18,28 11,40 533 11,40 13,58 19,70 Bolos

recheados 6,15 10,80 22,25 10,80 19,73 16,35 5,23 8,70 Ovos 10,75 13,98 16,55 8,73 21,95 21,68 5,85 0,53 Salgadinhos

(risole, coxinha, pastel, empada)

8,28 8,63 16,35 16,75 34,03 8,05 7,13 0,80

Queijo 15,83 12,03 12,98 9,18 16,13 11,80 12,53 9,55 Chicletes 14,18 19,10 11,98 4,75 16,95 16,75 12,45 3,85 Iogurtes 9,45 11,45 18,30 10,80 17,73 16,75 10,03 5,50 Batata frita 16,25 16,98 11,40 5,38 19,73 16,85 9,18 4,25 Tubérculos e

raízes 24,20 19,75 5,75 0,30 15,25 12,63 15,03 7,10 Pizza 6,70 16,35 14,20 12,75 16,80 22,58 10,20 0,43 Hambúrgueres 9,95 10,70 17,28 12,08 20,18 15,30 9,40 5,13 Doces 35,58 10,80 3,33 0,30 35,73 11,48 2,58 0,23 Farinha de

milho 42,23 3,08 2,23 2,48 22,83 8,53 8,55 10,10

Abóbora 29,48 14,43 4,23 1,88 9,20 10,53 6,68 23,60 Quiabo 30,03 14,18 3,78 2,03 9,18 5,83 5,78 29,23 Vegetais

enlatadas (ervilha, azeitona)

10,80 8,63 30,13 0,45 21,35 12,80 10,53 5,33

Açúcar 37,33 8,23 3,08 1,38 22,90 13,58 12,60 0,93

Vinho 5,33 7,23 5,85 31,60 5,33 7,23 5,85 31,60

Pipoca 31,08 9,38 9,45 0,10 35,18 9,38 5,43 0,03

Verduras 29,48 14,43 4,40 1,70 20,08 10,10 9,73 10,10 Fonte: elaborado pelos autores.

A Tabela 2 ilustra a frequência de citações dos adolescen- tes residentes nas zonas urbanas e suburbanas na cidade da Beira, e constatamos os seguintes resultados: para os adolescentes resi- dentes na zona suburbana, destaca-se a maior frequência de con- sumo diário de arroz (35,58%), feijão (36,68%), frango (22,28%), peixe (33,55%), bebidas com álcool (13,30%), tubérculos e raízes (24,20%), farinha de milho (42,23%), abóbora (29,48%), quiabo

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(30,03%), açúcar (37,33%), verduras (29,48%). Cabe referir, simi- larmente, as citações a café (17,48%), maionese (10,98%), bolos simples (5,85%) e vinho (5,33%), as quais ambas as zonas cita- ram com frequência semelhante. É interessante notar que os sucos artificiais (21,80%) foram citados com maior frequência, quando se compara com os dados relativos aos sucos de frutas naturais (9,85%). Esse fato justifica-se pela não priorização dos alimentos naturais para a elaboração de sucos consumidos pelos adolescentes.

Os adolescentes residentes na zona urbana demostraram maior consumo uma vez ao dia nos seguintes alimentos: pães (41,85%), leite (38,58%), carne bovina (30,03%), carne caprina (30,13%), café (17,80%), margarina (24,40%), manteiga (19,73%), biscoitos (24,63%), mariscos (25,58%), macarrão (22,70%), cho- colate (36,98%), sorvete (22,55%), refrigerantes (35,05%), sucos artificiais (22,25%), bolos recheados (19,73%), ovos (21,95%), salgadinhos (34,03%), queijo (16,13%), chicletes (16,95%), iogur- tes (17,73%), batata frita (19,73%), pizza (16,80%), hambúrguer (20,18%), doces (35,73%), vegetais enlatadas (21,35%) e pipoca (35.18%). Inversamente, algumas das menores frequências de cita- ções foram atribuídas a peixe (16,95%), peixe seco (5,25%), suco de frutas naturais (19,63%), tubérculos e raízes (15,25%), farinha de milho (22,83%), abóbora (9,20%), quiabo (9,18%) e verduras (20,08%). Dentre os alimentos referidos pelos adolescentes, deve- -se enfatizar a frequência do consumo de arroz (35,58%) e feijão (36,68%), pois estes são considerados, tradicionalmente, como in- tegrantes básicos da dieta da população moçambicana.

Tabela 3. Distribuição dos adolescentes no tocante à participação relativa dos grupos de alimentos em função do sexo e da zona de residência.

PARTICIPAÇÃO RELA- TIVA DOS GRUPOS DE

ALIMENTOS

SUBURBANA URBANA

Masculino

(%) Feminino

(%) Masculino

(%) Feminino (%) Cereais, pães, tubérculos,

raízes 29,78 22,68 27,33 20,23

Verduras 28,35 22,75 27,25 21,65

Frutas 22,58 25,23 24,78 27,43

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Leite e produtos lácteos 16,98 31,60 18,40 33,03

Carnes e ovo 18,23 27,70 22,30 31,78

Bebidas com álcool, sem

álcool 42,20 10,55 39,45 7,80

Salgados, pizza, hambúr-

gueres, Chicletes, pipoca 16,95 27,73 22,28 33,05 Bolos simples, bolos re-

cheados e biscoitos 22,30 26,45 23,55 27,70

Mariscos e peixe 27,48 22,53 29,80 20,20

Margarina, manteiga, maio-

nese 24,80 17,70 32,30 25,20

Sucos artificiais 30,98 10,83 39,18 19,03

Sucos de frutas naturais 23,05 16,95 33,05 26,95

Refrigerantes 25,00 23,73 26,28 25,00

Óleos, gorduras, açúcares

e doces 22,80 26,65 23,35 27,20

Fonte: elaborado pelos autores.

A Tabela 3 ilustra a distribuição dos adolescentes no tocan- te à participação relativa dos grupos de alimentos em função do sexo e da zona de residência, e verifica-se que os adolescentes do sexo masculino residentes na zona suburbana, em relação à partici- pação dos grupos alimentares nas suas dietas, obtiveram destaque em cereais, pães, tubérculos, raízes (29,78%); verduras (28,35%);

bebidas com álcool e sem álcool (42,20%). Quando comparados aos adolescentes residentes na zona urbana, constatou-se que es- tes possuem maior citação nos seguintes grupos alimentares: frutas (24,78%); leite e produtos lácteos (18,40%); carnes e ovo (22,30%);

salgados, pizzas, hambúrgueres, chicletes, pipoca (22,28%); bolos simples, bolos recheados e biscoitos (23,55%); mariscos e peixe (29,80%); margarina, manteiga, maionese (32,30%); sucos arti- ficiais (39,18%); sucos de frutas naturais (33,05%); refrigerantes (2,28%); óleos, e gorduras, açúcares e doces (23,35%).

Os resultados indicam que os adolescentes residentes na zona urbana ganham vantagens em relação aos residentes na zona su- burbana. Tal situação da frequência elevada das citações verifica- -se igualmente nos adolescentes de sexo feminino da zona urbana pelos alimentos: frutas (27,43%); leite e produtos lácteos (33,03%);

(13)

carnes e ovo (31,78%); salgados, pizzas, hambúrgueres, chicle- tes, pipoca (33,05%); bolos simples, bolos recheados e biscoitos (27,70%); margarina, manteiga, maionese (25,20%); sucos arti- ficiais (19,03%); sucos de frutas naturais (26,95%); refrigerantes (25,00%); óleos, gorduras, açúcares e doces (27,20%). Os valo- res ilustrados, segundo a tabela, indicam que as adolescentes da zona urbana têm maiores valores de citações quando comparadas às da zona suburbana, com pequena variação em cereais, pães, tu- bérculos, raízes (22,68%); verduras (22,75%) e mariscos e peixe (22,53%).

Pesquisa de Yuyama et al. (2000 apud MAIHARA et al., 2006) revelou que os hábitos alimentares de pré-escolares de munícios de Barcelos e Ajuricaba, no estado do Amazonas, caracterizam-se pela influência cultural arraigada, que contribui para o baixo consumo de verduras e frutas, apesar da grande disponibilidade desses frutos nas localidades, fato que corrobora com a nossa pesquisa. Uma se- gunda hipótese pode estar associada às condições socioeconômicas.

Muito se tem contestado, ao longo dos anos, sobre se há uma relação de influência dos fatores da vida econômica dos indivíduos e a alimentação que consomem. Várias pesquisas e estudos foram realizados com o objetivo de verificar até que ponto as pessoas que possuem uma condição financeira menos favorecida podem sofrer algum tipo de dano à saúde, em virtude do consumo de refeições pobres em alimentos de alto valor nutritivo. Os estudos revelam que uma alimentação adequada pode prevenir várias enfermidades crô- nicas. No entanto, a pesquisa revela tendência de baixo peso (18,72

±3,99) nos adolescentes de sexo masculino residentes na zona su- burbana; esse fato pode estar associado as diferenças culturais dos adolescentes, pois os adolescentes da zona urbana possuem maior acesso aos videogames, programas que propiciam maior influência no consumo dos alimentos e, consequentemente a não prática de exercício físico.

Segundo Dibsdall et al. (2003), o hábito de consumir alimen- tos ricos em energia e pobres em nutrientes é consequência da falta de meios econômicos para comprar alimentos mais saudáveis. A diferença de preço entre os alimentos saudáveis parece ser maior

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nas zonas onde os rendimentos são mais baixos. Além disso, a falta de instalações adequadas para cozinhar reforça a necessidade de consumir pratos pré-preparados ou comida “take away”, com ele- vada densidade energética.

Para os mesmos autores, o nível econômico e o de educação delimitam as escolhas e as atitudes alimentares que podem ultimar em doenças relacionadas à dieta. Os fatores influenciadores das es- colhas alimentares não se baseiam unicamente nas preferências de cada indivíduo, mas são condicionados por circunstâncias sociais, culturais e econômicas (DIBSDALL et al., 2003).

Dentre os grupos alimentares considerados fontes de pro- teínas, a maior proporção de participação, quando se considera as adolescentes de residentes em ambas as zonas, recai sobre o grupo do leite e dos produtos lácteos (alimento com maior numero de citações entre os adolescentes, de acordo com as análises descritas anteriormente), seguido das carnes e ovos e, por último, o peixe.

Ao observar os resultados, verifica-se um dado preocupante relati- vo à participação de grupo dos óleos, gorduras, açúcares e doces;

bebidas com álcool e sem álcool; salgados, pizzas, hambúrgueres, chicletes, pipoca; bolos simples, bolos recheados e biscoitos e re- frigerantes no consumo alimentar nos adolescentes de ambos os sexos. A participação do referido grupo é superior à dos grupos das frutas, carnes e ovo, cereais, pães, tubérculos, raízes em relação às adolescentes de sexo feminino da zona suburbana e urbana; e é superior que a das verduras nas adolescentes da zona suburbana.

Os resultados das análises anteriores corroboram com estudos desenvolvidos por Maestro (2002), que mostraram fortes hábitos de consumo de cereais, pães, tubérculos, raízes, verduras, frutas, be- bidas com álcool, sem álcool, óleos, gorduras, açúcares e doces em adolescentes de Piedade. Ainda, Castro (2001), citado por Freire (2011), no seu estudo, envolvendo 46 adolescentes da zona urbana e da zona rural, evidenciou baixo consumo de frutas e hortaliças.

Na referente pesquisa, foi observado que o consumo de frutas foi baixo nos adolescentes do sexo masculino residentes em ambas as zonas.

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A página Tua Saúde (2015) enfatiza maior consumo de ovo, peixe, carne, leite e derivados na adolescência porque esses ali- mentos são fontes de proteína e são de extrema importância para o desenvolvimento do indivíduo. Igualmente, existem alimentos fontes de proteína de origem vegetal, como feijão, lentilha e soja.

Os alimentos de origem animal fornecem proteínas completas ao organismo, já os alimentos de origem vegetal não têm uma pro- teína completa. Porém, é possível ter uma proteína completa com alimentos de origem vegetal quando se combinam leguminosas e cereais – por exemplo, feijão com arroz, quinoa e milho ou ervilhas e milhete.

Resultados semelhantes foram encontrados na pesquisa de realizada por Mahna, Passi e Khanna (2004) em Nova Delhi: 65%

dos adolescentes entre 16 e 21 anos de idade deixaram de reali- zar pelo menos uma refeição diária. Pizzas, sorvetes, refrigerantes, hambúrgueres são os alimentos mais consumidos, mostrando uma tendência para o consumo de refeições rápidas.

Numa pesquisa qualitativa realizada no Brasil, com objetivos de analisar o consumo alimentar dos adolescentes de 10 a 14 anos, constatou-se, na dieta de 70% dos adolescentes, a presença diária de bebidas gaseificadas, chicletes, biscoitos recheados, salgadinhos empacotados, doces em barra e baixo consumo de frutas, hortaliças e produtos lácteos. Na sua análise quantitativa, a pesquisa revelou maior consumo de proteínas e lipídios (colesterol), mas consumo insuficiente de ferro e cálcio. Para esse caso ainda, pelo menos três refeições diárias (almoço, jantar e uma menor) foram realizadas por 94% dos adolescentes (GARCIA; GAMBARDELLA; FRUTUO- SO, 2003).

Estudo realizado com jovens portugueses com idades de 12 e 15 anos constatou os alimentos mais frequentemente ingeridos como sendo o leite (90%), a fruta (93%) e os sumos naturais (86%).

Em ambos os grupos etários, mais de 75% dos jovens comiam, uma ou mais vezes por semana, bolachas (74%), rebuçados e gomas (77%) e bebiam leite achocolatado (78%) e refrigerantes com gás (78%). Juntamente, faziam parte da sua dieta semanal os chocolates (85%) e os bolos de pastelaria (80%). As bebidas alcoólicas, como

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vinho e cerveja, praticamente não entravam na alimentação dos jo- vens de 12 anos, mas, aos 15 anos, a cerveja era bebida, uma ou mais vezes por semana, por 17% dos jovens (PORTUGAL, 2008).

Segundo Hamasha et al. (2006), o alto consumo de refrige- rantes é um fator de risco para o aparecimento de cáries dentárias.

Para Maliderou, Reeves e Noble (2006), o papel dos sumos na ero- são dentária está bem demonstrado. Os ácidos presentes nas be- bidas carbonadas podem ter um efeito prejudicial, como a erosão do esmalte, maior que os ácidos da flora oral gerados pelos açúca- res de bebidas açucaradas (AMERICAN ACADEMY OF PEDIA- TRICS DENTISTRY COUNCIL ON CLINICAL AFFAIR, 2005).

A American Academy of Pediatrics (2004) enfatiza a neces- sidade de restringir o acesso a refrigerantes para reduzir problemas de saúde associados ao seu consumo, que vão desde a obesidade ao risco de cárie dentária, osteoporose e fraturas ósseas.

Tabela 4. Distribuição do estado nutricional dos adolescentes em função da zona de residência.

VARIÁVEIS Z. DE RESIDÊNCIA TEST OF HOMOGENEITY OF VARIANCES

Suburbana Urbana F Sig.

Sexo .00 1.00

Idade 462.44 .00

IMC 311.37 .00

Fonte: elaborado pelos autores.

A Tabela 4 ilustra a distribuição do estado nutricional dos adolescentes em função da zona de residência. Nela se pode cons- tatar os seguintes resultados: em média a idade dos adolescente da zona suburbana foi de 15.59±1.04, enquanto foi de 14.82±1.21 para os adolescentes da zona urbana. Quanto ao IMC, obteve-se o valor 21.17±3.79 para os adolescentes da zona suburbana e, na zona urbana, evidenciou-se tendência de sobrepeso em média de 23.05±2.89. Os valores indicam vantagem para os adolescentes da zona urbana.

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Tabela 5. Distribuição do estado nutricional dos adolescentes em função da zona de residência e sexo.

VARIÁVEIS Idade

Z. SUBURBANA Z. URBANA Z. Suburbana

TEST OF HOMOGENEITY OF VARIANCES Z. Urbana

Masculino Feminino Masculino Feminino F 7072.01

Sig.

.00 F 12.12

Sig.

.00

IMC Abaixo do

peso Peso

normal Peso

normal Peso

normal 1417.81 .00 262.92 .00

Fonte: elaborado pelos autores.

A Tabela 5 apresenta valores médios da distribuição do esta- do nutricional dos adolescentes em função da zona de residência e do sexo. Nela constatamos os seguintes resultados: nos adoles- centes do sexo masculino da zona suburbana, observa-se estado nutricional abaixo de peso e, no feminino (23.61±.95), caracteriza- -se estado nutricional considerado normal segundo a OMS. Para os adolescentes da zona urbana, consta o estado nutricional normal, com tendências para excesso de peso para os adolescentes do sexo feminino (24.03±1.65). O aumento de excesso de peso tem sido no- tificado em distintos países, especialmente no início da adolescên- cia. A superioridade de peso corporal observada nas adolescentes da zona urbana do presente estudo foi de 24.03±1.65, inferior aos resultados da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- tísticas – IBGE (2010), em que um total de 20,5% dos adolescentes apresentou excesso de peso e 4,9%, obesidade.

Em uma pesquisa com 3.118 adolescentes de 12 a 17 anos na cidade de Vilhena-RO, desenvolvida por Krinski et al. (2011), averiguou-se que 17,4% apresentaram excesso de peso. Em outro estudo, de Legnani et al. (2012), levado a cabo na cidade de Toledo no Paraná, a prevalência de excesso de peso foi de 18,7%.

Segundo García-García et al. (2013), a superioridade de ex- cesso de peso entre meninas pode ser encontrada em vários grupos populacionais (KRINSKI et al., 2011), sendo sua maturação sexual mais avançada, tendendo a apresentar prevalências de obesidade mais elevadas.

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Porém, Leal (2012) salienta que igualmente são observadas posições em que não há diferença entre os sexos, como os resul- tados encontrados por Legnani et al. (2012) e Figueiredo et al.

(2011), em que a prevalência de excesso de peso por sexo não mos- trou diferença significativa. Já García-García et al. (2013) e o IBGE (2010) encontraram prevalência de excesso de peso entre meninos.

Segundo Enes e Slater (2010) explicam, a diferença de peso entre os adolescentes pode estar associado a não prática de ativida- de física. Nossa pesquisa mostrou ligação entre hábitos alimenta- res, estilo de vida e a prática de atividade física e o excesso de peso.

Uma pesquisa feita em Portugal, desenvolvida por Figueire- do et al. (2011), corrobora com nosso estudo, uma vez que a pre- valência de excesso de peso foi maior entre os adolescentes que apresentaram maior citação nos seguintes grupos alimentares: pi- zza, hambúrgueres, chicletes, pipoca (22,28%); bolos simples, bo- los recheados e biscoitos (23,55%); margarina, manteiga, maionese (32,30%); sucos artificiais (39,18%); refrigerantes (26,28%); óleos, e gorduras, açúcares e doces (23,35%).

O estudo desenvolvido por Ferreira, Garcia e Reis (2009), ci- tado por Witkovski e Kühl (2015), constatou que, além dos hábitos alimentares, é preciso considerar o nível de atividade física entre os sexos e o tempo gasto em frente à TV. Ficou evidente que, quanto maior é o tempo gasto em frente à TV, menor é o tempo praticando atividade física.

Isso é semelhante aos achados por outros pesquisadores, que apontam resultados demonstrando que as meninas são mais seden- tárias que os meninos, independentemente do estado nutricional que apresentam.

Segundo Rezende et al. (2009), outro fator relacionado à ocorrência de excesso de peso é o número de refeições por dia.

Entende-se que o metabolismo deve ser estimulado e a ingestão ali- mentar diária, distribuída em maior número de refeições e menores porções, pois isso, além de conter a fome e evitar o jejum prolon- gado, pode diminuir a ingestão excessiva nas refeições principais (almoço e jantar).

(19)

O estado nutricional da população vem passando por mu- danças, devido ao processo conhecido como transição nutricional (ANJOS et al., 2003). Os efeitos dessa transição ocorrem devido às alterações nos hábitos alimentares, tanto na qualidade, quanto na quantidade de alimentos consumidos, além de a outras mudan- ças no estilo de vida (TRICHES; GIUGLIANI, 2005). Tudo isso é impulsionado pelos avanços técnico-científicos, pelo crescimento das áreas urbanas e pelo aumento da renda familiar (MARCHIONI, 2001 apud VASCONCELLOS, 2011).

Segundo Turconi et al. (2003), para uma promoção de uma boa saúde, nutrição e bem-estar na vida adulta, é necessário um planeamento de programas de educação nutricional, o que ajudará a conhecer os hábitos alimentares e o comportamento alimentar dos adolescentes.

Comportamentos e hábitos alimentares inadequados em ado- lescentes podem provocar baixo peso, sobrepeso e obesidade, além de anorexia e bulimia. Alguns autores acreditam que as causas de- pendem de fatores genéticos, metabólicos, neuroendócrinos, com- portamentais, sociais e psicológicos (DAMIANI; CARVALHO;

OLIVEIRA, 2000; 2002).

Pode-se julgar que o ambiente escolar exerce importante pa- pel na formação de hábitos saudáveis, por ser um espaço de con- vívio e interação social. As ações que se efetivarem podem formar agentes capazes de difundir hábitos saudáveis entre suas famílias e entre outros jovens, já que os grupos tendem a seguir modelos.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se constatar que os hábitos alimentares dos adolescentes residentes na zona suburbana destacam-se com a maior frequência de consumo diário de arroz, feijão, frango, peixe, bebidas com ál- cool, tubérculos e raízes, farinha de milho, abóbora, quiabo, açúcar, verduras. Já os adolescentes residentes na zona urbana demostra- ram maior consumo uma vez ao dia dos seguintes alimentos: pães, leite, carne bovina, carne caprina, café, margarina, manteiga, bis- coitos, mariscos, macarrão, chocolate, sorvete, refrigerantes, sucos

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artificiais, bolos recheados, ovos, salgadinhos, queijo, chicletes, iogurtes, batata frita, pizza, hambúrguer, doces, vegetais enlatadas e pipoca.

Observou-se a prevalência de baixo peso no sexo masculi- no e o feminino caracterizou-se por peso normal (23.61±.95) para os adolescentes da zona suburbana. Já os adolescentes da zona ur- bana tiveram o peso normal, enquanto notou-se nas adolescentes (24.03±1.65) uma tendência de excesso de peso.

Em relação à participação dos grupos alimentares, os ado- lescentes do sexo masculino residentes na zona suburbana tiveram maiores citações de cereais, pães, tubérculos, raízes; verduras; be- bidas com álcool e sem álcool. Para os adolescentes residentes na zona urbana, verifica-se maior citação nos seguintes grupos ali- mentares: frutas; leite e produtos lácteos; carnes e ovo; salgados, pizza, hambúrguer, chicletes, pipoca; bolos simples, bolos rechea- dos e biscoitos; mariscos e peixe; margarina, manteiga, maione- se; sucos artificiais; sucos de frutas naturais; refrigerantes; óleos, e gorduras, açúcares e doces. Em relação às adolescentes da zona urbana, destacou-se a maior participação dos grupos de frutas; leite e produtos lácteos; carnes e ovo; salgados, pizza, hambúrguer, chi- cletes, pipoca; bolos simples, bolos recheados e biscoitos; margari- na, manteiga, maionese; sucos artificiais; sucos de frutas naturais;

refrigerantes; óleos, gorduras, açúcares e doces. Os da zona subur- bana apresentaram variações nos cereais, pães, tubérculos, raízes;

verduras e mariscos e peixe.

Constatou-se, em média, o IMC 21.17±3.79 nos adolescentes da zona suburbana e, na zona urbana, evidenciaram-se tendências de sobrepeso, tendo média de 23.05±2.89. Os valores indicam van- tagem para os adolescentes da zona urbana.

Os adolescentes do sexo masculino da zona suburbana estão abaixo do peso em comparação com os da zona urbana, que evi- denciaram tendências de sobrepeso. As adolescentes de ambas as zonas apresentaram valores normais ou estão dentro do seu peso recomendado.

Em função dos resultados deste estudo, fortalece-se a neces- sidade de implementação de programas de educação nutricional,

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estudo da pirâmide alimentar e reeducação alimentar e incentivo da prática de atividade física para promoção da saúde.

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