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FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU) MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

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(1)

1 EDUARDO MENDES DE CARVALHO

Revisão Sistemática: a epidemiologia da resistência bacteriana nos hospitais brasileiros.

FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU) MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO

HOSPITALAR

Rio de janeiro

2014

(2)

2 EDUARDO MENDES DE CARVALHO

Revisão Sistemática: a epidemiologia da resistência bacteriana nos hospitais brasileiros.

Trabalho de Conclusão do Curso de MBA em Gestão em Saúde e Controle de Infecção Hospitalar.

Orientador: Prof. Rosania Maria de Araujo Oliveira Co-orientador: Prof. Élio Barreto de Carvalho Filho

FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU) MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO

HOSPITALAR

Rio de janeiro

2014

(3)

3 Carvalho, Eduardo Mendes de

C323r Revisão sistemática: a epidemiologia da resistência bacteriana nos hospitais brasileiros.[manuscrito] / Eduardo Mendes de Carvalho.

47f.,enc.

Orientador: Prof. Rosania Maria de Araujo Oliveira

Monografia: Faculdade Método de São Paulo

Bibliografia: f.47

1. Infecção hospitalar 2. Bacterimia 3. Epidemiologia 4. Resistência bacteriana I.

Título

CDU: (043.2)

(4)

4 RESUMO

A IH consiste em um grave problema de saúde mundial que está relacionado com altas taxas mortalidade e morbidade, aumento do tempo de internação e dos custos para o sistema de saúde, constituindo um grande desafio para a medicina. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão sistemática da literatura sobre o perfil das infecções hospitalares bacterianas no Brasil. As buscas foram feitas em seis bancos de dados: Cochrane, Web of science, Pubmed, LILACS, Trip Data Base, Embase. Em todos foram utilizados os mesmos descritores buscados em seus respectivos bancos como MESH e DECs. Foram selecionados 29 estudos, analisados frente aos desfechos definidos para este trabalho e suas análises foram organizadas em tabelas e quadros. O Quadro 3 mostra o resultado da pesquisa segundo autor e ano de publicação, seguido do tipo de estudo, objetivo do estudo e seus resultados.

Concluímos que existe uma carência de publicações sobre o tema infecção hospitalar no Brasil, mostrando o perfil nacional e regional. Foi observado que essa limitação se estendeu sobre a quantidade de microrganismos estudados e analisados, mostrando superficialidade do panorama estudado. E ainda sim, evidenciamos a gravidade do acometimento dos pacientes com IH, justificando a necessidade de mais estudos sobre o tema.

Palavras-chave; Infecção Hospitalar; Bacteremia; Epidemiologia, Resistencia

Bacteriana.

(5)

5 ABSTRACT

The IH consists of a major worldwide health problem that is associated with high mortality and morbidity rates, increased length of hospital stay and costs for the health system , constituting a major challenge for medicine . The objective of this work is to perform a systematic literature review on the profile of bacterial nosocomial infections in Brazil. Searches were made in six databases : Cochrane , Web of Science , PubMed , LILACS , Trip Data Base , Embase . In all these descriptors sought at their respective banks as MESH and DECs were used . 29 studies analyzed against outcomes set for this work and their analyzes were organized in tables and charts were selected. Table 3 shows the search result second author and year of publication, followed by the type of study , objective of the study and its results . We conclude that there is a lack of publications on the topic nosocomial infection in Brazil, showing the national and regional profile. It was observed that this limitation is reached on the amount of microorganisms studied and analyzed, showing the shallowness panorama studied . And yes, we noted the severity of the involvement of patients with IH, justifying the need for more studies on the subject.

Keyword: Cross Infection; Bacteremia ; epidemiology; Drug Resistance, Microbial.

(6)

6 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO... 9

1.1INFECÇÃO HOSPITALAR... 9

1.2 IDENTIFICAÇÃO BACTERIANA... 10

1.3 BACTERIAS MULTIRESISTENTES... 11

1.4 INFECÇÃO HOSPITALAR X BACTÉRIAS... 14

3. OBJETIVOS... 16

4. MÉTODOS... 17

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 20

7. CONCLUSÃO... 46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 47

(7)

7 DEDICATÓRIA

À Família

(8)

8 AGRADECIMENTOS

Á Deus.

(9)

9 LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS

Quadro 1. – Pag. 18

Quadro 2 – Pag. 20

Gráfico 1 – Pag. 23

Quadro 3 – Pag. 24

Quadro 4 – Pag. 31

(10)

10 1. INTRODUÇÃO

1.1 INFECÇÃO HOSPITALAR

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, infecção hospitalar (IH) é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta durante a internação, ou após a alta, quando se relacionar com a internação ou procedimentos hospitalares

1

. O diagnóstico de IH é realizado quando na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente; ou se desconhecer o período de incubação do micro-organismo, não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação e se manifestar a partir de 72h após a admissão; associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados 72h antes da internação(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998; STARLING, 1993).

A IH consiste em um grave problema de saúde mundial que está relacionado com altas taxas mortalidade e morbidade, aumento do tempo de internação e dos custos para o sistema de saúde, constituindo um grande desafio para a medicina(PITTET, 2005).

Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção são considerados portadores de IH do hospital de origem e devem ser notificados(MINISTERIO DA SAUDE, 1998).

Em unidade de terapia intensiva (UTI), as infecções comumente encontradas são a infecção urinária ou bacteriúria associada ao cateter vesical, pneumonia associada à ventilação mecânica e bacteremia associada a cateter venoso central, todas com morbimortalidade muito elevada(DAVID, 1998;

HINRICHEN, 2004; LIMA, 2007)

O risco de IH está diretamente relacionado à gravidade da doença, as

condições nutricionais dos pacientes, a natureza dos procedimentos

diagnósticos ou terapêuticos, ao tempo de internação, dentre outros

aspectos(LIMA, 2007; SEGERS, 2006; TURRINI, 2002). Dessa forma, um

número elevado de casos de IH tem relação direta com o aumento de

morbidade e mortalidade, maiores custos relacionados à internação e

(11)

11 crescimento de organismos multirresistentes(SHAFFER, 1974; MARTINS, 2001; RODRIGUES, 1997; LEVY, 2013).

Cerca de 5% dos pacientes admitidos em hospitais gerais contraem infecção durante a internação, nos países desenvolvidos(HALEY, 1985). No Brasil, apesar de não existirem estatísticas nacionais que revelem a magnitude real do problema, estima-se que entre 6,5% e 15% dos pacientes internados contraem um ou mais episódios de infecção

1

, e que entre 50.000 e 100.000 óbitos anuais estejam associados a sua ocorrência(GUIMARAES, 1985).

As características principais destas infecções vêm apresentando mudanças de acordo com o tipo de assistência médica prestada em cada período histórico. Assim, a infecção adquirida no meio externo (exógena), mais freqüente nas décadas de 50 e 60, foi suplantada pela importância de germens oportunistas da própria flora do paciente, que se tornam patogênicos na presença de depressão de seus mecanismos de defesa(EICKOFF, 1969). Esta é determinada pela doença básica ou por agressão diagnóstica e terapêutica relacionada a ampla utilização de procedimentos diagnósticos invasivos e terapêuticas imunodepressoras, que passaram a fazer parte da assistência hospitalar a partir dos anos 70.

1.2 IDENTIFICAÇÃO BACTERIANA

A identificação bacteriana nos dias atuais é feita de forma padronizada nos principais centros de diagnóstico em microbiologia. Com o advento da tecnologia, muitos laboratórios se utilizam das automações para ajudar na identificação dos microrganismos testados. Sabe-se que a automação possui uma alta sensibilidade para as principais bactérias identificadas na saúde.

Porém, um país com dimensões continentais como o Brasil, com diferenças econômicas significativas entre uma região e outra, não dispõe de recursos para que todas, ou a maioria das cidades possuam aparelhos automatizados de identificação bacteriana. Dessa maneira, encaixam-se os recursos manuais de identificação(LEVY, 2013).

A identificação manual de bactérias funciona de maneira satisfatória

dependendo do perfil dos pacientes. Em uma clínica médica, serão

(12)

12 encontrados pacientes com infecções, em sua grande maioria, com bactérias comuns para aquela determinada infecção, não ocasionamos maiores complicações na identificação e liberação de antibiograma. Porém, em casos de laboratórios que atendem a rede hospitalar, se faz necessário, tanto pelo volume, quanto pela complexidade, de equipamentos automatizados para identificação e realização de antibiograma.

Exemplos contundentes do dito acima são as bactérias não fermentadoras. As mais conhecidas e portanto comuns são a Pseudomonas sp. e Acinetobacter sp. Porém, existem outras bactérias não fermentadoras cada vez mais encontradas em ambiente hospitalares como Achromobacter denitrificans, Burkholderia cepacia, Ralstonia sp, que apresentam ser um problema para laboratórios não preparados tecnicamente para abordá-los.

Tratando-se das bactérias não fermentadoras, ainda há mais um agravante: as técnicas atuais estão se demonstrando falhas na sua identificação, visto que são microrganismos de crescimento lento e baixa caracterização bioquímica. Isso quer dizer que a identificação manual e automatizada não se fazem fidedignas para a totalidade destas bactérias. Por isso que hoje, cada vez mais, se estuda técnicas moleculares para identificação bacteriana como o Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e o Sequenciamento do 16S RNA.

. 1.3 BACTERIAS MULTIRESISTENTES

Uma dos fatores que tornam a infecção hospitalar um grande problema de saúde pública é a gravidade dos casos, muito causado pelo estado clínico dos pacientes e também pela multiresistência dos microrganismos encontrados nestes casos(SILVA, 2014).

Uma das resistências bacterianas mais comuns no Brasil e no mundo são as betalactamases de espectro estendido (ESBL) dos membros da família Enterobacteriaceae(SILVA, 2014).

A esse respeito, as ESBL são definidas como enzimas capazes de

hidrolisar cefalosporinas de terceira e quarta gerações e aztreonam e são

inativadas por inibidores específicos, isto é, clavulanato, sulbactam e

(13)

13 azobactam. Até o momento, mais de 430 ESBL foram caracterizadas, havendo descrição de muitas delas no Brasil(SILVA, 2014).

A produção de betalactamases constitui o principal mecanismo associado à resistência aos antibióticos betalactâmicos, como penicilinas, cefamicinas, cefalosporinas, monobactâmicos e carbapenens. Essas enzimas são diversas em estrutura e preferência de substrato e, diante da multiplicidade de betalactamases descritas, há dois esquemas de classificação.

A enzima associa-se não covalentemente ao anel betalactâmico. O anel é, então, atacado pela hidroxila livre do lado do sítio ativo do resíduo de serina, resultando na formação de um grupo acil-éster. A hidrólise finalmente libera a enzima ativa e o antibiótico hidrolisado inativo, formando água e ácido peniciloico(SILVA, 2014).

Outro grupo de enzimas com sítio ativo de serina e capacidade de hidrolisar cefalosporinas são as betalactamases cromossômicas (AmpC); são resistentes aos inibidores clavulanato, sulbactam e tazobactam e, portanto, não se classificam como ESBL. Essas enzimas podem ser cromossomais ou plasmidiais e pertencem ao grupo 1 na classificação de Bush-Jacoby--Medeiros e ao grupo C na classificação de Ambler(JACOBY, 2009).

Um dos métodos para identificação fenotípica de ESBL é a utilização

de fitas comerciais de E-test ESBL (Biomérieux,Marcy l’Etoile, France), em que

há queda de pelo menos três vezes na concentração inibitória mínima (MIC) do

antibiótico, quando este é associado a um inibidor que indica a produção de

ESBL(CLSI, 2009; HARADA,2008). Outro método é o teste de aproximação de

discos (DDST), em que os discos de cefalosporinas são colocados a 30 mm de

distância do disco com inibidor (clavulanato, tazobactam e sulbactam), havendo

sinergismo entre os substratos e o inibidor; a produção de ESBL é

confirmada(RAWAT, 2010). A zona de sinergismo é comumente denominada

zona fantasma (Figura 1). Geralmente, utilizam-se várias cefalosporinas no

teste, incluindo cefotaxima, ceftazidima, cefoxitina e cefepima. Quando há

resistência à cefoxitina e ao inibidor e sensibilidade à cefepima, infere-se a

produção de AmpC. Nesse caso, é preciso um pouco de cautela, uma vez que

a resistência à cefoxitina pode ser mediada por outros mecanismos, como

bombas de efluxo, perda da expressão de porinas e produção de determinadas

carbapenemases(JACOBY, 2009). O teste do disco combinado também é uma

(14)

14 alternativa para a triagem de ESBL. Nesse teste, quando há diferença de 5 mm do diâmetro do halo de inibição entre o disco de cefalosporina e seu respectivo disco combinado com inibidor, infere-se a produção de ESBL(CARTER, 2000).

Figura 1 – Testes fenotípicos para identificação de ESBL

(A) ESBL E-test; (B) teste do disco combinado; (C) teste da aproximação de discos.

ESBL: betalactamases de espectro estendido; CTX: cefotaxima; CLA: ácido clavulânico;

CAZ: ceftazidima; CFT: ceftiofur; AMC: amoxilina + ácido clavulânico;

CPM: cefepima.

Outra bactéria bastante citada na literatura como causa de infecção hospitalar é o gênero Corynebacterium, principalmente da espécie Corynebacterium striatum. Há relatos de infecções nasocomiais(LEE, 2005), septicemias(MARTIN, 2003), infecção pulmonar(RENON, 2007), meningite(WEISS, 1996), endocardite(OLIVA, 2010), osteomielite(FERNANDEZ, 2001), artrite séptica(SCHOLLE, 2007).

Surtos causados por C. striatum foram relatados em pacientes hospitalizados de longo prazo com a exposição prolongada a antibióticos de amplo espectro e em unidades de terapia intensiva (UTI) (LEONARD, 1994;

OTSUKA, 2006). A presença de múltiplos dispositivos médicos podem facilitar a colonização por C. estriado do trato respiratório superior com infecção invasiva subsequente. Portanto, C. estriado não deve ser simplesmente ignorado como um contaminante, especialmente quando isolado como um puro crescimento em pacientes debilitados crônicos com vários dispositivos médicos in situ (RENOM, 2007) .

Um clássico das infecções hospitalares e mais conhecido pelos profissionais da saúde, sem dúvida, o Staphylococcus aureus é uma bactéria muito resistente, que pode sobreviver em condições muito desfavoráveis.

Resistência de S. aureus à meticilina / oxacilina, as primeiras drogas de

escolha para o tratamento de infecções causadas por este patógeno está se

(15)

15 tornando um achado comum em muitas partes do mundo. Em um hospital pediátrico, em Houston, EUA, 74% dos isolados adquirida na comunidade S. aureus isolados em 2001 foram resistentes à meticilina(HALEY, 1982; OKUMA, 2002; HULTEN, 2003) . Além disso, a resistência aos medicamentos considerados de escolha para tratar resistente à meticilina S. aureus (MRSA) já é reconhecida, e tende a se tornar uma grande ameaça para os pacientes infectados por essas cepas(LIU, 2003) .

1.4 INFECÇÃO HOSPITALAR X BACTÉRIAS

O envelhecimento da população, que no Brasil chega a quase 11% da população, e a ocorrência de situações que predispõe à incapacidade imunológica, como por exemplo, o emprego de fármacos imunossupressores e adoção de técnicas invasivas de diagnóstico e tratamento, favoreceram o surgimento de agentes oportunistas que, em situações propícias, assumem papel relevante como agentes patogênicos(LECOUR, 2004).

A IH não é somente complicação frequente em pacientes de terapia intensiva, mas também indicador da qualidade da assistência prestada, estando inclusas, neste contexto, as práticas profissionais e as condições operacionais e estruturais oferecidas pelas instituições de saúde (PITTET, 2005; RODRIGUES, 1997).

As bactérias mais isoladas em casos de IH variam para cada hospital, em função do tipo de pacientes atendidos e tratamentos oferecidos, mas em geral predominam as enterobactérias E. coli, Klebsiella pneumoniae e Enterobacter sp, os Staphylococcus coagulase negativos e S. aureus e a seguir bactérias não fermentadoras como Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa (MARTINS, 2006; MOURA, 2007).

No HC-Unicamp, durante o ano de 2008, de 4.793 pacientes

internados, com diversos diagnósticos, foram colhidas 15.518 amostras de

hemoculturas, sendo 2.132 positivas perfazendo um total de 13,73% de

positividade. Os microorganismos com maior porcentagem de isolamento

(16)

16 foram: Staphylococcus coagulase negativa (26,6%), Klebsiella spp (10,3%), E.

coli (9,5%), Staphylococcus aureus (9,1%), Enterobacter spp ( 7,0%),

Acinetobacter spp (6,2%) , P. aeruginosa 5,7% e Candida sp (4,8%). Outros

não fermentadores como Stenotrophomonas maltophilia, complexo

Burkholderia cepacia, Ralstonia sp., representaram individualmente menos de

1% dos casos(VANDAMME, 1999). Em recente revisão( CARVALHO, 2012)

das cerca de 14.000 hemoculturas do HC-UNICAMP positivas no período de

2007 a 2012 foram isolados 299 amostras positivas para BNFs raros (2,1%),

referentes a 172 pacientes (1,23%) (excluídos P. aeruginosa, Acinetobacter

spp e Stenotrophomonas maltophilia) foi encontrada a seguinte frequência das

bactérias não fermentadoras raras: Pseudomonas spp (18%), Ralstonia pickettii

(8,7%), Ralstonia mannitolilytica (2,3%) e Chryseobacterium indologenes

(2,3%), Achromobacter denitrificans (2,3%), Ochrobactrum anthropi (1,7%),

Elizabethkingia meningoseptica (1,7%) e Cupriavidus pauculus (1,7%) e

Achromobacter xylosoxidans (1,2%).

(17)

17 2. OBJETIVO

Geral:

Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre o perfil das infecções hospitalares bacterianas no Brasil.

Específicos:

Descrever quais os principais microrganismos estudados no Brasil e

seus perfis.

(18)

18 4. MÉTODOS

O estudo estabeleceu como população de interesse pacientes atendidos em hospitais brasileiros com infecção hospitalar.

Foram definidos como critérios de inclusão:

1. Trabalhos que estudaram as bactérias causadoras de infecção hospitalar em pacientes brasileiros, tanto por trabalhos não randomizados, como relatos de casos, como estudo caso-controle.

2. Os estudos tinham que tratar de casos obrigatoriamente brasileiros.

As buscas foram feitas em seis bancos de dados: Cochrane, Web of science, Pubmed, LILACS, Trip Data Base, Embase. Em todos foram utilizados os mesmos descritores buscados em seus respectivos bancos como MESH e DECs. Os termos utilizados para as buscas e os resultados obtidos estão apresentados no Quadro 1.

QUADRO 1. Estratégia de busca e palavras chaves

FONTE PALAVRAS CHAVES

COCHRANE Cross Infection AND Bacteremia AND epidemiology AND Drug Resistance, Microbial AND Brazil

Web of science Cross Infection AND Bacteremia AND epidemiology AND Drug Resistance, Microbial AND Brazil

PUBMED (((("cross infection"[MeSH Terms] OR ("cross"[All Fields] AND

"infection"[All Fields]) OR "cross infection"[All Fields]) AND ("bacteraemia"[All Fields] OR "bacteremia"[MeSH Terms] OR

"bacteremia"[All Fields])) AND ("epidemiology"[Subheading] OR

"epidemiology"[All Fields] OR "epidemiology"[MeSH Terms])) AND ("drug resistance, microbial"[MeSH Terms] OR ("drug"[All Fields] AND

"resistance"[All Fields] AND "microbial"[All Fields]) OR "microbial drug resistance"[All Fields] OR ("drug"[All Fields] AND "resistance"[All Fields] AND "microbial"[All Fields]) OR "drug resistance, microbial"[All Fields])) AND ("brazil"[MeSH Terms] OR "brazil"[All Fields])

LILACS Infecção Hospitalar AND Bacteremia AND epidemiologia AND

Resistencia bacteriana AND Brasil

(19)

19 O Quadro 2 apresenta as diferentes etapas adotadas para exclusão segundo fonte e tipo dos estudos.

Todos os artigos selecionados para leitura completa foram analisados com enfoque à: população de estudo, hospital de estudo, objetivo do trabalho e a metodologia. A população e o hospital de estudos tinham que ser obrigatoriamente brasileiros. Foram descartados trabalhos que tinham como objetivo o estudo de métodos de identificação de microrganismos ou identificação de mecanismos de resistência. O enfoque para inclusão do artigo tinha que ser epidemiológico.

TRIP DATA BASE Cross Infection AND Bacteremia AND epidemiology AND Drug Resistance, Microbial AND Brazil

EMBASE Cross Infection AND Bacteremia AND epidemiology AND Drug

Resistance, Microbial AND Brazil

(20)

20 QUADRO 2: Resumo das etapas de exclusão de estudos, segundo a fonte.

ETAPAS DE EXCLUSÃO Cochrane Web of

science Pubmed LILACS

TRIP DATA BASE

EMBASE TOTAL

Busca geral (vide estratégia de busca)

3 1 140 0 71 1 216

Após exclusão pelo título,

repetições e data anterior 3 0 40 0 31 1 52

Após leitura do resumo 0 0 40 0 20 0 60

Após leitura do texto na

íntegra 0 1 31 0 20 0 52

Total de

Selecionados 0 0 29 0 0 0 29

Tipo de estudos - - ECNR,

CC, RC

Legenda: ECNR = Ensaio clínico não randomizado; CC= caso-controle; RC= relato de caso

(21)

21 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram selecionados 29 estudos, analisados frente aos desfechos definidos para este trabalho e suas análises foram organizadas em tabelas e quadros. O Quadro 3 mostra o resultado da pesquisa segundo autor e ano de publicação, seguido do tipo de estudo, objetivo do estudo e seus resultados.

A pesquisa foi realizada sem restrições ao ano de publicação, exatamente para possibilitar a analise temporal da evolução dos estudos brasileiros sobre as infecções hospitalares por bactérias. Mesmo assim, a pesquisa incluiu artigos de 1998 a 2013, mostrando a limitação de publicações brasileiras sobre infecção hospitalar por bactérias, mesmo sendo um tema de suma importância e muito discutido entre a classe médica.

Foram selecionadas 29 publicações sendo: 1 relato de caso, 24 estudos clínicos não randomizados e 4 caso-controle.

O único relato de caso encontrado foi realizado em 2007, sobre o primeiro caso de Enterococcus sp. resistente a vancomicina em Minas Gerais.

Um detalhe importante do trabalho, é que esta cepa foi confirmada como VRE através do método da Reação em Cadeia da Polimerase(PCR), demonstrando uma evolução nos métodos de diagnóstico e a necessidade de utilização de outros meio, que não sejam os manuais.

Em 2007 também, tivemos assim como em 2006, os maiores índices de trabalhos sobre IH( 5 trabalhos). Logo em seguida tivemos os anos de 2004, 2005 e 2009 com 3 artigos. Isso mostra que entre 2004 a 2007 tivemos a maior concentração de publicações sobre o tema abordado, evidenciando a preocupação da sociedade científica sobre o assunto. Porém, após este período, apenas em 2012 tivemos um aumento em publicações chegando a 3 artigos. (gráfico 1).

No levantamento realizado, os artigos encontrados variaram suas

discussões em cima de algumas poucas bactérias, como: Corynebacterium

striatum, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa. Tivemos um

caso de bactéria rara, Staphylococcus hominis, 4 trabalhos que trataram da

epidemiologia geral do serviço em estudo, trazendo todas as bactérias

(22)

22 encontradas no decorrer dos anos e o restante tratou das cepas mais conhecidas em termos de mecanismos de resistência: ESBL, VRE e MRSA.

Os casos raros de infecção hospitalar causados por Staphylococcus hominis, tratado por Palazzo IC et al, nos mostra o cuidado ao liberarmos um resultado como contaminante. Existem relatos que tratam o S. Hominis quando isolado em apenas uma amostra de hemocultura, assim como S. epidermdis, como contaminação ou liberando resultado com uma observação para o profissional médico avaliar o resultado(ST.GEME, 1990). Porém, estes mesmos microrganismos coagulase-negativo, podem ser potenciais causadores de bacteremias em recém-nascidos de baixo peso e sabidamente causadores de infecções cardíacas valvares(PATRICK, 1989).

O Corynebacterium striatum tratado por Baio (2013) é uma bactéria que vem sendo estudada e cada vez mais freqüente quando se trata de infecções hospitalares. Os relatos mostram que os surtos causados por este microganismos evidencia-se em pacientes hospitalizados a longo prazo, com exposição prolongada a antibióticos de amplo espectro e em unidades de terapia intensiva (UTIs)(LEONARD, 1994; OTSUKA, 2006). Dessa maneira esta bactéria não deve ser mais considerada como um simples contaminante, principalmente em pacientes imunocomprometidos e em tratamento prolongado de antimicrobianos.

As outras duas bactérias estudadas individualmente são de suma

importância para a CCIH dos hospitais: Acinetobacter baumannii,

Pseudomonas aeruginosa. Estas duas bactérias não fermentadoras,

representam de longe a maior incidência de bactérias com este perfil

fisiológico. O que destacamos nesse momento, não é a importância destas

bactérias, mesmo porque já é de conhecimento comum sua importância clínica

nos casos de infecções. O que chama atenção é a ausência nos nossos

resultados de bactérias não fermentadoras que hoje são emergentes e cada

vez mais causadoras de IH e morte, como o complexo Burkholderia cepacia e o

gênero Ralstonia sp, principalmente encontrados em infecções pulmonares(KI,

2011; KUZUMOTO, 2011).

(23)

23

Gráfico 1: Distribuição do número de artigos de acordo com o microrganismo estudado.

(24)

24 QUADRO 3: Análise dos artigos incluídos neste trabalho.

ESTUDO TIPO DE

ESTUDO OBJETIVO DO ESTUDO RESULTADOS

Baio PV et al. Clonal multidrug-resistant Corynebacterium striatum

within a nosocomial environment, Rio de Janeiro,

Brazil, 2013

Estudo clínico não randomizado

Identificação do microrganismo multi- resistente, Corynebacterium striatum, caudador de um surto nosocomial dentro de

um ambiente hospitalar.

Aidentificação do C. striatum identificação foi confirmada por 16S rRNA e sequenciamento do gene rpoB. Quinze cepas de C. striatum foram isoladas de adultos, metade das quais eram 50 anos de idade ou mais. C. striatum foi principalmente isolado em cultura pura a partir de secreção traqueal de pacientes

submetidos a procedimentos de entubação endotraqueal.

Prata-Rocha ML et al. Factors influencing survival in patients

with multidrug-resistant Acinetobacter baumannii

infection, 2012.

Estudo clínico não randomizado

Avaliar os fatores preditores de mau prognóstico em pacientes com Acinetobacter baumannii multirresistente.

Um total de 73 pacientes com 84 isolados de Corynebacterium striatum foram obtidas entre agosto de 2009 e outubro de 2010 neste hospital. No presente estudo, a taxa de mortalidade em 30 dias foi de

39,7%. Dos 84 isolados, 50 (59%) eram multi-resistente. Os fatores associados à mortalidade em pacientes com infecção por Corynebacterium striatum multi-resistente neste estudo foram: idade> 60 anos, a pneumonia, diabetes mellitus, doença renal, o uso de mais de dois procedimentos invasivos e

terapia antimicrobiana inadequada.

Gomes MZ et al. Factors associated with epidemic multiresistant Pseudomonas

aeruginosa infections in a hospital with AIDS- predominant admissions,

2012.

Estudo de caso- controle

Analisar a presença de fatores associados com a aquisição de uma epidemia Pseudomonas aeruginosa multirresistentes

em um hospital com atendimento predominante de pacientes HIV positivo.

Análise de regressão logística multivariada mostrou que a nutrição enteral, nutrição parenteral e a utilização de ciprofloxacina foram associados com um risco significativo e independente para a aquisição

de Pseudomonas aeruginosa multirresistentestensão.

Martins AF et al, High endemic levels of multidrug-resistant

Acinetobacter baumannii among hospitals in southern

Brazil, 2012.

Estudo clínico não randomizado

Investigar a incidência de casos Acinetobacter baumannii multirresistentes

nos hospitais públicos em Porto Alegre e caracterizar a disseminação clonal de

multirresistentes entre os hospitais afetados.

A maior taxa de infecção foi identificado em um hospital de trauma. Oito principais grupos clonais foram identificados por tipagem molecular, e 3 destes foram encontrados em todos os hospitais afetados.

Marra AR et al. Nosocomial bloodstream infections in Brazilian hospitals: analysis of

Estudo clínico não

randomizado Avaliar a epidemiologia e microbiologia de infecções da corrente sanguínea

Organismos Gram-negativos causados 58,5% das infecções da corrente sanguínea nosocomiais, organismos Gram-positivos causados 35,4%, e fungos causados 6,1%. Os patógenos mais comuns

foram Staphylococcus aureus (14,0%), estafilococos coagulase-negativos (12,6%), Klebsiella

(25)

25

2,563 cases from a prospective nationwide surveillance study, 2011.

nosocomiais em 16 hospitais brasileiros. spp. (12,0%), e Acinetobacter spp. (11,4%). A mortalidade em bruto foi de 40,0%. Quarenta e nove por cento das infecções da corrente sanguínea nosocomiais ocorreu na unidade de terapia intensiva (UTI).

Resistência à meticilina foi detectado em 157 isolados de S. aureus (43,7%). Klebsiella spp. isola, 54,9%

eram resistentes às cefalosporinas de terceira geração. Acinetobacter spp. e Pseudomonas aeruginosa, 55,9% e 36,8%, respectivamente, eram resistentes a imipenem. Foi encontrada uma alta mortalidade e

uma alta proporção de infecções da corrente sanguínea nosocomiais devido a organismos resistentes aos antibióticos.

Carvalho KR et al.

Dissemination of multidrug- resistant Acinetobacter baumannii genotypes carrying

bla(OXA-23) collected from hospitals in Rio de Janeiro,

Brazil, 2009.

Estudo clínico não randomizado

Relatar a disseminação de clones de A. baumannii produtores de MDR OXA- 23 em todo hospitais do Rio de Janeiro, Brasil.

Um total de 110 isolados A. baumannii imipenem-resistente foram obtidos a partir de janeiro de 2006 a setembro de 2007, em oito hospitais. Todos os isolados foram multiresistentes e 96 (87,3%) pr oduziram

a carbapenemase OXA-23. As cepas de A. baumannii isoladas foram separadas em cinco genótipos, com a maior prevalência do genótipo A (71,8%), seguido pelo genótipo B (22,7%). O genótipo A foi

encontrada em sete hospitais, enquanto o genótipo B havia se espalhado em cinco hospitais. As cepas produtoras de MDR OXA- 23 pertenciam a todos os genótipos.

Superti SV et a

l.

Risk factors for and mortality of extended-

spectrum-beta-lactamase- producing Klebsiella pneumoniae and Escherichia

coli nosocomial bloodstream infections, 2009.

Estudo de caso- controle

Avaliar os fatores de risco para o de espectro estendido -beta-lactamase (ESBL)

produção de infecção de corrente sangüínea

A análise multivariada mostrou que a exposição recente a piperacilina-tazobactam foi um fator de risco para ESBL BSI. K. pneumoniae foi significativamente mais propensos a ser uma produtora de ESBL. Nenhuma classe de cefalosporina foi independentemente associada com ESBLs BSI, no entanto, em um modelo secundário considerando todas as oximino-cefalosporinas como uma única variável, uma associação significativa foi demonstrada. A mortalidade geral de 60 dias foi significativamente maior

entre os organismos produtores de ESBL.

Vidal PM et al.Differences between "classical" risk factors

for infections caused by methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) and risk factors for

nosocomial bloodstream infections caused by multiple

clones of the staphylococcal cassette chromosome mec type IV MRSA strain, 2009.

Estudo de caso- controle

Identificar os fatores de risco associados com infecções da corrente sanguínea nosocomiais causadas por vários clones da

estafilocócica mec cassete cromossômico (SCCmec) tipo IV de cepa de Staphylococcus aureus meticilina-resistente

(MRSA).

Na análise multivariada, os três seguintes variáveis foram significativamente associados com ter uma infecção na corrente sanguínea nosocomial causada por cepas do tipo IV SCCmec de MRSA: um

intervalo de menos de 1 ano, o uso menos freqüente de um cateter venoso central e sexo feminino. Todos os isolados continham genes para a leukocidin Lucas-LukD e alfa-hemolisina. Os genes

de enterotoxina A estavam presentes em 1 isolado, e os genes para a beta-hemolisina estavam presentes em três isolados.

(26)

26

Palazzo IC et al.

Staphylococcus hominis subsp novobiosepticus strains

causing nosocomial bloodstream infection in Brazil,

2008,

Estudo clínico não randomizado

Relatar o isolamento de seis Staphylococcus hominis subsp. novobiosepticus (SHN) cepas de pacientes hospitalizados com infecções da

corrente sanguínea em dois hospitais brasileiros e caracterizar seu perfil de susceptibilidade a vários antimicrobianos.

Perfis de susceptibilidade indicou que a maioria dos isolados (cinco) foram multirresistente. PCR sobreposição e multiplex mostrou que cinco das seis linhagens com o SCCmec tipo III com classe A mec e tipo 3 ccr. O valor de MIC de vancomicina inicial de 4 mg / L para estas estirpes aumentada para 16-32

mg / L, após o crescimento durante 10 dias em caldo BHI suplementado com este antimicrobiano. microscopia eletrônica de transmissão indicou que a resistência à vancomicina foi associada com o espessamento da parede celular e para o outro mecanismo não está totalmente esclarecido.Apenas um SHN cepa foi oxacilina e vancomicina-suscetível. As infecções hospitalares em

pelo menos cinco dos pacientes de ambos os hospitais foram causadas por um único clone de Staphylococcus hominis subsp. novobiosepticus.

Couto RC et al. A 10-year prospective surveillance of nosocomial infections in neonatal intensive care units,

2007.

Estudo clínico não randomizado

Relatar os organismos causadores de infecções nosocomiais e padrões de susceptibilidade aos antimicrobianos em recém-nascidos que estavam internados em unidades de terapia intensiva neonatal e avaliar o desempenho de peso ao nascer como uma variável para a comunicação das

taxas NI estratificada de risco.

Foram analisados 6.243 recém-nascidos e 450 unidades de terapia intensiva neonatal. Isto incluiu 3.603 infecções nosocomiais que ocorreram em 2.286 recém-nascidos. Os NEI mais freqüentes foram infecção primária corrente sanguínea (PBSI; 45,9%), conjuntivite (12,1%), infecções da pele (9,6%) e pneumonia (6,8%). Bastonetes gram-negativos (principalmente Klebsiella sp.e Escherichia coli) foram responsáveis

por 51,6% de episódios de PBSI. Organismos gram-positivas (estafilococos coagulase positiva, principalmente) foram responsáveis por 37,4%. Candida sp. Foi o quarto organismo mais isolado. Uma elevada resistência às cefalosporinas de terceira geração, foi gravada em isolados de K. pneumoniae e

E. coli.

Guilarde AO et al. Bacteremias at a teaching hospital: etiology,

antimicrobial susceptibility pattern and risk factors for

mortality, 2007.

Estudo clínico não randomizado

Avaliar a incidência de bacteremias, seu perfil de suscetibilidade antimicrobiana, e fatores associados ao óbito, em hospital universitário, no período de 1º de janeiro de

2000 a 31 de dezembro de 2001.

Foram detectados 295 episódios de bacteremia. O patógeno mais freqüente foi o Staphylococcus aureus: 118 (40%), com 55,9% de MRSA. A letalidade pela bacteremia foi de 34,5%. Os fatores de risco

independentes para o óbito foram terapia inicial inadequada e gravidade da apresentação clínica.

Ribas, RM et al. Nosocomial bloodstream infections:

organisms, risk factors and resistant phenotypes in the Brazilian University Hospital,

2007.

Estudo clínico não randomizado

Determinar a frequência de ocorrência e fenótipos de resistência associados a infecções da corrente sanguínea adquiridos

nosocomiais.

Os fatores de risco associados a estas bacteremias foram analisados e uso de antibióticos e cirurgia foram associados com bacteremia por Gram-negativos e dispositivos invasivos 2 com Gram-positivas. A

resistência fenótipos ESBL e AmpC / outros correspondem a 41,2%, com predomínio de E. agglomerans entre AmpC e K . pneumoniae entre. Entre as bacteremias por S.aureus ,

aproximadamente 40% estavam associados ao MRSA.

Ribas, RM et al. Vancomycin- resistant VanA phenotype Enterococcus faecalis: first case in Minas Gerais state and

Relato de caso

Descrever o primeiro caso de um paciente com infecção por VRE em Minas Gerais;

examinamos aspectos epidemiológicos, como os fatores de risco conhecidos para

A vítima paciente do sexo feminino de 30 anos de idade, de um acidente de trânsito, foi hospitalizado em 4 de agosto de 2003. Urocultura mostrou cocos Gram-positivos, que foram catalase negativa. Com base

nestes resultados, a estirpe foi caracterizada como Enterococcus , e identificação das espécies foi

(27)

27

epidemiological considerations, 2007.

estas infecções e vigilância de rotina feitas com pesquisas de cultura intestinais

periódica.

confirmada por PCR.

Zavascki AP et al. High prevalence of metallo-beta- lactamase-mediated resistance

challenging antimicrobial therapy against Pseudomonas

aeruginosa in a Brazilian teaching hospital, 2007.

Estudo clínico não randomizado

Determinar a prevalência de produção de metalo-beta-lactamase (MBL) entre Pseudomonas aeruginosa nosocomial

isolados de um hospital universitário brasileiro

.

Um total de 512 isolados de P. aeruginosa foram recuperados a partir de 245 pacientes durante um período de 10 meses. Noventa e quatro (38,4%, IC 95% 32,2-44,8%) isolados eram produtores de

MBL. Maior resistência a beta-lactâmicos foi mediada por MBL. Quarenta e um (16,7%) foram resistentes a todas as drogas, exceto polimixina B e 33 (80,5%) eram produtores de MBL.

Silva N et al.Risk factors for infection by extended- spectrum beta-lactamase

producing Klebsiella pneumoniae in a tertiary hospital in Salvador, Brazil,

2006.

Estudo clínico não randomizado

Avaliar os fatores de risco para infecções hospitalares causadas por ESBL-PK, em um hospital terciário, na Bahia, Brasil.

Com base na análise multivariada, uso prévio de antibióticos, o diagnóstico de doenças malignas e diabetes mellitus foram fatores de risco independentes para a aquisição da infecção ESBL-Kp. Nenhuma

correlação foi encontrada para a idade, o uso de corticosteróides, o diagnóstico de insuficiência renal crônica ou AIDS e infecção pelo ESBL-Kp.

Marra AR et al. Nosocomial bloodstream infections caused

by Klebsiella pneumoniae:

impact of extended-spectrum beta-lactamase (ESBL) production on clinical outcome

in a hospital with high ESBL prevalence, 2006.

Estudo clínico não randomizado

Avaliar a frequência de ESBL produzir infecções da corrente sanguínea Klebsiella

pneumoniae (BSI) em um hospital brasileiro.

A mortalidade geral intra-hospitalar foi de 40,8%. Variáveis que predizem independentemente morte por análise multivariada foram: ventilação mecânica, número de comorbidades, antimicrobianos prescritos

antes de bacteremia e doença subjacente fatal.

Guilarde AO et al.

Staphylococcus aureus bacteraemia: incidence, risk factors and predictors for death in a Brazilian teaching hospital,

2006.

Estudo clínico não randomizado

Avaliar a incidência de infecção da corrente sangüínea causada por Staphylococcus

aureus e os fatores de risco para mortalidade.

As infecções nosocomiais representou 83,8% dos casos e Staphylococcus aureus meticilina-resistente (MRSA) foram responsáveis por 60,2% dos casos. A mortalidade geral devido a S. aureus foi de 35,1%. Infecção por MRSA, gravidade do quadro clínico (sepse grave ou choque séptico) e terapia

antimicrobiana inicial inadequada foram identificadas por análise univariada como preditores de mortalidade

Brites Cet al. Temporal evolution of the prevalence of

methicillin-resistant Staphylococcus aureus in a

Estudo clínico não randomizado

avaliar a evolução temporal das infecções por MRSA em um hospital privado terciário, em Salvador, a capital do estado da Bahia.

A prevalência de MRSA foi de 28%. A unidade de cuidados intensivos (59%), a unidade de hemodiálise (43%), e a unidade de doenças infecciosas (34%) apresentaram significativamente maior prevalência de MRSA, quando comparado com os restantes clínicas do hospital. Foi detectado um aumento significativo de isolamento MRSA entre pacientes com infecções nosocomiais, ao longo do tempo. Isolados de MRSA

(28)

28

tertiary hospital in Bahia, Brazil: a nine-year evaluation

study, 2006.

foram altamente resistentes a medicamentos alternativos (clyndamicin, eritromicina, co-trimexazole, levofloxacina), reforçando a probabilidade de aquisição nosocomial do patógeno.

von Dolinger BD et al. An outbreak of Acinetobacter baumannii septicemia in a neonatal intensive care unit of

a university hospital in Brazil, 2005.

Estudo de caso- controle

Avaliar um surto de dois clones multi- resistentes de Acinetobacter baumannii na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do

Hospital Universitário Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, Brasil e analisar a contribuição de transmissão cruzada no aumento das taxas de infecção

.

Ambos os grupos infectados levou a concluir que vários fatores contribuíram para a infecção por A.

baumannii. Esses fatores foram: a exposição a antibióticos e dispositivos invasivos, peso ao nascer

<1.500 g, idade <ou = 7 dias e a duração da hospitalização > ou = 7 dias. Com base na regressão logística, recém-nascidos infectados foram mais expostos a carbapenem e ventilação mecânica do que o

grupo controle.

de A Trindade P et al.

Prevalence of SCCmec type IV in nosocomial bloodstream isolates of methicillin-resistant Staphylococcus aureus, 2005.

Estudo clínico não randomizado

Avaliar a prevalência de Staphylococcus aureus meticilina-resistente SCCmec tipo IV

isolados na corrente sanguínea de.

Durante um período de sete meses, foram avaliados 151 isolados de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina. Nenhum foi adquirido na comunidade. Vinte (13%) foram suscetíveis a quatro ou mais antibióticos, e 95% desses isolados foram identificados como tipo SCCmec IV. A tipagem molecular

demonstrou quatro padrões, com um padrão predominante.

Beretta AL et al. Use of molecular epidemiology to

monitor the nosocomial dissemination of methicillin-

resistant Staphylococcus aureus in a university hospital

from 1991 to 2001, 2004.

Estudo clínico não randomizado

Analisar a diversidade genômica de cepas de MRSA isolados de pacientes com

infecção hospitalar em um Hospital Universitário entre 1991-2001.

Durante o período I, 73 amostras apresentaram cinco perfis de DNA distintos: A, B, C, D, e E. Perfil 1 foi o padrão de DNA mais frequente e foi identificado em 55 (75,3%) cepas; três intimamente relacionadas e

quatro perfis possivelmente relacionado. Durante o período II, 80 (68,8%) das 117 amostras apresentaram o mesmo perfil endêmico A identificado no período I, 18 (13,7%) perfis estreitamente relacionadas e 18 (13,7%), possivelmente perfis relacionados e, apenas uma cepa apresentou um perfil

independente. A análise de agrupamento mostrou um coeficiente de 96% de similaridade entre o perfil de um período I e perfil A do período II, que foram consideradas do mesmo clone.

Gales AC. Carbapenem- resistant Pseudomonas aeruginosa outbreak in an

intensive care unit of a teaching hospital, 2004.

Estudo clínico não randomizado

Investigar se o aumento de carbapenem resistente a P. aeruginosa foi relacionada

com o surgimento e a disseminação de uma cepa epidêmica.

Um clone único foi detectada entre 5 de 7 isolados, sugerindo que a contaminação cruzada pode ter desempenhado um papel na disseminação de carbapenem resistente

ao P. aeruginosa cepas. Curiosamente, um padrão de eletroforese em gel de campo pulsado semelhante foi encontrado em um P.aeruginosa cepa isolada do Hospital São Paulo que foi usado como

um controle.

Moretti ML et al. Clonal dissemination of VanA-type

glycopeptide-resistant Enterococcus faecalis between

hospitals of two cities located 100 km apart, 2004.

Estudo clínico não randomizado

Avaliar a disseminação inter-hospitalar de isolados E. faecalis do tipo VanA que ocorreram entre dois hospitais localizados

em duas cidades diferentes.

A genotipagem de DNA por eletroforese em gel de campo pulsado mostraram que todos os isolados foram originados a partir de um mesmo clone, sugerindo disseminação nosocomial. De maio a julho de 2002, três linhagens de E. faecalis resistentes à vancomicina foram isolados a partir de dois pacientes internados em CMC e ambos os pacientes foram colonizados por Enterococcus em lesões de pele e resistentes a vancomicina. Todos os isolados a partir de CMC e HCUSP eram altamente resistentes a vancomicina e teicoplanina. As três estirpes de CMC tinham concentrações inibitórias mínimas > 256 ug /

ml de vancomicina, e 64 e 96 ug / ml para a teicoplanina, caracterizando um perfil de resistência de

(29)

29

VanA a glicopéptidos. Todas as cepas contou com a presença do transposon Tn 1546 detectados por PCR e estavam intimamente relacionadas quando digitado por eletroforese em gel de campo pulsado.

Chang MR et al. Surveillance of pediatric infections in a teaching hospital in Mato Grosso do Sul, Brazil, 2003.

Estudo clínico não randomizado

Determinar a freqüência de microrganismos, antimicrobiana e perfis genéticos e fatores de risco associados às

infecções nosocomiais em um hospital de ensino em Campo Grande, Mato Grosso do

Sul

Patógenos foram mais frequentemente isoladas de crianças de um mês de idade ou mais jovens, e infecções da corrente sanguínea foram os mais frequentes. Os principais agentes isolados isolados foram: Staphylococcus coagulase-negativo (38), Pseudomonas aeruginosa (19), S. aureus (26), K.

pneumoniae (18) e Candida spp. (13). As condições de risco que foram mais estreitamente relacionados com a aquisição: estadias prolongadas hospitalares (69,4%), prematuridade (60,9%) e a exposição a procedimentos de dispositivos de alto risco (95,4%). Ciprofloxacina e imipenem foram as drogas mais

eficazes, inibindo a totalidade ou a quase totalidade da Enterobacteriaceae, P. aeruginosa e Acinetobacter calcoaceticus isolados. Apenas 23% das amostras de S. aureus foram resistentes à oxacilina. Tipagem genômica revelou 10 padrões distintos para S. aureus e 13 de K. pneumoniae, o que

sugere que a maioria deles não pertencem ao mesmo clone.

de Freitas AL et al. Antibiotic resistance and molecular

typing of Pseudomonas aeruginosa: focus on

imipenem, 2002.

Estudo clínico não randomizado

Determinar o parentesco de Pseudomonas aeruginosa isolados de três hospitais distintos por testes de suscetibilidade de

difusão em disco e por E-test e tipagem molecular por análise macrorestrição.

O perfil de resistência de 124 isolados de oito agentes antimicrobianos foi determinada em três hospitais diferentes, em Porto Alegre, Brasil. Freqüências de susceptibilidade variou de 43,9% para 87,7% a

carbenicilina para ceftazidima. Dados de resistência cruzada de isolados resistentes ao imipenem indicou que a maioria (70%) também foram resistentes a carbenicilina, embora 30% permaneceram

suscetíveis à ceftazidima e cefepima.

de Oliveira Conterno L et al.

Staphylococcus aureus bacteremia: comparison of two periods and a predictive model

of mortality, 2002.

Estudo clínico não randomizado

Analisar a epidemiologia da bacteremia ocasionada por S. aureus, comparando dois períodos (início e meados da década

de 1990) e desenvolver um modelo preditivo de mortalidade.

Ao comparar os dois períodos bacteremia por MRSA adquirida na comunidade aumentou de 4% para 16% (p = 0,01). Não houve diferença significativa na taxa de mortalidade entre os dois períodos (39% e

33%, p = 0,40). Cateteres provocou 24% dos casos de bacteremia e foram associados com a menor taxa de mortalidade. Em uma análise de regressão logística, três variáveis foram associadas com a morte: choque séptico, fonte de bacteremia e resistência à meticilina. A probabilidade de morte entre os

pacientes com SARM e aqueles com sensível à meticilina bacteremia por S. aureus variou de 10% a 90% e de 4% a 76%, respectivamente, dependendo da fonte da bacteremia e a ocorrência de choque

séptico.

Oliveira GA et al.

Characterization of the Brazilian endemic clone of

methicillin-resistant Staphylococcus aureus

(MRSA) from hospitals throughout Brazil, 2001.

Estudo clínico não randomizado

Caracterizar os padrões do clone endêmico brasileiro de Staphylococcus aureus meticilina-resistente (MRSA) em

hospitais de todo o Brasil.

A análise do DNA genômico por eletroforese em gel de campo pulsado mostrou que 65 isolados apresentaram o mesmo. Este padrão estava presente em todos os hospitais estudados, indicando a presença de um clone MRSA endêmico amplamente divulgados em toda a hospitais brasileiros. Todos

os isolados pertencentes mostraram-se resistentes à ciprofloxacina, eritromicina, lincomicina, trimetoprim-sulfametoxazol, e tetraciclina.

Sadoyama G et al. Risk factors for methicillin resistant and

sensitive Staphylococcus

Estudo clínico não randomizado

Avaliar os fatores de risco para infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina e em um hospital universitário em

Os locais mais comuns de infecções clínicas por S. aureus foram corrente sanguínea (bacteremia), feridas cirúrgicas da pele e / pulmão (pneumonia). Os pacientes com infecções por MRSA tinham maior

probabilidade de estar nas enfermarias clínicas e cirúrgicas, mas aqueles com infecções MSSA foram

(30)

30

aureus infection in a Brazilian university hospital, 2000.

Minas Gerais, Brasil mais provável que seja em unidades neonatais e de emergência. Pela análise univariada, encontramos vários fatores associados a um risco aumentado de infecções por MRSA: idade, preinfections e médios duração total de internação, uso de três ou mais antimicrobianos, presença de 3 ou mais dispositivos de longa permanência (cateteres vasculares, principalmente, e urinárias). Colonização (67,6% x 27,8%, p

<0,05) e multicolonização (89% x 11,0%, p <0,05) foram mais associados com infecção por MRSA. Do total de 203 isolados, 110 MRSA foram consideradas multirresistentes, com 106 mostrando a resistência ao 5 ou mais antibióticos, em comparação com 15/93 (16%) do MSSA isolados. Os casos mais graves e

maiores taxas de colonização de MRSA ocorreu em pacientes idosos Moreira M et al. Effect of

nosocomial bacteremia caused by oxacillin-resistant Staphylococcus aureus on

mortality and length of hospitalization, 1998.

Estudo de caso- controle

Identificar a taxa de mortalidade associada à infecção hospitalar da corrente sanguínea

por Staphylococcus aureus resistentes à meticilina e seu efeito sobre o tempo de

internação.

A incidência de pacientes com sepse hospitalar por MRSA foram responsáveis por 73,22% dos pacientes com infecção de corrente sanguínea hospitalares por Staphylococcus aureus. A taxa de mortalidade dos casos foi de 56,33 (40/71) e 11,26 (8/71) dos controles. A taxa de mortalidade atribuível foi 45,07% (OR = 17,0; IC 95% = 3,58-202,26, p = 0,000001). O tempo de internação tempo médio foi de

32,55 dias para os casos e 29,75 para os controles (p = 0,32).

(31)

31

ESTUDO Microrganismos

avaliados Faixa etária Métodos de

Diagnóstico N° de pacientes Resistência aos

antibióticos Ano Fatores de risco Mortalidade

Baio PV et al. Clonal multidrug-resistant Corynebacterium striatum

within a nosocomial environment, Rio de Janeiro,

Brazil, 2013

Corynebacterium striatum

Metade das quais tinham

50 anos de idade ou

mais

Cultura, Método de difusão em

disco e confirmadas por sequenciamento.

14

87% das cepas de C. estriado fora

m suscetíveis apenas à vancomicina,

linezolida e tetraciclina. Dua

s cepas foram suscetíveis à

maioria das drogas testadas,

exceto mupirocin, fosfomicina e

ticarcilina / clavulanato.

Os pacientes foram hospitalizados entre agosto de

2009 e Abril de 2010

Recaída infecção e artrite séptica

50%

(Não foi possível determinar quantas das mortes poderiam

ser atribuídas a infecção por C. estriado )

Prata-Rocha ML et al. Factors influencing survival in patients

with multidrug-resistant Acinetobacter baumannii

infection, 2012.

Acinetobacter baumannii

Idade média:

57,8 anos

Automatizado:

Vitek 2 73

Dos 84 isolados, 50 (59%) eram multirresistente

Agosto de 2009 e outubro de

2010

Pacientes com pneumonia, diabetes mellitus, doença renal, o uso

de mais de dois dispositivos, e

terapia antimicrobiana

inadequada

A taxa de mortalidade em

30 dias foi de 39,7%

Gomes MZ et al. Factors associated with epidemic multiresistant Pseudomonas

aeruginosa infections in a hospital with AIDS- predominant admissions,

2012.

Pseudomonas aeruginosa

Média de idade foi de

50 anos

Eletroforese em campo pulsado

44 com P. aerugino

sa e 45 pacientes do grupo controle =

total 89

AUSENTE

Abril de 2002 a fevereiro de

2007

Nutrição enteral, nutrição parenteral

e a utilização de ciprofloxacina

92% entre os pacientes de casos em comparação

com 9%

pacientes do grupo controle

QUADRO 4. Análise detalhada dos artigos selecionados.

(32)

32

Martins AF et al, High endemic levels of multidrug-

resistant Acinetobacter baumannii among hospitals in

southern Brazil, 2012.

Acinetobacter

baumannii AUSENTE

sistema automatizado e /

ou métodos de referência fenotípicas padrão, tais

como os propostos por Gerner-Smid e confirmação por

PCR e tipagem molecular

585

Para efeitos do presente estudo,

foram incluídas espécies pertencentes ao

complexo A.

baumannii- calcoaceticus com resistência

documentada em mais de três

classes de antibióticos, incluindo os carbapenêmicos

1 de julho de 2007, e em 31

de junho de 2008.

AUSENTE AUSENTE

Marra AR et al. Nosocomial bloodstream infections in Brazilian hospitals: analysis of

2,563 cases from a prospective nationwide surveillance study, 2011.

Os patógenos mais comuns

foram Staphylococcus aureus (14,0%), estafilococos

coagulase- negativos (12,6%),

Klebsiella spp. (12,0%), e

Acinetobacter spp. (11,4%).

Idade média de 50,6 anos (variaçãode 0-97 anos).

Sistema automatizado

Phoenix BD. Determinaçã

o do MIC por Etest para oxacilina e carbapenens e diluição em ágar

para vancomicina.

Foram feitos para confirmar fenótipos resistentes.

eletroforese em gel de campo

pulsado

2563

Resistência à meticilina foi detectado em 359 S. aureus is

oladas (43,7%

dos isolados testados) e em

317 estafilococos

coagulase- negativos (86,4%).A resistência à vancomicina foi encontrado em 25% de 104

isolados de enterococos,

com 55,6%

de Enterococcus faecium isolados

e 17,6%

de Enterococcus faecalis resistent

12 junho de 2007 a 31 de março de 2010.

AUSENTE AUSENTE

(33)

33

es isolados.

Klebsiella spp. a presentou resistência a

ampicilina- sulbactama, piperacilina- tazobactam, ceftazidima e

cefepima (54,5%, 33,5%, 54,4% e 50,2%, respectivamente

).

Acinetobacter sp p., cefalosporinas, aminoglicosídeo

s, fluoroquinolonas

e carbapenêmicos não foram ativos contra> 50% dos

isolados testados.

p aeruginosa isol adas, 33,9%, 36,6%, 42,9%, 36,8% e 35,8%

eram resistentes à piperacilina-

tazobactam, ceftazidima, cefepime, imipenem, meropenem e, respectivamente.

(34)

34

Carvalho KR et al.

Dissemination of multidrug- resistant Acinetobacter baumannii genotypes carrying

bla(OXA-23) collected from hospitals in Rio de Janeiro,

Brazil, 2009.

Acinetobacter

baumannii AUSENTE

Por meio de técnicas convencionais e

sistemas automatizados,

incluindo o sistema Vitek (bioMérieux Vitek

Systems Inc., Hazelwood, MO).

Espécies genômico de Acinetobacter

spp.foram confirmadas por

análise amplificado ribossomal de restrição do DNA

110 isolados clínicos de A. baumannii

Difusão em disco: Ampicilina

/ sulbactam apresentaram a

maior taxa de sensibilidade (17,3%; n = 19),

seguido de amicacina (13,6%; n = 15).

No MIC, todos os isolados foram altamente

resistentes ao imipenem e meropenem (CIM> 32 mg / mL), exceto para

um isolado que mostrou um MIC

de 1,0 mcg / mL para meropenem

Janeiro de 2006 a setembro de

2007

A disseminação pode ser explicada

pela transferência de pacientes e / ou partilha de pessoal comum de saúde

infectados ou colonizados.

Apesar do tratamento clínico, não houve correlação entre

o agente antimicrobiano

utilizado eo resultado clínico. Por conseguinte, foi

argumentado que a mortalidade observada em

pacientes com A. baumann

ii infecções é causada pela sua doença subjacente, em

vez de como uma consequência de A. baumannii

infecção

Superti SV et a

l.

Risk factors for and mortality of extended-

spectrum-beta-lactamase- producing Klebsiella pneumoniae and Escherichia coli nosocomial bloodstream

infections, 2009.

Klebsiella pneumonia e Escherichia coli

> 18 anos

Métodos microbiológicos convencionais e

sistemas comerciais,

incluindo API20E® (bioMéri eux) e AutoScan-

4 ® (Dade Behring).

Susceptibilidades antimicrobianas

foram

145

Nenhum isolado apresentou resistência aos carbapenêmicos.

Resistência a qualquer das drogas testadas

foi significativa ( p <0,05) e mais

frequentemente observada em

organismos produtores de

Junho de 2004 a março de 2006

Uso recente da combinação

antibiótico piperacilina- tazobactam

A mortalidade geral de 60 dias

dos pacientes com Klebsiella pneumonia ou Escherichia coli foi de 37,2% (54

de 145 pacientes).

(35)

35

determinadas por difusão em disco

ESBL incluindo a segunda, terceira e quarta

geração, cefalosporinas,

cefoxitina, piperacilina- tazobactam,

aztreonam ciprofloxacina e

amicacina.

Vidal PM et al.Differences between "classical" risk factors for infections caused

by methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) and risk factors for

nosocomial bloodstream infections caused by multiple

clones of the staphylococcal cassette chromosome mec type IV MRSA strain, 2009.

Staphylococcus aureus

Idade > 1 ano:

Controles variou de 1-

95 anos e casos variou

de 1-86 anos.

Idade < 1 ano:

Controles variou de 1-

240 dias anos e casos

variou de 0- 240 dias.

Eletroforese em gel de campo

pulsado e sequência multilocus

Pacientes=30 Controles= 60 TOTAL= 90

AUSENTE

Outubro de 2002 a setembro de

2003.

Clássico fatores de risco não se aplicam a pacientes

infectados com o SCC mec tipo IV cepa de MRSA.

Não utilização de um cateter venoso central, sem história

de cirurgia, a gravidade da doença menor do

que a média na admissão hospitalar, e do

sexo feminino

Nove (30%) dos 30 pacientes

casos e 39 (65%) dos 60

pacientes do grupo controle

morreram

Palazzo IC et al. Staphylococcus hominis subspnovobiosepticus strains

causing nosocomial bloodstream infection in

Brazil, 2008.

Staphylococcus

hominis AUSENTE

(36)

36

Couto RC et al. A 10-year prospective surveillance of nosocomial infections in neonatal intensive care units,

2007.

Os patógenos mais comuns foram Klebsiella sp.e Escherichia coli, Estafilococos coagulase positiva

e Candida sp

Crianças com idade >

28 dias

Identificação bioquímica foi

realizada utilizando métodos convencionais. O

teste de difusão em disco foi usado para

testes de susceptibilidade

antimicrobiana.

2286 recém- nascidos

Em destaque:

Alta resistência da K pneumoniae e E.

coli às cefalosporinas

de terceira geração, e de P

aeruginosa à ceftazidima.

Janeiro de 1993 a dezembro de

2002

AUSENTE AUSENTE

Guilarde AO et al.

Bacteremias at a teaching hospital: etiology, antimicrobial susceptibility pattern and risk factors for

mortality, 2007.

O patógeno mais freqüente foi o Staphylococcus

aureus

Pacientes com idade >

1 ano

Sistema automatizado

Bactec 9120 (Becton Dickinson). A identificação da

espécie bacteriana e seu

perfil de suscetibilidade foi realizada pelo

MicroScan. A suscetibilidade antimicrobiana foi

determinada de acordo com as recomendações

do NCCLS.

258

Evidenciou-se alta incidência

de S.

aureus resistent e à meticilina (MRSA): 66 dos

118 isolados.

(55,9% IC 95%

46,5-64,9). Os S.

aureus hospitala res totalizaram 94 episódios, sendo 57 (60,6%

IC 95% 50-70,4) deles resistentes à meticilina.

1º de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de

2001

Idade, terapia antimicrobiana inicial inadequada, fonte secundária e a

gravidade do quadro clínico apresentado no dia

da bacteremia, representada por

sepse grave ou choque séptico

A letalidade geral foi de 52,7% e a

letalidade associada à bacteremia foi

de 34,5% (89 óbitos dentre os

258 pacientes)

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