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A "falha" na comunicação sob a luz da psicanálise

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - UNIJUÍ

LUIZ CARLOS MENTGES

A “FALHA” NA COMUNICAÇÃO SOB A LUZ DA PSICANÁLISE

IJUÍ

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LUIZ CARLOS MENTGES

A “FALHA” NA COMUNICAÇÃO SOB A LUZ DA PSICANÁLISE

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Psicologia como requisito parcial para obtenção do título de Psicólogo junto ao Departamento Humanidades e Educação - DHE da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI

Orientadora: Professora Ms. Tânia Maria de Souza

IJUÍ

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a todos que ao longo de minha vida, de uma ou outra forma, me auxiliaram para que, tudo o que sou e onde estou fosse possível. Várias e Vários que mudaram e alteraram o desenrolar dos fatos e se colocaram em diferentes épocas como sujeitos, ideias, fatos, acontecimentos, tropeços, dificuldades, porém sem estes não estaria escrevendo estes agradecimentos, desta forma e neste momento.

Meu agradecimento especial dedico a aquelas pessoas que sempre trarei comigo, com carinho e nas lembranças.

Aos meus pais Valdemar e Reni que sempre me apoiaram e não mediram esforços para que houvesse essa possibilidade, aos meus irmãos Ricardo e Anelene que sempre estiveram onde e quando precisei, a minha tia Joceli, vó Teonila e vô Anselmo, que sempre me incentivaram, ajudaram e estavam à disposição, agradeço.

À Vanessa, companheira e amada, que soube retirar de mim o melhor e me tornar melhor, aceitou, brigou, alegrou, e me amou de uma forma única que não conseguiria expressar em palavras. A sua família que já considero minha, agradeço a hospitalidade, carrinho, afeto, enfim tudo que fizeram para que fosse possível esse convívio caloroso e sincero. Não esquecendo os concunhados, Herinque e Leandro que sempre mostraram a amizade e parceria que só poderia encontrar em laços de sangue.

Aos amigos que partiram, ficaram, saíram, voltaram em especial Mauricio Soares, Juciano Pacheco, Mateus Seffrin, Davi Berger, Edivar Sturm, Diogo Bonini.

A professora Tânia que me acompanhou na elaboração desse trabalho, auxiliando, trocando ideias, colaborando para que o mesmo fosse possível.

Aos demais professores, mestres, amigos, inspiração, que ao longo da faculdade incentivaram, propuseram novas ideias, auxiliaram na elaboração teórica e prática do tipo de profissional que estou me formando agora. Relembro alguns que nesse momento me vem ligeiramente, porém todos contribuíram de

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uma ou outra forma, professores, Nilson, Gustavo, Daniel, Janete, Ana, Flávia, Elisiane, kenia, Cristian.

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RESUMO

A “falha” de comunicação ainda se apresenta como interrogação no campo do trabalho, sendo desta forma um importante tema de pesquisa, por estas preocupação e interrogações que a mesma se fez necessária. O autor irá apresentar questões relativas a esta falha e suas consequências na subjetividade do trabalhador e nas organizações. Utilizando autores de diferentes visões sobre o tema. No primeiro capítulo mostra-se a visão e entendimento da administração, gestores, líderes e como eles concebem uma possível solução. Logo a seguir lança-se pela psicanálise, um olhar para o sujeito/trabalhador enquanto ser de linguagem, capaz de produzir lapsos em seu discurso, na perspectiva de serem escutados. O que situa a intervenção do psicólogo no âmbito organizacional.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 6 CAPÍTULO I: A “FALHA” NA COMUNICAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES ... 7 CAPÍTULO II: A “FALHA” NA COMUNICAÇÃO PENSADA A LUZ DA PSICANÁLISE .... 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 24

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INTRODUÇÃO

As indagações e questões que se levantam neste trabalho de conclusão surgiram na sua maioria, da experiência ímpar do estágio em psicologia organizacional e do trabalho. Serão abordadas as dificuldades que estão permeando as organizações e instituições, numa perspectiva contemporânea, com relação à falha na comunicação e como esta pode influenciar e dificultar a vida organizacional. Devemos também destacar o lugar que o psicólogo ocupa e como pode lançar interrogações através de uma visão externa e diferenciada sobre a organização.

Inicialmente no primeiro capítulo abordarei como se coloca tal “problema” na visão das empresas e de outras áreas que estudam e pontuam sobre tal fenômeno. Desta forma houve uma revisão bibliográfica dos autores que abordam tal assunto, nas áreas da administração e psicologia social.

Posteriormente no segundo capítulo trarei algumas considerações a partir da psicanálise, para pensar a “falha” na comunicação enquanto “ato falho”, bem como, sua interferência na relação pessoal, interpessoal, convívio social e no cotidiano da organização.

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CAPÍTULO I: A “FALHA” NA COMUNICAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES

Como já apresentado, neste primeiro momento trarei a visão da administração, como campo teórico mais prático e que já tem certa “tradição” no que diz respeito à organizações/instituições. Referenciando os principais autores da área, para que segundo a visão desses possamos evidenciar um denominador comum para o problema ou tentar alcançar um ápice para o seu entendimento.

Na perspectiva atual, pensando as organizações no âmbito contemporâneo pode-se perceber o aumento da demanda por um “auxílio” no que diz respeito ao repensar o funcionamento organizacional. Dentro deste contexto, o psicólogo se coloca como alguém que pode “rever” e lançar um olhar diferenciado sobre as dificuldades e problemas que podem atingir o trabalho como um todo.

O processo de comunicação nas organizações e empresas tem se tornado pauta de discussões e alavancado debates na perspectiva contemporânea. Este processo pode ser descrito como a circulação e a transmissão das informações no espaço de trabalho que pode ser formal, informal, verbal ou não verbal. A questão principal que está sendo levantada nas empresas circunda o porquê da “falha” na comunicação e o porquê não há comunicação entre os indivíduos.

Devemos considerar que o psicólogo só pode interrogar quando essa “falha”, ou equívoco, de linguagem aparece. Nesse equívoco fala o inconsciente, o que não significa que o psicólogo organizacional possa trabalhar com esse sujeito do inconsciente, mas reconhecer sua presença enquanto enunciação subjetiva é fundamental para criar os espaços nos quais o indivíduo, ou mesmo o grupo possam falar de suas questões.

Mesmo estando na era da informação, tecnologia e agilidade por vezes algo “simples” como se comunicar pode tornar-se complexo, numa era onde tudo é criado e concedido para termos mais rapidez e agilidade, para evitar desperdícios e maximizar produtividade, toda a tecnologia e avanços não dispensam algo tão primordial e básico, como uma comunicação clara e precisa entre os indivíduos ou colaboradores de uma empresa por exemplo.

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Tendo em vista a grande demanda que se apresenta por uma comunicação limpa e rápida, várias empresas têm buscado auxílio para resolver ou minimizar os efeitos desta “falha” ou “falta”. Sendo este um campo que está em pleno crescimento tem se tornado um “chamariz” para diferentes áreas e vários profissionais. Sendo a “vida organizacional” na realidade contemporânea, algo que exige resultados rápidos e satisfatórios, a questão apresentada se tornou um empecilho, diminuindo lucros, atrasando resultados, aumentando o retrabalho, dificultando o relacionamento entre indivíduos e colocando em “xeque” as empresas.

Segundo Shermerhorn (1991), “define-se comunicação organizacional como o processo específico pelo qual a informação se movimenta dentro de uma organização, e entre a organização e seu ambiente”.

Tendo uma comunicação interpessoal deficiente, os conflitos emergem em quantidade maior do que surgiriam em condições normais de trabalho. Um e-mail mal redigido, uma conversa realizada de forma rápida sem o devido cuidado, ou até mesmo uma expressão carregada de significados subjetivos podem dar a mensagem um valor que ela não deveria ter, sendo gerador de confusões e equívocos diversos, podendo assim aumentar e criar tensões, colocando em risco a “saúde” organizacional.

“A comunicação é quando uma informação é transmitida a alguém, sendo então compartilhada também por esse alguém. Para que haja comunicação é necessário que o destinatário da informação a receba e compreenda” (CHIAVENATO, 1998, p.92).

Durante o dia recebemos e emitimos várias mensagens e por vezes não nos damos conta de que estamos nos comunicando, para que essas mensagens ocorram de forma satisfatória vários cuidados devem ser tomados, tanto na elaboração e emissão, como no recebimento delas.

Lombardi (2006) pondera:

“Comunicação é a troca de informações, ideias e sentimentos. Processos que mantém os indivíduos em contato permanente e em todas as circunstâncias, propiciando a interação. Porém problemas variados relativos ao emissor, ao receptor, e a subjetividade afetam de

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diversas maneiras a emissão e a compreensão do que se diz desta forma a comunicação demanda diversos cuidados”.

Nesse sentido, podem-se identificar alguns problemas de comunicação, sendo esses contingenciais e complexos. Tais problemas estão associados, entre outros pontos, à omissão, à distorção e à sobrecarga de informações. Desta forma podemos expor a importância de apreciarmos as tendências e desafios do processo de comunicação empresarial, em que se destacam: a diversidade de padrões de comunicação no ambiente organizacional e a necessidade de aprendizagem para lidar com tais situações; a otimização da tecnologia disponível na transmissão de informações; a ênfase na criação de redes de comunicação que contribuam para a gestão do conhecimento e o treinamento sistemático para a aquisição de habilidades e competências associadas ao processo de comunicação formal e informal.

Robbins (2003) descreve algumas possíveis formas que a comunicação posa fluir na organização:

“[...] descendente, quando acontece dos níveis mais altos para os níveis mais baixos; ascendente, quando se dirige aos mais altos escalões, favorecendo um feedback sobre progressos, metas e problemas; e lateral, quando acontece entre os membros de um mesmo grupo”.

Esses três modelos são importantes para uma empresa, entretanto é necessário que a comunicação descendente seja bem clara, coerente e inovadora no sentido de proporcionar um ambiente aberto à comunicação, para que a ascendente e lateral sejam efetivas e possam influenciar na motivação de todos os funcionários.

Para Gonçalves (1981), há sete elementos que fazem parte do processo de comunicação: o comunicador (emissor), codificação, mensagem, meio, decodificação, receptor e feedback. Cada um deles tem seu papel e sua importância é fundamental no processo. O processo de comunicação tem mais chances de acontecer de forma integral e correta quando todos estes elementos são empregados de forma clara e adequados à situação.

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Quando um desses elementos não é bem utilizado ou há interferências do meio externo, de crenças e valores do emissor ou do receptor a comunicação pode ser falha e gerar um resultado oposto ao esperado: desentendimentos e equívocos com desdobramentos diversos envolvendo a empresa, os processos, os produtos, as pessoas em vários níveis, departamentos, com perdas diversas. Toda distorção causada na comunicação que provoque falhas na transmissão da mensagem é conhecido como ruído.

Os ruídos são uma das principais barreiras existentes na transmissão das mensagens. Numa comunicação por telefone os ruídos podem ser encontrados em qualquer chiado, interferência ou barulho no ambiente que possa atrapalhar o entendimento da mensagem. Numa comunicação presencial também ocorrem esses ruídos, podendo ser encontrados nas intervenções negativas do ambiente, na má interpretação da mensagem transmitida como também a falta de clareza na transmissão da mesma.

Desta forma as empresas e organizações por vezes reconhecem o acontecimento desses entraves subjetivos como, por exemplo, a realidade psíquica, fantasias e desejos, porém isto se dá a ponto de ser tamponado/corrigido e não trabalhado, portanto a questão se coloca frente a este tamponamento subjetivo e quais suas consequências.

Em grande parte das organizações a subjetividade dos trabalhadores é vista, no mínimo, com desconfiança ou ainda por vezes nem é vista, por isso podemos nos questionar qual o lugar que ocupa numa empresa e que importância tem no contexto atual.

Isso se reflete quando empresários e gestores tentam apenas realizar este “tamponamento subjetivo”, não se preocupando com o sujeito e de certa forma evitando e se protegendo apenas do “problema”. Por isso nota-se que algumas vezes não tem o conhecimento de como trabalhar com isso e/ou não se importam com os sujeitos por detrás do trabalhador. Assim o que pode ocorrer no campo do labor e o adoecimento, conflitos, dificuldades entre outras.

Portanto entendemos que as organizações enxergam seus sujeitos por vezes como seus meios, ferramentas, e não como seus sujeitos, produtores. Ao atentar para sua subjetividade, ao reconhecê-los como individualidades, mais do

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que apenas “unidades produtivas”, as organizações estarão atualizando um espaço para sua própria renovação.

Porém mesmo com o reconhecimento da subjetividade, por parte dos trabalhadores a falha ocorrerá, se apresentando como defesa, pois mesmo com o reconhecimento e o trabalho do psicólogo o sujeito sempre construirá defesas em relação ao outro.

Tais dificuldades na comunicação podem surgir de diferentes formas e se expressar em distintas maneiras, como por exemplo: uma falha no canal de comunicação quando este não é usado ou usado com pouca frequência, pode acontecer uma falha na mensagem em si, ou ainda uma falha em quem envia a mensagem ou quem recebe (emissor ou receptor). Conforme diz Gonçalves (1981): ”Para mudar é preciso conversar, se reunir, comunicar e informar. Nada muda de um dia para o outro. A mudança, muitas vezes, nem sempre é bem vinda”.

Deste modo, observemos como a linguagem não-verbal, expressa e reproduz a hierarquia de poder, podemos perceber a intensidade da experiência emocional (sentimentos de apreensão, ansiedade, entre outros) que permeiam as relações desiguais. Está evidencia-se quando se tenta romper a hierarquia tradicional para que sejam aplicadas estratégias de gestão mais igualitárias e participativas.

É comum ouvir daqueles em níveis hierárquicos superiores a preocupação de que a redução do poder das hierarquias formais leve ao caos dentro da empresa, mostrando como suas concepções de ordem, estão permeadas por contornos autoritários. Alguns assimilam, depois de passarem por programas de treinamento e reeducação para o trabalho, a importância da horizontalização e da delegação de autoridade para criar canais institucionais que permitam agregar conhecimentos aos processos produtivos.

Uma das maiores dificuldades do ser humano na atualidade é a comunicação que vem sendo bombardeada com os mais diversos tipos de instrumentos, criados em um primeiro momento, para facilitar e agilizar as trocas de informações e desde então estamos cercados por diferentes formas de

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comunicação, porém, muitas delas podem se tornar inimigos da clara compreensão da “fala”.

Vários são os instrumentos, existem as redes sociais como Twitter, Facebook, Whatsapp, Skpe, enquanto também temos o celular e suas mensagens SMS, Messenger, entre muitos outros. Todos eles foram criados para facilitar e ampliar a comunicação entre pessoas. Podemos através deles manter contato com quem está distante tanto em questão de espaço como de tempo. Assim, conversar com amigos de infância, pessoas que estão distantes e muitas vezes também utilizamos estes artifícios para conversar com o colega na mesa ao lado.

Porém, apesar destes instrumentos funcionarem corretamente, quando não usados desta forma, podem facilitar as falhas na comunicação.

Em muitos casos, encontramos relacionamentos estremecidos, tarefas mal ou não executadas por questão de falhas na comunicação, um comentário mal interpretado, pode acarretar desconforto e desavença entre pessoas, seja em uma relação pessoal ou profissional, assim, podemos afirmar que os instrumentos modernos que serviriam para facilitar nossa comunicação podem influenciar ainda mais nesse mal entendido. Pois, quando nos comunicamos através deles, estamos excluindo as expressões faciais, o contato e a linguagem corporal que servem como conteúdo para interpretação daquilo que falamos verbalmente e, além disso, aprofundar ainda mais nossa dificuldade de comunicação, não vivenciamos o treino do convívio social.

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CAPÍTULO II: A “FALHA” NA COMUNICAÇÃO PENSADA A LUZ DA PSICANÁLISE

Neste segundo momento dando continuidade, versa-se sobre a psicanálise, mais especificamente sobre o ato falho como indicador de uma “falha”, e propicia-se uma discussão a respeito dessa ideia, para que possamos pensar o que se apresenta por detrás da falha. Também relatamos pontos sobre a importância da psicanálise nas organizações e do psicólogo que escuta o subjetivo do sujeito frente a seu labor.

Podemos resaltar a importância da presença da psicanálise nas intuições, buscando referencias em Gabriel1 (1999, apud Mendes, 2002).

“Fazer pesquisa em Organizações usando Psicanálise leva a particularidades epistemológicas do modo de construir o conhecimento. Uma primeira [...] diz respeito à busca de insights, mais do que um volume uniforme e unidirecional de dados [...] A Psicanálise vai além da fenomenologia, da interação simbólica e do construtivismo social. [Ela] desconfia da verdade, da fala manifesta e adiciona as experiências do passado para explicar fenômenos atuais, não aceitando as evidências dos significados. A busca dessa verdade não é para desmenti-la no nível cognitivo, mas para engajar o seu sentido no nível do significado e do desejo, no nível que não é mentira cognitiva, mas verdade da gratificação do desejo”.

Como relatado anteriormente à comunicação organizacional tem sido alvo de estudos e trabalhos. Apesar desse empenho em destacar e aprofundar os conhecimentos desta, os trabalhos produzidos pelo viés da psicanálise ainda surgem tímidos e, muitas vezes, trazem o foco da administração, e não o da comunicação propriamente dita. Assim podemos lembrar Chanlat (1996), quando diz que:

“[...] só o conjunto interdisciplinar de abordagens poderá delinear uma imagem menos parcelada do indivíduo na organização, porque somente cruzando e multiplicando os diferentes níveis é que se poderá

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interpretar a realidade observada, buscando reconstruí-la em sua integridade”.

Podemos entender a comunicação como fenômeno social pelo qual o sujeito busca relacionar-se com os outros, sendo, portanto a linguagem instrumento privilegiado para tal fim. Segundo Sodré (2001) “é a linguagem como mediadora que promove o acolhimento das diferenças e assegura a ação comunicativa entre sujeitos”.

Desta forma, apresentemos como acontecem as tensões no espaço organizacional, como se apresentam a produção e a recepção de mensagens, e como a comunicação pode de certa forma dificultar e tamponar a subjetividade de seus autores. Pensando no espaço organizacional e como todo o progresso e benefícios tecnológicos que temos ao nosso alcance, para facilitar, agilizar e nos ajudar nas tarefas do labor diário, observa-se que na contemporaneidade a comunicação tem contribuído para um apagamento do desejo e desta forma dificulta as interações do “eu” com o “outro”.

Freud, em Psicologia de grupo e análise do ego (1976a, p. 91), dirá que: “A psicologia individual relaciona-se com o homem tomado individualmente e explora os caminhos pelos quais ele busca encontrar satisfação para seus impulsos instintuais; contudo, apenas raramente e sob certas condições excepcionais, a psicologia individual se acha em posição de desprezar as relações desse indivíduo com os outros. Algo mais está invariavelmente envolvido na vida mental do indivíduo, como um modelo, um objeto, um auxiliar, um oponente, de maneira que, desde o começo, a psicologia individual, nesse sentido ampliado mas inteiramente justificável das palavras, é, ao mesmo tempo, também psicologia social”.

Podemos, ainda, recorrer a Enriquez (1997, p. 17), quando lembra que a Psicanálise é:

“Igualmente e essencialmente a ciência das interações entre os diferentes „outros‟ e os processos de identificação, de projeção, de culpabilização e de formação dos fantasmas que se colocam em ação nessas inter-relações e que afetam tanto a vida psíquica dos diversos protagonistas, quanto a vida psíquica dos grupos onde ocorrem essas inter-relações. Ela é portanto uma ciência social [...]”.

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Como já fora mencionado anteriormente não só de forma verbal que acontece a comunicação, está também pode acontecer de forma não verbal e como já descrevia Freud no caso Dora, “Nenhum mortal pode guardar um segredo. Se sua boca permanece em silêncio, falarão as pontas de seus dedos” (FREUD apud ZIMERMAN, 2004, p.155). Assim, podemos pensar a partir da psicanálise, a real importância da comunicação e como a linguagem pode se manifestar mesmo naquilo que não é dito, através do silêncio.

Podemos pensar que a falha da comunicação pode surgir como uma espécie de defesa, uma “barreira” para o sofrimento que o trabalho pode trazer, desta forma não somente a falha evidenciaria uma defesa, mas também varias outros meios como aponta Mendes (2002), “é possível considerar o cinismo, a dissimulação, a hiperatividade, a desesperança de reconhecimento, o desprezo, a distorção da comunicação também como estratégias de defesa contra o sofrimento”.

Assim a falha pode exibir ou alertar uma defesa, no que diz respeito ao sofrimento provocado pelo trabalho, tem-se assim como psicólogos um elemento para pensar o trabalha frente ao sujeito, de forma a atuar, pensando este, como “ser” subjetivo, “ser” social e “ser” trabalhador.

Como alerta muito bem Mendes (2002), esta defesa aparece como uma “capa”, algo que encobre o sofrimento dificultando a sua leitura ou o diagnostico. Em contraponto a este problema na comunicação, o mesmo se mostra como um fator que dificulta, ou impede, o trabalhador a falar sobre as dificuldades e sofrimentos no que diz respeito ao trabalho.

Pode-se perceber ao passar dos anos, a imensa expansão que aconteceu com os meios de comunicação. As tecnologias repassam as informações em questão de segundos para diferentes continentes. Na época de Freud, a principal forma de se comunicar com pessoas distantes era a carta, assim por vezes esta era guardada como um objeto transicional daquela pessoa que havia escrito, marcada com saudades e com diferentes afetos.

Segundo o autor Dornelles (2004), a tecnologia e as redes sócias permitem às pessoas revelarem facetas de sua personalidade que provavelmente não expressariam em uma relação “off-line”, especialmente devido às restrições no

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contato social característico da atualidade na cultura atual. Em contraponto as limitações que a sociedade coloca ao comportamento individual parecem suspensas ou não se problematizam na vida on-line, o que estimula uma espécie de “auto-expressão” livre, que, por sua vez pode favorecer o desenvolvimento de uma nova identidade pessoal. Tudo isso ocorre em função da possibilidade do anonimato e da impessoalidade, o que propicia a desinibição.

Hoje a comunicação é feita através de e-mail, mensagens de texto, redes sociais, blogs, chats, entre vários outros. Em todos esses meios, a permanência do registro é transitória; basta um clicar e tudo desaparece, poderíamos questionar que diferença disso poderia trazer a clínica psicanalítica, ou ainda referindo-se ao mundo do trabalho como isso poderia refletir no dia-a-dia e também deixar presente como isso poderia refletir no sofrimento.

Com este objetivo, recorreremos à análise proposta por Jacques Lacan através do conto “A Carta Roubada”, de Edgar Allan Poe (1844). Com base nos desdobramentos os quais Lacan extraiu, podemos nos questionar o que é isso que se transmite no campo da palavra, quando uma mensagem tal como uma carta, é posta em circulação?

A partir dessa questão podemos pensar a tecnologia atual, e como ela pode mudar e alterar o endereçamento, bem como o comprometimento do sujeito. Pois mesmo ao enviar um e-mail, utilizar uma rede social, ou utilizar outro recurso tecnológico o sujeito estará presente nesta fala/discurso, pois mesmo sem as formalidades de uma carta como destinatário, remetente, aquela elaboração será carregada com a subjetividade daquele que a escreve.

Assim, revertendo para o campo organizacional pensamos nas mais variadas formalidades (fichas, relatórios, mensagens, comunicados, etc.), por detrás dessas estará presente um sujeito/trabalhador/subjetivo que carregará esta com emoções, desejos, frustrações, dificuldades e, portanto nunca será somente o formal, mas sempre estará presente o sujeito.

Se pensarmos que ao enviar um e-mail ainda acontece um testemunho, ou seja, este pode endereçar o singular das memórias de um sujeito ao campo do Outro. Ainda acontece um atrelamento do emissor ao destinatário. Será que nas

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tecnologias atuais ainda temos esta produção desse sujeito relativa a este lugar do outro? O lapso também aparece na escrita como acentua Freud:

“Podemos acrescentar aqui, retrospectivamente, que em muitos casos simples de lapsos da fala e da escrita é possível supor a mesma situação. Toda vez que cometemos um lapso ao falar ou escrever, podemos inferir que houve alguma perturbação devida a processos anímicos situados fora de nossa intenção: mas é preciso admitir que os lapsos da fala e da escrita frequentemente obedecem às leis da semelhança, do comodismo ou da tendência à pressa, sem que o elemento perturbador consiga impor qualquer parcela de seu próprio caráter ao engano dele resultante na fala ou na escrita. Somente a complacência do material linguístico é que possibilita a determinação dos erros e, ao mesmo tempo, marcar seus limites” (FREUD, 1987).

Em outras palavras podemos notar que para Freud a compreensão do material linguístico possibilita a determinação dos erros, e também recorrendo ao mesmo, nos mostra que o material é o ponto de partida para a análise dos lapsos de linguagem, seja por meio de esquecimento ou de distorção, estabelecendo uma ligação com um conteúdo de pensamento inconsciente. Essa ligação pode ser reconstruída através das vias associativas, de uma semelhança entre as próprias coisas ou entre as representações de palavra, para levar um sujeito a cometer um lapso.

Os indivíduos, de certa forma, se apresentam anonimamente no seu endereçamento, ou ainda não se dá o valor para as mensagens suprimidas que aparecem e que não são sustentadas pelo receptor. Ainda no caso do receptor pensemos que no momento atual este parece que não tem mais o mesmo “papel” que tinha, parece que se apresenta numa posição descomprometida, ou seja, não sustenta um vínculo.

Tomando como base o conto da “carta roubada”, comparando com a vida institucional, primeiro pensamos que no conto a carta e destinada a uma pessoa, faz muitas voltas, desvios, passa por vários sujeitos, para no final chegar ao destino inicial. Assim pensamos também na organização onde um funcionário quer falar com a gerência, porém não tem acesso, ele de alguma forma ira lançar uma mensagem que pode passar por várias pessoas, trilhando vários caminhos,

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para enfim chegar a seu destino, porém no momento em que chega não terá presente a “assinatura” de quem a enviou.

Continuamos o pensamento exemplificando um pouco mais, se um funcionário quer falar com os gestores e não tem acesso recorrerá aos meios que tem disponível, poderá ser por um boato, poderá ser por um descuido que gerará um erro ou acidente, poderá não querer mais trabalhar, porém cada um desses “caminhos” não acontecerá por uma via direta, mas sim de boca em boca, num relatório de desempenho, no aumento do número de acidentes/atestados, nas faltas no serviço, na rotatividade. E assim, após algum tempo os gestores recebem o resultado da mensagem que o funcionário enviou sem ter conhecimento do conteúdo inicial nem de quem enviou.

Aqui se apresenta um dos pontos que resalta a importância do psicólogo nas empresas, podendo este identificar não o resultado, mas sim o pedido que é lançado pelo trabalhador. Com este pedido pode-se dar inicio ao trabalho focando no principal ponto a ser considerado, que é a fala/discurso frente à “frustração/dificuldade” no trabalho.

Pensamos a função da fala na psicanálise quando Freud instaurou o talking cure como ápice da técnica, revertendo-a aos dias atuais com as dificuldades na comunicação que em seu cerne se apresenta como “fala”, temos presente que a psicanálise está sendo convocada a cada dia mais a se manifestar sobre diferentes assuntos e se pronunciar sobre estes “males contemporâneos”. Assim pensando as instituições temos ao mesmo tempo espaço para inserção e colocação do psicólogo somada a um clamor do trabalhador que tem criado formas e meios para tentar superar e tamponar o adoecimento.

Devemos permitir uma interlocução entre psicanálise e comunicação, revelando assim o que está oculto nesse diálogo, o discurso organizacional aparece preso ao totalitarismo, ou seja, não considera a falha, erro, silêncio e o vazio, há uma forclusão (rejeição) do subjetivo, do lugar da fala e do desejo do sujeito.

Pensamos nessa totalização como algo que se refere a um excesso de informações, de eficiência, como se o individuo estivesse respondendo a busca frenética que a globalização impõe. A informação na sociedade atual responde a

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ânsia de se completar, quer informar tudo a todos a todo o momento. Porém devemos destacar que desta forma o sujeito não está sendo contemplado, a algo que falta, que falha, de ordem subjetiva, que não se consegue assimilar. Como profissionais, devemos garantir um lugar da fala, propiciar aos trabalhadores um reconhecimento como sujeito, com desejos e com sua subjetividade.

Voltamos ao fator principal da discussão do trabalho a “falha”, o ato falho, o deslize, o engano, o chiste, o que desorganiza a ordem do discurso, revelando o que está oculto, o que não tem espaço para ser dito ou não deve ser, mas está ali, latente.

Roman (2009) escreve sobre três conjuntos de enunciados verbais (orais e escritos).

“Cada um desses conjuntos de enunciados constitui um Gênero de discurso que denominamos bem-ditos, mal-ditos e não-ditos. O conjunto de enunciados institucionais verbais produzidos na organização constitui um Gênero de discurso categorizado como discursos bem-ditos. O conjunto de enunciados verbais não-institucionais, produzidos na clandestinidade organização, configura um gênero de discurso categorizado como discursos mal-ditos. Os enunciados mal-ditos interditados ou impedidos de serem explicitados constituem o Gênero dos discursos não-ditos”.

Ainda sobre os discursos mal-ditos o autor realça que, “são produzidos à sombra dos espaços institucionais e divulgados à margem dos canais convencionais de comunicação” (ROMAN, 2009).

Se pensássemos isso frente a uma instituição poderíamos indicar exemplos que por vezes passam despercebidos como sendo algo mal-dito, por exemplo, os boatos, a “rádio-peão”, a “rádio-corredor” e também as conversas fechadas de um determinado setor. Disseminam-se rapidamente e encontram nas redes informatizadas de comunicação corporativa e nas redes sociais um espaço favorável para a sua difusão. Roman (2009) ressalta que o mal-dito:

“Em geral apresenta uma carga afetual, que pode ser explicada pela relação de companheirismo que envolve os interlocutores e também pelo contraponto que faz ao bem-dito, pois a seriedade administrativa inibe a emoção e a troca de afetos nas relações profissionais”.

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O discurso sempre é dito, mesmo que isso ocorra em alguns momentos de forma não convencional, como o ato falho, que diz muito mais do sujeito do que ele pretendeu racionalmente ter dito. O sujeito fala com seu corpo todo, assim a diferença que se estabelece e o que diz respeito à escuta, não apenas do registro. Portanto cabe ao psicólogo organizacional sensibilizar-se a respeito do ato falho, desta forma terá espaço para compreender, identificar e ponderar uma possível “solução”, para que este não resulte em sofrimento/adoecimento no trabalho.

Roman (2009) explica que “é preciso sensibilidade para ouvir o não dito. Enunciados mal-ditos muitas vezes são sintomas de que algo não está bem na empresa. Impedir esses mal-ditos é pretender eliminar a febre quebrando o termômetro”.

Freud na obra Psicopatologia da Vida Cotidiana (1987) trabalha atos falhos, esquecimentos, equívocos, entre outros, utilizo-me aqui dessas teorias para pensar que a “falha” da comunicação possa partir de um ato falho por parte do individuo trabalhador, seja ele quem emite ou recebe a informação.

Desta forma, em uma organização/instituição onde o processo de comunicação é constante e de fundamental importância, se acontecer alguma falha neste “caminho” de informações as consequências poderão ser inúmeras desde um atraso operacional, queda na produção, até desavenças e discussões. Com isso, Freud relata a suma importância da situação e disposição que se encontra o sujeito:

“[...] num imenso número de casos é a predisposição do leitor que altera a leitura e introduz no texto algo que corresponde a suas expectativas ou que o está ocupando. A única contribuição que o próprio texto precisa fazer ao lapso de leitura é fornecer alguma semelhança na imagem da palavra, que o leitor possa modificar no sentido que quiser. [...] Também a profissão ou a situação atual do leitor determinam o resultado de seu lapso de leitura” (FREUD, 1987).

Teremos presente como já relatado que a falha acontecerá por vezes inevitavelmente, as defesas são algo fundante do sujeito em sua relação com o outro, dessa forma o trabalho do psicólogo por ocasiões será de localizar as

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falhas, promover a escuta desse sujeito subjetivo e realizar uma leitura institucional para encontrar o problema real por detrás da falha.

“A psicanálise ainda é chamada para oferecer justificativas para o mal-estar, contudo a psicanálise deve convocar a palavra a trabalhar tentando escutar e acolher os efeitos que ela produz, inclusive no campo social. Para ela, o psicanalista não interfere como explicador, mas como questionador expondo a fragilidade que existe sob a aparência das certezas estabelecidas” (KEHL, 2002).

Portanto cabe ao psicólogo que está inserido numa instituição e também à psicanálise continuar questionando as ciências e os saberes, os sentimentos e sensações, questionar as instituições, o tamponamento e o real motivo do adoecimento no trabalho. Mergulhar cada vez mais em tudo que é humano, na realidade e na fantasia. Expandir o conhecimento e possibilitar o pensar como forma de encontrar novos recursos humanos para lidar com a vida.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa aqui elaborada estudou a “falha” na comunicação nas organizações/instituições, pela visão mais prática da administração e pelo viés da psicanálise voltada ao sujeito e o porquê da falha.

Na atualidade as empresas têm enfrentado dificuldades e por vezes na ânsia de resolver os impasses passam por cima do sujeito por trás do trabalhador, ou ainda não conseguem dar conta do subjetivo que está presente ali. Assim o psicólogo pode intervir como facilitador, alguém com outro olhar sobre as dificuldades enfrentadas.

Após a realização da pesquisa pode-se afirmar outras áreas em especial a administração também se preocupa como as falhas na comunicação, porém trabalha e encontra em diferentes obras e autores, os mesmos passos e métodos com as mesmas conclusões e respostas. Frente a isso por vezes o sujeito é esquecido ou tamponado, há uma visão do efeito sem se dar conta do princípio, tudo é pensando sem o devido valor a subjetividade.

Como profissionais de psicologia têm-se presente à importância do trabalho no âmbito multidisciplinar, inserido em uma organização, por exemplo, por vezes até utilizamos uma nomenclatura, aspectos e temáticas que não são oriundos da nossa área. Tomamos “emprestado” formas de descrever o trabalho, ideias e teorias que se apresentam de uma forma mais prática e pontual.

Quando trabalhamos em uma equipe multidisciplinar frequentemente há necessidade de acompanhar o que aquele profissional está realizando, essas informações em grande parte do tempo são muito úteis para podermos repensar e fortalecer o trabalho.

Frente à pesquisa aqui apresentada, no que refere à psicanálise na instituição, podemos concluir que há um espaço de escuta, frente ao sujeito/trabalhador. Assim o psicólogo pode ser visto como facilitador, um olhar frente ao sujeito, pensado como alguém que produz discurso, a fala, a “falha” e não tem o devido reconhecimento. Devemos pensar as consequências deste apagamento, desta forma de encobrir o sofrimento/adoecimento, portanto o

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23 psicólogo organizacional precisa estar atento ao “clamor” que emana subjetivamente, e repensar o seu próprio trabalho em favor desde que fala, mas não é escutado.

Encontrar “a” solução para o problema levantado em nossa pesquisa seria incoerente de nossa parte. A solução se apresenta por vezes como algo temporário, parcial, na medida em que as relações são dinâmicas, modificam-se e, pensando nos significantes da psicanálise, deslizam permanentemente. Dessa forma, acreditamos que olhar para a comunicação organizacional numa transdisciplinaridade comunicação/psicanálise seja um passo na direção de encontrar algumas questões e respostas que propiciem transformações importantes.

Em suma este trabalho deve ser visto como fator que movimente novas questões, que “pense” a psicanálise na instituição inserida para auxiliar aquele sujeito que fala. Como psicólogos poderemos indagar, questionar e por vezes repensar nossos próprios meios e formas de trabalho.

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Referências

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