• Nenhum resultado encontrado

Bioestimulante na cultura da soja (Glycine max L.)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Bioestimulante na cultura da soja (Glycine max L.)"

Copied!
23
0
0

Texto

(1)

0 UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE AGRONOMIA

BIOESTIMULANTE NA CULTURA DA SOJA (Glycine max L.)

EDUARDO CARLOTO CERIBOLLA

Ijuí – RS 2015

(2)

1 EDUARDO CARLOTO CERIBOLLA

BIOESTIMULANTE NA CULTURA DA SOJA (Glycine max L.)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia, Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientadora: Profª Sandra Beatriz Vicenci Fernandes

(3)

2

AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, por estar sempre ao meu lado em todos os momentos, pela proteção e força para vencer as dificuldades da vida.

Aos meus pais, César Luiz Ceribolla e Ivone Maria Carloto

Ceribolla, que sempre acreditaram que isto seria possível. À

vocês, agradeço pelo esforço sub-humano que realizaram durante o desenrolar do curso, onde as dificuldades foram inúmeras, mas com pulso firme foram contornadas e possibilitaram a realização de mais um sonho... não bastaria um muito obrigado. Pela longa espera e compreensão durante minhas idas e vindas, não bastaria um muitíssimo obrigado. A vocês, pela educação que me foi dada, pelo amor incondicional, pelo carinho, pela compreensão, pela oportunidade, pelos inúmeros momentos felizes, que me fizeram ser uma pessoa honesta e capaz de tomar decisões sérias, não bastaria dizer, que não tenho palavras para agradecer tudo isso. Mas é o que acontece agora, quando procuro arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoção ímpar. Uma emoção que jamais seria traduzida por palavras. Obrigado por tudo!

À minha irmã e todos da família, que de uma forma ou outra sempre estiveram ao meu lado, me apoiando e auxiliando em todos os momentos que solicitei suas “ajudas”.

À grande professora, Sandra Beatriz Vicenci Fernandes, pela paciência, coerência, clareza e dedicação nos ensinamentos transmitidos, sempre disposta a atender minhas necessidades e dúvidas e, por me orientar neste Trabalho de Conclusão de Curso.

A todos os colegas de curso pelos bons momentos vividos, pela grande amizade compartilhada e pelo apoio dado durante esta jornada acadêmica, em especial meus amigos Renan Gasparin, Jardel Casarin, Gabriel Quatrin, Dionatan Gai, Ana Zardin e a todos que de uma forma ou outra me ajudaram no desenvolvimento deste trabalho.

À Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), pelo comprometimento com a pesquisa e com o desenvolvimento regional.

Ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg), professores e funcionários, pelo apoio e disponibilidade, que se fizeram úteis e indispensáveis ao desenvolvimento das atividades realizadas durante o curso.

(4)

3

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de Penergetic P e K em comparativo com adubação convencional. Foram aplicados os seguintes tratamentos: Penergetic, Adubação convencional, Adubação convencional +

Penergetic e testemunha. O experimento foi instalado no Instituto Regional de

Desenvolvimento Rural (IRDeR), Augusto Pestana – RS. As parcelas experimentais foram constituídas de 4 fileiras de 5 metros de comprimento, sendo a parcela útil as duas linhas centrais. Os dados obtidos com penergetic no rendimento de grãos da soja e nos componentes de rendimento foram submetidos a análise de variância pelo programa ASSISTAT, para identificação dos efeitos de tratamentos e aplicação de teste de Tukey a 5% de probabilidade para determinação das diferenças entre as medias das variáveis estudadas. Os resultados permitem concluir que não há diferença significativa.

(5)

4

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Micorrização em raízes de soja cultivar FEPAGRO 36RR, na fase de enchimento de grão, nos diferentes tratamentos (média de 5 repetições) ... 11 Tabela 2: Características da cultivar da soja utilizada Brasmax Sementes (2014) .... 16 Tabela 3: Rendimento biológico (kg ha-1), massa total de grãos (kg ha-1) e índice de colheita (IC) de soja submetidos a tratamentos de Penergetic e adubo, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2015 ... 18 Tabela 4: Rendimento de grão (RG), rendimento de palha (RP), massa de mil grãos (MMG) de soja submetidos a tratamentos de adubo e Penergetic, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2015 ... 19

(6)

5

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Croqui demonstrativo do dispositivo experimental para teste do produto comercial Penergetic ... 15 Quadro 2: Resumo da análise de variância para os caracteres de rendimento da soja: rendimento de grão (RG), rendimento biológico (RB), rendimento de palha (RP), massa média de grãos (MMG) de soja submetida a tratamento de Penergetic e adubo, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2015 ... 18

(7)

6

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 7

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 9

1.1 A CULTURA DA SOJA ... 9

1.2 MANEJO DA ADUBAÇÃO DA SOJA ... 9

1.3 BIOESTIMULANTES DE SOLO E PLANTA ... 10

1.4 O BIOESTIMULANTE PENERGETIC ... 11

2 MATERIAL E MÉTODOS ... 15

2.1 LOCAL, CLIMA E SOLO ... 15

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E CONDUÇÃO EXPERIMENTAL ... 15

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 18

CONCLUSÃO ... 20

(8)

7

INTRODUÇÃO

A soja é a cultura agrícola brasileira que mais cresceu em área plantada no País. Cultivada principalmente nas regiões do centro-oeste e sul do Brasil, se firmou como uma dos produtos mais destacados no agronegócio brasileiro, na condição de segundo maior produtor mundial do grão. É atualmente a cultura mais cultivada no Rio Grande do Sul, ocupando área de 4.939.600 hectares, gerando uma produção de 12.867,700 toneladas (CONAB, 2014). A soja, devido ao seu alto teor de proteínas e óleo, proporcionou múltiplas utilizações e a formação de um complexo industrial destinado ao seu processamento, visando à produção principalmente de óleo, farelo e biocombustíveis (biodiesel).

Entendendo que o grande desafio da agricultura atual é suprir a demanda por alimentos em concomitância à preservação dos recursos naturais torna-se importante buscar novas alternativas para o aumento da produtividade com menores impactos ao ecossistema, incluindo menor utilização de adubação química, que em algumas circunstâncias podem causar impactos negativos ao meio ambiente. Diante disto, uma alternativa é o uso de bioestimulantes que atuam na bioativação do solo e planta, com o objetivo de disponibilizar nutrientes fundamentais para o pleno desenvolvimento da soja.

Calegari (2014) faz menção a uma tecnologia de bioativação de origem Suíça, que está no Brasil há 12 anos com excelentes resultados, promovendo uma melhora de qualidade de vida do solo e também ativa a planta, no aproveitamento de nutrientes disponíveis e imobilizados no solo, aumentando a eficiência fotossintética. A esse produto, com o nome comercial de Penergetic®, é atribuída a função de aumentar o aproveitamento dos nutrientes disponíveis e imobilizados no

(9)

8

sistema e também aumentar a eficiência fotossintética e auxiliar nas interações dos microrganismos nas raízes (Simbioses).

Porém, a fabricante mantém sigilo absoluto sobre a formulação do produto Penergetic, o que dificulta a compreensão dos mecanismos de atuação do produto tem sobre o solo e a planta. Entretanto, o produto tem sido comercializado na região e há relatos de sua eficiência no aumento do rendimento de grãos na soja.

O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a eficiência no uso de Penergetic P e K na produção final da cultura em comparativo com manejo de adubação utilizado segundo as recomendações da pesquisa oficial.

(10)

9 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 A CULTURA DA SOJA

A soja (Glycine max) é a oleaginosa mais plantada hoje no Rio Grande do Sul, com área de 4.939,600 de hectares plantados, e uma produção chegando a 12.867,700 toneladas na safra 2012/13 (CONAB, 2014). O complexo da soja compreende uma cadeia produtiva que envolve desde produção interna voltada para a exportação do produto bruto, até a transformação do produto voltada para a indústria esmagadora que processa a soja em farelo ou óleo para a exportação ou para consumo interno (SILVA; LIMA; BATISTA, 2011).

O Brasil é o segundo maior produtor, processador mundial da soja em grão do mundo e o segundo exportador mundial de soja, farelo e óleo, garantindo ao país um papel de grande potencial para o produto. Apesar das vantagens brasileiras para a produção, como a grande disponibilidade de recursos naturais favoráveis do país, o Brasil apresenta desafios que se ultrapassados poderiam resultar numa maior potencialidade do complexo de soja brasileiro (SILVA; LIMA; BATISTA, 2011).

A indústria brasileira transforma, por ano, cerca de 30,7 milhões de toneladas de soja, produzindo 5,8 milhões de toneladas de óleo comestível e 23,5 milhões de toneladas de farelo proteico, contribuindo para a competitividade nacional na produção de carnes, ovos e leite. Além disso, a soja e o farelo de soja brasileiro possuem alto teor de proteína e padrão de qualidade Premium, o que permite sua entrada em todo mercado mundial (MAPA, 2014).

A soja também é uma alternativa para a fabricação do biodiesel, representando cerca de 80% da disponibilidade de matéria-prima vegetal para mistura legal de biodiesel, combustível capaz de reduzir em 78% a emissão dos gases causadores do efeito estufa na atmosfera (DURÃES, 2009).

1.2 MANEJO DA ADUBAÇÃO DA SOJA

Um dos principais fatores limitantes para obtenção de altos rendimentos em soja está ligado à adubação que é empregada ao seu cultivo. O manejo para obtenção de altas produtividades na cultura da soja é traduzido na interação clima, planta e solo, aliado ao uso eficiente e racional dos fertilizantes (VITTI; TREVISAN,

(11)

10

2000), visto que a adubação correta irá proporcionar melhores condições para a maximização dos rendimentos.

Segundo Borkert et al. (1994) o nitrogênio é o nutriente mais extraído pela soja, sendo que sua maior parte é suprido pela ação simbiótica de bactérias do gênero Bradyrhizobium e o restante pelo solo, seguido pelo potássio que exerce maior efeito limitante na produtividade, pelo fato de agir sobre o metabolismo, respiração, reprodução e crescimento, sendo que o manejo deficiente deste nutriente no solo é o fator primordial que limita as altas produtividades (SCHLINDWEIN, 2003).

Outros nutrientes que são exigidos em maior quantidade é o potássio e o fósforo, este por sinal possui baixa mobilidade no solo e tem difícil absorção pelas plantas, para a adubação de P e K deve-se ser consultado o Manual de adubação de calagem (ROLAS), pois as doses as serem aplicadas variam conforme os níveis de fertilidade do solo.

O nutriente exigido em menor quantidade chamado de micronutriente que apresentam boa resposta é o Molibdênio e cobalto responsáveis pela boa fixação biológica.

1.3 BIOESTIMULANTES DE SOLO E PLANTA

Os bioestimulantes são substâncias orgânicas complexas modificadoras do crescimento capazes de atuar em fatores de transcrição da planta e na expressão gênica, em proteína de membrana alterando o transporte iônico e em enzimas metabólicas capazes de afetar o metabolismo secundário, de modo a modificar a nutrição mineral, produzir precursores de hormônios vegetais, levando a síntese hormonal e a resposta das plantas à nutrientes e hormônios (CASTRO, 2006).

Podem sem caracterizados como de solo e ou de planta. Os primeiros tem sua atuação direcionada aos micro-organismos do solo que irão suprir as necessidades nutricionais das plantas e auxiliar na realização da fotossíntese. Entre os organismos que têm a sua atuação favorecida por meio dos bioestimulantes de solo está a micorriza, fungo que se forma nas raízes e é responsável por até 80% da condução dos sais minerais e da água às plantas. Já os bioativadores de planta são capazes de que auxiliar no fornecimento de energia adicional às plantas, para consigam realizar fotossíntese de modo mais eficiente. Com esse estímulo as

(12)

11

plantas obtêm mais folhas e, consequente, podem também conseguir uma maior produtividade.

Os bioestimulantes tem o objetivo de proporcionar um melhor equilíbrio fisiológico, favorecendo uma melhor aproximação ao potencial genético da cultura. Essas substâncias quando aplicadas às plantas, modificam ou alteram vários processos metabólicos e fisiológicos específicos. O bioestimulante pode, em função da sua composição, concentração e proporção das substâncias, incrementar o crescimento e desenvolvimento vegetal estimulando a divisão celular, diferenciação e o alongamento das células, podendo também, aumentar a absorção e a utilização de água e dos nutrientes pelas plantas (CASTRO; VIEIRA, 2001).

Segundo Antoniolli e Jacques (2014), no Brasil, o uso de bioestimulantes começa a ser explorado com alguns resultados interessantes como é o caso do Penergetic que auxilia na micorrização e nodulação das raízes de soja.

Tabela 1: Micorrização em raízes de soja cultivar FEPAGRO 36RR, na fase de enchimento de grão, nos diferentes tratamentos (média de 5 repetições)

Tratamentos Micorrização (%)

Testemunha 60 b

Penergetic 85 a

Metade da Recomendação P e K 55 c

Metade da Recomendação P e K + Penergetic® 76 ab

Recomendação P e K 59 bc

Recomendação P e K + Penergetic® 64 b

CV (%) 18,66

Nesse trabalho, a utilização do Penergetic® resultou em maior número de esporos micorrízicos no solo e maior porcentagem de micorrização no período de florescimento da soja, sendo este efeito mais pronunciado na ausência da adubação de fósforo e potássio (ANTONIOLLI; JACQUES, 2014).

1.4 O BIOESTIMULANTE PENERGETIC

Atualmente, um dos maiores desafios da agricultura mundial é desenvolver sistemas agrícolas sustentáveis que possam produzir alimentos e fibras de qualidade em quantidade suficiente, com reduzido impacto nos recursos do ambiente. Neste sentido, a adoção de produtos alternativos e inovadores que resultem na redução do uso de insumos de alto custo econômico e ambiental,

(13)

12

representa uma estratégia viável para produtores que estejam buscando adotar sistemas produtivos mais sustentáveis, sem reduzir a produtividade das culturas.

O modo de ação do bioestimulante Penergetic é apresentado em materiais de divulgação comercial e, segundo estes, não está baseada na utilização de ativo biológico (gene inativo, vírus, bactérias, propágulos fúngicos, metabólitos secundários, etc.), e não possui qualquer micro ou macronutriente na sua formulação, além dos presentes na constituição do veículo utilizado (argilomineral), o que pode ser facilmente comprovado através de análises de difratometria de raio X.

O diferencial da tecnologia Penergetic estaria ligada ao processo de energização, obtido através de ondas eletromagnéticas em espectro reduzido. Tal carga energética, inofensiva a qualquer organismo vivo, atua na indução da atividade biológica observada naturalmente nos sistemas solo/planta, planta/atmosfera e/ou solo/micro-organismos. A este processo dá-se a denominação de bioestimulante. Desta forma, o termo bioestimulante não significa que os produtos da Penergetic possuam ativos biológicos, e sim que a utilização da tecnologia resulta na ativação ou estimulação da vida na natureza, seja ela no solo ou nas plantas.

Apesar do processo de energização dos veículos utilizados pela tecnologia (a exemplo dos argilominerais bentoníticos) ser de domínio do fabricante, os mecanismos de ação desta tecnologia são de difícil descrição em termos de modelos teóricos tradicionais. A tecnologia Penergetic utiliza materiais com a bentonita que é um argilomineral que possui como características principais, alta área superficial específica (até 800 m2 g-1), capacidade de troca de cátions na ordem de 60 a 170 meq 100g-1, partículas de tamanhos que podem variar de 2 μm a tamanhos significativamente reduzidos como 0,1 μm em diâmetro e formato de placas ou laminas, com alto poder de expansão quando em contato com a água (VELDE, 2005; BERGAYA; THENG; LAGALY, 2006; FAHRENHOLTZ, 2008; TEIXEIRA-NETO; TEIXEIRA-NETO, 2009).

A empresa que comercializa o produto ressalta a tecnologia Penergetic está fundamentada em conceitos da biologia, física quântica, biofísica e química, proporcionando efeitos benéficos quanto à biodisponibilização de nutrientes, através da ação da microbiota do solo e otimização do processo fotossintético, traduzindo-se em manutenção da produtividade das culturas a um menor custo de produção.

(14)

13

A empresa Penergetic utiliza estes materiais como veículo da tecnologia, induzindo neles a excitação energética através de transferência de energia. Cada átomo, composto, molécula ou substância que apresenta na melhoria da atividade biológica no solo, absorção e utilização de nutrientes, diminuição de estresses bióticos e abióticos, promoção do crescimento vegetal ou proteção de plantas possui uma oscilação eletromagnética específica (onda específica) medida na escala Tesla, ou comumente conhecida como densidade de fluxo magnético ou indução eletromagnética.

A tecnologia utilizada pela Penergetic, com base nos conhecimentos descritos por Nikola Tesla no início dos anos 1900, transfere esta onda específica para o argilomineral utilizado como veículo, no caso a bentonita. No entanto, a forma como a transferência de energia é realizada trata-se de segredo industrial por parte da fabricante.

A tecnologia aplicada é composta por dois produtos, sendo eles Penergetic K que induz no veículo (argilomineral bentonita) uma energia de excitação idêntica à encontrada no átomo de oxigênio (8 elétrons com 4 elétrons na sua última camada). Desta forma, ao ser aplicado sobre o solo, sem necessitar de qualquer tipo de revolvimento, a vibração do átomo de oxigênio passa a estar presente, induzindo a atividade microbiana, resultando em um aceleramento na mineralização de nutrientes, como por exemplo, dos macronutrientes fósforo e potássio que se encontravam ligados a moléculas orgânicas complexas.

Desta forma, mesmo sem o produto Penergetic K possuir na sua constituição os macronutrientes fósforo e potássio, resultados de campo demonstram o aumento da disponibilidade destes elementos para as plantas em solos que receberam a tecnologia, reduzindo a necessidade de reposição por formulações inorgânicas (fertilizantes minerais) (WOLFAARDT; KORBER, 2012). Este aumento da disponibilidade destes nutrientes para as plantas e para os micro-organismos não se deve à adição de elementos ao sistema solo, mas sim às reações que as cargas eletromagnéticas do produto ocasionam no sistema solo, que acabam alterando as formas dos nutrientes que já se encontram no solo, muitas vezes em formas indisponíveis às plantas e aos micro-organismos, biodisponibilizando estes nutrientes.

(15)

14

Da mesma forma, a tecnologia Penergetic P atua na bioestimulação do crescimento vegetal através de estímulos fisiológicos no metabolismo das plantas, desenvolvimento de raízes, otimização da absorção e utilização de nutrientes, translocação, acumulação e redistribuição de fotossintatos. Com a utilização da tecnologia, ocorre a otimização da fotossíntese devido ao aumento da concentração de clorofilas e carotenóides, influenciando na absorção de energia luminosa e sua conversão em energia química, utilizada na assimilação do CO2. A tecnologia atua

na quimiosmose, onde as diferenças na concentração de íons e as diferenças no potencial elétrico através das membranas formam uma fonte de energia livre (potencial elétrico), que não são iguais nos dois lados das membranas. Esta energia disponível torna-se a força motora de prótons, sendo a soma de um potencial químico de prótons e o potencial elétrico. Segundo Bruce et al. (1997) este mecanismo é análogo a uma célula elétrica que promove uma corrente através de uma série de motores elétricos.

(16)

15 2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 LOCAL, CLIMA E SOLO

O experimento foi implantado no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), pertencente ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), localizado no interior do município de Augusto Pestana (RS), o qual possui uma localização geográfica de 28º 26’ 30 26’’ de latitude sul e 54º 00’ 58’ 31 de longitude W e apresenta altitude aproximada de 280 metros.

O clima da região, segundo a Classificação Climática de Köppen-Geiger (2013), é cfa, ou seja, um clima subtropical úmido, com verão quente sem estiagem típica e prolongada, com uma media anual de precipitação pluviométrica equivalente a 1600 mm.

O solo pertence a unidade de mapeamento de Santo Ângelo e é classificado com Latossolo Vermelho Distroférico Típico, originário do basalto da formação da serra geral; caracteriza-se por apresentar perfil profundo de coloração vermelha escura, textura argilosa com predominância de argilominerais 1:1 e óxi-hidróxidos de ferro e alumínio.

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E CONDUÇÃO EXPERIMENTAL

O delineamento utilizado: Blocos ao acaso Cultivar: BRAXMAX 7166RSF IPRO

Tratamento 1 (T1): Testemunha

Tratamento 2 (T2): Penergetic® + Adubação tradicional Tratamento 3 (T3): Penergetic®

Tratamento 4 (T4): Adubação tradicional

Quadro 1: Croqui demonstrativo do dispositivo experimental para teste do produto comercial Penergetic

Testemunha Penergetic Adubação Tradicional

Penergetic Adubação + Penergetic Testemunha

Adubação tradicional Testemunha Adubação + Penergetic Adubação + Penergetic Adubação tradicional Penergetic

(17)

16

As parcelas foram constituídas por cinco linhas de plantio de 0,50 metros entre linha e 5 metros de comprimento e espaçamento de 1 metro entre parcelas.

Variáveis determinadas:

- rendimento biológico (RB): foram coletadas duas fileiras e pesadas para determinar o RB;

- rendimento de grãos (RG): das amostras colhidas foi separado o grão da palha e determinado o peso de grão através da pesagem dos mesmos; - rendimento de palha (RP): foram separados os grãos das plantas e

realizado a pesagem dos resíduos;

- massa média de grãos (MMG): foram coletadas amostras de cada parcela e pesados;

- índice de colheita (IC): determinado em porcentagem pela relação entre grãos e RB, multiplicado por 100.

A cultivar escolhida é a BRAXMAX 7166RSF IPRO de elevado potencial produtivo, com características individuais, conforme descritas na Tabela 2.

Tabela 2: Características da cultivar da soja utilizada Brasmax Sementes (2014)

Cultivar BRAXMAX 7166RSF IPRO

Hábito de Crescimento Indeterminado

Cor Pubescência Média

Cor da Flor Branca

Tipo de Planta Ereta, bom potencial engalhador

Colheita 108 a 128 dias

População Recomendada 230 a 300 mil plantas/ha Peso Médio de Mil Sementes Peneira 6,6:166 g

O experimento foi conduzido a campo sem irrigação, seguindo a época recomendada para semeadura da cultura no dia 27 de novembro de acordo com as indicações do zoneamento agrícola da região. A área na qual foi instalado o experimento tem o sistema de semeadura direta consolidada.

As sementes já foram adquiridas com tratamentos industrial de inseticida (FIPRONIL) e fungicidas (PIRACLOSTROBINA) e (TIOFANATO METILICO). Para o preparo da área foi feita 7 dias antes uma, dessecação de Roundup WG (Glifosato, 720 g ha-1), na dose de 2 kg ha-1, com vazão de 100 litros de água ha-1 e, posteriormente, com máquina de pulverização costal, a aplicação de Penergetic K, na dose de 250 g ha-1.

(18)

17

A semeadura foi realizada no dia 27 de novembro de 2014, com auxílio de uma plantadeira Imasa MP 1600 para a distribuição de sementes com uma distribuição de 14 sementes por metro linear. A adubação foi realizada de forma manual após a semeadura com uma dose de 200 kg/ha de adubo químico da formula 2-23-23 (N – P2O5 – K2O).

Após o plantio no dia 6 de janeiro de 2015 foi realizada uma capina manual para controle de buva (Coniza bonariensis) e a primeira aplicação de Penergetic P com a utilização de uma máquina costal na dose de 125 g ha-1 quando a soja estava em estágio V4.

No dia 16 de janeiro de 2015 foi realizada a primeira aplicação de fungicida com a soja no estagio (V8), como fungicida Opera (PIRACLOSTROBINA, 133 g/ha + EPOXICONAZOL 50 ml/ha) na dose de 600 ml ha-1, e o inseticida Talismã (BIFENTRINA 50 g L-1 + CARBOSULFANO 150 g L-1) na dose de 500 ml ha-1, juntamente com a aplicação da segunda aplicação de Penergetic P na dose de 125 g ha-1.

A segunda aplicação de fungicida foi realizada no dia 02 de fevereiro de 2015 com a soja no estádio R4, juntamente com controle de percevejo, os produtos usados foram: fungicida Orkestra (FLUXAPIROXADE 167 g L-1 + PIRACLOSTROBINA 333 g L-1) na dose de 300 ml ha-1 mais o óleo mineral Nimbus na mesma dose. O inseticida utilizado foi Imidacloprid (IMIDACLOPRID 480 g L-1) na dose de 250 ml ha-1.

Dia 20 de fevereiro de 2015 foi realizada uma terceira aplicação de fungicida no estádio R6, o produto usado foi o fungicida Opera (PIRACLOSTROBINA, 133 g ha-1 + EPOXICONAZOL 50 ml ha-1) na dose de 600 ml/ha mais o óleo mineral Nimbus na mesma dose.

A colheita foi realizada no dia 31 de março de 2015, sendo colhidas 2 fileiras de plantas de cada parcela.

(19)

18 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise de variância dos caracteres avaliados, quando a soja foi submetida aos tratamentos com Penergetic e adubação, não mostrou variação para rendimento de grão e rendimento de palha. Por outro lado a análise evidenciou variação significativa na massa média de grãos (MMG).

Quadro 2: Resumo da análise de variância para os caracteres de rendimento da soja: rendimento de grão (RG), rendimento biológico (RB), rendimento de palha (RP), massa média de grãos (MMG) de soja submetida a tratamento de Penergetic e adubo, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2015

Causa de Variação Quadrado Médio CV%

Bloco Tratamento Resíduo

RG (kg ha-1) 426856 856856 ns 753741 24,11

RB (kg ha-1) 1665149 1778910 ns 2608277 14,99

RP (kg ha-1) 409556 193918 ns 940194 13,52

MMG (g) 65 18 ns 9 2,08

*Significativo a 5% de probabilidade de teste F.

NS - Não significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F. CV% - Coeficiente de Variação.

Os tratamentos, rendimento de grão rendimento biológico, rendimento de palha, massa média de grãos não foram significativos a 5% de probabilidade pelo teste F.

Os coeficientes de variação são baixos indicando boa precisão na determinação das variáveis estudadas.

Tabela 3: Rendimento biológico (kg ha-1), massa total de grãos (kg ha-1) e índice de colheita (IC) de soja submetidos a tratamentos de Penergetic e adubo, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2015

Tratamento RB (kg ha-1) Grãos (kg ha-1) IC (%)

Testemunha 9632 a 2822 a 29,3 a

Penergetic 11283 a 3887 a 25,6 a

Adubação convencional 10979 a 3697 a 33,7 a

Penergetic + adubação convencional 11191 a 3995 a 35,7 a

Média 10772 3640 31

CV% 15 24,11 28

Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

CV% - Coeficiente de Variação.

Não houve diferença significativa entre os tratamentos para os caracteres de Rendimento Biológico (RB), massa de grãos em consequência o índice de colheita não se diferenciou.

(20)

19 Tabela 4: Rendimento de grão (RG), rendimento de palha (RP), massa de mil grãos (MMG) de soja submetidos a tratamentos de adubo e Penergetic, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2015

Tratamento RG (kg ha-1) RP (kg ha-1) MMG (g)

Testemunha 2822 a 6809 a 154 a

Penergetic 3887 a 7395 a 149 a

Adubação convencional 3687 a 7281 a 154 a

Adubação convencional + Penergetic 3995 a 7195 a 151 a

Média 3640 7170 152

CV% 24 13,5 2

Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

S - superior a média geral acrescido de um desvio padrão (x + 1sd).

Os caráteres de rendimento de grãos, rendimento biológico e massa de mil grãos não apresentam diferença significativa aos demais tratamentos. Portanto, ambos os tratamentos apresentaram um bom rendimento em relação à testemunha.

(21)

20

CONCLUSÃO

A produção de grãos, a produção total de fitomassa e a massa de mil grãos e os demais componentes de rendimento não foram afetados pela adubação isoladamente ou em associação ao produto comercial Penergetic.

São necessários maiores conhecimentos sobre o modo de atuação do produto e maior número de testes para confirmar os resultados obtidos na cultura da soja.

(22)

21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALTIERE, M. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 4. ed. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2004.

ANTONIOLLI, Z. I.; JACQUES, R. J. S. Efeito do Penergetic® P e K na micorrização e nodulação de raízes de soja. Santa Maria, 2014.

ASSIS, L.; ROMEIRO, A. R. Agroecologia e agricultura orgânica: controvérsias e tendências. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 6, p. 67-80, 2002.

BERGAYA, F.; THENG, B. K. G.; LAGALY, G. Handbook of clay science,

developments in clay science. Amsterdam, 2006.

BOARD, J. E.; MODALI, H. Drymatter accumulation predictors for optimal yield in soybeans. Crop Science, v. 45, p. 1790-1799, 2005.

BORKERT, C. M. et al. Seja o doutor da sua soja. Informações Agronômicas, Piracicaba: POTAFOS, v. 66, p. 1-16, 1994.

CASTRO, P. R. C.; VIEIRA, E. L. Ação de bioestimulante na germinação de sementes, vigor das plântulas, crescimento radicular e produtividade de soja.

Revista Brasileira de Sementes, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 2-228, 2001.

CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KÖPPEN-GEIGER. 2013. Disponível em: <http://portais. ufg.br/uploads/68/original_Classifica____o_Clim__tica_Koppen.pdf>. Acesso em: 26 out. 2014.

CONAB – COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. 2014. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/>. Acesso em: 26 set. 2014.

DURÃES, F. O. M. Agroenergia para biodiesel. 2009. Disponível em: <http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/24463/1/Agroenergia-para-bio diesel.pdf>. Acesso em: 28 set. 2013.

(23)

22

FAHRENHOLTZ, W. G. Em ceramic and glass materials: structure, properties and processing. New York: Springer, 2008. cap. 7.

FIGUEIREDO, M. V. B. et al. Potential impact of biological nitrogen fixation and organic fertilization on corn yield inlow external input sistems. In: DANFORTH, A. T. (ed.). Corn crops production: growth, fertilization and yield. New York: Nova Science Publishers, 2009. p. 239-267.

FURASTÉ, P. A. Normas técnicas para o trabalho científico: explicitação das normas da ABNT. 17. ed. Porto Alegre: Dáctilo-Plus, 2014.

RUCE, A. et al. Biologia molecular da célula. 3. ed. Porto Alegre, 1997. 1294p. SCHLINDWEIN, J. A. Calibração de métodos de determinação de fósforo e

potássio do solo sob sistema plantio direto. 2003. 169p. Tese (Doutorado),

Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

SERCILOTO, C. M. Mais produção: os bioativadores são capazes de aumentar a qualidade dos frutos. Cultivar HF, Pelotas, ano 2, n. 13, p. 20-21, 2002.

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2004. 719p.

WOLFAARDT, G. M.; KORBER, D. R. Near-field microbiological considerations

relevant to a deep geological repository for used nuclear fuel. State of Science

Referências

Documentos relacionados

Geomathematical evaluation of the banded iron formations of the Bonito Mine Northeastern Brazil : Several approaches through multivariate analysis, geostatistical assessment and

Em que pese a existência de uma representação social acerca das modalidades aquáticas para crianças, pouco se sabe sobre a percepção dos pais sobre os possíveis

A gestão, como é sabido, envolve 3 dimensões: a macro, que diz respeito às políticas governamentais; a mediana, referente ao sistema educativo; e a micro, foco do

Por fim, nas pesquisas de campo procurou-se investigar como se dá a inserção das mulheres no mercado de trabalho na cidade de Guarabira: as características dessa participação

destaca o desejo do homem por poder, dominação e controle e com isso é possível compreender qualquer tipo de agressão sexual no contexto mais amplo das sociedades

Imagens (representação menor) das embalagens secundária e primária, com o nome do produto (lado direito da sinalizante); Legenda (cor branca, acima da imagem):

A intervenção do Estado na economia pode ocorrer tanto com tributação mais acentuada ou menos expressiva, inclusive com incentivos fiscais com finalidades de estimular a ampliação

Bom, eu penso que no contexto do livro ele traz muito do que é viver essa vida no sertão, e ele traz isso com muitos detalhes, que tanto as pessoas se juntam ao grupo para