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Academic year: 2021

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TÍTULO: A LITERATURA INFANTIL E A FORMAÇÃO DE LEITORES TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: PEDAGOGIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE AURIFLAMA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): SILVIA REGINA DE CARVALHO NEVES, SANDRA REGINA COELHO DA SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): JOÃO ANGELO SEGANTIN, LUDMILA FERNANDA RODRIGUES PEREIRA ORIENTADOR(ES):

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1 1. RESUMO

Considerando que a escola tem como uma de suas funções formar cidadãos leitores, o presente trabalho teve como objetivo geral proceder uma revisão bibliográfica sobre a relevância da Literatura Infantil nos primeiros anos do ensino fundamental, a fim de contribuir para a formação leitora. Entende-se que é necessário investigar como a leitura pode contribuir para o desenvolvimento intelectual infantil e se é mesmo uma forma lúdica de ensinar. Para atender as expectativas apresentadas como objetivo geral, foram delineados os seguintes objetivos específicos: Abordar a importância de trabalhar com a literatura infantil; Especificar a necessidade da literatura infantil para o processo de formação de leitores; Detalhar sua importância para o desenvolvimento intelectual e da linguagem; Apontar qual o papel do professor com relação às atividades de leitura; Identificar quais as dificuldades de trabalhar com leitura em sala de aula. Trata-se de um estudo bibliográfico, no qual foram analisados 13 documentos, dentre eles livros e artigos científicos e, mostra que o trabalho com a literatura infantil em sala de aula ministrado com a metodologia adequada é muito importante para o desenvolvimento intelectual e da linguagem do aluno, fazendo deste leitor assíduo dos livros.

2. INTRODUÇÃO

A Literatura Infantil são textos direcionados às crianças, que existem desde antes do surgimento da escrita, a qual era propagada de forma oral, por meio de contos, cantos, poemas e fatos narrados por adultos, e passado de geração à geração.

Esta, como instrumento de formação de leitores nos anos iniciais do ensino fundamental é de extrema relevância, pois é nesta fase que o professor deve atentar para desenvolver um trabalho, já iniciado na educação infantil, que desperte na criança o gosto pela leitura, e não o hábito de leitura, porque segundo Arnaldo Niskier (1999, p. 18), na educação, o hábito leva a imposição e tudo que é imposto tende a rejeição. A criança tem que gostar de ler por prazer e não por obrigação.

Assim, como problema de pesquisa procura-se descobrir se dentre tantos recursos didáticos, seria a Literatura Infantil eficiente para a formação de leitores? Temos como hipótese uma tendência positiva, pois é por meio da leitura que a criança desenvolve habilidades como, facilidade em expressar pensamentos e

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2 opiniões, adquire maior domínio dos conteúdos durante a aprendizagem escolar, consegue interagir melhor com os colegas e em meio à sociedade.

Visto também que a função da escola é preparar o aluno, entre outras coisas, para o trabalho, bem como ingressar na universidade, considera-se então a importância da leitura nesse processo de ensino-aprendizagem logo no início da vida escolar, possibilitando ao educando uma transformação, na qual passa de leitor passivo a ativo. Para tanto, o professor deverá promover atividades que aproximam o aluno da leitura de forma dinâmica e agradável, utilizando-se de recursos lúdicos, que ensinam a ler possibilitam a interação e socialização entre as crianças, um processo lento e gradativo que deve ser estimulado por práticas constantes.

3. OBJETIVOS

Considerando que a escola tem como uma de suas funções formar cidadãos leitores, o presente trabalho teve como objetivo geral proceder uma revisão bibliográfica sobre a relevância da Literatura Infantil nos primeiros anos do ensino fundamental, a fim de contribuir para a formação leitora. Entende-se que é necessário investigar como a leitura pode contribuir para o desenvolvimento intelectual infantil e se é mesmo uma forma lúdica de ensinar.

Para atender as expectativas apresentadas como objetivo geral, foram delineados os seguintes objetivos específicos: Abordar a importância de trabalhar com a literatura infantil; Especificar a necessidade da literatura infantil para o processo de formação de leitores; Detalhar sua importância para o desenvolvimento intelectual e da linguagem; Apontar qual o papel do professor com relação às atividades de leitura; Identificar quais as dificuldades de trabalhar com leitura em sala de aula.

4. METODOLOGIA

Embasado em fundamentos teóricos já publicados, o desenvolvimento deste artigo foi feito por meio de pesquisa bibliográfica de alguns autores pesquisadores sobre o assunto, tais como: Arroyo, Souza, Charão, Costa, dentre outros. Além de documental, artigos, revistas e sites acadêmicos, por meio de leituras, fichamentos e interpretações. De acordo com Gil, (2002, p. 44), “Pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.

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3 A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos. (SEVERINO, 2007, p. 122).

Iniciado o trabalho de pesquisa, foi feito uma leitura informativa tendo em vista a coleta de dados ou informações que serão utilizados para responder a questões específicas.

São quatro as fases que compõe a leitura informativa: Pré-leitura – fase inicial, onde o estudante deve certificar-se da existência das informações que procura, além de obter uma visão global das mesmas; Leitura seletiva – localizada as informações, é feito uma seleção, onde elimina-se o dispensável, escolhendo o que realmente interessa para elaboração do trabalho; Leitura crítica ou reflexiva – feita a seleção do material útil para o trabalho, o pesquisador ingressa no estudo dos textos. Uma fase que requer reflexão (processo de aprendizagem), percepção dos significados (processo de apreensão) e apropriação dos dados (processo de assimilação); Leitura interpretativa – é a última etapa da leitura e está dividida em três partes: a) Saber o que o autor realmente afirma; b) Relacionar as afirmações do autor com os problemas para os quais está procurando uma solução; c) Finalmente, julgar o material coletado em função do critério de verdade. (CERVO; BERVIAN, 2002, p.96-98).

5. DESENVOLVIMENTO

5.1Literatura Infantil e sua origem

A literatura destinada às crianças deve ter uma linguagem mais simples de forma que a criança possa ler, compreender e assimilar o texto apresentado.

Segundo Arroyo (2011) “literatura infantil“ são publicações destinadas às crianças, que antigamente aconteciam de maneira primitiva, ou seja, por transmissão oral, isso bem antes da existência de livros e revistas. Muito tempo depois, foram transpostos para documentos escritos, bem como preparados para leitores jovens.

Literatura é, antes de tudo, engenharia de palavras. É por meio da palavra oral ou escrita que ela se realiza. Seu campo é vasto. Ela nasce da necessidade de

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4 os homens, desde as origens, registrarem e compartilharem suas experiências, fantasias e, mais do que isso, valores e ensinamentos, transmitindo-os para gerações vindouras. (SOUZA, 2010, p. 9).

A Literatura Infantil, não é somente publicações em livros, ela faz parte do dia a dia, dos diferentes meios de comunicação, fato que acontece desde a antiguidade, onde o homem por necessidade de interação desenhava em pedras para representar sua forma de expressão.

Segundo Souza (2010, p.9 e 10), a palavra foi espalhada por meio de narrativas orais, por aedos e rapsodos que eram declamadores ambulantes que percorriam as cidades na Grécia espalhando repertórios compostos de lendas, contos e poemas épicos, até que Homero (século lX a.C.) compilou estas narrativas em linguagem escrita.

Na Idade Média, as canções de gesta vão ganhar a forma de novelas de cavalaria; as canções espalhadas pelos trovadores serão reunidas em cancioneiros, como o da Ajuda e o Vaticana; salmos provérbio e parábolas vão compor boa parte do Antigo e do Novo Testamento; e a vida dos santos ganha registro nas hagiografias, tão utilizadas com fins educativos nas escolas confessionais.(SOUZA, 2010, p.10).

Assim, foram surgindo as primeiras literaturas, por meio da oralidade, fatos, contos populares, cantos, poemas, poesias, para bem depois ser transformada em escritas. Com o surgimento do capitalismo, a palavra escrita ganhou um novo papel. Conforme afirma Souza:

Com o advento do capitalismo, delineou-se um novo cenário para a palavra escrita. Assistiu-se a um movimento de redesenhar a literatura com fito de torná-la mais saborosa e atraente às crianças burguesas. Um projeto mercadológico que inclui o resgate e a adaptação de antigas fábulas e lendas populares, o recurso da ilustração, do papel, do projeto gráfico, enfim, de tudo o que concorresse para encher os olhos das crianças, foi posto em pauta. (SOUZA, 2010, p 10).

Durante muito tempo as crianças passaram desapercebidas, era como se fossem adultos em miniaturas. Tempos depois é que surgiram os livros dirigidos a elas. Mas, para ser realmente considerado literatura infantil, o livro precisa ser aprovado pelas crianças, atender a expectativa desta que ao ler uma obra literária,

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5 deve ter sua imaginação estimulada, a curiosidade, a descoberta, bem como obter informação e aprender.

5.2 Literatura Infantil na escola

Nos dias contemporâneos, a aquisição da leitura e da escrita é fundamental para que o ser humano seja valorizado em sua vida familiar, escolar e social. “A dificuldade nessa aprendizagem se deve a diferentes fatores – dentre eles aqueles relativos à pobreza extrema em que vive parte da população das periferias das grandes cidades”(PORCACCHIA; BARONE, 2011, p. 396). Diante dessa situação, uma vez que a família precisa trabalhar, recai sobre a escola a responsabilidade de formar cidadãos leitores.

Os discursos provenientes do meio educacional relacionam a falta do gosto pela leitura, por parte de crianças que não receberam de suas famílias o incentivo a leitura, como uma das causas do fracasso escolar do aluno e futuramente seu fracasso enquanto cidadão. (PAIVA; OLIVEIRA, 2010, p. 29).

Para trabalhar com literatura em sala de aula, e fazer com que seus alunos adquiram o gosto pela leitura, é necessário que a escola tenha uma Sala de Leitura com material adequado e apropriado, que atenda a faixa etária das crianças, bem como é fundamental que o professor também seja um leitor. Mas nem sempre isso acontece, conforme afirma Charão (2014, s.p.), “O problema é que esse personagem, o professor leitor, não é facilmente encontrado nas escolas brasileiras”. O perfil docente é muito semelhante ao do leitor brasileiro, segundo a pesquisa Retratos da Leitura do Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro. Gerente-executiva de Projetos do instituto Zoara Failla conta que a análise em separado das respostas pelos participantes que se identificam como educadores confirma a impressão de que nossos professores não são leitores. “Só 30% deles dizem que gostam de ler”, diz. (CHARÃO, 2014, s.p.).

“A questão central acerca do trabalho com a literatura na escola relaciona-se à formação do professor para atender à indicação de acervos e à motivação para formar leitores”. (COSTA, 2007, p. 11).

O professor quando especializado na área da literatura, terá a metodologia adequada para orientar seus alunos e fazer com que estes adquiram o gosto pela leitura, tornando-se leitores capazes de compreender qualquer tipo de texto.

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6 Conforme afirma Costa (2007, p.11) “[ ... ] a metodologia do ensino da literatura infantil pode contribuir para a melhoria das demais disciplinas da escola, bem como para o crescimento pessoal, psicológico, relacional e cultural das crianças leitoras”, pois, o fato de ler e compreender os textos, facilitará para a criança não só na disciplina de Literatura, mas em qualquer outra, como por exemplo, a compreensão dos problemas propostos na aula de matemática.

5.3 A Literatura Infantil e a formação do leitor

O ato de ler por si só traz uma grande carga de benefícios, e quando adquirida nos primeiros anos de aprendizagem e mantida no decorrer da existência, pode formar um cidadão com opiniões próprias, grande capacidade argumentativa, não se deixando influenciar por vontades alheias, além de estimular criatividade e a fácil socialização de quem a pratica.

Mesmo antes de aprender a ler, as crianças devem ser colocadas em contato com a literatura. Ao ver um adulto lendo, ao ouvir uma história contada por ele, ao observar as rimas ( num poema ou numa música ), os pequenos começam a se interessar pelo mundo das palavras. É o primeiro passo para se tornarem leitores literários- percurso que vai se estender até o fim do Ensino Fundamental. (MEIRELLES, 2010,s.p.).

É fundamental colocar as crianças em contato com os livros desde muito cedo, até mesmo antes de aprender a ler. Despertar o interesse pelos livros é primordial, pois assim a criança constrói sua imagem no mundo e na realidade. “A Literatura Infantil, utilizada de modo adequado, é um instrumento de suma importância na construção do conhecimento do educando, fazendo com que ele desperte para o mundo da leitura não só como um ato de aprendizagem significativa, mas também como uma atividade prazerosa.” ( MARAFIGO, 2012, p.4).

Com base na ideia acima, pode-se dizer que a leitura é uma atividade que traz prazer à vida do educando, a qual o faz transitar pelo mundo das letras e o permite iniciar o gosto pela leitura, porém, a motivação pela leitura não pode ser encarada como um desafio penoso, mas um conquista diária tanto da escola, quanto do professor.

“A leitura é uma realidade interdisciplinar que, em muitas de suas manifestações está relacionada com outros modos de expressão que formam a

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7 bagagem comunicativa da criança desde seus primeiros anos, isto é, na Educação Infantil”.(MARAFIGO, 2012, p.4).

A leitura acontece mesmo antes da escrita, e é feita não apenas por quem lê, mas também por quem ouve, como uma criança que ainda não está na escola, que ouve estorinhas contadas pela mãe, um detalhe importante que a estimula ao mundo do imaginário.

[...] o livro deve ser para a criança “um meio de estimular o instinto vital, povoar-lhe a imaginação de provocar-lhe a personalidade” em sua primeira função. “Só em seguida, ajunta, despertando na criança o interesse pela leitura, tendo ela compreendido a riqueza que há nas páginas de um livro, estimulada, portanto, a sua curiosidade, pode começar a obra de ensino e de educação moral”. (LIMA, apud ARROYO, 2010 p. 37).

De início a leitura é usada como um recurso lúdico, que é fundamental para o desenvolvimento das crianças, pois através das brincadeiras elas aprendem sem perceber, de maneira suave e descontraída. Os conteúdos podem ser trabalhados por meio de histórias, teatros, onde as crianças representam, dramatizam e assim estimulam a autoconfiança, a autoestima, desenvolvem suas linguagens, bem como constroem os seus próprios conhecimentos.

Para Bettelheim, os contos de fadas exibidos em filmes e desenhos inibem a imaginação infantil, porque recebem elementos do ilustrador, tornando-se assim uma experiência pessoal do ilustrador. A ilustração e a imagem quando apresentadas prontas para a criança a impedem de criar. Portanto, os contos de fadas deveriam ser lidos ou narrados para dar oportunidade de a criança imaginá-los a partir de sua experiência pessoal. (BETTELHEIM, apud KRAEMER, 2008 p. 8).

Os contos de fadas, o faz de conta, são de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois é por meio da estorinha contada que se torna possível a estimulação do pensamento, o raciocínio, a imaginação, bem como possibilita às crianças uma mentalidade fértil, além de ajudá-las a lidar com seus próprios dramas, medos, pois se imaginam na história e aprendem a conviver com seus conflitos interiores. O contrário acontece quando a televisão é ligada e a criança encontra pronto todo aquele mundo encantado, sem o mínimo de esforço recebe informações, logo deixa de exercitar o pensamento imaginário, bem como criar fantasias.

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8 6 - RESULTADO

O desenvolvimento deste artigo foi feito por meio de pesquisa bibliográfica de alguns autores renomados no tema Literatura Infantil como instrumento de formação de leitores nos anos iniciais do ensino fundamental.

Foram analisados 13 artigos e 10 livros, dos quais foram selecionados 5 artigos e 8 livros e destes extraímos as ideias mais interessantes para o assunto em pauta.

Vale salientar, a importância dos sites Scielo, Google Acadêmico Scholar, Revista Escola Abril e Revista Escola Pública, nos quais foram encontrados os artigos selecionados.

Em relação a esses artigos e livros escolhidos, prevaleceram aqueles nos quais os temas abordados eram referentes ao assunto em questão.

Logo, as concepções sobre formação de leitores, encontradas nos 13 documentos estudados foram, literatura infantil e sua origem, literatura infantil na escola e literatura infantil e a formação do leitor. São assuntos que estão interligados, e que fazem parte desse processo de transformação do cidadão.

Iniciou-se o trabalho abordando o significado de literatura infantil, que segundo Arroyo (2011, s.p.) são publicações destinadas às crianças que existem desde a Antiguidade, antes mesmo do surgimento da escrita, e era transmitida de forma oral, sendo passada de geração para geração.

A literatura infantil sendo trabalhada nos primeiros anos de aprendizagem da criança, faz com que esta adquira o gosto pela leitura, e sendo mantida no decorrer da existência, pode formar cidadãos críticos, com capacidade argumentativa, estimula a criatividade, facilita a socialização, bem como possibilita ao leitor compreender qualquer tipo de texto.

Conforme afirma (BETTELHEIM, apud KRAEMER, 2008, p.8) “os contos de fadas exibidos em filmes e desenhos inibem a imaginação infantil...”, a leitura ou a narração dos contos de fadas, a forma lúdica de apresentar o texto às crianças, representando, caracterizando os personagens, é de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo, intelectual e da linguagem das crianças, pois torna possível estimular o pensamento, o raciocínio e a imaginação, o que não acontece quando se liga a televisão e entrega a imagem pronta à criança.

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9 Nesse processo o papel do professor é fundamental, visto que devido às condições socioeconômicas e culturais da população serem precárias, direciona-se para a escola a responsabilidade de formar cidadãos leitores. O professor deve propor atividades que coloquem as crianças em contato com os livros, e para isso é necessário que a escola disponha de sala de leitura e materiais que atendam toda a faixa etária infantil, bem como é preciso que o professor seja um leitor.

No entanto, a dificuldade se dá, porque de acordo com Souza (2010, p.2), falta nos professores fundamentação teórica sobre leitura e literatura, falta do hábito de ler, além da exposição de metodologias inadequadas nas orientações de leitura aos seus alunos, ou seja o educador não é especialista na área de literatura infantil, um dos fatores prejudicial na formação do cidadão leitor.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo teve como objetivo geral proceder uma revisão bibliográfica sobre a relevância da Literatura Infantil nos primeiros anos do ensino fundamental, a fim de contribuir para a formação leitora, no que isso pode ajudar para o desenvolvimento intelectual infantil e se é mesmo uma forma lúdica de ensinar, o qual foi alcançado, pois de acordo com o estudo levantado, com base nos artigos e livros selecionados, pode-se constatar que a formação de leitores não é uma tarefa tão simples como se imagina.

Quando se fala em leitores, não se trata simplesmente de pessoas que leem num momento casual, mas sim de cidadãos capazes de compreender qualquer tipo de texto.

Diante da pesquisa realizada, ficou evidente que qualquer indivíduo pode se tornar uma grande leitor, mas para isso realmente acontecer, é preciso que seja estimulado desde cedo, no início da alfabetização até a vida adulta.

Percebeu-se também, que uma das peças fundamentais para a formação desta classe, é o fato do professor também ser praticante da leitura, é essencial que ele também goste de ler.

Propõe-se então, que para atuar na educação infantil e trabalhar no processo de formação de leitores, que o educador tenha uma especialização na área de literatura, para poder desenvolver um trabalho com a metodologia adequada, capaz de atrair os alunos, e fazer destes praticantes assíduos do mesmo ato.

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10 ARROYO, Leonardo. Literatura Infantil brasileira. 3. ed. São Paulo: Unesp, 2011. BARONE, Leda Maria Codeço; PORCACCHIA, Sonia Saj. Construindo leitores: uma experiência de oficina de leitura. Disponível em:< www.scielo.br/cgi-bin/wx1s.exe/ieal/>. Acesso em: 20 mar. 2015.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Alcino. Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

CHARÃO, Cristina. Formação do professor leitor é o primeiro desafio de políticas de incentivo à leitura nas escolas. Políticas Públicas: Ed 41. Disponível em:<http://revistaescolapublica.uol.com.br/textos/41/professor-leitor-330282-1.asp.>. Acesso em: 31 mar. 2015.

COSTA, Marta Morais da. Metodologia do ensino da literatura infantil. Curitiba: Ibpex, 2007. Disponível em:<http://scholar.google.com.br/>. Acesso em: 16/04/2015. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002 KRAEMER, Maria Luiza. Histórias infantis e o lúdico encantam as crianças: atividades lúdicas baseadas em clássicos da literatura infantil. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2008. (Coleção formação de professores).

MARAFIGO, Elisangela Carboni. A Importância da Literatura Infantil na Formação de uma Sociedade de Leitores. Disponível em:<http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/up-

content/uploads/2014/01/Elisangela-Carboni-Marafigo-Padilha-Padilha.pdf.>. Acesso em: 18 mar. 2015.

MEIRELLES, Elisa. Literatura na Educação Infantil: para começar, muitos livros. Disponível em:<revistaescola.abril.com.br/educação-infantil-começar-muitos-livros-584120.shtml.>. Acesso em: 20 mar. 2015.

NISKIER, A. Um país se faz com homens e livros. In: PRADO, Jason (Org.); CONDINI, Paulo (Org.). A formação do leitor: Rio de Janeiro: Argus, 1999.

OLIVEIRA, Ana Arlinda; PAIVA, Sílvia Cristina Fernandes. A Literatura Infantil no Processo de Formação do Leitor. Disponível em:<http://scholar.google.com.br/>. Acesso em:16 abril 2015.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23.ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

SOUZA, Ana A. Arguelho de. Literatura infantil na escola: a leitura em sala de aula. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2010.

Referências

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