TÓPICOS EM SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO I
INTRODUÇÃO
O mundo hoje se encontra na era do conhecimento e
da inovação.
Organizações utilizam cada vez mais as novas tecnologias,
passando do modelo mecanicista para modelos mais complexos.
O papel dos recursos humanos evoluiu, passando de uma
cultura servil, mecânica e repetitiva para uma cultura de inovação, criação e multiplicadora de conhecimentos.
Por esses motivos, é muito importante que os atuais
funcionários das áreas de administração e informática compreendam os elementos conceituais relativos à gestão do conhecimento, tecnologia e inovação.
INTRODUÇÃO
Conhecimento (segundo o Aurélio):
“Ato ou efeito de conhecer”; “Prática de vida, experiência”;
“discernimento, critério”; “consciência de si mesmo”.
Segundo a filosofia, existem dois tipos de
conhecimento:
Vulgar – é o conhecimento que apenas constata a ocorrência
ou a existência dos fenômenos, objetos e práticas;
Científico – é o conhecimento que busca saber por que eles
INTRODUÇÃO
Na área da tecnologia e de sistemas de informação é
importante que se aplique sempre o conhecimento
científico.
Deve-se sempre saber por que os impactos relacionados a
tecnologia existem e como podemos administrá-los.
Quando não se tem conhecimento das causas, o resultado
para os negócios é sempre perda de oportunidades, de tempo, de recursos materiais, humanos e financeiros.
INTRODUÇÃO
Quanto à sua disponibilidade, a tecnologia pode ser
classificada como:
Tecnologia materializada: são equipamentos e softwares
utilizados nos processos administrativos e produtivos.
Tecnologia documentada: são quaisquer documentos que
descrevem e expliquem alguma coisa, ou seja, manuais, plantas, layouts, livros, revistas e páginas da internet.
Tecnologia imaterial: diz respeito ao conjunto de
conhecimentos teóricos e práticos (saber e experiências) necessários para conceber, fabricar e utilizar bens e serviços.
INTRODUÇÃO
Alguns conceitos
Gestão do conhecimento
Conjunto de metodologias e tecnologias, cuja finalidade é criar
condições para identificar, capturar, integrar, guardar, recuperar e compartilhar o conhecimento existente em qualquer tipo de organização.
Inovação
É a transformação de uma idéia ou uma invenção em um produto
novo ou melhorado que se introduz no mercado ou em novos sistemas de produção.
Pode ser também uma melhoria substancial em produtos ou
processos já existentes. Inovação Tecnológica
É definida como a aplicação de conhecimentos científicos, pesquisa e
desenvolvimento, que resulta em novos produtos, processos ou serviços, ou em melhoria significativa em alguns de seus atributos.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Algumas definições:
É o processo de busca e organização da experiência e do
saber individual e coletivo da organização, em qualquer lugar em que se encontre, e de sua distribuição para onde houver maior retorno.
É a forma de sistematicamente influenciar informação,
experiência e saber com o objetivo de aperfeiçoar a eficácia, a eficiência, a competência, a capacidade de resposta e a inovação na organização.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Podemos então concluir que existem dois tipos de
conhecimento na organização:
Conhecimento explícito ou codificável
Pode ser transmitido por meio da linguagem formal (livros,
internet, manuais).
Conhecimento implícito ou tácito –
Pode ser transmitido a partir do exemplo, da convivência
(transmissão oral ou por repetida observação das atividades);
Este tipo de conhecimento é inerente à pessoa e à cultura
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Um
dos
maiores
desafios
das
organizações
atualmente é:
Saber quem, dentro da empresa, detém o conhecimento;
Onde e como o conhecimento esta armazenado;
Como ele pode ser recuperado;
Onde, como, por quê e para quem ele foi utilizado; e
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Empresas criadoras de conhecimento
São aquelas que criam, sistematicamente, novos
conhecimentos, desseminam-nos pela organização inteira e os incorporam, rapidamente, a novas tecnologias e produtos.
Essa disseminação do conhecimento acontece por meio de
processos de conversão entre o conhecimento implícito e o explícito, envolvendo o indivíduo, o grupo, a organização e o ambiente.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Modos de conversão do conhecimento
Socialização (de tácito para tácito) Criação do conhecimento tácito através do compartilhamento de
experiências.
Treinamentos no local de trabalho, reuniões informais, interações
com clientes, entre outros.
Externalização (de tácito para explícito)
Articulação do conhecimento tácito em explícito através do uso
freqüente de analogias, metáforas, conceitos, hipóteses e modelos.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Combinação (de explícito para explícito)
Troca de informações explícitas;
Faz o uso da tecnologia da informação – mídias, documentos,
reuniões formais, conversas telefônicas, redes de computadores, entre outros.
A educação formal se encaixa nesse tipo de conversão.
Internalização (de explícito para tácito)
Vivência, pelos membros da organização, de uma atividade e/ou
resultado prático;
Aprender o “novo conhecimento” fazendo;
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Os vários processos de conversão entre conhecimento
tácito e explícito ocorrem nas dimensões:
Epistemológica – teoria do conhecimento. O conhecimento,
sua evolução e mudanças com o tempo.
Ontológica – o conhecimento e o ser humano. Evolução do
conhecimento entre as entidades criadoras, do indivíduo até pontos de contato da organização com o ambiente.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Três tipos de conversão do conhecimento ligam-se sob
várias perspectivas da teoria organizacional, mas a
externalização é a chave para a criação do
conhecimento organizacional.
A principal vantagem competitiva das empresas baseia-se
no capital humano, no conhecimento tácito dos funcionários.
A gestão do conhecimento está ligada à capacidade das
empresas em utilizarem e combinarem fontes e tipos de conhecimento individual, em grupo e ou organizacional para desenvolverem competências específicas.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
A gestão do conhecimento nas organizações implica
na adoção de práticas gerenciais e na coordenação
sistêmica de esforços em vários planos:
Organizacional e individual;
Estratégico e operacional;
GESTÃO DO CONHECIMENTO
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Segundo esse modelo, a gestão do conhecimento pode ser
entendida a partir de sete dimensões da prática gerencial:
1. O papel da alta administração: definição dos campos de
conhecimento, estratégias e metas;
2. O desenvolvimento de uma cultura organizacional voltada à
inovação, experimentação, aprendizado contínuo;
3. A conformação de novas estruturas organizacionais e novas
práticas de organização do trabalho;
4. As práticas e políticas de RH associadas à aquisição de
conhecimentos internos e externos;
5. O uso de novas tecnologias de base, mas sempre com base na
valorização do ser humano e do conhecimento individual;
6. A mensuração dos resultados obtidos e comunicação para todos;
e
7. A busca do aprendizado com o ambiente, via alianças e melhor
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Para que esse processo ocorra, a alta administração
deve desempenhar os seguintes papeis:
Conceituação – Qual o tipo de conhecimento deve ser
desenvolvido na empresa?;
Verbalização – mostrar conceitos que tragam novas
maneiras de pensar as coisas;
Criação – de um constante sentido de urgência para
aumentar a tensão criativa;
Estímulo – estimular a variedade e à mudança; e
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Etapas da gestão do conhecimento
Identificação – identificar as competências críticas para o
sucesso da organização.
Captura – aquisição de conhecimentos, habilidades e
experiências necessárias para criar e manter as competências essenciais.
Seleção e validação – tem o objetivo de filtrar o conhecimento,
avaliar sua qualidade.
Organização e armazenagem – busca-se garantir a
recuperação rápida, fácil e correta do conhecimento, por meio da utilização da TI.
Compartilhamento – acesso e distribuição – difusão do
conhecimento.
Aplicação – efetivo uso do conhecimento.
Criação do conhecimento – processo que envolve
aprendizagem, externalização do conhecimento, lições aprendidas.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
É fundamental que a organização se preocupe com alguns
fatores facilitadores da gestão do conhecimento:
Liderança – é preciso que a direção da organização esteja
comprometida com o processo.
Cultura organizacional – todos os envolvidos devem saber da
importância do processo para a organização.
Medição, avaliação e recompensa – devem, necessariamente,
existir práticas de medição, avaliação e mesmo recompensa, objetivando garantir receptividade, apoio e compromisso de todos.
Tecnologia da informação – o uso da TI é fundamental para o
armazenamento, disponibilização e compartilhamento de conhecimento.
GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
Aprendizagem Organizacional
Processo pelo qual uma organização exercita a sua
competência e inteligência coletiva para responder aos desafios dos ambientes interno e externo.
É o processo contínuo de detectar e corrigir erros. Erro é
qualquer tipo de conhecimento ou saber que iniba o aprendizado. É o processo heurístico de tentativa, erro e contínua correção de rumo.
Fundamentalmente isto é realizado a partir de
ensino/aprendizagem/conhecimento de rotinas e procedimentos da organização.
GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
Gestão de Competências
Entender a Organização como um conjunto de competências
institucionais (da empresa) e individuais (de cada colaborador).
Competências Institucionais: sobre processos; técnicas;
fluxos da organização; produtos e serviços; e sociais.
Competências Individuais: um saber agir responsável e
reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo
GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
Identificação e desenvolvimento das competências
individuais.
Captação de pessoas, desenvolvimento de competências,
GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
Educação Corporativa
Conjunto de soluções de aprendizagem de funcionários,
clientes e fornecedores, com o objetivo de atender às estratégias empresariais de uma organização.
Benefícios para a empresa: maior domínio sobre
conhecimentos tácitos e explícitos relacionados ao negócio, com foco no “core business”.
Benefícios para os funcionários: empregabilidade e/ou
GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
Gestão do Capital Intelectual
Capital Humano: inclui os valores, cultura e filosofia da
empresa, além da capacidade individual de seus funcionários em combinar conhecimentos e habilidades para inovar e realizar suas tarefas. Esse capital não pode ser negociado.
Capital Cliente (Relacionamento): inclui o conhecimento
decorrente das transações econômicas – ou seja, o conhecimento sendo o que compramos e o que vendemos – ele é o principal ingrediente do capital. O conhecimento dos clientes são os mais valiosos. O compartilhamento é a forma máxima desse capital.
Capital Estrutural: inclui todo o hardware, software, bases de
dados, patentes, marcas e demais ativos de mesma natureza da empresa. O capital estrutural é, claramente, propriedade da empresa, podendo ser, por isso mesmo, objeto de transação econômica.
GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS
ORGANIZAÇÕES
Inteligência Empresarial
É o conhecimento que a organização adquire ao longo da