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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Escola de futebol “GERAÇÃO BENFICA” (Chaves)

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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

GABRIEL PEREIRA ALVE S

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DA LICENCIATURA EM DESPORTO

JANEIRO/2013

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II

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

GABRIEL PEREIRA ALVE S

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DA LICENCIATURA EM DESPORTO

ESTÁGIO REALIZADO NA ESCOLA DE FUTEBOL “GERAÇÃO BENFICA” – CHAVES

ORIENTADOR NA ESCOLA ESECD: PROFª DOUTORA TERESA FONSECA TUTOR NA INSTITUIÇÃO: PROFESSOR AMADEU JOSÉ REIGADO ALVES

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III

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

ALUNO:

Nome: Gabriel Pereira Alves

N.º: 5005978

Curso: Desporto

ORIENTADOR NA ESCOLA: Professora Doutora Teresa Fonseca

LOCAL DE ESTÁGIO:

ESCOLAS DE FUTEBOL – “GERAÇÃO BENFICA” – CHAVES Escola Nadir Afonso

Av. Irmãos Rui e Garcia Lopes 5400 - 019 Chaves

ORIENTADOR NA INSTITUIÇÃO: Professor Amadeu Alves

DATAS DO ESTÁGIO CURRICULAR:

 Inicio do Estágio Curricular – no dia 22 de Setembro de 2011  Final do Estágio Curricular – no dia 30 de Junho de 2012

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IV

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a todas as pessoas que tornaram este estágio possível, particularmente:

Ao Prof. Rui Mota, coordenador técnico da Escola de Futebol “Geração Benfica”, por me ter permitido realizar o meu estágio curricular na organização e pela disponibilidade demonstrada ao longo de todo o processo.

Ao meu supervisor de estágio curricular, o Prof. Amadeu Alves, com quem trabalhei mais diretamente, foi sempre bastante prestável, transmitiu-me conhecimentos e informações essenciais para a minha aprendizagem ao longo do estágio.

À Prof. Doutora Teresa Fonseca, minha professora e orientadora de estágio da ESECD, por toda a sua compreensão e disponibilidade que foram essenciais para que terminasse o estágio curricular.

Um agradecimento também a todos os treinadores da escola de futebol “Geração Benfica” e aos professores da área cientifica de Desporto do IPG que me apoiaram na realização deste estágio.

Por fim, gostaria de agradecer à minha família e amigos pelo apoio demostrado, em particular ao meu pai pelo esforço e dedicação…

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V

RESUMO

Este estágio curricular foi realizado na Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves, com principal incidência nos escalões de Benjamins e Infantis. O estágio teve a duração de dez meses, realizando-se às 3.ª feiras, 4.ª feiras, 5ª feiras, sábados e domingos. A escolha do local de estágio teve em conta certos fatores: (1) localização em Chaves a minha cidade de residência; (2) treinar numa escola de futebol era um objetivo que procurava; (3) a oportunidade de trabalhar com profissionais de alta qualidade ligados ao nome Sport Lisboa Benfica.

Este trabalho está estruturado em alguns pontos: no ponto 1 é feita uma breve contextualização geográfica e a caraterização da organização onde foi realizado o estágio curricular; no ponto 2 são abordados temas como treino desportivo e a metodologia de treino das escolas de futebol “Geração Benfica” de modo a contextualizar o trabalho desenvolvido durante o estágio; no ponto 3 são referidos os objetivos gerais do estágio; no ponto 4 a enumeração das atividades desenvolvidas em todo o estágio e a sua reflexão; no ponto 5 é feita uma referência às competências adquiridas com a realização do estágio na escola de futebol; no ponto 6 indico as formações complementares, e por fim no ponto 7 é feita uma reflexão global a todo o trabalho realizado durante o estágio curricular anual na escola de futebol “Geração Benfica” de Chaves.

Todo o trabalho é realizado tendo por base o estágio curricular, em que a principal atividade foi o treino de jovens atletas entre os 5 e os 12 anos, que decorreu de forma positiva e contribui para a minha formação na área do desporto.

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VI

ÍNDICE GERAL

Ficha de Identificação III

Agradecimentos IV

Resumo V

Indice Geral VI

Indice de Figuras VIII

Indice de Quadros IX

Introdução 1

1. Caracterização da Organização 2 1.1. Descrição física e geográfica do concelho de Chaves 2 1.2. Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves 3 1.3. Metodologia de Treino nas Escolas de Futebol “Geração Benfica” 5 2. Caracterização do Treino Desportivo 7 2.1. O Treino Desportivo 7

2.2. O Futebol 9

2.2.1. O Futebol de Formação 10 2.2.1.1. O Treino dos Jovens Atletas 10 2.2.1.2. O Planeamento do Treino de Jovens 11 2.2.1.3. Modelo de Treino 12 2.2.1.4. Estrutura de Jogo 13 3. Objetivos do Estágio 15 4. Atividades Desenvolvidas 16 4.1. Formação de Treinadores do projeto “Geração Benfica” 16 4.2. Treinos na Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves 18 4.2.1. Observação no Treino 18 4.2.2. Elaboração de Planos de Treino 18 4.2.3. Interpretação de Planos de Treino e Esquemas de Exercícios 19 4.2.4. Condução e Gestão do Treino 19 4.2.5. Comunicação e Liderança 19

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VII

4.3.1. Jogos do Campeonato Distrital de Infantis 20 4.3.2. Torneios nos Escalões de “Petizes e Traquinas” 20 4.3.3. Encontros nos Escalões de “Petizes e Traquinas” 21 4.3.4. Datas Especiais 21 4.4. Encontro Nacional “Geração Benfica” 22 5. Competências Adquiridas 24 6. Formação Complementar 25

7. Reflexões Finais 26

7.1. Reflexão das Atividades Desenvolvidas 27

7.2. Reflexão Critica 28

Conclusão 29

Bibliografia 30

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VIII

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Concelho de Chaves 11

Figura 2 – Campo de Treinos 12

Figura 3 – Organograma da época 2012 13

Figura 4 – Etapas do Planeamento 20

Figura 5 – Sistema Tático 1:2:3:1 23

Figura 6 – Formação de Técnicos SLB em V.N. Famalicão 25

Figura 7 – Treinadores da Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves na formação de treinadores em V.N. Famalicão 26

Figura 8 - Cartaz promocional do 8.º Encontro de Escolas “Geração Benfica” 31

Figura 9 – Escola de Futebol de Chaves no 8.º Encontro Nacional “Geração Benfica” no

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IX

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Jogos do Campeonato Distrital de Infantis 29

Quadro 2 – Torneios de “Petizes e Traquinas” 29

Quadro 3 – Encontros de “Petizes e Traquinas” da AFVR 30

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1

INTRODUÇÃO

Este trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Estágio Curricular, pretende expor todo o trabalho desenvolvido ao longo do estágio realizado na escola de futebol “Geração Benfica” de Chaves.

A escolha do local de estágio teve em conta proximidade com a minha residência, e também o meu desejo de entrar na Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves, pois era um objetivo pessoal trabalhar numa organização bem estruturada e sustentada por métodos e meios de trabalho pré-definidos. A motivação de treinar jovens atletas foi essencial para o sucesso e a integração na escola de futebol.

O relatório de estágio está dividido em quatro partes:

 1.ª parte – caraterização do local de estágio a nível geográfico e estrutural;

 2.ª parte – caraterização do treino desportivo em geral e do futebol de formação em particular, com destaque para a metodologia de treino utilizada nas camadas jovens das escolas de futebol “Geração Benfica” e estrutura de jogo;

 3.ª parte – enumeração dos objetivos de estágio e das atividades desenvolvidas ao longo de todo o estágio curricular, bem como das competências adquiridas;

 4.ª parte - reflexão final das atividades desenvolvidas, reflexão critica e autoavaliação do trabalho realizado em todo o estágio curricular;

No início do estágio foram definidos conteúdos e objetivos que me propus concretizar e realizar, e neste trabalho as atividades desenvolvidas vão ao encontro da maior parte dos objetivos delineados para a realização do estágio curricular.

Este relatório final representa todo o trabalho realizado ao longo de 10 meses de estágio curricular na escola de futebol “Geração Benfica” de Chaves e pretende demonstrar as competências e experiencias adquiridas em todo o seu processo.

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1. 1. CARATERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

1.1. DESCRIÇÃO FÍSICA E GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE CHAVES

O concelho de Chaves desenvolve-se ao longo do vale do rio Tâmega, que tem posição central no território concelhio e que é delimitado pelas encostas das terras altas em seu redor, a nascente e a poente, de relevos graníticos e xistosos que chegam a atingir os 1000 metros de altitude. Implantado no extremo Norte do país, na fronteira com a Espanha, confina a Norte com a Galiza e, do lado português, é limitado a Oriente pelos municípios de Vinhais e Valpaços, a Sul por Vila Pouca de Aguiar e a Oeste por Montalegre e Boticas.

Chaves é um dos seis concelhos da região do Alto Tâmega, situada no distrito de Vila Real, assumindo uma posição estratégica no contexto do Noroeste Peninsular, reforçada pela confluência de importantes vias rodoviárias internacionais.

O município de Chaves abrange uma superfície territorial de 591,32 Km2 distribuída por 51 freguesias. Tem como núcleos urbanos mais importantes a vila de Vidago e a cidade de Chaves, sede de concelho, que engloba 8 freguesias, das quais apenas uma totalmente urbana.

O concelho tem uma população de 41.444 habitantes (censos 2011), ao que corresponde uma densidade populacional de 70,09 hab/km2. É servido, em acessos rodoviários, pela A24, que liga Chaves a sul, com Viseu, Coimbra e Figueira da Foz, fazendo ligação em Vila Pouca de Aguiar com a A7 que liga Trás-os-Montes ao litoral, a norte a N103 atravessa Chaves vinda de Bragança seguindo depois para Braga. Chaves dista 415km de Lisboa, 105Km do Porto e 55Km da capital de distrito, Vila Real, e encontra-se a menos de 8 da fronteira com a Galiza – Espanha. (Fonte: http://www.chaves.pt/

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1.2. ESCOLA DE FUTEBOL –“GERAÇÃO BENFICA”–CHAVES

A Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves foi inaugurada nos dias 1 e 2 de Outubro de 2010, sedeada na Escola Nadir Afonso, com os treinos a decorrer no campo relvado sintético

ou no Pavilhão da Escola, com inscrições abertas, de forma a possibilitar a prática desportiva dos jovens ao longo do ano. A escola conta com cerca de 100 atletas, um projeto que, segundo Rui Mota, coordenador técnico em Chaves, “tem objetivos e métodos de ensino bem definidos e devidamente coordenados, onde os jovens flavienses podem contar com uma formação de excelência, independentemente da aptidão que possam demonstrar para a prática do futebol”; sendo um objetivo a participação em campeonatos federados, onde, na presente época, a Escola vai participar no escalão de Infantis, “também é fundamental que o objetivo continue a passar pelo incentivo à prática desportiva saudável e ocupação dos tempos livres, proporcionando também a participação em vários convívios adaptados à idade e nível de jogo de cada praticante”.

Na Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves trabalham 10 técnicos, entre técnicos principais, auxiliares e estagiários. A equipa técnica da escola é toda constituída por elementos de formação académica superior na área do Desporto em geral e Futebol em particular, em que alguns possuem mesmo cursos de treinador de futebol de nível I e II.

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4

A organização interna da Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves é formada por um coordenador técnico, um diretor técnico e os treinadores das várias turmas/equipas:

Figura 3 - Organograma da época2012(Fonte: http://geracaobenfica.no.comunidades.net/)

Na presente época desportiva 2011/12, a escola de futebol Geração Benfica em Chaves federou o escalão de Infantis (5C - nascidos a 1999) na Associação de Futebol de Vila Real, para proporcionar competição aos seus praticantes que pretenderem um compromisso maior com a modalidade, alargando, assim, a sua oferta de prática desportiva, estando em aberto o alargamento a outros escalões.

Director Técnico

Juvenil

Gilberto Costa

Coordenador Técnico

Técnico

Turma 1 C - Sub 5 – 1º passo

- 06/07

Turma 2 C - Sub 7 – Petizes

- 04/05

Turma 3 C - Sub 9 – Traquinas

2003

Turma 4 C - Sub 11 – Benjamins 01/02

Turma 5 C - Sub 13 – Infantis

– 99/00

Treinadores

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No entender dos responsáveis da Escola, a federação de equipas proporciona aos seus praticantes a via competitiva, com outras exigências, assim como a Escola pode servir como base de captação para o S.L.Benfica, também é fundamental que o objetivo continue a passar pelo incentivo à prática desportiva saudável e ocupação dos tempos livres, proporcionando também a participação em vários convívios adaptados à idade e nível de jogo de cada praticante, tendo as crianças e jovens vivido momentos de verdadeira alegria.

1.3. METODOLOGIA DE TREINO NAS ESCOLAS DE FUTEBOL “GERAÇÃO BENFICA”

A aprendizagem, os meios, métodos e estratégias utilizadas na Escola assentam na premissa que é mais importante ensinar o jovem: o como jogar, do que ensinar-lhe: os gestos técnicos da modalidade, para depois serem aplicados em jogo.

Um jogo de futebol, numa definição simples, é uma sucessão no tempo e no espaço de equilíbrios e desequilíbrios momentâneos, onde estes desequilíbrios são fruto duma boa criatividade tática, alicerçada numa excelente tomada de decisão e de uma forte capacidade de drible e velocidade. Então porque não começar o ensino do futebol desde as mais tenras idades com base nesta definição?

No futebol o primeiro problema que se coloca ao jovem é de natureza tática, ou seja, o que fazer? Só depois é que surge o problema de como fazer, isto é, a questão técnica através da seleção da resposta motora mais adequada à sua resolução.

Desta forma, o meio de ensino/aprendizagem mais utilizado é o jogo (dirigido, condicionado, livre). O ensino das técnicas individuais é apresentado sob formas jogadas, embora se admitam formas analíticas, mas apenas para a aquisição das noções básicas da sua execução.

Se centralizarmos o processo ensino/aprendizagem exclusivamente, em demasia, ou mesmo em parte, na técnica individual e muitas vezes baseado em formas analíticas, e muito pouco ou nenhum na aprendizagem do jogo, não provocamos um apuro qualitativo da equipa/turma, isto é, a aprendizagem das ações de uma forma analítica e descontextualizada da realidade do jogo, não possibilita, por si só, a sua aplicação eficaz no contexto das situações de jogo. Por isso as

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estratégias mais adequadas para ensinar o jogo passam por interessar o praticante, recorrendo a formas jogadas divertidas e motivantes, implicando-o em situações problema que contenham os ingredientes fundamentais do jogo, isto é, presença da bola, oposição, cooperação, escolha e finalização.

Neste sentido os exercícios de treino não se dirigem a um único objetivo, antes pelo contrário, consideram em cada momento que melhorias podem provocar nos domínios técnico, tático, físico, cognitivo e psicológico numa relação coerente entre estas variáveis (analíticos somente o necessário, globais e integrantes tanto quanto possível).

É este o pilar onde assenta toda a organização de ensino e que leva os jovens atletas, a par do treino das coisas do corpo, a tratar bem a bola e do compreender como se joga em todo o campo onde a criatividade e a tomada de decisão são as traves mestras desta metodologia.

Aprender a tratar bem a bola implica que se tenha um bom domínio do próprio corpo e que estar equilibrado, manter a cabeça levantada, mudar de direção, parar de repente, arrancar de surpresa, saber correr, acelerar ou diminuir a velocidade de corrida, parar, saltar, cabecear, inverter o sentido do deslocamento, saber rematar, passar, receber, apreciar trajetórias, saber olhar e recolher informações, cooperar com os colegas, saber defender e atacar à direita, ao centro e à esquerda, saber decidir e controlar as próprias emoções, são a base de um harmonioso domínio corporal e psíquico e que constituem a base da arte de jogar com agrado de ver. Paralelamente educar a disciplina, a coragem, a capacidade de sofrimento, a perseverança, a tenacidade e a imprevisibilidade, alimentando sempre a autoconfiança e a autoestima, blindando tudo isto com valores como a solidariedade, a humildade, o altruísmo e o respeito por colegas e adversários. São estas coisas simples do corpo e da mente, as mais-valias e alicerces do ensino nas Escolas de Futebol e que fazem dela uma referência e bem-estar para atletas, treinadores e pais, proporcionando-lhes uma correta formação moral, intelectual e desportiva.

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2. CARACTERIZAÇÃO TREINO DESPORTIVO

No decorrer do estágio curricular tive necessidade e oportunidade de rever conceitos e aprender novas tendências no treino desportivo, de modo a manter-me atualizado e preparado para o presente e o futuro na área do treino desportivo em geral e dos desportos coletivos em particular.

2.1. OTREINO DESPORTIVO

O treino é um processo pedagógico que visa desenvolver as capacidades técnicas, tácticas, físicas e psicológica do(s) praticante(s) e das equipas no quadro especifico das situações competitivas através da prática sistemática e planificada do exercício, orientada por princípios e regras devidamente fundamentadas no conhecimento cientifico. Aumenta os limites de adaptação do indivíduo ou grupo de indivíduos com a finalidade de atingir com o máximo de rendimento e sob um regime de economia de esforço e de resistência à fadiga, um resultado pré-estabelecido de acordo com uma previsão anterior (Castelo et al., 1999).

O treino é um processo de natureza psicopedagógica que visa o desenvolvimento das capacidades técnicas, táticas, físicas, cognitivas e psicológicas, dos praticantes e das equipas no quadro específico das situações competitivas, através da prática sistemática e planificada do exercício, orientada por princípios e regras devidamente fundamentadas pelo conhecimento cientifico. (Magalhães e Nascimento, 2010)

A preparação de um praticante ou de uma equipa para a competição desportiva, de acordo com Castelo et al., (1999), pretende conseguir que estes sejam capazes de resolver as situações que enfrentam durante a competição, procurando obter a vitória através:

 do domínio das acções técnicas e dos comportamentos tácticos de uma determinada modalidade;

 da adaptação do organismo aos esforços intensos solicitados pela competição;

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O treino desportivo procura pois, estabelecer pelos seus efeitos, uma adaptação do(s) praticante(s) às condições que lhe são impostas pela competição, de modo a assegurar:

 uma eficiência máxima;

 com um dispêndio mínimo de energia;  uma recuperação rápida;

O treino desportivo obedece a princípios: biológicos, metodológicos e pedagógicos que devem ser respeitados de modo a direcionar, orientar e controlar os treinos de forma a conferir uma maior eficácia na sua aplicação, e estes princípios devem ser aplicados de modo coordenado e não isolado para que o(s) praticante(s) evolua de uma forma geral no seu rendimento desportivo.

No treino desportivo pretende-se desenvolver e melhorar o rendimento desportivo do(s) atleta(s) tendo em conta os fatores de treino: técnico, tático, físico e psicológico. Estes fatores de treino devem ser treinados em conformidade com as características do(s) atleta(s) e da modalidade, de modo a obter um rendimento positivo em todas as componentes da competição desportiva.

Considera-se, então o treino desportivo como um processo pedagógico complexo, porque aquilo que o treinador tem de fazer, essencialmente, é, de um modo apropriado e bem adaptado às capacidades e fraquezas de cada um, ensinar novas habilidades e formas de obter sucesso na competição, desenvolvendo, simultaneamente, a capacidade de trabalho e de entrega do praticante, o espirito de equipa e a aptidão de cooperação, a vontade de superação.

O treino desportivo, conduzido adequadamente enquanto processo pedagógico é também, um fator de enriquecimento cultural e um estímulo para o desenvolvimento intelectual e cognitivo do atleta.

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2.2. OFUTEBOL

O futebol é um jogo, um desporto, um hobby ou uma profissão. É também espetáculo, cor, alegria e emoção. É vontade de vencer mas também saber perder. É para todas as idades, raças, credos e profissões. É para eles e para elas, para os filhos e para os pais. Não conhece fronteiras, a bola redonda, o talento nas pernas, o espirito de equipa e a vontade de marcar. No campo ou na bancada, no jornal ou na televisão, o futebol é o rei dos desportos, a estrela da nação.

O futebol é um fenómeno de elevada grandeza mundial no quadro da cultura desportiva moderna, enquanto jogo desportivo coletivo (grupo de modalidades com características comuns), é uma modalidade com enorme popularidade, como o comprovam o grande número de praticantes e de espetadores que seguem o futebol.

O futebol é um jogo desportivo coletivo, em que os jogadores estão agrupados em duas equipas, numa relação de adversidade entre ambas, onde existe uma luta constante pela posse de bola, respeitando as regras, com o objetivo de introduzir a mesma o maior número de vezes possível na baliza do adversário, evitando que este faça o mesmo (Teodorescu, 1984; Gréghaine e Guillon, 1992; Arda Suaréz, 1998).

No futebol podemos abordar ou tratar os mais variados temas, mas no contexto deste trabalho, a temática principal é o futebol de formação nas escolas de futebol “Geração Benfica”, referindo o nos pontos seguintes o planeamento e as metodologias utilizadas no treino dos jovens atletas nas camadas jovens, bem como o sistema de jogo adotado para as competições.

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2.2.1. FUTEBOL DE FORMAÇÃO

A base do trabalho realizado durante o estágio curricular foi na área do futebol de formação, em que a aprendizagem e o desenvolvimento desportivo e social são mais importantes que o resultado de um jogo. Na escola de futebol “Geração Benfica” existe a preocupação de orientar os jovens atletas de um modo integrado, possibilitando uma evolução progressiva e sustentada das suas capacidades técnico-táticas, físicas e psicológicas.

2.2.1.1. OTREINO DOS JOVENS ATLETAS

O treino de atletas jovens tem de ser cuidado e planeado com coerência, disciplina, discernimento e atitude. As idades de iniciação são decisivas no futuro dos jovens, quer a nível desportivo e, não menos importante, a nível pessoal (Carvalho, 2009).

De acordo com Garganta (2004), no treino de jovens jogadores, mais importante que todas as metodologias e princípios adotados, a busca do prazer pelo treino e pelo jogo deve ser uma preocupação presente em todos os momentos.

Desta forma, o processo ensino-aprendizagem do Futebol deve basear-se em metodologias, que respeitem as características individuais e do grupo e que utilizem mais a descoberta guiada ou a resolução de problemas, dando prioridade aos processos de perceção e tomada de decisão sobre os de mera execução, possibilitando assim ao jovem futebolista, uma aprendizagem onde ele compreende o significado funcional do que está a aprender de uma maneira integral e o mais aproximado possível ao contexto real do jogo (Magalhães e Nascimento, 2010).

Nesta perspetiva pedagógica do treino, deve assegurar-se uma planificação progressiva e flexível que permita ao atleta ir adquirindo todos os pressupostos que o permitam alcançar o seu máximo rendimento. Este deve coincidir como o momento e circunstâncias adequadas, portanto não se deve explorar o jovem a fazê-lo antes do tempo, quando ainda não está preparado para ele, quer pela maturação física, psicológica ou social.

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2.2.1.2. OPLANEAMENTO NO TREINO DE JOVENS

O planeamento desportivo é um processo que analisa, define e sistematiza as diferentes operações inerentes à construção e desenvolvimento dos praticantes ou das equipas. Por outro lado, organiza essas operações em função das finalidades, objetivos e previsões (a curta, média ou longa distância), escolhendo-se as decisões que visem o máximo de eficiência e funcionalidade das mesmas (Castelo et al., 1999).

Por outras palavras, o planeamento desportivo é a descrição e precisão de todos e de cada um dos acontecimentos do treino, de cada uma das etapas da formação desportiva do atleta, assim como dos mecanismos de controlo que permitem modificar estes acontecimentos com o fim de se obter os resultados desejados (Magalhães e Nascimento, 2010).

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No planeamento deve-se considerar algumas fases e procedimentos tais como: 1) Análise da situação (diagnóstico/prognóstico); 2) Organização do Processo de Treino (programação); 3) Execução do programa (treino); 4) Avaliação e controlo do plano (análise do produto).

De acordo com (Oliveira, (s.d.) e Pinto, (s.d.) a planificação, seja ela anual, semanal ou diária, é o ato de: (1) preparar e estabelecer um plano de atividades para realizar um conjunto de tarefas; (2) determinar um conjunto de objetivos e os meios de os atingir; (3) definir os conteúdos e as estratégias ideais para atingir os objetivos propostos; (4) reestruturar uma tipologia/modelo de ação.

2.2.1.3. MODELO DE TREINO

O modelo de jogo adotado vai ao encontro das teorias contemporâneas, que acreditam no processo de ensino-aprendizagem do futebol através do jogo, ou seja, baseado na aprendizagem de ações semelhantes às executadas no jogo, permitindo aos jogadores desenvolver competências que transcendam a execução (técnica) propriamente dita e se centrem na assimilação de regras de acção e princípios de gestão do jogo (modelo de jogo), e habilidades preceptivas e decisionais (capacidade de análise, perceção e tomada de decisão) visto que as capacidades dos jogadores são condicionadas pelas imposições do meio (jogo). (Garganta in Magalhães e Nascimento, 2010)

Desta forma, a aprendizagem do jogo reside na capacidade de cada sujeito para analisar e identificar os estímulos mais significativos do contexto, e consequentemente, de aplicar as soluções (habilidades técnicas) que se ajustam às suas reais necessidades e recursos.

Segundo Marques et al.(2002), os benefícios da utilização de métodos baseados no jogo, não se encerram nas aprendizagens propriamente ditas, desempenhando também um papel essencial na formação do futebolista, sendo considerado como uma estratégia importante a utilizar nas etapas iniciais da formação desportiva, tendo implicações ao nível da motivação dos jogadores, proporcionando divertimento e prazer no treino, uma vez que a rotina, e a falta de diversão/prazer podem levar ao abandono (precoce) dos jovens desportistas.

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2.2.1.4. ESTRUTURA DE JOGO

Tendo em conta tudo o que foi referido previamente, relativamente à planificação e à metodologia utilizada no processo de ensino-aprendizagem do futebol, o modelo de treino deve ir ao encontro do denominado Modelo Sistémico. Este modelo consiste em utilizar ideias de base do treino integrado (desenvolver os aspetos físicos, técnico-táticos e psicológicos simultaneamente), mas considerando na tarefa sempre um objetivo funcional de movimentação ofensiva/defensiva para a ideia de jogo e tendo em atenção as características dos jovens jogadores.

No entanto, independentemente do modelo utilizado, é importante ter-se noção que a aprendizagem do jogo deverá ser faseada e progressiva, ou seja, do mais simples para o mais complexo. Esta divisão leva inevitavelmente à fragmentação do jogo. No entanto, deve-se respeitar, sempre que possível, aquilo que o jogo tem de essencial, ou seja, a cooperação (companheiros), a oposição (adversários), e a finalização (golo). (Garganta e Pinto, 1994)

De acordo com Oliveira (2009), torna-se indispensável criar estratégias facilitadoras que permitam o desenvolvimento individual e coletivo dos jogadores e do jogo, através de uma redução da complexidade do mesmo, utilizando-se formas de treino e de competição (jogo) mais reduzidas e que facilitem e promovam a aprendizagem do Jogo.

Portanto é fundamental que ao nível das estruturas (sistemas) utilizadas haja uma adaptação, adotando-se uma estrutura que facilite a sua compreensão por parte dos jogadores e que esteja relacionada com os padrões de jogo que se pretende atingir.

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Tendo em consideração estes referenciais, é necessário eleger uma estrutura que permita atingir os objetivos coletivos e individuais, o sistema tático utilizado é o 1:2:3:1, onde os atletas se distribuem da seguinte forma:

Figura 5 – Sistema Tático 1:2:3:1 (Magalhães e Nascimento, 2010)

Como se pode observar na figura 5, este sistema permite à equipa: (1) ocupar o terreno de jogo de forma racional e equilibrada (perfeita cobertura do campo); (2) um bom jogo posicional; (3) ter os jogadores posicionados de forma que se relacionam entre eles formando permanentes diagonais e triângulos (losangos) entre eles.

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3. OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR

No início do Estágio Curricular foram planeados e delineados objetivos com vista à minha formação e evolução como técnico de desporto de modo a completar a licenciatura em Desporto no IPG de uma forma sustentada e diversificada.

Os objetivos definidos para o Estágio Curricular estão divididos em gerais e específicos:

Objetivos Gerais:

 Aplicar e colocar na prática os conceitos teóricos assimilados ao longo das UC do curso de Desporto;

 Compreender de que modo funciona o mercado de trabalho na área de desporto e quais as suas características;

 Melhorar os meus conhecimentos e aperfeiçoar técnicas de comunicação, liderança e gestão de grupos ou equipas de diversos tipos e estruturas;

 Progredir na minha formação técnica e científica, nas várias vertentes do desporto em geral (animação, gestão, treino desportivo, recreação-lazer…)

Objetivos Específicos:

 Aprender novos conteúdos e métodos de trabalho ou treino na área do desporto em geral e futebol em particular;

 Elaborar planos de treino e interpretar esquemas de exercícios;

 Iniciar a participação em jogos competitivos e encontros distritais, de modo a interiorizar a dinâmica competitiva do desporto;

 Realizar trabalho de análise e observação em jogos e treinos de futebol;

Com este trabalho ao longo do estágio curricular foi possível determinar quais os objetivos a atingir e qual a forma ou modo de os concretizar, sempre com o intuito de melhorar e contribuir para a minha formação desportiva.

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4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

No estágio curricular realizado na Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves com duração de 40 semanas, foram realizadas diversas atividades nas quais participei de forma ativa e positiva sempre com o objetivo de aprender e evoluir na minha etapa de formação académica e desportiva, como foi acima referido. Deste modo seguidamente serão referidas as atividades desenvolvidas no âmbito deste estágio.

4.1. FORMAÇÃO DE PROFESSOR/TREINADOR DO PROJETO “GERAÇÃO BENFICA”– ESCOLAS DE FUTEBOL FAMALICÃO,SETEMBRO DE 2011

Esta formação foi essencial para a minha integração na Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves, pois possibilitou um maior conhecimento da dinâmica das escolas de futebol, dos métodos de treino e da equipa técnica da Escola em Chaves.

Figura 6 – Formação de Técnicos SLB em V.N. Famalicão (Fonte: http://geracaobenfica.no.comunidades.net/)

Foi um fim-de-semana de muita atividade, com muitas horas de aulas teóricas e aulas práticas, todos professores/treinadores tiveram a oportunidade de conviver de perto com uma das referências do futebol de formação a nível nacional, o professor António Fonte Santa.

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Neste tempo de formação foi possível trocar experiências e ouvir na primeira pessoa, os métodos e objetivos da metodologia de ensino/aprendizagem defendida pelo Sport Lisboa e Benfica.

Na parte final da formação, foi realizada uma prova de avaliação teórica, sobre os conteúdos abordados durante a formação em que todos os professores/treinadores participaram. Nesta prova as minhas principais dificuldades foram na elaboração de planos de treino e planificação de microciclos semanais, pois a minha posição enquanto estagiário e iniciante nos métodos de ensino/aprendizagem das Escolas “Geração Benfica” era quase nula. No entanto a formação foi bastante enriquecedora e contribuiu para que o estágio curricular decorresse de uma forma mais sustentada e consciente em todos os momentos e atividades realizadas durante os 10 meses de Estágio Curricular.

Figura 7 – Treinadores da Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves na formação em V.N. Famalicão (Fonte: http://geracaobenfica.no.comunidades.net/)

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4.2. TREINOS NA ESCOLA DE FUTEBOL “GERAÇÃO BENFICA”–CHAVES

O período de treinos que decorreu entre Setembro e Junho, foi o trabalho essencial realizado durante o Estágio Curricular. Durante as 40 semanas foi possível efetuar tarefas de observação, apoio e gestão de treinos, sempre de acordo com as orientações dos treinadores principais e do meu orientador na instituição, seguindo as regras, métodos e conteúdos de uma Escola de Futebol do projeto “Geração Benfica”.

A equipa/turma de benjamins (2001/02) foi a base de todo o trabalho realizado no estágio, pois era a equipa orientada pelo orientador na instituição (Prof. Amadeu Alves), entre treinos, torneios e jogos, foi possível observar diferentes situações desportivas e aprender novos conceitos de treino, bem como compreender os atletas em grupo e em confronto com outras equipas.

Este período de treinos que corresponde a um macrociclo proporcionou um grande número de novas aprendizagens:

4.2.1. OBSERVAÇÃO DO TREINO:

No período inicial do estágio curricular, a observação dos treinos foi muito importante para interpretar melhor o tipo de exercícios utilizados e os feedbacks a transmitir durante o processo de treino, bom como para conhecer os jovens atletas;

4.2.2. ELABORAÇÃO DE PLANOS DE TREINO:

O plano de treino nas escolas de futebol “Geração Benfica” é estruturado pelo treinador principal e supervisionado pelo coordenador técnico, no entanto os treinadores auxiliares e estagiários podem sugerir ideias ou inovações para os treinos, no decorrer do estágio e de modo progressivo tive possibilidade de participar na elaboração de planos de treino das turmas/equipas;

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4.2.3. INTERPRETAÇÃO DE PLANOS DE TREINO E ESQUEMAS DE EXERCÍCIOS:

Os treinos na escola de futebol obedecem a regras e normas pré-estabelecidas e todos os treinadores têm de saber os exercícios e os objetivos do treino quinze minutos antes do seu início, ou seja tive oportunidade de melhorar a minha capacidade de interpretação dos planos de treino e dos esquemas de exercícios, de modo a saber aplicar na prática o que se definiu na teoria;

4.2.4. CONDUÇÃO E GESTÃO DO TREINO:

Neste ponto a atividade desenvolvida foi sempre a de auxiliar o treinado principal nas várias tarefas do treino, com mais responsabilidade na ativação funcional, treino de guarda-redes e gestão do material a utilizar no treino;

4.2.5. CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO E LIDERANÇA:

Na escola de futebol “Geração Benfica” a comunicação e interação com os jovens atletas é um ponto essencial na dinâmica dos treinos, os feedbacks positivos e prescritivos são os mais utilizados e recomendados pela metodologia de treino das escolas SLB;

4.3. JOGOS,TORNEIOS E ENCONTROS

Ao longo do estágio curricular tive oportunidade de acompanhar equipas e turmas em contexto de jogos competitivos, amigáveis, torneios ou encontros ao nível distrital. Todas estas atividades foram divididas em diferentes períodos e fases da época desportiva:

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4.3.1. JOGOS DO CAMPEONATO DA EQUIPA DE INFANTIS (SUB-13):JANEIRO –ABRIL

No 2.º semestre do estágio curricular tive a oportunidade de acompanhar os jogos da equipa de infantis, nos quais elaborei as fichas de jogo para a escola de futebol. No quadro em baixo estão os jogos e resultados: GD VASSAL 3 3 CB CHAVES CB CHAVES 2 0 VIDAGO FC CB CHAVES 5 2 GD SABROSO GD MONTALEGRE 3 14 CB CHAVES CB CHAVES 1 3 AD FLAVIENSE

CB CHAVES 11 0 GD VILAR PERDIZES

CB CHAVES 1 3 ABAMBRES SC

GD BOTICAS 4 0 CB CHAVES

GD CHAVES 6 2 CB CHAVES

CB CHAVES 2 2 GD VASSAL

VIDAGO FC 3 5 CB CHAVES

Quadro 1 – Jogos do campeonato distrital de Infantis

4.3.2. TORNEIOS NOS ESCALÕES “PETIZES E TRAQUINAS”:

Nos escalões de “Petizes e Traquinas” os torneios com outras escolas foram numa primeira fase do estágio, a participação em contexto de jogo, estes torneios realizados no campo de treinos da escola foram os seguintes:

OUTUBRO SC LAMEGO

DEZEMBRO GD BOTICAS JANEIRO GD VALPAÇOS

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4.3.3. ENCONTROS NOS ESCALÕES “PETIZES E TRAQUINAS”:

Nos meses entre Março e Junho, a Associação de Futebol de Vila Real (AFVR), organizou encontros de escolas de futebol nos escalões de “Petizes e Traquinas” de modo a proporcionar competição aos jovens atletas destas idades. A escola de futebol “Geração Benfica” de Chaves participou com atletas e treinadores nos seguintes encontros:

I ENCONTRO DE PETIZES E TRAQUINAS ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE VILA REAL

GD BOTICAS II ENCONTRO DE PETIZES E TRAQUINAS

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE VILA REAL

VIDAGO FC IV ENCONTRO DE PETIZES E TRAQUINAS

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE VILA REAL

GD CHAVES

Quadro 3 – Encontros de “Petizes e Traquinas” da AFVR

4.3.4. DATAS ESPECIAIS

Neste tipo de eventos que decorreram ao longo do estágio, o principal objetivos é a confraternização entre atletas, treinadores, pais e amigos – a boa disposição e o ambiente positivo proporcionam troca de ideias e experiências novas para a escola e para a evolução dos treinadores, promovendo o trabalho desenvolvido nas escolas de futebol “Geração Benfica”. Durante todo o estágio curricular foram realizados os seguintes eventos:

1.º ANIVERSÁRIO DA ESCOLA DE FUTEBOL “GERAÇÃO BENFICA”-CHAVES

1 OUTUBRO

ATIVIDADES “DIA DA MULHER” 10 MARÇO

ATIVIDADES “DIA DO PAI” 17 MARÇO

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4.4. ENCONTRO NACIONAL GERAÇÃO BENFICA

No estágio curricular a atividade que correspondeu ao ponto mais alto de todo o trabalho desenvolvido, foi a ida ao Estádio da Luz para participar no 8.º encontro de Escolas “Geração Benfica” em Lisboa – todas as escolas de Portugal participaram com atletas e treinadores de todo o país a encheram o relvado do estádio do SLB, entre muitos jogos e entrega de lembranças, não faltou o voo da águia do glorioso

Figura 8 – Cartaz promocional do 8.º Encontro de Escolas “Geração Benfica” (Fonte: http://geracaobenfica.no.comunidades.net/)

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Este tipo de encontros proporciona experiências novas e uma motivação maior para continuar a trabalhar com jovens atletas, pois a sua alegria e entusiasmo nestes eventos são contagiantes e a satisfação deles é bastante positiva para os treinadores que os orientam durante a época desportiva.

O encontro das escolas no Estádio da Luz é um elevado ponto de aprendizagem em todo o estágio realizado na Escola de Futebol “Geração Benfica” de Chaves.

Fig. 9 – A comitiva da escola de futebol de Chaves no 8.º encontro nacional“Geração Benfica” no Estádio da Luz em Lisboa (Fonte: http://geracaobenfica.no.comunidades.net/)

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5. COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS

Durante todo o estágio tive oportunidade de vivenciar enumeras situações de treino e jogos em que adquiri competências válidas e sustentadas para as minhas futuras atividades no âmbito do desporto em geral e do treino nos jogos desportivos coletivos em particular, bem como de me preparar para a realidade das competições desportivas.

As principais competências adquiridas no estágio curricular na escola de futebol “Geração Benfica” de Chaves foram:

 Capacidade de trabalho em grupo: organizar os treinos, competições e encontros em grupo, ou seja toda a equipa técnica da escola participa na programação e elaboração de treinos e jogos;

 Elaboração de planos de treinos: na escola tive oportunidade de aprender a elaborar planos de treino de modo geral e específico, em que os conteúdos e objetivos de treino são muito importantes na sessão de treino;

 Gestão e orientação prática do treino: a oportunidade de orientar treino de modo gradual e progressivo permitiu-me adquirir competências de gestão do treino a nível do espaço físico, tempo, número de atletas e análise do trabalho desenvolvido;

 Análise e observação de jogos: as fichas de jogo do escalão dos infantis, enriqueceu conhecimentos a nível estatístico e da análise de jogos, bem como a preocupação de todos os jovens atletas participarem na competição;

 Capacidade de comunicação e liderança: ao lidar com jovens atletas é importante comunicar de uma forma clara e explicativa, de modo a captar a sua atenção, o modo de comunicar e aplicar os feedbacks corretos foi uma competência adquirida essencial durante o estágio, pois a liderança reconhecida é muito importante na formação de jovens atletas;

Ao longo do estágio, todos os treinos, encontros, torneios e jogos, foram de um enriquecer de conhecimentos gradual e progressivo, em que me tornaram mais competente e capaz de trabalhar no futuro com grupos de trabalho dos mais variados tipos.

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6. FORMAÇÃO COMPLEMENTAR

No decorrer do estágio tive a oportunidade de realizar formação complementar de modo a enriquecer os meus conhecimentos e a adquirir novas competências no treino desportivo. As ações de formação foram escassas e gostaria de ter participado em mais formações, no entanto as atividades desenvolvidas no estágio ocuparam bastante tempo e não consegui realizar outro tipo de atividades complementares. Estas formações são muito importantes, pois permitem uma atualização do conhecimento desportivo e desenvolvem novas ideias para o futuro do desporto, preparando os treinadores para as novas tendências.

 SEMINÁRIO DE ANDEBOL “FORMAÇÃO,ESPECIALIZAÇÃO E RENDIMENTO”

Esta formação decorreu no Instituto Politécnico da Guarda no dia 19 de Março de 2012, com uma carga horária de 7 horas, em que se falou de: treino desportivo, das novas tecnologias ao dispor dos treinadores, análise e observação, o guarda-redes e o pivot no andebol, e gestão de equipas de alto rendimento.

A formação foi importante pois estava inserida na temática do treino desportivo e dos desportos coletivos que são a base de todo o trabalho desenvolvido ao longo do estágio curricular na área do futebol de formação.

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7. REFLEXÕES FINAIS

No final do estágio curricular realizado na escola de futebol “Geração Benfica” de Chaves, o balanço final é positivo, pois consegui adquirir competências válidas para a minha formação enquanto Técnico Superior de Desporto. Foram desenvolvidas atividades que me permitiram enriquecer o conhecimento sobre o treino desportivo, a liderança de grupos de trabalho e a relação entre treinadores e atletas.

Entendo que o estágio curricular decorreu da melhor forma, pelo trabalho desenvolvido ao longo de todo o processo de estágio, principalmente no local de estágio. A minha autoavaliação é positiva e bastante produtiva pelo número de atividades desenvolvidas com entusiasmo e dedicação, tendo sempre em conta os conteúdos abordados e os objetivos desenvolvidos em todo o curso de desporto. O estágio curricular é o culminar da formação como Técnico Superior de Desporto, possibilitando a aquisição de competências para a intervenção específica e geral na área do desporto com conhecimentos sólidos e vivenciados na prática.

Este tipo de estágio possibilitou a correção e intervenção de um supervisor nas minhas atividades de modo a perceber melhor o que estava bem ou menos bem, para no futuro ter uma maior noção do trabalho a desenvolver em todo o tipo de situações de treino e jogo.

No final o balanço é positivo e a satisfação pelo trabalho realizado e competências adquiridas ao longo do estágio é elevada, permitindo-me sentir estar preparado para gerir, orientar, analisar ou observar treinos e jogos, mas sempre também fomentou uma motivação maior para evoluir ainda mais na minha formação académica.

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7.1. REFLEXÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Todas as atividades desenvolvidas decorrem de um modo positivo e bastante satisfatório, a formação de treinadores SLB permitiu perceber melhor a dinâmica organizativa e a metodologia de treino utilizada na escola de futebol “Geração Benfica”, em que as dificuldades maiores foram na prova prática com a elaboração de exercícios e treinos específicos nos quais ainda não estava preparado para esquematizar e estruturar. Nos treinos da escola, com principal destaque no escalão de benjamins, houve uma evolução gradual e progressiva das minhas capacidades e qualidades, sendo que as maiores dificuldades foram sentidas ao nível da comunicação e liderança dos jovens atletas. Nos jogos, encontros ou torneios, a minha participação foi sempre a de auxiliar e analisar as competições em que a escola estava envolvida, fomentando a elaboração de fichas de jogo e análise dos minutos de jogo dos jovens atletas. No 8.º encontro nacional de escolas de futebol “Geração Benfica” a experiência foi bastante positiva e permitiu que o estágio curricular atingisse o topo com a participação de jogos no relvado do Estádio da Luz.

Em todas atividades desenvolvidas as dificuldades foram ultrapassadas e no final do estágio senti uma evolução nas minhas capacidades e qualidades de trabalho, estando mais preparado para os desafios futuros no desporto em geral e futebol em particular.

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7.2. REFLEXÃO CRITICA

No final do estágio curricular, entendo que a minha prestação foi globalmente positiva, pois estive sempre interessado em participar em todas as atividades da escola de futebol “Geração Benfica” de Chaves, procurando obter o máximo de informações necessárias para a realização do estágio e para enriquecer os meus conhecimentos na área do desporto em geral e do futebol em particular. Durante o estágio existiram barreiras e dificuldades que não me permitiram elaborar todas as atividades pretendidas nem realizar projetos de trabalho.

No meu entender o estágio curricular é curto e deveria proporcionar mais horas de trabalho ao estagiário para adquirir competências de um modo mais sustentado e gradual, pois por vezes as coisas aconteciam muito rápido e era difícil conciliar treinos com trabalhos escolares e exames curriculares. No entanto a dedicação no estágio curricular é muito importante para a obtenção de conhecimentos ativos e válidos para entrar no mercado de trabalho na área do desporto e geral.

O estágio curricular permite aplicar e compreender na prática conceitos abordados na teoria ao longo do curso de desporto, numa realidade diferente e mais objetiva para uma melhor interpretação dos conteúdos das várias unidades curriculares que fazem parte do plano de curso.

Nos estágios curriculares os orientadores da Escola deveriam também ter mais tempo nos seus horários para apoiar os estagiários, de forma a acompanhar de um modo progressivo a sua evolução no local de estágio e conhecer de perto as maiores dificuldades sentidas. No entanto a relação entre a Escola e as Instituições de estágio é positiva e isso permite a possibilidade de intercâmbio de informações sobre os estagiários ou estágios futuros.

De um modo geral o estágio curricular decorreu de forma positiva, pois possibilitou adquirir competências importantes para o meu futuro e preparar a minha entrada no mercado de trabalho, bem como na orientação de grupos de trabalho.

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CONCLUSÃO

No final desta etapa da minha formação académica, fica a certeza de que a escolha da escola de futebol “Geração Benfica” de Chaves foi uma excelente opção para a realização do meu estágio curricular inserido no plano de estudos da licenciatura em Desporto do Instituto Politécnico da Guarda, pois permitiu-me a aquisição de conhecimentos essenciais para atividades futuras, preparando-me para as mais variadas situações no contexto desportivo atual.

Os objetivos definidos previamente para o estágio foram concretizados, as motivações iniciais para a realização do estágio confirmaram-se, e a satisfação geral é positiva, pois consegui alcançar os objetivos delineados e evoluir na minha formação enquanto Técnico Superior de Desporto.

A realização deste estágio abriu expetativas futuras positivas, permitiu-me conhecer melhor o mercado de trabalho e perceber a dinâmica das organizações desportivas na prática, de modo a estar preparado para trabalhar com grupos de trabalho diversos.

Em conclusão, foi um estágio curricular exigente e trabalhoso, mas valeu a dedicação e o esforço em concretizar esta etapa da minha formação. Foi ainda sempre meu intuito continuar a aprender novos conceitos, métodos e teorias de treino desportivo que me permitissem ser cada vez melhor nas diversas áreas do Desporto.

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na formação. Conferência apresentada no Simpósio Internacional de Futebol – Maia Jovem 2009. Maia.

http://geracaobenfica.no.comunidades.net/

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(42)

ANEXO I:

(43)
(44)

ANEXO II:

(45)
(46)

ANEXO III:

(47)
(48)

ANEXO IV:

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(50)

ANEXO V:

(51)
(52)

ANEXO VI:

(53)

Referências

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