UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE FORMAQftO DE PROFESSORE CAMPUS - V ~ CA3AZEIRAS - PB DEPARTAMENTO DE EDUCAg?\0
CUR-SO: PEDAGOGIA«
B E R N A D E T E DL L O U R D E S DA SILI/A
A§AQ SUPERVI5QRA r.'UMA ESCGLA PLJ3 Li C A : UM ESTUDO EXP LOR AT 6 RI 0 .
RELATORIG DE ESTAGI0 SUPERWI SI C N A D O ,
Atraues das analises do c o r p o - d o s c e n t e , discen-te e fcecnico - administratlyo sobre a pra^ica da supervisao nas escolas x, pude datactar que cada um tern uma visao total menfe diferante do trabalho das supervisoras•
Uma uez q u e , uns dizem que o trabalho do s u p e r -visor e orientar os professores no planejamento tirando t o -1
das as d u v i d a s , trazendo coisas novas para os mesmos se sub-sidiarem m e l h o r , procura converses sempre com os professores sobre o rendirnento dos a l u n o s , procurando m u d a r , renovar e 1
e aplicar um piano que esteja da acordo com o nivel dos a l u -n o s .
3a outra diz q u e , a pratica da supervisao e ' ^razer sugestoes de ou+-.ras escolas na parte da didatica p^a ra melhorar a aprendizagem dos a l u n o s , participa^do servigo' dos professores em rslacao a confeccionar ma^ariais a j u d ax 1
nas d i f i c u l d a d a s , o r g a n i z a A p r o v a s , f e s t a s , tras material n a ' 106 regiao de e n s i n o .
Cu-'-ros professores afirmam que o trabalho da ' supervisora e feito pela diretora como tambem com ou'-ra pes-soa orientando no p l a n e j a m e n t o , confeccionando m a t e r i a l s , o_r ganizando f e s t a s , reunioes com os pais sobre o andamen^-o d o ' seu filho na esccla, procurando saber se o aluno esta acorn-' panhando aquele aesunto que esta sendo d a d o . Como tambem ela bora juntarnente com os professores um relatorio dos a l u n o s ' qua fal^am muito a e s c o l a . As supervisoras relacionam-se muj. to bem com todos os menbros da escola, procuram trabalhar 1
com todos em busca de solucionar os problemas que ocorrem na esc ola»
Segundo estudos sobre a supervisao, d e t e c t a m o s1
que as supervisoras seguem uma linha da trabalho tecnoburo-' cratica, exercem uma funcao tarefeira, quer dizer se sobre' caffegam de tarefas dentro da escola* j s s o ocorre porqua a l - ' gumas supervisoras nao tern o seu papei definido diante dos ' conhecimentos que se de s u p e r v i s e e , nao procuram seguir u m a ' linha de trabalho seria, comprometida com a causa educacio-' nal e que alen dos conhecimenfos pertinentes a f u n c a o , tenha uma atitude de busca permanente retirando, dos diferentes en foques a b o r d a d o s , elementos para o exercicio da funcao d e1
forma criativa critica a eficaz numa sociedade dernocratica• Porque e importante que o supervisor tenha cla ro o seu papel como agante de mudancas e conseguentffi da ' linha de t r a b a l h o . 5e o mesmo pretende que sua atuagao seja socialmente util e nao inocua, seja significative e nao de_s
ti'-uida de sentido para o contexto at.ual, tern que snuolver a totalidade dos profissionais que atuacn na escola,para q' que so assim possa veneer 03 desafios que sorgem no exer-' cicio da funcao p r o f i s s i o n a l .
V I - CCNCLUS/tG
0 estagic supervisionado ora vivenciado decorreu da nescessidade de conhecer a pratica da supervisao nas e s -colas publicas Prertencenf.es a IDS regiao, especialmete na ' cidade de sousa.e uma pportunidade de participagao direta ' com o estabelecimentos estaduais conic escolas e 10Q regiao' de e n s i n o , dando uma visao ampla dos trabalhos do s u p e r v i - ' sor e s c o l a r .
Dessa forma, o estagio supervisionado proporcio-na vantagens as e s f a g i a r i a s , at raves das feorias acumuladas nos periodos p a s s a d o s , facilitando riima melhor compreensao ' da pratica educative da s u p e r v i s a o .
V a l e resaltar que o tempo concedido para o e s t a -gio supervisionado e muifo r e s ^ r i t o , o que nos impede de ' ter uma visao mais ampla do objeto a ser p e s q u i s a d o .
Todavia em educacao n a d a ' e f a c i l , mas dsve se*r' vis-a como tarefa ardua, qua requer c o m p r o m i s s o , respon- ' sabilidade e humanidade para ser aceito palo grupo em estu-d o , com possibiliestu-daestu-de estu-de estu-desenvolvimento estu-de um trabalho ' b o m . No desenrolar do estagio aprende-se que a interagao 1
humana e o fator primordial para a realizagao das ativida-' des cols t i v a s .
V I I - SUGESTOpS:
Sugiro p supervisor educacional busque na sua pratica ter uma m e l h o r integragao com a escola e a comuni-d a comuni-d e , procuraYncomuni-do mais reunir os p a i sr para suprir as fa-'
lhas encontradas na aprendizagem dos f i l h o s .
Enguanto profissional- educador, se engajar ' nas lu^as educa'ivas em busca da sua propria funeao e d u c a -t i v e .
0 supervisor precisa buscar sua idenfidade 1
socio-poli^-ica de educador pois e um agenfe importante n o ' processo h i d £ o r i c o , onde deve esta a servigo dos alunos da escola p u b l i c a .
0 supervisor devera ter uma pratica pedagogi-ca definida, uma meta tragada a partir de determinados va-lores e objetivos concre^-os.
VIII - R E F E R £ N C I A S Q I B L I OGRrlflCAS
* A L V E 3 , NILDA e G A R C I A , REGINA L . ( e r g s . ) * D fazer s • pensar das supervisoras e orientadores educacionais '
Paulo: L o y o l a , 1980* r
* AGUIJLR, H A R C IA A N G E L A . Supervisao escclar a poll-^-3rG3 c c u c a c i o n a l . Sao Paulo: C o r t e s ; R e c i f e : Secre+-.aria da E d u c a g a o , culture e esportes do e s ^ a d o , 1991
* G A R R O S , A I D I L , O . P . de e L E H F E L D , MEIDE A . S . d e ,1
pt-e-j e o U'5 p e s qu Fs a : ?
proposfa m e t o d o l o g i c a s • Pefropolis: v o z e s , 1 9 9 0 . * CADERNOS CEDES,nS 6 especialistas do ensino em ' q u e s t o s s . Sao P a u l o ; c o rfe z , 1 9 8 9 ,
n3 7 . Supervisao educacional : ncvos ca-m i n h o s . Sao P a u l o : c o r t e z , 1 9 8 9 .
* C H A R I O T , B E R N A R D . A mistijicagao pedagogica,; rea-IW-edes soeisis a processos ideologicos na teoria da educa gac - 2 e d . Rio de J a n e i r o : I K H A R , 1983
* G I L , ANTONIO C A R L O S . Como elaborar prcjetos de ' p e s q u i s a . Sao P a u l o , A t l a s : 1 9 8 9 .
* Metodos e tecnicas de pesquisa s o c i a l . ' Sao Paulo: C o r t e z , 1 9 8 7 ,
* N O G U E I R A , Marfa G u a n a e s . Supervisao educacional ' a guestao p o i i ^ i c a . Sao P a u l o : B 0 Y 0 L A , 1 9 8 9 .
* SlLVA, Maura Syria 3;C da supervisao educacional \ Uma rsflexao c r i t i c a . P s t r o p o l i s , v o z e s , 1 9 8 1 .
* L O P E S , Eli ana Mart a Teixeira - ensino publico e suae origens - Revista da associacao nacional de educagao' ano E . ( 1 ) : nS 5, 1 9 8 2 , P 5 - 1 2 .
* B H F F A , E s ^ e r . 0 nascimento da escola publica na ' franga: Uma ligao de m e f o d o . Revis^a da associagao nacio-' nal de educagao - A n d e . ( l ) : nQ 5, p , 1 3 - 1 S .
* 3 A C C E L L I , Marcia Queiroz S i l v a . Fungao
superviso-rgg^ag bg^gg 'de una identitiade EN: Rsvis^a ande educando nQ
M E N S A G E M :
DNTEM, fiquei horas esquecidas assistindo ao traba- « lho das formigas,indiferentes a tudo na sua meta de (
c o n s t r u i r . E aprendi o quanto e importante fazer •••
Fazer sempre e de ttijdo alcangar os galhos mais altos da aruore da vida a melhor se alimentar do fruto all 1
quase e s q u e c i d o . A paz .
Oh Deus forma-me indiferente a tudo que nao seja con^ struido com o meu trabalho um mundo n o v o , onde so p e s , s o a s , bichos e coisas existam, por que amam e entendem c amor como unico sentido da l/IDA'J
P o e m a : D javan
A G B A D E C I W E N 1 0 S .
Agradego a Deus pela forga que me d e s t e , para enfren tar os obstaculos da v i d a , mostrando o verdadeiro ca minho entre os espinhos e as f l o r e s . Pois hojje esse esta tranformando em r e a l i d a d e , deixando de ser um 1
sonho e passando ao real s i g n i f i c a d o .
A os meus pais que tudo fazem por m i m , e aos que nada f a z e m .
A os professores de 1 9 , 2£ g r a u s , e as ' minhas experiencias adquiridas e acumuladas no decor
rer dessa grande c a m i n h a d a .
Aa*- todcs que d e r a m - m e , a sua contribui gao de forma direta ou indiretamente•
A administradora e as professoras orien tadoras que cantribuiram para o desenvolvimento do 1
meu t r a b a l h o .
Aos colegas de estagio pela esforgo de ' ter chegado ao fim de mais uma e t a p a .
A todos os professores do campus v pejos conhecimentos transmitidos que foram importantes para o meu crescimento i n t e l e c t u a l .
B E R N A D E T E D E L O U R D E S D A S I L V A R E L A T B R I O D A S A T I V I D A D E S D E S E N V O L V I D A S N O ESTA6I0 S U P E R V I S I O N A D O E M S U P E R V I S A O E S C O L A R U . F . P . B - C A M P U S - V - CA3AZEIRAS 1992
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA GENTRO DE FORMAC?fO DE PROFESSORES
CAMPUS - U - CA3AZEIRAS
DEPARTAMENTO DE EDUCAGAO
HABILlTAQJfO: SUPERVISAO ESCGLAR
PROFESSORA ORIENTADSRAs MA~RI LEME VIGOLVINO
PERfGDC DE EXECUQAO: DE 3UNH0 a_ -X ft AGOSTO DE 1 9 9 2 .
S U M / S R I o P A G I INTRODUQffo 0 1 I I 3USTIFICATl\iA 0 2 I I I 0 3 3 E T I V 0 S 0 3 I V M E T 0 0 OLO.GI A 0 4 V T E M A 0 5 ' V I ' C O M D U Q A O 0 6 V I I S U G E S T C E S 0 7 V I I I R E F E R S N C I A S G I B L I G G R A F I C A S 0 8
I INTROQUCffG
0 tema dessa estudo e a agao superviscra nas asqplas publicas pertencentes a 102 ragiao de ensino sediada respacti v-araante na cidade de S o u s a - P a r 3 i b a .
C intento aqui e analisar a pratica educative dessa atividade professional no contexto socio-politico e econcmicc da sociedade b r a s i l e i r a .
0 interesse pela fungao supervisors nas referidas ' e s c o l a s , originou-se de estudos e discussoas realizadas em 1
sala de a u l a . I s s o , despertou nos academicos o desejo em bus» ca informagoes mais sub stanci osas sobre a pratica da super visao e as dificuldades que encontram as supervisoras >WJ V V X >
desenvolvimsnto de seu trabalho p o i s , se sabe' que esta pratica se da num sistema e d u c a c i o n a l , que apresenta serias contradi-g o s s . S e , por um l a d o , a educacontradi-gao^ durante os ultimos anos 1
nao merece a atengao necessaria para realizac um trabalho 1
de q u a l i d a d e , por outro existe todo um cuidado por parte do 1
propio festado para que a educagao nao seja u t i l i z a d a , como 1
instrumento que permita o desvelar das r e l a g o e s , que se da 1
no interior da sociedade b r a s i l e i r a , nunma tentativa de inibir as possibilidades de transformagoes desta sociedade*
Neste s e n t i d c , 3 supervisao educacional, na forma 1
como tradicionalmente vem sendo exercida, tern se constituido num forte aliado do goOerno para o cumprimento de seus pro- 1
positos politicos e e d u c a c i o n a i s .
Porem, no momento atual de trassformagao porque * passa a sociedade e a educagao b r a s i l e i r a , a comunidade escolar, em g e r a l , e a supervisao educacional em p a r t i c u l a r , p r o -curam no movimento de sua agao e reflexao, rever sua pratica pedagogica deslocando o eixo de sua agao individual para o 1
c o l e t i v o , o social e ^ g l o b a l ao tratar da questao do ensino 1
aprendizagem de modo que possa c o n t r i b u i r , e f e t i v a m e n t e , para
um trabalho educacional t r a n s f o r m a d o r .
Desse m o d o , nos enquanto aluna do VII periodo do ' curso de ^edagogia do G e n t r o de tformagao de professores do 1
(campus V , da universidade federal da j?araiba, tentando respon der as exigencias impostas pelo processo de mudangas no campo e d u c a c i o n a l , pretende com esta proposta de trabalho para o if
que modo se realiza a agao supervisors nas escolas de 12 grau da ^fcede Q s t a d u a l de E n s i n o articulada na 1Q9 regiaS© de e n s i
-n o , e como e percebida pelo corpo d o c e -n t e , disce-nte e tec-nico
a d m i n i s t r a t i v e ,
Refletir sobre a questao acima proposta torna-se relevante na medida em que se busca c o m p r e e n d e r , clarificar 1
em que consists a pratica educativa dessas p r o f i s s i o n a i s , sua concepgao de escola p u b l i c a , ou s e j a , se encaram a escola 1
p u b l i c a , enquanto instancia da sociedade c i v i l , como espago 1
significative na luta por uma escola publica, gratuita e de 1
qualidade,ao tempo em que se adquire experiencia educativa * de natureza teorica- p r a t i c a , enquanto estagiaria da habili-tagao em supervisao e s c o l a r .
II - J U S T I F I C A T I V A .
Para compreenderrn-es a origem da supervisao no campo educacional brasileiro,e n e s c e s s a r i o , compreende-la analisajn
o contexto historico nacional e internacional da epoca em 1
que ela e i n s e r i d a . Segundo N C G U E I R A ( l 9 8 9 )M A origem da su-'
pervisao educacional na raalidade b r a s i l e i r a , tern a ver com1
o seu contexto h i s t o r i c o , suas vinculagoes com o contexto * internacional e ao encaminhamento dado as questoes nacionais no cenario mundial .;l (P-)—) '
Naquela epoca, inicio dos anos 4 0 , o mundo divide-' se em dois blocos;Ocidental liderado peios americanos e o 1
oriental formado pela U R S 5 , Nesse contexto internacional esta ocorrendo a chamada guerra fria entre estas duas potencies 1
do m u n d o , uma vez que o sucssso e a expansao do socialismo 1
represents perigo para o bloco c a p i t a l i s t a . Frente ao c r e s -1
cimento do comunismo os americanos tratam de investir nos ' paises capitalistas oferecendo-lhes assistencia tecnica com' a finalidade de ! tajuda-loc5' . Em v e r d a d e , a intengao e m e s m o '
manter esses paises sob seu dominio a longe da idaologia cc-m u n i s t a . Para t a n t o , fircc-macc-m acordos cocc-m a cc-maioria dos paisss da america latina, entre e l e s . o Srrasil.
0 govarnc brasileiro rapresentado p o r ^ ^ a t u l i o V a r -gas - 1958 - 1 9 5 4 , mantendo-se no poder apoiado em bases po-pulistas defende o desenvolvimento naciodalista numa tantati va de carta forma impedir a entrada de capitals internacio-' n a i s . Tal politics gera grandes comflitos e tensoes entra as classes d o m i n a n t e s : de um l a d o , a defesa do densevolvirnento' internacionalisado e, do o u t r o , do desenvolvimento indepen-' denteJtsto contribui para o desgaste da politica de \/argas 1
pois nao conta com o apoio nam da classe dominante e nem da' classe operaria, o que provoca a sua deposigao e, posterior-m e n t e , seu s u i c i d i o .
Eleitc p r c s i d e n t e , juscelino Kubitscheck- 1 9 5 6 , que mesmo assumindo uma politica de massas seu govsrno destaca-'
se pela implantagao defiihitiva do capital internacional no 1
p a i s . Desse m o d o , intensifies a entrada de investimentos ex-t e r n o s , haja visex-ta ser ele um defensor da inex-ternacionalisa-'
gao do d e s s n v o l v i m e n t o . ^ o r i s s o , os acordos firmados entre'
o Brasil e os Estados Unidos so vigoram oficialmente a partir do seu g o v a r n o , embora, tenham sido a c o r d a d o s , o p r i m e i r o , '
em 1 9 5 0 ^ chamado-Acordo ^ e ral de fcooperagao 'fecnica e> o se-'
No 3 o j o destas a c o r d o s , na area educacional e criade o programs de assistencia brasileira americana ao ensino element tar - P A B A E E , instalado na cidade de $jelo ^jfforizonte - M G , em' 1957 e, com ale a supervisao na campo educacional brasileiro*.
0 PABAEE tern tres objetivos basicos que o fundamenta ' 0 primeiro deles merece destaque porqus e essencial para a 1
compreensao do surgimento da supervisao, ja que trata basica-mente de sua formagao e do seu papel no c o n t e x t o , politico e'
educacional b r a s i l e i r o , assim formulado; repasse aos educado-res brasileiros dos metodos e tecnicas utilizadas na educagao p r i m a r i a - n o r t e - a m e r i c a n a , prorrrawendo a a n a l i s e , a aplicagao ' e a adaptagao dos mesmos a fim de atender as necessidades comunitarias em relagao a educagao, por meio de estimulo a i n i -ciativa dos p r o f e s s o r e s .
Nele se v e , a causa e razao da supervisao, dos C e n t r e s de fo rmagao do destaque metodologico,da prioridade dos m e t o - ' dos e t e c n i c a s , do atuarf^o ensino primario e da sua tarefa ' fi scali z a d o r a .
Inicia-se a formagao das supervisoras em INDIANA - Es-tados U n i d o s para onde varias professoras foram se especia- 1
lizar, regressando p o s t e r i o r m e n t e , a Belo Horizonte a fim d e1
ministrarem curses para novas s u p e r v i s o r a s , que em seguida 1
expandem o trabalho por todo o p a i s .
A partie de e n t a o , as escolas passam a ter uma nova 1
figura, a s u p e r v i s o r s , cuja formagao e i n t e n c i o m a l , tendo s i -do acritica e apolltica para atender a interesses politicos ' e seguir os m a n d a m a n t o s , do sistema politico instituido, onde a meta e planejar e controlar o sistema e d u c a c i o n a lvs s u papel erf i s c a l i z a r , valorizar a m e t o c o l o g i a , o ensino tecnicista, '
nao dar importancia ao PORQUf e PARA QUE F A Z E R , mas apenas ao "COMO FAZERg
Assim a supervisao insere-se no sistema educacional b_ra s i l e i r o , i n t e r n a c i o n a l m e n t e , por razoes de naturezas p o l i t i - ' cas e n t r e t a n t o , passa-se uma imagem de que a fungao de super-vnsora e inovadora, m o d e r n a , introdutora de novos metodos e 1
tecnicas de e n s i n o , numa tentativa de mascarar sua verdadeira f u n g a o , ou seja, a de ser transmissora da ideologia da classe dominante,que visa encobrir seu descompromentimento com uma 1
educagao democratica, voltada para os interesses da granda 1
maioria da populagao b r a s i l e i r a . De f a t o , a supervisao e d u c a -cional atua numa escola ainda elitista e seletiva, que tern ' acentuado o processo de marginalizagao das classes p o p u l a r e s ' do ponto de vista quantitative e q u a l i t a t i v e
Acresce-sc a tudo que % d i t o , o fato de o pensamen-to conservador ser uma caracteristica geral dos e d u c a d o r e s , em 1
todos os n i v a i s , com maiores ou menores e x c e g o e s , dependendo d a ' sua formagao academica e do seu compromisso p o l i t i c o . £ eviden-1
t e , e nao poderia ser de outra m o d o , que a supervisao desenvolvev um trabalho onde o pensar c r i t i c o , a t r a n s f o r m a g a o , o replaneja-m e n t o , o q u e s t i o n a replaneja-m e n t o , a busca por interesses coreplaneja-muns nao estao presentes em sua pratica e d u c a t i v a .
Embora a supervisors tenha tido e ainda tenha uma 1
formagao acritica, apolitica, ao organizar-se como categoria,nos movimentos sindicais e s o c i a i s , nos fencontros rfacionais de kupej: visores G d u c a c i o n a i s - E N S E S , e na luta, do d i a - a - d i a , comega a' ter uma visao critica da r e a l i d a d e , passando a refletir sobre a' fungao de agente reprodutor da ideologia d o m i n a n t e ^ quB desen- ' penha a fungao de agente de transformagao, ou seja, de agente da contra-ideologia que pode d e s e m p e n h a r .
Neste sentido, pode alargar sua v i s a o , ter conscien cia da sua verdadeira^ r e a l i d a d e , da possibilidade de d e s e n v o l - ' ver dentro 'da escclacftT trabalho voltado para a t ransf ormagao, de
rebelar-se e nao limitar-ss apenas a receber ordens sem questio-n a - l a s . Nao apequestio-nas obedecer, mas criar iquestio-novaf repequestio-nsar, questio-nao v e r ' os fatos como acontecimentos naturais e c o r r s t o s , a tomar d e c i - ' s o e s . A crer que as decisoes do iTstado ?>urgues so beneficiam a ' ele proprio e prejudica alunos e p r o f e s s o r e s . So assim c o n s e g u e ' uma educagao voltada para t o d o s , sem distingoes entre dominantes e d o m i n a d a s . Para i s s o , o pensar c r i t i c o , o espirito de l u t a , o' trabalhar coletivamentejb torna-se parte integrante e forga p r o - ' pulsora de sua agao e d u c a t i v a .
Repensar a pratica da supervisao educacional s i g n i -fies^ na pratica, envidar e s f o r g o s , ao lado dos demais profissio nais da aducagao, para conquistar uma escola democratica que
as-suma de fato sua fungao politica, como um espago de l u t a , junto' a outras instituigoes s o c i a i s , para a superagao das contradigoes e x i s t e n t e s , porque n a luta pedagogica nao e senao uma forma d e '
lutaj^ao lado da luta economica, social e poli t i c aM £cHtvRi_crf ^ ^ $ 3
( € 3 W ^ - l S 3 i pg 3 0 2 ) . a w \
Segundo \^ari lana cjwriij^ o que falta a formagao da-1
da a supervisora educacional e uma visao politica do contexto 1
historico no gual se insere a agao e d u c a t i v a . £ nescessario que' a supsrvisora adguira uma conciencia critica da realidade brasi-» leira, forjada nas lutas e redimensi onando a sua agao educative*?
JLncorporando a esta, sua agao p o l i t i d a .
Por tudo isso pretende-se neste trabalho analisar a
pratica e as bases teoricas da (agao £Ka ^ u p e r v i s o r a nas esco las de 19 grau da rede estadual articuladas na 105 regiao de ensino da paraiba, corn vistas a delinear seu perfil e desco-brir parpectivas para seu fazer p e d a g o g i c o .
Ill - 0B3ETIVOS:
GERAL:
- Conhecer e reflstir sobre a pratica educativa da agao supervisora na ICQ regiao de essino da paraiba e a acei liagao que tern a comunidade escolar peio exarcicio da supe_r
v i s a o .
E S P E C I F I C O S :
- Aprcfundar nossos conhecimentos sobre supervi- 1
sao educacional de modo g e r a l , e em particular na lQ;-; re- 1
giao de ensino da p a r a i b a .
- Caracterizar a dimensao educacional da fungao supervisora na raferida regiao de e n s i n o .
- Refletir numa perspectiva c r i t i c a , a avaliagao ' e/ou propostas apresentadas pela comunidade escolar para ' a pratica educativa na regiao c i t a d a .
- ME7 0D0L0GI A
0 prssante trabalho engloba as caracter/stioas de um estudo t e o r i c o - p r a t i c o , cujo objetivo fundamental e ' buscar e s c l a r e c i m e n t o s , respostas- para um problema mediants o amprego de procedimentos c i a n t i f i c o s . U E R G E R ( 1 9 8 2 ) , S E L T Z - ' (1967) m o s t r a n - ^ que:
"A pesquisa no seu nivel exploratorio e uffi t r a b a l h o , que tern como finalidade desenvolver e e s c l a r e c e r ' os fatoa visando modificar conceitos e ideias para a formu-lagao de novos problemas e hipoteses para estudos posterior r e sn. ( p a g . 1 3 4 ) .
Envolue ainda sste tipo de estudo levantarnen-to bibliografico e documental entrevistas nao p a d r o n i z a d a s ' e estudos de caso com o objetivo de proporcionar uma v i s a o ' geral e aprcximativa de um certo f a t o .
D i a n t e d e s s a visao e compreensao de estudo •
exploratorio ju sti f icafnos a escolha p o r m a t odologi^^em uir-tude d a natureza do roferido trabalho^conhecer \ pratica ' politico-pedagogica da supervisao n a 102 regiao de ensino ' do festadO da ^ J a r a i b a , mais preci s a m e n t E j nas escolas
estadu-ais de 12 grau localizada na cidade de s o u s a . ^ D e s s e m o d e , procura-ss analisar a q u i , a c o n - ' cepgao teorico-metodologica subjacente a pratica educativa' do supervisor na rsfarida escolar, suas relagoes com os e-1 lementos do processo ensino-aprendizagem^suas condigces d e ' t r a b a l h o , sua rsalizagao pessoal e profissi onal^ sua c o n c e - ' pgao Jabescola p u b l i c a . Diyfim, como se da a relagao entre o supervisor e a comunidade e s c o l a r , como esta avalia sua a-' tuagaOjComo gostaria que fosse exercida^de forma que se po_s sa tragar seu perfil e apemtsr p e r s p e c t i v e s .
Ests trabalho concentrou-se no exercicio da ' fungao s u p e r v i s o r a , envolve*w*kD tambem outros slementos in-' seridos no processo ensino- aprendizagem como professor^" a_lu n o , corpo tecnico a d m i n i s t r a t i v e , auxiliares de servigo,etc que direta ou i n d i r e t a m e n t e cont ribui ram para a compreensao do fenomeno em estudo bem como para.a obtengao de um unive_r so variado e s i g n i f i c a t i v o .
Consta nests trabalho o numsro definido dos ' sujeitos desse estudo que foram 18 pessoas a*a- guais—forom 1 ent re-vi s t a d a s.
0 presente trabalho compreendeu dois momentos:sen-do que o 12 foi voltamomentos:sen-do para a fase de observagao de m a t r i c u - ' l a s , onde foi dada a oportupidade de conhecer de perto a rea-' lidade da clientele que estuda na referida e s c o l a .
0 22 momento foi a fase de atuagao das entrevistas onde foi utilizado um gravador para obter melhores informagoes como tambem um roteiro do q u e s t i o n a r i o . A duragao de cada en-' trevista foi de 45 a 60 m i n u t o s .
Escolhemos a observagao por ser um instrumento a-' dequado para apreender o objeto de e s t u d o , na rr.edida em que se pode acornpanhar _in 1 oco o dia-adia dos s u j e i t o s , o significado que eles dao a realidade, que os rodeia e as suas proprias ati t u d e s •
0 roteiro das entrevistas foi pensado a partir d e1
terras e problematizagao privilegiando determinadas q u e s t o e s : 0 ' trabalho. da supervisora, seu relacionamsnto com os supervisa-d o s , as contribuigoes supervisa-desse profissional para a e s c o l a , sua 1
concepgao de escola p u b l i c a , e t c . As entreV.istas foram feitas 1
na propria escola no periodo de junho a agosto de 1 9 9 2 .
As e n t r e v i s t a s , por sua vez ajudam no aprofundameri to da investigagao pela possibilidade que elas oferecem de cs/fc ptagao da forma imediata e coerente para a informagao dasejadk p r a t i c a m e n t e , com qualquer tipo de informante e sobre os m a i s ' diversos aspectos*
P o r t a n t o , ficou clara e objetiva a finalidade do ' e s t a g i o , pois o mesmo e um trabalho serio envolvendo os ale- ' mentos inseridos no processo ensino aprendizagam, na busca de* constatar na realidade como esta se dando a pratica da super-' visao nas e s c o l a s .
Analisamos os dados coletados cujo resultado apre-sentarernos a s e g u i r .