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Condutas e Conhecimento sobre biossegurança dos alunos de odontologia

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

Sara Della Rocca Tonelli

Condutas e conhecimento de biossegurança dos alunos de odontologia

Florianópolis 2019

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Sara Della Rocca Tonelli

Conduta e conhecimento de biossegurança dos alunos de odontologia

Trabalho de Conclusão do Curso de graduação em Odontologia apresentado do Centro de Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de graduação. Orientadora: Profª. Drª. Ana Maria Hecke Alves

Florianópolis

2019

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Sara Della Rocca Tonelli

Conduta e conhecimento sobre biossegurança dos alunos de odontologia

Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de “Cirurgião Dentista” e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Odontologia da UFSC

Florianópolis, 24 de outubro de 2019.

________________________ Prof.(a) Glaucia Santos Zimmermann, Dr.(a)

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________ Prof.(a) Ana Maria Hecke Alves, Dr.(a)

Orientador(a) Instituição UFSC

________________________ Prof.(a) Slvana Batalha Silva, Dr.(a)

Avaliador(a) Instituição UFSC

________________________ Prof.(a) Waldenei Dias, Dr.(a)

Avaliador(a) Instituição UFSC

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Dedico à minha família que se fez presente ao longo dessa jornada. Especialmente aos meus pais, obrigada por todos os conselhos, companheirismo e dedicação ao longo desses últimos anos. Amo-os de todo meu coração!

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal de Santa Catarina, por ter sido o lugar onde eu vivi toda a minha história acadêmica, e passei momentos inesquecíveis nos últimos cinco anos da minha vida.

A todos meus professores, que me acompanharam durante a graduação e me transmitiram todo conhecimento necessário para que eu venha a me tornar uma Cirurgiã-Dentista.

À minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Ana Maria Hecke Alves, que sempre esteve disponível para me ajudar quando eu precisei, agradeço toda sua dedicação e calma comigo, você tem o dom da palavra para aconselhar e dar suporte sempre que necessário e principalmente muito obrigado pela confiança para realização deste trabalho.

Aos membros da minha banca, Prof.ª Dr.ª Silvana Batalha Silva e Prof.ª Dr.ª Waldenei dias, que aceitaram prontamente o convite para participar deste momento tão especial para mim.

Aos meus pais, Luciane Medeiros Della Rocca e Rodrigo Brognoli Tonelli, que foram meus maiores incentivadores para estar aqui hoje. Vocês me ensinaram tudo que eu sei, me deram exemplo, amor e muito carinho. Amo vocês.

Às minhas amigas, Juliana Dias Dutra, Melina Franchini, Camila Nolasco e Patrícia Zanotto, que estiveram presentes em minha vida desde os primeiros dias de faculdade, nos melhores e piores momentos.

Acredito que esse Trabalho de Conclusão de Curso não seja apenas pela busca ao almejado título de Cirurgiã-Dentista, mas pela importância do tema abordado, dos mentores que me guiaram nesse processo de aprendizado e pelas pessoas que, de alguma forma, compartilharam momentos que marcaram e foram cruciais nessa etapa tão importante, que é a formação na graduação.

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RESUMO

Os trabalhadores da área da saúde, sejam estudantes ou profissionais, estão permanentemente expostos a uma grande variedade de agentes infecciosos e necessitam adotar medidas preventivas para evitar os riscos ocupacionais e controlar a infecção cruzada no ambiente odontológico. O objetivo deste projeto será identificar o conhecimento dos alunos da 6ª a 10ª semestre do Curso de Graduação em Odontologia referente aos conceitos básicos de biossegurança e sua aplicação nas clínicas odontológicas da Universidade Federal de Santa Catarina. A metodologia buscou identificar o conhecimento dos alunos referente aos cuidados de biossegurança nas práticas odontológicas, através de um questionário elaborado com conteúdos relacionados a desinfecção e esterilização dos instrumentais, desinfecção de superfícies no ambiente odontológico e controle de infecção cruzada. Alunos da 6ª a 10ª fase foram convidados a responder o questionário, de forma anônima, sob o Termo de consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A amostra foi composta por 91 acadêmicos, respondendo 23 questões objetivas e 3 dissertativas. Resultado: A Maioria dos alunos (94,50%) utiliza EPI para a lavagem dos instrumentais. Das etapas de desinfecção e esterilização,71,42% realizam a lavagem dos instrumentais após procedimento,53,84% negligenciam a desinfecção pré-lavagem ,97,8% esterilizam as brocas e apenas 7,69% as peças de mão. A desinfecção das superfícies foi realizada por 98,90% dos alunos, 100% utilizam barreiras de proteção, porém, 48,5% dos alunos deixam de realizar a limpeza da cuspideira. Sobre o processo de esterilização 80,21% esterilizam os materiais em caixas únicas individuais para cada paciente, 73,6% acondicionam o material estéril no seu armário pessoal em recipiente fechado. Sobre o monitoramento biológico 46,17% mostraram não saber sobre o assunto, mesmo 81,28% dos alunos tendo manifestado satisfação em relação aos conhecimentos adquiridos relativos à biossegurança. É necessário elaborar a estratégias para melhorar a conduta e o controle de infecção dentro das clinicas odontológicas do Curso, motivando os estudantes no passo a passo da desinfecção e esterilização dos instrumentais, assim melhorar o ensino e aplicação dos protocolos em uso.

Palavras – Chave: Biossegurança. Odontologia. Esterilização. Desinfecção. Infecção

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ABSTRACT

Health workers, as students or professionals, are permanently exposed to a wide variety of infectious agents and have to adopted preventative actions to reduce / avoid occupational risc and control cross-infection in the dental clinic environment. The objective of this study was to identify the knowledge of Undergraduate Dentistry students, from the 6th to 10th semester, about the basic concepts of the biosafety and its application in the dental clinics of the Federal University of Santa Catarina. The methodology used a questionnaire with content related to disinfection and sterilization of instruments, surface disinfection in the dental environment and control of cross infection. Students in the 6th to 10th phase were invited to answer the questionnaire anonymously. Ninety-one (91) academics answered 23 objective and 3 discursive questions. Results: Surface disinfection was performed by 98.90% of the students, followed by the use of protective barriers in the superficies, however 48.5% of students fail in the cleaning of the cuspidor. In the disinfection and sterilization process, 71.42% students washing instrumentals after the procedure, but 53.84% neglect prewash disinfection; 97.8% sterilize drills, however only 7,69% sterilize handpieces; 80.21% of the materials is sterilize in individual single boxes for each patient, 73.6% sterilize in sealed individual pack. About biological monitoring, 46.17% demonstrated not knowing about the subject, even 81.28% of the students having expressed satisfaction with the acquired knowledge related to biosafety. The undergraduate students had not applicated 100% of knowledge and biosafety protocols, whose have recognized and mentioned as reason for non-execution the laziness (36% to 52%), the lack of attention, tiredness and forgetfulness (5% to 19%), lack of time (9.52% to 42.86%), In addition, the students had mentioned the lack of supervision (4.76% to 52.38%), lack of penalty for those not execute (from 4.76% to 7.14%). The biosafety standards was best evalueted by students in 7th phase as satisfactory (61.11%), followed by 6th phase (57.14%), 10 phase (47.06%), 9 phase (42.86%) and 8 phase (38.10%). In conclusion, dental students from the Federal University of Santa Catarina (UFSC) need to re-assess their actions regarding biological risk and preventive actions. A considerable proportion of students have deficits to apply the biosecurity protocols as prewashing (prior disinfection) of the critical materials and to recognize the need for handpiece sterilization as a potentially contaminated material. It is important to elaborate strategies to improve the conduct and the control of infection in the dental clinics, motivating the students in each process of the disinfection and sterilization, thus improving the teaching and application of the protocols in use.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Resultado em percentual (%) das respostas obtidas pelos alunos da 6 á 10 fase do curso de graduação em Odontologia das perguntas objetivas (1 á 23 pergunta) ...18 Quadro 2 - Respostas obtidas pelos alunos da 6 á 10 fase do curso de graduação em Odontologia das perguntas discursiva n.24...25 Quadro 3 – Respostas obtidas pelos alunos da 6 á 10 fase do curso de graduação em Odontologia das perguntas discursiva n.25. ...25 Quadro 4 – Respostas obtidas pelos alunos da 6 á 10 fase do curso de graduação em Odontologia das perguntas discursiva n.26 . ...26

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AIDS Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária CFO Conselho Federal de Odontologia

CME Centro de Material e Esterilização CRO Conselho Regional de Odontologia

CRO Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

CRO-SC Conselho Regional de Odontologia, Secção Santa Catarina EPI Equipamento de Proteção Individual

HIV Vírus da Imunodeficiência Humana PVC Policloreto de Vinila

SC Santa Catarina

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...12 2 OBJETIVOS ...14 2.1 OBJETIVO GERAL ...14 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ...14 3 METODOLOGIA ...15 3.1 DESENHO DO ESTUDO ...15 3.2 ASPECTOS ÉTICOS ...15 3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO...16 3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ...16 3.5 APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO ...16 3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA ...17 4 RESULTADOS ...18 5 DISCUSSÃO ...27 6 CONCLUSÕES ...33 REFERÊNCIAS ...34

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ...37

APÊNDICE B – Questionário ...38

ANEXO A- Ata de Apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso ...41

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1 INTRODUÇÃO

Medidas preventivas como esterilização do instrumental, uso de equipamentos de proteção individual pela equipe de trabalho e desinfecção do ambiente estão relacionadas com biossegurança em odontologia (GUANDALINI et al,1999). Com intuito de proteger a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados, as ações da Biossegurança são voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos vigentes em todas as áreas pertencentes aos serviços de saúde. (TEIXEIRA; VALLE,1996).

O aumento da incidência de profissionais infectados pelo vírus da hepatite B, estimulou a consciência de que os profissionais de saúde estão expostos a agentes transmitidos pelo sangue, sendo evidenciada nos anos 80 com o aparecimento dos casos da AIDS (RAMOS LAGES et al.,2015).

Segundo Pedroso (2004, p. 9):

"Os riscos eminentes da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), que aterrorizavam profissionais de todas áreas da saúde, foram a mola propulsora do movimento em busca de soluções e vêm reforçar a necessidade de atualização constante do cirurgião-dentista e sua equipe, principalmente na prevenção destas doenças e outras tão ou mais importantes.

Santa Catarina tem a terceira maior taxa de incidência de hepatite C, doença com maior mortalidade entre todos os tipos de hepatites virais e que não possui vacina. Em 2017, a taxa catarinense (12,3/100 mil habitante) era maior que a taxa nacional (11,9/100 mil habitantes). Também chama a atenção o fato de Florianópolis ter uma taxa de 33 casos para cada 100 mil habitantes, maior que a média estadual e nacional. A hepatite B é a segunda causa de óbitos entre as hepatites virais, porém tem prevenção com vacina disponibilizada no SUS (LUZ, 2018). Também SC teve a segunda maior taxa de Aids do país, em 2017, com 31,9 casos a cada 100.000 habitantes, maior que a taxa nacional de 19,1/100.000 habitantes (POZZO, 2017) Tanto a hepatite C como a AIDS, não possuem vacina, assim a prevenção destas depende da aplicação dos protocolos de biossegurança, tanto nas relações sexuais, como nos atendimentos em saúde e higiene.

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Nos cursos de formação, a disciplina de biossegurança deve apresentar ao futuro profissional o conhecimento dos riscos que estão presentes em seu ambiente de trabalho e nos processos que desenvolvem. Também deve proporcionar um entendimento mais amplo ao educando, pois ao atuar de forma interdisciplinar, fortalece os saberes relacionados a outras áreas do conhecimento, estimulando o seu papel dentro da sociedade, à responsabilidade, à qualidade e à ética no seu fazer profissional (LEAL et al.,2015)

Os acadêmicos tem sido apontados como o grupo alvo para o correto treinamento dos protocolos de rotina, para o qual a educação em biossegurança e o controle de infecção cruzada tornam-se obrigatórios (PINELLI et al., 2011). Conteúdos básicos sobre biossegurança devem ser ministrados desde os períodos pré-clínicos, para facilitar as tarefas de prevenção de acidentes ocupacionais e o exercício das atividades acadêmicas com segurança em todas as etapas do curso. Embora os acadêmicos recebam cobrança e qualificação teórico-prática sobre biossegurança constantemente, estudos tem mostrado que ainda persistem falhas (XEREZ et al.,2012; LIOTTO, 2018); e falta de conhecimento para a realização de procedimentos e controle de infecção. (MAZZUTTI; LUCIETTO; FREDDO, 2018)

A obrigatoriedade e a fiscalização intensificam a aderência dos estudantes de odontologia às normas de biossegurança, no entanto é preciso avaliar a real relação entre o cumprimento de normas e condutas preventivas dos alunos de odontologia com o conhecimento sobre os protocolos de biossegurança e a exposição aos riscos biológicos. (RAMOS LAGES et al., 2015)

Nos dias atuais, devido aos riscos ocupacionais de enfermidades infectocontagiosas graves como hepatite B e Aids, prevenir e controlar a infecção cruzada é imprescindível, dentro e fora do ambiente odontológico, (ZOCRATTO et al., 2016)

Processos como métodos de esterilização, uso de equipamentos de proteção individual, imunização da equipe odontológica, precauções de acidentes com materiais biológicos, desinfecção e assepsias, são fundamentais para o controle de infecção cruzada e possuem um papel significativo na biossegurança para a prevenção dos riscos ocupacionais (CHAVES et al., 2016)

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi o conhecimento dos acadêmicos sobre questões básica de biossegurança e a aplicação destes no cenário de clínica odontológica, pelos alunos de sexta a décima fase do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e, a partir dos dados coletados sugerir

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estratégias para melhorar a conduta e o controle de infecção dentro das clinicas odontológicas do Curso

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Identificar o conhecimento do aluno sobre questões básicas de biossegurança e a aplicação deste no cenário de clínica odontológica pelos alunos de sexta a décima fase do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e, a partir dos dados coletados sugerir estratégias para melhorar a conduta e o controle de infecção dentro das clinicas odontológicas do Curso.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

2.2.1- Identificar o conhecimento dos alunos, regularmente matriculados, da 6ª a 10ª fases do Curso de Graduação em Odontologia da UFSC, referente aos cuidados de biossegurança com os instrumentais de uso odontológico

2.2.2- Identificar o conhecimento dos alunos, regularmente matriculados, da 6ª a 10ª fases do Curso de Graduação em Odontologia da UFSC, referente aos cuidados de biossegurança com as superfícies das clínicas odontológicas

2.2.3-Identificar a percepção da avaliação dos alunos, regularmente matriculados, da 6ª a 10ª fases do Curso de Graduação em Odontologia da UFSC referente a aplicação dos protocolos de biossegurança nas práticas odontológicas.

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3 METODOLOGIA

3.1 DESENHO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo descritivo do conhecimento do discente sobre o Protocolo de Biossegurança e aplicação no controle da infecção dos instrumentais e equipamentos nas clínicas do Curso de Graduação em Odontologia da UFSC. O estudo foi realizado no período de junho a setembro de 2019.

3.2 ASPECTOS ÉTICOS

O presente projeto é continuação do projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UFSC, n. 2.651.312.(Anexo A). Os participantes foram convidados e esclarecidos sobre os objetivos do mesmo e, após aceite, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (APÊNDICE A) conforme preconiza a Resolução CNS/466/12 que regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos no Brasil, ao qual cabe avaliar estudos que individual ou coletivamente, tenham como participante o ser humano, em sua totalidade ou partes dele, e o envolva de forma direta ou indireta, incluindo o manejo de seus dados, informações ou materiais biológicos. Os participantes tiveram garantidos os seus direitos de sigilo da identidade e das informações, retirada do consentimento quando do interesse do mesmo. Nenhum questionário foi identificado nominalmente, mas apenas foi identificada a fase do aluno no Curso, para fins de tabulação dos dados e comparação dos procedimentos de acordo com a fase em que se encontra o acadêmico. Cada questionário e TCLE respectivo foi codificado com o número da fase em que o aluno se encontra e um número sequencial para possível identificação quando da

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necessidade de retirada do TCLE pelo participante da pesquisa (ex. fase 5, questionário 23, será codificado como F5.23).

3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Foram incluídos todos os alunos regularmente matriculados nas 6ª a 10ª fases do Curso de Graduação em Odontologia da UFSC, que aceitarem participar do estudo, assinando o TCLE, devidamente esclarecidos sobre os objetivos do mesmo.

3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos os alunos regularmente matriculados nas 6ª a 10ª fases do Curso de Graduação em Odontologia da UFSC que não aceitarem participar da pesquisa.

3.5 APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

O instrumento de pesquisa para a realização deste estudo foi um questionário elaborado para essa pesquisa, organizado com 23 questões objetivas e 3 subjetivas, com base na literatura anteriormente revisada sobre o assunto, a fim de identificar o nível de conhecimento dos alunos sobre os procedimentos de biossegurança e sua aplicação. Foram abordados assuntos envolvendo o uso de EPI, etapas do processo de esterilização (desinfecção previa, lavagem dos instrumentais, esterilização), acondicionamento dos materiais, monitoramento biológico, desinfecção de superfícies, utilização de barreiras mecânicas e avaliações referentes a aplicação dos protocolos de biossegurança.

O questionário foi previamente testado com 3 alunos escolhidos aleatoriamente, a fim de identificar problemas na compreensão das perguntas e do tempo para a execução das respostas, como maneira de garantir a qualidade da coleta dos dados e obter uma melhor adesão dos entrevistados. As questões envolveram passos do processo de desinfecção e esterilização de instrumentais, desinfecção de superfícies e equipamentos odontológicos, de acordo com o manual da ANVISA (BRASIL,2009) que deve ser utilizado pelos alunos do Curso de Graduação em Odontologia e profissionais. (APÊNDICE B).

Após esclarecimentos sobre os objetivos do trabalho, os participantes foram convidados a participar da pesquisa. Os que consentiram voluntariamente, assinaram o

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Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O questionário foi aplicado pela pesquisadora principal nas clinicas odontológicas, no mês de junho e agosto de 2019, sem prejudicar as atividades da universidade. Foi também enviado via e-mail, utilizando a plataforma do Google Forms para ser respondido.

3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA

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4 RESULTADOS

O estudo foi realizado com alunos do curso de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina, matriculados na 6ª a 10ª fase. A amostra final foi constituída por 91 estudantes, sendo que 14 pertenciam ao 6º semestre,18 ao 7º semestre, 21 ao 8º semestre, 21 ao 9º semestre e 17 ao 10º semestre. Em relação ao sexo, 66 eram do gênero feminino e 25 do gênero masculino. A faixa etária da amostra foi na média de 23 anos. Dos 200 estudantes matriculados em clínica, 91 responderam ao questionário. A tabela 1, apresenta os percentuais de respostas obtidos em cada questão nas diferentes fases.

Quadro 1 – Resultado em percentual (%) das respostas obtidas pelos alunos da 6 á 10 fase do curso de graduação em Odontologia das perguntas objetivas (1 á 23 pergunta)

Pergunta Resposta 6f 7F 8F 9F 10F

1.Faz a lavagem do instrumental antes da esterilização?

Sempre 71,43% 88,89% 85,81% 42,86% 70,59% Somente quando está

sujo 28,57% 11,11% 14,29% 57,14% 29,41% Não 0% 0% 0% 0% 0% 2.Faz a desinfecção prévia antes da lavagem dos instrumentais? Não realiza desinfecção prévia 92,86% 44,44% 57,14% 33,33% 52,94% Desinfecção prévia apenas em água 0% 11,11% 0% 23,81% 0% Desinfecção prévia em detergente comum 0% 16,67% 19,5% 38,10% 41,18% Desinfecção prévia em detergente enzimático/ ph neutro 7,14% 27,78% 23,81% 0% 5,88% Desinfecção prévia Hipoclorito de sódio 1% 0% 0% 0% 0% 0% Desinfecção prévia álcool 70% 0% 0% 0% 4,76% 0% 3. Na lavagem do instinstrumental, utiliza

qual tipo luva ?

Luvas de procedimento 0% 0% 0% 9,52% 17,65% Luva emborrachadas grossas 100% 100% 100% 90,48% 82,35% Sem luvas 0% 0% 0% 0% 0% 4. Esteriliza o instrumental critico antes do atendimento? Sim, em caixas metálicas perfuradas, por especialidade, e utiliza em mais de um paciente 0% 16,67% 19,05% 14,29% 11,76% Sim, em caixas metálicas perfuradas, por especialidade, individ

uais para cada paciente

100% 72,22% 76,19% 76,19% 82,35%

Sim, Pacotes de grau cirúrgico, individuais para cada pacientes

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19 Pergunta Resposta 6f 7F 8F 9F 10F Não, faço desinfecção de alto nível. 0% 0% 0% 0% 0% Outros. 0% 0% 0% 0% 0% Especifique 5. 5. Qual a frequência da desindesinfecção das supersuperfícies durante atendatendiimento clínico? No início e no fim do período 35,71% 50% 57% 23,81% 23,53% No início do período 28,57% 22,22% 14% 38,10% 47,06% No final do período 0% 0% 5% 4,76% 11,76% Entre cada paciente 0% 27,78% 0% 0% 0% Nunca 64,29% 0% 57% 61,90% 41,18% 6. Como você realiza a desinfecção das superfícies?

Fricção com álcool 70 % 100% 100% 100% 100% 94,12% Fricção Hipoclorito de sódio 1% 0% 0% 0% 0% 0% Imersão em Álcool 70% e Hipoclorito de sódio 1% 0% 0% 0% 0% 0%

Limpeza com água e sabão neutro e fricção

com álcool 70%

0% 0% 0% 0% 5,88%

7. Se você pudesse

optar, escolheria outro produto para

fazer a desinfecção? Sim, Qual? Glutaraldeído 5,56% 9,52 % 0% 0% 5,88% Sim, Qual? Clorexidina 1% 0% 0% 0% 4,76 % 0%

Sim, Qual? Incidin 0% 0% 0% 4,76 0%

Sim, Qual? Álcool 90% 0% 0% 0% 0% 5,88% Não 100% 94,44 % 0% 80,95 % 88,24 % 8. Quais superfícies você desinfeta? Refletor 100% 100% 95% 95,24 % 100% Cadeira 100% 100% 90% 100% 100% Mocho 85,71% 100% 86% 85,71 % 82,35 % Equipo (mesa) 100% 100% 90% 100% 94,12 % Equipo (pontas) 92,86% 88,89 % 81% 80,95 % 94,12 % Equipo (seringa tríplice) 92,86% 94,44 % 90% 100% 100% Cuspideira 50% 44,44 % 43% 57,14 % 58,82 % Ponta do sugador 64,29% 72,22 % 81% 80,95 % 76,47 % Não realiza desinfecção 0% 0% 0% 0% 0%

9.a. Utiliza barreiras de proteção mecânica nas superfícies? Filme PVC 100% 100% 95,24 % 95,24 % 94,12 % Tecido 0% 0% 9,5% 4,76 % 0%

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Pergunta Resposta 6f 7F 8F 9F 10F Saco plástico 50% 27,78 % 71,4 % 6,90 % 47,06 % Não uso 0% 0% 0% 0% 0% Outro. 0% 0% 0% 0% 0%

9b. Se sim, com que frequência troca as

barreiras de proteção mecânica?

Entre cada paciente 100% 94,44 % 100% 95,24 % 94,12 % Apenas no início do período 0% 5,56 % 0% 9,52 % 0%

Quando está suja 0% 0% 0% 0% 5,88%

10. Em quais locais utiliza a barreira de proteção mecânica? Refletor 100% 88,89 % 90,48 % 100% 100% Cadeira 100% 88,89 % 95,24 % 100% 100% Mocho 100% 88,89 % 90,48 % 100% 94,12 % Equipo (mesa) 100% 88,89 % 95,24 % 100% 100% Equipo (pontas) 100% 88,89 % 80,95 % 95,24 % 100% Equipo (seringa tríplice) 92,86% 88,89 % 95,24 % 100% 100% Ponta do sugador 71,43% 50% 90,47 % 100% 100% 11. Ao término do período de atendimento, retira as barreiras de proteção mecânica? Sempre 100% 100% 100% 100% 100% Às vezes 0% 0% 0% 0% 0% Nunca 0% 0% 0% 0% 0% 12. Ao final do período de atendimento você costuma limpar a peneira da cuspideira? Sempre 7,14% 11,11 % 0% 0% 5,88% Às vezes 7,14% 50% 62% 71,43 % 41,18 % Nunca 85,71% 38,89 % 29% 28,57 % 52,94 % 13. No decorrer do curso, os conteúdos de biossegurança são reforçados? Sim 35,71% 77,78 % 52,38 % 47,62 % 52,94 % Não 57,14% 22,22 % 42,85 % 33,33 % 41,18 % Não lembro 7,14% 0% 4,36 % 19,09 % 5,88% Se sim, quando? Como?

Nas aulas teóricas, antes das clinicas, inicio do semestre 21,43% 66,67 % 19,05 % 28,27 % 23,53 % Disciplina de biossegurança 0% 5,56 % 0% 0% 0% Disciplina de oclusão 0% 5,56 % 0% 0% 0% Disciplina Cirurgia 0% 5,56 % 4,8% 0% 0% Pelos professores e

banners nas clinicas

7,14 5,56 9,52

%

(21)

21 Pergunta Resposta 6f 7F 8F 9F 10F Disciplinas praticas 7,14% 0% 0% 0% 0% Pelos servidores 0% 0% 0% 0% 5,88% 14a Existe um protocolo de cuidados de biossegurança disponível no ambiente do curso? Sim 92,86% 83,33 % 85,71 % 100% 94,14 % Não 7,14% 0% 4,76 % 0% 0% Não lembro 0% 16,67 % 9,52 % 4,76 % 0%

14bSe existe, onde pode ser encontrado? Nas clínicas 71,43% 66,67 % 85,71 % 90,48 % 94,12 % No Setor de Esterilização 21,43% 33,33 % 28,6 % 28,57 % 58,82 % Na Plataforma Moodle 14,29% 16,67 % 23,8 % 14,29 % 41,18 % Disponibilizado no e-mail pessoal 14,29% 5,56 % 9,5% 0% 5,88% Disponibilizado pelas disciplinas clínicas 21,43% 38,89 % 28,57 % 4,76 % 29,41 % Outro 15. O que você entende por monitoramento

biológico?

Verificar nível de est erilização do material 28,57% 77,78 % 52,38 % 57,14 % 47,06 % Verificar nível de des

infecção do material 28,57% 16,67 % 23,8 % 14,29 % 29,41 % Verificar nível de pre

sença de foco de infecção no pacien te 14,29% 5,56 % 4,76 % 9,52 % 5,88% Verificar possibilidad e de transmissão de doença infectocontagi osa 28,57% 0% 19,05 % 19,09 % 17,65 % 16.Esteriliza ou desi nfeta as peças de mão? Nunca esterilizo e sempre desinfeto 42,86% 38,89 % 52,38 % 23,81 % 23,53 % As vezes esterilizo e sempre desinfeto 28,57% 55,56 % 47,62 % 66,67 % 70,59 % Sempre esterilizo 28,57% 5,56 % 0% 9,52 % 0% 17.Esteriliza ou desi nfeta as BROCAS? Desinfeto e nunca esterilizo 0% 0% 0% 0 % 0 % Desinfeto e sempre esterilizo 42,86% 83,33 % 85,71 % 90,48 % 82,35 % Nunca desinfeto, somente esterilizo 50% 1 6,67 % 1 4,28 % 9 ,52% 1 1,76% Apenas faço a

lavagem das brocas 0%

0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

(22)

Pergunta Resposta 6f 7F 8F 9F 10F 18.Caso desinfete as

brocas, como você realiza esse procedimento? Imersão álcool 70% 7,14% 11,11 % 0% 0% 0% Fricção álcool 70% 14,29 27,78 % 47,61 % 52,38 % 35,29 % Fricção álcool 90% 0% 5,56 % 0% 0% 0% Lavagem escova de aço com detergente

14,29% 44,44 % 0% 42,86 29,41 % Imersão em detergente 0% 5,56 % 23,81 % 0% 0% 19. Sobre o acondicionamento dos instrumentais, quando não usados

após a retirada da CME (Central de

Material Esterilizado), em qual lugar você os

armazena? No seu armário pessoal, solto 42,86% 33,33 % 23,81 % 23,81 % 5,88% No seu armário pessoal, em um recipiente fechado 64,29% 66,67 % 76,62 % 76,19 % 82,35 % Na sua residência 0% 0% 0% 0% 0% No carro 0% 0% 0% 0% 11,76 % Outros 0% 0% 0% 0% 0% 20. Após os procedimentos de moldagem, você realiza a desinfecção dos moldes? Sim 64,29% 14,29 % 66,67 % 21,43 % 0% às vezes 71,43% 4,76 % 4,8% 23,81 % 0% Não 83,33% 5,56 % 23,80 % 11,11 % 0%

21. se sim, como faz: Lavar em água corrente 7,14% 0% 19,05 % 19,05 % 23,53 % Lavar em água

corrente, borrifar com solução desinfetante e armazenar em recipiente fechado 50% 83,33 % 71,4 % 61,90 % 58,82 % Apenas desinfetar o molde e armazenar em recipiente fechado 28,57% 11,11 % 4,76 % 14,29 % 5,88% 22. Qual a sua satisfação em relação aos conhecimentos adquiridos relativos à biossegurança, prevenção e como proceder em caso de Acidentes com Exposição a Material Biológico? Muito satisfeito 7,14% 11,11 % 33,33 % 9,52 % 23,53 % Satisfeito 64,29% 72,22 % 42,9 % 80,95 % 58,82 % Pouco satisfeito 21,43% 16,67 % 23,81 % 4,76 % 5,88% Insatisfeito 7,14% 0% 0% 4,76 % 0%

(23)

23

Pergunta Resposta 6f 7F 8F 9F 10F

23. Quanto a higienização das mãos, como você

procede? Antes de calçar as luvas 64,29% 94,44 % 80,95 % 71,43 % 76,47 % Ao iniciar o atendimento 35,71% 5,56 % 47,62 % 9,52 % 11,76 % Após procedimento com paciente 7,14% 27,78 % 33,33 % 19,05 % 29,41 % Depois de retirar as luvas 35,71% 50% 38,9 % 38,10 % 64,71 %

Em relação a Lavagem dos instrumentais, 71,42% realizam a lavagem antes do processo de esterilização e 28,57% lavam somente quando encontram sujidade visível. No processo de lavagem dos instrumentais, 94,50% utilizam luvas emborrachas grossas de cano longo e apenas 5,49% fazem o uso de luvas de procedimento

A respeito da desinfecção previa dos instrumentais, etapa que antecede a lavagem e deve ser realizada com todos os artigos que serão reprocessados, 53,84 % dos pesquisados negligenciam esta etapa; dos 24,17% que utilizam o detergente comum, 7,69% deixam apenas imersos em água, 1,09% imergem em álcool 70% e apenas 13,18% realizam as recomendações da ANVISA deixando os instrumentais imersos em detergente enzimático ou em pH neutro antes da lavagem.

Também, constatou-se que 80,21% dos alunos esterilizam os artigos críticos em caixas metálicas perfuradas individuais para cada paciente, 10,98% escolhem o grau cirúrgico como opção e estes dentro de uma caixa metálica perfurada individual para cada paciente e 13,80 % usam de caixas metálicas perfuradas para mais de um paciente. Vale ressaltar que todos os alunos optaram pelo processo de desinfecção física (calor úmido) para matérias críticos.

Após a esterilização,73,6% armazenam seus matérias no armário pessoal em recipiente fechado e 25,27% deixam os instrumentais soltos no armário pessoal.

Dos alunos participantes, 53,85% souberam responder que o monitoramento biológico é a etapa de verificação do nível de esterilização do material, 46,17% mostraram não entender sobre o assunto.

Quando questionados se o conteúdo de biossegurança é reforçado no decorrer do curso, 53,85% afirmam ter obtido reforço (31,87% dizem ter revisado nas aulas teóricas antes de iniciar as clinicas e 12,08% pelos professores e banners no momento das atividades clinicas). No entanto, 38,46% diz não ter reforço sobre o assunto e 7,69 % não lembram.

Referente à esterilização das brocas, 97,8% sempre esterilizam as brocas, destes 79,12% desinfectam e esterilizam e 18,68% nunca desinfectam. Quando questionados como

(24)

realizam essa desinfecção, de forma mais expressiva, 3,29% fazem a imersão em álcool 70%, 37,36% friccionam com álcool 70% e 31,86% lavam com escovas de aço com detergente comum. Foi citado também por outros alunos a fricção com álcool 90% e imersão dos artigos no detergente comum.

As peças de mão são sempre esterilizadas por apenas 7,69% dos alunos, outros 54,95% desinfetam e as vezes esterilizam e 36,26% nunca esterilizam somente desinfetam.

Referente a desinfecção de superfícies, 98,90% friccionam com álcool 70%, porém em diferentes momentos: 25,7% desinfetam apenas uma vez no decorrer das atividades clinicas e 74,28% fazem mais de uma vez, podendo ser no início, fim e entre cada paciente, sendo que destes, 47,14% dos alunos realizam a desinfecção entre cada paciente. Das superfícies avaliadas (refletor, cadeira, mocho, equipo mesa, equipo pontas, seringa tríplice, cuspideira e ponta do sugador), a ponta do sugador e a cuspideira foram as menos cuidadas pelos alunos.

Após o processo de desinfecção, as barreiras mecânicas de proteção são utilizadas para proteger o ambiente odontológico de possível infecção cruzada. Os matérias de escolha dos alunos foram filme PVC e saco plástico representados por 96,7% e 52,7% respectivamente, sendo que 96,7% afirmam troca-las entre cada paciente e todos os alunos finalizam retirando-as no final do período clinico. Os locais escolhidos para a aplicação da barreira de proteção mecânica foram uniforme em todas as fases e superfícies: refletor, cadeira, mocho, equipo mesa, equipo pontas, seringa tríplice e ponta do sugador.

A maioria dos estudantes manifestaram satisfação em relação aos conhecimentos adquiridos relativos à biossegurança, sendo que 17,58% sentem-se muito satisfeitos, 63,70% satisfeitos, 14,28% pouco satisfeitos e 2,19% insatisfeitos.

Quanto a prática de higienizar as mãos, 78,02% dos estudantes higienizam antes de calçar as luvas, 12,08% no início do atendimento ao paciente, 24,17% ao término dos procedimentos e 45,05% após retirarem as luvas.

Com relação a desinfecção dos moldes bucais, 73,63% realizam a desinfecção dos moldes, 17,88% faz às vezes e 6,66% não realiza.

Quando questionados se existe um protocolo de cuidados de biossegurança no ambiente do curso, 91,20% declararam ter acesso ao protocolo, principalmente nas clínicas, centro de esterilização e pelas disciplinas do curso.

(25)

25

Quadro 2 – Respostas obtidas pelos alunos da 6 á 10 fase do curso de graduação em Odontologia das perguntas discursiva n.24

Quadro 3 - Respostas obtidas pelos alunos da 6 á 10 fase do curso de graduação em Odontologia das perguntas discursiva n.25

Pergunta 25 – Quais são os motivos para a não

execução das normas de biossegurança? 6F 7F 8F 9F 10F

Alunos possuem preguiça para executar as normas

de biossegurança 35,71% 66,67% 52,38% 38,10% 41,18%

Alunos possuem Falta de atenção/ESQUEC 14,29% 0% 4,76% 19,05% 0%

Falta de fiscalização por parte dos responsáveis 0% 16,67% 4,76% 9,52% 5,88%

Alunos sentem-se cansados na rotina clinica 0% 5,56% 0% 0,0% 0%

Falta de tempo/alta demanda de produção/necessidade de agilidade nos

procedimentos

42,86% 16,67% 9,52% 42,86% 29,41%

Alunos necessitam de mais explicações sobre

como executar as normas de biossegurança 28,57% 11,11% 4,76% 9,52% 0% Pergunta 24 – Como você avalia a execução

das normas de biossegurança nas Clinicas

Odontológicas da UFSC? 6F 7F 8F 9F 10F

Bom/ Satisfatório/ Bem

executado 57,14% 61,11% 38,10% 42,86% 47,06%

Regular/Razoável/ Precisa melhorar 35,71% 16,67% 19,05% 19,05% 5,88% Inadequado/Ruim/ Possui muitas falhas 21,43% 5,56% 9,52% 4,76% 0% Alunos possuem Preguiça para executar as

normas de biossegurança 0% 16,67% 0% 0% 0%

Falta de fiscalização por parte dos

responsáveis 0% 5,56% 9% 4,76% 0%

Alunos necessitam de mais explicações sobre

como executar as normas de biossegurança 0% 5,56% 9,52% 0% 0%

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Quadro 4 - Respostas dos alunos da 6 á 10 fase do curso de graduação em Odontologia da pergunta n.26 O Pergunta 26- O que você sugere que possa

ser feito para melhorar a aplicação das normas de Biossegurança nas clinicas

Odontológicas da UFSC? 6 6F 7 7F 8 8F 9 9F 1 10F Cobrança 7 14% 4 4,44% 2 8,57% 5 2,38% 1 7,65% Avaliação / fiscalização da execução

de todas as etapas das precauções padrões

0 0% 1 1,11% 2 3,81% 0 0% 5 88% Penalidade aos alunos que não

executarem os protocolos de biossegurança

7 14% 5 56% 4 76% 4 76% 0 0% Reforço dos conteúdos de

biossegurança no decorrer do curso

5 7,14% 1 6,67% 1 9,05% 1 9,05% 2 3,53%

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27 5 DISCUSSÃO

O ambiente bucal apresenta uma microbiota dinâmica e complexa, e os equipamentos e instrumentais odontológicos estão em constante contato com os fluidos biológicos. Afim de evitar a infecção cruzada, providências devem ser adotadas na rotina dos profissionais de saúde. (CHAVES et al.,2016; BUSTAMENTE et al.,2014; CARMO et al.,2012). Por esse motivo os instrumentais odontológicos devem ser submetidos pelas etapas de limpeza, desinfecção e esterilização (CHAVES et al.,2016; RAMOS LAGES et al,2015); e um programa de normas de assepsia deve ser adotado para que exista a prevenção de contaminação no ambiente de trabalho odontológico (ENGELMANN et al,2010)

Portanto, faz-se necessária não só a adoção de políticas e procedimentos que visam proteger o profissional e o paciente contra a transmissão de uma grande variedade de doenças infectocontagiosas, mas também a motivação para sua execução.

Embora todo artigo exposto à bancada de trabalho deva ser lavado, os alunos não tem procedido de acordo com a recomendação das normas da ANVISA (BRASIL ; 2006), 32 % realizam a lavagem prévia a esterilização apenas quando apresenta sujidade visível, resultado melhor que os encontrados por Pimentel et al (2012), onde apenas 10,3 % dos alunos executavam esta manobra satisfatoriamente. Os resultados apontam que a falta de conduta adequado foi mais frequente nos alunos concluintes, motivo preocupante uma vez que em breve estarão no mercado de trabalho.

Recursos devem ser utilizados para reduzir as exposições a materiais biológicos, como as precauções padrões (RAMOS LAGES et al.,2015). O ministério da saúde recomenda que os profissionais da área da saúde adotem cuidados-padrão como um meio de estimular ações adequadas (MAZZUTTI et al.,2018). Assim o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIS) e técnicas de proteção coletiva tornam-se medidas preventivas básicas para evitar a transmissão de agentes infecciosos (ARANTES et al.,2015).

Em relação ao processo de lavagem dos instrumentais, 94,51% dos graduandos de odontologia da UFSC utilizam luvas emborrachadas de cano longo para a lavagem dos instrumentais. Isto está de acordo com o manual “Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos” (BRASIL, 2006), resultado melhor que o encontrado por Pimentel et al (2012) na universidade Federal da Paraíba, onde 91,2% dos entrevistados não utilizam luvas emborrachas, mas sim luvas de procedimento. Fator preocupante, pois, Arantes et al (2015) afirma que 1/3 dos discentes finalizam o curso tendo sofrido pelo menos um acidente com

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material perfurocortantes, e os resultados de Lima et al (2016) citam que 55% dos acidentes ocupacionais ocorreram pós atendimento clínico, sendo 57 % destes durante a lavagem dos instrumentais, mostrando a importância do uso das luvas emborrachadas.

A desinfecção prévia visa a proteção do profissional no momento da lavagem do instrumental, no sentido de diminuir o nível de microrganismos dos artigos e o risco de infecção para aquele que realiza a lavagem. Este estudo aponta que 53,85% dos alunos, principalmente da sexta fase, não tem mostrado a atenção necessária para essa etapa. Acredita-se que o comportamento dos alunos da 6ª fase, iniciantes em clínica, possa ser decorrente da falta de conhecimento e inexperiência, porém é justificado por eles pela falta de tempo para realizá-la, visto que os mesmos tem grande carga horária (aula/semana),o fator tempo também é explicativo para o incremento de acidentes envolvendo material biológico (MAZZUTTI et al.,2018). Quanto aos alunos concluintes à não execução foi atribuída a irresponsabilidade, preguiça e falta de tempo como principais motivos. Situação parecida é encontrada no estudo de Zocratto et al (2016), onde é relatado que 59,2% dos avaliados também não realizam a desinfecção previamente a lavagem, não havendo diferença estatisticamente entre os alunos iniciantes e concluintes.

A maioria dos procedimentos clínicos envolvem artigos que são classificados como críticos, semicríticos e não críticos, sendo que os críticos devem passar pelo processo de esterilização em autoclave antes do contato com o paciente (CHAVES et al.,2016; AHMED et al.,2015; BUSTAMANTE et al.,2014), método considerado como um padrão ouro (Tomo et al 2014).

O método de esterilização dos artigos críticos, a autoclave foi a mais empregada pelos discentes, 100% dos alunos esterilizam seus instrumentais e nenhum utiliza o método químico de desinfecção.

O controle de infecção das brocas deve passar pelo processo de desinfecção prévia, lavagem com escovas de aço, enxágue, secagem e esterilização. (GUL et al.,2018). Percebe-se um comportamento satisfatório nos alunos de odontologia da UFSC pois todos esterilizam suas brocas, 79,12 % também desinfetam e apenas 18,68% não realizam o processo de desinfecção.

Independente de não entrarem em contato direto com a cavidade oral, a caneta de alta rotação pode ser infectada com secreções procedentes de um paciente e consequentemente, microrganismos podem ser transmitidos para a cavidade oral de um segundo indivíduo. (ZOCRATTO et al.,2016). Letieri (2011), Offner, Brisset e Busset (2018)

(29)

29

recomendam a esterilização das peças de mão, entretanto dentre os participantes do nosso estudo apenas 7,69% responderam esterilizá-las, comportamento inferior aos 22% descrito no estudo de Letieri (2011). A negligência desta etapa torna-se um fator preocupante pois, embora tenha feito a desinfecção , Tura et al (2011); Smith G; Smith A (2014) encontraram contaminação de fungos ,bactérias ou leveduras, em todas as peças de mão e Deng et al (2005) depararam com o vírus da hepatite B, mostrando a necessidade da sua esterilização após utilização nos procedimentos.

O acondicionamento dos instrumentais é a última etapa do reprocessamento dos instrumentais e tem fundamental importância. Para a manutenção da esterilidade do material é necessário que as etapas de lavagem, empacotamento, distribuição nos esterilizadores e o armazenamento sejam corretamente executados (REIS et al.,2012). Seguindo as recomendações dos manuais de biossegurança, o instrumental deve ser armazenado em área seca, longe de umidade, em armário fechado, protegido de poeira, insetos e não devem ser dobrados ou amassados (BRASIL, 2006; CRO, 2009; BORGES, 2017).

A respeito do local de armazenamento, 98,87% dos participantes relataram guardar o material estéril nos seus armários pessoais, soltos ou em recipientes fechados. Contrapondo a esse cenário uma baixa porcentagem armazena no armário da CME que segundo a análise comparativa dos dois ambientes, Reis et al (2012) verificou maior grau de contaminação no armário pessoal. Neste sentido, a CME se mostrou como o local mais adequado para o armazenamento do material estéril. Para o caso de retirada de material da CME e não utilização do material, o mesmo deve ser guardado em recipiente fechado, conduta adotada pelo menos por 64,27% dos estudantes de odontologia da UFSC.

O monitoramento da esterilização dos materiais e equipamentos odontológicos é tão importante quanto o processo de esterilização. (CHAVES et al.,2016). A submissão dos instrumentais ao processo de esterilização não garante a sua eficiência o que fundamenta a necessidade de confirmação por meio do monitoramento biológico (PIMENTEL et al.,2012). Este monitoramento faz parte do processo de esterilização, regulamentado por normativas do Ministério da Saúde e cumprido pelos funcionários da CME, ou seja, na UFSC não depende do estudante de odontologia, mas cujo conhecimento é fundamental para o Cirurgião Dentista, que no exercício da profissão, em clínicas menores, ele será o responsável pelo processo de esterilização.

Referente a avaliação dos alunos quanto ao conteúdo ministrado sobre biossegurança, 81,28% estavam satisfeitos ou muito satisfeitos, em contrapartida este

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resultado diverge um pouco, em sentido negativo, comparado ao entendimento dos alunos em relação ao monitoramento biológico em virtude de apenas 53,85% acertarem a sua definição correta e outros protocolos negligenciados por muitos. Nesse sentido evidencia-se que, muitas vezes, os conhecimentos dos estudantes sobre cuidados de biossegurança diferem dos seus comportamentos em ambientes clínicos (ARANTES et al.,2015).

Assim como as demais etapas do controle de infecção cruzada, a desinfecção das superfícies é de extrema importância, pois o ambiente clínico apresenta riscos de natureza biológica e desempenham um papel importante na cadeia de transmissão aos alunos que nele frequentam e trabalham. (OLIVEIRA et al.,2010).Uma vez que os agentes microbiológicos tem a capacidade de sobreviver por períodos prolongados em superfícies inanimadas, o treinamento em relação aos processos de limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos odontológicos é uma das estratégias custo-efetivas simples e de fácil aplicação (VELIZ et al.,2018). O custo do cumprimento das normas de biossegurança é “baixo” comparado com o custo das consequências de uma infecção cruzada.

Na UFSC, os alunos avaliados demonstraram, quase que na totalidade, a realização da desinfecção das superfícies. A frequência da desinfecção durante o atendimento é também um fator importante para a minimização de regiões com potenciais focos para a disseminação e contaminação. Neste estudo foi relatado que 47,14% dos acadêmicos fazem a desinfecção das superfícies entre cada paciente, 25,71% realizam apenas uma vez ao dia e os demais alunos realizam no início e fim do período. Os alunos da 6ª e 9ª fase foram os mais expressivos na execução deste procedimento, mesmo alegando que a falta de tempo seja um motivo preocupante para a não execução.

As superfícies e equipamentos odontológicos são classificadas como materiais não críticos, sua limpeza deve ser realizada com água, sabão neutro, seguida com desinfecção com álcool 70%. (BRASIL, 2006; ZOCRATTO et al ,2016). Os dados revelam que todos os discentes da UFSC realizam a desinfecção por meio de fricção com álcool 70 %, semelhante aos 88% dos resultados obtidos no estudo de Engelmann et al (2010), e somente um aluno realiza a limpeza com água, sabão e fricção com álcool 70%, como é recomendado por Borges (2017). De modo geral as áreas mais negligenciadas foram a cuspideira e a ponta do sugador, principalmente pelas 6ª, 7 ª e 8ª fase, contraponto importante, pois muitos destes alunos indicam preguiça, falta de conhecimento, e falta de fiscalização como obstáculo para seguir as normas de biossegurança. Estes mesmos grupos de alunos sugerem que o conteúdo sobre o assunto seja reforçado a cada semestre e que haja maior supervisão e cobrança por

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31

meio de avaliações e penalidades para quem não cumpre os protocolos de biossegurança nas atividades clínicas. Também, entre 4 a 16 % dos alunos responderam que não há ou não lembram dos protocolos de biossegurança dispostos nos ambientes relacionados com o ensino/serviço de odontologia da UFSC, resultado que entra em conflito com as respostas de 91,21% que afirmam ter disponíveis nos ambientes do curso.

Este estudo apontou que todos os alunos utilizam barreiras físicas de proteção, sendo escolhas preferenciais o filme de PVC e o saco plástico. Como já foi mencionado na etapa de desinfecção, a ponta do sugador é o local que recebe menos cuidado e esse comportamento também se repete com estudantes da 6 ª e 7 ª fase, isto é, os alunos mais experientes tem maior preocupação quanto a proteção de algumas partes do consultório (PIMENTEL et al., 2012).

É importante salientar que a proteção mecânica foi substituída por 96,7 % dos alunos no intervalo entre cada paciente e o restante aplica somente no início do atendimento. Ao final do período clinico todos os participantes retiram as barreiras para que as clinicas odontológicas sejam preparadas para uma nova rotina de trabalho. No entanto, paralelamente a isto, 48,5% dos alunos declararam que nunca limpam a peneira da cuspideira no final do atendimento. Esse comportamento detecta um fator agravante pois, Veliz et al (2018) detectou, por meio de inspeção visual, sangue e sujidade visível nos ductos internos das unidades dentais, concluindo que a falta de limpeza constitui um risco de transmissão de microrganismos, pois podem contaminar a água aspirada pela cavidade oral.

É importante fornecer conteúdos básicos sobre biossegurança, lembrando que o conhecimento prévio e continuado potencializa a execução, e com a repetição diária simplifica as tarefas de prevenção de acidentes ocupacionais e o exercício de atividades acadêmicas em segurança em todos os períodos do curso. (XEREZ et al.,2012). O estudo mostrou que 53,85 % dos alunos declaram ter obtido reforço dos conteúdos no decorrer do curso, os alunos da 7ª fase são os que mais os reconhecem, principalmente no início das atividades clinicas .Contudo 38,43 % afirmam não terem revisado sobre o assunto sendo o sexto semestre o mais significativo, por isso suas principais sugestões para melhorar a aplicação das normas de biossegurança são: reforço do conteúdo no início de todos os semestres, reforço no andamento das clinicas e a transferência da disciplina de biossegurança para semestres mais próximos das atividades clinicas .

Devido à prevalência de doenças infectocontagiosas, como hepatite B, Aids, entre outras enfermidades, prevenir e controlar a infecção cruzada torna-se imprescindível.

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(ZOCRATTO et al., 2016). Por isso a relevância de avaliar e precaver-se da ocorrência de acidentes ocupacionais por intermédio da divulgação de protocolos eficazes e seguros, que enfatizam a verdadeira magnitude da pratica da biossegurança. (LIMA et al., 2016). A ação isolada mais importante e preventiva no controle de riscos em serviços de saúde é a higienização das mãos. (VASCONCELOS et al.,2009). Quanto a recomendação de higienizá-las antes e após atendimento clínico, observou-se que 12,08% lavam as mãos antes dos procedimentos e 24,17 % após o término dos procedimentos, sendo um dado muito relevante, pois as mãos constituem um grande reservatório de microrganismos, e durante os serviços prestados ao paciente podem ser transferidos por meio do contato direto (pele com pele) ou indireto (superfícies contaminadas),o que propicia a infecção cruzada e a instalação de doenças infectocontagiosas (BORGES,2017).

Sob esse enfoque, o presente estudo demonstrou que 73,63% dos alunos realizam a desinfecção dos moldes após os procedimentos de moldagem, resultado não tão significativo visto que a saliva e o fluido gengival são uma fonte de transmissão considerável para contrair a doença (GUANDANILLI et al.,1999; ENGELMANN et al.,2000).

O risco de contaminação do vírus da hepatite B vem sendo considerado elevado durante o atendimento odontológico. Por isso, De Lima et al (2008) enfatiza a necessidade da imunização completa contra o vírus da hepatite B a qual protege o profissional e estudante entre 90% e 95% de contrair tal doença. Porém há doenças que não tem vacina, como a hepatite C e AIDS, tendo a prevenção baseadas exclusivamente nos protocolos de biossegurança.

Quando questionados a respeito dos motivos da não execução das medidas de biossegurança, as razões mais abordadas foram a preguiça e a falta de tempo. Há de se notar que a sobrecarga de tarefas e a necessidade de agilidade nos atendimentos são fatores que dificultam adequar as práticas de biossegurança no exercício profissional (NOGUEIRA,2018).

Os estudantes sugerem algumas medidas para intensificar a obediência dos princípios de biossegurança, como: a revisão e a atualização periódica dos alunos, um melhor esclarecimento para a execução dos protocolos, enfatizar mais sobre as possíveis consequências a que estão expostos, fiscalizar e penalizar caso negligenciam os protocolos.

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33 6 CONCLUSÕES

Foi possível concluir que no desempenho das atividades acadêmica, os alunos da Universidade Federal de Santa Catarina precisam reavaliar suas ações referentes ao risco biológico e medidas preventivas, mesmo a maioria estando satisfeito com a execução dos protocolos de biossegurança

A respeito das etapas de desinfecção e esterilização dos instrumentais, parte considerável dos alunos apresentam déficits no conhecimento em relação à desinfecção prévia dos materiais críticos e muitos não reconhecem a necessidade da esterilização das peças de mão como um material potencialmente contaminado.

A desinfecção das superfícies é aplicada de maneira correta por quase toda a totalidade dos alunos, mas a frequência da troca das barreiras de proteção e a desinfecção da peneira da cuspideira ainda são negligenciadas.

Quanto ao processo de esterilização e monitoramento biológico, não foi identificado conhecimento em muitos alunos.

A maioria dos alunos afirmam precisar de reforço do conteúdo no decorrer do curso e sugerem a fiscalização e cobrança como iniciativas para garantir uma melhor aplicação das práticas de biossegurança.

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APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Carta Convite

Meu nome é Sara Della Rocca Tonelli, sou aluna do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina e estou realizando meu Trabalho de Conclusão de Curso, intitulado “CONDUTA E CONHECIMENTO DE BIOSSEGURANÇA DOS ALUNOS DE ODONTOLOGIA”, sob orientação da Professora Doutora Ana Maria Hecke Alves. O objetivo deste questionário é de avaliar o nível de conhecimento dos alunos sobre as medidas de biossegurança para as clínicas odontológicas. Este trabalho se justifica por realizar um levantamento para verificar como está sendo aplicado o protocolo de biossegurança no decorrer do curso. Não existem benefícios diretos em participar deste estudo. Os benefícios são indiretos, buscando um método de auxiliar os acadêmicos a realizarem as medidas de biossegurança de forma efetiva e consciente. Os riscos são mínimos por envolver apenas a resposta ao questionário, o qual foi elaborado com o intuito de que o tempo gasto para seu preenchimento seja mínimo, em torno de 5 a 10 minutos. Não haverá identificação do participante no questionário, apenas a fase do curso na qual está matriculado, para posterior comparação entre as diferentes fases, desta forma sua identidade será mantida em sigilo evitando qualquer tipo de constrangimento. Também não está previsto qualquer tipo de ressarcimento ou indenização, visto que você não terá nenhum ônus na participação da pesquisa. As informações fornecidas serão utilizadas exclusivamente para esta pesquisa e para apresentação em eventos científicos da área ou publicação de artigo em revistas científicas. Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem nenhuma penalidade ou prejuízo. Esta pesquisa seguirá as normas e orientações da Resolução CNS 466/12. Caso aceite participar desta pesquisa, você receberá uma cópia deste documento, o qual está redigido em duas vias, que deverão ser assinados por você e outra via que ficará de posse da pesquisadora principal deste estudo. Você poderá obter informações sobre o andamento da pesquisa com a pesquisadora principal Sara Della Rocca Tonelli, pelo telefone (48)999196886 ou e-mail:

sara_tonelli@hotmail.com ou com a Professora orientadora Profa. Dra. Ana Maria Hecke Alves, telefone (48)99931-0679, e-mail: ana.hecke@ufsc.br ou através do Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina, telefone (48) 3721-6216, e-mail: comissaodeetica@contato.ufsc.br.

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Eu, ___________________________________________________ declaro que recebi, de forma clara e objetiva todas as explicações pertinentes ao projeto, e concordo, por minha livre e espontânea vontade em participar desta pesquisa. Também estou ciente de que posso receber informações sobre o andamento da pesquisa, através pesquisadora principals Sara Della Rocca Tonelli, pelo telefone (48)999196886 ou e-mail: sara_tonelli@hotmail.com ou com a Professora orientadora Profa. Dra. Ana Maria Hecke Alves, telefone (48)99931-0679, e-mail: ana.hecke@ufsc.br, assim como posso me retirar a qualquer momento, sem que isso represente qualquer tipo de represália para a minha pessoa. Dessa forma assino este consentimento em duas vias, ficando com a posse de uma delas.

Florianópolis, ____ de ______ de 2018. ______________________________ ______________________ Assinatura CPF _________________________________ ________________________ Pesquisador Responsável CPF _________________________________ ________________________ Professora Orientadora CPF

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APÊNDICE B – Questionário

Avaliação da execução das normas de biossegurança nas clinicas odontológicas da UFSC

Fase atual do curso: _____ Clínicas de Atuação: ________

Idade: _____ Sexo:____

1.Faz a lavagem do instrumental antes da esterilização?

Sempre

Somente quando está sujo Não

2.Para lavagem do instrumental utiliza qual tipo de luva?

Luvas de procedimento Luva emborrachadas grossas Sem luvas

3.Realiza desinfecção (imersão em

solução desinfetante) do instrumental antes do processo de lavagem?

Não

Sim, apenas em água

Sim, com detergente comum

Sim, no Detergente enzimático ou com ph neutro

Sim, com Hipoclorito de sódio 1% 4.Esteriliza o instrumental critico antes do atendimento?

Sim, em caixas metálicas perfuradas, por especialidade, e utiliza em mais de um paciente

Sim, em caixas metálicas perfuradas, por especialidade, individuais para cada paciente Sim, Pacotes de grau cirúrgicos, individuais para cada pacientes

Não, faço desinfecção de alto nível. Outros.

Especifique:

_____________________________________ _____________________________________ 5.Qual a frequência da desinfecção das

superfícies durante atendimento clínico?

No início e no fim do período No início do período

No final do período Entre cada paciente

Nunca

6. Como você realiza a desinfecção das superfícies?

Fricção com álcool 70%

Fricção Hipoclorito de sódio 1% Imersão em Álcool 70% e Hipoclorito de sódio 1%

Limpeza com água e sabão neutro e fricção com álcool 70%

7. Se você pudesse optar, escolheria outro produto para fazer a desinfecção?

Sim, Qual? _______________ Não

8. Quais superfícies você desinfeta? Refletor Cadeira Mocho Equipo (mesa) Equipo (pontas)

Equipo (seringa tríplice) Cuspideira

Ponta do sugador Não realiza desinfecção

9.Utiliza barreiras de proteção mecânica nas superfícies? Filme PVC Tecido Saco plástico Não uso Outro. Especifique:

10. Se sim, com que frequência troca as barreiras de proteção mecânica?

Entre cada paciente Apenas no início do período Quando está suja

11. Em quais locais utiliza a barreira de proteção mecânica?

Refletor

Cadeira Mocho Equipo (mesa)

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