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WINCK_Análise de Revestimento Asfáltico poroso em Sinop-MT

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

ALLAN DANIEL MALESKI WINCK

ANÁLISE DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO POROSO EM SINOP - MT

Sinop

2017/1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

ALLAN DANIEL MALESKI WINCK

ANÁLISE DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO POROSO EM SINOP - MT

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof. Orientador: Me. Arnaldo Taveira Chioveto

Sinop

2017/1

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE EQUAÇÕES

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Av. Itaubas esq. Com Av. Julio Campos ... 8

Figura 2 - Sistema de Drenagem , adaptado ... 12

Figura 3 – Camadas pavimento flexível ... 13

Figura 4 - Estrutura de pavimento com camada porosa de asfalto, adaptado ... 15

Figura 5 - Ilustração de CP graduação aberta e densa ... 16

Figura 6 - Esquema de captação ... 21

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

APN – Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível CAP – Concreto asfáltico de petróleo

CPA – Camada porosa de asfalto (ou de atrito) CP – Corpo de prova

DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística NBR – Norma Brasileira

PP – Projeto de pesquisa

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Análise de Revestimento Asfáltico Poroso em Sinop - MT 2. Tema: 30103053 - Pavimentos

3. Delimitação do Tema: Pavimentos, Drenagem Urbana 4. Proponente(s): Allan Daniel Maleski Winck

5. Orientador(a): Me. Arnaldo Taveira Chioveto

6. Estabelecimento de Ensino: UNEMAT – Universidade do Estado de Mato

Grosso

7. Público Alvo: Profissionais da área e acadêmicos

8. Localização: Av. dos Ingás, n° 3001, Jardim Imperial, Sinop-MT, CEP 78555-000, Brasil.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ... I LISTA DE EQUAÇÕES... II LISTA DE FIGURAS ... III LISTA DE ABREVIATURAS ... IV DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... V 1 INTRODUÇÃO ... 7 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 8 3 JUSTIFICATIVA ... 10 4 OBJETIVOS ... 11 4.1 OBJETIVO GERAL ... 11 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 11 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 12 5.1 DRENAGEM URBANA ... 12 5.2 REVESTIMENTO CONVENCIONAL ... 13

5.3 REVESTIMENTO DE ASFALTO POROSO ... 14

5.3.1 Definição ... 14

5.4 FAIXA DE CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA ... 16

5.5 LIGANTES ASFÁLTICOS ... 17

5.5.1 Concreto Asfáltico de Petróleo - CAP ... 17

5.5.2 Uso de Ligante Modificado de Polímeros ... 17

6 METODOLOGIA ... 19

6.1 ENSAIO ... 20

6.1.1 Preparação do corpo de prova ... 20

6.1.2 Determinação da estabilidade e da fluência... 20

6.2 LOCAL DE ESTUDO ... 21

7 RECURSOS MATERIAIS ... 23

8 CRONOGRAMA ... 24

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1 INTRODUÇÃO

O município de Sinop no estado de Mato Grosso, tem crescido desde a sua emancipação em 1979, a partir desse marco, o município caminhou para se tornar um grande polo industrial e comercial ao norte de Mato Grosso (IBGE, 2010). Esse crescimento trouxe consigo um aumento na ocupação do solo na área urbana através de ruas e estacionamentos revestidos de asfalto convencional (impermeável), que somados à topografia plana da cidade e ao regime de chuvas da região sobrecarregam o sistema de drenagem formando uma condição propicia para o surgimento de alagamento.

Isso ocorre devido as ações tomadas pelo poder publico estarem relacionadas ao uso de redes de drenagem, apenas uma medida estrutural, que acaba por transferir a inundação de um pouco para outro, tratando o efeito e não as causas desse aumenta da vazão, que como já foi citado, é aumento das áreas impermeáveis.

Para essa solução uma das medidas que poderia ser tomada seria o uso de dispositivos de pré-urbanização como o revestimento de asfalto poroso, capaz de reduzir o escoamento superficial e as vazões de pico a níveis iguais ou inferiores aos encontrados antes da urbanização.

Esse dispositivo assim como outros se enquadra no conceito de pré-urbanização, que nada mais é que a busca pela utilização de dispositivos de aumento na infiltração e retardo no escoamento superficial, além disso esses dispositivos também favorecem a qualidade da água e o abastecimento do lençol freatico.

O presente projeto de pesquisa tem o objetivo de realizar o estudo da utilização do revestimento de asfalto poroso em um trecho especifico de via, como proposta para tratar pontos de alagamento na cidade de Sinop

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2 PROBLEMATIZAÇÃO

A ocupação acelerada da cidade de Sinop/MT provocou um aumento não planejado das áreas impermeáveis, que tendem a receber as águas pluviais e lança-las diretamente na rede de drenagem, sobrecarregando essa rede e provocando alagamentos em diversos pontos da cidade. Um exemplo são as vias de trafego, usualmente constituídas de asfalto, um material bastante impermeável, que não permite que a precipitação penetre no seu interior, cabendo apenas a rede de drenagem coletar e dar fim a essa água. Até então, poucas medidas efetivas foram tomadas pelo poder publico para diminuir esse obstáculo provocado pela impermeabilização.

Dentre os problemas gerados pelos alagamentos está a deterioração dos estabelecimentos comerciais e residênciais invadidos, a inviabilização do fluxo de veículos pelas vias alagadas e o risco de acidentes. Esses e outros motivos foram o que levou ao estudo de medida para redução da impermeabilização das vias urbana.

A figura 1 enfatiza o que acontece quando ocorre uma precipitação intensa na cidade, o ponto mostrado é a Av. Itaubas esquina com Av. Julio Campos, parte central da cidade .

Figura 1 - Av. Itaubas esq. Com Av. Julio Campos Fonte:NORTÃO NOTICIAS (2013)

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Diversos estudos apontam que dentre os tipos de revestimentos asfálticos, o asfalto poroso demostra maior eficiência quando se refere à capacidade de drenagem. Qual seria então sua eficiência se tratando de qualidade de trafego para um ponto especifico como uma rotatoria no qual ocorre algamento na cidade de Sinop?

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3 JUSTIFICATIVA

Conforme Azevedo Netto (1998), é preciso compreender que para conter e diminuir os custos quer dos prejuízos, quer das obras de mitigação das enchentes, são indispensáveis os espaços para infiltração, para retenção, para acumulação e para escoamento da precipitação.

Dado então o interesse na implantação e manutenção de parques e áreas de preservação ambiental, em particular nas localidades próximas ao curso d’água e no solo urbano em geral.

Muito do aumento na impermeabilização está ligada ao crescimento urbano e, se tratando de Sinop, é possível notar que muitas vias no centro da cidade apresentam problemas de algamento quando há um grande pico de chuva.

Somando tudo isso a topografia plana e ao regime de chuvas torrenciais da região que é entre 1900 a 2000 mm de precipitação anual segundo o SNIRH (Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos). Temos um sistema de drenagem incapaz de atender a demanda de águas pluviais.

O uso de um pavimento drenante seria um ótimo dispositivo para a solução de pontos específicos de alagamento, como uma rotatória. tendo em vista que poderia reduzir os impactos provocados pelos picos de chuvas, além disso, diminuiria o escoamento superficial e ajudaria na manutenção do ciclo hidrológico através da sua capacidade de infiltração.

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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Realizar um estudo sobre asfalto poroso, a fim de dimensionar o uso desse revestimento em pontos de algamento da cidade de Sinop.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar a estabilidade e a fluência do revestimento de betume convencional utilizando os agregados das faixas granulométricas B e C do DNIT para pavimento flexível com a retirada dos agregados miúdos.

 Analisar a estabilidade e a fluência do revestimento de betume com ligante modificado de polímero utilizando os agregados das faixas granulométricas B e C do DNIT para pavimento flexível com a retirada dos agregados miúdos.

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 DRENAGEM URBANA

De acordo com o Manual de drenagem de rodovias (DNIT, 2006b), a atribuição mais importante da drenagem de uma rodovia ou via urbana é eliminar a água que atinge o corpo do pavimento, o sistema deve capta-la e conduzi-la da forma mais eficiente possível para locais em que pouco afete a segurança e a durabilidade da via.

Para isso a rede de drenagem precisa agir de forma efetiva em todos os seus elementos de captação e transporte, para melhor entendimento Azevedo Netto (1998) exemplifica um modelo de sistema de drenagem convencional.

a) Sarjetas: São as calhas formadas pelas faixas de via pública e o meio-fio (guia), ou somente por faixas nos cruzamentos de ruas (sarjetões) e que são coletoras das águas caídas ou lançadas nessas vias sob qualquer forma.

b) Boca de lobo (boca coletora): São dispositivos localizados nas sarjetas para captação do escoamento quando as mesmas atingem sua capacidade hidráulica.

c) Tubo de ligação: São ligações entre as bocas de lobo e os poços de visita ou caixas de ligação, por eles as águas seguem até a bacia.

A figura 2 exemplifica como é concebida convencionalmente uma rede de drenagem.

Figura 2 - Sistema de Drenagem , adaptado Fonte: http://www.ycon.com.br/ (2017)

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O processo de urbanização altera o comportamento do escoamento superficial, principalmente devido à impermeabilização da superficie, o que produz maiores picos e vazões que podem incapacitam a rede de drenagem.

5.2 REVESTIMENTO CONVENCIONAL

O revestimento asfáltico na constituição de pavimentos flexíveis é uma das soluções mais utilizadas na construção e recuperação de vias de trafego urbano, rodoviario. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto (Abeda), mais de 90% das estradas pavimentadas no pais são de revestimento asfáltico.

Na maioria dos pavimentos usa-se como revestimento uma mistura de agregados minerais, de tamanhos variados, podendo variar a origem, com ligantes asfálticos que possa garantir ao serviço executado os requisitos esperados de impermeabilidade, flexibilidade, estabilidade, durabilidade, resistência à derrapagem, resistência à fadiga e ao trincamento térmico, de acordo com o clima e o tráfego previstos para o local. (BERNUCCI et. al., 2008).

A Figura 3 demostra as camadas básicas de concepção do pavimento flexível.

Figura 3 – Camadas pavimento flexível Fonte: Techne (2006)

O revestimento é projetado para repelir a água de modo a impedir que a mesma chegue às camadas inferiores da estrutura (base e sub-base), geralmente conduzindo essa agua para os drenos laterais (sarjetas). Entretanto, existem revestimentos denominados porosos que constituídos de determinada faixa granulométrica de agregados fornecem vazios que propiciam a percolação da água

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para dentro de parte da sua estrutura, reduzindo o escoamento superficial e diminuindo o impacto que essas águas causariam.

5.3 REVESTIMENTO DE ASFALTO POROSO

5.3.1 Definição

Como define Virgillis (2009) o pavimento permeável é aquele que dispõe de expressivo grau de porosidade e permeabilidade de forma a influenciar a hidrologia e causar algum efeito positivo ao meio ambiente, seja contendo enchentes ou apenas propiciando maior infiltração de água no solo.

Tal pavimento denominado CPA (camada porosa de atrito) busca limitar a quantia de água pertinente ao escoamento superficial e, desta forma, reduzir a demanda da rede de drenagem urbana e a possibilidade de enchentes.

A constituição do pavimento poroso é em certos pontos semelhante à constituição dos pavimentos convencionais, camada superior, por exemplo, é construída da mesma forma, com a uma diferença que é a retenção da fração de areia do conjunto de agregados que irão constituir o pavimento, gerando uma graduação aberta (ARAÚJO et. al., 2000).

Essa graduação tem como consequência uma mistura asfáltica que pode gerar de 18% a 25% de vazios que possibilita percolação rápida da água. Além disso, o CPA proporciona muitas outras vantagens como redução da espessura da lâmina d’água sobre o pavimento; redução do spray, gerando melhor visibilidade; e redução da reflexão da luz dos faróis noturnos. (BERNUCCI et. al., 2008).

Para o entendimento do funcionamento da estrutura de um pavimento poroso genérico Araújo et. al. (2000), fala que a precipitação ao cair sobre o pavimento precisa infiltrar rapidamente sobre a camada de revestimento poroso (espessura de 5 a 10 cm), passar por uma “camada filtro” de agregados de 1,25 cm de diâmetro e espessura de 2,5 cm e ir para uma câmara ou reservatório de pedras mais profundo com agregados de 3,8 a 7,6 cm de diâmetro. Dentro do reservatório, o acumulo poderá penetrar o subsolo ou ser coletado por uma rede de drenagem própria do pavimento de onde pode ser conduzido para a própria rede de drenagem urbana ou coletado para algum uso posterior.

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Sendo assim, o pavimento poroso tem sua capacidade determinada pelo volume de vazios conectados, pela profundidade do seu reservatório e pelo escoamento perdido pela infiltração.

A figura 4 define a estrutura de camadas de um pavimento poroso genérico.

Figura 4 - Estrutura de pavimento com camada porosa de asfalto, adaptado Fonte: duvalasphalt.com

Como exemplos da utilização da camada porosa de atrito no Brasil, são citadas as seguintes obras:

• Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro: em 1999, foi executado um pavimento superposto, na pista principal, e sobre ele aplicada uma CPA nos 923m centrais.

• Rodovia dos Imigrantes, ligando São Paulo a Santos: em 1998 foi feita uma restauração através de fresagem1 seguida de recapeamento, com uma espessura de 5cm entre os quilômetros 11,5 e 30;

• Rodovia Presidente Dutra, próximo a São Paulo: em 1998, 3km nas três faixas e no acostamento apresentavam condições precárias antes da restauração, com buracos, trincamento generalizado e bombeamento de material da base na

1

Fresagem consiste no corte de uma ou mais camadas de um pavimento asfáltico por intermédio de processo mecânico a frio.

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superfície. Foi efetuada uma fresagem do revestimento existente ou recomposição do greide da pista com caimento de 3%; executada uma camada de 2cm de micro revestimento asfáltico a frio e aplicada uma CPA com 4cm de espessura.

5.4 FAIXA DE CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA

Os agregados são classificados quanto ao tamanho para uso em misturas asfálticas como graúdos, miúdos e material de enchimento ou fíler (DNIT, 2004). Em que: (a) agregado graúdo é o material com dimensões maiores do que 2,0mm, como a brita, (b) agregado miúdo é o material com dimensões maiores que 0,075mm e menores que 2,0mm como as areias e o pó de pedra e (c) material de enchimento (fíler) é o material onde pelo menos 65% das partículas são menores que 0,075mm como a cal hidratada e o cimento Portland.

Os agregados também são classificados de acordo com sua distribuição, sendo assim, o conjunto de agregados pode ser classificado como de graduação densa, aquele que apresenta distribuição granulométrica contínua, próxima à de densidade máxima. Ou de graduação aberta, aquele que apresenta distribuição granulométrica contínua, mas com insuficiência de material fino (menor que 0,075mm) para preencher os vazios. A figura a seguir exemplifica corpos de prova um com graduação aberta e outro com graduação densa.

Figura 5 - Ilustração de CP graduação aberta e densa Fonte: PavementInteractive.org

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5.5 LIGANTES ASFÁLTICOS

5.5.1 Concreto Asfáltico de Petróleo - CAP

O asfalto é um dos mais antigos e versáteis elementos construtivo utilizado pela humanidade, seu uso na pavimentação é um dos mais significativos. Assim como na maioria dos países do mundo, no Brasil a pavimentação asfáltica é a principal forma de revestimento, cerca de 95% das estradas pavimentadas são de revestimento asfáltico (BERNUCCI et. al., 2008).

O cimento asfáltico de petróleo (CAP) tem origem no refino de petróleo cru através de destilação, no qual o resíduo resultante dessa destilação é processado dando origem ao produto. É produzido especialmente para apresentar as qualidades e consistências próprias para o emprego na construção e manutenção de pavimentos asfálticos. Além da natureza aglutinante e impermeabilizante, apresenta propriedades de flexibilidade, durabilidade e alta resistência à ação da maioria dos ácidos, sais e álcalis (DNIT, 2006a).

Em 2005 no Brasil a APN (Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível) lançou a resolução ANP N° 19, na qual estabelece as novas especificações dos CAP, classificando-os exclusivamente pela penetração. Segundo a mesma resolução os cimentos asfálticos de petróleo são categorizados em CAP 30/45; CAP 50/70; CAP 85/100 e CAP 150/200. Valores numéricos esses que referenciam os limites inferiores e superiores resultantes do ensaio de penetração.

5.5.2 Uso de Ligante Modificado de Polímeros

Apesar de grande parte dos Estados Unidos ainda persistir no uso de ligante convencional, na Europa é comum o uso de ligantes modificados por polímeros e por vezes uso de pó de borracha de pneu e fibras (VIRGILLIS, 2009).

Bernuccio et, al. (2008), afirma que em geral o emprego de asfalto modificado por polímero é indicado para aumentar a durabilidade e redução da desagregação no pavimento. Entretanto, nem todos os polímeros são suscetíveis de reforçar o CAP e nem todo CAP quando acrescido de polímeros mostra estabilidade à estocagem. Os asfaltos que melhor se associam com polímeros são aqueles que apresentam compatibilidade química e térmica com o ligante base, também vale ressaltar que a quantidade de polímero acrescentada ao ligante depende das propriedades que se buscam alcançar.

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Quanto à incorporação do polímero Cezaro Junior (2008), relata que a incorporação do polímero ao asfalto pode ser feita de três maneiras: (a) em fabrica separada e transportado em seguida para a usina de asfalto, (b) em misturadores auxiliares presentes na própria usina e (c) diretamente sobre a mistura asfáltica, conjuntamente a mistura do asfalto aos agregados.

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6 METODOLOGIA

O método de ensaio que será utilizado é definido pela norma DNER-ME 043/95 (Misturas betuminosas a quente – Ensaio Marshall) através desse método se determinará a estabilidade e a fluência de misturas betuminosas, utilizando o aparelho Marshall, no qual o termo estabilidade consiste na resistência máxima à compressão radial e o termo fluência a deformação total do corpo de prova expressa em décimos de milímetro. Para a realização desse ensaio, serão utilizadas as porcentagem de agregados para faixa B e C, determinada pela tabela 1 adaptada da norma DNIT 031/2004 – ES:

Tabela 1 – Faixas granulométricas DNIT

Fonte: DNIT 031/2004 –ES (Adaptado)

Serão moldados um total de 24 corpos de prova, que para melhor entendimento, foram dividido em 3 partes:

i. Moldagem de 8 corpos de prova sendo 4 para faixa B e 4 para faixa C utilizando porcentagem de ligante e agregados referentes ao revestimento asfáltico usal afim de obter corpos de prova “testemunhas”.

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ii. Moldagem de 8 corpos de prova sendo 4 para faixa B e 4 para faixa C com a retirada dos agregados miúdos, expecificadamente os passantes pela peneira N° 10 (menores que 2 mm) e utilizando CAP convencional.

iii. Moldagem de 8 corpos de prova sendo 4 para faixa B e 4 para faixa C, onde serão retirado os agregados miúdos, menores que 2 mm, e utilizado ligante CAP modificado com polímero.

6.1 ENSAIO

6.1.1 Preparação do corpo de prova

No momento do ensaio serão calculadas as quantias de ligante e de agregados para cada corpo de prova a fim de respeitar a normatização, que determina cerca de 1200g e (63,5 ± 1,3) mm de altura.

Para compactação serão efetuados cerca de 74 golpes do soquete para cada lado do CP, após a compactação os corpos serão medidos para garantir as proporções de peso e altura citados a cima, após isso serão deixados cerca de 12h à temperatura ambiente.

6.1.2 Determinação da estabilidade e da fluência

Os corpos de prova, um de cada vez, serão aquecidos e colocados no aparelho Marshall, a carga, em N (kgf), necessária para produzir o rompimento do CP à temperatura especificada, é anotada como “estabilidade lida”. Este valor deverá ser corrigido para a espessura do CP ensaiado, através da formula a seguir:

-1,64 h 927,23 = F Equação 1 Onde, F – fator

h – espessura do corpo de prova

O resultado obtido da multiplicação da “estabilidade lida” pelo fator será o valor da estabilidade Marshall e assim é possível determinar se o asfalto poroso pode ser utilizado como revestimento nas vias urbanas. Tomando como hipótese a realização de uma parte do pavimento utilizando esse revestimento, no qual ele

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captaria a precipitação e conduzia para o sistema de drenagem existente. Como demonstra a imagem

Figura 6 - Esquema de captação Fonte: infraestruturaurbana.pini.com.br

6.2 LOCAL DE ESTUDO

O local no qual o estudo irá se embasar se encontra na Av. das Itaubas, esquina com Av. Julio Campos, onde se localiza o terminal rodoviário municipal e onde já houve incidência de alagamentos.

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Figura 7 - Local de estudo Fonte: GoogleMaps (2017)

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7 RECURSOS MATERIAIS

Os recursos materiais que serão utilizados são os mesmos definidos pela norma DNER-ME 043/95 para realização do ensaio:

• Agregados e ligantes.

• Prensa manual ou mecânica, equipada com um anel dinamométrico e com defletômetro.

• Molde de compactação de aço. • Estufa ou placa elétrica.

• Balança.

• Extrator de corpo-de-prova.

• Peneiras de malha quadrada para análise granulométrica. • Aparelhagem para mistura, preferencialmente mecânica.

• Termômetro de vidro com proteção ou termômetro de haste metálica. • Termômetro para medição em banho d’água ou ao ar.

• Base de compactação. • Soquete de compactação. • Medido de fluência.

• Molde de compressão de aço. • Entre outros.

Todos os materiais e o aparelho Marshall serão disponibilizados pela empresa de pavimentação, Construcamera - Construtora Camera Eireli.

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8 CRONOGRAMA

ATIVIDADES

ANO 2017

JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN Revisão bibliográfica complementar Realização dos ensaios Redação da monografia Revisão e entrega oficial do trabalho Apresentação do trabalho em banca

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9 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ARAÚJO, Paulo Roberto de; TUCCI, Carlos E. M.; GOLDEFUM, Joel A.. Avaliação da eficiência dos pavimentos permeáveis na redução de escoamento

superficial. RBRH - Revista Brasileira de Recursos Hídricos, Porto Alegre, v. 5, n. 3, p.21-29, jul/set 2000.

AZEVEDO NETTO, J. M. et al. Manual de Hidráulica. São Paulo/SP, 8ª ed. 1998.

BERNUCCI, Liedi Bariani et al. Pavimentação Asfáltica: Formação Básica para Engenheiros. Rio de Janeiro: Petrobras: Abeda, 2008. 465 p.

CEZARO JUNIOR, Tadeu de. Estudo da propriedades mecânicas de misturas

asfálticas convencionais e modificadas. 2008. 130 f. Dissertação (Mestrado) -

Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto

Alegre, 2008. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br>. Acesso em: 15 maio 2017.

CLIMATE-DATA.ORG. CLIMA: SINOP. Disponível em:

<https://pt.climate-data.org/location/4077/>. Acesso em: 18 maio 2017.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 043/95:

Misturas asfálticas a quente – ensaio Marshall: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1995.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 031/2004 – ES: Pavimentos flexíveis – Concreto asfáltico – Especificação de

serviço, Rio de Janeiro, IPR, 2004

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 095/2006 – EM: Cimento asfáltico de concreto – Especificação de material, Rio de Janeiro, IPR, 2006a.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de drenagem de Rodovias. - 2. ed. - Rio de Janeiro, 2006b. 333p. (IPR. Publ., 724).

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de pavimentação. 3.ed. – Rio de Janeiro, 2006c. 274p. (IPR. Publ., 719)

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Infográficos: dados gerais do município. 2010. Disponível em:

<http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=510790&search=matogr osso%7Csinop%7Cinfograficos:-dados-gerais-do-municipio&lang=>. Acesso em: 11 de junho de 2017.

NORTÃO NOTICIAS.Temporal provoca alagamentos em ruas e avenidas do

município 2013. Disponível em:

<http://www.nortaonoticias.com.br/regional/94736/Temporal_provoca_alagamentos_ em_ruas_e_avenidas_do_municipio_>. Acesso em: 14 jun. 2017.

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SOUZA, Murillo Lopes de. Método de projeto de pavimentos flexíveis. 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro: IPR. DITC, 1979.

VIRGILIIS, Afonso Luís Corrêa de. Procedimentos de projeto e execução de

pavimentos permeáveis visando retenção e amortecimento de picos de

cheias. 2009. 191 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Escola

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