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Revista RN Econômico - Setembro de 1980

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T

Loteamento

Cjgmpol/vtde

BEZERRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS desenvolveu em CAMPO VERDE uma noua concepção de lazer. CAMPO VERDE lhe oferece uma nova opção de

tranquilidade nos fins de semana, livre da poluição ambiental.

Este folheto contém apenas breves informações sobre CAMPO VERDE. No entanto, para sentir CAMPO VERDE em toda a sua plenitude, é preciso conhecer o seu por-do-sol, a sua vegetação, respirar seu ar puro, ouvir o gorjear dos pássaros e a

tranquilidade do ambiente, que vai lhe proporcionar absoluta descontração.

EXCELENTE

INVESTIMENTO

CAMPO VERDE está localizadona ãrea de expansão da Grande Natal, às margens da via Natal/Monte Alegre a 1.000 metrosda BR-101, resultando dai uma excelente valorização.

Loteamento

Campe I i / t u

* E s t e é s e u

P R O J E T O A R Q U I T E T Ô N I C O

MARCONI GREVI concentrou em CAMPO VERDE toda sua imaginação, criando um projeto onde a distribuição, de quadras e ruas se harmoniza com a topografia do solo. Áreas de lazer e comunitária centralizadas facilitando o acesso de toda a comunidade.

LOTES DE800m2. PRESTAÇÃO INICIAL DECr$ 800,00 Natal

PROMOÇÃO EVENDAS PROJETO

I BEZERRA

' i H t í / Q I A

EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS

I Rua Jundiai 436 (prox. a EM BRAT EL) Fone: 222 1998 222 7427 222 8160 (Diretoria) CRECI 319-17a. REG.

Plantão no local - aos secados e domingos (Aguardamos sua visita)

MA.iCONI GREVI ARQUITETO Escritório: Av. Salgado Filho 2796

(3)

RKECONQMICO

Revista Mensal para Homens de Negócios

Diretores-Editores Marcos Aurélio de Sá Marcelo Fernandes de Oliveira

Diretor-Adjunto Pedro Simões Neto

Gerente Administrativo Vanda Fernandes

&

É

Redatores Aderson França José Ari

Paulo de Souza Lima Carlos de Souza Sucursal de Brasília

Airton Alves de Souza

Correspondente em Mossoró Ivoneth de Paula

Fotografias

João Garcia de Lucena

Diagramação e Paginação Fernando Fernandes

Fotocomposição e Montagem Gonçalo Henrique de Lima Fortunato Gonçalves

Departamento de Arte Eurly Morais da Nóbrega

Consultores

Alcir Veras da Silva, Alvamar Furtado, Dom Antônio Costa, Cortez Pereira, Dalton Melo, Dantas Guedes, .Dióge-nes da Cunha Lima, Fernando Paiva, Genário Fonseca, Hélio Araújo, Jayme Santa Rosa, Janilson de Paula Rêgo, João Frederico Abbot Galvão Jr., João Wilson Mendes Melo, Jorge Ivan Cas-cudo Rodrigues, Manoel Leão Filho, Marco Antônio Rocha, Moacyr Duarte, Nelson Hermógenes Freire, Ney Lopes de Souza, Dom Nivaldo Monte, Oto-mar Lopes Cardoso, Otto de Brito Guerra, Paulo Gonçalves, Severino Ra-mos de Brito, Túlio Fernandes Filho, Ubiratan Galvão.

RN/ECONÔMICO — Revista Mensal especia-lizada em assuntos econômicos-financeiros do Rio Grande do Norte, é de propriedade de RN/ECONÔMICO EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA. CGC n° 08286320/000161 -Endereço: Rua Dr. José Gonçalves, 687 — Natal-RN — Telefone: 231-1873. Composição e Impressão: EDITORA RN/ECONÔMICO LTDA. - CGC n° 08423279/0001-28 - Insc. Est. 20012932-5 — Endereço: Rua Dr. José Gonçalves. 687 — Natal-RN — Telefone: 231-1873. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, salvo quando seja citada a fonte. Preço do exemplar: 90,00. Preço da assinatura anual: Cr$ 1.000,00. Preço do núme-ro atrasado: CrS 100.00

^Da mesa do ^Editof

O tema básico desta edição é a análise da

realidade sócio-econômica da mais impor-tante região do interior do Rio Grande do Norte — a zona Oeste — que tem em Mossoró o seu principal centro urbano. Uma série de reportagens — escritas in loco pela equipe de redatores de RN/ECONÔ-MICO — dá a dimensão exata dos proble-mas atuais da região e aponta os caminhos que as lideranças políticas e empresariais estão seguindo para alcançar dias melhores no futuro.

Mossoró, com cerca de 150 mil habitan-tes, cresce a uma taxa superior a 8 por cento ao ano. Mas, apesar do esforço e do espírito empreendedor dos seus administra-dores e homens de empresa, as oportuni-dades de emprego para a população não crescem no mesmo ritmo. Os recursos na-turais da região, como o sal, o calcáreo, o algodão, a castanha de caju, o petróleo, o gesso, melhor explorados poderiam repre-sentar maiores benefícios e riqueza para o Estado. Mas a falta de capital e de tecnolo-gia, aliada às inércia dos órgãos públicos estaduais do setor econômico, vai sempre deixando para depois a industrialização de uma área que tem tudo para ser um dinâ-mico polo de desenvolvimento dentro do Nordeste.

Outro assunto quentíssimo desta edição: a política. Dando continuidade à série de reportagens e entrevistas com os homens públicos do Estado em condições de chegar ao governo em 1982, RN/ECONÔMICO ouve agora a palavra de Dix-huit Rosado,

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/ECONOMCO

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Sumário

POLITICA E GOVERNO

• "Acordo" pode levar Dix-huit ao

governo do RN 8 • Prefeitura enfrenta e vence os grandes

problemas de Mossoró 20 • Mossoró unida luta pela federalização

daURRN 49 • Os problemas mossoroenses segundo

os representantes do povo 74

ECONOMIA

• Castanha de caju — nova riqueza da

região Oeste 28 • O Oeste integrado pelo asfalto 58

• O calcáreo — recurso natural que

só agora se começa a explorar 62 • Mossoró resiste à crise mas pede

atenção do governo 64 • Sal — as multinacionais mantém o

mercado em crise 80

INDÚSTRIA E COMÉRCIO

• Guararapes — maior indústria

de Mossoró 19 • Pinheiro, Chacon inaugura outra loja... 25

• J. Irinaldo constroi nova sede 26 • Os caminhos da Cia. Alfredo

Fernandes 33 • Hotel Termas transforma em realidade

o sonho do turismo 34 • Indústria Cerâmica acompanha bom

ritmo da construção civil 54

um mossoroense de 68 anos de idade que já ocupou elevados postos estaduais e fede-rais, sendo um dos nossos políticos mais preparados. Pela importância das opiniões que ele emite sobre o momento político do Estado e sobre os nossos problemas econô-micos, a matéria mereceu ser capa da revista.

Está nas suas mãos, caro leitor, mais um exemplar de RN/ECONÔMICO trazendo ainda suas secções habituai^^^&^^^ttigos

assinados. D k t f <i . B oa/ e y f f fa> * " s , U . 151

f ^ p t - ' O T " £ C A

E D U C A Ç Ã P ^ j ^ T a m m J

• SENAI forma em Mossoró mão-de-obra

para o desenvolvimento 72 • RN/Assessoria ganha instalaçõese

lança novos cursos 78

IMÓVEIS

• Mercado imobiliário do Oeste: o melhor

investimento 39 • O empresário que revolucionou o

mercado imobiliário 41 • Crescimento demográfico de Mossoró

exige mais projetos habitacionais 52

SECÇÕES

• Homens & Empresas 4 • Informações Econômicas 6

•Olho Vivo 42 • Profissões liberais em foco 67

ARTIGOS

ALCIR VERAS DA SILVA • O que estamos perdendo com a

administração 60 ALUIZIO MACHADO

• Comunicação na empresa (2) 68 OTOMARLOPES CARDOSO

• Setores produtivos básicos e o RN /O PAULO PEREIRA DOS SANTOS

• Politica agrícola e inflação 76 PEDRO SIMOES NETO

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Homens & Eittpresas

CERÂMICA A. AZEVEDO TRIPLICA PRODUÇÃO

A Cerâmica A. Azevedo Ltda., situada no município de açu, às margens da BR-101, triplicou a sua produção diária de telhas e tijolos, t o m a compra de novas máquinas à vácuo. Informa Haroldo Azevedo, diretor da empresa, que está sendo mantida uma dução média de 27 mil peças/dia, sem pro-blemas de comercialização. A Cerâmica A. Azevedo ocupa 7.200 metros quadrados de área coberta e suas reservas de matéria-prima estão espalhadas em 300 hectares de terras.

ARTEMIA SALINA: NOVO PRODUTO DA HENRIQUE LAGE

A Henrique Lage Salineira do Nordeste S / A deverá lançar nos próximos meses no mercado a sua produção de artemia salina, microorganismos cultivados nas áreas das

salinatila«â0aílt8Sa, em Macau, que servem

c

alimeiVo-çíara .peixtes^çle aquários. Este

àno, deverão ser recólhi8os~l2 toneladas de ^ f t e m i a ^ u e .depois de receberem um

bene-ficiaYfiérrfo' (Jrimáribí, ^jbodárão inclusive ser exportados, custando um quil^-do produto

/^J^faa. & rffep^a direção da HenrT^íi».-4^áia4iRlwitfTvender a artemia salina no Brasil, onde já se fez uma pesquisa de mercado e se verificou a existência de demanda, principalmente no Sul do país.

CADERNETA ECONÔMICO COM NOVO GERENTE

Assumiu a gerência do Econômico Nor-deste S / A - Crédito Imobiliário, Carlos Fernando de Godoy e Vasconcelos. O novo gerente da Caderneta Econômico em Natal procede da agência de Olinda, Pernambuco. Sua meta imediata é dinamizar a captação de poupança na praça natalense e elevar o número de financiamentos para construção de casas. Inicialmente, o Econômico vai operar na faixa de empréstimos a firmas construtoras para implantação de empreen-dimentos habitacionais, além de financia-mento ao mutuário para aquisição da casa própria. A agência do Econômico, de Olin-da, sob a gerência de Godoy, obteve o primeiro lugar no Nordeste em volume de aplicações. Se mantido o mesmo critério de trabalho para Natal, os empresário da cons-trução civil ganharão uma importante alter-nativa para financiamento dos seus empre-endimentos.

Carlos Borges de Medeiros

CARLOS BORGES LANÇA "O TEMPO COMO TESTEMUNHA"

O professur Carlos Borges de Medeiros deverá lançar até o final de novembro o seu livro de memórias "O tempo como testemu-nha", através do qual transmitirá a visão de uma vivência magisterial de três décadas, manifestada em artigos de jornais, discur-sos, teses e conferências, aliada a uma experiência política de 15 anos. Carlos Bor-ges de Medeiros exerceu por três mandatos a deputação estadual, tendo sido ainda dire-tor do Departamento de Educação do Esta-do, e nessas funções políticas e administra-tivas participou efetivamente de fatos mar-cantes da história do Rio Grande do Norte. O seu livro, com cerca de 400 páginas, está sendo impresso pela Editora RN/ECONÔ-MICO.

J. IRINALDO CONSTRÓI NOVAS INSTALAÇÕES

J. Irinaldo Veículos e Peças Ltda., empresa concessionária da General Motors em Mos-soró e região do Oeste do Estado, está construindo e deverá inaugurar em março de 81, as suas novas instalações, que conta-rão com uma área coberta de 2.700 metros quadrados e que vão representar um inves-timento da ordem de CrS 25 milhões. Adau-to Medeiros, direAdau-tor da revendedora Chevro-let, na condição de engenheiro, é o respon-sável pelo projeto e construção da obra.

TARCÍSIO MAIA LOTEIA TERRENOS EM MOSSORÓ

O ex-governador Tarcísio de Vasconcelos Maia está constituindo uma empresa imobi-liária para promover o loteamento de exten-sas áreas da sua Fazenda São João, hoje praticamente localizada dentro da zona ur-bana de Mossoró. A razão social da firma será Empreendimentos São João Ltda. Se-gundo os conhecedores do mercado de imóveis mossoroense, Tarcísio Maia é, indi-vidualmente, o maior proprietário de terras loteáveis da região.

I

Sílvio Mendes

SILVAN AMPLIA FÁBRICA E INSTALARÁ SUA LOJA

A Indústria de Móveis Silvan S / A , de Mossoró, que é considerada uma das maio-res do seu ramo no Nordeste, continua em

expansão. A área de sua fábrica, que já cobre 5.600 metros quadrados, está sendo ampliada para instalação de uma nova serra para corte de madeira bruta. A produção mensal de móveis já ultrapassa o número de 200 conjuntos de quartos e salas, que são vendidos para um mercado que se estende de Belém a Sergipe. Recentemente, a SIL-VAN venceu importante concorrência públi-ca e passará a fabripúbli-car todo o mobiliário para os hotéis que o governo do Estado está construindo nas cidades de Macau, Areia Branca, praia de Tibau, Martins, Olho D'Â-gua do Milho, Umarizal e Alexandria. Sílvio Mendes, diretor-presidente da empresa, in-forma que para melhorar ainda mais a políti-ca de comercialização, será instalada uma loja de 600 metros quadrados de área de exposição de móveis, ao lado da fábrica. Isto acontecerá em 1981, e será um aconte-cimento marcante das comemorações dos 25 anos de fundação da indústria.

(5)

FALTA DE INCENTIVOS DIFICULTA EXPANSÃO DE INDÚSTRIA FARMACÊITICA

Por falta de uma política de incentivos à industrialização do Estado, uma firma mos-soroense vem deixando de produzir cerca de 50 por cento do que seria capaz. Trata-se da INDUFAL - Indústria Farmacêutica Amo-rim Ltda., pioneira na região Oeste na pro-dução de soros glicosado e fisiológico, além de possuir na sua linha oficinal produtos como o mercúrio cromo, água destilada, etc. A capacidade real da INDUFAL lhe dá condições de fabricar por dia 6 mil ampolas de 500 ml de soros, mas só está sendo alcançada a produção de 3 mil, embora o mercado da região possua uma grande de-manda que não está sendo atendida.

EMPRESA PRESTA SERVIÇOS AGRÍCOLAS NA ZONA OESTE

O agrônomo Marcos Diógenes, conhe-cendo a realidade agrícola da Zona Oeste e acreditando no mercado, criou a empresa SERVIR — Serviços e Locações Ltda., que se dedica à prestação de serviços de terra-plenagem, construções de açudes, desma-tamentos de terras, etc. A SERVIR já possui dois tratores de esteira Caterpillar D-6, duas pás carregadeiras e várias caçambas, além de tratores de pneus. Diante do volume de contratos e da procura que aumenta, Mar-cos Diógenes já pensa em ampliar os seus equipamentos. A empresa tem sede em Pau dos Ferros.

Nevaldo Rocha

GUARARAPES OUTRA VEZ É A EMPRESA DO ANO

Confecções Guararapes S / A , uma indús-tria que nasceu em Natal e hoje dá ao país um dos mais eficientes exemplos de cresci-mento e de boa administração, foi escolhida pela revista Exame, de São paulo, como a Empresa do Ano no setor têxtil, por conta do seu desempenho no ano de 1979. Diplo-ma e medalha comemorativa foram recebi-dos por Nevaldo Rocha, em solenidade pro-movida pela Editora Abril no Centro Empre-sarial de São Paulo, dia 18 de setembro passado.

REMANEJAMENTO NÃO REPERCUTE

Sem condições políticas de proceder a uma verdadeira reforma do seu secretaria-do, o governador Lavoisier Maia limitou-se neste final de mês a anunciar um pequeno remanejamento na sua equipe administrati-va. A opinião pública, que ficou em regime de expectativa por um tempo muito longo — pois a reforma já estava sendo anunciada há vários meses — recebeu com in diferença as alterações no comando de algumas repar-tições estaduais. No meio da classe política, os únicos pronunciamentos foram em pro-testo pela substituição de Éfrem Lima na presidência do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado, onde ele vinha desempenhando um excelente trabalho. E-frem, sem dúvida, era o mais eficiente auxi-liar do governo. Agora ele passa a presidir o Banco de Desenvolvimento, um banco qua-se insolvente e de atuação discutível, trans-formado quase que num cabide de empre-gos milionários, onde -muitos tecnocratas ganham maiores salários do que os pagos aos diretores. Se ele conseguir transformar a realidade do BDRN, ele estará consagrado como administrador. Se falhar, nem o seu bom desempenho obtido no IPE conseguirá salvá-lo dos vexames porque passa a medío-cre administração estadugl.

MAISA GANHA DISTRIBUIÇÃO DA ANTÁRTICA NONE

A MAISA - Mossoró Agro Industrial S / A - assinou contrato pelo prazo de 20 anos com a Companhia Antártica Paulista, para distribuição e produção de toda a linha de refrigerantes Antártica no Rio Grande do Norte, parte do Ceará e parte da Paraíba. Uma unidade para fabricação e engarrafa-mento do Guaraná Champagne, da Água Tônica, do Seven Up e do Ginger, será instalada na sede MAISA, próxima à cidade de Mossoró. A razão da localização naquela área é que a Antártica está desenvolvendo um projeto para produzir um refrigerante à base do caju, cuja produção de suco :\d MAISA, na safra 80/81, será da o r ^ m de 500 mil caixas de 24 garrafas.

F. SOUTO TEM MAIOR ESTOQUE DE SAL NO

TERMINAL DE AREIA BRANCA

F. Souto Indústria, Comércio e Navega-ção S / A é hoje o único grande produtor de sal no Brasil, fora do domínio do capital multinacional. E embora possua concorren-tes maiores e mais poderosos, graças ao dinamismo administrativo e à sua política de vendas, a empresa vem conseguindo man-ter no porto-ilha de Areia Branca o maior volume de sal pronto para embarque, alcan-çando ainda o mais alto nível de qualidade para o produto das suas salinas.

JESSÉ FREIRE AGRO COMERCIAL ÉREDINAMIZADA

A empresa Jessé Freire Agro Comercial S / A , que por muitos anos liderou no Estado as vendas de tratores e implementos agríco-las, está realizando um trabalho de reestru-turação administrativa e comercial, visando a recuperar sua posição de liderança no mercado. À frente da diretoria administrati-va está hoje o ennresário José Pinto Freire, dando tempo integral aos negócios da re-venda Massey Ferguson. Com a re-venda da Navona Veículos pelo grupo Jessé Freire ao grupo Tomaz Salustino, Roberto Moura também passou a integrar a diretoria de Jessé Freire Agro Comercial, na condição de diretor-presidente.

I N F L A Ç Ã O

PREÇO DO

(6)

INFORMAÇÕES ECONÔMICAS

BRASIL PODERÁ IMPORTAR CIMENTO

" C o m u m a p r o d u ç ã o de 2 6 . 5 4 5 mil t o n e l a d a s e u m c o n s u m o de 2 8 . 8 0 5 mil toneladas, o Brasil está obrigado a importar c i m e n t o brevemente". F o r a m declarações d o secretário-executivo d o C I P — C o n s e l h o Interministerial de Preços, J ú l i o Cesar Martins, confirma-d o a previsão confirma-d o Sinconfirma-dicato Nacional d a Indústria da C o n s t r u ç ã o de q u e e m 1 9 8 1 estaremos i m p o r t a n d o c i m e n t o . ALÍQUOTAS DO ISS Atividades Percentual - Diversões Públicas 1 0 % - Transporte Municipal 3 % - E n s i n o de qualquer natureza 2 % - C o n s t r u ç ã o civil 2 % - D e m o l i ç ã o , conservação reparos 2 % - Hospitais e Casas de S a ú d e 3 % - Outras atividades 4 %

NOVO PREÇO PARA A CANA

Usineiros e produtores de álcool de P e r n a m b u c o , Paraíba e Alagoas, a g u a r d a m para o final d o m ê s , u m a resposta positiva d o I A A — Instituto d o A ç ú c a r e d o Álcool, c o m relação a o d o c u m e n t o entregue a o presidente d o I A A , H u g o de A l m e i d a , n o qual p e d e m u m n o v o preço para a c a n a , e m razão de o valor fixado h á mais de 3 meses n ã o atender às necessidades atuais d o setor.

VOLKSWAGEM PODE APRESENTAR PREJUÍZO

A p ó s 2 7 anos o p e r a n d o n o Brasil, a V o l k s w a g e m corre o risco de terminar 1 9 8 0 c o m prejuízo. S e g u n d o altas fontes da empresa, n e m m e s m o o a u m e n t o recente nos preços d o s auto-m ó v e i s p o d e r á evitar q u e isto ocorra.

NOVOS VALORES

J á s ã o conhecidos os n o v o s valores d a O R T N e U P C . E m o u t u b r o as O R T N terão o valor de 6 6 3 , 2 3 e a U P C valerá para este ú l t i m o trimestre d o a n o 6 0 4 , 8 9 .

OBRIGAÇÕES DIVERSAS PARA OUTUBRO

Dia 10 Prazo final para

recolhi-m e n t o d o P I S / f a t u r a recolhi-m e n t o referente a o m ê s de m a r ç o / 8 0 ; — Ú l t i m o dia para recolhimento d o P I S / f o l h a d é p a g a m e n t o , referente a o m ê s de mar-ç o / 8 0 ; — Prazo final para requerer através d o D R C , os D I P I S para cadas-t r a m e n cadas-t o de e m p r e g a d o s a d m i cadas-t i d o s e m setembro; — Ú l t i m o dia para re-messa a o I B G E das 2as . vias das notas

fiscais das operações interestaduais de setembro.

Dia 15 — Prazo final para

comuni-c a ç ã o à Delegacomuni-cia Regional d o Traba-lho das dispensas o u admissões de e m p r e g a d o s n o m ê s de setembro.

Dia 30 — Último dia para

apresen-tar à D R T o anexo-I d a Porapresen-taria n ° 3 4 5 6 / 7 7 ( C I P A S ) .

Dia 31 — Prazo final para:

— entrega d o PIS de d o c u m e n t o s relativos a o cadastramento de n o v o s e m p r e g a d o s ;

— recolhimento das contribuições para F G T S ;

— recolhimento a o B a n c o d o Brasil d o I U M sobrr> operações d o m ê s de setembro;

— recolhimento a o I A P A S dos des-contos e m folha de p a g a m e n t o dos e m p r e g a d o s ;

— recolhimento de 2 , 5 % sobre o valor dos produtos rurais adquiridos e m setembro ( F U N R U R A L ) ;

— entrega de cópia autenticada dos registros contábeis — C A R C referente contribuições previdenciárias das em-presas c o m balanços encerrados e m agosto;

— recolhimento d o IR d e s c o n t a d o na fonte n o m ê s de setembro;

— recolhimento d o I S T R .

ICM TEM SUPER-ARRECADAÇÃO NO SEMESTRE

D a d o s oficiais indicam q u e o I C M arrecadou, e m t o d o o país, de janeiro a j u l h o , C r $ 2 9 5 , 3 bilhões, represen-t a n d o u m acréscimo n o m i n a l de 9 5 , 5 % c o m p a r a t i v a m e n t e a igual pe-r í o d o d o a n o de 1979.

REVISÃO DO IMPOSTO DE RENDA

U m a fiscalização superficial das de-clarações d o I m p o s t o de R e n d a já resultou n u m a arrecadação adicional de C r $ 3 , 5 bilhões, d e v e n d o , e m u m a s e g u n d a etapa, alcançar a faixa de C r $ 5 , 5 bilhões, s e g u n d o revelações d o Secretário da Receita Federal e m Bra-sília, Francisco Neves Dornelles. A-d i a n t o u a i n A-d a o Secretário q u e A-desA-de agosto os contribuintes c o m impostos a pagar estão s e n d o submetidos a u m a m a i o r verificação e m suas declara-ções.

MODERNIZAÇÃO NO FISCO

O p o n t o central d o VII S e m i n á r i o d e Assistência Técnica realizado e m Recife, recentemente, foi a moderni-z a ç ã o q u e será feita n o Fisco e m todos os Estados. S e g u n d o o Ministro da F a z e n d a , os Estados e Municípios só p o d e m reivindicar u m a reforma tribu-tária depois de implantar a moderniza-ç ã o de seus aparelhos de arrecadamoderniza-ção e fiscalização, a u m e n t a n d o assim suas receitas, cujo potencial a i n d a n ã o foi esgotado.

HORAS EXTRAORDINÁRIAS

N a n o v a redação d a d a a S ú m u l a n ° 9 4 d o TST, através da R e s o l u ç ã o ad-mistrativa n ° 8 0 / 8 0 , de 4 . 7 . 8 0 , ficou estabelecido q u e " o valor das horas extraordinárias habituais integra o avi-so prévio i n d e n i z a d o "

PROÃLCOOL NÃO TERÁ CAPITAL ESTRANGEIRO

O ministro da Indústria e C o m é r c i o , C a m i l o P e n a , afirmou q u e o g o v e r n o vai atingir todas as metas previstas para o Proálcool exclusivamente c o m o capital nacional. A f i r m o u o Ministro q u e o desejo d a entrada d o capital estrangeiro é grande, m a s n ã o é visto c o m entusiasmo pelo G o v e r n o , mes-m o p o r q u e o álcool é a i n d a mes-mais caro q u e o petróleo.

(7)

Silvan

UMA MARCA DE MOSSORÖ

QUE O BRASIL CONHECE.

Alndústria de Móveis SILVAN

SI

A é hoje um sinônimo de

Mossoró. Cada conjunto

SILVAN comercializado nas

muitas capitais brasileiras

leva sempre a marca da

qualidade e o toque qenial do

artesão mossoroense. Há

quase 25 anos, a SILVAN

não faz outra coisa, a não

ser produzir móveis finos

em madeiras nobres!

Acompanhando o

desenvolvimento da cidade,

a SILVAN também cresceu.

Hoje, a indústria ocupa quase

6.000m2 de área coberta

e oferece 120 empregos.

No próximo ano, ela terá, ao

lado de sua fábrica, uma loja

com 600 m2, para atender

ao consumidor da região.

E a área industriai

continuará sendo ampliada

para aar lugar a novas

máquinas e equipamentos^

que por sua vez garantirão

mais empregos e mais

qualidade para a marca

SILVAN.

INDUSTRIA

DE MÓVEIS

SILVAN S.A.

Av. Presidente Dutra, 960 Tels.: 321-5541/1012 Mosso ró-RN

(8)

POLÍTICA

0 'acordo

1

pode

levar Dix-huit ao

governo do RN

Reportagem de MARCOS AURÉLIO DE SÁ

O quadro político do Rio Grande do Norte passa por uma

completa transformação a partir do chamado "acordo" entre

o ex-governador Aluízio Alues e o grupo Rosado, que

cultivavam uma inimizade de 20 anos. Jâ se pode

vislumbrar, entre outras coisas que, unidos, os dois grupos

são imbatíveis eleitoralmente. E que do "acordo", surgirá o

nome do próximo governador do Estado: possivelmente

Dix-huit Rosado!

J e r ô n i m o Dix-huit R o s a d o M a i a , u m político mossoroense de 6 8 a n o s d e i d a d e a c o s t u m a d o a o d e s e m p e n h o de elevadas f u n ç õ e s públicas e m todas as esferas d o p o d e r , líder de u m a família q u e possui u m a l o n g a tradição eleitoral n o R i o G r a n d e d o Norte (já t e n d o inclusive d a d o u m g o v e r n a d o r a o Estado), é hoje visto c o m o u m d o s mais fortes candidatos à sucessão d e Lavoisier Maia nas eleições de 1 9 8 2 .

N o atual q u a d r o político, s o m e n t e u m n o m e p o d e r i a , perante o p o v o , fazer frente a Dix-huit: o d o ex-gover-n a d o r Aluízio Alves, líder d o Partido P o p u l a r , q u e depois de vinte a n o s d e inimizade, acaba d e se reaproximar d a família R o s a d o celebrando c o m ela u m p a c t o d e b o a convivência q u e , n u m futuro p r ó x i m o , p o d e r á se con-verter n u m a c o r d o mais a m p l o , q u e m sabe até n u m a aliança eleitoral. E m razão d o e n t e n d i m e n t o ora existente entre os R o s a d o s e os Alves, é de se prever q u e as d u a s famílias n ã o pre-t e n d e m volpre-tar a se digladiar nas praças públicas, p o d e n d o - s e assim esperar q u e m a r c h e m u n i d a s na p r ó x i m a dis-p u t a , conscientes de q u e u n i d a s s ã o imbatíveis nas urnas.

feito e s a c r a m e n t a d o , e m b o r a dentro d o P D S existam alguns "otimistas" es-p e r a n d o a r e c o m es-p o s i ç ã o dos R o s a d o s c o m o g o v e r n o estadual, o u m e l h o r , c o m a família M a i a , q u e já c a n s o u de "estalar os d e d o s " e m v ã o e teima

agora e m oferecer cargos e benesses aos líderes mossoroenses. Dizia anti-g a m e n t e o estrateanti-gista político dos M a i a , o ex-governador Tarcísio, q u e q u a n d o Lavoisier quisesse ter os Rosa-dos a o seu lado bastaria u m estalar d e d e d o s q u e eles viriam correndo. O s fatos estão aí para demonstrar q u a n t o era sem base o p e n s a m e n t o d o m e n t o r d o s M a i a .

A família R o s a d o descobriu, d e re-pente, q u e representa u m dos grupos mais fortes da política d o R i o G r a n d e d o Norte, c o m u m a tradição q u e se perde n o t e m p o e c o m u m a u n i d a d e de c o m a n d o q u e até hoje n e n h u m outro g r u p o possuiu. A liderança d a família se estende de Mossoró até mais d e u m a dezena de municípios d a z o n a Oeste, representando u m p a t r i m ô n i o eleitoral q u e p o d e ser e s t i m a d o e m mais d e setenta mil votos, o u seja, votos suficientes para decidir — n u m pleito majoritário — , q u e m g o v e r n a r á o Estado a partir de 15 d e m a r ç o de

1982.

N o s últimos anos, a família tinha p e r d i d o seu prestígio j u n t o a o g o v e r n o estadual, depois d e ter concorrido sem

DIXHUIT OU ALUÍZIO?

-Q u a n t o à irreversibilidade d o a c o r d o d e coexistência pacífica das d u a s

famí-lias n ã o h á mais o q u e discutir. Está

Dix-huit Rosado diz que não lutará pelo governo em 1982.

(9)

POLÍTICA

Aluízio Alves era um obstáculo

ao nome de Dix-huit para

governador. Continuará sendo?

Lavoisier Maia já perdeu

inteiramente o controle dos

acontecimentos políticos

sucesso p o r três vezes consecutivas, a o Palácio Potengi. E m 1 9 7 0 , 1 9 7 4 e 1 9 7 8 , c o m o n o m e de Dix-huit Rosa-d o , o g r u p o mossoroense a m b i c i o n o u o p o d e r , s e n d o p o r é m preterido p e l o sistema revolucionário q u e , d e Brasí-lia, a p o n t a v a o n o m e a ser eleito pela via indireta. Nas três o p o r t u n i d a d e s , e m b o r a Dix-huit estivesse b e m respal-d a respal-d o pelo a p o i o respal-d e importantes seto-res políticos locais, o seu n o m e s e m p r e chegava e m Brasília c o m o v e t a d o aluizismo, q u e o tinha n a conta d e u m radical dinartista. M a s a o veto d e Aluízio Alves sempre se s o m a v a m ou-tros, o q u e enfraquecia a i n d a mais as suas chances. O ex-governador Cor-tez Pereira, por e x e m p l o , lutou contra ele, o m e s m o s u c e d e n d o c o m o ex-g o v e r n a d o r Tarcísio M a i a , pois c a d a ü m tinha o seu p r ó p r i o c a n d i d a t o à sucessão.

QUEM RENUNCIA? — C a n s a d o

d e ter l u t a d o e m v ã o p e l o cargo; ma-g o a d o p o r causa de tantas traições d e o n d e ele m e n o s esperava, Dix-huit R o s a d o declara hoje q u e n ã o mais lutará p e l o g o v e r n o e q u e a sua m e t a política agora se restringe a g a n h a r

RN/ECONÔMICO - Setembro/1980 9

mais u m m a n d a t o .para a prefeitura d e Mossoró. Afastando-se h a b i l m e n t e d a disputa nesta fase; e x t e r n a n d o m e t a t ã o m o d e s t a para o seu nível; f a z e n d o a autocrítica d a c o n d u t a política q u e m a n t e v e até recentemente e esten-d e n esten-d o a m ã o aos aesten-dversários e inimi-gos de muitas c a m p a n h a s ; rejeitando os favores d o g o v e r n o estadual e pe-d i n pe-d o respeito, t u pe-d o faz crer q u e Dix-huit e sua família a r m a m para o futuro u m e s q u e m a q u e renderá m e l h o r e s frutos.

Dix-huit é o ú n i c o político o e s t a n o e m c o n d i ç õ e s de participar d a luta sucessória pela via direta,- n ã o só pela sua d e n s i d a d e eleitoral, m a s pela ca-p a c i d a d e intelectual e ca-pela larga exca-pe- expe-riência a c u m u l a d a n o exercício d e u m a vida pública rica d e m a n d a t o s e cargos. P o r é m ele reconhece e m Aluí-zio Alves u m c a n d i d a t o e m potencial, mais p o p u l a r e m e l h o r estruturado pa-ra concorrer a o governo. Assim, se os dois p a r t e m para u m a c o r d o político, pode-se concluir q u e u m d o s dois está r e n u n c i a n d o a o Palácio e m 8 2 . O difícil é saber q u e m . O s aluizistas tei-m a tei-m e tei-m confirtei-mar a c a n d i d a t u r a d o seu líder, q u e se já era t e m i d a pelos

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integrar os Rosados ao PDS. Não conseguiu, e talvez não

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d e m a i s partidos, agora c o m o a p o i o d o s R o s a d o fica imbatível. M a s as pes-soas mais vinculadas aos R o s a d o ju-ram q u e Aluízio preferirá eleger-se se-n a d o r , d a se-n d o vez a Dix-huit p a r a g o v e r n a d o r , r e p a r a n d o assim u m a "injustiça" c o m e t i d a contra o político mossoroense, principalmente pelos M a i a . N o S e n a d o , p o r sua vez, Aluízio teria o p o r t u n i d a d e d e despontar c o m o u m líder nacional, pelo seu talento político inegável e pelas suas ligações n a alta c ú p u l a d o país, além d e garan-tir n o R i o G r a n d e d o Norte posições-chaves através d o a c o r d o c o m Dix-huit, a q u e m daria a p o i o integral e m

1982. E dizem mais: "Aluízio já foi

tudo na política do Estado, menos senador. Não seria esta uma boa opor-tunidade para que ele completasse o seu currículo?"

Fica, pois, a d ú v i d a sobre Aluízio o u Dix-huit. Q u a l dos dois fará o sacrifí-cio?

MOSSORÓ UNIDA — Mossoró, a

m a i o r cidade d o interior d o Estado, sempre viveu n u m clima de animosi-d a animosi-d e política. A t é se falar n o a c o r animosi-d o Rosado-Alves, a cidade se dividia e m d u a s alas rivais. A divisão chegava a o requinte de n ã o permitir q u e n i n g u é m ousasse ficar neutro n o c a m p o partidá-rio, sob p e n a de receber a antipatia e o desprezo dos dois lados. A família R o s a d o e os seus seguidores t i n h a m seus próprios p o n t o s de encontro, aos quais n ã o se d a v a acesso aos adversá-rids. D o outro l a d o , a recíproca era verdadeira. Para q u e se faça u m a idéia d o p r o b l e m a , existiam bares e m

Mos-soró o n d e para se pedir u m a dose d e bebida era preciso declarar publica-m e n t e a preferência eleitoral.

O e n t e n d i m e n t o q u e se estabeleceu entre o aluizismo e o rosadismo mu-d o u os costumes mu-da cimu-damu-de: as pessoas ficaram mais alegres; e até o c o m é r c i o a c u s o u maior m o v i m e n t a ç ã o pois em-presários q u e n ã o se relacionavam c h e g a m hoje a realizar negócios e m sociedade. O clima agressivo q u e anti-g a m e n t e existia entre as duas facções foi substituído p o r elogios de parte a parte. U m fato p o r é m n ã o passa desa-percebido: o velho ó d i o q u e u m a fac-ç ã o nutria pela outra, c o m o q u e p o r a c o r d o geral, se transferiu para os atuais governantes d o Estado, o u seja, para a família M a i a , a q u e m Mossoró acusa de ter traído os R o s a d o e m 1 9 7 8 e de ter traído os Alves e m 1979. E Mossoró e m peso vibra de e m o ç ã o e c o n t e n t a m e n t o a c a d a vez q u e o d e p u t a d o Vingt R o s a d o p e d e respeito aos Maia, e a c a d a vez q u e u m m e m b r o d a família R o s a d o rejeita os convites d o governador Lavoisier Maia para integrar o secretariado.

DÚVIDAS DO ACORDO -

Dix-huit R o s a d o até agora n ã o se definiu por n e n h u m dos partidos políticos. Isto aliado a o fato de q u e o seu g r u p o convive hoje c o m o aluizismo, deixa os líderes d o P D S c o m a pulga atrás d a orelha. Existe o m e d o entre os ho-m e n s d o partido governista de q u e e ho-m

1 9 8 2 os R o s a d o sejam u m a dissidên-cia, o q u e infalivelmente significaria a derrota de u m c a n d i d a t o situacionista. Tarcísio M a i a , presidente d o P D S , n ã o

(11)

POLÍTICA

Nos velhos tempos do AI-5, os fatos políticos aconteciam

no alpendre da fazenda do ex-governador Tarcisio Maia.

Por exemplo: o veto ao nome de Dix-huit Rosado

para governador em 1978.

se cansa de afirmar q u a n d o v e m a o Estado q u e "o partido oficial unido

será imbatível". Mas Vingt R o s a d o ,

secretário-geral d o m e s m o P D S n o R i o G r a n d e d o Norte sempre diz q u e n ã o é b e m assim, e q u e "está muito

cedo para fazer prognósticos a respeito de uma eleição que só acontecerá daqui a dois a n o s " . E m t o d o caso,

perseguindo u m a u n i ã o a esta altura improvável dentro d o P D S , Tarcísio já admite q u e tem Maia d e m a i s n o go-verno, descarta o n o m e d o seu filho J o s é Agripino c o m o candidato a go-vernador e m 1982, e já d e t e r m i n o u q u e Lavoisier Maia faça u m a reforma d o secretariado c o m vista a dar postos importantes n o governo aos setores d o P D S q u e n ã o v i n h a m s e n d o levados e m consideração até b e m p o u c o . E fez mais Tarcísio: disse publicamente q u e considera Dix-huit u m b o m c a n d i d a t o pelo P D S a o governo. O p r o b l e m a é q u e os R o s a d o n ã o acreditam n o q u e v ê e m e n o q u e o u v e m dos governistas e dos Maia. Preferem esperar.

A P E L O D E FIGUEIREDO - O S e n a d o r Dinarte Mariz é n o m o m e n t o o político d o R i o G r a n d e d o Norte mais p r e o c u p a d o c o m os r u m o s esco-lhidos pelos R o s a d o . C o n h e c e d o r pro-f u n d o da política estadual, Dinarte sa-be q u e sem eles o P D S é u m barco furado, principalmente diante d a de-sastrosa administração d o g o v e r n a d o r Lavoisier Maia e d a inabilidade d e Tarcísio na presidência d o partido.

Dinarte Mariz ainda confia numa

última forma, e luta para

conseguir um alto posto

para Dix-huit no governo federal

Para tentar garantir a integração dos R o s a d o a o e s q u e m a situacionista, Di-narte Mariz só vislumbrou u m cami-n h o : trazer o Presidecami-nte da R e p ú b l i c a a Mossoró para q u e ele cobrasse d o g r u p o o seu p o s i c i o n a m e n t o n o parti-d o parti-d o g o v e r n o , naturalmente acenan-d o c o m a l g u m a v a n t a g e m política. R e a l m e n t e o Presidente Figueiredo veio recentemente a Mossoró unica-m e n t e c o unica-m esse objetivo, unica-m a s a via-g e m foi e m v ã o . Dix-huit a d o e c e u e "não c o m p a r e c e u aos locais p o r o n d e o

general esteve. J á de saída de Mosso-ró, Figueiredo n ã o se conteve diante da ausência de Dix-huit e p e r g u n t o u por ele a o próprio Dinarte, q u e tinha a o seu lado Tarcísio e Lavoisier. Di-narte e n t ã o d e u conta de q u e ele esta-va c o m u m ligeiro problema de s a ú d e . Foi q u a n d o o Presidente disse:

"Preci-samos de Dix-huit no PDS". E Dinarte

p r o n t a m e n t e c o m p l e t o u :7sfo está nas

mãos de Vossa Excelência".

Afirma-se q u e Dinarte Mariz tem fei to ver a o Presidente e aos líderes d o

P D S e m Brasília q u e sem os R o s a d o o partido d o governo n ã o p o d e pensar e m vitória n o R i o G r a n d e d o Norte. E tem tentado conseguir para Dix-huit R o s a d o u m cargo importante n o se-g u n d o escalão d o se-governo federal co-m o u co-m a forco-ma de coco-mproco-metê-lo c o m o sistema. Diz-se até q u e já esta-ria acertada a indicação dele para a S u p e r i n t e n d ê n c i a da S U D E N E , embo-ra o pembo-razo estipulado paembo-ra q u e isto acontecesse esteja defasado.

Por outro lado, o dinartismo t e m alertado a família R o s a d o para os peri-gos de u m a aliança c o m os Ajves, sempre a r g u m e n t a n d o q u e Aluízio Al-ves n u n c a p r i m o u pela ética n e m pela lealdade n o seu relacionamento c o m os d e m a i s políticos d o Estado q u e já estiveram a o seu lado. Diz mais o dinartismo q u e o aluizismo n ã o deixa-rá de manter e n t e n d i m e n t o s c o m a família Maia — hoje transformada n o adversário n ú m e r o u m dos R o s a d o — , pelos imensos favores recebidos nos governos de Tarcísio e Lavoisier, favores n ã o só de o r d e m política, m a s empresariais e financeiros.

Diante dessa conjuntura c o m p l e x a , os dinartistas a i n d a a l i m e n t a m algu-m a s d ú v i d a s sobre a c o n c l u s ã o d o a c o r d o Rosado-Alves, principalmente se se conseguir a n o m e a ç ã o de Dix-huit para u m alto posto federal. O s aluizistas, p o r é m , n ã o v ê e m motivos para q u e a aliança n ã o se estabeleça de f o r m a mais a m p l a e assinalam e m conversas reservadas q u e a u n i ã o Al-ves-Rosado já recebeu o " n i h i l obstat" d o Planalto, até p o r q u e o P P é hoje a c h a m a d a " o p o s i ç ã o confiável", cuja vitória eleitoral e m 1 9 8 2 é vista c o m

simpatia e interesse p o r d e t e r m i n a d a s alas d a revolução.

(12)

POLÍTICA

DIX-HUIT ROSADO

FALA SOBRE POLÍTICA

Entrevista concedida a MARCOS AURÉLIO DE SÄ e MARCELO FERNANDES

A entrevista a seguir reproduz com fidelidade o pensamento

de Dix-huit Rosado a respeito do momento político estadual

e nacional. Durante muitas horas de conversação, ele não

deixou nenhuma pergunta sem resposta. Ele reconhece a

falta de capacidade das lideranças do PDS e o despreparo do

governador Lavoisier Maia, e anseia por eleições diretas.

RN/ECONÔMICO - Existe um acordo político entre a família Rosadc e o ex-governador Aluízio Alues com vistas às eleições de 1982?

Dix-huit Rosado — N ã o existe este

acordo. N ã o t e m o s sequer u m pacto. O q u e existe é o e n t e n d i m e n t o tácito de q u e n ã o d e v e m o s continuar inimi-gos. A c h o q u e t o d o o R i o G r a n d e d o Norte se beneficia c o m este clima de pacificação. Mossoró, por e x e m p l o , é hoje u m a cidade tranquila.

RN/ECONÔMICO - O entendi-mento dos Rosado com Aluízio é uma resposta a Tarcísio e Lavoisier Maia?

Dix-huit Rosado — M e s m o q u e n ã o

quiséssemos, a convivência q u e hoje t e m o s c o m o ex-governador Aluízio Alves traria e m seu bojo u m a resposta aos Maia. D a parte de Aluízio, n ã o estou convencido! Mas é u m a n o v a trilha q u e ele escolheu para chegar a o g o v e r n o e m 1982, o u para indicar u m governante capaz d e realizar as aspira-ções de progresso d o Estado.

RN/ECONÔMICO — Você acredi-ta na uolacredi-ta de Aluízio Alves ao Palácio Potengi?

Dix-huit Rosado — A d m i t o , pela

i n c a p a c i d a d e até agora revelada pelas lideranças d o Partido D e m o c r á t i c o Social.

RN/ECONÕMICO — Você foi por

três vezes candidato ao governo do Rio Grande do Norte e o seu nome

12

e foi vetado. Você guarda mâ-• .as disto?

Dix-huit Rosado — N i n g u é m p o d e

ficar satisfeito c o m a derrota, n e m e m j o g o de castanha! Mas n ã o guardei ó d i o de n i n g u é m , e m b o r a as armas q u e usaram contra m i m n ã o t e n h a m sido as armas tradicionais d o respeito democrático. Nas d u a s primeiras vezes e m q u e disputei o g o v e r n o , pelo me-nos h o u v e embate. N a última, eu sim-plesmente fui traído. Ê verdade q u e toda ferida deixa u m a cicatriz, m a s m e s m o assim isto n ã o m e m o v e mais n e n h u m espírito de vingança o u de revanchismo.

RN/ECONÔMICO - Você consi-dera Tarcísio Maia um líder político no Estado?

Dix-huit Rosado — O c u p a n d o o

governo, t o d o m u n d o é lider!

RN/ECONÕMICO - O que tem a dizer sobre o governo de Tarcísio Maia?

Dix-huit Rosado — R e c o n h e ç o q u e

ele realizou a l g u m a s aspirações da re-gião Oeste d o Estado. P o r é m esque-ceu outras tantas.

RN/ECONÕMICO — E sobre o governo atual?

Dix-huit Rosado — Infelizmente, o

R i o G r a n d e d o Norte n ã o está b e m g o v e r n a d o . Lavoisier Maia p o d e ter m u i t o b o a v o n t a d e , m a s estava des-p r e des-p a r a d o des-para o cargo q u e o c u des-p a .

RN/ECONÕMICO - Você discuti-ria a hipótese da candidatura do filho de Tarcísio, José Agripino Maia, ao governo em 82?

Dix-huit Rosado — Eu a c h o q u e

chega! É muito Maia para o R i o Gran de d o Norte.

RN/ECONÕMICO — Por que vo-cê ainda não se filiou ao PDS?

Dix-huit Rosado — S i m p l e s m e n t e

p o r q u e eu n ã o m e sinto obrigado a esta filiação. Afinal, eu n ã o exerço n e n h u m cargo o u f u n ç ã o pública q u e m e condicione a participar d a política partidária. D e m o d o q u e a m i n h a ins-crição a o P D S n ã o teria n e n h u m pro-pósito. S ó m e filiarei a u m partido q u a n d o este ato tiver u m significado.

RN/ECONÕMICO - Sua ausên-cia do PDS e o seu convívio político com o ex-governador Aluízio Alves alteram o relacionamento que a famí-lia Rosado sempre teve com o senador Dinarte Mariz?

Dix-huit Rosado — A b s o l u t a m e n t e

n ã o alteram n a d a . E m n e n h u m instan-te, as nossas ligações c o m o senador Dinarte Mariz f o r a m diminuídas. Di-narte tem u m lugar especial n o círculo dos bons amigos d a nossa família. O fato de estarmos hoje e m contato c o m Aluízio Alves n ã o quer dizer q u e este-j a m o s relegando o u d i m i n u i n d o a ami-zade e o ó t i m o r e l a c i o n a m e n t o c o m o senador Dinarte Mariz. R e c o n h e ç o , p o r é m , q u e este fato fez c o m q u e Dinarte redobrasse os seus esforços para ter todos os R o s a d o s n o P D S .

RN/ECONÕMICO - Cite um bom candidato ao governo do Estado em

82.

Dix-huit Rosado — Entre os

políti-cos d o R i o G r a n d e d o Norte n ó s pode-ríamos citar muitos n o m e s de b o m nível. Mas é preciso q u e c a d a u m revele aptidões para conquistar a can-didatura.

RN/ECONÕMICO - Você é a fa-vor das eleições indiretas?

(13)

POLÍTICA

A PIONEIRA

DA REGIÃO

OESTANA

Dix-huit Rosado — N ã o . A eleição

indireta é u m absurdo d o regime. S e m p r e preferi disputar as eleições diretas e vencí-as.

RN/ECONÕMICO — E por que você pleiteou por três vezes o governo do Estado pela via indireta?

Dix-huit Rosado — P o r q u e n ã o

e-xistia outro c a m i n h o ! E eu desejava alcançar o g o v e r n o para p o d e r realizar u m p r o g r a m a administrativo q u e ele-vasse socialmente o R i o G r a n d e d o Norte, m e l h o r a n d o as c o n d i ç õ e s d e vida d o p o v o e d i n a m i z a n d o as ativi-dades produtivas. Eu g a n h a r a expe-riência a o longo d a m i n h a vida pública q u e m e permitia imaginar b o n s resul-tados para a a t u a ç ã o q u e eu viesse a ter n o g o v e r n o d o Estado. Q u a n d o fui presidente d o I N D A , e m b o r a aquele fosse u m ó r g ã o praticamente desco-n h e c i d o desco-n o país, fiz u m a r e v o l u ç ã o desco-n o m e i o rural brasileiro, l e v a n d o a eletri-ficação às fazendas, e m quase todos os Estados. Procurei fazer m u i t o pelo R i o G r a n d e d o Norte, a p o n t o de m e criticarem por isto. E eu dizia a p e n a s o seguinte: q u e m n ã o faz u m p o u c o mais pela sua terra, n ã o fará n a d a pela terra de n i n g u é m !

RN/ECONÔMICO - É verdade que para atraí-lo para o PDS, o governo federal teria lhe consultado sobre o seu interesse em ocupar a Superintendência da SUDENE?

Dix-huit Rosado — N ã o recebi

ne-n h u m cone-nvite e ne-n e m acredito ne-na mi-n h a imi-ndicação para a S U D E N E .

RN/ECONÔMICO - Por que a atuação política da família Rosado fica sempre restrita à zona Oeste do Esta-do?

Dix-huit Rosado — O s R o s a d o t ê m

se restringido m u i t o a atuar n o Oeste conscientes de q u e a dispersão da atividade política por outras regiões d o Estado talvez dimii uísse o sentido da nossa liderança.

RN/ECONÔMICO - O que você considera sua maior realização como homem público?

Dix-huit Rosado — S e m d ú v i d a , a

m i n h a grande obra foi a criação d a Escola Superior d e Agricultura de Mossoró. N a é p o c a e m q u e eu a criei, e m t o d a a zona Oeste d o Estado exis-tiam a p e n a s 2 engenheiros-agrôno-m o s , u engenheiros-agrôno-m a p o s e n t a d o e o outro traba-l h a n d o e m atividade atraba-lheia à profis-são. H o j e , c o n t a m o s c o m mais de 150 a g r ô n o m o s t r a b a l h a n d o e m favor d o desenvolvimento d o m e i o rural e m nossa região. m

A eleição indireta é

/

um absurdo

do regime.

RN/ECONÔMICO - Você acha que está na hora da abertura?

Dix-huit Rosado — N a m i n h a

opi-n i ã o , a abertura democrática opi-n ã o po-dia tardar n e m mais u m m i n u t o n o país. Estamos n u m a é p o c a e m q u e até o regime comunista está abrindo.

RN/ECONÕMICO — Faça rápidos comentários sobre os seguintes no-mes: Dinarte Mariz, Aluízio Alves, Tar-císio Maia, Geraldo José de Melo, Diógenes da Cunha Lima, Fernando Bezerra, Carlos Alberto, João Fausti-no, Antônio Florêncio, Radir Pereira, Lavoisier Maia, Nevaldo Rocha, Cor-tez Pereira.

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RN/ECONÔMICO - Setembro/1980 13

(14)

POLÍTICA

de políticos principia, c o m m u i t a justi-ça, pelo senador Dinarte Mariz, m e u ilustre e q u e r i d o a m i g o q u e t e m a mais expressiva folha d e serviços prestados a sua terra e, por isso merece o respei-to e o a p l a u s o p e r m a n e n t e de seus conterrâneos.

N e v a l d o R o c h a é u m empresário p l e n a m e n t e vitorioso e t e m na m i n h a querida Mossoró sinais vivos de sua c a p a c i d a d e . Sei q u e ele é avesso à política m a s n ã o acredito q u e se fôr c o n v o c a d o , para q u a l q u e r posto, pos-sa resignar.

Sobre Cortez Pereira, posso afirmar q u e vezes discordei dos r u m o s traça-dos na sua administração. Mas quan-d o ele e m p r e e n quan-d e u , n o c a m p o agro-n ô m i c o , a arraagro-ncada dos projetos ru-rais, eu o a p l a u d i c o m entusiasmo. N o m e u coração t a m b é m tem terra.

G e r a l d o J o s é d e M e l o é c o m o u m a p e ç a i m a n t a d a : atrai t u d o q u e dele se a p r o x i m a . Causeur brilhante, argu-m e n t a d o r excepcional e orador con-vincente, vai longe na sua destinação política, assim c o m o delineou o s seus a z i m u t e s e m p r e s a r i a i s .

F e r n a n d o Bezerra é u m j o v e m em-presário q u e q u a s e nos assusta p e l o brilho c o m q u e apareceu n o proscênio e c o n ô m i c o , político e social de sua terra.

O j o v e m d e p u t a d o J o ã o Faustino c o n v o c o u a a d m i r a ç ã o eleitoral d o R i o G r a n d e d o Norte pelo eficiente traba-l h o reatraba-lizado na Secretaria de Educa-ç ã o . Será, n o futuro, p o n t o de refe-rência na r e n o v a ç ã o dos nossos qua-dros políticos.

D i ó g e n e s d a C u n h a L i m a é u m h o m e m inteligente e culto, c o m m u i t a disposição p a r a a luta. N ã o d e m o r a r á a ser c o n v o c a d o para o Coliseu de nos-sa política partidária.

A n t ô n i o Florêncio: t e n h o sempre m e u a p l a u s o para ele, q u a n d o defen-d e os p r o b l e m a s defen-d a área salineira defen-d o Estado.

Eu coloco Radir Pereira n o elenco dos empresários vitoriosos, e o t e n h o n a conta de u m b o m político. T e n h o c o m ele afinidades especiais. Modera-d o e valorozo, p o Modera-d e a i n Modera-d a servir m u i t o a sua terra.

Aluízio Alves: eu q u e o c o m b a t i a o l o n g o de 2 0 a n o s , deliberei, agora, discutir c o m ele n o v a s fórmulas, o l h a n d o as armas já depostas nas panóplias, e decidimos só r e e m p u n h á -las para defender os altos interesses de nosso sofrido c h ã o , l a r g a n d o para trás u m a esteira d e erros e desacertos.

A m o c i d a d e d e Carlos Alberto em-presta-lhe a força de sua combativida-de. Excelente c o m u n i c a d o r , t e m todas as chances na política potiguar.

Q u a n t o aos n o m e s dos doutores Lavoisier e Tarcísio M a i a desejaria ca-talogá-los na m e s m a c h a v e , eis q u e , p o r muitos motivos, deles afastados, poderia, p o r u m a q u e s t ã o de

ressen-RN/ECONÕM1CO — É favorável a uma política de incentivos fiscais ao empresariado do RN? Que tipo de incentivos?

Dix-huit Rosado — S o u favorável a

u m a política de incentivos fiscais c o m o sentido de atrair investimentos, pio-neiros o u n ã o , p a r a a t e n u a r as dispa-ridades q u e já p e r c e b e m o s n o próprio Nordeste, o n d e alguns Estados se adiantaram f a z e n d o vista grossa para d e t e r m i n a d a s exigências legais visan-d o a convocar o empresariavisan-do. N ã o é justo pensar-se q u e u m a isenção

in-timentos, macular o j u l g a m e n t o q u e viesse a pronunciar.

RN/ECONÔMICO - Qual é a sua próxima meta política?

Dix-huit Rosado — Disputar a

elei-ç ã o direta para prefeito de Mossoró.

RN/EÇONÕMICO - Você desis-tiu de se candidatar ao governo do Estado?

Dix-huit Rosado — Nas condições

atuais, eu n ã o aceito disputar o gover-no!

RN/ECONÔMICO - O que você diria se alguém alegasse que você, que em 82 estará com 70 anos de idade, é muito velho para governar o Estado?

Dix-huit Rosado — Eu diria q u e

acredito m u i t o nos velhos; q u e a ge-rontofobia n ã o m e assusta e n ã o m e intimida. Afinal, eu vejo os velhos c o m a n d a n d o o m u n d o !

centivadora d á prejuízo p o r q u e é jul-gar sobre cousa inexistente. U m a in-dústria q u e n ã o se fixou n ã o dará prejuízo, m a s n u n c a p o d e r á d á lucro.

RN/ECONÔMICO - Acredita que a SUDENE, depois de tantos anos e de ter sido desvirtuada da sua missão original, ainda tem meios de promover o desenvolvimento do Nordeste? Ou seria melhor que, em vez de órgãos de apoio à região, o governo federal criasse apenas um mecanismo legal que tornasse vantajoso para o empre-sário investir em nosso meio?

DIX-HUIT DIZ O QUE

PENSA SOBRE A ECONOMIA

No trecho seguinte, Dix-huit Rosado fala sobre os problemas

sociais e econômicos do Rio Grande do Norte e se posiciona

diante deles.

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POLÍTICA

Dix-huit Rosado - A S U D E N E ,

apesar de suas múltiplas crises, d a defasagem de várias de suas áreas operacionais, continua u m o r g a n i s m o capaz de realizar as tarefas q u e lhe c o m p e t i a m , a t e n u a n d o os desníveis entre regiões n u m a expressão global e, principalmente, criando instrumen-tos capazes de admitirem a nossa mas-sa rurícola conviver c o m a meteorolo-gia nordestina. As atividades agrícolas d e v e m ser estimuladas, a t o d o custo, sem diminuir o interesse pelo setor industrial. A i n o v a ç ã o , trazendo outras fórmulas, n ã o melhorará o p a n o r a m a . D e v e m o s e m e n d a r o u reparar as es-truturas q u e já f u n c i o n a m e o n d e é mais fácil localizar falhas o u erros.

RN/ECONÔMICO - Acredita no sucesso da agricultura e da pecuária no semi-árido, ou a prestação de servi-ços e a industrialização são alternativas melhores para 'um Estado como o nosso?

Dix-huit Rosado — N o universo d o

agro nordestino, p o d e r í a m o s encon-trar soluções através d o " D r y F a r m i n g " o u da agricultura ecológica, cujo p a p a n o Brasil, o mineiro G u i m a r ã e s Du-q u e , d e u as mais extraordinárias lições baseadas e m 4 0 a n o s de estudos e experiências e a o seu l a d o Pimentel G o m e s f a z e n d o o r o m a n c e d o semi-árido. A tecnologia d a irrigação, cada dia mais a p r i m o r a d a o u sofisticada, poderia ser o m é t o d o redentor, se conseguisse superar os obstáculos e, principalmente, os preços d e i n s u m o s e materiais. A d r e n a g e m é sua com-p a n h e i r a insecom-parável com-p a r a com-preservar o "status" físico-químico original d o so-lo. Estamos nos d e s s e d e n t a n d o nas fontes generosas da experiência israe-lense, australiana o u a m e r i c a n a asso-ciando-a à válida sabedoria agronômi-ca d o Brasil. N ã o é possível falar e m irrigação — difícil e onerosa — sem a b o r d a r m o s o p r o b l e m a energético, eis q u e a a d u ç ã o gravitária, s o l u ç ã o ideal, é restrita. O g o v e r n o , nos seus vários níveis, n u n c a aceitou fornecer energia elétrica n o Nordeste pelo pre-ç o d o custo, m e s m o q u e n ã o fosse n a hora d o p i q u e , a d o t a n d o relógios es-peciais. A s nossas culturas n ã o t ê m rentabilidade para suportar as tarifas

d o D N A E E . O s tradicionais sistemas de infiltração, i n u n d a ç ã o o u aspersão exigem elevados valores energéticos, impossibilitando o seu u s o generaliza-d o . O atual g o t e j a m e n t o ó t i m o , e m certos casos, necessita vultuoso inves-timento inicial. A pecuária n o Nordes-te será sempre a atividade mais com-p e n s a d o r a . O q u e com-precisamos é dar-lhe condições ambientais m e l h o r a d a s e, na questão d o a r r a ç o a m e n t o , utili-zar c o m intensidade a técnica milenar d a ensilagem, a o l a d o d a f e n a ç ã o , e emprestar aos p r o g r a m a s agrostológi-cos a n o v a m e t o d o l o g i a Voisin. A prestação de serviços e a industrializa-ç ã o serão sempre u m reforindustrializa-ço o u u m a alternativa. N a indústria, d e v e m o s preferir aquelas q u e c o n v o q u e m a b u n d a n t e mão-de-obra.

O sistema tributário

nacional discrimina

o Nordeste.

RN/ECONÕMICO — Cidades co-mo Natal e Mossoró, que crescem acelerada e desordenadamente, não

estariam caminhando para uma crise social, na hora em que se amplia o problema do desemprego?

Dix-huit Rosado — J á pressentimos

n o horizonte os primeiros c ú m u l o s d a tempestade p r ó x i m a . A s d u a s cidades n u n c a terão, na m e d i d a d o necessá-rio, os serviços básicos de

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POLÍTICA

to, s a ú d e e transporte. A s p o p u l a ç õ e s p e r m a n e c e r ã o aflitas. A energização d o c a m p o dará melhores condições d e vida e lazer, atraindo o h o m e m a o invés d e m a n d á - l o para tontear c o m o mariposa inquieta nas luminárias e n o artificialismo das grandes cidades. O d e s e m p r e g o será e n d ê m i c o e dificil-m e n t e erradicado; o esforço é para atenuá-lo. O s nossos laboratórios so-ciais jamais p r o d u z i r ã o a vacina salva-dora.

RN/ECONÔMICO - £ justo o go-verno federal dar dinheiro ao povo da zona seca num momento de emer-gência, como vem acontecendo nos últimos dois anos?

Dix-huit Rosado — Nesta fase

e-mergencial n ã o caberia outra solução. A burocracia atalharia todas as medi-das. Q u a n d o a a j u d a chegasse n ã o teria mais a q u e m atender. Isso n ã o significa q u e o m é t o d o é certo.

RN/ECONÕMICO - Até que ponto deve ir a intervenção do poder público na economia?

Dix-huit Rosado — A d m i t o o P o d e r

Público intervindo e m d e t e r m i n a d o s setores da e c o n o m i a o n d e a atividade privada, pelos riscos e incertezas, n ã o possa se aventurar e seja imperativa a solução pelas exigências d a sociedade.

RN/ECONÕMICO - A "abertura" política pode ser apontada como um agravante da crise econômica que o país atravessa?

Dix-huit Rosado — N ã o . A abertura

política é c o m o a válvula de P a p i n ; drena as pressões explosivas.

RN/ECONÔMICO - O que está errado na política econômica levada a efeito pelo governo federal, que não consegue combater a inflação e tantos outros problemas do setor?

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Dix-huit Rosado — N ã o julgo erra-da a política e c o n ô m i c a d o g o v e r n o e, por m i m , m e s m o c o m o sofrimento i m p o s t o a o p o v o brasileiro, eu aconse-lharia permanecer c o m o m e s m o mé-dico e a m e s m a terapêutica. Trocar de m é d i c o e de r e m é d i o de vez e m quan-d o , n ã o beneficia o quan-d o e n t e .

RN/ECONÔMICO - Tem algo

contra a presença de técnicos nos car-gos de comando político e administra-tivo?

Dix-huit Rosado — O s políticos

n u n c a p o d e r ã o dispensar, p o r inteiro, os técnicos e m d e t e r m i n a d o s p o n t o s estratégicos d a administração. D e v e haver u m a c o n g e m i n a ç ã o de esforços dos dois grupos e m favor das soluções lembradas por uns e executadas p o r outros.

RN/ECONÔMICO - O Nordeste

é vítima de injustiças fiscais, por conta do atual sistema tributário brasileiro?

Dix-huit Rosado — É da história

nordestina vender barato para com-prar caro. O sistema tributário nacional discrimina o Nordeste e, através dos seus vários m e c a n i s m o s , exaure os nossos parcos recursos e m favor d e u n i d a d e s federativas d o S u l .

RN/ECONÔMICO - Onde estão

as grandes oportunidades econômicas no Rio Grande do Norte? Sem o capi-tal estrangeiro, nós podemos explorá-las?

Dix-huit Rosado — A s grandes

o p o r t u n i d a d e s estão n o solo e n o sub-solo. N o solo através d a tecnologia q u e d i m i n u a os efeitos das secas o u a instabilidade de nossa meteorologia. N o sub-solo pelos minerais: calcário, scheelita, gipsita, berilo, ferro, argila, c a u l i m , diatomita, cassiterita, s e n d o q u e n o c a m p o d o s minerais o cloreto d e s ó d i o é o de potencialidades j n a i s notáveis pelos p r o d u t o s q u e dele po-d e m ser gerapo-dos (barrilha, s o po-d a cáusti-ca) e depois o a p r o v e i t a m e n t o das á g u a s m ã e s , s o n h o centenário.

D a n d o u m sentido cooperativo a o nosso esforço, p o d e r e m o s rejeitar o capital estrangeiro.

Referências

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