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Conexões artísticas: repensando os espaços vazios do CEART

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CONEXÕES ARTÍSTICAS:

repensando os (espaços) vazios do CEART

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Trabalho de Conclusão de Curso - Departamento de Arquitetura e Urbanismo - UFSC - 2016.1 - Por Camila Wiggers de Andrade - Orientador: Rodrigo Gonçalves - Março/2016

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SUMÁRIO

3 INTRODUÇÃO

4 JUSTIFICATIVA

5 OBJETIVOS

Objetivo Geral Objetivos Específicos

6 REFLEXÕES

6 O Espaço Educacional

8 A Criatividade e o Ensino da Arte no Cenário Pedagógico

10 Os Significados do Ambiente e Suas Percepções

12 O LUGAR

12 Escolha 13 Área do projeto 14 História

15 ANÁLISE DO LUGAR

15 Mapeamento 16 Plano Diretor 17 Entorno

18 PROPOSTA

18 Demolições 19 Proposta de Requalificação 20 Projeto inserido no local 21 O projeto 22 Peculiaridades do projeto 24 Estação 02 26 Estação 03 28 Estação 01 31 Referências bibliográficas

1

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INTRODUÇÃO

A preocupação com a melhoria do ambiente de ensino está relacionada com a busca da socie-dade pela educação como esperança de atingir um futuro melhor para os subsequentes. Espaços adequados para o desenvolvimento das atividades propostas pelo plano de ensino são primor-diais para a qualificação dos alunos, e é nesse ponto que o CEART UDESC deixa a desejar. A deficiência desse espaço que promova a convivência de que sentimos tanta falta nos Campus de ensino nos dias de hoje, nos instiga a projetar além do que vivenciamos diariamente.

Um novo parque universitário é o que vai se suceder com a requalificação do ambiente, hoje desestruturado, do Centro das Artes da Universidade Estadual de Santa Catarina. Com a intenção de trazer melhorias para dentro do Campus, propomos mudanças para os espaços dos cursos com intervenções na sua infra estrutura a fim de proporcionar bons espaços de per-manência e convivência.

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JUSTIFICATIVA

Com o passar dos anos, a necessidade de atualizações dos espaços arquitetônicos decor-rentes de ampliações e de novas demandas, desencadearam na construção de novos elementos impensados no Centro das Artes, que refletiram no modo que a comunidade acadêmica utiliza esses equipamentos.

Alunos que entram e saem dos seus centros de ensino exclusivamente para assistir as au-las refletem a precariedade do conjunto arquitetônico que forma o Centro das artes no bairro Itacorubi. Percebemos poucas áreas de permanência que a faculdade deveria proporcionar para o aluno, como bibliotecas, áreas de estudo, áreas de convivência, auditórios, salas de in-formática, ateliers de desenho, entre outros.

Para que o ensino se realize com propriedade, deve haver trocas entre os envolvidos nos processos de aprendizagem, o que é possível desde que a Universidade ofereça bons espaços de convivência e de permanência, o que não acontece atualmente.

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OBJETIVOS

Objetivo Geral

O objetivo geral desse trabalho propõe intervenções que qualifiquem o Centro das Artes da Universidade Estadual de Santa Catarina como um todo, envolver seus espaços que vão além das salas de aula, valorizá-los e promover uma relação de integração do processo de ensino com o ambiente oferecido.

Objetivos Específicos

Entre os objetivos específicos destacam-se: repensar o espaço educacional em função de con-tribuir para um método de ensino mais adequado; a integração entre os diferentes usuários e as diferentes formas de uso de um ambiente; a reflexão do estímulo por um pensamento crítico dentro das salas de aula e a liberdade da criatividade desenvolvida pelos alunos; incenti-var a educação por uma contribuição maior da arte nos nossos centros de ensino; promover a utilização do espaço público pela comunidade; os significados do ambiente, ou a falta dele; incentivar as diferentes percepções que o indivíduo pode ter em um ambiente; e por fim re-qualificar o espaço público descaracterizado do Centro das Artes da UDESC.

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REFLEXÕES

O Espaço Educacional

Estudos pedagógicos desde o início do século XX, questionam o espaço em que se educa e mostram que ao ar livre, em uma praça ou no parque, aprende-se espontaneamente, então porque não explorar esses outros espaços que não são necessariamente desenhados para a atividade do ensinar e do aprender?

Questinamentos dessa naturezam suscitam a busca a busca de novos desenhos para o espaço escolar de modo que facilite o aprendizado. Pensar além das salas de aula, em ambientes ao ar livre contribuem com o desenvolvimento da criatividade e do aprendizado, e abandonem a f maçante forma de pensar a educação. Procurar analizar a flexibilidade que as salas de aula possam oferecer, e utilizar dessas ferramentas para a criação de um ambiente permeável que contribua para formar o aluno e fortalecer a liberdade que cada um tem de desenvolver a sua forma de criar dando vazão à sua identidade e fortalecendo sua personalidade.

Dar maior flexibilidade às salas de aula e promover transparência espacial são os gran-des estruturadores de novos pensamentos que tentam se adequar a estes novos métodos de ensio contemporâneos. Proporcionar novas tipologias de aprendizado juntamente com o desenvolvi-mento de uma arquitetura inovadora é o que pouco percebemos nas nossas escolas brasileiras, que insistem em conservar o ensino e como reflexo, a forma física em que eles se apresentam. Os espaços educacionais requerem a relação com a natureza, a integração entre os espaços abertos e fechados e a fluidez que como isso se dá. Um caminho para a formação dos homens, conforme propõe Lina Bo Bardi:

"COMECEMOS PELAS ESCOLAS, SE ALGUMA COISA DEvE SER FEITA PARA 'REFORMAR'

OS HOMEnS, A PRIMEIRA COISA é 'FORMÁ-LOS'."

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Ao promover e possibilitar o desenvolvimento da criatividade do estudante em ambientes mais afetuosos, onde sentindo-se à vontade com sensação de liberdade, seu processo de cria-ção será traduzido em resultados positivos e de qualidade.

As escolas vêm de uma história em que a “caixa da sala de aula” apenas influencia os alunos à serem cada vez mais pragmáticos e bloqueia a criatividade que pode ser explorada em ambientes mais afetuosos, onde o aluno pode se sentir mais a vontade e ter a sensação de liberdade que reflete num produto de criação que explora todos os sentidos e torna-se mais interessante. Resulta assim, num produto final repleto dessas sensações que vivenciamos no decorrer dos processos de criação e de aprendizagem. Este é o resultado do valor arquitetô-nico influenciando positivamente na pedagogia educativa.

Muito importante para um espaço educacional de qualidade é transmitir em seu valor arquitetônico as relações sociais em seu ambiente de ensino, desde os espaços das “caixas de aulas” até, principalmente, em seus espaços de convívio diário. Oferecer aos alunos opções que possibilitam em seu uso diferentes atividades e intensivar as relações humanas dentro do Campus para que a vida universitária seja mais produtiva.

Trazer a comunidade para dentro do campus é outro fator importante para que tenhamos um espaço que propicie trocas entre a comunidade e os estudantes. Promover o uso do espaço da universidade para a comunidade beneficia os universitários, manter seus espaços movimentados e trazer uma sensação um pouco familiar, além de estimular a comunidade a participar daquele espaço e usufruir dele como um bem público que a cidade oferece. Fazer com que os usuários sintam-se convidados a estar dentro do Campus; romper o bloqueio que muros criam, e abrin-do-os para uma espécie de parque é um estímulo para o uso público. Este ponto nos permite criar espaços ricos em diversas perspectivas e explorar os benefícios dos mesmos com o uso de distintos cotidianos.

Locais abertos ao uso de muitas pessoas, são locais repletos de significados e tornam-se áreas seguras, onde os usuários sentem-se acolhidos e respeitados em relação ao ambiente. Em uma universidade é primordial que estes ambientes demonstrem o tipo de uso a ser explorado. Então, transmitir na forma arquitetônica qual o tipo de atividade que está sendo desenvol-vida é importante para que o usuário entenda que aquele deve ser um lugar que transmita uma energia silenciosa ou transmita a sensação de estar em uma zona de convivência.

A essência do Campus de ensino deve ser acolhedora, um ambiente que proporcione senti-mentos relacionados com a aprendizagem e com a troca de informação, e a presença da arte é primordial para que este ambiente possa se configurar como tal.

Quando nos referimos a um espaço para artistas, devemos promover possibilidades para que os espaços possam ser ocupados e transformados pelos usuários. Procurar projetar espaços flexíveis que permitam tranformações no decorrer das ocupações é uma condicionante para a boa resolução do projeto.

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A Criatividade e o Ensino da Arte no Cenário Pedagógico

A criatividade no cenário pedagógico é muitas vezes esquecida por discentes e docentes nos processos de aprendizagem. nota-se que os professores estão acostumados a repassar ape-nas a informação que lhes é conhecida, deixando de ensinar ao aluno o outro lado da inteli-gência, a de criticar, refletir, transformar, explorar e criar, incorporando as ferramentas oferecidas pelo informativo e gerando pensamentos críticos em relação ao que lhes é exposto.

Atualmente as Universidades são regidas pela pressa e pelas facilidades a que os alu-nos estão expostos, resultando na reprodução de modelos e esquemas já previstos e tornan-do-os reféns desses. Pouco há sobre a crítica interna e o pensar, aspectos tão importantes e valorizados na formação do indivíduo na sua fase acadêmica, aquela livre e que propicia a criação de ideias e a formação de seus métodos de pensar.

Pouco tempo sobra para a reflexão e para o desenvolver de um pensamento crítico e cria-tivo baseado em suas prórias concepções, o que deveria fortalecer o despertar da criativi-dade, acaba por inibir muitas ideias, que neste momento, seriam de extrema importância para o crescimento e o fortalecimento da natureza de cada um.

Assim, o conhecimento pela forma de educar torna-se necessário, pois só deste modo pode-mos melhorar as técnicas de ensino refletindo em uma aprendizagem que desperte sentimentos e termine com esse espaço ditador que as escolas foram se tornando transmitindo disputa, insa-tisfação e medo entre os alunos. Os métodos de se ensinar devem estar atualizados e coeren-tes com as tecnologias do seu tempo, explorar as novas ferramentas de ensino, que envolvem a aprendizagem interativa e colaborativa, a presença virtual, o ensino à distância, entre outros que poderiam, sim, ajudar em uma melhor disseminação da informação, no entanto, não deixar que esses novos métodos tomem conta do cenário e tornem o ensino um tanto racional, utilizá-los a favor das aulas expositivas para uma contribuição da liberdade de pensamento e a exploração da reflexão crítica e construtiva dos alunos.

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vivenciar experiências artísticas nos permite desenvolver visões para a compreensão do mundo, aprimorar sensibilidades e construir nossos próprios pensamentos inspirados no po-der artístico. Este que auxilia na ampliação de novas perspectivas e nos permite viajar num pensamento interior, desta forma, construir nossas próprias personalidades.

A educação através da arte nos instiga a imaginar e criar diferentes possibilidades ex-plorando diversos caminhos de como chegar em um resultado final mais abrangente e mais per-missivo, longe dos ensinamentos relacionados a educação que estamos acostumados a vivenciar e que na maioria das vezes bloqueiam a nossa imaginação.

O medo de errar é o que mais nos bloqueia a expor nossos pensamentos e nossas atitudes, e quando chegam no ensino superior muitos adultos já se acostumaram com esse fato de esta-rem bloqueados, por consequência impossibilitam suas criações e na maioria das vezes deixam de expô-las, perdendo grandes chances de explorarem seu lado criativo, logo, tornamos-nos indivíduos desprovidos dessa arte; somos ensinados a isso.

Percebemos noa atualidade uma maior valorização do ensino da arte nas escolas de base e posteriormente nas universidades. A arte sendo valorizada dentro das escolas, principalmente no ensino superior, quando o indivíduo já tomou sua decisão de ser artista e enfrentou todos os pré conceitos decorrentes das relações sociais e/ou familiares. Aos poucos percebemos esse movimento de aceitação ganhar força e crescer, discretamente no cenário pedagógico, e as disciplinas de arte sendo valorizadas. A pedagogia do ensino básico está evoluindo.

Assim como os ensinos de base precisam evoluir, as universidades também têm que mudar. Mudamos nossa forma de viver, mudamos nossas perspectivas a todo instante, todas as gera-ções sofrem mudanças de hábitos, culturais e intelectuais, no entanto a forma de educar deve sim, sofrer transformações, transcender, ir além do pressuposto, explorar novos desafios e novos caminhos em busca de uma melhoria educacional que sentimos a necessidade de realizar. O previsto já não nos cabe mais, percebemos nas universidades o quanto os alunos estão satu-rados do sistema educacional sem inovação, se formam sem perspectiva de atuar na área, pois estão cansados de tudo o que lhes foi oferecido e da forma como foi. A nova geração precisa de mais.

Temos necessidade de que a criatividade seja levada a sério e que a arte ganhe força com maior intensidade no sistema de ensino, visto que estamos atrasados nesse aspecto e já passou a hora dos educadores perceberem o quanto estamos perdendo com todo esse tempo, co-locando em prática seus apredizados e seus conceitos referente à arte musical e corporal tanto quanto as outras informações.

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“CRIAR É ISSO: PARTINDO DE UMA CONDIÇÃO, CHEGAR A OUTRA CONDIÇÃO DIFERENTE, OCORRENDO NESTE PERCURSO UM SALTO.” (DEMO, Pedro. 2005)

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Os Significados do Ambiente e Suas Percepções

Um tema bastante polêmico a respeito da arquitetura brasileira é o empobrecimento da arquitetura gerada e a falta de identidade que percebemos com as obras realizadas no último século e na atualidade. A busca por uma autenticidade na arquitetura, não apenas brasilei-ra, mas bastante recorrente em alguns países da América Latina é um assunto muito discutido entre os arquitetos. A forma como cada indivíduo tem a sua percepção do espaço e quais são os sentimentos que os lugares transmitem, podem variar de acordo com a bagagem cultural e as vivências acumuladas no decorrer de suas experiências.

na sociedade, a arquitetura é vista como uma forma livre de expressão artística e em consequência criam-se diversos elementos arquitetônicos desprovidos de significado. no en-tanto, a grande importância se dá por uma arquitetura adequada ao ambiente estabelecido e pertinente conforme o tema, que ofereça aos usuários um ambiente rico em conceitos e iden-tidade.

Provocar sentimentos arquitetônicos, de uma certa forma é um obstáculo para os arquite-tos. Muito importante nesse contexto é traduzir a singularidade do espaço, transmitir para o usuário sensações únicas que posteriormente podem causar sentimentos que remetam àquilo que foi vivenciado, e assim tornamos um simples espaço em um lugar com muito valor agregado.

Produzir uma atmosfera envolvente seja ela que transmita sentimentos bons ou ruins é uma questão a ser discutida. Podemos por algum motivo específico querer que o espaço tenha um caráter que não seja acolhedor para fazer com que os usuários não queiram permanecer lá ou simplesmente para causar impacto e não ser esquecido; Ou podemos projetar um lugar com uma linda paisagem, contornado pela natureza para que o indivíduo se sinta extremamente con-fortável e carregue boas sensações proporcionadas por aquele ambiente. Porém, todas essas características têm suas essências baseadas nos sentimentos pessoais e podem ser efetuadas conforme a necessidade de cada projeto.

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O grande problema é quando o ambiente não carrega significado algum. Trata-se daquele lugar cujo arquiteto esqueceu no projeto e não foi visto da forma que merecia, acaba por causar um grande “buraco” e torna-se insignificante. Percebe-se claramente em muitos pro-jetos desenvolvidos que o arquiteto busca uma soma de elementos para formar a arquitetura, e acaba esquecendo da integração dessas partes, desta forma, acaba por criar espaços sem nenhum significado que geram más percepções, criam sem nem perceber, espaços pobres em suas concepções, que não são acolhedores e acabam, inconscientemente, fazendo com que as pessoas não se sintam acolhidas.

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Escolha

A decisão da escolha do espaço para a proposta de requalificação do Centro das Artes da UDESC se deu com base na motivação de oferecer para a escola de Design de Moda um ambiente que esteja de acordo com o que é necessário para estabelecer uma infra estrutura adequada ao que é solicitado pelo curso e por um espaço onde vão se desenvolver atividades que exi-gem equipamentos mais específicos. no intuito de melhorar a infra estrutura, iniciou-se o processo de reconhecimento do lugar e sentiu-se necessidade que este espaço estivesse ade-quado não apenas para o curso de Design de Moda, mas também para os outros Cursos que estão presentes no Centro das Artes. Percebe-se a precariedade dos espaços de convivência e de outros equipamentos como auditórios e bibliotecas que são utilizados por todo o Centro além da falta de integração entre os blocos já existentes, que faz com que os alunos permaneçam por pouco tempo no ambiente universitário e não convivam com alunos de outros cursos.

O LUGAR

A Universidade Estadual de Santa Ca-tarina oferece suas atividades distribuí-das em todo o espaço estadual, colocando cada atividade em uma cidade conforme as características locais possam contribuir para a formação dos alunos. na Ilha de Santa Catarina se localiza o Centro de Ciências da Administração e Socioeconômi-cas e o Centro das Artes, ambos no bair-ro do Itacorubi, próximmo ao centbair-ro de Florianópolis. O local escolhido para a intervenção é a área que ocupa o Centro das Artes, que oferece para seus alunos cursos superiores de Música, Artes Plás-ticas, Teatro, Design de Moda, Design de Gráfico e Design Industrial.

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Área do projeto

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Hoje o Centro carrega caracteristicas que não têm relação com a personalidade dos alu-nos e nem propicia a eles espaços que possam ser ocupados e transformados de acordo com a atividade que eles queiram explorar momentaneamente, como apresentações teatrais e musicais, exposições, intervenções artísticas, ocupações de áreas de convivio público, desfiles de moda, entre outras.

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História

O Curso de Licenciatura Artística foi transferido para o bairro do Itacorubi no ano de 1985. no início, era distribuído entre algumas salas da ESAG e outros espaços da Reitoria, e mais outros três blocos de madeira, alguns que lá estão até hoje: um para administração, e outros dois destinados a oficinas. neste ano houve o fortalecimento de diversas linguagens, e o curso se ampliou.

neste mesmo ano, a UDESC foi reconhecida como Universidade e a criação de habilitação em Artes Cênicas contribuiu para que o curso se tornasse o Centro das Artes - CEART. O en-sino passou a ser gratuito e foram realizados os primeiros concursos públicos para admissão de docentes, juntamente com uma nova ampliação fisica. Simultaneamente, houve a criação do laboratório de fotografia e a oficina de tapeçaria.

O Curso de Bacharelado em Música passa a ser oferecido em 1994 e em 1995 é construído o primeiro bloco de alvenaria: o da música. Em 1996 ingressou a primeira turma do Curso de Bacharelado em Moda, inicialmente foi implantado no Campus de São José/SC. Posteriormente, em 2000, o curso foi reinstalado nas dependências do Centro de Artes e alojado em espaços cedidos pela ESAG, prédio das Artes Cênicas e no Bloco central, onde se encontra até hoje.

Ainda assim a infra estrutura não aloja todas as atividades complementares dos cursos que exigem o uso de salas de aulas adaptadas para as aulas mais específicas como oficinas de tie-die, oficinas de tear, salas de costura, tecidoteca, midiateca, entre outras que re-querem espaços próprios e adequados. Até a biblioteca foi transferida para a biblioteca da ESAG e se encontra numa situação complicada, sem espaço adequado.

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ANÁLISE DO LUGAR

Mapeamento

1 Administração 2 Bloco central 3 Música 4 Artes Cênicas 5 Artes Plásticas

15

5

3

1

2

4

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Plano Diretor

APP - Área de Preservação Permanente ACI - Área Comunitária/Institucional AMC - Área Mista Central

ARM - Área Residencial Mista

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Entorno

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O Plano Diretor do Município de Florianópolis institui que a área proposta para o pro-jeto de requalificação está em uma ACI (Área Comunitária Institucional) e extremando com uma APP (Área de preservação permanente) e muito próxima das margens de um rio, área na qual devemos preservar e desfrutar desta condicionante para gerar espaços agradáveis e singula-res.

APAER- Associação dos Funcionários da Pes-quisa Agropecuária e da Extensão Rural

CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola

FAED - Centro de Ci-ências Humanas e da Educação

ESAG - Centro de Ciências da Adm e Socioeconômicas CEART - Centro das

Ar-tes

Área Residencial

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PROPOSTA

Baseado em toda a análise do Campus e percebendo quais são as suas necessidades para proporcionar aos alunos e também à sociedade um lugar mais qualificado, me deparo com a ne-cessidade de uma requalificação deste, que se baseia em gerar espaços públicos e de convi-vência com a intenção de aumentar as relações humanas dentro da universidade e juntamente, resolver alguns problemas de infra estrutura que o Centro carece.

Demolições

Proponho a demolição das três edificações existentes desde a fundação do Centro que já estão com as suas es-truturas comprometidas e não possuem mais nen-hum uso expressivo, le-vando em conta que uma delas é abrigo para a marcenaria.

Também serão demo-lidos outros dois anexos que foram criados no decorrer dos anos na intenção de suprir al-gumas necessidades que os cursos de Design foram apresentando. Es-tes foram construídos e acabaram bloqueando a permeabilidade dos pá-tios que se configuram

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entre os blocos, perdendo espaços importantes de conexão entre eles. Estão locados em seus interiores os laboratórios de criatividade e ateliêrs de costura - que são utilizados com frequência na rotina dos estudantes de Design - e algumas salas de professores, serviços de secretaria e pós graduação, que serão relocados para outros espaços do novo projeto.

Mantiveram-se para o novo projeto de requalificação no Centro das Artes, os blocos ori-undos de um projeto anterior para o Centro, que previa apenas a configuração interior dos blocos, e compõe os blocos da Administração, do Design, da Música, das Artes Cênicas e das Artes Plásticas. Estes permanecem no local exercendo as mesmas funções que hoje são desem-penhadas.

Proposta de Requalificação

A requalificação do Campus se dará principalmente nos espaços entre os blocos já exis-tentes e algumas intervenções em espaços internos com o intuito de gerar ambientes mais qualificados para desenvolver as atividades que os cursos exigem. Construir uma identidade contornando toda a malha do campus será o primeiro passo da requalificação.

Assim, inicia-se um projeto que visa desconstruir essa racionalidade existente no Cen-tro, unindo os espaços que hoje econtram-se degradados com passarelas que permitem a circu-lação nos níveis do térreo e do 1° pavimento. Estas mesmas conformam novos equipamentos que podem ser utilizados conforme a necessidade da comunidade acadêmica, valorizando a univer-sidade com espaços de vivências e de trocas, assim como, oferecendo espaços de permanência e de integração que atualmente sentimos tanta falta dentro dos Campus de Ensino.

Entre os equipamentos que serão criados para apoio da infra estrutura que está carente, encontra-se espaços para tecidoteca, midiateca e modateca, uma biblioteca exclusiva para o centro das artes, oficina de cerâmica e esculturas, marcenaria, laboratórios de desenho integrados ao ambiente e laboratórios de expressão corporal ao ar livre.

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Projeto inserido no local

FAED - UDESC

ESAG - UDESC

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21

1 2 3 4 5 7 13 11 11 11 10 7 8 7 12 6 6 15 14 9 16 17 18

19

20

21

18 18 17 17 17 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 BLOCO ADMINISTRAÇÃO BLOCO DESIGN BLOCO MÚSICA BLOCO ARTES CÊNICAS BLOCO ARTES PLÁSTICAS PONTO DE ÔNIBUS BICICLETÁRIO 11 12 13 14 ARENA APRESENTAÇÕES ESPAÇO ATELIER

EXTENSÃO HALL CENTRAL GRAMADO

ESPAÇO LANCHONETE TEATRO ARENA

EXTENSÃO HALL PLÁSTICAS

17 18 19 20 21 JARDIM ESCULTURAS PASSARELA PEATONAL PASSAGEM ELEVADA ESTACIONAMENTO ESTAÇÃO 01 ESTAÇÃO 02 ESTAÇÃO 02 15 16

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POnTOS DE ônIBUS: As chegadas do transporte público se dão em dois espaços projetados com a mesma identidade do novo projeto, sendo uma extenção do Centro das Artes para as calçadas da principal rua de acesso.

ESTRUTURA: As passarelas elevadas foram pen-sadas a partir de uma estrutura metálica de aço corten com vigas de perfis em I apoiadas em pilares redondos e nas vigas existentes dos blocos consolidados,

TEATRO DE AREnA: O teatro de arena ganhou um espaço especial dentro do Campus, com um palco informal, a platéia pode assistir os espetáculos de todos os ângulos, assim como das circulações que o contornam.

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JARDInS vERTICAIS: em algumas parte degra-dadas e sem significados das edificações propõe-se uma intervenção com jardins ver-ticais, que favorecem as fachadas esqueci-das proporcionando uma visão inovadora para os blocos e trazendo para dentro do campus mais harmonia e fortalecendo sua identidade artística.

PORTAS PAInéIS: As novas aberturas propos-tas que fazem a conexão entre o projeto an-tigo e o projeto novo, são também paineis que servem para as exposições dos trabalhos acadêmicos permeiam alguns espaços trazendo integração e vazão para os halls dos blocos consolidados.

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ESTAçãO 02: Esta estação surgiu com a necessidade de abrigar a marcenaria e finalizar o percurso das passarelas que fazem a união dos blocos no nível do primeiro pavimento. Este bloco possui espaço para a marcenaria no nível térreo e um terraço de permanência no 1° pavimento, ambos conectados por uma escada interna.

AUDITÓRIO ATELIER DE ESCULTURA E DEPÓSITO ATELIER HALL DAS PLÁSTICAS BWC BWC SALA PROF. SALA DE AULA SALA DO CORAL HALL DA MÚSICA SALA MUS. SALA MUS. SALA MUS. SALA MUSICA COORDEN. MARCENARIA TERRAÇO JARDIM 1648,6 580 1068,6 2060 735 1325 1058,6 1000 280 800 568 730 1330 2060 280 300 1068 1648 300 1410 200 150 AUDITÓRIO ATELIER DE ESCULTURA E DEPÓSITO ATELIER HALL DAS PLÁSTICAS BWC BWC SALA PROF. SALA DE AULA SALA DO CORAL HALL DA MÚSICA SALA MUS. SALA MUS. SALA MUS. SALA MUSICA COORDEN. MARCENARIA TERRAÇO JARDIM 1648,6 580 1068,6 2060 735 1325 1058,6 1000 280 800 568 730 1330 2060 280 300 1068 1648 300 1410 200 150

Planta Baixa térreo 02 esc 1:250

Planta Baixa 1°pav 02 esc 1:250

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ESTAçãO 03: A terceira estação conecta o bloco das Artes cênicas com o bloco das Artes plásicas no nível do primeiro pavimento, onde podemos encontrar também um mezanino com dois ateliers de criatividade: um de corte e costura e outro de desenho, separados por uma divisória de 1,1m que permite a integração. A sua continuação oferece uma extensão do jardim no nível do 1° pavimento e entra no bloco das artes plásticas formando um mesanino no atelier existente e permitindo a conexão entre a estação 03 e a estação 02. Já na parte interna do pavimento térreo se configura uma extenção do atelier de cerâmica e esculturas do bloco das Artes plásticas. na área externa temos um jardim de esculturas e um bloco que abriga a Tecidoteca. AUDITÓRIO AUDITÓRIO LANCHONETE BWC SALA DE INFORMÁTICA SALA DE AULA SALA DE AULA HALL CENTRAL SALA DE MONTAGEM SALA DE MONTAGEM SALA DE ANIMAÇÃO BWC BWC SALA DE DANÇA SALA DE DANÇA SALA DE CENOGRAFIA DEP. CENO-TÉCNICA ATELIER DE ESCULTURA E CERÂMICA SALA DE AULA DEPÓSITO ATELIER HALL DAS PLÁSTICAS BWC BWC SALA PROF. SALA DE AULA SALA DO CORAL HALL DAS CÊNICAS HALL DA MÚSICA HALL DA ADM PÓS GRAD RH REC

ALM. CHEFIA APO SECRETARIA DIR. GERALDIR.

SALA DE REUNIÕES SEC.

APOIO DIR. DIR.

ARQ. BWC BWC BWC BWC DEP COZ SALA MUS. SALA MUS. SALA MUS. SALA MUSICA COORDEN. ATELIER DESIGN ATELIER DESIGN JARDIM ESCULTURAS

JARDIM DAS ESCULTURAS

TECIDOTECA ATELIER PLÁSTICAS 530 877,3 1972,7 877,3 1972,7 627,7 800 300 10 190 520,9 582,5 630 10 1943,4 872,3 240 650 400 200 1733 10 1943 195 682 880 600 AUDITÓRIO AUDITÓRIO LANCHONETE BWC SALA DE INFORMÁTICA SALA DE AULA SALA DE AULA HALL CENTRAL SALA DE MONTAGEM SALA DE MONTAGEM SALA DE ANIMAÇÃO BWC BWC SALA DE DANÇA SALA DE DANÇA SALA DE CENOGRAFIA DEP. CENO-TÉCNICA ATELIER DE ESCULTURA E CERÂMICA SALA DE AULA DEPÓSITO ATELIER HALL DAS PLÁSTICAS BWC BWC SALA PROF. SALA DE AULA SALA DO CORAL HALL DAS CÊNICAS HALL DA MÚSICA HALL DA ADM PÓS GRAD RH REC

ALM. CHEFIA APO SECRETARIA DIR. GERALDIR.

SALA DE REUNIÕES SEC.

APOIO DIR. DIR.

ARQ. BWC BWC BWC BWC DEP COZ SALA MUS. SALA MUS. SALA MUS. SALA MUSICA COORDEN. ATELIER DESIGN ATELIER DESIGN JARDIM ESCULTURAS

JARDIM DAS ESCULTURAS

TECIDOTECA ATELIER PLÁSTICAS 530 877,3 1972,7 877,3 1972,7 627,7 800 300 10 190 520,9 582,5 630 10 1943,4 872,3 240 650 400 200 1733 10 1943 195 682 880 600

Planta Baixa 1°pav 03 esc 1:250

Planta Baixa térreo 03 esc 1:250

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Planta Baixa 1°pav 03 esc 1:250

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ESTAçãO 01: A primeira estação é composta em seu nivel térreo pela biblioteca do Centro das Artes e algumas salas administrativas para apoio da secretaria e da pós graduação. Há uma extenção da parte de leitura da biblioteca para a área externa próxima da área de vegetação e a sua fachada sudeste oferece um palco para eventuais shows e apresentações que também pode ser utilizado para a projeção de filmes. O seu terraço é acessível e faz a conexão vertical entre o primeiro pavimento dos blocos das Cênicas e do Design com a arena de apresentações. AUDITÓRIO AUDITÓRIO LANCHONETE BWC SALA DE INFORMÁTICA SALA DE AULA SALA DE AULA HALL CENTRAL SALA DE MONTAGEM DANÇA SALA DE

CENOGRAFIA TÉCNICA

CENO-SALA DE AULA SALA DO CORAL HALL DA MÚSICA HALL DA ADM PÓS GRAD RH REC

ALM. CHEFIA APO SECRETARIA DIR. GERALDIR.

SALA DE REUNIÕES SEC.

APOIO DIR. DIR.

ARQ. BWC BWC BWC BWC DEP COZ SALA MUS. SALA MUS. SALA MUS. SALA MUSICA COORDEN. MIDIATECA MODATECA APOIO ADM/ PÓS GRADUAÇÃO

2895 10 2570 10 305 925 10 500 15 425 15 325 1286 190 800 10 950 10 800 10 300 670 10 610 60 190 570 450 645,5 130 150

Planta Baixa térreo 01 esc 1:250

(31)

Planta Baixa térreo 01

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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