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O pedagogo e a articulação entre o educar e o cuidar na creche

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - UNIJUÍ

ELIDIANE KELI MATTIAZZI

O PEDAGOGO E A ARTICULAÇÃO ENTRE O EDUCAR E O CUIDAR NA CRECHE

Santa Rosa 2015

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ELIDIANE KELI MATTIAZZI

O PEDAGOGO E A ARTICULAÇÃO ENTRE O EDUCAR E O CUIDAR NA CRECHE

Monografia apresentada para obtenção do título de graduada em Pedagogia na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Orientadora: Hedi Maria Luft.

Santa Rosa 2015

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ELIDIANE KELI MATTIAZZI

O PEDAGOGO E A ARTICULAÇÃO ENTRE O EDUCAR E O CUIDAR NA CRECHE

Monografia apresentada para obtenção do título de graduada em Pedagogia na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Banca Examinadora:

... Profa. Dra. Hedi Maria Luft – UNIJUÍ

...

Profa. Ms. Cláudia Maria Seger - UNIJUÍ

Nota:...

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AGRADECIMETO

Neste momento se encerra mias uma etapa de minha vida e muitas pessoas foram imprescindíveis para que este momento chegasse minha tão sonhada formatura em Licenciatura em Pedagogia. Foram quatro anos e meio de muitas aprendizagens, conquistas, desafios, cansaço, mas de muitas alegrias. Agradeço a todas as pessoas que de alguma forma fizeram parte dos meus dias nessa caminhada. Primeiramente agradeço a Deus, pois sempre busquei em orações sua ajuda. Ao meu noivo, sou grata pelo apoio todos os dias, pelo incentivo, pela compreensão e pelo seu amor.

Aos meus pais e irmãs, pela família maravilhosa, pelo carinho e por me ensinarem a realizar as coisas sempre com amor.

Aos professores da Universidade, grata pelos ensinamentos, principalmente a minha orientadora, querida professora Hedi Maria Luft, pelas conversas, pelos conselhos, por ser esta mulher incrível, tenho-a como exemplo. A querida professora Cláudia pelos muitos incentivos à escrita, por ouvir minhas dúvidas e pelos conselhos, estará sempre em meu coração.

As amizades construídas na Universidade, pelo companheirismo, pelas conversas e risadas. Aos funcionários da biblioteca, agradeço pelo auxílio na procura dos livros, os quais foram indispensáveis para minha formação, obrigada pela atenção.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar o trabalho desenvolvido pelo pedagogo na educação infantil, especificamente na faixa etária de zero a três anos, creche. A pesquisa deu-se em uma escola da rede privada de ensino, localizada no município de Santa Rosa- RS. Os dados foram coletados através de observações da organização e planejamento da rotina diária e da atuação das professoras e auxiliares da turma. Além disso, foi realizada uma entrevista com a pedagoga e duas professoras da creche, abordando a relação entre o educar e o cuidar na educação infantil. Analisou-se também, os documentos da escola e a legislação referente ao tema de estudo. Com a realização do trabalho percebe-se a relevância do pedagogo na creche, pois suas contribuições na escola, sejam elas na docência ou gestão, favorecem uma aprendizagem mais qualificada por parte das crianças.

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ABSTRACT

This paper aims at analyzing the pedagogues’ work developed in early childhood education, more specifically in the group aged from zero to three years, called kindergarten. The survey has been carried out in a private school in Santa Rosa, RS by observing the organization, the daily routine planning and the teachers and the class assistant’s performance. Data has been collected through an interview with a pedagogue and two kindergarten teachers, talking about the relation between education and care regarding children’s education. Besides, school documents and regulations regarding the subject of study have been analyzed. Based on the study, it can be concluded that the pedagogue work in a nursery school is relevant because of his/her contributions to school, whether in teaching or management, favoring for a more qualified children learning.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 7

1 O PEDAGOGO NA ATUALIDADE ... 8

1.1 O PEDAGOGO E SUA ATUAÇÃO NA CRECHE ... 9

1.2 PEDAGOGO: O MEDIANDOR DA AÇÃO NA CRECHE ... 13

1.2.1 Planejamento norteador do trabalho do professor ... 16

1.2.2 Impondo uma rotina e construindo limites no espaço escolar ... 18

2 O ESPAÇO LÚDICO DA CRECHE PRIVADA ARTICULANDO O CUIDAR E O EDUCAR ... 21

3 OS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DA CRIANÇA: A PRIMEIRA INFÂNCIA ... 26

3.1 ESTABELECENDO VÍNCULOS AFETIVOS ... 27

3.2 OS ESTÍMULOS NA CRECHE, QUANDO E POR QUÊ? ... 29

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 33

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INTRODUÇÃO

A infância é considerada a fase mais importante da vida de do ser humano, na qual o mesmo inicia as primeiras concepções do mundo que a cerca, constrói significações, cresce e se desenvolve fisicamente e psicologicamente. Neste sentido a relevância do presente trabalho pode ser considerada de irrefutável indispensabilidade, pois a ação pedagógica na creche se faz necessária para que nela haja um ambiente preparado para as aprendizagens cotidianas por parte da criança.

Atualmente percebe-se o pedagogo como o profissional indicado para atuar na escola, com o intuito de organizar e desenvolver a rotina deste espaço escolar. Partindo deste pressuposto, o texto aborda no primeiro capítulo o pedagogo na atualidade suas funções, assim como remete a análise de sua ação na creche. O segundo capítulo aborda a organização do espaço da creche, sendo este de forma lúdica, para que as atividades sejam desenvolvidas, destacando o educar e o cuidar.

No terceiro e último capítulo, destaco o conceito de infância. Nos primeiros anos de vida da criança é fundamental que ela tenha no espaço da creche, acompanhamento de um profissional, sendo este o pedagogo, para que tenha avanços em seu crescimento e desenvolvimento. Neste sentido, abordo também a relação dos profissionais da educação que atuam na creche com as crianças, destacando o conceito de afetividade, além das contribuições dos estímulos nesta faixa etária de zero a três anos.

Portanto, a primeira infância é a etapa determinante no desenvolvimento da criança. Desta forma, trago as contribuições do pedagogo na creche, a fim de que este espaço possa abrigar não apenas assistência ao cuidar das crianças de zero a três anos, mas também ser um espaço lúdico no qual são desenvolvidas atividades pedagógicas para o ato educar na creche.

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1 O PEDAGOGO NA ATUALIDADE

Ao longo do tempo a educação vem sendo discutida por muitos, na política, na mídia, na economia e, portanto defender os ideias de uma educação de qualidade parece ser uma tarefa apenas destinada a escola e seus protagonistas.

Mas sabe-se que não há maneiras de se alcançar objetivos imediatos ou futuros sem a união de todos, na qual haja harmonia entre os protagonistas desta busca por uma educação melhor. Gadotti (1998, pág.56) afirma “o ato educativo é um ato político, é um ato social e, portanto ligado à atividade social e econômica, ao ato produtivo.” Assim, uma educação valorizada melhora como um todo, o país e nossa sociedade. Defender a profissão do pedagogo implica conhecê-lo de fato, na prática cotidiana, refletindo sobre sua ação para que essa seja reconhecida.

Para entendermos a função do pedagogo é preciso compreender a história da Pedagogia a qual tem origem grega nas palavras (paidós e agodé) que consiste na língua portuguesa as palavras: criança e condução. Portanto pedagogo designa condutor de crianças, aquele que ajuda a conduzir o ensino. A Pedagogia ao longo dos anos esteve sempre ligada ao ato de conduzir o saber. Até os dias de hoje sua principal preocupação está ligada com as formas de levar o conhecimento aos indivíduos. Gadotti (1991, pág.56) nos propõe mudanças, a partir da reflexão, dizendo que “o pedagogo tem hoje a chance de repensar o seu estatuto, estou já formulando uma de suas funções na sociedade atual: repensar sua educação (tarefa crítica), a sua formação, a formação recebida no curso e o próprio curso.”

A mudança parte de cada ser humano. Do pedagogo a mudança parte para que seu trabalho seja reconhecido e valorizado pela sociedade, mas para isso o pedagogo necessita primeiramente se conhecer, classificar prioridades, organizar ideias futuras, pensar em seu projeto de mundo, idealizando-os. Assim como refletir sobre quais atitudes e compromissos que irá assumir para que sua trajetória como pedagogo seja ela na educação ou em outra área, na sociedade como um todo, seja qualitativa com significações contínuas.

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1.1 O PEDAGOGO E SUA ATUAÇÃO NA CRECHE

Os pedagogos que trabalham nas escolas exercem funções de: docente na Educação Infantil, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e nas Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio – Curso Normal. Além disso, as funções de gestão são também passiveis de ser assumido pelos pedagogos, no caso de coordenador pedagógico, orientador educacional.

Em outras épocas o diretor escolar também era função dos que se habilitavam em Pedagogia, porém com a Lei da Gestão Democrática a função de diretor passou a ser assumida pelo professor eleito pela comunidade escolar.

O pedagogo exerce o trabalho pedagógico que compreende as atividades desenvolvidas pelos profissionais do estabelecimento de ensino para a realização do processo educativo escolar.

As funções do pedagogo na escola são de: planejar, executar, coordenar, acompanhar e avaliar tarefas próprias do setor educacional, sendo a docência do ensino infantil, fundamental, coordenação, orientação e gestão. Além de organizar as atividades a fim de que as mesmas sejam desenvolvidas com consciência relacionando o educar, sendo este o pedagógico com o cuidar no espaço escolar.

Além de acompanhar e avaliar projetos e experiências educativas em ambientes não escolares, sendo eles, empresariais, movimentos sociais, hospitais, ONGs, entre outros como consta nas Diretrizes Curriculares do Curso de Licenciatura em Pedagogia na Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maios de 2006:

Art. 2º As Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.

§ 1º Compreende-se a docência como ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional, construído em relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia, desenvolvendo-se na articulação entre conhecimentos científicos e culturais, valores éticos e estéticos

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inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e de construção do conhecimento, no âmbito do diálogo entre diferentes visões de mundo.

Portanto, o pedagogo está apto para atuar no espaço escolar, e na atuação em sala de aula percebe-se que este docente acaba atuando em áreas que não os compete, mas a necessidade e a realidade falam mais alto

o professor é o psicólogo, o professor é o organizador de uma série de coisas... Hoje o professor escuta o aluno, pega na mão, olha no olho, percebe que este aluno não está bem, tudo isso é um exercício diário... os pais trabalhando muito. As crianças são entregues à escola... não é que deixam porque queiram deixar, mas porque precisam manter a estrutura financeira... é uma transferência da família para a escola em função da necessidade dos pais de se ausentarem (DONATELLI, OLIVEIRA, 2010, pág.19).

Percebe-se quão importante se torna a reflexão diária deste docente sobre sua ação na escola, o qual tem que assumir funções muitas vezes as quais não domina o conhecimento. Mas que com esforço e dedicação encontra estratégias para resolver problemas decorrentes do cotidiano escolar. E destaco que este docente tem a missão de encontrar maneiras de relacionar a escola com as famílias destes alunos a fins de propor estratégias para que a educação ocorra. Assim também, para que todos tenham conhecimento sobre a realidade escolar e realidade familiar dos alunos.

Sobre a formação dos profissionais da educação a Lei n° 9.394 de dezembro de 1996, determina no Art. 62 que para atuar na educação básica é preciso nível superior em universidades ou instituições superiores de educação, tendo como formação mínima para exercer o magistério na Educação Infantil.

Desta forma percebe-se a importância do trabalho desenvolvido pelo Pedagogo nessa etapa da educação, pois compete a ele organizar e coordenar o corpo docente da escola, complementando, segundo o Art. 62, da Lei n° 9.394,1996:

A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação

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infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.

As funções do pedagogo podem ser vistas claramente no cotidiano escolar, pois o mesmo por Lei deve estar na escola para que a mesma esteja em funcionamento. Ou seja, é necessário um pedagogo responsável pelo espaço educativo. Portanto na escola é o profissional que atua como docente, organizador, supervisor ou gestor da mesma.

Como exemplo do trabalho desenvolvido por este profissional na escola, especialmente com as crianças de zero a três anos, creche, trago as funções exercidas pela pedagoga da escola a qual acompanhei a rotina e realizei as entrevistas, Maria (35 anos):

Na escola sou responsável pela coordenação pedagógica na qual oriento o corpo docente na organização e planejamento das atividades e projetos desenvolvidos durante o ano letivo, através de encontros semanais, reuniões e palestras. Acompanho o trabalho desenvolvido na sala de aula pelas docentes e auxiliares, orientando- as. Sou a responsável pela contratação das mesmas com o auxilio de uma psicóloga.

A escolha em ser um pedagogo e atuar na educação implica não apenas gostar, mas amar o que se faz, no sentido de que a cada ação e tomada de decisão, o mesmo perceba que suas atitudes precisam ser sólidas para que consiga alcançar os objetivos propostos na educação. Destes profissionais, pedagogos e educadores necessita partir as inquietações, as quais não deixam que a educação se acomode e sim a cada dia venha conquistando novos espaços e reconhecimento na sociedade. Neste sentido, Maria (35 anos), afirma:

Acredito que por amar meu trabalho e minha profissão consigo diariamente lidar com situações problemáticas decorrentes do cotidiano, pois sempre procuro manter como primeira ferramenta de trabalho o (diálogo) pois, só através da conversa e análise sobre o assunto poderei encontrar subsídios para resolve-los.

Segundo as palavras da pedagoga, percebe-se que é necessário para atuar na escola amar sua profissão para poder desta forma interagir com as pessoas. De maneira que os mesmo compreendam suas ações e reflexões sobre o espaço o qual estão inseridos.

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Ser um pedagogo exige um leque de disponibilidade de si próprio sendo aquele que necessita estar ciente dos acontecimentos gerais do mundo em que vive, pois ele é visto e julgado por todos. O mesmo é visto como um exemplo e usado para comparações em vários aspectos.

O pedagogo é aquele profissional que precisará saber lidar com diferentes situações cotidianas, com as mudanças e imprevistos, pois o mundo parece a cada instante modificar-se com tal rapidez que compete ao pedagogo formular estratégias de trabalho para que o espaço educativo esteja preparado para tais alterações.

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade (FREIRE, 1996, pág.32).

Ser professor remete a organização de um planejamento que permita por em prática ações que promovam a aquisição do conhecimento, unindo com a paixão em ensinar para que esta ação seja significativa para ambas as partes, aluno e professor. Assim como a formação continuada faz parte da vida do profissional que atua na educação, Maria (35 anos) diz “sempre participo de fóruns, palestras referentes à educação, assim como procuro estar por dentro dos noticiários, a fim de que possa desenvolver um trabalho na escola relacionando-o coma realidade de nossa sociedade.”

O pedagogo como educador na escola é aquele que ensina. Como Freire (1996, pág.52) cita “saber que ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” Portanto para o exercício desta função como educador o mesmo necessita ter a formação pedagógica ou na área do conhecimento específica a qual irá atuar, podendo haver profissionais especializados. Como em: Educação Física, Língua Estrangeira, Música, entre outras áreas do conhecimento. Sendo estes estudantes ou formados em disciplinas de licenciatura, ou cursos especializados a fins de ensinar de acordo com a faixa etária e desenvolvimento da criança.

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São estes os profissionais que atuam como professores das Oficinas ofertadas, uma vez por semana no currículo da escola, contribuindo com o trabalho desenvolvido pelo professor responsável da turma, o qual permanece um período de tempo maior em sala.

O professor além de planejar, observar e refletir sobre sua prática, sua ação pedagógica está sempre em constantes modificações, pois tende a se adequar a novas regras, limitações, e que muitas vezes não coincidem com a realidade da escola e de sua prática. Freire (1996, pág. 73) descreve “como professor preciso me mover com clareza na minha prática. Preciso conhecer as diferentes dimensões que caracterizam a essência da prática, o que me pode tornar mais seguro no meu próprio desempenho. ’’ Vê-se então a necessidade da tomada de posicionamento da parte do educador a partir da reflexão contínua e de seu reconhecimento como responsável para decidir o que se deve fazer para e pela educação cotidianamente.

A partir do olhar crítico sobre o mundo e das reflexões sobre a educação, o Pedagogo se torna sujeito ativo nas tomadas de decisões na educação, quem conhece melhor o espaço escolar se não é o profissional que está vivenciando a rotina, o convívio diário com alunos e docentes, assim como fazendo malabarismos para tentar harmonizar este espaço a cada momento tenso ao qual compete sabedoria, dedicação e paciência para permitir condições aprimores.

Desta forma percebe-se quão necessário se faz a reflexão sobre sua ação e demais profissionais que atuam na educação, por parte do pedagogo para que este possa mediar a ação dos outros em meio a sociedade a qual ele está inserido. Buscando a harmonia e a compreensão de todos em diversas situações. Assim o mesmo conseguirá demonstrar de fato sua preocupação com a educação e aprendizagem das gerações futuras, sempre partindo da ação e reflexão.

1.2 PEDAGOGO: O MEDIANDOR DA AÇÃO NA CRECHE

Ao realizar observações na escola de Educação Infantil, Creche da Rede Privada percebe- se, quão é importante o papel do pedagogo na escola.

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Destaco a necessidade em articular o saber e o fazer, pois os conhecimentos adquiridos a partir de estudos e reflexões, obtidos com a teoria e prática consequentes de sua formação tornam o pedagogo habilitado para interferir na rotina dos pequenos de maneira que os estímulos sejam oferecidos.

Estes conhecimentos são úteis para a organização geral da creche, assim como o planejamento é indispensável para cada faixa etária e limitações das crianças. Este pedagogo organiza a equipe docente e de funcionários, a fins de um atendimento educacional de qualidade. Juana (24) professora na escola privada, cita “quem desenvolve o planejamento e orienta o trabalho desenvolvido por mim e auxiliares na escola é a pedagoga, a qual acompanha a rotina escolar. Pois a mesma traz fundamentação teórica argumentando a prática e significando as atividades propostas.”

Desta forma percebe-se que o trabalho desenvolvido pelo pedagogo é de suma importância, pois parte dele os objetivos a serem trabalhados na creche, com determinada turma. O mesmo necessita estar em constante análise e reflexão das ações desenvolvidas no espaço da creche, para que o trabalho desenvolvido por ele seja significativo. Como Nunes (2011, pág.124) afirma sobre a teoria e a prática no sentido de retroalimentação:

...para que ocorra a retroalimentação, no entanto, faz-se necessário que o sujeito tenha flexibilidade do pensamento para poder efetivar o movimento de ir e vir do teórico ao prático e deste ao teórico, seguindo a lógica de uma racionalidade crítica ou interpretativa. Desse movimento dialético resultará o amadurecimento na produção do conhecimento teórico-prático.

Desta forma, compete ao pedagogo essa articulação entre a teoria e a prática, a partir dos conhecimentos adquiridos com os estudos, na situação prática como docente, para resolver lacunas de sua formação, através da ação e reflexão, a fim de resolver diversas problemáticas que se apresentam no contexto escolar, diariamente.

E o papel do pedagogo na Educação Infantil hoje, se percebe com maior destaque, pois, com o passar dos anos a Educação Infantil tornou-se campo de estudo bastante discutido. E atualmente a partir de estudos a Educação Infantil de zero a seis anos, creche se destaca como a etapa da educação mais importante para o desenvolvimento da criança. Na qual a mesma desenvolve

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noções básicas e gerais sobre si, sobre a sociedade a qual está inserida e sobre o mundo ao seu redor.

Segundo as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n°. 9394/96, Art. 29 de 1996: “a Educação Infantil é considerada a primeira etapa da Educação Básica”. A partir do olhar atento e da preocupação com a educação e a primeira infância e discutidos como assuntos prioritários, pelo governo, organizações em nosso país, a educação infantil é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988.

Do nascimento aos sete anos de vida o cérebro está em alto e rápido desenvolvimento. Percebemos isso quando observamos algumas crianças e, sua evolução, com a quantidade de relações que elas vão estabelecendo em pouco tempo e o quanto os pais e professores são surpreendidos com perguntas, respostas e ações realizadas pelos infantes (FARIAS, 2012, pág.13).

O profissional da educação infantil é considerado um profissional que deve buscar aprofundamento teórico e conhecimento sobre a infância, sobre a criança e a área da educação no geral a fins de tornar seu trabalho significativo, que vise o desenvolvimento da inteligência, conhecimento das emoções, construindo valores e possibilitando a aquisição de aprendizagens na educação infantil.

Maria (35 anos) comenta “Além da formação continuada, a troca de experiência entre docentes na área de atuação se faz necessária, além do diálogo sobre demais assuntos relacionados à educação, sociedade e política, para que a ação seja refletida e muitas vezes repensada.” Portanto percebe-se que o diálogo entre os profissionais da educação se torna insubstituível, pois a partir deles são discutidos e debatidos assuntos decorrentes da educação.

A ação comunicativa possibilita interpretar as tensões que ocorrem no âmbito educacional, desenvolvendo uma competência cognitiva na escola, “interação de ao menos dois sujeitos capazes de linguagem e ação, que estabelecem uma relação interpessoal” (HABERMAS in PRESTES, 1996, pág. 72).

A ação comunicativa na escola se faz necessária entre a equipe escolar para que seja possível oportunizar um espaço de aprendizagens para ambas

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as partes tanto docentes, funcionários e alunos. Lia (28 anos), professora, relata:

Participamos de encontros semanais ou mensais, organizados pela pedagoga, nos quais nós educadoras e auxiliares discutimos com ela assuntos referente a nosso cotidiano escola, dúvidas e inquietações, referentes aos projetos desenvolvidos e sobre atitudes e manifestações das crianças. Com o intuito de ajudar uns aos outros através da troca de experiência e discussão de temáticas que interessam ao grupo de docentes.

Desta forma vê-se quão significativo, torna-se a troca de experiências através da ação comunicativa entre os sujeitos, ou seja, faz parte da educação, compartilhar ideias, ouvir opiniões diversas para a elaboração de novos conceitos, ou afirmações a cerca de assuntos discutidos pelos sujeitos.

1.2.1 Planejamento norteador do trabalho do professor

Antigamente via-se a Escola de Educação Infantil, Creche como aquela que cuidava dos pequenos e indefesos, e lhe auxiliassem em seu crescimento para que os pais trabalhadores assalariados ou aqueles autônomos pudessem deixar seus filhos aos cuidados de pessoas com experiência na área.

A partir das constatações sobre a importância da primeira infância e da educação infantil, na qual, as experiências nessa fase são determinantes para o desenvolvimento do ser humano, o papel do profissional de creches e pré-escolas passa por constantes reformulações, no sentido de que os mesmos estejam capacitados para exercer suas funções significativamente. Desta forma, as exigências relacionadas com sua formação são repensadas e rediscutidas, diariamente no contexto escolar.

As analisar as necessidades específicas de cada faixa etária do desenvolvimento das crianças, se percebe quão necessário é a intervenção de um profissional capacitado na elaboração das atividades propostas na escola, modalidade creche, a fim de obter harmonia neste espaço educativo e a aprendizagens, avanços no desenvolvimento individual e coletivo dos alunos.

O planejamento o qual é significativo para qualquer espaço educativo, na creche se torna norteador das atividades desenvolvidas neste espaço. No

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sentido de observar os alunos e a etapa na qual estão – referente ao desenvolvimento, seja ele cognitivo, oral ou corporal. Este planejamento tem embasamento a partir das observações da parte do pedagogo, docente pelo espaço escolar e pessoas inseridas e envolvidas.

Cada creche se constrói e reconstrói, diariamente, a partir dos elementos humanos, espaciais, sociais, culturais e econômicos de que dispõe. Pistas teóricas e práticas acumuladas orientam a elaboração da programação para as crianças... Essa programação deve levar em conta, também, a realidade das crianças, seus familiares e a comunidade, envolvendo-os no trabalho da creche. (ABRAMOWICZ, WAJSKOP, 1995, pág.13.)

O planejamento sendo o norte, o caminho a seguir, todas as pessoas envolvidas nele, ou seja, funcionários, docentes, gestores e juntamente com as crianças têm a possibilidades de realizar um trabalho em harmonia, tendo clareza do que é proposto na escola. Maria (35 anos) cita: “o planejamento torna o ensino qualitativo, podendo ser visto por um olhar além da escola, visão dos familiares e sociedade.”

Este planejamento pode partir vários assuntos, diferentes temáticas, elaborando-se assim os projetos. Estes projetos podem ser semanais, mensais ou trimestrais, a escolha da temática poderá surgir na realização das atividades cotidianas, na brincadeira com as crianças, nos assuntos discutidos socialmente e a partir das necessidades do coletivo da turma.

Nas escolas de Educação Infantil, os alunos, muitas vezes, estão sujeitos a um planejamento atrelado a datas comemorativas. Esse planejamento, previamente elaborado pelas professoras, sem a participação das crianças, aborda temas que se repetem, ano após ano, e são trabalhados de forma superficial e descontextualizados (JAHNKE, MARQUES, 2011, pág.11).

Portanto, é necessária a análise a reflexão por parte do pedagogo, sobre os projetos que serão trabalhados com as crianças na Educação Infantil, a fim de que as mesmas possam aprender a partir das experiências diárias da escola.

É preciso sair da mesmice, não me refiro a abandonar as datas comemorativas, ou elaborar projetos com temáticas exóticas a cada semana, mas propor o diferente, inovando quando for possível. Permitindo que a criança

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explore novos objetos, tenha conhecimento sobre a diversidade de materiais os quais poderá brincar e criar na escola.

1.2.2 Impondo uma rotina e construindo limites no espaço escolar

Na educação infantil modalidade creche como visto necessita partir de uma pessoa qualificada a elaboração de uma rotina para ser exercida na escola a fins de que haja a aprendizagem. E atendimento qualificado com as crianças.

Quando pensamos em um espaço para trabalhar com os bebês, seria este a creche, pensamos logo em um espaço higiênico e que tenha as proteções adequadas para essas crianças. Para isso são organizados e divididos os espaços da sala de aula, sendo eles: espaço para descanso, espaço para alimentação, fraldário ou banheiro, espaço de interação, brincadeiras e estímulos. Ambos a fim de que as atividades desenvolvidas em cada espaço sejam tranquilas e o contato entre aluno e professor seja harmonioso.

O cotidiano de uma escola infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não serão organizados da mesma forma para as crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: o horário da chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras, os jogos diversificado- como o faz- de- conta (CRAIDY, KAERCHER, 2001, pág.68).

Essa organização da rotina será como norteador para a criança, a qual irá construindo neste sentido noções de tempo e clareza das atividades realizadas durante seu dia-a-dia na escola. Da mesma forma a criança se sente segura neste espaço, sendo ela protagonista. Pois a mesma compreende o que é desenvolvido no decorrer da rotina diária. Maria (35 anos) cita:

A organização da rotina do trabalho desenvolvido na creche é uma tarefa desenvolvida por mim pedagoga, com a ajuda das educadoras e auxiliares na qual buscamos refletir e planejar maneiras de se organizar o espaço e o tempo para aproveitamento dos mesmos da melhor forma. A fim de, obter ênfase nas atividades

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desenvolvidas, destinando tempo para cuidados com a higiene e tempo para desenvolver atividades pedagógicas.

Partindo da necessidade de planejar uma rotina, para melhor aproveitamento do tempo e do espaço, é necessária uma pessoa preparada com fundamentos teóricos, e que a mesma tenha o contato diário com está rotina escolar.

Só este profissional conseguirá organizar, projetar e desenvolver uma rotina que contemple a todos, como ABRAMOWICZ e WAJSKOP (1995 pág.15) em seu livro destaca: “Os cuidados com a higiene e com o corpo das crianças são atividades educativas. A atenção individualizada nesses momentos é fundamental na programação das atividades.”

Desta forma percebe-se quão importante é o trabalho desenvolvido por um profissional neste espaço, o qual organiza os horários da rotina possibilitando o contato do professor com as crianças individualmente e coletivamente, planejando momentos de integração e momentos de atendimento individual, para as atividades corriqueiras.

A rotina é a realização do planejamento. É através dela que se põe em prática o previsto. A rotina orienta a ação da criança, assegura a ela o dia- a- dia, possibilitando que perceba e se situe na

relação tempo- espaço, permitindo modificações, sem

necessariamente cair na mesmice, repetir sempre o mesmo (ABRAMOIWICZ, WAJSKOP, 1995 pág.26).

Portanto na organização desta rotina, se percebe que a ação na creche se torna qualitativa, pois o espaço e tempo estão direcionados ao ensino e cuidado com as crianças, possibilitando um contato tranquilo entre professor e aluno. Como Lia (28 anos) acrescenta “o contato individual ou coletivo com os alunos se torna mais prazeroso quando são realizados em um ambiente organizado, pois a prática é realizada com consciência”.

Nesta faixa etária são construídas e desenvolvidas com as crianças as rotinas, os acordos, o que é permitido ou não fazer como regra nesse espaço, além dos limites, nos qual a professora impõe o que é positivo e negativo em suas ações. Maria (35 anos) cita “por ser uma idade em que a identidade da criança está em desenvolvimento, à ação dos profissionais que atuam na

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creche necessita ser qualificada, pois os mesmos irão interferir, no desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças”.

A criança inicia na creche a socialização, pelo contato com os adultos e outras crianças, aprende através da intervenção das professoras, regras de convivências, assim como atitudes positivas e negativas, além da aprendizagem de noção de tempo e espaço, através do cumprimento das tarefas propostas na rotina escolar construídas com ela e demais pessoas na escola.

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2 O ESPAÇO LÚDICO DA CRECHE PRIVADA ARTICULANDO O CUIDAR E O EDUCAR

A Educação Infantil de zero a três anos, nomeada creche é um estabelecimento educativo que ministra apoio pedagógico e cuidados às crianças pertencentes a famílias de diferentes classes sociais. Estas surgiram com o intuito de auxiliar as famílias e suas mães de classe trabalhadora as quais precisavam de algum espaço para deixar seus filhos durante o expediente.

Ao longo dos anos a educação sofreu inúmeras transformações, assim como,alterações referentes à Educação Infantil, como especificado na Lei n° 9394/96 Art. 29 “A educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.”

Portanto a creche é um espaço criado com o intuito de além de cuidar das crianças para que os familiares possam trabalhar, é um espaço com o intuito de estimular o desenvolvimento das crianças.

A educação da criança pequena envolve simultaneamente dois processos complementares e indissociáveis: o educar e o cuidar. As crianças desta faixa etária, como sabemos, têm necessidades de atenção, carinho, segurança. Sem as quais elas dificilmente poderiam sobreviver... Nesta etapa, as crianças tomam contato com o mundo que as cerca, através das experiências diretas comas pessoas e as coisas deste mundo e com as formas de expressão que nele ocorrem (CRAIDY, KAERCHER, 2001, pág.16).

Além de proporcionar atividades diárias de lazer e aprendizagens que serão planejadas e desenvolvidas de acordo com a faixa etária de cada criança. De acordo com a Lei n° 9394/96 Art. 30, percebe-se que é direito das crianças que frequentam a creche total respeito com o mesmo, além da qualidade de materiais e atividades a serem utilizadas pelas crianças, assim como a qualificação dos responsáveis pelo trabalho desenvolvido neste espaço.

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A creche de Rede Privada parte de um investimento familiar, no qual se estabelece vínculos com estas famílias, pois as mesmas buscam na escola um atendimento qualitativo. Maria (35 anos) relata “o atendimento na creche privada além de priorizar o trabalho qualificado com a criança, por meio da seleção de profissionais que se caracterizam e se adaptam ao método de ensino da escola, visa também encantar os pais, pois estes procuram as escolas da rede privada com o intuito de qualificar a educação dos filhos e encontrar na escola acolhimento, a qual supre suas necessidades e desejos”.

A principal preocupação deste a origem das creches sempre foi com os cuidados com crianças, sendo estes com sua higiene e fragilidade, mas atualmente percebesse que a visão de creche vem sendo modificada.

Um bom atendimento infantil em creche envolve diversos aspectos, mas o primeiro de todos é a relação de afetividade do auxiliar de creche com a criança. Para isto, é fundamental para uma maior interação adulto- criança, que não extrapole o número de crianças para cada auxiliar (ROCHA, 1997, pág. 44).

As escolas da Rede Privada surgiram devido à necessidade de um espaço adequado, o qual permita o atendimento de crianças pertencentes a famílias de classe alta, ou média que necessitam trabalhar e não dispõe de tempo ou pessoas, para ficar com estas crianças em horários comercias e diurnos.

Além da quantidade de vagas não supridas na rede municipal, tornou-se necessário o surgimento das mesmas. OLIVEIRA, et al,(1999 pág.22) descreve que nas creches privadas “o atendimento por elas prestado, contudo, propunha garantir o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças, já dentro de uma visão da creche como instituição educacional.”

Estas escolas propõem uma educação de qualidade, sempre se baseando no acolhimento das famílias, no sentido de oferecer uma educação diferenciada, com propostas inovadoras, com oficinas diárias, aulas especiais, além de espaços amplos, com materiais adequados para cada faixa etária.

Devemos lembrar que tudo aquilo que as crianças descobrirem, explorarem e aprenderem na escola maternal será parte de um processo contínuo de educação no qual irá sendo marcado a

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sua passagem da dependência para a autonomia (CUBERES, 1997, pág.21).

Os cuidados a serem tomados em qualquer ambiente escolar tanto da escola Privada ou Pública são muitos, sendo eles com a saúde e higiene das crianças, assim como com os cuidados em prevenir acidentes.

A palavra cuidar como consta no dicionário léxico significa preocupar-se e assumir a responsabilidade com o atendimento a outras pessoas, além de zelar, tomar conta de alguém, dar atenção. Assim como remete ao manifestar interesse atenção por determinado assunto, seja neste caso o cuidado com as ações movidas sobre com as crianças.

O educar como consta no dicionário remete a oferecer ao outro o necessário para que esta pessoa consiga desenvolver sua personalidade, significa propagar e transmitir conhecimento. Ou seja, passar para outro o que você adquiriu através do estudo e da prática.

Portanto este espaço para que seja visto como aquele que permite o cuidar e o educar ao mesmo tempo sendo organizado de tal forma que permita essa relação, como dizem ABRAMOWICZ e WAJSKOP (1995, pág.30): “Os espaços das creches são variados. Por isso, eles devem refletir os princípios educativos em que se baseiam e a prática das profissionais de educação infantil que neles agem. ’’

Na escola de rede Privada sabe-se que o atendimento é diferenciado tendo pessoas responsáveis em exercer suas funções específicas, mas ambos são responsáveis pelo princípio de cuidar das crianças. Cita Lia (28 anos) “o cuidar remete a tudo que realizamos com as crianças na creche, pois defendo que estou cuidando quando realizo as tarefas cotidianas de higiene e da mesma forma realizo atividades pedagógicas.”

Percebe-se na prática cotidiana da creche que cuidar não se restringe apenas aos cuidados com a higiene do bebê, ou com sua alimentação, ou seu sono. Mas que inclui a preocupação de organizar horários para atividades diárias.

Assim como organizar o ambiente escolar para que a criança se sinta bem. Como cuidar remete a escolha de brinquedos adequados para cada faixa

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etária, músicas e atividades de acordo com a necessidade e competência de cada criança.

Educar está diretamente relacionado com o cuidar. Observa-se que ao escolher algo para ensinar aos pequenos se tem o cuidado, o zelo por sua saúde física e mental.

A partir de uma organização da rotina diária, a qual possibilite a articulação do educar e do cuidar, sempre será possível desenvolver atividades estimulantes para o desenvolvimento e crescimento da criança, sendo o trabalho das educadoras significativo. Porém sabe-se que nesta faixa etária as trocas são frequentes, muitos brinquedos são levados a boca, chupetas caem no chão e por isso o cuidar com a saúde dos pequenos recebe destaque, ficando em primeiro plano.

Em seguida desenvolvem-se as atividades pedagógicas, os estímulos, os quais são indispensáveis e fazem com que a criança inicie a aquisição das aprendizagens, sempre destacando que as atividades propostas necessitam respeitar a faixa etária da criança e sendo elas de curta duração.

A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma prática atuante. Seus objetivos, Além, de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural, psicológico, enfatizam a libertação das relações pessoais passivas, técnicas para as relações reflexivas, criadoras, inteligentes, socializadoras, fazendo do ato de educar um compromisso consciente intencional, de esforço, sem perder o caráter de prazer, de satisfação individual e modificador da sociedade (ALMEIDA, 2000 pág.32).

A intervenção do adulto, ou seja, do profissional, na organização do espaço lúdico da creche se torna importante no sentido de que possibilita a integração da criança com este meio e com as pessoas inseridas neste espaço. Maria (35 anos) afirma “a organização desse espaço educativo, de forma lúdica permite melhor aproveitamento em ambas as partes seja, pelas crianças durante a realização das atividades e pelos educadores para a realização e avaliação de seu trabalho.”

As crianças começam a exploração do meio a partir do adulto, que precisa organizar espaços seguros para que elas possam conhecer s si mesmas e ao ambiente em que estão... A oferta de materiais e espaços diversos permite que as crianças experimentem a si e ao meio de formas variadas. Elas vão interiorizando

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sentimentos diferentes- curiosidade, alegria, medo, coragem... Sozinhas, com os adultos e com seus colegas (ABRAMOWICZ, WAJSKOP, 1995, pág. 39).

Partindo da ideia de que o adulto é responsável pelo encaminhamento e desenvolvimento das atividades para com as crianças. As escolhas do mesmo interferem necessariamente no desenvolvimento das crianças, no sentido de que as mesmas se desenvolvem a partir dos estímulos propostos a ela.

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3 OS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DA CRIANÇA: A PRIMEIRA INFÂNCIA

Na educação Infantil de zero a três anos, modalidade Creche compete ao educador conhecer sobre o desenvolvimento e crescimento da criança nesta faixa etária, assim como pesquisar e estudar sobre o ser criança e vivenciar experiências diárias. Necessita-se estudar a infância, considerando a primeira faixa etária de zero a três anos de suma importância para que a criança se desenvolva e possa usufruir futuramente do que lhe é proposto.

Conhecer e estudar a psicologia, conciliando a prática docente com o afeto. Para assim diagnosticar necessidades para a educação na creche. A criança necessita de cuidados, de imposição de rotina, limites, de apoio para aprender e crescer, pois é considerado um ser imaturo, o qual ao longo de sua infância desenvolve sua personalidade e prioridades. A criança é um ser com dever e direitos que constam no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990, no capítulo IV, Art. 53:

A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Como descrito em Lei, a criança possui o direito de usufruir da brincadeira e da magia da infância, em ser criança. Portanto toda criança necessita dos cuidados de um adulto, assim como de alguém que lhe estimule a aprender, além de tempo para brincar livremente. Lia (28 anos) destaca “nossa preocupação não é apenas com as questões de higiene e saúde com os pequenos, sabemos quão importante é possibilitar a essas crianças atividades que permitam ela brincar, se divertir e usufruir dos momentos a qual esta na escola.”

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Possibilitar que no seu ingresso na creche, a criança possa desenvolver- se e permitir-se expressar-se através da linguagem humana seja ela corporal ou oral. Nesta faixa etária a criança se expressa por olhares, choros, gestos, balbucios que transmitem dor, satisfação, prazer e emoções.

...a linguagem é o que caracteriza e marca o homem, trata-se de restaurar nas ciências humanas o seu valor como constituidora do sujeito e da própria realidade. É na linguagem, e por meio dela, que construímos a leitura da vida e da nossa própria história. Com a linguagem somos capazes de imprimir sentidos que, por serem provisórios, refletem a essencial transitoriedade da própria vida e de nossa existência histórica (JOBIN e SOUZA, 1997, pág. 21).

O ser humano se expressa por meio da linguagem, necessitamos dela para comunicar-se com o outro em sociedade. É por meio dela que a criança constrói a representação da realidade do mundo a qual está inserida culturalmente. Desde cedo a criança atribui gestos, tons de voz, sua aprendizagem, distinguindo os mesmos e relacionando-os com fatos vivenciados seja em casa, na escola, na sociedade em geral.

3.1 ESTABELECENDO VÍNCULOS AFETIVOS

Na primeira infância o contato físico com a mãe se torna fundamental para o desenvolvimento cognitivo da criança. Muitas vezes a criança inicia sua jornada escolar muito cedo devido a profissão das mães e este contato físico acaba sendo dividido com outras pessoas, sendo elas as educadoras na creche.

Nos dicionários da língua portuguesa, infância é considerada como o período de crescimento, no ser humano, que vai do nascimento à puberdade. Para o estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069, de 13/7/90) criança é a pessoa até os 12 anos de idade incompletos... Etimologicamente, a palavra infância refere-se a limites mais estreitos: oriunda do latim significa a incapacidade de falar (KUHLMANN, 1998, pág. 16).

De tal forma a criança na primeira infância é dependente do outro para qualquer atividade. As mesmas serão ensinadas por um adulto e a partir do contato com outro desenvolverá sua personalidade. Desta forma é importante

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enfocar que o adulto envolvido com estes pequenos, esteja ciente de quão é importante os primeiros anos de vida de todo individuo.

Esta criança ao ingressar na escola está acostumada com o cheiro, o toque e a voz de sua mãe, a mesma terá que se acostumar com as características de suas educadoras. Sabemos quão difícil muitas vezes é o período de adaptação de uma criança na escola, portanto necessita-se se um profissional na escola que e acompanhe este momento tanto a criança como sua mãe, pois a mãe precisa sentir-se acolhida pela escola, assim como sentir que neste espaço seu filho estará protegido.

Juana (24 anos) diz “Nas adaptações além da confiança da criança com a professora, as famílias necessitam sentir-se seguras também ao deixar as crianças na escola. De tal forma o professor necessita estar preparado para agir nas adaptações.”

Portanto, vê-se o papel do pedagogo como aquele que compreende, organiza o espaço escolar para a acolhida destas crianças da melhor maneira possível, para que crianças e suas famílias se sintam bem neste espaço educativo. Demonstrando que cada ato, seja, ele exercido por parte da escola ou pela família é de suma importância no momento de adaptar-se ao espaço e ao convívio com outras pessoas.

Os primeiros contatos serão curtos e sempre com a presença materna para que a criança sinta segurança e ao poucos interaja com as educadoras e outras crianças. Desta forma é desenvolvido o trabalho pedagógico pela escola com a família, podendo ser com a mãe e o bebê que irá ingressar na creche.

O pedagógico também envolve o que se passa nas trocas afetivas, em todos os momentos do cotidiano com os bebês; perpassa todas as ações: limpar, lavar, trocar, alimentar, dormir. A partir destes pontos, constrói-se o conceito de “situações significativas”, que limita ações pedagógicas e espaços rígidos predeterminados na rotina (JAHNKE, MARQUES, 2011, pág.24). Os vínculos afetivos serão construídos ao longo do período de adaptação, desta forma relembramos como é importante este profissional da educação estar qualificado e ser avaliado pela escola, pois o mesmo conviverá com os pequenos e necessita antes de tudo amar o que faz, permitindo que a criança

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se sinta acolhida e amada, e desta forma possa usufruir do espaço ao qual está inserida e interagir os as pessoas ai seu redor.

Compete à educadora perceber quais são as características daquela criança, seu jeito de ser e de se relacionar com o novo ambiente que agora passará a frequentar, bem como a maneira como interage com os/as colegas e com as pessoas que dela cuidam/educam. É preciso respeitar o ritmo de cada criança, bem como suas manifestações de medo e ansiedade (CRAIDY, KAERCHER, 2001, pág.32).

Portanto neste processo de educação das crianças na creche verifica-se que o entendimento, sobre este vínculo de cuidar e educar são estreitados, de modo que ambos são desenvolvidos conjuntos. a partir da ação e reflexão do trabalho desenvolvido pelas educadoras.

3.2 OS ESTÍMULOS NA CRECHE, QUANDO E POR QUÊ?

Os bebês na creche apesar de não terem a linguagem oral desenvolvida, comunicam- se com os adultos de forma intensa, sendo uma comunicação singular em que gestos, balbucios, choros, risos servem como forma de contato social.

Desta forma os profissionais da educação infantil, necessitam se aprimorar desta linguagem dos bebês, buscando compreende-las e de certo modo ouvi-las e atribuí-las, comunicando-se com estes pequenos seres. Como afirma Freire (1996, pág. 131-132) “é preciso que quem tem o que dizer saiba, sem dúvida nenhuma, que sem escutar o que quem escuta tem igualmente a dizer, termina por esgotar a sua capacidade de dizer por muito ter dito sem nada ou quase nada ter escutado”.

Portanto parte do educar a busca por aperfeiçoamento, a partir de estudos sobre a faixa etária a qual será desenvolvido os estímulos, buscando significá-los, no decorrer das atividades.

O contato direto do educador com o bebê se faz mais do que apenas um contato, torna-se um vínculo, um dependente do outro para que as atividades cotidianas ocorram de forma tranquila, harmoniosa e produtiva. Ou seja, é necessário que os profissionais os quais trabalham com as crianças estejam preparados para se relacionar, no sentido de que possa haver confiança no

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decorrer da rotina diária por parte da criança pelo seu professor. E desta forma são observados os resultados, as aprendizagens a partir dos estímulos propostos.

A base biológica do desenvolvimento e a estrutura neurológica não evoluem por si só, mas também pela influência do meio. Nesse sentido, o estimulo, além de contribuir com a construção da rede neural, capacita a criança a usar o que ela aprendeu para criar coisas e usá-las em situações inéditas. A estimulação tem que fazer parte da educação infantil (JAHNKE, MARQUES, 2011, pág.24).

A criança recebe o que lhe é proposto, portanto os estímulos oferecidos por parte de um adulto são atribuídos pela criança como ensinamentos e os mesmos para que sejam adquiridos pela criança, necessitam ser adequados à sua faixa etária e desenvolvidos.

Na escola da rede privada relata Maria (35 anos) “aos bebês a partir de quatro meses são fornecidos acompanhamento especializado de profissionais da educação e da saúde, como exemplo, o professor de Educação Física.” Este profissional, portanto, com a pedagoga e as docentes analisa individualmente cada criança, suas limitações e seu desenvolvimento, a fim de que sejam realizadas atividades que viabilizem seu avanço.

Percebe- se a importância dada ao desenvolvimento individual da criança, pois são direcionados estímulos específicos para cada criança, assim como os estímulos coletivos os quais podem ser desenvolvidos no geral com qualquer criança.

O desenvolvimento é parte da vida e está profundamente marcado pelo contexto do qual a criança participa. Os comportamentos que cada uma apresenta e as respostas que dá relacionam-se às questões mais amplas que lhe são colocadas cotidianamente. Consequentemente, crianças diferentes, com vidas diferentes, recebendo estímulos diferentes, estão expostas a problemas e a formas de solucioná-las diferentes e constroem padrões de referencia e de comportamento igualmente diferentes (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil, 2002. pág.45). Nessa perspectiva os estímulos estão diretamente ligados ao processo de ensino aprendizagem de cada criança. Na qual a uma comunicação vital em que os sujeitos são seres individuais cada um com seu tempo de crescimento e desenvolvimento. E ao mesmo tempo o conhecimento passa a ser construído e

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compartilhado entre educador e educandos, através dos estímulos desenvolvidos.

A educação na creche remete a uma educação lúdica, que resgate brincadeiras e permita desfrutar do ser criança da magia do faz de conta, da fantasia. Portanto as atividades desenvolvidas na Educação Infantil necessitam ser lúdicas, com o contato físico, visual, com a oralidade do docente, com músicas educativas, com brincadeiras na troca das fraldas, na hora do banho, sendo estas atividades estímulos.

Através da brincadeira simples com a criança, na faixa etária de zero a três anos sua linguagem oral e corporal é estimulada. O adulto é visto como exemplo, e será imitado, transformar a hora da brincadeira como algo prazeroso e de aprendizagens, pois a criança não brinca simplesmente, ao brincar a criança está conhecendo o mundo a sua volta e o significando.

A criança encontra na brincadeira, meios de transformar objetos e cenas do faz de conta em fatos reais de seu cotidiano, representando o que a mesma vive.

As diferentes formas de linguagem verbal, corporal, plástica e musical e todas as formas de comunicação e expressão são básicas para que as crianças compreendam, compartilham e se estruturem na cultura e na sociedade.

Assim, é preciso propor atividades diárias que possibilitem o desenvolvimento da fala, do corpo, das artes, da música, da dança, da leitura, da escrita, da tecnologia. A apropriação desses

conhecimentos pelas crianças acontece o tempo todo

(ABRAMOWICZ, WAJSKOP, 1999, pág. 14).

Portanto nessa fase de vida da criança entre zero e três anos, os estímulos serão oferecidos durante o decorrer da rotina, será necessária a atenção do educador para distinguir momentos para que sejam desenvolvidos os estímulos. Os mesmos podem ser desenvolvidos individualmente, ou no coletivo. Destacando sempre que os estímulos necessitam ser curtos, que possam atrair a atenção da criança para o desenvolvimento da atividade proposta.

Trago alguns exemplos de estímulos, ou seja, os mais usados nesta faixa etária: a música, na qual a educadora pode cantar e encenar para e com as crianças, possibilitando a interação entre a turma, exposição e exploração de

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instrumentos musicais diversos para que a criança observe suas diferenças em ritmo, som, assim como a estética dos instrumentos.

Brincadeiras com bolas de diferentes tamanhos e texturas. Atividade no colchão, de rolar, pular, engatinha, além de massagens relaxantes, e conversas continuas e estas se fazem de suma importância na realização de qualquer estímulo, para que a criança compreenda o que o profissional está realizando com ele no momento.

Portanto os estímulos são muitos, compete aos profissionais da educação, a escolha das atividades e estímulos adequados para as diferentes turmas desta faixa etária. Além da criatividade e inovação que podem ser usufruídas pelos profissionais da educação a fim de que novas atividades sejam utilizadas para a aprendizagem das crianças.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho que teve como objetivo analisar a atuação do pedagogo no espaço escolar da creche, articulando o educar e o cuidar no cotidiano com as crianças. Para que fosse possível a realização do mesmo foi realizada uma entrevista com as duas educadoras e uma pedagoga, assim como as observações do cotidiano escolar foram fundamentais para o estudo da temática.

A partir das leituras e reflexões a cerca da criança de zero e três anos, assim como da análise sobre a organização do espaço destinado à educação e cuidados com estas crianças é possível constatar que o trabalho desenvolvido pelo profissional da educação, sendo este o pedagogo se faz necessário, para que neste espaço sejam priorizadas as aprendizagens das crianças.

Portanto, vê-se a primeira infância como etapa mais importante do desenvolvimento infantil, pois nesta faixa etária a criança inicia os primeiros contatos com o outro, sendo este a integração com o meio escolar, colegas e docentes, assim como é nessa fase que é formada sua personalidade.

Desta forma, destaco que, a atuação do adulto com e para esta criança na creche se faz de tal importância que a qualificação destes profissionais é imprescindível. Pois parte deste profissional, sendo este o pedagogo, a organização e planejamento da rotina e atividades desenvolvidas na escola, visando aproveitamento do espaço e tempo, destacando o educar e o cuidar, a fim de que haja por parte das crianças aprendizagens qualificadas.

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REFERÊNCIAS

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Referências

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