introdução - 11
Tronco
As nádegas são o ponto adiposo de maior volume. Serão tratadas junto com os membros inferiores. A lateral do tronco é musculosa na parte da frente e adiposa na parte de trás. Esse ponto adiposo nasce na altura do espaço livre entre os músculos grande dorsal e oblíquo, de forma a preencher esse vazio. As formas variam, mas, ao se desenvol-verem, sempre sobem na direção das costas, formando um pneu de gordura.
Esse ponto adiposo das laterais pode se unir, na frente do corpo, ao volume adiposo do abdômen (Fig. 1 e 2, característica mais masculina): nesse caso, a gordura forma uma cintura adiposa em torno do ab-dômen, fazendo o quadril parecer mais estreito, principalmente se a bacia for naturalmente mais estreita.
Mas ele também pode ultrapassar esse limite ósseo, passar por cima das asas ilíacas e chegar ao quadril e às nádegas (Fig. 3, característica mais feminina). Nesse último caso, o efeito da cintura será acentuado, principalmente se a bacia for natu-ralmente mais larga. Pude observar em vários modelos, femininos e masculinos, esses dois padrões (p. 12). Difícil escolher apenas um. A gordura atenua e embaralha os caracteres sexuais, muitas vezes tor-nando as formas andróginas. Existem inúmeras variantes e nuan-ças, obviamente, e algumas dobras podem se dividir em outras. Resolvi não as enumerar no âmbito desta abordagem esquemática.
Fig. 1
introdução - 13 Na altura do abdômen, a gordura se
concentra sobretudo em torno do umbigo (Fig. 3, p. 11), que parecerá mais profundo quanto mais abun-dante ela for. Esse ponto adiposo pode se ampliar abaixo do umbigo e por toda a região entre a cintura e o púbis, e daí se estender para trás e se unir ao pneu das laterais confor-me visto anteriorconfor-mente, chegando ao quadril e às nádegas.
A forma do seio, constituído pela gordura que envolve e parece pro-teger a glândula mamária, varia muito de pessoa para pessoa e não necessariamente é proporcional às outras regiões do corpo. A gordura é mantida aqui numa bolsa de pele presa à clavícula, que a carrega em todos os movimentos do braço (Fig. 3, pág. 11). Podemos ver o seio des-lizar sobre o peitoral e a caixa torá-cica, com os quais não tem ligação direta. Num modelo masculino é muito comum encontrar em torno do mamilo um volume adiposo que, desenvolvendo-se, também pode adquirir o formato de um seio. O pei-
toral é responsável pelo volume da parede da axila, na parte anterior do corpo, mas com frequência será co-berto pela gordura que fica em tor-no do mamilo.
A partir desse ponto, desenvolven-do-se qualquer que seja o sexo do modelo, a gordura encontrará, nas costas, a região da escápula, for-mando um pneu que fará um belo contraponto, embaixo do braço, ao volume oblíquo da lateral do corpo descrito acima.
Entre essas duas faixas adiposas aparece o volume da caixa torácica na altura da cintura. Sua presença será acentuada pelos movimentos de torsão ou inclinação.
A gordura do púbis cobre a sínfise da bacia. Ela tem um formato trian-gular num modelo feminino, limita-da pela dobra do abdômen e, nas laterais, pelas dobras de flexão das coxas. Desenvolvendo-se, essa gor-dura recobrirá a base do pênis, que ela em parte tenderá a cobrir, fazen-do-o parecer mais curto.
38 | Tronco - padrão 1
Essa página dupla apresenta variantes do padrão 1, visto na p. 12 da Introdução.
As laterais do corpo não se confundem com o volume do quadril (1 e 2).
Fig. 1: o limite superior da bacia marca a fronteira entre essas duas regiões.
Fig. 1 1 2
padrão 1 - Tronco | 39 Fig. 2: o triângulo pubiano. O marco ósseo do púbis é, sob os pelos, oculto por um volume adiposo.
40 | Tronco - padrão 2
Nessa página dupla, mostra-se o segundo padrão proposto na Introdução (p. 12). As laterais do corpo se confundem com o quadril (1 + 2).
Fig. 1: a gordura cobre a asa da bacia. Somente o limite do abdômen entre as duas cristas da bacia se delineia. Fig. 1
44 | Tronco - perfil
Fig. 1: distribuição das massas.
Fig. 2: com o ganho de peso, uma dobra une o mamilo/seio à ponta da escápula (I).
Uma segunda dobra enfatiza o volume da caixa torácica (II). A terceira, quando a gordura está localizada acima da bacia (padrão 1), marca o limite lateral do corpo (III).
Fig. 1 I II III 1 Fig. 2 2