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INCIDÊNCIA DE CANCRO DO EUCALIPTO NO ESTADO DO MARANHÃO INCIDENCE OF EUCALYPTUS CANCER IN THE STATE OF MARANHÃO

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Academic year: 2021

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INCIDÊNCIA DE CANCRO DO EUCALIPTO NO ESTADO DO MARANHÃO

INCIDENCE OF EUCALYPTUS CANCER IN THE STATE OF MARANHÃO

CRISTIANE CARVALHO SOARES ¹;AMANDA DOS SANTOS CUNHA

²;IZABELLE CRISTINA SILVA TEIXEIRA³;VALMIR DE LIMA

(Coorientador) JOSÉ MILTON DA SILVA (Orientador)

DOI: 10.31692/2526-7701.IIICOINTERPDVAGRO.2018.00524

Apresentação: Pôster

Introdução

O cancro do eucalipto é uma doença que ocorre praticamente em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo, onde o eucalipto é plantado. No Brasil, esta doença já foi registrada desde o estado de Santa Catarina até a região Amazônica.

A doença pode causar prejuízos, tanto em termos quantitativos como qualitativos, notadamente em áreas onde ocorre com maior severidade (costa do Espírito Santo, região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais e em certas áreas do Estado de São Paulo). A morte ou o tombamento, pelo vento, de árvores atacadas, chega a ocorrer em proporções elevadas em áreas plantadas com espécies mais suscetíveis, causando reduções significativas no rendimento volumétrico dos povoamentos.

O estado do Maranhão possui grandes áreas de cultivo de eucalipto distribuídos em várias regiões diferentes, a região sul do estado que compreende os municípios de são Raimundo das Mangabeiras, São domingos do Azeitão e pastos Bons, nos municípios de Estreito Carolina e Riachão na região de transição entre o cerrado e a floresta amazônica e na

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região mais ao norte do estado nas proximidades da divisa com o estado do Pará nos municípios de Açailândia, Buriticupu e São Francisco do Brejão, com topografia que demonstra se um grande potencial no cultivo e produção de madeira com fins industriais, como o beneficiamento da celulose, por se tratar de terras em áreas de transição de cerrado e floresta. Conta ainda com a expansão da indústria de manufatura.

Observa-se que a doença já se manifesta com frequência em algumas regiões do estado do Maranhão carecendo de estudos detalhados sobre os fatores que incidem o

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aparecimento. Objetivando um aprofundamento maior na temática, analisou a incidência de cancro do eucalipto no estado do Maranhão.

Fundamentação Teórica

O cancro do eucalipto, causado pelo fungo Cryphonectria cubensis (Bruner), é encontrado, normalmente, em regiões tropicais e subtropicais do mundo. (HODGES,1976)

A doença é importante para a cultura do eucalipto, por provocar vários tipos de danos e perdas. Os principais são a morte de árvores jovens, a formação de cancro e suas conseqüências (deformação do tronco, quebra do fuste, produção de pigmentos na celulose, diminuição do poder calorífico da madeira atacada) e efeitos danosos na brotação (menor ou nenhuma rebrota) (FERREIRA, 1989; KRUGNER, 1980).

O principal dano as árvores causadas por C. cubensis e Botryosphaeria sp. é o desenvolvimento de grandes cancros que podem matar árvores durante o primeiro até o último ano do ciclo de crescimento. Sob condições climáticas favoráveis com espécies suscetíveis ou clone, o cancro pode afetar até 50 % das hastes (Alfenas et al. 2004). Os cancros são caracterizados pela morte do floema, do cambio formando quinos nas árvores.

Os cancros são doenças que ocorrem normalmente em povoamentos naturais e plantações de eucalipto pelo mundo. Chrysoporthe cubensis é o patógeno mais conhecido associado a este tipo de doença no Brasil. Outros fungos associados a cancros de eucalipto são vistos como patógenos secundários, destacando-se Botryosphaeria sp, Cytospora sp, Coniothyrium sp entre outros (Alfenas et al, 2004).

Metodologia

O ensaio foi conduzido nos municípios de Estreito, Estado do Maranhão, a Latitude: 06º 33’38”S Longitude 47º27’04”W com altitude de 153m e no município de São Raimundo das Mangabeiras a Latitude: 07º01’19” S 45º28’22”W e Altitude de 225m. No município de Estreito Apresenta um clima tropical. No inverno existe muito menos pluviosidade que no verão. Segundo a Köppen e Geiger o clima é classificado como Aw. 25.5 °C é a temperatura média. A média anual de pluviosidade é de 1568 mm. Em São Raimundo das Mangabeiras, a estação com precipitação é opressiva e de céu encoberto; a estação seca é de ventos fortes e de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 22 °C a 37 °C e raramente é inferior a 19 °C ou superior

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a 39 °C.

Foram coletadas amostras das árvores atacadas nos dois locais de cultivo com o objetivo de verificar a incidência do Cryphonectria cubensis, os dois talhões não foram

desbastados até o momento de coleta de dados, permanecendo a população no stand original na sua totalidade.

As variáveis analisadas foram: Percentual de Infestação (PI), com base no número de plantas infestadas por hectare utilizando a fórmula: PI=D – 100 ↔ X =?, onde D= densidade populacional do stand igual a 100, X igual ao percentual da infestação. Grau de Infestação (GI) analisada levando-se em consideração a severidade da lesão: 0 (zero) sem lesão, 1(um) com lesão leve, 2(dois) com lesão moderada e 3(três) com lesão severa. Foi analisado também os níveis de temperatura e umidade dos locais para correlacionar com a incidência do fungo.

Resultados e Discussões

A análise de variância do percentual de infestação (PI) mostrou diferença significativa a nível de 5% entre SRM e Estreito, mas não mostrou significância entre as lesões. O coeficiente de variação (CV) foi de 17,00%.

CV S. R. Mangabeiras estreito Média

PI (%) GI 2,39 2,0 4,19 3,0 3,29 2,5

Foram encontradas árvores com sintomas severos no município de Estreito, podendo ter uma relação direta com as altas temperaturas a altas umidades da região, uma vez que as áreas de cultivo estão inseridas nas proximidades do Rio Farinha e do Lago da Hidrelétrica de Estreito, enquanto que em São Raimundo das Mangabeiras o fator limitante pode ter sido o afloramento de nascentes de água ao longo de toda a região da Chapada das Mesas e do curso do Rio Itapecuru.

KRÚGNER (1983), trabalhando com progênie de Eucalyptus grandis procedência Coff's Harbour e inoculações artificiais de isolados do Cryphonectria cubensis encontrou uma

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relação direta entre o tamanho individual das árvores e sua susceptibilidade ao patógeno, dependendo da progênie e do isolado utilizados. Segundo o autor, existe tendência de ocorrer relação direta entre o rendimento volumétrico de várias progênies e sua susceptibilidade ao patógeno

Conclusões

O cultivo de eucalipto no estado do Maranhão é uma alternativa viável para o setor de produção de papel e celulose se inserido em locais com clima e precipitação pluviométricas adequados ao manejo.

As altas temperaturas predominantes dos municípios de são Raimundo das Mangabeiras e Estreito são fatores limitantespara o cultivo de eucalipto, favorecendo a incidência do cancro do eucalipto.

Recomenda-se a implantação de genótipos com características adaptadas para suportar os intempéries do estado do Maranhão.

Referências

ALFENAS, A. C., JENG, R., AND HUBBES, M. 1983.Virulence of Cryphonectria cubensis on Eucalyptus species differing in resistance. Eur. J. For. Pathol. 13:179-205.

FERREIRA, F.A. Doenças do eucalipto. In: FERREIRA, F.A., ed. Patologia florestal; principais doenças florestais no Brasil. Viçosa: SIF, 1989. p.25-243.

HODGES, C.S.; REIS, M.S.; FERREIRA, F.A.; HENFLING, J.D.M. O cancro do eucalipto causado por Diaporthe cubensis. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v.1, p.129-170, 1976.

KRUGNER, T.L. Doenças do eucalipto. In: GALLI, F., coord. Manual de fitopatologia. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 1980. v.2, p.275-296.

KRÜGNER, T.L. - Variação na resistência do hospedeiro e no grau de patogenicidade do patógeno no sistema Eucalyptus grandis Hill ex Maiden - Cryphonectria cubensis (Bruner) Hodges. Fitopatologia Brasileira. Brasília, 8: 47-64, 1983.

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