• Nenhum resultado encontrado

Perfil epidemiológico da discopatia degenerativa lombar: uma revisão de literatura

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Perfil epidemiológico da discopatia degenerativa lombar: uma revisão de literatura"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Artigo de Revisão

Perfil epidemiológico da discopatia degenerativa lombar: uma revisão de literatura

Epidemiological profile of lumbar degenerative disc disease: a literature review Beatriz Rodrigues de Lima1, Olivia Maria de Jesus2

Resumo

Introdução: A discopatia degenerativa lombar é uma desordem músculo esquelética

frequentemente responsável pela lombalgia ou lombociatalgia. É caracterizada por uma herniação do núcleo pulposo através do anel fibroso, constituindo-se como uma das principais causas de dor lombar. É considerada uma patologia extremamente comum, que causa séria inabilidade em seus portadores. Podem ser assintomáticas ou sintomáticas que vai depender da localização, do tamanho, do tipo e do grau de envolvimento radicular. Várias são as causas como: congênitas, degenerativas, genéticas, inflamatórias, tumorais, mecânico-posturais. Esta pesquisa tem como objetivo relatar o perfil epidemiológico da discopatia degenerativa lombar abordando os principais fatores que a predispõe, utilizando as palavras chave: epidemiologia, lombalgia, discopatia degenerativa lombar e hérnia de disco, através de uma revisão de literatura. Conclusão: A dor lombar acomete cerca de 80% da população e em estudos recentes mostram que a prevalência é maior em pacientes do sexo feminino, entre a quarta e quinta década de vida. Entre as várias causas existentes, a disfunção postural é a mais frequente. Notou-se também que as lesões caracterizadas por dor na coluna lombar, tem adquirido relevante importância por afetar grande parte da população causando disfunções, invalidez e aspectos socioeconômicos que a acompanham.

Descritores: Epidemiologia, lombalgia, discopatia degenerativa lombar e hérnia de

disco.

___________________________________________________________________

Abstract

Introduction: The lumbar degenerative disc disease is a disorder of skeletal muscle

often responsible for low back pain or sciatic pain. It is characterized by a hernia of the nucleus pulposus through the annulus fibrosus, establishing itself as a major cause of back pain. It is considered an extremely common condition that causes severe disability in their patients. May be asymptomatic or symptomatic that will depend on the location, size, type and degree of root involvement. There are several

(2)

causes such as congenital, degenerative, genetic, inflammatory, tumor-mechanical posture. This study aims to report the epidemiological profile of lumbar degenerative disc disease with the key factors that predisposes using the key words: epidemiology, low back pain, degenerative disc disease and lumbar disc herniation, through a literature review. Conclusion: Low back pain affects approximately 80% of the population and recent studies show that the prevalence is higher in male patients between the fourth and fifth decade of life. Among the various causes existing postural dysfunction is the most common. It was also noted that the lesions characterized by pain in the lumbar spine have gained significant importance to affect much of the population causing dysfunction, disability and socioeconomic aspects that accompany.

Keywords: Epidemiology, Lumbalgia, Lumbar degenerative disc disease, Herniated

disc.

1. Fisioterapeuta Pós-graduanda em Fisioterapia Traumato Ortopedica e Desportiva pelo Ceafi – Goiania/GO.

2. Fisioterapeuta, pós graduada em Fisioterapia Nurológica, Fisioterapeuta do Centro de Reabilitação DR. Henrique Santilo-CRER – Goiânia/GO.

Introdução

A discopatia degenerativa lombar é uma desordem músculo esquelética frequentemente responsável pela lombalgia ou lombociatalgia, sendo esta uma das condições mais comuns em que o paciente necessita de alívio. É uma patologia na maioria das vezes encontrada na coluna lombar e acomete estruturas articulares alterando o funcionamento biomecânico da região e das propriedades naturais dos tecidos adjacentes1.

É uma patologia extremamente comum que causa séria inabilidade em seus portadores constituindo-se um problema de saúde pública mundial, embora não

fatal1. Os desequilíbrios musculares, traumas, esforços nas atividades de vida diária,

posturas que facilitam a desorganização da distribuição das pressões do disco são alguns dos mecanismos que favorecem a degeneração com consequente projeção do núcleo, a chamada hérnia de disco. Podem ser assintomáticas ou sintomáticas que vai depender da localização, do tamanho, do tipo e do grau de envolvimento radicular2.

Pacientes com históricos de dor lombar desencadeiam consequências negativas para a saúde, evitando certos movimentos pelo medo do aumento da dor, isso causa

limitações a eles, prejudicando-os na execução das atividades de vida diária3. Essa

patologia, pelas disfunções, invalidez e aspectos socioeconômicos que a acompanham, tem sido tema de inúmeros estudos epidemiológicos entre os trabalhadores4.

(3)

Anatomia e Função

A coluna vertebral, Segundo Sleutjes5, é composta por 33 vértebras as quais se dividem em: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígena. É o eixo de suporte e movimentação do corpo humano funcionando ainda como uma proteção óssea para a medula espinhal6.

Entre os corpos vertebrais adjacentes temos os discos intervertebrais, estrutura que une uma vértebra a outra e, ao mesmo tempo, possibilita o movimento entre elas. Sua função é absorver e distribuir as cargas e impactos aplicados na coluna6-8. Devido uma sobrecarga de peso, má postura adquirida pode ocorrer um aumento da pressão intradiscal e consequentemente uma degeneração do mesmo1. De acordo com Mota, Dutra e Barbosa9, a coluna vertebral possui curvaturas classificadas em primárias e secundárias. Tais curvaturas desempenham um papel funcional, permitindo que a coluna aumente a sua flexibilidade e a capacidade de absorver os choques, enquanto mantêm a tensão e estabilidade das articulações intervertebrais10. Um desequilíbrio muscular pode causar tanto uma acentuação ou diminuição dessas curvaturas, levando a uma sobrecarga no disco intervertebral e favorecendo uma herniação11.

A estabilidade vertebral depende da associação de alguns sistemas: o sistema passivo, composto pelas estruturas ósseas, articulares e ligamentares, que contribui para o controle próximo ao final da amplitude articular onde desenvolvem forças reativas que resistem ao movimento, o sistema ativo constituído pelos músculos desempenhando suas funções contráteis e o controle neural, aquele que monitora e regula de forma contínua as forças ao redor da articulação. Quando ocorre a falha de um sistema, os outros dois se reorganizam para dar continuidade a homeostase que, muitas vezes, acontece de maneira inadequada sobrecarregando algum dos outros sistemas, promovendo uma disfunção e instabilidade vertebral12.

Diversos estudos tem evidenciado o papel fundamental dos músculos que proporcionam a estabilidade segmentar vertebral13-14. Os músculos do tronco são divididos em dois grupos: os músculos profundos e os superficiais. Os profundos, especialmente o transverso abdominal e os multífidos, de acordo com vários estudiosos, são os músculos que possuem maior função estabilizadora14. Evidências comprovam que na presença de dor lombar e instabilidade segmentar, estes músculos em especial, são afetados e para manter a estabilidade do tronco, há uma compensação de músculos globais13. Com o passar do tempo, os tecidos podem se adaptar a essa nova postura, que frequentemente está associada a uma série de disfunções, entre elas: as degenerações discais e facetárias15.

O músculo desempenha importante papel protetor das estruturas passivas da coluna vertebral. A hipotonicidade proveniente do desuso, a permanência prolongada em determinadas posições, ou mesmo a fadiga pelo gesto repetitivo, causam uma transferência excessiva de carga a essas estruturas, provocando dor16.

(4)

Portanto, a estabilidade da coluna lombar tem papel importante no equilíbrio corporal, sendo a principal região do corpo responsável pela sustentação de cargas10 e ao mesmo tempo pela flexibilidade para movimentação do tronco17.

Epidemiologia

A dor nas costas é um agravo à saúde que acompanha o homem desde o início dos tempos, sua prevalência é elevada e ela ocorre indistintamente na população18. De acordo com Macedo e Briganó19, as dores lombares tem representado um alto custo no seu tratamento para o sistema de saúde e para a previdência social. Fernandes20 afirma que no Brasil que a primeira causa de pagamento de auxílio-doença e a terceira causa de aposentadoria por invalidez é devido as doenças musculoesqueléticas, com predomínio das doenças da coluna.

A dor lombar é uma das queixas mais frequentes da população mundial, cerca de 80% das pessoas já apresentaram dor nesta região ao menos uma vez ao longo da vida21. Estudos realizados por Garcia4, as lesões caracterizadas por dor na coluna lombar tem adquirido relevante importância nas últimas décadas por afetar uma parcela importante da população economicamente ativa. E dentre as patologias temos a hérnia de disco lombar, por ser tão comum, chega a ser considerado um problema de saúde mundial, devido disfunções, invalidez e aspectos socioeconômicos.

As dores lombares atingem níveis epidêmicos na população em geral, sendo que em países industrializados sua prevalência é estimada em torno de 70%22. A causa é multifatorial, o que torna difícil a identificação exata de seu diagnóstico etiológico, entretanto as disfunções posturais são a mais frequentes.

Para Moraes23, a prevalência da dor lombar aumenta gradativamente com a idade, isto se deve às alterações degenerativas, a sobrecargas no trabalho e à perda de massa muscular, dentre outras causas, refletindo um efeito cumulativo. A maior prevalência de lombalgia ocorre em países industrializados (60% a 80%), em diferentes idades, com maior frequência (13% a 49%) em indivíduos com mais de 65 anos de idade.

Segundo Khouri et al21, no Brasil, cerca de 10 milhões de brasileiros ficam incapacitados por causa de lombalgia e pelo menos 70% da população sofrerá um episódio de dor na vida. Nos Estados Unidos é a causa mais comum de limitação de atividades entre as pessoas com menos de 45 anos e a segunda mais frequente para visitas médicas.

Falcão, Marinho e Sá24, realizaram um estudo correlacionando os desvios posturais e dores musculoesqueléticas. A amostra foi composta por 54 pessoas, de ambos os sexos, prevalecendo a maioria do sexo feminino (66,7%). O estudo demonstrou que o local mais prevalente de dor foi a coluna lombar (39,7%), seguida da cervical (12,2%) e da torácica (12,2%), sendo que todos os participantes de estudo apresentaram alguma alteração postural, com maior incidência a hiperlordose (68,5%).

(5)

Na região da grande Lisboa, Coelho, Almeida e Oliveira25, através da aplicação de questionários em 208 adolescentes com idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos, verificou a prevalência de lombalgias em 39,4% no ano de 2002-2003, tento maior incidência nas meninas (41,9%) do que nos meninos (36,9%).

Ferreira et al18, determinaram a prevalência de dor nas costas e fatores associados em uma amostra de 972 adultos, com idade entre 20 e 69 anos, de ambos os sexos, da cidade de Pelotas-RS. Verificaram que 63,1% dos indivíduos relataram dor nas costas pelo menos alguma vez nos 12 meses anteriores à entrevista, sendo 40% na região lombar, e o sexo feminino apresentou 1,24% chance maior de rsico de dor nas costas do que o sexo masculino.

Também na cidade de Pelotas, Silva, Fassa e Valle22, através da aplicação de questionários em 3.182 indivíduos com idade média de 44 anos, verificaram uma prevalência de dor lombar crônica na população de 4,2%. Ser do sexo feminino, possuir idade avançada, ser casado(a), ter baixa escolaridade, ser tabagista, apresentar alto índice de massa corporal, realizar movimento repetitivo entre outros fatores, foram as variáveis que mostraram associação com presença de dor lombar crônica.

Khouri el al.21, estudou a prevalência da lombalgia em garimpeiros da Serra Pelada, Pará, Brasil. O total da amostra foi de 1169 pessoas, sendo 51,7% do sexo masculino. A principal queixa encontrada foi a dor musculoesquelética com 24,11% e dentro deste grupo a lombalgia foi a principal causa com 13,74%.

Vialle et al.26, afirma que a hérnia de disco ocorre principalmente entre a quarta e quinta década de vida. Estima-se que 2 a 3% da população possam se afetados, com prevalência de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres acima de 35 anos. A idade média para o aparecimento do primeiro ataque é aproximadamente 37 anos, sendo que em 76% dos casos há antecedente de uma crise lombar, uma década antes1.

Costa27 cita que a cronicidade da dor lombar pode ser um fator agravante, sendo que acomete a população em geral, em cerca de 2,4% e 1,7%, respectivamente, para homens e mulheres. Este sintoma aparece frequentemente nos homens acima de 40 anos e com maior prevalência nas mulheres entre 50 e 60 anos. Entretanto, estudos realizados por Gomes Pinto et al.28 relataram o caso de uma menina de 15 anos, sem história prévia de doenças na coluna, que apresentou uma hérnia discal não traumática em dois níveis lombares.

Rypl29 verificou o perfil epidemiológico dos pacientes com hérnia de disco lombar atendidos no serviço de fisioterapia de uma instituição de ensino superior, onde a amostra era composta de 97 fichas com predomínio de casos do sexo feminino (56,7%). Puderam constatar que 20,6% eram aposentados, seguidos das atividades do lar com 18,6%. Descreve que o grande número de aposentados pode ser devido ao declínio de força muscular, agravamento de posturas incorretas e devido ao desgaste do disco intervertebral relativo ao aumento da idade. Enquanto as profissionais do lar podem ser explicadas principalmente pela má postura adotada durante a realização de suas tarefas domésticas. Verificou-se também

(6)

74,1% dos casos tinham dor irradiada para algum ou ambos os membros inferiores, considerando que a grande maioria dos pacientes deste estudo se encaixa no perfil de dor crônica com 71,13%.

Material e Métodos

Esta revisão de literatura, foi baseada em trabalhos escritos em português ou inglês, obtidos nas bases de dados do PubMed e Google Acadêmico, utilizando por referência publicações realizadas entre 1996 e 2015. Palavras-chaves utilizadas:

epidemiologia, lombalgia, discopatia degenerativa lombar e hérnia de disco. O

presente trabalho tem como objetivo relatar o perfil epidemiológico da discopatia degenerativa lombar abordando os principais fatores que a predispõe.

Discussão e resultados

A discopatia degenerativa lombar, considerando vários estudos, vem se tornando um grande problema de saúde mundial, em decorrência de incapacidades, disfunções e problemas socioeconômicos1,11,22,26. Dessa forma, no Brasil as desordens na coluna vêm se tornando a primeira causa de pagamento auxilio doença e a segunda de aposentadoria por invalidez11. Nos Estados Unidos, por sua vez, estimou-se os custos em aproximadamente 17,9 milhões de dólares no ano de 1988 com dores lombares e no Canadá, do mesmo modo, ouve um gasto anual de 10 bilhões de dólares16.

Portanto, a dor nas costas é uma condição auto limitante3,21, tornando-se, segundo a Organização Mundial da Saúde, umas das queixas mais comuns da população, causando além de um problema médico, um déficit econômico devido o alto índice de absenteísmo no trabalho14.

Em relação às causas, elas podem ser diversas, como doenças inflamatórias, degenerativas, neoplásicas, traumáticas, genéticas entre outras11,16,18,22. Entretanto, a dor nas costas, frequentemente não decorre de doenças específicas, mas sim de um conjunto de causas, como fatores sociodemográficos (idade, sexo, renda e escolaridade), comportamentais (fumo e baixa atividade física), exposições ocorridas nas atividades cotidianas (trabalho físico extenuante, vibração, posição viciosa, movimentos repetitivos) e outros (obesidade, morbidades psicológicas)18,22.

Importante ressaltar que as mecânicodegenerativas, constituem 90% dos casos, sendo ocasionadas por dor secundária ao uso excessivo de uma estrutura anatômica normal ou por trauma dessa estrutura1,12,14,21,22,24. Dessa forma, má postura, musculatura fraca, posturas em pé por períodos prolongados, levantamento excessivo de peso e trabalhos repetitivos, podem lesionar a coluna lombar, desencadeando a discopatia degenerativa lombar9,24.

Por outro lado, a predisposição genética tem sido alvo de estudos recentes, na tentativa de identificar genes que desempenham papel relevante no

(7)

desenvolvimento e evolução dessa patologia1,26, e segundo Cox30, os fatores genéticos tem um papel muito mais forte na degeneração do disco do que suspeitavam anteriormente.

A literatura relata que em relação ao sexo, o feminino apresenta um maior risco de dor lombar crônica devido às suas características anátomo-funcionais (menor estatura, menor massa muscular, menor massa óssea, articulações mais frágeis e menos adaptadas ao esforço físico pesado, maior peso de gordura) que podem colaborar para o surgimento das dores lombares crônicas18,22,25. Por outro lado, estudos recentes mostram que a prevalência é de 4,8% e 2,5%, respectivamente para homens e mulheres no surgimento da discopatia degenerativa lombar1,21,26. Do mesmo modo, um estudo populacional na Noruega, encontrou prevalências de dor lombar crônica em 2,4% em homens e 1,7% em mulheres22. Cox30, também relata em um estudo realizado por 157 trabalhadores que 131 eram homens e 26 mulheres, com idade média de 38 anos. Outro estudo realizado nos Estados Unidos relata que homens e mulheres são afetados de forma semelhante, com homens brancos tendo a prevalência mais alta e as mulheres negras, a mais baixa30. Tornando-se o sexo masculino um fator de risco para desenvolvimento da patologia9.

Uma possível explicação se dá pelo fato do homem ser mais forte que a mulher, e acaba executando atividades que acarretam maior compressão dos discos, como levantamento e carregamento de peso, uso de pás, puxões e empurrões, contribuindo assim para a degeneração dos mesmos.

Os resultados encontrados na literatura relatam que há um aumento da incidência de dor lombar associado ao aumento da idade, devido processos degenerativos do envelhecimento, sobrecargas no trabalho e à perda de massa muscular22,23. Dessa forma, estudos mostram que o surgimento da discopatia degenerativa se dá frequentemente por volta dos 35 aos 40 anos idade onde o indivíduo encontra-se ativo1,3,11,21,26. Cox30 relata que a prevalência de dor lombar cresce após os 25 anos de idade com um pico na faixa entre 55 e 64 anos. Entretanto um estudo mostrou a discopatia degenerativa lombar em uma menina de 15 anos sem história prévia de doenças na coluna28, e segundo Cox30, a incidência exata de hérnia de disco em crianças é desconhecida, mas um por cento dos pacientes operados tem entre 10 e 20 anos de idade. Embora descrita em todas as faixas etárias, a afecção é encontrada principalmente entre a quarta e quinta década de vida1,11,18,21,26,.

Portanto, estudos tem evidenciado que o avanço da idade, o desequilíbrio muscular, posturas incorretas, realização de movimentos repetitivos e aumento da sobrecarga de peso são fatores de risco desencadeantes para a discopatia degenerativa lombar18,22,23,24,25..

(8)

Conclui-se que as lesões caracterizadas por dor na coluna lombar têm adquirido relevante importância por afetar grande parte da população, cerca de 80%. da população mundial, causando disfunções e invalidez. Entre as varias causas existentes, a mecânico postural é a mais frequente. Os principais fatores de risco que acompanham esta patologia são: avanço da idade, o desequilíbrio muscular, posturas incorretas, realização de movimentos repetitivos, aumento da sobrecarga de peso e o indivíduo ser do sexo masculino. Importante ressaltar que o Fisioterapeuta tem um papel fundamental no processo de reabilitação dos indivíduos com discopatia degenerativa lombar necessitando assim da realização de novos estudos com o foco na reabilitação destes pacientes.

Referências

1. Negrelli WF. Hérnia discal: Procedimentos de tratamento. Acta Ortop Bras. 2001; 9(4): 39-45.

2. Santos M. Hénia de disco: uma revisão clínica, fisiológica e preventiva. Rev. Digital. 2003; 9(65).

3. Carvalho AR; Gregório FC, Engel G. Descrição de uma intervenção cinesioterapêutica combinada sobre a capacidade funcional e o nível de incapacidade em portadoras de lombalgia inespecífica crônica. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR. 2009; 13(2): 97-103.

4. Garcia LH. Hérnia De Disco Intervertebral Lumbar Invalidante Para El Trabajo. Factores De Riesgo. Rev. Medic. 1996; 34: 69-72.

5. Sleutjes L. Anatomia humana: podemos ser práticos e ir direto ao assunto? São Caetano do Sul: Difusão Editora. 2004.

6. Guimarães CS; Rodrigues EM. Manual De Recursos Fisioterápicos. Rio de Janeiro: Reivinter, 1998.

7. Hamill J, Knutzen KM. Bases biomecânicas do movimento humano. São Paulo: Manole, 1999.

8. Campos, M. A. Exercícios Abdominais: uma abordagem prática e cientifica. Rio de Janeiro, 2002.

9. Mota R, Dutra DSG, Barbosa FS. Estudo da prevalência de algias na coluna vertebral em colhedores de café do município de Vieiras. MG. Rev. Ponto Vista. 5: 99-110.

10. Hall SJ. Biomecânica Básica. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Fisioterapia Brasil.

11. Cordeiro V. Eficácia da hidroterapia no tratamento conservador da hérnia de disco lombar. Monografia para conclusão do curso de Fisioterapia na Universidade Católica de Brasília, 2003.

(9)

12. Oliveira VC, BIcalho LB, Soares TB, Dornellas RS. Estabilidade articular da coluna vertebral: teorias contemporâneas e novos paradigmas. Fisioter. Brasil. 2009; 10(4): 284-289.

13. Barr KP; Griggs M; Cadby T. Lumbar stabilization: core concepts and current literature. Part 1. Am JPhys Med Rehabil. 2005; 84: 473-480.

14. Gouveia KMC, Gouveia EC. O músculo transverso abdominal e sua função de estabilização da coluna lombar. Fisioter. Mov. 2008; 21(3): 45-50.

15. O’Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4.ed. São Paulo: Manole, 2004.

16. Costa, D, Palma, A. O efeito do treinamento contra resistência na síndrome da dor lombar. Rev Port Cien Desp. 2: 224-234.

17. Dangelo JG, Fattini CA. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. São Paulo. 2007.

18. Ferreira GD, Silva MC, RombaldI AJ; Wrege ED, Siqueira FV, Hallal PC. Prevalência de dor nas costas e fatores associados em adultos do Sul do Brasil: estudo de base populacional. Rev.Bras.Fisioter. 2011; 15(1): 31-36.

19. Macedo CSG, Briganó JU. Terapia manual e cinesioterapia na dor, incapacidade e qualidade de vida de indivíduos com lombalgia. Ver. Espaço Saúde. 2009; 10(2): 1-6.

20. Fernandes RCP, Carvalho FM. Doença Do Disco Intervertebral Em Trabalhadores Da Perfuração De Petróleo. Cad. Saúde Publ. 2000; 16(3): 661-669.

21. Khouri M E, Corbett CEP, Cordeiro Q, Ota D. Prevalência de lombalgia em garimpeiros de Serra Pelada, Pará / Brasil. Acta Fisiátrica. 2007; 15(2): 82-86. 22. Silva MC, Fassa AG, Valle NCJ. Dor lombar crônica em uma população adulta do

Sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Cad. Saúde Públ. 2004; 20(2): 377-385.

23. Moraes LFS. Os princípios das cadeias musculares na avaliação dos desconfortos corporais e constrangimentos posturais em motoristas do transporte coletivo. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. UFSC, Florianópolis. 2002.

24. Falcão FRC, Marinho APS, Sá KN. Correlação dos desvios posturais com dores musculoesqueléticas. R C méd. biol. 2007; 6(1): 54-62.

25. Coelho L, Almeida V, Oliveira R. Lombalgia nos adolescentes: identificação de factores de risco psicossociais. Estudo epidemiológico na Região da Grande Lisboa. Rev. Portug. Saúde Públ. 2005; 23(1): 81-90.

26. Vialle LR, Vialle EM, Henao JES, Giraldo G. Hérnia discal lombar. Revista Brasileira de Ortopedia. 2010; 45(1): 17-22.

(10)

27. Costa GF, Fonseca GCS, Ferrão YA, Zylbersztejn Sl. Avaliação fisioterápica da lombalgia crônica orgânica e não orgânica. Rev. Coluna. 2008; 7(3): 191-200. 28. Gomes Pinto FC, Poetscher AW; Quinhones FRE, Pena M, Taricco MA. Lumbar

disc herniation associated with scoliosis in a 15-year-old girl. Arqu. Neuropsiq. 2002; 6(2).

29. Rypl D. Perfi epidemiológico dos pacientes com hérnia de disco lombar que foram atendidos no serviço de fisioterapia de uma instituição de ensino superior. Trabalho de conclusão de curso para obtenção de Bacharel em Fisioterapia, Novo Hamburgo, 2007.

30. Cox JM. Dor lombar: Mecanismo, Diagnóstico eTratamento. Editora Manole Ltda, Baueri, 2002.

Referências

Documentos relacionados

O sistema tem como cenários de utilização a gestão de agendamentos de atendimentos da Área de Saúde, a geração automática de relacionamento entre cliente e profissional

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à

Por isso, mesmo que muitas empresas já não a usem mais, ela segue tendo espaço como forma de explicitar o valor financeiro da exposição de marca de forma palpável e

No caso da especialidade em Enfermagem Médico -Cirúrgica, con- siderando a vasta abrangência da mesma, bem como, as necessidades de cuidados de enfermagem especializados em

(ii) convocar a Assembleia Geral dos acionistas da Companhia que irá deliberar (a) acerca da seleção da instituição responsável pela elaboração do laudo de avaliação, para fins

Here, we aim to understand how expression of RA degradation enzymes (Cyp26) can be correlated with RA distribution and functions during amphioxus (B. lanceolatum)

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Para analisar as Componentes de Gestão foram utilizadas questões referentes à forma como o visitante considera as condições da ilha no momento da realização do