ANO LETIVO 2012-2013
2ª Ficha – 2º Período (27 de fevereiro de 2013)
Grupo I
A. Classifica as seguintes afirmações quanto à sua veracidade (V ou F):
1. O título Os Maias justifica-se por ser esse o nome do protagonista do romance.2. A ação inicia-se em Outono de 1875.
3. A ação principal é constituída pelos amores de Carlos e Maria Eduarda.
4. Carlos da Maia herdou, de sua mãe, uma fragilidade física que determinou a sua estadia em casa do avô.
5. Afonso da Maia sempre viveu em Portugal.
6. Pedro teve dois filhos: Carlos e, depois, Maria Eduarda.
7. Carlos decide ser médico, mesmo contra a vontade do avô.
8. Carlos viveu em Santa Olávia até concluir o curso.
9. O Ramalhete foi remodelado antes de Carlos concluir o curso universitário.
10. Carlos, mal acabou o curso, instalou-se no Ramalhete.
11. Em Coimbra, Carlos viveu numa casa em Celas a que Ega chamava a Vila Balzac por causa dos luxos com que
Afonso da Maia a dotara.
12. Enquanto “estudava”, Carlos organizava, em sua casa, serões onde se falava em Democracia, Arte, Positivismo, Realismo…
13. Ega tem uma relação adúltera com a Condessa de Gouvarinho.
14. Antes do jantar que teve lugar no Hotel Central, onde se discutiram diversos temas da atualidade, Carlos viu Maria
Eduarda pela primeira vez.
15. Carlos achava que Maria Eduarda era esposa do brasileiro Castro Gomes.
16. Carlos começou a frequentar a casa de Maria Eduarda, depois da doença de Castro Gomes. 17. É o Guimarães que conta a Ega que Carlos e Maria Eduarda são irmãos.
18. Ega conta a Afonso da Maia que Carlos e Maria Eduarda são irmãos.
19. É Carlos que conta toda a verdade à irmã.
20. Quando Carlos regressa a Lisboa, ao fim de dez anos, encontra uma sociedade em mudança, onde começam a ser visíveis melhorias a nível cultural.
B. Escolhe, para cada questão, a afirmação correta.
1. Os Maias possuíam, em 1875,
a) uma quinta no Alentejo.
b) um casarão em Lisboa e uma quinta em Santa
Olávia.
c) uma casa em Benfica.
d) um palácio nas Janelas Verdes.
2. Vilaça discorda da ideia de Afonso querer habitar
o Ramalhete porque
a) considera os ares do campo mais saudáveis.
b) teme uma lenda que aponta para a fatalidade da
casa para a família Maia.
c) as obras implicam muitas preocupações.
d) a mulher de Caetano da Maia.
3.
Por razões políticas, Afonso da Maia e a
mulher exilaram-se em
a)
Espanha.
b)
França.
c)
Itália.
d)
Inglaterra.
4.
Maria Monforte trai o marido com Tancredo
a)
um amigo de infância do marido.
b)
um hóspede que havia sido ferido por Pedro.
c)
um sobrinho dos príncipes de Sória,
familiares dos Maias.
5. O capítulo III põe em destaque dois modelos
educacionais distintos, tipificados nas personagens
a) Carlos e Craft.
b) Carlos e Pedrinho.
c) Carlos e Ega.
d) Carlos e Eusebiozinho.
6. Ega, o grande amigo de Carlos, andava a
formar-se em
a) Literatura.
b) Medicina.
c) Filosofia.
d) Direito.
7. O consultório de Carlos situa-se
a) no Rossio.
b) na Avenida da Liberdade.
c) nas janelas Verdes.
d) no Ramalhete.
8. A prática do adultério na alta sociedade
lisboeta é exemplificado com os casos
a) de Ega com a condessa de Gouvarinho e de
Carlos com Hermengarda.
b) de Carlos com a condessa de Gouvarinho e
de Ega com Raquel Cohen.
c) de Ega com Encarnación e de Carlos com
Raquel Cohen.
d) de Ega com a condessa de Gouvarinho e de
Carlos com Raquel Cohen.
9. Logo nos seus primeiros contactos, Dâmaso
Salcede via Carlos como
a) um obstáculo à sua ascensão social.
b) um amigo a respeitar pelo que tinha de
diferente.
c) um inimigo.
d) um modelo a seguir, devido ao seu aspecto
chic.
10. Carlos e Ega tomam consciência de que
falharam a vida:
a) pois nenhum deles casou.
b) uma vez que nem sempre tiveram
comportamentos românticos.
c) já que a vida idealizada não correspondeu à
vivida.
d) uma vez que voltaram a Lisboa.
C. Ordena as frases seguintes de acordo com a ordem cronológica de alguns dos acontecimentos de
Os Maias
relativos à intriga principal.
a)
Após ter regressado da sua viagem de fim de curso, Carlos instala-se em Lisboa, no Ramalhete.
b)
A busca do amor leva o jovem médico a Sintra, onde julgava poder encontrar a mulher que se parecia com
uma deusa.
c)
Depois do suicídio de Pedro, o pequeno Carlos da Maia foi entregue aos cuidados do avô que se mudou
para a quinta de Santa Olávia.
d)
Mesmo sabendo dos laços de parentesco que o unem à mulher amada, Carlos pratica incesto
conscientemente.
e)
A sua profissão de médico proporciona-lhe o conhecimento de Madame Castro Gomes.
f)
A mulher que seria o grande amor de Carlos foi vista pela primeira vez por Carlos no dia do jantar no
Hotel Central.
g)
Os amores de Carlos e Maria são definitivamente postos em causa em virtude das revelações do Sr.
Guimarães de que eram irmãos.
h)
O neto de Afonso da Maia torna-se conhecido na sociedade lisboeta e tem um relacionamento amoroso
com a Condessa de Gouvarinho.
i)
A inveja de Dâmaso, por saber do amor entre Maria Eduarda e o neto de Afonso, levam-no a escrever uma
carta difamatória.
j)
O idílio amoroso é perturbado pela revelação de Castro Gomes de que Maria era, na verdade, Madame
MacGren.
k)
A tragédia que se abateu sobre a família é um dos motivos que causam a morte de Afonso.
l)
A proximidade de Carlos e Maria Eduarda tornou-se cada vez maior a ponto de este lhe oferecer uma casa
que comprara ao seu amigo Craft, onde viveram intensos momentos de amor.
m)
Dez anos depois, Carlos regressa da sua viagem, encontra-se com o seu amigo Ega em Lisboa e ambos
comentam a situação de estagnação em que o país mergulhara.
n)
A pedido do jovem médico, Ega conta a verdade a Maria Eduarda que parte para Paris, enquanto Carlos
inicia uma viagem que termina também em Paris e onde este se instala definitivamente.
Grupo II
Lê atentamente o texto:
5
10
15
20
Em Portugal o humor, como representação do grotesco, da crítica moral e social, teve a sua expressão
mais comum através da palavra escrita, quer sob a forma das cantigas de escárnio e maldizer quer sob a
forma de teatro que Gil Vicente tão acutilantemente revelou. A Inquisição surgiu como censora da liberdade
de expressão remetendo para a representação iconográfica nas artes populares.
Como menciona Osvaldo de Sousa, o humor, expresso através do desenho associado à palavra impressa,
é referido em Portugal já nos séculos XVII e XVIII (sobretudo de origem estrangeira) mas com maior
incidência no século XIX, no contexto da Guerra Peninsular. No entanto, só em meados desse século é que
emerge, com regularidade, na imprensa a publicação de caricaturas e desenhos satíricos produzidos por
autores portugueses que refletem a política nacional ou a crítica de costumes. Este tipo de humor passa a
funcionar como uma forma de oposição ao poder instituído.
Nas décadas de 60 e 70 do século XIX, nomes como Manuel Macedo, Manuel Maria Bordalo Pinheiro e
sobretudo Raphael Bordalo Pinheiro, inseridos na corrente naturalista, irão marcar uma nova visão da
caricatura e do humor em Portugal. A publicação dos seus trabalhos, bem como de outros artistas, era
divulgada através de periódicos como «A Berlinda», «O Binóculo», «O Sorvete», «O Charivari» ou o
«Pontos nos ii» entre outros. Dos temas tratados, com mais ironia, destacava-se a política monárquica,
denotando-se a tendência republicana de muitos caricaturistas que se acentuará no final desse século. Ao
nível do desenho um grupo de novos artistas de Coimbra introduz, na caricatura e nos cartoons, um
depuramento do traço de influência modernista.
A implantação da República e os tempos conturbados que se lhe seguiram, assim como o facto de aquela
não ser afinal a derradeira solução para o país, tornaram-na alvo da sátira e da pena dos humoristas.
A partir de 1926 o Estado Novo veio refrear a crítica política, condicionando os caricaturistas a
abordarem sobretudo temas de crítica social e de costumes. Apesar dos constrangimentos da censura, é por
essa altura que surge, no contexto das publicações humorísticas de caráter periódico, um dos jornais de
referência da ironia em Portugal no século XX, o «Sempre fixe», publicado até 1962. Os seus colaboradores
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zombavam dos acontecimentos ou astutamente tratavam os temas políticos. http://www.exercito.pt
Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens:
1. O autor afirma que o humor, em Portugal, remonta:
a) à Idade Média.
b) ao Renascimento.
c) ao Período Barroco. d) ao Neoclassicismo.
2. A sátira foi reprimida por causa da:
a) censura exercida pela realeza.
b) censura exercida pelo clero.
c) censura exercida pela burguesia.
d) censura exercida pelos juízes.
3. A publicação de desenhos satíricos de autores portugueses surge na imprensa da segunda metade do
século XIX com o objetivo de:
a) satirizar a religiosidade da época.
b) opor-se aos adeptos da República.
c) satirizar os defensores da Monarquia.
d) opor-se ao poder vigente.
4. A maior parte dos caricaturistas era adepta da:
a) Monarquia.
b) República.
c) Regeneração.
d) Maçonaria.
5. Depois de 1910, os desenhadores humorísticos ridicularizaram:
a) a República.
b) a Monarquia.
c) o clero.
d) a censura.
6. O regime salazarista condicionou o trabalho artístico dos humoristas, pelo que os temas proibidos eram
tratados:
a) deficientemente.
b) ardilosamente.
c) convenientemente.
d) escassamente.
7. O texto apresentado, quanto à tipologia, é:
a) narrativo.
b) descritivo.
c) expositivo.
d) argumentativo.
8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.
Coluna A
Coluna B
1. «o riso e a ironia» são correferentes lexicais de «humor» porque
estabelecem entre si uma relação de
a) sinonímia.
2. «mas» (l. 6), «No entanto» (l. 7) têm, na frase, a função de
estabelecer a coesão
b) adjetiva relativa restritiva.
3. «que se acentuará no final desse século» (l. 16) é uma oração
subordinada
c) advérbios.
4. «humorísticas» (l. 22) é uma palavra derivada por
d) adjetiva relativa explicativa.
5. «astutamente» (l. 24) pertence à classe dos
e) lexical.
f) antonímia.
g) interfrásica.
h) sufixação.
Grupo III
Qual o papel da educação na formação de um indivíduo?
Elabora um texto argumentativo bem estruturado, usando entre 200 e 300 palavras, onde manifestes
uma posição fundamentada quanto ao que pensas sobre o tema acima. Apresenta e desenvolve, pelo menos,
dois argumentos que apoiem a posição defendida.
Observações
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2013/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas
palavras –, há que atender ao seguinte:
• A um texto com extensão inferior a oitenta palavras é atribuída a classificação de zero pontos.
• Nos outros casos, um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até cinco pontos)
do texto produzido.