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Física Nuclear. Capítulo VI: Decaimento Nuclear. II Semestre de 2009

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(1)

Física Nuclear

Capítulo VI: Decaimento Nuclear

II Semestre de 2009

Capítulo VI: Decaimento Nuclear

(2)

Radiações e Radioatividade

o Radiações é o nome dado a qualquer processo que seja capaz de transferir energia sem necessidade de meio material;

o As radiações são produzidas por processos de ajustes que ocorrem no núcleo ou nas camadas eletrônicas, ou núcleo ou nas camadas eletrônicas, ou pela interação de outras radiações ou partículas com o núcleo ou com o átomo;

o Radioatividade é a propriedade que possuem certos núcleos de,

espontaneamente, transforma-se em outros pela emissão de radiação ionizante.

(3)

Exposição do Homem à Radiação

A radiação natural

provém do cosmo

(radiação cósmica), do

solo, da água e do ar.

Radiação artificial

Radiação artificial

provém dos tubos de

raios x, aceleradores de

partícula, cíclotrons,

irradiadores com

radioisótopos, reatores

nucleares

(4)

Variação da Concentração de Torônio e Radônio

com a Altura em Relação ao Solo.

(5)

Decaimento Alfa

Um dos processos de estabilização de um núcleo com excesso de energia é o da emissão de um grupo de partículas positivas, constituídas por dois prótons e dois nêutrons, e da energia a elas associada. São as radiações alfa ou partículas alfa, núcleos de hélio (He), um gás chamado “nobre” por não reagir quimicamente com os demais elementos.

(6)

Características do Decaimento Alfa

§

Processo onde o núcleo emite

espontaneamente um núcleo de

4

He

§

Normalmente ocorre para núcleos

pesados (A>150)

§

Normalmente é seguido por

§

Normalmente é seguido por

emissão γ e raios X característicos

§

A alfa é partícula “pesada” e de

baixo poder de penetração - (alguns

cm no ar)

§

Espectro de energia

discreto

§

Carga elétrica + 2e ; ∼4x mais

(7)

Esquema de Decaimento Alfa

Energia

)

(

He

Y

X

A

Z

4

2

4

2

A

Z

+

α

+

Exemplos:

MeV

25

,

4

)

(

He

Th

U

MeV

87

,

4

)

(

He

Rn

Ra

MeV

2

,

5

)

(

He

U

Pu

4

2

234

90

238

92

4

2

222

86

226

88

4

2

235

92

239

94

+

α

+

+

α

+

+

α

+

(8)
(9)

Decaimento Beta

A radiação beta é constituída de partículas emitidas por um núcleo, quando da transformação de nêutrons em prótons (partículas beta) ou de prótons em nêutrons (pósitrons).

(10)

Decaimento Beta

Outra forma de estabilização, quando existe no núcleo um excesso de nêutrons em relação a prótons, é através da emissão de uma partícula negativa, um elétron, resultante da conversão de um nêutron em um próton. É a

partícula beta negativa ou, simplesmente, partícula beta.

No caso de existir excesso de cargas positivas (prótons), é emitida uma partícula beta positiva, chamada pósitron, resultante da conversão de um próton em um nêutron.

(11)

Características do Decaimento Beta

o

É o processo preferencial em que

um núcleo complexo retorna à linha

de estabilidade.

o

Envolve a interação fraca, de curto

alcance, e os bósons W

±

e Z

0

.

o

Envolve uma nova partícula, o

o

Envolve uma nova partícula, o

neutrino, proposto por Pauli (1930)

para explicar o espectro contínuo do

decaimento beta.

o

Envolve a mudança de sabor de

quarks, para transformar um

nêutron em um próton ou um próton

em um nêutron.

(12)

Equações de Transformação no

Decaimento Beta

A transformação do nêutron em um próton pelo processo da emissão

β

pode ser representada por:

e

o

e

ν

p

n

+

1

+

+

o

1

A emissão de radiação do tipo β

+

provém da transformação de um

próton em um nêutron, assim simbolizada:

e

ν

e

n

p

+

+

+

+

o

o

1

1

(13)

Em termos dos nuclídeos, as fórmulas para os decaimentos

beta

são:

e

A

1

Z

A

Z

X

+

Y

+

e

+

ν

e

A

1

Z

A

Z

X

Y

+

e

+

+

ν

Processos de Decaimento Beta

Exemplos de decaimentos beta :

e

14

7

14

6

C

N

+

e

+

ν

ν

+

+

C

e

+

N

12

6

12

7

(14)

Decaimento Beta por Caminhos

Alternativos

(15)
(16)

Captura Eletrônica

Um processo que é geralmente estudado junto com o decaimento β é o processo de captura eletrônica .

Em alguns núcleos, a transformação do próton em nêutron ao invés de ocorrer por emissão de um pósitron, ela se processa pela neutralização de sua carga pela captura de um elétron orbital, das camadas mais próximas, assim representada

ν

n

e

p

+

-

+

+

o

1

o

1

(17)

Decaimento Gama

Quando um núcleo decai por emissão de radiação alfa ou beta, geralmente o núcleo residual tem seus nucleons fora da configuração de equilíbrio, ou seja, estão alocados em estados excitados. Assim para atingir o estado fundamental, emitem a energia excedente sob a forma de radiação eletromagnética, denominada radiação gama (γ)

(18)

Energia no Decaimento Gama

A energia da radiação gama é bem definida e

depende somente dos valores inicial e final de

energia dos orbitais envolvidos na transição,

ou seja:

ν

h

E

E

E

γ

=

i

f

=

(19)
(20)
(21)
(22)

Séries Radioativas Naturais

Alguns elementos radioativos têm

meia-vida muito longa, como, por

exemplo, os elementos iniciais de cada série radioativa natural (urânio-235, urânio-238 e tório-232).

Dessa forma, é possível explicar, porque há uma porcentagem tão baixa porque há uma porcentagem tão baixa de 235 em relação à de urânio-238.

Como a meia-vida do urânio-235 é de 713 milhões de anos e a do urânio-238 é de 4,5 bilhões de anos, o urânio-235 decai muito mais rapidamente e, portanto, é muito mais .consumido. que o urânio-238.

(23)

Seja N o número de núcleos radioativos no tempo t e –dN o número que decai em

dt (o sinal menos é necessário porque N

decresce). Daí,

em que a constante λ é chamada de taxa de decaimento. Logo,

Número de Núcleos Radioativos

dt

N

λ

dN

=

t N Integrando, temos: Portanto, . dt λ N dN t 0 N No

= − t 0 N N

λ

t

N

o

=

ln

)

1

(

e

N

N

=

o

λ

t

Curva do decaimento de um radiosótopo em função do tempo.

(24)

Podemos calcular o tempo de vida médio, T, a partir da Eq. (1). O número de núcleos com tempos de vida entre t e t + dt é o número que decai em dt, que é λ N dt. Assim, a fração de tempos de vida em dt é

Usando esta função de distribuição, o tempo de vida nédio fica:

Número de Núcleos Radioativos

( )

λ

e

dt

N

dt

N

λ

dt

t

f

λ

t

o

=

=

( )

(

2

)

T

t

f

t

dt

t

e

t

dt

t

e

t

dt.

∞ λ − ∞ λ − ∞

λ

=

λ

=

=

Fazendo:

Portanto, integrando por partes a Eq.(2), obtém-se

( )

(

2

)

T

t

f

t

dt

t

e

t

dt

t

e

t

dt.

0 0 0

=

λ

−λ

=

λ

−λ

=



=

=

=

=

− −

e

λ

1

V

dt

e

dV

dt

du

t

u

λt λt

(

)

.

λ

λ

e

λ

dt

e

dt

e

λ

1

e

λ

1

t

λ

T

0 λt 0 0 λt 0 λt

=

t

=

1

=

1

0

1

=

1





+

=

− ∞ ∞ λ − ∞ − ∞ −

(25)

Em uma amostra radioativa, chama-se vida média o tempo

médio que cada núcleo presente na amostra leva para se

desintegrar.

A vida média, T, é definida como o inverso da constante de

Vida Média

A vida média, T, é definida como o inverso da constante de

decaimento, λ, de modo que:

.

t

λ

1

T

1

2

ln

2

=

=

(26)

A meia vida, t

1/2

, é definida como o tempo após o qual o número de

núcleos radioativos decai para a metade do valor inicial. Pela Eq. (1)

Assim, fazendo n = no /2, teremos:

Meia vida

λt

o

e

N

N

=

/

=

/

o −λt

N

3

H → 12,3 anos

125

I → 60,1 dias

λ

=

λ

=

=

=

/

=

/

− − −

693

,

0

2

ln

t

ln

2

1

ln

2

1

2

2 1 2 1 2 1 2 1 λt λt λt o o

e

e

e

N

N

125

I → 60,1 dias

131

I → 8,04 dias

192

Ir → 74 dias

201

Tl → 3,04 dias

18

F → 110 minutos

99m

Tc → 6,01 horas

(27)

Suponha que você começou com um milhão de múons (em repouso).

Quantos ainda existiriam depois de 2,2 x 10

–5

s.

Solução:

Exercício Resolvido - Griffiths

T

t

Dados:

múons

44

N

10

6 5

10

x

197

,

2

10

x

2

,

2

6

e

N

e

N

e

N

N

T

µ

o

λt

o

=

=

=

− −

No = 106 múons. t = 2,2 x 10–5 s.

(28)

A lei do decaimento radioativo foi deduzida na hipótese de o número de núcleos –dN que decaem durante o intervalo de tempo dt ser linearmente proporcional ao número N de núcleos que ainda não decaíram. Qual seria a nova lei do decaimento, se se admitir que –dN é quadraticamente proporcional a

N? Neste caso, dê o comportamento da lei nos dois casos limites: (a) para t << 1; (b) para t >> 1.

Solução:

Exercício - Chung

dt

dN

dt

N

dN

t

N

2

λ

=

λ

=

(a) para t << 1

t

1

1

1

1

dt

t

o

0

0 0

N

N

N

t

N

N

t

N

dt

N

dN

N

dN

o

o

o

N

N

N

2

2

λ

+

=

λ

=

λ

=

λ

=

λ

=

(a) para t << 1

N

N

o

(b) Para t >> 1

N

0.

(29)

A taxa de mudança dos átomos instáveis em um determinado instante é denominada

de Atividade, A . Se A

o

é a atividade inicial de um elemento radioativo em dado

instante, a sua nova atividade A, após um tempo t, pode ser determinada como:

Então

Atividade

Atividade inicial Ao 1 meia vida: Ao/2 = Ao/21

N

A

N

A

o o

λ

=

λ

=

Portanto,

t

λ

o

e

A

A

=

1 meia vida: Ao/2 = Ao/2 2 meias vidas: (Ao/2)(1/2) = Ao/4 = Ao/22 3 meias vidas: (Ao/2)(1/2)(1/2) = Ao/8 = Ao/23

assim, decorridas n meias vidas, teremos: n meias vidas: Ao/2n

o

t

λ

o

o

o

N

e

N

N

N

A

A

/

/

=

λ/

λ/

=

(30)

Chama-se de

atividade

a

taxa de decaimento total

de uma

amostra.

A

unidade

para a

atividade

(no SI) é o

becquerel

:

Unidade de Atividade

Eventualmente utiliza-se também o

curie

, definido por:

1 Becquerel

= 1 Bq = 1 decaimento por segundo

(31)

A argila encontrada na foz de certo rio contém isótopos de Carbono-14, (meia-vida de 5600 anos), com uma atividade natural de 1600 desintegrações por minuto. Cerâmicas feitas por ancestrais que lá habitaram apresentam atividade atual de 200 desintegrações por minuto. Pode-se calcular então que elas foram feitas, aproximadamente, no século

Solução. A constante de decaimento pode ser obtida como:

Exercício Resolvido – Concurso Seduc

5600

693

,

0

t

693

,

0

2 1

=

=

λ

Para calcular o tempo, partimos:

5600

t

1 2

( )

(

)

(

)

[

]

.

aC

148

anos

6

,

803

.

16

5600

693

,

0

16

2

ln

5600

693

,

0

ln

16

2

ln

0

0

16

0

0

2

5600 693 , 0 5600 693 , 0

t

t

e

e

e

A

t

A

t t λt o

=

=

=

=

/

/

=

/

/

=

− − −

(32)

Segundo os procedimentos estabelecidos num determinado serviço de radioterapia, a braquiterapia de alta taxa de dose seria realizada apenas com a atividade da fonte de Irídio-192 entre os valores máximo de 11 Ci e mínimo de 4 Ci. Seguindo estritamente estes valores, o número de dias para os quais uma fonte satisfaz este critério é:

Dado: T1/2 (Irídio-192) = 74 dias

Solução.

Exercício

:

Solução

Dados:

( )

(

)

(

)

[

]

.

dias

108

74

693

,

0

11

4

ln

t

t

74

693

,

0

ln

11

4

ln

11

4

:

Solução

74 693 , 0 74 693 , 0

e

e

e

A

t

A

t t λt o

=

=

=

=

=

− − − Dados: A = 4 Ci Ao = 11 Ci t1/2 = 74 dias λ = 0,693/t1/2 = 0,693/74

(33)

Um trabalhador está exposto a uma dose de 10 mr/h, tendo a fonte uma meia vida de 30 dias. Estando o trabalhador a 1,5 m da fonte e dado que a dose máxima de exposição permitida é de 2,5 mr/h, calcular o número de dias necessários para que o trabalhador possa ficar a 1,5 m da fonte de acordo com a dose máxima de exposição.

Solução.

Exercício

.

Solução

Dados:

(

)

(

)

[

]

.

dias

60

30

693

,

0

10

5

,

2

ln

ln

10

5

,

2

ln

10

5

,

2

.

Solução

30 693 , 0 30 693 , 0

t

e

e

e

A

A

t t λt o

=

=

=

=

=

− − − Dados: A = 2,5 mr/h Ao = 10 mr/h t1/2 = 30 dias λ = 0,693/t1/2 = 0,693/30

(34)

Além disso, podemos definir o rendimento

R

de de uma amostra radioativa como:

Rendimento

( )

λt

( )

λt

o

e

R

t

R

=

(35)

Um tratamento foi realizado com uma fonte de Estrôncio-90 cuja meia-vida é de, aproximadamente, 28 anos. Para uma dose de 200 cGy, a aplicação durou 2 min, em 24/03/1994. Em 24/03/2001, para a mesma dose a aplicação teve a duração de:

A meia-vida pode ser obtida pela expressão:

Rendimento da fonte em 24/03/1994 = 200 cGy/2 min = 100 cGy/min.

Exercício Resolvido

28

693

,

0

t

693

,

0

2 1

=

=

λ

Rendimento da fonte em 24/03/1994 = 200 cGy/2 min = 100 cGy/min. Tempo decorrido até 24/03/2001 = 7 anos. Com isso, temos:

O tempo necessário para a irradiação com 200 cGy será 200/84,1 = 2,38 minutos ou

2 minutos + (0,38.60) minutos = 2 minutos e 23 segundos.

( )

t

R

e

100

e

(

0,693 28

)

7

84

,

1

cGy

/

min

(36)

Bibliografia

CHUNG, K. C. Introdução à Física Nuclear. Rio de Janeiro: Ed. da UERJ, 2001.

EISBERG, R; RESNICK, R. Física Quântica: Átomos, Moléculas, Sólidos, Núcleos

e Partículas. 9. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1979

GRIFFITHS, D. Introduction to Elementary Particles. New York: John Wiley &

Sons, 2008.

KRANE, K. S. Introductory Nuclear Physics. New York: John Wiley & Sons,

KRANE, K. S. Introductory Nuclear Physics. New York: John Wiley & Sons,

1988.

MENEZES, D. P. Introdução à Física Nuclear e de Partículas Elementares.

Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002.

TAUHATA, L.; SALATI, I. P. A.; PRINZIO, R. D.; PRINZIO, A. D. Radioproteção e

Dosimetria: Fundamentos. Rio de Jeneiro: Ed. Do Instituto de Radioproteção e

Dosimetria, 2005.

TIPLER, P. A.; LIEWEIIYN, R. A. Física Moderna. 3. ed. Rio de Janeiro: Livros

(37)

Referências

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