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AGOSTINHO AUGUSTO II ANO DE TEOLOGIA MAIO DE A. O, Braga, 1992, p 16.

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AGOSTINHO AUGUSTO | II ANO DE TEOLOGIA – MAIO DE 2011

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INTRODUÇÃO

Comer é um acto biológico e social. É através da comida que reactivamos as energias perdidas nos nossos trabalhos. O comer é também um elo de união entre as pessoas, portanto, um acto social, razão pela qual ele evoca uma partilha. A Igreja como corpo social e místico de Cristo, necessita do alimento vital. Cristo, já na última ceia oferece este alimento, como que deixando para a última hora o que era de estrema importância para que seja lembrado por todos: a eucaristia.

A eucaristia é símbolo da paixão-morte de Cristo, e é também uma expressão da sua presença concreta pela virtude da palavra de Deus e da consagração do pão e vinho que constitui o memorial da sua última ceia. Ele quis que seja lembrado em todo o acto em que o pão é partido e o vinho é partilhado. Ele quis ficar naquilo que todos nós fazemos sempre e que sempre nos une. Neste trabalho, procurarei falar da eucaristia como o centro de toda a vida litúrgica da comunidade cristã. Procurarei apresentar tal sacramento no contexto histórico dos séculos II e III e por essa razão dependerei na íntegra das fontes históricas da era patrística. O trabalho é constituído de três partes que conglobam a eucaristia nos séculos I e II; as formas de evolução da eucaristia na era patrística e as partes que a compõem.

I. O SACRAMENTO DA EUCARISTIA NOS SÉCULOS II E III

O Sacramento da eucaristia conquistou desde o início dos primeiros séculos um lugar basilar na vida dos cristãos. Ela constitui até ao presente momento o elo de ligação e de comunhão entre os membros da Igreja e um lugar privilegiado de encontro e partilha da fé em Deus. Instituído por Jesus Cristo na noite da Última Ceia, ela tornou-se para todos os seus seguidores no centro de toda a celebração litúrgica. Com efeito, a iteração deste memorial canaliza no tempo as “inexauríveis riquezas de Cristo, motivo pelo qual constatamos ser verdade que ai temos o centro, o ápice e a fonte de onde decorrem todas as outras graças na Igreja (cf. SC 10)1. Olhando o percurso histórico deste sacramento, notamos com evidência a evolução da eucaristia na sua forma de celebração e nos requisitos que a ele se acrescem. Esta constatação, levou V. Luiz Zugno a afirmar que «a fisionomia da celebração mantinha um carácter eminentemente familiar e comunitário»2. De facto, enxergamos que nos primeiros séculos a eucaristia consistia num encontro simples em que as pessoas se reuniam numa casa

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Concílio Vaticano II, Constituição Sacrosantum Concilium , 4 Dezembro 1963, in Conc. Ec. Vat II, Editorial A. O, Braga, 1992, p 16.

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para a celebração. Cada um trazia o seu farnel, constituído de comida e vinho. A casa é o lugar do culto e a mesa das refeições o altar da comunidade. As celebrações se fazem normalmente no sábado e o ancião (epíscopos) é o que preside a eucaristia. Muito significado se assenta em volta da eucaristia. No fundo, ela é sinal da comunhão da comunidade com o seu epíscopo, e por isso só participa dela quem está em comunhão com a comunidade e com o bispo. Os que não pertencem àquela comunidade são isentos da eucaristia3. Todavia, embora a eucaristia tenha em conta o factor unitivo do bispo, a acção litúrgica é animada por quase toda a comunidade, os diáconos, subdiáconos, leitores, acólitos e mais outros ministros. Apesar da existência de muitas outras etapas da celebração, a eucaristia é fundamentalmente dividida em duas, nomeadamente, a liturgia da palavra e a liturgia eucarística.

1.1.Fontes

A era patrística possui uma característica peculiar. Os padres da Igreja buscam nesta era uma auto-afirmação da sua fé no meio dum mundo helenizado e que busca o sentido da vida através do uso da razão. A religião é caracterizada pelos cultos de mistério e o cristianismo corre perigo de ser visto como um deles. Por isso, a Igreja se esforça por justificar sua fé e por essa razão aparece termo apologia. Consequente, surgem muitas obras nesta era, algumas das quais faremos sempre menção como é o caso da Didaqué, da Traditio Apostolica de Hipólito de Roma, a Didascália Apostolorum e outros escritos dos Padres da Igreja. Uma obra contemporânea que farei constante recorrência será o Dicionário da Liturgia. Na base destas obras, procurarei redescobrir em forma resumida, o modo de celebrar este importante sacramento na Igreja dos primeiros dois séculos da era cristã.

1.2. Origem e nomes da Eucaristia

Ao analisarmos as nossas fontes chegamos à conclusão de que a Eucaristia teve sua origem nas palavras de Jesus aquando da realização da Última Ceia4. Apartir daí, cada comunidade se encarregou de fazer este memorial em honra de nosso Senhor e apesar de ser celebrada de diferentes maneiras em diversas comunidades, o fundamento ficou patente naquelas palavras do mestre “fazei isto em memória de mim”. Toda a revelação do amor de Deus para com os homens fica aqui exposta. Apesar de ido, ele quer ficar connosco, e fá-lo naquelas espécies de que mais gostamos, nos unem e nos fazem bem: o pão e o vinho. O decurso do tempo e a diversidade de lugares deu muitos nomes a este memorial. Já nos Actos dos apóstolos lemos que eles “mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos [...] à fracção do pão e à

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op. cit. 64.

4

Na noite em que foi entregue, o Senhor tomou o pão e dando graças deu-o aos seus discípulos dizendo: “isto é o meu corpo, que é para vós, fazei isto em memória de mim” (1Cor 11, 23-25).

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oração”5. Portanto, o nome dado à eucaristia neste tempo é o da fracção do pão. Mais tarde, é aplicado à eucaristia o termo antigo Ceia, usado por Paulo (1Cor 19) em recordação daquela ceia (judaica) e que o Senhor celebrou com os seus apóstolos. Também na Didaqué nos

aparece pela primeira vez, o termo Eucaristia, quando o autor explica a maneira de

celebrá-la6. Outros nomes que foram surgindo ao longo da história podem ser: oblatio em latim, o

dominicum, mais usado em África e em Roma; mais genérico foi o sacrum ou sacrum facere (de uso posterior ao século III)7. De ressaltar que para além dos vários nomes a que a eucaristia foi recebendo ao longo da sua evolução, ela adquiriu também um significado profundo que tem suas raízes no judaísmo. À primeira vista, a ùltima ceia de Jesus com os apóstolos foi celebrada no âmbito da Páscoa Judaica8 que consistia na imolação do cordeiro e em vista de se pôr a caminho em direcção à terra prometida. Portanto, esta Páscoa constitui em si uma aliança celebrada com um sentido de sacrifício. Estas acepções são também abarcadas na nossa eucaristia onde Cristo é a vítima que se oferece a si mesmo para a remissão dos pecados do seu povo na nova aliança9.

II. A EVOLUÇÃO DA EUCARISTIA NA ERA PATRÍSTICA

A celebração da eucaristia foi tomando formas e significados diferentes ao longo dos tempos, desde a sua instituição por Jesus Cristo na última ceia até aos nossos dias. Isto tanto no modo do formulário, quanto no material que se usava para a celebração deste grande sacramento. Vamos apresentar em forma lacónica a era patrística com as suas respectivas formas evolutivas do sacramento no período histórico que nos foi determinado.

2.1. A Era Patrística

Tal como nos referimos no início, no século primeiro a eucaristia tinha um carácter predominantemente doméstico e familiar a julgar pelo número reduzido dos membros, pelos problemas de segregação na comunidade (1Cor 11, 21-22), pela falta de lugares públicos de culto na época de perseguição10 e por falta de uma estrutura organizativa mais ajustada aos moldes de uma religião em expansão numérica e geográfica. Esta expansão vai gradualmente constituir a razão fundamental da diversidade litúrgica e organizativa que se vai observar em vários centros de difusão do cristianismo como Antioquia, Constantinopla, Alexandria, Roma

5

Cfr. Act 2, 42.

6

Didaqué: o catecismo dos primeiros cristãos para as comunidades de hoje. Editora Paulus, São Paulo p 15. 7 P. Visentin., «EUCARISTIA» in Dicionário de Liturgia, Edições Paulinas, São Paulo 1992 p 398.

8

C. Rocchetta., Os sacramentos da Fé: ensaio de teologia bíblica sobre os sacramentos como maravilhas da

salvação no tempo da Igreja, Edições Paulinas, São Paulo 1991, p. 292. 9 Cfr. 1Pd 1, 18-19; Hb 8, 6-13).

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e Jerusalém. Cada patriarcado e até mesmo cada diocese vai adoptar uma liturgia muito peculiar à sua região e só mais tarde com a emergência dos Concílios é que se vai procurar universalizar a doutrina e a liturgia, bem como desenhar linhas orientativas de uma organização eclesial mais eficaz. Quanto à eucaristia, São Justino nos fala do esqueleto da missa com os seguintes elementos: «leitura das memórias dos apóstolos; homilia do presidente da celebração seguida de uma oração dos fiéis e concluída com o beijo da paz; comunhão dos presentes (enviada também aos ausentes) e colecta de esmola para os pobres»11. Cada comunidade gozava da liberdade de improvisar os seus formulários de orações. O sacrifício era celebrado com a oração do bispo, chamada também santificatio e a participação dela pela comunhão podia se realizar todos os dias12. Enquanto Justino nos dá este esqueleto, Hipólito apresenta um outro feitio de se celebrar a eucaristia. Nesta, é o diácono que apresenta a oblação ao bispo, o qual dá graças sobre o pão e o vinho a fim de que se tornem no símbolo de Cristo. Após a bênção, o bispo distribui o pão dizendo a cada um “O

pão do céu em Cristo Jesus”, ao que responde “Ámen”13. Portanto, podemos deduzir que apesar de comummente, a celebração da eucaristia não era feita da mesma maneira em todos os lados como acontece em certa medida, nos nossos dias.

III. PARTES CONSTITUTIVAS DA EUCARISTIA

O lugar central que ocupa a eucaristia na globalidade da acção litúrgica exige pela sua natureza uma preparação devida, uma celebração adequada e um fim honroso. Afinal, é um momento único e privilegiado em que o cristão se reúne na intimidade do seu Senhor, para que ele se torne um com ele. Por conseguinte, ao redor deste evento eucarístico se lobrigou toda uma série de ensejos e explicações que vão dando revelando a magnitude desta celebração. Nos dispomos em seguida a apresentar estes momentos que não podem ser vistos totalmente desassociados da eucaristia embora hoje seja normal tê-los a parte.

3.1. Liturgia da Palavra

Quando os membros se reúnem para a fracção do pão, têm em mente a necessidade da Palavra que possa dar um significado mais profundo à partilha do pão que vão efectuar. Por isso, uma verdadeira comunhão vai necessariamente exigir uma prévia liturgia da palavra

11

P. Visentin., «EUCRISTIA» in Dicionário de Liturgia, Edições Paulinas, São Paulo 1992 p 400.

12 S. Marsili.,A. Nocent, et al. A eucaristia: Teologia e história da celebração, São Paulo, Edições Paulinas

1986 p. 30. 13

A. Nocent; I. Scicolone et al. Os sacramentos: Teologia e História da Celebração. S. Paulo: Edições Paulinas 1989 pp 35-36.

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como momento em que o povo reunido diante do Senhor, escuta sua palavra que os anima a se manterem cada vez mais unidos. É isto que encontramos nos escritos dos Padres da Igreja, como tivemos ocasião de nos aludir acima na apologia de S. Justino. P. Visentin assevera que era justamente com este momento da liturgia da palavra que a missa antiga começava14. Nesta parte a proclamação da palavra seguida da homilia do bispo era um requisito fundamental para uma comunhão adequada, tal como a vocação bíblica é antes de mais precedida pelo anúncio da palavra.

3.2. Ofertório e prece eucarístico

Gradualmente vamo-nos aproximando da mesa do sacrifício. O ofertório é o momento mais próximo da eucaristia e ele nos possibilita dar o fruto do nosso trabalho como sinal de gratidão. Por isso, desde o primeiro século, seguindo o memorial da última ceia, a comunidade primitiva preservou a tradição de levar ao altar, o pão e o vinho para que sejam a imagem do corpo e sangue de Cristo depois de abençoados pelo bispo15. Já no segundo século, o cenário melhora mais um pouco. Agora vemos uma mesa-altar que é preparada com pão e vinho e os respectivos vasos sagrados e toalhas de mesa16. É bastante para a legalidade do ofertório pronunciar a relativa oração sobre as ofertas e este fica dentro consagrado.

3.3. Comunhão e envio

O fim de toda a preparação ofertorial é chegar ao momento da comunhão em que o pão e o vinho são distribuídos aos presentes e uma parte reservada para os doentes ou os ausentes, tudo sob o auge de comunhão, vista como união entre o céu e a terra, portanto, uma comunhão plena. A distribuição da comunhão foi variando dependendo das épocas e lugares bem como do rito de cada região. Hipólito de Roma concede esta faculdade somente ao bispo (se presente) e ao presbítero, cabendo ao diácono a tarefa de apresentar a eucaristia ao presbítero e partir o pão17. A despedida constitui um momento especial porque embora não se tenha dado este significado, ela fazia parte de um envio para o mundo para dar testemunho.

CONCLUSÃO

Chegados ao fim do nosso trabalho há que lembrar a importância que se dá ao sacramento da Eucaristia, instituída por Jesus Cristo na sua última ceia. Este sacramento tornou-se tanto para

14

Cfr. P. Visentin., «EUCRISTIA» in Dicionário de Liturgia, Edições Paulinas, São Paulo 1992 p 404. 15

A. Nocent; I. Scicolone et al. Os sacramentos: Teologia e História da Celebração. S. Paulo: Edições Paulinas 1989 pp 35.

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Cfr. P. Visentin., «EUCRISTIA» in Dicionário de Liturgia, Edições Paulinas, São Paulo 1992 p 405.

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os cristãos primitivos, quanto para os cristãos dos nossos tempos, o centro de toda a acção litúrgica, porque nele se manifesta presente nas espécies do pão e vinho o Nosso Senhor. Mas a maneira de celebrar este sacramento não foi uniforme. Avaliando cuidadosamente os textos dos séculos I e II, chegamos à conclusão de que esta celebração foi variando dependendo do lugar, do tempo e do rito de cada região, embora existissem elementos comuns como a presença do pão e do vinho, a oração eucarística e a própria comunhão muitas vezes feita pelo próprio bispo ou pelo presbítero. No fundo, a eucaristia sendo o sacramento dos sacramentos foi sempre precedido e sucedido por momentos significativos que incluíam a liturgia da palavra, a procissão ofertorial e a comunhão e o envio, elementos ainda presentes hoje nas celebrações da Missa.

BILBIOGRAFIA

Concílio Vaticano II, Constituição Sacrosantum Concilium , 4 Dezembro 1963, in Conc. Ec. Vat II, Editorial A. O, Braga, 1992.

Didaqué: o catecismo dos primeiros cristãos para as comunidades de hoje. Editora Paulus,

São Paulo.

Hipólito., Tradição apostólica: ministérios ordenados e não ordenados, século II. Luiz, ZV., Sacramentos: Deus na vida da gente, Estef, Porto Alegre, 2005.

Marsili, S.,A. Nocent, et al. A eucaristia: Teologia e história da celebração, São Paulo, Edições Paulinas 1986.

Nocent, A; I. Scicolone et al. Os sacramentos: Teologia e História da Celebração. S. Paulo: Edições Paulinas 1989.

Rocchetta, C., Os sacramentos da Fé: ensaio de teologia bíblica sobre os sacramentos como

maravilhas da salvação no tempo da Igreja, Edições Paulinas, São Paulo, 1991.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ... 1

I. O SACRAMENTO DA EUCARISTIA NOS SÉCULOS II E III ... 1

1.1.Fontes ... 2

1.2. Origem e nomes da Eucaristia ... 2

II. A EVOLUÇÃO DA EUCARISTIA NA ERA PATRÍSTICA ... 3

2.1. A Era Patrística ... 3

III. PARTES CONSTITUTIVAS DA EUCARISTIA ... 4

3.1. Liturgia da Palavra ... 4

3.2. Ofertório e prece eucarístico ... 5

3.3. Comunhão e envio ... 5

CONCLUSÃO ... 5

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