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Rede Ferroviária Portuguesa. Sistema de Gestão de Activos

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Rede Ferroviária Portuguesa

Sistema de Gestão de Activos

Avaliação ISO 55000

Hugo de Vasconcellos Corrêa Patrício

42188

Trabalho para a disciplina de

(2)
(3)

Índice

1.Introdução...5 1.1.Objectivo...5 1.2.Contexto...5 1.3.Metodologia...7 2.Documentação analisada...8 2.1.Estrutura da documentação...8 2.2.Documentos...9

3. Correspondência ISO 55001 e documentação REFER...11

4.Análise crítica dos principais requisitos da ISO 55001...17

4.1.Contexto da organização...17 4.2.Liderança...18 4.3.Planeamento...18 4.4.Suporte...18 4.5.Operações...18 4.6.Avaliação da performance...19

Key performance Indicators...19

Auditorias...19

4.7.Melhorias...19

5.Conclusões...20

6.Referências...20

Anexo A.Documentação REFER...21

A.1.Plano do Grupo REFER 2015-2017...21

A.2.Manual do Sistema de Gestão integrado...22

A.3.Declaração do Compromisso de Gestão do Grupo REFER...23

A.4.Política de gestão de activos...24

A.5.Plano de Gestão de activos. Plano de longo prazo...25

(4)
(5)

1. Introdução

1.1. Objectivo

O presente trabalho procura dar um contributo para a melhoria do sistema de gestão de activos implementado na REFER, ao avaliar de forma crítica o seu nível de implementação, face aos requisitos da recente norma internacional ISO 55001:2014 – Asset Management – Management systems – Requirements.

1.2. Contexto

O actual plano corporativo do grupo REFER, apresenta como umas das área estratégicas, a implementação do modelo de gestão de activos alinhado com os requisitos da norma internacional ISO 55001.[1]

Apesar de ser recente, a norma ISO surge na sequência da conhecida especificação britânica PAS 55 (publicada em 2004 e revista em 2008) elaborada por um leque alargado de instituições ligadas à industria, academia e consultoria, e que reflecte um conjunto de boas práticas de gestão reconhecidas pelas empresas cujo foco estratégico assenta na gestão dos seus activos físicos para cumprimento dos seus objectivos corporativos.

De entre as múltiplas definições possíveis de Asset Management ou gestão de activos, a ISO 55000 define, de forma concisa, como sendo o conjunto, coordenado de actividades, que uma organização emprega, para realizar valor a partir dos seus activos.academia

A gestão de activos é baseada num conjunto de valores fundamentais:[2]

a) Valor: os activos têm a sua razão de ser na medida em que geram valor para a organização e partes interessadas (Stakeholders);

b) Alinhamento: a gestão de activos, traduz os objectivos da organização em decisões técnicas e financeiras, em planos e actividades;

c) Liderança: o reconhecimento da liderança e cultura organizacional como factores determinantes para a realização do valor.

d) Garantia: a gestão de activos garante que os activos vão cumprir os seus propósitos.

Segundo o plano corporativo do Grupo REFER. estes valores apresentam-se como indispensáveis para a REFER num quadro de sustentabilidade [1] uma vez que:

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• contribuem para o desempenho financeiro ao reduzir a probabilidade de decisões pouco fundamentadas

• se afigura como sendo um instrumento de coesão;

• torna-se numa ferramenta de apoio à escolha de soluções de investimento articuladas com intervenções da manutenção;

• é identificado como um importante suporte para a contratação com o Estado.

A infra-estrutura ferroviária, objecto principal da REFER é composta pelas seguintes classes de activos físicos: [3]

• via férrea

• obras de arte: pontes, túneis, passagens de peões • Passagens de nível

• superstrutura, em particular; carril, travessas, balastro, etc • Sinalização e telecomunicações;

• Subestações e infraestrutura para transporte e fornecimento de energia eléctricas • Acessos e passagens para passageiros e mercadorias;

Em Portugal, o caminho de ferro teve o seu início em 1856 com a inauguração do troço entre Lisboa e o Carregado, pertencente à então designada, Linha do Leste, cujo objectivo estratégico era o de estabelecer uma ligação a Espanha junto a Elvas, que se veio a concretizar em 1863.

A rede ferroviária foi gerida durante décadas por uma única empresa a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, criada em 1947 na sequência da Lei n.º 2008 de 7 de Setembro de 1945 que estipulava a fusão das várias concessões que exploravam o caminho de ferro, numa única entidade que teria como missão “além da exploração de toda a rede, conforme os progressos técnicos e comerciais, a transformação e reapetrechamento dessa rêde”. Em 1975, na sequência da revolução do 25 de Abril, a companhia foi nacionalizada e passou a chamar-se Caminhos de Ferro Portugueses e mais tarde, em 2009, Comboios de Portugal.

Em 1997 foi criada a REFER resultado da “consagração do princípio da separação entre a

responsabilidade pela construção, renovação e conservação da infra-estrutura e a exploração do transporte ferroviário” [4] que poderia decorrer da iniciativa privada. Esta divisão resultou da

transposição para direito interno da directiva Europeia 91/440, conhecida como o 1º pacote ferroviário. Historicamente, o sector ferroviário Europeu, e contrariamente ao modelo Americano, sempre foi uma industria detida pelo Estado e pouco aberta à iniciativa privada. Estas empresas eram quase

(7)

auto-suficientes e as actividades realizadas por entidades externas (outsourcing) eram residuais e sem expressão.

Uma das consequências foi o desenvolvimento de competências e conhecimento técnico interno (in house) forte, mas por outro lado a necessidade de se desenvolverem competências de gestão baseadas em evidências e na análise de risco, por exemplo, nunca surgiu.

Actualmente, com a mudança do paradigma de gestão dos bens públicos, resultante dos cenários económicos, caracterizados por fortes restrições financeiras, implica que o gasto de cada unidade monetária seja feito com um propósito claro e resultante de uma opção estratégica fundamentada. Este alinhamento estratégico entre entre as expectativas das parte interessadas (stakeholders) e os objectivos corporativos é um dos pontos fortes da implementação de um sistema de gestão de activos baseados na ISO 55000.

Não obstante o facto do sistema de gestão de activos na REFER ter sido concebido dentro da direcção de Manutenção, a REFER já assumiu como objectivo, estender este conceito, a toda a organização.[1]

1.3. Metodologia

A avaliação do sistema de gestão de activos da REFER face à norma ISO 55000 foi feita através da análise da documentação REFER mais relevante, à luz dos requisitos estabelecidos pela ISO 55001. Foram usados os seguintes documentos como guias interpretativos dos requisitos:

• ISO 55002 – Guidelines for the applicaton of ISO 55001:2014 • IAM, Asset Management – an anatomy, July 2014

• UIC, guidelines for the application of asset management in Railway infrastructure Organisations Para cada requisito são identificados os principais documentos REFER relacionados com o requisito, atribuindo-se um índice de maturidade que pretende traduzir o seu grau de incorporação nos métodos de trabalho da organização.

A escala de maturidade usada foi a proposta pelo documento IAM, The PAS55 Assessment Methodology, February 2009, em que são definidos 5 níveis de acordo com os critérios expressos no quadro seguinte:

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Nível de maturidade

Descrição Fase Estádio evolutivo

0 Não existe evidencia de que os requisitos da norma sejam conhecidos.

A organização está a desenvolver o conhecimento acerca do assunto

Aprendizagem

Compreensão 1 Existe um conhecimento básico dos requisitos.

A organização está no processo de decidir como vão ser aplicados os requisitos e já começou a aplicá-los.

Aplicação

Desenvolvimento 2 A organização tem uma boa compreensão da norma.

Já decidiu como vão ser aplicados os requisitos e existem evidencias da sua implementação

Incorporação

Competência 3 Todos os requisitos estão preenchidos e integrados na

organização.

Ainda existem pequenos detalhes a melhorar.

Optimizar e integrar

Excelência 4 A organização usa processos e abordagens que

ultrapassam os requisitos da norma, inovando e

contribuindo para o desenvolvimento da gestão de activos.

Desenvolver e Inovar

Uma vez que ainda não existe a versão oficial portuguesa das normas ISO, optou-se por identificar os requisitos na lingua inglesa, encontramdo-se assim justificada a utilização generosa de tantos anglicismos.

2. Documentação analisada

2.1. Estrutura da documentação

A documentação é extensa e assume vários níveis, que vão desde os documentos de topo onde são definidas as políticas da organização, planos estratégicos, a documentos de natureza sistémica tal como o manual do sistema de gestão integrado, até documentos de cariz muito operacional tais como instruções técnicas e formulários de registos.

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Nível I

Compromissos de gestão Política de gestão de activos

Manual do sistema de gestão integrado

Nível II

Plano de gestão de activos (plano operacional e plano de longo prazo)

Nível III

Procedimentos, instruções técnicas, normas, regulamentos.

Nível IV

Registos onde se evidenciam as actividades realizadas

2.2. Documentos

O quadro seguinte apresenta uma compilação da documentação REFER mais relevante do ponto de vista deste trabalho.

Referencia Nome do

documento Nível Objectivo / Âmbito

RF.MN.SGI Manual do Sistema de Gestão

Integrado

Manual Definir o modelo de gestão e de organização da empresa. RF.PGA Política de Gestão

de Activos

Política Definição da política de gestão de activos RF.PL.2015 Grupo REFER

Plano 2015-2017 Plano Plano onde são enunciados: - Missão, Visão e Valores do grupo

- O contexto externo e interno em que a empresa opera; - Os principais factores críticos;

- Os objectivos do grupo

- As metas para o triénio 2015-2017 - A estratégia de actuação

RF.DR.2016 Directório de Rede 2016

Instrução O Directório da Rede apresenta as características da rede ferroviária portuguesa e explicita as condições gerais para aquisição na mesma de capacidade e dos serviços inerentes.

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Referencia Nome do documento

Nível Objectivo / Âmbito

DMN.PG DMN Plano de Gestão

Política Estabelecer o conjunto de contributos para o cumprimento dos objectivos estratégicos definidos pelo Plano do Grupo REFER através da definição de:

- Contexto

- Estrutura organizativa - Objectivos estratégicos DMN.PGA Plano de Gestão de

Activos 2015

Plano Identificar as acções de manutenção/renovação necessárias realizar na infra-estrutura com o objectivo de manter/recuperar os níveis de serviço acordados com os clientes

GR.PR.AGR.001 Controlo de

documentos Procedimento Este documento define o regime geral dos documentos do Sistema de Gestão Integrado das empresas do Grupo REFER e as metodologias gerais referentes a:

• Elaboração, aprovação e divulgação de documentos; • Tipologia de documentos;

• Modelos de documentos (regras); • Identificação/codificação de documentos; • Controlo de documentos.

GR.IT.AGR.002 Codificação de

Documentos Instrução Este documento define as regras para a codificação dos documentos gerados internamente pelas empresas que constituem o Grupo REFER.

GR.IT.AGR.003 Estrutura dos documentos

Instrução Este documento define as regras para a estruturar os documentos gerados internamente pelas empresas que constituem o Grupo REFER à excepção das Deliberações, Despachos e Decisões do Conselho de Administração bem como Decisões dos Diretores-Gerais das empresas participadas e das Fichas dos Processos.

GR.IT.AGR.004 Controlo de documentos de origem externa

Instrução Definir a metodologia para assegurar a recepção, divulgação e disponibilização dos documentos de origem externa. GR.PR.AGR.002 Controlo dos

registos

Procedimento Este documento define as regras para assegurar o controlo dos registos associados aos processos / actividades do Grupo REFER.

GR.PR.AGR.003 Auditorias Procedimento Estabelecer a metodologia para a realização de auditorias, incluindo gestão de um programa de auditorias e condução das mesmas desde a sua preparação até ao seu

encerramento. RF.PR.GMS.001 Controlo e

tratamento do produto não conforme

Procedimento Definir as regras para o controlo e tratamento do produto não conforme, incluindo a análise de causas e definição de medidas correctivas.

Aplica-se ao produto não conforme associado ao serviço prestado aos operadores de transporte ferroviários.

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Referencia Nome do documento

Nível Objectivo / Âmbito

PR.GR.005 Monitorização da actividade da manutenção

Procedimento O procedimento tem como objectivo descrever a monitorização mensal e semestral efectuada pela equipa CGAC dos dados inseridos por todos os órgãos que efectuam programação em SIGMA, na sua maioria pelas equipas de manutenção internas e externas, através de dados extraídos das ferramentas: SAP-BW e SAP R/3, e compilados num relatório enviado a vários órgãos da DGEI.

RF.IT.GAI.001 Gestão de contratos de Prestação de serviços e Empreitadas de Manutenção

Instrução Definir a repartição de responsabilidades no âmbito da gestão de contratos de Prestação de Serviços e Empreitadas de Manutenção, através da criação de diferentes tipologias, permitindo, assim, especificar e melhor compreender as atribuições afectas às diversas unidades orgânicas neste domínio, tendo em atenção as responsabilidades cometidas aos órgãos de suporte, bem como as relações que, para este efeito, estabelecem entre si.

PR.GER.002 Inspecções principais de via e catenária

Procedimento O procedimento regula a programação e execução das inspecções principais de Via e Catenária, realizadas com equipamentos de inspecção em contínuo, propriedade da REFER, a toda a Rede Ferroviária Nacional em exploração. RF.IT.GPI 001 Determinação de

cargas máximas na rede ferroviária nacional

Instrução Definir a metodologia para a determinação das cargas máximas admissíveis para as locomotivas eléctricas e diesel.

Os níveis mais baixos da estrutura de documentação contêm centenas de formulários, instruções técnicas e procedimentos, pelo que no quando acima apenas foram apresentados alguns documentos a título de exemplo.

3. Correspondência ISO 55001 e documentação REFER

O seguinte quadro estabelece a relação entre os requisitos da ISO 55001 e a documentação REFER, tendo-se atribuido uma classificação da maturidade do processo quantificando desta forma a sua incorporação na cultura da organização.

No Anexo B. apresenta-se um quadro comparativo das estruturas das normas ISO 9001 e ISO 55001 com a estrutura de alto nível definida pelo Annex SL que pretende uniformizar a estrutura de todos os sistemas de gestão ISO com vista à sua fácil integração num único sistema de gestão.

ISO 55001:2014 Documentação

REFER Escala de Maturidade Notas

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ISO 55001:2014 Documentação REFER

Escala de Maturidade

Notas

3. Terms and definitions 4. Context of the organization

4.1 Understanding the organization and its context

RF.MN.SGI RF.PL.2015

3 O plano do grupo REFER responde este requisito.

4.2 Understanding the needs and expectations of stakeholders

RF.PL.2015 2 Não estão explicitamente identificados os stakeholders relevantes bem como as suas expectativas acerca do sistema de gestão de activos.

4.3 Determining the scope of the asset management system

RF.PGA 3 A política de gestão de activos responde em pleno a este requisito.

4.4 Asset management

system RF.MN.SGI DMN.PG

2 O Plano de gestão de activos estratégico (SAMP) ainda não existe formalmente. Contudo já existem diversos dos seus capítulos.

Os processos das actividades que afectam a gestão de activos encontram-se definidos, nomeadamente os seus inputs, outputs e as relações com outros processos.

5. Leadership 5.1 Leadership and commitment RF.MN.SGI RF.PL.2015 RF.PGA DMN.PG

3 A documentação de alto nível evidencia o interesse e compromisso da empresa em tornar a gestão de activos central na sua gestão, contudo esta orientação ainda não está reflectida no manual de sistema de gestão integrado RF.MN.SGI

5.2 Policy RF.PGA 3 Requisito cumprido 5.3 Organizational roles,

responsabilities and authorities

RF.MN.SGI DMN.PG

3 Toda a estrutura da organização responsável pela gestão dos activos encontra-se claramente definida bem como as suas competências e responsabilidades

6. Planning

6.1 Actions to address risks and opportunities for the asset management system

RF.MN.SGI DMN.PG

1 A análise de risco já está identificada como um processo estratégico e crítico, contudo trata-se de uma

metodologia que ainda está em fase de compreensão e desenvolvimento.

O histórico da utilização desta forma de abordar o planeamento é residual e feito de forma não sistematizada.

6.2 Asset management objectives and planning to achieve them

6.2.1 Asset management

objectives DMN.PG 2 Não obstante o facto de estarem definidos objectivos ao nível do sistema de gestão, ainda não estão explicitos os objectivos ao nível das classes de activos e dos sistemas de activos, por exemplo, face a níveis de serviço acordados.

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ISO 55001:2014 Documentação REFER Escala de Maturidade Notas 6.2.2 Planning to achieve asset management objectives DMN.PG DMN.PGA

2 O plano de gestão de de activos (DMN.PGA) abrange um período de 20 anos e contêm duas componentes: i) o plano operacional (3 anos)

ii) o plano de longo prazo

A análise de risco é uma abordagem nova na empresa e necessita de prática para se consolidar. Não existem evidências da sua incorporação nos processos de tomada de decisão sobre os activos.

7. Support

7.1 Resources DMN.PG DMN.PGA

3 Estão identificados os recursos financeiros,humanos, materiais para a pressecução do plano de gestão de activos.

7.2 Competence RF.MN.SGI DMN.PG

1 Apesar de existir um processo designado de GAH-Gestão dos Activos Humanos, não estão claramente identificadas as competências dos colaboradores cujo trabalho afecta directamente a gestão dos activos. Por exemplo, a indicação do índice de conservação está ligada com a determinação da vida útil remanescente de um activo.

7.3 Awareness RF.MN.SGI RF.PL.2015 RF.PGA DMN.PG

1 Apenas existem evidências de promoção, interna à organização, da consciência da gestão de activos. Não existe uma forma sistematizada de promoção da consciência junto dos stakeholders externos.

7.4 Communication RF.MN.SGI 0 Não existem evidências de que este requisito de comunicação esteja implementado ou em vias de desenvolvimento.

7.5 Information requirements

RF.MN.SGI PR.GR.005

1 Estão definidos os processos das activades que têm impacto na gestão de activos, incluindo a definição dos seus INPUTS, contudo não existe explicitamente a identificação dos requisitos de informação.

7.6 Documented information

7.6.1 General RF.MN.SGI 2 A documentação fundamental para o sistema de gestão de activos existe mas não está disponível ou

referênciada de uma forma integrada 7.6.2 Creating and updating GR.PR.AGR.001 GR.IT.AGR.002 GR.IT.AGR.003 GR.IT.AGR.004

3 O sistema de gestão documental implementado na organização, SAP DMS,responde na íntegra a estes requisitos.

(14)

ISO 55001:2014 Documentação REFER Escala de Maturidade Notas 8. Operation 8.1 Operational planning and control DMN.PGA PR.GR.005 RF.IT.GAI.001

3 As ferramentas implementadas e consolidadas na organização para :

- planeamento de actividades, incluindo os recusros materiais e financeiros (DMN.PGA);

- Monitorização da actividade da manutenção (PR.GR.005);

- Gestão dos contratos de manutenção (RF.IT.GAI.001); respondem adequadamente aos requisitos da norma. 8.2 Management of

change

RF.MN.SGI DMN.PG DMN.PGA

2 O plano de gestão de activos (DMN.PGA) inclui um plano de longo prazo que contempla para além das acções de manutenção preventiva, as acções de renovação e substituição dos activos tendo em conta a análise da sua vida útil.

Em algumas classes de activos começam a ser

aplicadas ferramentas de modelação e previsão da vida útil.

8.3 Outsourcing DMN.PG RF.IT.GAI.001 PR.GER.002

2 A maioria das actividade da manutenção relacionadas com os activos encontram-se expressas em instruções técnicas e procedimentos, incluindo o controlo e gestão dos contratos de serviços, permitindo desta forma a sua execução e verificação.

Sendo uma empresa pública, tem um enquadramento legal próprio a que está obrigada a responder, nomeadamente através do código dos contratos públicos. 9. Performance evaluation 9.1 Monitoring, measurement, analysis and evaluation RF.MN.SGI RF.DR.2016

2 O Manual de Sistema de Gestão Integrado (RF.MN.SGI) evidencia a monitorização sobretudo ao nível do sistema, e.g controlo da performance dos processos ou a análise do feedback dos stakeholders.

O directório de rede (RF.DR.2016) estabelece as condições de acesso à infraestrutura bem como os níveis de serviço acordados. São identificados os mecnismos de medição e avaliação dos níveis acordados.

9.2 Internal audit RF.MN.SGI GR.PR.AGR.003 DMN.PG

2 A prática de auditorias internas é evidenciada no Manual sistema de gestão integrada da organização e do procedimento (GR.PR.AGR.003) Auditorias que visa sobretudo a verificação da conformidade dos processos. Uma vez que o Manual de sistema é SGI ainda não refere o Sistema de Gestão de Activos, o requisito não é formalmente cumprido uma vez que a conformidade com a norma não é explicitamente auditada de forma sistemática.

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ISO 55001:2014 Documentação REFER

Escala de Maturidade

Notas

9.3 Management review DMN.PG 2 Está identificado no plano de gestão o processo de elaboração/revisão do sistema de gestão de activos. Não obstante o facto do requisito ser cumprido, a não existência de histórico implica que em termos de escala de maturidade, ainda se encontre na fase de

desenvolvimento.

10. Improvement

10.1 Nonconformity and

corrective action RF.MN.SGI RF.PR.GMS.001 DMN.PG

3 O tratamento de não conformidades e as consequentes acções correctivas estão bem alinhadas com a norma na vertente sistemica da organização e das operações / exploração dos activos onde existem procedimentos escritos.

O subprocesso Revisão, incorpora uma actividade que analisa as falhas e propõe acções correctivas e preventivas.

10.2 Preventive action RF.MN.SGI DMN.PG

3 As acções correctivas e preventivas são explicitamente identificadas como chave no Manual Sistema de Gestão (RF.MN.SGI).

O subprocesso Revisão, incorpora uma actividade que analisa as falhas e propõe acções correctivas e preventivas. 10.3 Continual improvement RF.MN.SGI RF.PL.2015 DMN.PG

3 Na organização existe um processo designado de gestão da inovação que é liderado pella Academia REFER, responsável pelos programas de investigação e inovação.

O macroprocesso Gestão de activos da infraestrura é composto por subprocessos ordenados segundo a lógica do ciclo de Deming, Plan-Do-Check-Act (PDCA).

É importante referir que a avaliação do nível de maturidade resulta apenas da análise e visão do autor do trabalho.

(16)

Figura 1: Nível de maturidade de cada grupo de requisitos

4.Context 5.Leadership 6.Planning 7.Support 8.Operations 9.Performance evaluation 10.Improvement 0 1 2 3 4

Figura 2: Resultado da avaliação para cada requisito da norma

4.1 4.2 4.3 4.4 5.1 5.2 5.3 6.1 6.2.1 6.2.2 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6.1 7.6.2 7.6.3 8.1 8.2 8.3 9.1 9.2 9.3 10.1 10.2 10.3 0 1 2 3 4

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4. Análise crítica dos principais requisitos da ISO 55001

4.1. Contexto da organização

De acordo com a ISO 55002 o sistema de gestão activos sendo parte integrante do sistema de gestão da organização deverá considerar:

os objectivos da organização, que estão expressos no Decreto-Lei nº 104/97;

o plano corporativo, expresso no documento RF.PL.2015, Plano do Grupo REFER para o

triénio 2015-2017.

O sistema de gestão de activos deverá incorporar os seguintes documentos: a) Política de gestão de activos,

b) Objectivos da gestão de activos,

c) Plano estratégico de gestão de activos (SAMP), d) Planos de gestão de activos

O quadro seguinte estabelece a ligação entre os requisitos e os documentos REFER: Requisitos de

Documentação ISO 55001:2014

Documento REFER Referência Notas

Organizational objectives

Decreto-Lei 104/97

Manual do Sistema de Gestão Integrado

DL 104/97 RF.MN.SGI Corporate plan or

organizational plan Grupo REFER Plano 2015-2017 RF.PL.2015 Asset management

policy Política de Gestão de Activos RF.PGA Strategic asset management plan (SAMP) DMN Plano de Gestão DMN.PG Asset management objectives DMN Plano de Gestão DMN.PG Asset management

(18)

4.2. Liderança

Existe uma clara aposta da parte da organização em implementar o sistema de gestão de activos, expressa pelos compromissos de gestão (ver A.3 Declaração do Compromisso de Gestão do Grupo REFER e A.4 Política de gestão de activos). Estes compromisssos clarificam os objectivos corporativos e promovem o alinhamento entre os diversos intervenientes.

A abordagem de implementação tem partido das orientações da gestão de topo, e o processo de impregnação das metodologias na cultura de uma organização requer tempo e estabilidade da própria organização.

4.3. Planeamento

Recentemente foi elaborado o primeiro plano de gestão de activos com 2 componentes designadas de plano operacional com horizonte de 3 anos e plano de longo prazo com horizonte de 17 anos. Esta última componente apresenta já um cariz estratégico uma vez que já prevê a substituição e renovação dos activos que venham a atingir o fim da sua vida útil.

Existem indícios evidentes de que a organização começou a implementar os conceitos de planeamento e estratégia mas a ausência de histórico nesta área implica necessariamente a atribuição de um nível de maturidade não muito elevado.

4.4. Suporte

A documentação estratégica não está referenciada não sendo possível rastrear as tomadas de decisão.

A informação cadastral consolidada dos activos é claramente um ponto melhorar signicativamente. Na óptica da gestão dos activos não estão identificados de forma explicita quais os parêmetros chave que deverão ser fornecidos para servir de suporte à implementação de modelos de degradação, planeamento etc. Por exemplo, no caso da avaliação à fadiga das pontes metálicas, um dos parâmetros chave é o histórico de circulações sobre uma ponte e a sua classe de carga. Não são publicadas estatísticas que contenham estas informações.

4.5. Operações

Claramente que a área da manutenção dos activos é a que está mais alinhada com a ISO 55001:2014. As tomadas de decisão sobre a gestão dos activos ainda não são feitas de forma harmonizada, havendo contudo orientações estratégicas da gestão de topo de tornar a gestão de activos central nas actividades da empresa, fazendo gravitar em torno de si a tomada de decisões. Esta nova abordagem

(19)

fará sair do âmbito da Manutenção a gestão de activos, aplicando-se progressivamente a toda a organização.

Relativamente ao Outsourcing, a estratégia de gestão de recursos não está claramente definida. Não estão identificadas as actividades que deverão ser executadas internamente e as que são executadas em regime de outsourcing. Este facto tem um forte impacto na estratégia de gestão dos recursos humanos e financeiros.

4.6. Avaliação da performance

Key performance Indicators

Existem indicadores de performance dos activos do ponto de vista da sua exploração, nomeadamente o tempo de indisponibilidade da infraestrutura, face ao tempo acordado, uma vez que daqui resultam penalidades ou compensações financeiras. A performance dos activos é portanto deduzida a partir destes indicadores não existindo evidências explicitas de indicadores sobre o estado dos activos que permitam por exemplo fundamentar a tomada de decisões sobre investimentos.

A existência destes indicadores chave (ou key performance indicators) é fundamental para a compilação de informação histórica que permita alimentar modelos LCC (life cycle cost).

Estes indicadores deverão abranger os activos, sistemas de activos (tais como linhas ou rotas) e ainda o próprio sistema de gestão de activos.

Auditorias

No final de 2014 foi realizada uma auditoria de diagnóstico tendo em vista a certificação pela norma ISO 55001:2014.

À data do presente trabalho, o relatório da auditoria de diagnóstico ainda não tinha sido publicado.

4.7. Melhorias

Os processos para garantir que as falhas são corrigidas ou que oportunidades de melhoria identificadas são implementadas, existem e têm um nível de maturidade alto, no que diz respeito às actividades da manutenção directamente relacionadas com os activos. O rastreamento entre uma falha e a acção de manutenção correctiva que lhe deu origem é possível através da aplicação SIGMA.

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5. Conclusões

Esta avaliação é limitada tendo em consideração que reflecte apenas a visão e leitura do autor do trabalho sobre o assunto. De facto as metodologias propostas pela UIC e IAM para avaliação dos sistemas, englobam um conjunto alargado de entrevistas a colaboradores com diferentes níveis de responsabilidade no sistema de gestão, permitindo dessa forma ter uma visão mais abrangente e menos sectorial.

Não obstante a limitação acima enunciada, o trabalho pode ter o mérito de lançar as bases para uma discussão acerca do sistema implementado, auditando-o e contribuindo desta forma para a sua melhoria contínua através da identificação dos pontos fortes e fracos.

Em geral, são cumpridos os requisitos da norma, ainda que a um nível muito alto ou sistémico, não existindo ainda uma cultura de asset management transversal a toda a empresa.

O cumprimento dos requisitos da norma ISO 55001, deve ser entendido como o mínimo que uma organização deve ter incorporado na sua cultura [5], não sendo por si só, garante de uma gestão eficaz dos seus activos.

6. Referências

[1] “Grupo REFER Plano 2015-2017.” REFER, 2015.

[2] “ISO 55000 Asset Management - Overview, principles and terminology.” ISO, 2014.

[3] “Guidelines for the Application of Asset Management in Railway Infrastructure Organisations.” UIC, 2010.

[4] “Decreto Lei 104/97.” Diario da Republica, 1997.

[5] Asset Management – an anatomy 2, Version 2., no. July. IAM - Institute of Asset Management, 2014.

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Anexo A. Documentação REFER

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(23)
(24)
(25)
(26)

Anexo B. Sistemas de gestão. Estrutura de alto nível

Annex SL ISO 9001:2014 DIS ISO 55001:2014

Introduction Introduction Introduction

1. Scope 1. Scope 1. Scope

2. Normative references 2. Normative references 2. Normative reference 3. Terms and definition 3. Terms and definitions 3. Terms and definitions 4. Context of the organization 4. Context of the organization 4. Context of the organization

4.1 Understanding the organization

and its context 4.1 Understanding the organization and its context 4.1 Understanding the organization and its context 4.2 Understanding the needs and

expectations of interested parties 4.2 Understanding the needs and expectations of the interested parties 4.2 Understanding the needs and expectations of stakeholders1

4.3 Determining the scope of the XXX management system

4.3 Determining the scope of the

qualitymanagement system

4.3 Determining the scope of the

asset management system 4.4 XXX management system 4.4 Quality management system and

its processes

4.4 Asset management system

5. Leadership 5. Leadership 5. Leadership

5.1 Leadership and commitment 5.1 Leadership and commitment 5.1 Leadership and commitment

5.1.1 Leadership and commitment for the quality management system 5.1.2 Customer focus

5.2 Policy 5.2 Quality policy 5.2 Policy 5.3 Organization roles,

responsabilities and authorities 5.3 Organizational roles, responsabilities and authorities 5.3 Organizational roles, responsabilities and authorities

6. Planning 6. Planning for the quality

management system 6. Planning

6.1 Actions to address risks and opportunities

6.1 Actions to address risks and opportunities

6.1 Actions to address risks and opportunities for the asset management system

6.2 XXX objectives and planning to

achieve them 6.2 achieve themQuality objectives and planning to 6.2 planning to achieve themAsset management objectives and

6.2.1 Asset management objectives 6.2.2 Planning to achieve asset management objectives 6.3 Planning of changes

1Apesar do termo “Interested party” ser o preferido do anexo SL, o termo Stakeholder também é admitido ( Annex SL, Appendix 3, 3.02)

(27)

Annex SL ISO 9001:2014 DIS ISO 55001:2014

7. Support 7. Support 7. Support

7.1 Resources 7.1 Resources 7.1 Resources

7.1.1 General 7.1.2 People 7.1.3 Infrastructure

7.1.4 Enviroment for the operation of processes

7.1.5 Monitoring and measuring resources

7.1.6 Organizational knowledge

7.2 Competence 7.2 Competence 7.2 Competence 7.3 Awareness 7.3 Awareness 7.3 Awareness 7.4 Communication 7.4 Communication 7.4 Communication

7.5 Information requirements

7.5 Documented information 7.5 Documented information 7.6 Documented information 7.5.1 General 7.5.1 General 7.6.1 General

7.5.2 Creating and updating 7.5.2 Creating and updating 7.6.2 Creating and updating 7.5.3 Control of documented information 7.5.3 Control of documented information 7.6.3 Control of documented information

8. Operation 8. Operation 8. Operation

8.1 Operational planning and control 8.1 Operational planning and control 8.1 Operational planning and control

8.2 Determination of requirements for

products and services 8.2 Management of change 8.2.1 Customer communication 8.3 Outsourcing

8.2.2 Determination of requirements related to products and services 8.2.3 Review of requirements related to products and services

8.3 Design and development of products and services

8.3.1 General

(28)

Annex SL ISO 9001:2014 DIS ISO 55001:2014

8.3.4 Design and development controls

8.3.5 Design and development outputs

8.3.6 Desing and development changes

8.4 Control of externally provided products and services

8.4.1 General

8.4.2 Type and extent of control of external provision

8.4.3 Information for external providers

8.5 Production and service provision 8.5.1 Control of production and service provision

8.5.2 Identification and traceability 8.5.3 Property belonging to customers or external providers

8.5.4 Preservation

8.5.5 Post-delivery activicties 8.5.6 Control of changes

8.6 Release of products and services 8.7 Control of nonconforming process outputs, products and services

9. Performance evaluation 9. Performance evaluation 9. Performance evaluation

9.1 Monitoring, measurement, analysis and evaluation

9.1 Monitoring, measurement, analysis and evaluation

9.1 Monitoring, measurement, analysis and evaluation

9.1.1 General

(29)

Annex SL ISO 9001:2014 DIS ISO 55001:2014

9.1.3 Analysis and evaluation

9.2 Internal audit 9.2 Internal audit 9.2 Internal audit 9.3 Management review 9.3 Management review 9.3 Management review

10. Improvement 10. Improvement 10. Improvement

10.1 General

10.1 Nonconformity and corrective

action 10.2action Nonconformity and corrective 10.1 Nonconformity and corrective action

10.2 Preventive action2

10.2 Continual improvement 10.3 Continual improvement 10.3 Continual improvement

2 This High Level Structure and Identical text does not include a clause giving specific requirements for “preventive action”. This is because one of the key purposes of a formal management system is to act as a preventive tool. Consequently, the High Level Structure and Identical text require an assessment of the organization’s “external and internal issues that are relevant to its purpose and that affect its ability to

Referências

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