Arquitetura
10/Agosto/2009
Brasileiros vencem concurso internacional para projeto
do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp
Com o tema "Museu como fenômeno e fenômeno como paisagem", os
arquitetos Daniel Corsi, Dani Hirano e Reinaldo Nishimura buscaram
expressar a ciência por meio da arquitetura e a concepção do projeto
como um fenômeno
Ana Paula Rocha
O projeto dos arquitetos Daniel Corsi, Dani Hirano e Reinaldo Nishimura foi o vencedor do concurso público internacional de arquitetura para o Museu Exploratório de Ciências da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O resultado foi anunciado no dia 7 de agosto, após a defesa pública dos projetos finalistas.
Em segundo lugar ficou o projeto dos arquitetos japoneses Tomohiko Amemiya, Mitsuru Hamada, Hiroki Inutsuka e Akira Suzuki. Os americanos Erik Warren Lewitt e Jordan Williams ficaram com a terceira colocação. Já as equipes lideradas pelos arquitetos brasileiros Fábio Boretti Araújo e
Alessandro Moreno Muzi receberam Menções Honrosas. Ao todo, cerca de 170 equipes de 21 países participaram da competição.
Com o tema "Museu como fenômeno e fenômeno como paisagem", a equipe vencedora quis expressar a ciência por meio da arquitetura e a concepção do projeto como um fenômeno. "A proposta é de que a concepção do museu causasse nas pessoas a mesma sensação que a ciência causa quando descobre alguma coisa, por exemplo", explica o arquiteto Daniel Corsi.
O projeto prevê um volume horizontal de 150m de comprimento e 35 m de largura, integrado a um volume vertical, que pontua o museu na paisagem. A disposição longitudinal do edifício foi adotada pelos arquitetos para não atrapalhar a visão do pôr-do-sol, um dos maiores atrativos da região. "Era solicitado pelo edital que a vista oeste fosse mantida ao máximo. Então, a cota da cobertura do museu corresponde à cota da Praça Tempo e Espaço que hoje já existe lá, preservando totalmente a visibilidade da paisagem da região", conta Corsi.
O museu será dividido em três partes principais: a praça de acolhimento, que será a área de acesso dos visitantes; um espaço de recepção, que possui o Café do Pôr-do-sol e a biblioteca; e duas salas de exposição, sendo uma temporária e outra fixa. A edificação será toda feita em estrutura metálica. De acordo com o arquiteto, ainda não há previsão de quando a obra vai começar. As próximas etapas são as de captação de recursos de iniciativas privadas e públicas, além dos órgãos fomentadores, a elaboração do projeto executivo e a contratação dos serviços de execução por meio de licitações a serem divulgadas posteriormente.