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O VIDRO NA CONSTRUÇÃO. C1 André Calvete Daniela Silva Filipa Barros

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Academic year: 2021

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O VIDRO NA CONSTRUÇÃO

C1 André Calvete Daniela Silva Filipa Barros

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ABSTRACT

Este trabalho tem como objectivo abordar o vidro, material que melhor explora as potencialidades da luz, demonstrando a evolução da sua aplicação ao longo da História da arquitetura e analisando as suas propriedades e características que apresentam uma evolução constante na atual realidade arquitectónica. Irão também ser apresentados exemplos de obras construídas, nas quais o vidro desempenhou um papel importantíssimo.

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A evolução da aplicação do vidro na

construção

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A procura de uma arquitetura de carácter leve e transparente não se restringe apenas à produção arquitectónica moderna. Existem outros momentos da história da arquitetura que partilham da mesma ambição pela transparência.

• O vidro, pela sua relação com a luz, estende-se a uma metáfora espiritual, fazendo referência ao sublime, ao divino e ao imaterial. A catedral gótica é a materialização desta metáfora.

• O fenómeno das grandes Exposições Internacionais facilitou e acelerou o processo de divulgação da nova concepção espacial de uma arquitetura da pré-fabricação “do vidro e do aço”, assistida pelos novos métodos construtivos.

• O Palácio de Cristal de Joseph Paxton construído em 1851 para a Exposição Universal de Londres constitui uma grande novidade devido ao seu revolucionário design modular, pré-fabricado e do uso extensivo de vidro.

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O Movimento Moderno

As inúmeras potencialidades do vidro não foram utilizadas na totalidade até ao tempo moderno.

Este facto apresenta duas explicações:

• Até então não se tinha aprendido a domesticar as inovações técnicas da construção com vidro .

• Surgiu a necessidade de libertar a arquitetura da construção massiva para criar fachadas mais leves e transparentes.

A utilização do vidro permitiu criar um novo conceito de espaço explorado pela arquitetura moderna:

• Relação interior/exterior

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Uma nova linguagem: 1914-1949

Neste período os edifícios utilizam uma linguagem comum baseada em:

– Leveza;

– Luminosidade; – Desmaterialização.

Outras experiências construtivas contribuíram de forma determinante para formar a estética da arquitetura do vidro, como por exemplo:

• A Fábrica Fagus e o Pavilhão Werkbund, ambos de Gropius, com vidros de pouca espessura, esquinas em vidro e desmaterializadas.

• Os desenhos de Mies mostram fachadas neutras, brilhantes e muito abstractas, desprovidas de elementos arquitectónicos decorativos historicistas, onde grandes painéis envidraçados unem as arestas das lajes e vigas, como se fossem cortinas de vidro.

Desde então, a evolução técnica do vidro tem sido imparável. Este deixou de ser um material frágil e sem propriedades isolantes, e tornou-se num material de enormes e diferenciadas potencialidades construtivas.

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Características técnicas do vidro

Fazer referência às características do vidro implica conhecer a natureza das radiações solares e as características físicas do vidro. Tecnicamente, o vidro define-se como um líquido refrigerado.

O seu comportamento é anómalo, uma vez que alcançando o seu ponto de fusão começa a arrefecer lentamente, solidifica e forma cristais.

Uma lâmina de vidro pode refletir, irradiar e absorver as radiações solares.

A falta de isolamento térmico

Algumas casas, como a Farnsworth, mostraram problemas ao nível do isolamento térmico do vidro, com grandes perdas de calor provocando condensações e a sensação e “pedra fria”.

O isolamento acústico

O isolamento acústico é cada vez mais importante na realidade atual citadina, uma vez que toda a contaminação acústica de uma cidade deve ser neutralizada no interior das casas de forma a proporcionar um ambiente mais calmo às pessoas que nela habitam.

A radiação solar - efeito de estufa

A arquitetura do vidro e das transparências nos primórdios, sofreu do efeito de estufa como é o caso das obras do Mies. A suas estruturas abertas permitem a entrada de luz e energia sem dispersão. Mas o efeito de estufa surge quando os raios de infravermelhos de ondas curtas incidem no vidro e penetram nele.

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Características visuais do vidro

A reflexão e a absorção provoca uma série de fenómenos que qualificam a transparência do material, conferindo-lhe aspectos variados. Os mais usuais são os efeitos de reflexo e o tom esverdeado. Cada vez mais existem maiores exigências na construção com vidro, obrigando a desenvolver diferentes técnicas que respondam às novas necessidades.

Atualmente existe uma ampla gama de soluções. Estas variam na: composição do vidro, camadas, tratamentos da superfície, elementos entre as camadas, sistemas ativos de controlo do sol e calor e a combinação destes vários recursos.

Tipos de vidro:

Vidro float (vidro comum), temperado, laminado, vidro duplo, aramado, espelhado, impresso, “low-e”(baixo emissivo), serigrafado, fosco, acidado, curvo, blindado, auto-limpante, reflexo, anti-riscos, anti-vandalismo, craquelado, “fusing”, resistente ao fogo, bisotado.

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.01 Edificio SUVA

Herzog & De Meuron

1988-1993, Suiça, Basileia

. Objectivo: Construção de uma fachada em vidro que proporcione a homogeneidade entre dois edifícios distintos no tempo - o antigo e o novo, numa lógica urbana de continuidade entre os edifícios envolventes.

. A fachada externa, é composta por três bandas horizontais de caixilhos envidraçados por piso, com três tipos de vidros.

.A fachada envifraçada permite diferentes meios de controle térmico: 1. Sistema mecânico: controle da temperatura entre as duas fachadas através de meios informáticos que controlam a abertura dos caixilhos.

2. A utilização do vidro impresso conjugado com o uso do vidro duplo:

2.1 O vidro impresso representa uma funcionalidade a nível de controlo luminoso e relações visuais.

2.2 O vidro duplo possibilita a introdução na caixa de ar dos diversos sistemas de controlo térmico.

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.02 Fundação Cartier

Jean Nouvel, 1991-1994, França, Paris

.Sucessões de planos de vidro que lhe são característicos

.O edifício distanciado do primeiro plano, 12 metros e com o dobro da altura deste;

.O vidro que percorre a frente toda;

. interrompido a meio por um castanheiro, entrada para o edifício.

.Reflecçao e transparencia - jogo realidades distintas, material e imaterial; .montra de natureza artificial, imagem clássica do edificado envolvente.

. Papel funcional - elemento protetor do verdadeiro edifício;

.barreira acústica, isolamento sonoro, e permite atenuar as cargas resultantes dos ventos.

.Elemento de controlo solar minimizar a transmissão de radiação solar; -Vidro colorido, em tom de prateado de forma a aumentar a capacidade de reflexão.

- Janelas de vidro, pré- fabricadas - altura de um piso, divididas em três partes de forma a reduzir a carga do peso do vidro nos elementos da caixilharia,

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.03 Casa Laminada

Gerard Kruunenberg & Paul Van der Erve

1995-2000, Holanda, Leerdam

. Vidro usado de uma forma surpreendente e original, elevado às ultimas consequências;

. Assume a forma de uma massa espessa e translucida; . Base de paralelepípedo , dividido por uma linha quebrada; . Composto painéis de vidros colados de face.

. Capacidade de porte- consequência da colagem dos painéis; . Resistência, comparada à de uma estrutura de o. . variedade luminosa, opacidade/transparência ; . Espessura inconstante das paredes.

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.04 Casa da Música

Rem Koolhaas 1998-2004, Portugal, Porto

.Necessidades acústicas internas, ruído externo contabilizado;

.Já que as duas fachadas são totalmente em vidro, (abrir a sala para a cidade).

.Uso de três grandes vãos abertos para o exterior;

.Uso do vidro corrugado, por painéis, pela necessidade acústica/necessidade estrutural do vidro.

. Estrutura metálica esbelta, vidro ondulado.;

. Ainda que forte necessita de mais capacidades acústicas;

. Imprescindível à solução um isolamento capaz, foi o usado o vidro duplo.

. Outro vãos do edifício, sistemas construtivos tradicionais; . Vidro duplo e caixilharia de alumínio.

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.05 Maison Hermés

Renzo Piano 1998-2001, Japão, Tóquio

. Fachada neutra e homogénea, à base do vidro, com o objetivo de criar um vazio de luz;

. Necessidade de uma luz continua e difusa, que ilumine espaço interior – função.

. Jogo de cores e reflexos difundidos pela luz solar, durante o dia, . Jogo de cores da iluminação interior, durante noite.

. Fachada (continua e homogénea), anula o efeito de transparência do vidro;

. Uso do tijolo de vidro – escudo.

. Unidades de tijolo de vidro (425x425x120), reforçados por uma estrutura (rede) interna metálica;

. Maior resistência - tijolos foram cozidos durante 13 horas, e depois pintados com uma tinta especifica (reflexo maior);

. Duplo sistema - segurança e flexibilidade à estrutura do edifício.

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.06 Biblioteca Universitária de Utrecht

Wiel Arets, 1997-2004, Holanda, Utrecht

. Transmissão de luz do exterior para o interior -função; . Usados sistema de base, de vidro duplo com gás crípton. . Variações da intensidade e quantidade de luz;

. Utilizado - sistema mecânico, com características e propriedades do vidro aplicado;

. Garantia de luz natural homogénea e constante.

. A forma encontrada para regular a luz natural, foi a utilização vidro serigrafado;

. Condições climatéricas do país - clima sem valor constante de luz;

. Fachada de uma capacidade dinâmica, painel de vidro serigrafado defronte a um painel de vidro normal fixo.

. Possibilidade de tapar ou abrir o vidro.

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Corte pela fachada 2D

1 - 50mm de camada de gravilha; isolamento térmico; tela de barreira de vapor; 80mm de betão armado; 320mm de betão pré-fabricado (isolador sonoro)

2 - IPE 160 carril para limpeza da fachada 3 - Rufo em alumínio

4 - Isolamento térmico

5 - Viga em betão armado com acabamento de pintura a preto 6 - Vidro estrutural com perfis de alumínio

7 - Vidro duplo de 36mm

8 - Parede de betão armado de 200mm produzido “in 
situ” 9 - Perfil metálico

10 - Painel prefabricado em betão armado de 100mm com relevo e acabamento de pintura a preto

11 - Perfil metálico de fixação do painel de betão armado 12 - Isolamento térmico 100mm

13 - Espaço de ventilação da parede

14 - Protecção das instalações em betão armado 
produzido “in situ” 15 - Pavimento de betão 
monolítico com revestimento em epoxy 80mm; laje reforçada em betão pré-fabricado de 400mm

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Bibliografia e outras

Referências

AVV. TECTONICA – monografias de Arquitetura, tecnologia e construção. Tectonica 10 – vidrio (1);

FREITAS, Cláudia Pinto. Transparências : a fachada de vidro como meio para a diluição dos limites do habitar / Cláudia Pinto Freitas ; Orientador Rui Ramos. - Porto : Faup, 2009. - 165 p.. - Ano lectivo 2008/2009;

COSTA, Eduardo Luís Carvalho Ferreira da. A utilização do vidro na arquitectura : reflexão entre a estética e a ética / Eduardo Luís Carvalho Ferreira da Costa ; Prof. responsável Álvaro Andrade. Porto : Faup, 2008. - 219 p.. - Ano lectivo 2007/2008;

SILVA, João Pedro Loureiro Machado da. Reflexos do vidro / João Pedro Loureiro Machado da Silva ; Prof. responsável Joaquim Teixeira. Porto : Faup, 2006. - 153 p.. - Ano lectivo 2005/2006;

CHAREAU, Pierre. La maison de verre / Pierre Chareau ; text & drawings by Marc Vellay. - Tokyo : A.D.A., 1988. – 177;

WIGGINTON, Michael. Glass in architecture / Michael Wigginton. - 1st. ed. - London : Phaidon, 1996.

http://www.guiadovidro.com.br/tipos-de-vidro”, visitado no dia “http://www.fazfacil.com.br/artesanato/vidro-caracteristicas/”, visitado no dia “http://oficina.cienciaviva.pt/~pw054/vidro/Historia.htm”, visitado no dia “http://www.oasrn.org/construirem/uploads/areareservada/areareser vada11/construir%20em%20vidro-2A%20PARTE.pdf”, visitado no dia

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Referências

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