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Apropriação e direito: A questão da terra no Brasil a partir de leituras interdisciplinares de Relações Internacionais e Direito Internacional

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Academic year: 2021

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Apropriação e direito: A questão da terra no Brasil a partir de leituras

interdisciplinares de Relações Internacionais e Direito Internacional

Aluna: Julia Nogueira da Costa Araújo Orientador: Roberto Vilchez Yamato Introdução

São hodiernos, tanto no cenário internacional, como no Brasil, casos, discussões e, por vezes, conflitos envolvendo o tema da ocupação e a questão da terra. Em território nacional, o já consolidado Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), fundado em 1985, já itera o lema “ocupação é a única solução” [1] para a concentração fundiária e em prol da reforma agrária. Atravessando o ambiente rural e em direção aos centros urbanos, há mais de 20 anos o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto organiza sua luta através e pelo território, como um “movimento territorial dos trabalhadores” [2] e lançando mão da ocupação como principal instrumento para a garantia da moradia digna. Nos distanciando um pouco da militância e de movimentos organizados, os debates antigos, embora ininterruptos, acerca da demarcação de terras para indígenas “brasileiros” sempre foram ponto focal de muitas divergências e à mercê dos rumos na política brasileira. Ainda assim, no último ano com o aprofundamento da crise na Venezuela, a onda de migrações para o Norte do Brasil passou a contar com índios warao e e’ñepá levando a dilemas institucionais e burocráticos acerca de seu controle pelo território, seus direitos e, especialmente, qual órgão e de qual nacionalidade seria responsável pelo seu gerenciamento [3]. De forma não exaustiva, estes casos na contemporaneidade, aqui restritos ao Brasil, mas muito presentes internacionalmente, salientam a imprescindibilidade de trazer à luz das discussões acadêmicas a questão da terra, território e sua apropriação, divisão, ocupação e uso [4].

Metodologia

Esta problemática supracitada se encontra em um marco mais amplo dos estudos interdisciplinares de Direito Internacional e Relações Internacionais. De forma a compreender estes casos e sua continuidade no tempo é imprescindível a realização de um recuo histórico-teórico que analise a expansão da sociedade internacional e os movimentos de apropriação de outras terras pelo mundo, em outras palavras, o encontro colonial e a colonização. Assim, obras tais como O nomos da terra no direito das gentes do jus publicium europaeum de Carl Schmitt [4] e Fault Lines of Globalization de Hans Lindhal [5] são primordiais para um distanciamento teórico e olhar interdisciplinar para a discussão hodierna acerca de terra, território e ocupação. Estes autores permitem a observação de processos sistêmicos e históricos de apropriação de terras que se deram, em grande medida, respaldados e legitimados pelo Direito Internacional. A leitura de Schmitt traz a clara associação entre a necessidade europeia de apropriar as terras do “novo mundo”, ou seja, colonizá-lo e, como corolário destas circunstancias, a imprescindibilidade da criação de um direito que respaldasse estas relações do mundo europeu com o extra-europeu, o mundo colonial e ressaltasse sua relação antagônica [4]. Por este motivo que Schmitt considera 1492 e não 1648 como um marco do início do mundo moderno e direito

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internacional público global. Neste sentido, o diálogo com as Relações Internacionais é autoevidente. A ordem global eurocêntrica formada à época dependeu do processo de colonização e da formação de um direito que tentava regular as apropriações [6].

A partir destes autores, pretendo seguir a discussão teórica com a interlocução com a obra Terra Nullius: a journey through no one’s land [7] e as contribuições da literatura a este conceito do Direito, “terra de ninguém”, e sua consequente autorização à apropriação e colonização. E, em um terceiro momento, após o mapeamento desta literatura, me direcionarei às contribuições do arcabouço teórico de Relações Internacionais, em especial, das posturas pós-estruturais e pós-coloniais e seus olhares atentos à fronteira entre o europeu, o “extra-europeu” e seu aporte para a consolidação e fundamentação do Direito Internacional. Em especial, me debruçarei sobre a obra de Naeem Inayatullah e David Blaney intitulada

International Relations and the Problem of Difference [8], Beyond The Anarchical Society: Grotius, Colonialism and Order in World Politics de Edward Keene [9] e European Conquest

de Paul Keal [10]. O debate trazido por esta pesquisa será enriquecido através de contribuições, para além das teorias clássicas de Relações Internacionais e, da mesma forma, através de um diálogo mais aproximado com o Direito Internacional.

A Questão da Terra no Brasil: a contínua exceção

Ainda que movimentos sociais e conflitos por terra sejam atuais e presentes no âmbito político-social brasileiro, suas raízes e alicerces se encontram na apropriação colonial portuguesa e na expropriação de terras indígenas cinco séculos atrás. Com a dominação colonial foi inaugurado o modelo característico da divisão internacional do trabalho da época baseado na formação de latifúndios monocultores cuja mão de obra empregada era escrava. Assim, a primeira forma de propriedade privada no Brasil colônia foi marcada pelo estabelecimento das capitanias hereditárias. “As terras, que eram utilizadas pelos povos originários, foram invadidas e privatizadas de acordo com os interesses do governo português e dos grandes ricos” [11]. Já no período republicano,

Foram criadas legislações que estruturaram formalmente o mercado de terras (Lei de Terras de 1850) e criaram obstáculos de todas as ordens para que não tivessem acesso legal a terra os povos indígenas, os escravos negros alforriados e os trabalhadores imigrantes que começavam a ser recrutados, em especial para as áreas de produção agroexportadora. Coibindo a posse e estabelecendo a compra como forma de acesso à terra, tal legislação instituiu a alienação de terras devolutas por meio de venda, vedando, entretanto, a venda em hasta pública; e favorecendo a fixação de preços suficientemente elevados das terras, dificultando a emergência de um campesinato livre [12, p. 16].

Outro marco da concentração de terras no Brasil, como supracitado, foi inaugurado em 1850, concomitantemente à abolição do tráfico negreiro: a Lei de Terras. A partir de então, o regime de sesmarias1 era abolido e as terras só poderiam ser adquiridas através da compra. Além de impedir o acesso a terras desocupadas, a legislação passou a incentivar indiretamente a

1 Tal regime, inaugurado pelo governo português em 1530, objetivava a colonização do vasto território

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grilagem, em outras palavras, o processo de falsificação de documentos de posse de terras. Majoritariamente, a grilagem era utilizada por grandes latifundiários para aumentar suas concentrações fundiárias [12]. Embora ancião, este modus operandi de distribuição de terras no Brasil não passou por grandes mudanças ao longo dos séculos. Pelo contrário, o status quo foi mantido e o perfil agrário brasileiro permanece exportador, monocultor e dividido entre latifúndios, enquanto populações indígenas, posseiros, arrendatários, assalariados, meeiros, atingidos por barragens, quilombolas e ribeirinhos, de forma não exaustiva, ou se estreitam em pequenas faixas de terra ou a ela não têm acesso.

Como explicitado, a questão de terras no Brasil está intimamente ligada ao processo de colonização e à formação de suas legislações. Ainda assim, para que seja possível uma compreensão íntegra deste processo, não se pode olvidar a inserção desta problemática nas esferas do que é entendido por Direito Internacional e Relações Internacionais e a constituição destes como tal. A partir da leitura e análise da obra de Carl Schmitt [4] é possível depreender que, ao contrário do que usualmente é narrado pela história do direito internacional, seu marco inaugurador como tal é o ano de 1492, referente à chegada de Cristóvão Colombo à América, em oposição ao ano de 1648, e a Paz de Vestfália. Em outras palavras, o internacional surge com o contato do europeu com o estranho, o exterior e o não-europeu e não em um processo intra-europeu como os tratados conhecidos por findarem a Guerra dos Trinta Anos. Assim, como constata Kalvyas [6] em sua leitura de Schmitt, a modernidade e colonialidade são co-constitutivas. Em linhas gerais, o direito internacional dependeu da apropriação de terras além-mar pelos europeus e, a partir de então, estes espaços poderiam passar a compor o direito interno europeu. Este sistema também foi responsável pela inauguração das dicotomias tão familiares ao mundo colonial e à modernidade que, por sua vez, legitimavam a conquista e dominação das áreas e populações tidas inferiores, não-modernas, não-europeias, primitivas, entre tantas outras identificações de ausências. Em síntese, o direito internacional emerge como uma tentativa de regular a apropriação europeia e a colonização.

Inserido neste cenário, o Brasil, ainda sob julgo português, reproduziu o molde de exploração efetivo para os interesses ibéricos, foi fagocitado pela legislação de sua metrópole e suas terras, até então, legalmente “sem dono” passaram a ser propriedade da coroa portuguesa. Em outras palavras, a legalidade, no que concerne à propriedade da terra, foi construída e permitida a partir da usurpação da terra daqueles considerados pelo modelo de pensamento colonial como inferiores e não-modernos, à época os nativos indígenas. E, posteriormente, a trajetória de exceção desta legislação que, em sua quase totalidade, perpassa o Brasil colônia, governos totalitários e democráticos ao longo da história do país, garante que a mais jovem geração de brasileiros presencie, viva e conheça a adversidade e a luta pela terra como hodiernas.

“Nem sempre a lei é legítima2”: os movimentos sociais organizados no Brasil e

a-legalidade

Formados objetivando contornar a problemática do território no Brasil, movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o Movimento dos

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Trabalhadores Sem-Teto (MTST) enriquecem a análise da questão da terra no país por tencionarem conceitos como legalidade, propriedade e permitirem uma análise pós-colonial do contexto brasileiro. Criado em 1984, o MST é composto pelos chamados “novos-velhos” [12], em outras palavras, atores antigos na história brasileira, notadamente com condições sociais e étnicas de subalternização, mas que só a partir da emergência de movimentos organizados passaram a adquirir maior protagonismo e a inaugurar identidades coletivas, como as populações indígenas e negras. As reivindicações de “quilombolas, ribeirinhos, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco babaçu, faxinalenses, ilhéus, vazanteiros, geraizeiros, pescadores artesanais, comunidades de fecho ou de fundo de pasto” [12, p. 17], de forma não exaustiva, compreendem não só seu caráter material, ou seja, a luta pela terra, mas também simbólico, com o reconhecimento de suas diferenças, identidade e modo de vida. Este último também pode ser entendido como a territorialidade, a ligação cultural à terra. Neste sentido,

A afirmação de territorialidades, identidades territoriais e da diferença, tornam-se elementos de r-existência dos povos e comunidades tradicionais (movimentos não lutam só para resistir, mas também por uma determinada forma de existência, um determinado modo de vida e de produção, por modos diferenciados de agir e pensar [12, p. 22]

Em linhas gerais, a luta do MST, como descrita pelo próprio movimento, é resistir à concentração de terras e à desigualdade social no Brasil que permitem que a grande maioria da população não tenha acesso a terras. Lançando mão da ocupação de terras não utilizadas de forma pacífica e estabelecendo fazendas cooperativas, construindo casas, escolas, clínias, promovendo a cultura indígena, conscientização ambiental e igualdade de gênero, o MST já conseguiu títulos de terras para mais de 350 mil famílias. Ainda que suas ações possam ser vistas superficialmente como ilegais, por violarem direitos de propriedade, estas são baseadas na interpretação da Constituição Federal, mais especificamente nos artigos 184 e 186, que iteram a necessidade de terras improdutivas serem usadas para funções sociais mais amplas.

Art. 186 - A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

I - aproveitamento racional e adequado;

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores [Constituição Federal In 1].

Por sua vez, o mais jovem Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto se inspira em alguns aspectos no MST, e foi fundado em 1997 através do entendimento de que a luta por moradia nas zonas urbanas necessitava, da mesma forma, uma organização para existir enquanto r-existência. De modo semelhante à concentração nas áreas rurais, as grandes cidades também sofrem com o paradoxo entre a disponibilidade de terrenos e moradias, em torno de 7 milhões e meio de imóveis vazios, dos quais 85% destes teriam condições de serem imediatamente habitados, e as mais de 6 milhões de famílias teto. Urge salientar que a definição de

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sem-teto não só concerne os indivíduos em situação de rua, mas também aqueles que moram em coabitações familiares, de favor, têm ônus excessivo com alugueis, em casas extremamente precárias ou em cortiços. O número supracitado de famílias sem-teto é ainda maior quando lança-se mão de uma análise qualitativa, em outras palavras, que considera também como sem-teto aqueles que não têm acesso a serviços básicos como luz, água encanada, esgoto e coleta de lixo. O dilema da habitação nas cidades pode ser explicado, entre outras razões, pela especulação imobiliária, ou, como Boulos itera, a transformação de uma necessidade, uso e direito em mercadoria. Nas cidades, para além dos processos de grilagem, a aliança entre o Estado e o capital permitiram processos de “limpeza” em grandes centros urbanos como o Rio de Janeiro que desapropriavam os trabalhadores dos centros das cidades e os empurravam para periferias. Assim, o modus operandi do MTST também é a ocupação, porém, de terrenos e prédios abandonados. Mesmo com apenas duas décadas de existência, o movimento “tem realizado ocupações que reúnem milhares de famílias, em vários estados do Brasil” [11, p. 48]. Para além disto, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto também busca legitimar suas ações e combater a ininterrupta narrativa de ilegalidade embasando suas reivindicações em garantias da Constituição Federal brasileira. Neste caso, o artigo sexto da carta magna é aludido, uma vez que determina a moradia digna como direito de todo cidadão.

É possível apontar que ambos os movimentos apresentados nos parágrafos anteriores justificam suas ações não só no cenário brasileiro evidentemente excludente, mas apresentam o cuidado de embasá-las em direitos assegurados em artigos da constituição federal. Isto não ocorre sem motivo: o MST, o MTST e movimentos semelhantes são rodeados por narrativas disseminadas pela mídia à cargo do governo e dos interesses dos grandes proprietários que os proclamam como ilegais. Guilherme Boulos expressa em sua obra Por que ocupamos? uma grande preocupação com a disseminação de tais falácias, ao seu ver.

Invasão foi o que fizeram os portugueses e depois deles os grandes proprietários brasileiros. É grilar e roubar uma terra que é pública e que deveria ter destinação social, em benefício da maioria. Ocupação é algo bem diferente. É retomar a terra dos invasores, para que possa ser utilizada em favor da maioria, dos trabalhadores. É transformar uma área vazia, que só serve para a especulação e lucro de empresários, em moradia digna para quem precisa [11, p. 44].

O discurso de ilegalidade, baseado na garantia da propriedade, serve aos empresários e proprietários e, assim como a herança colonial, permitem a alocação dos teto e dos sem-terra em categorias marcadas por ausências que, por sua vez, legitimam a repressão, despejos violentos, ausência de concessões do governo e assassinatos, muito comuns no cenário atual brasileiro. Para além disto, a fala de Boulos alerta para as consequências do que constatou Schmitt ao apontar a colonialidade e sua expropriação como inauguradoras do direito internacional. No Brasil, houve usurpação das terras e a adequação a esta nova forma de propriedade olvidando as populações nativas e a população negra que, hodiernamente, compõem a maior parte da população brasileira. Muito embora alguns artigos da Constituição Brasileira corroborem a narrativa normativa destes movimentos, ainda assim, a Carta Magna e os poderes políticos não só são herdeiros da estrutura de distribuição de terras e exclusão, como

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também as têm reproduzido. É neste sentido que Hans Lindhal identifica o MST3 como um exemplo de a-legalidade. A a-legalidade, conceito bastante explorado em sua obra Fault Lines

in Globalization: Legal Order and the Politics of A-legality, no sentido amplo diz respeito ao

comportamento que ou é legal ou é ilegal, ordenado ou desordenado. Para Lindhal, “as ocupações de terra do MST não só violam as fronteiras das propriedades, mas também as transgridem, insinuando um lugar que não tem espaço na distribuição de lugares-deveres atualizados pelo ordenamento jurídico brasileiro, ainda que, eles afirmam, deva ter” [5, p. 53]. Para compreender melhor a a-legalidade e sua aplicabilidade aos casos presentes, é imprescindível evidenciar que para que um comportamento seja considerado a-legal ele o precisa ser relacionado a uma ordem legal. Uma ordem legal é “uma forma de ação conjunta na qual autoridades mediam e defendem quem deve fazer o que, onde e quando com vista a concretizar o ponto normativo de agir em conjunto” [5, p. 8]. O objetivo de uma ordem legal, deste modo, é determinar limites e fronteiras de comportamentos considerados legais e ilegais de acordo com o entendimento de um coletivo, uma primeira pessoa do plural. Assim, ordens legais incluem determinados modos de agir e pensar e excluem outros. A a-legalidade surge, por sua vez, quando há uma transgressão na fronteira entre a legalidade e a ilegalidade, tensionando o ordenamento legal, a subjetividade e os modos “padrão” de agir e de subjetividades. Em outras palavras, a a-legalidade permite a emergência de maneiras diferentes e estranhas de agir. O comportamento a-legal traça outras fronteiras e limites e tem sua reivindicação normativa própria, para além da abarcada pelo ordenamento legal e por este considerado irrelevante [5].

Neste sentido, tanto o MST quanto o MTST tencionam a ordem legal estabelecida. Os movimentos trazem à luz outras possibilidades práticas “no que concerne o quem deve fazer o que, onde e quando, para além dos previstos na lei brasileira” [5, p. 166]. Da mesma forma, estes movimentos advogam pelo “empoderamento dos membros desprovidos de poder” e reiteram, na primeira pessoa do plural, a necessidade do reconhecimento do direito à terra, de uma reforma duradoura, salientam a distribuição injusta de terras e a falta de acesso a uma cidadania “plena”. Os sem-teto e sem-terra demandam sua inclusão no “nós” da ordem legal. Assim, Lindhal conclui que o desafio à distinção do legal e ilegal não é suficiente para o comportamento “transgressor” destes movimentos.

Referências Bibliográficas

1 - MST. Nossa História. Disponível em: < http://www.mst.org.br/nossa-historia/>. Acesso em: 21 jun. 2019.

2 - MTST. Quem Somos. Disponível em: < https://mtst.org/quem-somos/as-linhas-politicas-do-mtst/>. Acesso em: 21 jun. 2019.

3 - OIM. Aspectos Jurídicos da Atenção aos Indígenas Migrantes da Venezuela para o

Brasil. Disponível em:

3 Lindhal apenas analisa o MST, no entanto, devido a semelhança tanto de estratégia, execução e

narrativa do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em relação ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, a presente pesquisa considerará ambos os movimentos como representativos da a-legalidade.

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<https://repository.oim.org.co/bitstream/handle/20.500.11788/2018/BRL-OIM%20004.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 27 jun. 2019.

4 - SCHMITT, Carl. O nomos da Terra no direito das gentes do jus publicium europaeum. Rio de Janeiro: Contraponto e Editora PUC, 2014.

5 - LINDHAL, Hans. Fault Lines of Globalization: Legal Order and the Politics of A-legality. Oxford: Oxford University Press, 2013.

6 - KALYVAS, Andreas. Carl Schmitt’s postcolonial imagination. Wiley Constellations, v. 25, i. 1, 2018.

7 - LINDOVIST, Steven. Terra Nullius: A Journey Through No One’s Land. New York: The New Press, 2007. TERRA NULLIUS

8 - INAYATULLAH, Naeem; BLANEY, David L. International Relations and the Problem of Difference. New York: Routledge, 2004. 1 – LINDHAL, Hans. Fault Lines of Globalization: Legal Order and the Politics of A-legality. Oxford: Oxford University Press, 2013.

9 - KEENE, Edward. Beyond The Anarchical Society: Grotius, Colonialism and Order in World Politics. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.

10 – KEAL, Paul. Europeam Conquest and the Rights of Indigenous Peoples. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

11 - BOULOS, Guilherme Castro. Por que ocupamos? São Paulo: Scortecci Editora, 2013. 12 – BARBOSA, Aline Miranda; PORTO-GONÇALVES, Carlos. Reflexões sobre a atual questão agrária brasileira: descolonizando o pensamento. CesContexto, nº 5, maio de 2014. 13 - SIMÕES, Guilherme; CAMPOS, Marcos; RAFAEL, Rud (Ed.). MTST: 20 Anos de História. São Paulo: Autonomia Literária, 2017.

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