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CONJUNTURA AGRÍCOLA: RIO GRANDE DO NORTE

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CONJUNTURA AGRÍCOLA: RIO GRANDE DO NORTE

Por: Luís Gonzaga Araújo e Costa - Conab-RN

I - INTRODUÇÃO

Dos nove estados nordestinos, pode-se considerar que o Rio Grande do Norte possui destacado potencial na área de recursos naturais, vocações econômicas e desenvolvimento agrícola, sobretudo na atividade da fruticultura irrigada (o RN conta com solos profundos e próprios para o cultivo de frutas, com destaque para o melão), pecuária, carcinicultura, piscicultura, apicultura e de produtos regionais, destacando-se a castanha-de-caju e a cera de carnaúba.

Não obstante, o Rio Grande do Norte que concentra mais de 90% do seu território dentro da região semiárida, conta, sistematicamente, com situações climáticas desfavoráveis, com baixos índices pluviométricos. Essa situação é responsável pela absorção dos tradicionais problemas econômicos e sociais inerentes aos estados da Região Nordeste.

Por isso, no Rio Grande do Norte predomina a agricultura familiar, principalmente o cultivo dos produtos de sequeiro, com destaque para arroz, feijão, milho e sorgo, que, em função das limitações das chuvas, influencia de forma negativa o desenvolvimento dessas culturas, não permitindo que as lavouras alcancem índices aceitáveis de produtividade que possa viabilizar ao produtor rural remuneração compatível ao custo de produção. Essa posição é responsável pelo déficit anual de produção desses grãos em mais de 150%, exigindo que o Rio Grande do Norte importe, anualmente, expressivas quantidades de alimentos básicos para suprir a demanda de consumo.

Além disso, nas duas últimas safras, o Rio Grande do Norte passou a conviver com uma nova conjuntura: excesso de chuvas. Este ano, a situação climática foi considerada atípica. As precipitações pluviométricas já atingiram mais de 40% acima da média histórica do Estado, refletindo significativamente na redução da safra das culturas de subsistência, principalmente o feijão e o milho.

Entretanto, dentro contexto dos produtos regionais, sobressaem a castanha-de-caju e a cera de carnaúba, cuja escala de produção e exportação tem colocado o Rio Grande do Norte em destaque no cenário nacional. Esses produtos têm grande aceitação pelo mercado internacional, já que mais de 80% da produção nacional é exportada. Além do interesse pela demanda externa por esses produtos, os agricultores e as indústrias de processamento contam, ainda, com o apoio governamental no suporte à comercialização junto ao mercado interno, através dos seguintes instrumentos: a) Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM: castanha-de-caju, pó cerífero e cera de carnaúba e; b) Programa de Aquisição de Alimentos – PAA: para castanha-de-caju.

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II - CASTANHA-DE-CAJU

O cajueiro adaptou-se muito bem às condições climáticas do litoral nordestino, destacando-se os Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte que respondem por mais de 85% da produção nacional de castanha de caju in natura. A cajucultura tem elevada importância econômica e social para o Rio Grande do Norte, devido à maciça absorção de mão-de-obra nos pomares, durante o período de entressafra dos demais produtos agrícolas, e nas indústrias de processamento ao longo do ano, contribuindo para a geração de emprego e renda da população rural e urbana.

A safra de castanha-de-caju do Rio Grande do Norte de 2008/2009, teve ligeira recuperação em relação à safra dos anos anteriores. A produção totalizou 42.877 toneladas – dados do IBGE. A estimativa para a safra deste ano (2009/2010), que vai de setembro a janeiro, está sendo esperada com otimismo em termos de crescimento da produção, pois as condições climáticas estão sendo favoráveis à cultura, o que leva o setor a ter boas perspectivas de aumento de produção.

As avaliações preliminares indicam que a produção de castanha-de-caju deste ano deverá ser superior a 45.500 toneladas, representando 6,1% de acréscimo em relação à safra do ano anterior. A área a ser colhida deverá crescer em torno de 1,%, representando 119.000 hectares, com expectativa de aumento da produtividade média de 4,4%, passando para 380 kg/ha.

CASTANHA DE CAJU: COMPARATIVO DE ÁREA E PRODUÇÃO SAFRA 2008/2009 E 2009/2010

ESTADO

Área (hectares) Produção (toneladas) 2008/09 2009/10* (%)Var. 2008/09 2009/10* (%)Var.

RN 117.685 119.000 1,1 42.877 45.500 6,1

(*) Estimativa

Fonte: IBGE, EMATER, CONAB e setor da cajucultura. Elaboração: CONAB-RN

Esse otimismo é notado em todas as áreas produtoras, sobretudo na Região de Serra do Mel, importante polo de produção, responsável por mais de 20% de toda a produção do Rio Grande do Norte. O município, além de contar com cooperativas e associações de produtores com atividade que vai desde da produção da castanha in natura até a exportação da amêndoa, conta, ainda, com aproximadamente 400 micros unidades de beneficiamento de castanha, que estão sincronizadas com os demais segmentos da cadeia produtiva da cultura.

Os preços da castanha in natura recebidos pelos produtores durante o 1º semestre da safra passada, oscilaram entre R$ 0,90/kg a R$ 1,10/kg, chagando até a superar os preços mínimos estabelecidos pelo Governo Federal. A partir do segundo semestre, com a entrado do produto na nova safra, os preços mantiveram-se retraídos por longo período. Essa situação foi amenizada graças às ações executadas pela Conab, que desde de 2005, vem atuando com recursos oriundos do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, na operacionalização do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, que tem como finalidade incentivar a produção da agricultura familiar, através dos seus instrumentos que permitem o desenvolvimento da cadeia produtiva.

Em 2008, foram amparados 451 produtores familiares, com a Compra Direta da Agricultura Familiar – CDAF e Formação de Estoque - CPR/Estoque, envolvendo 1.046

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toneladas de castanha de caju in natura, ao preço de referência de R$ 1,20/kg para o tipo 1 e R$ 0,96/kg para o tipo 2, de acordo com a classificação oficial para efeito das operações de Compra Direta. Além disso, os produtores de castanha-de-caju contam com mais um apoio governamental que é o Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar – PGPAF - que tem como objetivo garantir a sustentação de preços dos produtos da agricultura familiar, com bônus de descontos aos mutuários de operações de crédito, permitindo cobrir os custos de produção. O preço de garantia estabelecido para 2009 é de R$ 1,25/kg.

PAA - CASTANHA DE CAJU: OPERAÇÕES REALIZADAS EM 2008

OPERAÇÃO PRODUTORESASSISTIDOS QUANTIDADE(kg) OPERAÇÃO (R$)VALOR DA

Compra Direta 187 522.336 635.503,61

Formação Estoque 264 523.638 745.429,00

TOTAL 451 1.045.974 1.380.932,61

Fonte: Sureg-RN Elaboração: Conab-RN

Em função dos reflexos da crise financeira mundial e da cotação desfavorável do dólar, a partir de outubro/2008, iniciou-se a consequente retração nos preços de exportações pelo Rio Grande do Norte, afetando significativamente o setor da cajucultura. Apesar das exportações de 2008 (em US$) representarem 11,2% de acréscimo em relação ao ano de 2007, em termos quantitativos exportados, houve 11,5% de redução no mesmo período. Ainda se comparados com os quatro primeiros meses deste ano, os valores auferidos com as exportações caíram 15,5%, quando confrontados no mesmo período do ano de 2008. Mesmo assim, as exportações de castanha-de-caju representam mais de 10% do total dos demais produtos exportados pelo Rio Grande do Norte.

O quadro a seguir, demonstra o comportamento das exportações feitas pelo Rio Grande do Norte nos anos de 2007 e 2008, e ainda o comparativo dos 4 primeiros meses de 2008 e 2009.

CASTANHA DE CAJU: EXPORTAÇÕES PELO RIO GRANDE DO NORTE

ANO/PERÍODO VALOR US$ VAR. QUANT. VAR. PART.

FOB (%) (kg/líquido) (%) (%)*

2007 40.130.493 - 9.438.305 - 10,6

2008 44.644.627 11,2 8.347.939 (11,5) 12,8 JAN/ABR-2008 15.456.704 - 3.130.583 - 13,3 JAN/ABR-2009 13.060.139 (15,5) 2.635.440 (15,8) 14,8 (*) representa a participação da exportação de castanha em relação aos demais produtos exportados pelo RN. Fonte: SECEX

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III - CARNAÚBA

A atividade extrativista da carnaúba continua com características primárias em seu processo produtivo. O extrativismo da carnaúba que, durante a década de 70, teve o auge da produção, continua, fundamentalmente, sendo desenvolvida por agricultores (arrendatários de áreas com carnaubais) de baixa renda, com reduzidos investimentos em evolução tecnológica, induzindo ao impedimento para o contínuo aumento da produção de pó cerífero e da cera. A cadeia produtiva da carnaúba está basicamente concentrada nos Estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. No estado potiguar, a partir da década de 80, grande parte das áreas dos carnaubais foi substituída pelas seguintes atividades, entre outras: cerâmica, fruticultura e carcinicultura.

Em função disso, nos últimos 10 (dez) anos, a produção nacional de cera de carnaúba não teve alterações significativas, situando-se na faixa de 18.000 toneladas por safra, com maior participação do Estado do Ceará, que responde por quase 50% da produção. Essa produção é estimada com base na demanda externa, que absorve mais de 80% da safra, enquanto que para o consumo interno são demandadas, em média, 3.600 toneladas/ano.

O Estado do Ceará se destaca como o maior produtor e exportador brasileiro de cera de carnaúba. Isto é devido à concentração de um maior número de indústrias de processamento e tradicionais empresas exportadores, e ainda, em face das favoráveis condições portuárias, já que a maioria das exportações do produto originário de outros estados sai de seus portos, o que contabiliza grandes números para o Ceará.

O pó cerífero, principal matéria-prima para o beneficiamento da cera, quando é extraído da parte central das folhas novas da carnaubeira, é denominado de “pó de olho” ou “pó tipo A”, que produz a cera clara, de cor amarelo-ouro, com valores comerciais elevados. Já o “pó de palha” ou “pó tipo B” é extraído de toda a extensão das folhas, produzindo a cera gorda, com coloração amarelo-alaranjada ou preto. O Estado do Piauí é o maior produtor nacional de pó cerífero. Entretanto, a maior parte da produção dessa matéria-prima é escoada para o Estado do Ceará, onde é feito o beneficiamento da cera. O Rio Grande do Norte fica como intermediário, cuja produção de pó e da cera de carnaúba tem sua importância econômica, já que mais de 80% da sua produção vai para o mercado externo.

As folhas (fibras ou palhas) da carnaúba, cujo corte é realizado durante o período da safra, que vai de julho até dezembro de cada ano, produzem o pó cerífero que, industrializado, é transformado em cera, com inúmeras aplicações econômicas. Além disso, a fibra vem se constituindo como uma importante matéria-prima para a consolidação do mercado de produtos artesanais e outros fins, inclusive com eficiência na confecção de material isolante utilizado pela Petrobras no revestimento dos dutos condutores de vapor, protegendo-os dos agentes naturais (sol, chuva e vento) e

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minimizando a perda de calor. Já a cera de carnaúba participa na formulação dos diversos produtos pelas indústrias farmacêuticas, cosméticas, fonográficas, de informática e na fabricação de produtos de limpeza, entre outros empregos industriais.

PRODUÇÃO DE CERA DE CARNAÚBA – BRASIL - SAFRA 2008

ESTADO QUANTIDADE PARTICIPAÇÃO

(t) (%)

Ceará 9.497 50,0

Piauí 7.597 40,0

Rio Grande do Norte 1.900 10,0

TOTAL 18.994 100,0

Fonte: Produtores de pó cerífero e indústrias processadoras de cera de carnaúba. Elaboração: Conab - RN

Embora a cadeia econômica da produção de cera de carnaúba venha se mantendo em processo de decadência desde a década de 80, acentuando-se a partir de 1995, justamente quando o produto alcançou maiores preços, a atividade oriunda da extração da carnaúba ainda continua tendo relevante importância social para a economia do Rio Grande do Norte, gerando a ocupação, em toda cadeia produtiva, para mais de 15.000 famílias de baixa renda. Essa mão-de-obra permanece no setor nos meses de julho a dezembro, justamente no período em que há grande carência de ocupação produtiva na agricultura familiar. Entretanto, observa-se que a produção de cera dos últimos quatro anos vem obtendo ligeira recuperação, conforme se verifica no quadro de suprimento a seguir.

SUPRIMENTO DE CERA DE CARNAÚBA DE 2000 A 2008 (em t) - BRASIL

Ano/Safra Estoque Inicial Produção Importação Suprimento Consumo Exportação Estoque Final

2000 25,3 15.843 36,99 15.905 3.169 12.674 62,9 2001 62,9 18.880 27,16 18.970 3.776 15.014 90,0 2002 90,0 18.893 14,92 18.997 3.779 15.114 104,9 2003 104,9 17.037 29,55 17.171 3.407 13.629 134,5 2004 134,5 17.858 48,99 18.041 3.572 14.286 183,5 2005 183,5 18.606 63,45 18.853 3.721 14.885 246,9 2006 246,9 20.026 58,68 20.332 4.005 16.021 305,6 2007 305,6 19.335 96,75 19.737 3.867 15.468 343,7 2008 343,7 18.994 53.72 19.391 3.799 15.195 397,4

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No Rio Grande do Norte, Estado que responde por 10% da produção nacional de cera de carnaúba, nos últimos anos a produção vem se mantendo entre 1.800 e 2.000 toneladas/ano. Essa estimativa é feita, além da influência climática que poderá alterar a produção, com base na demanda externa, que absorve mais de 80% da safra. O consumo interno absorve em torno de 450 toneladas/ano. Como os dados de produção são historicamente estimados, e visando obter as informações mais acuradas, tornam-se necessárias várias gestões no sentido de quantificar a produção de pó cerífero e de cera de carnaúba, identificando, inclusive, as áreas (hectares) dos carnaubais em produção.

COMPARATIVO DE PRODUÇÃO DE CERA DE CARNAÚBA - RN

ANO BRASIL (t) RIO G. NORTE (t) PART. (%)

2007 19.335 1.933 10,0

2008 18.994 1.900 10,0

Fonte: Produtores de pó cerífero e indústrias processadoras de cera de carnaúba. Elaboração: Conab - RN

Tem-se observado que a cada ano/safra o segmento produtivo dos derivados da carnaúba vem encontrando dificuldades para a sua manutenção, já que ainda não foi encontrado mecanismo que proporcione a revitalização da carnaúba no Rio Grande do Norte. Os altos custos de produção, sobretudo de mão-de-obra, e a baixa remuneração ao produtor, nos diferentes períodos (safra e entressafra), vêm desestimulando a extração do pó cerífero, desequilibrando o mercado, consequentemente, elevando a cotação da cera. Esse processo vem contribuindo para a baixa sustentabilidade do setor.

De março a dezembro de 2008 o mercado de cera de carnaúba se comportou firme, já que os preços mantiveram-se em alta em função da elevada procura do produto pelos países importadores, cuja situação momentânea evitou colocar em risco a continuidade da atividade. Nos últimos meses, em função da crise financeira mundial, os preços declinaram. Por isso, os produtores reclamam que os preços mínimos oficiais fixados para as últimas safras não tem suprido os custos de produção, situando-se abaixo dos preços ofertados pelo mercado.

COMPARATIVO DE PREÇOS: SAFRA 2008/2009 – RIO GRANDE DO NORTE

PRODUTO/TIPO PREÇO MÍNIMO RECEBIDO P/

PRODUTOR VARIAÇÃO (%)

PÓ CERÍFERO - A* 4,00/kg 5,90/kg 47,5

CERA -1 e 2 82,63@ 116,00@ 40,3

Notas: a) Preços Mínimos válidos para safra 2008/2009; b) preço médio/ano recebido pelo produtor; c) variação do preço recebido pelo produtor em relação ao preço mínimo; (*): percentual de cera acima de 75% até 80%.

Fonte: Mercado e Conab – RN – Elaboração: Conab - RN

A cera de carnaúba continua presente na pauta de exportações do Rio Grande do Norte, ocupando a 18ª posição entre os produtos exportados. Por se tratar de produto essencialmente voltado para a exportação, o preço da cera de carnaúba recebido

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pelo produtor está fortemente vinculado ao preço de venda para o mercado externo. Em 2007 as exportações atingiram US$ 6.211.232, representando valores econômicos acima da média dos últimos anos. Contudo, a influência da crise financeira mundial gerou retração nas exportações pelo Rio Grande do Norte a partir de setembro/2008, refletindo no mercado interno, já que os preços começaram a declinar.

Como reflexo, as exportações pelo Estado do Rio Grande do Norte em 2008 apresentaram variações negativas de 23,3% em relação ao ano anterior. Essa situação persiste, já que as exportações feitas durante o período de janeiro a abril de 2009 foram 48,7% inferiores ao mesmo período de 2008, conforme demonstrado a seguir.

EXPORTAÇÃO DE CERA DE CARNAÚBA: RIO GRANDE DO NORTE

ANO/PERÍODO US$ FOB VAR. (%) Kg/líquido VAR. (%)

2007 6.211.232 - 1.366.250 -2008 4.762.625 (23,3) 857.750 (37,2) JAN/ABR-2008 1.803.023 - 312.825 JAN/ABR-2009 924.744 (48,7) 197.050 (37,0) Fonte: SECEX Elaboração: Conab - RN

A partir de 2008, por decisão governamental, a atividade oriunda da extração da carnaúba, passou a compor o grupo de produtos extrativistas incluídos na pauta da Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM, uma vez que a carnaúba é uma planta (espécie de palmeira) nativa da Região Nordeste do Brasil, com característica de exploração extrativista, que prescinde de adubação química, agrotóxicos e mecanização agrícola. Além disso, a partir deste ano, novas ações governamentais foram instituídas em benefício do produtor de pó cerífero: a) inclusão ao grupo de beneficiários nas operações de Aquisição do Governo Federal – AGF e; b) Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar – PGPAF, estabelecendo o preço do produto em R$ 4,00/kg.

Entretanto, permanece delicada a situação que passa a cadeia produtiva da carnaúba. Em recente discussão feita pelo setor, com o objetivo de identificar as principais limitações e oportunidades para o seu desenvolvimento, verificou-se a necessidade de: a) promover ações visando evitar que as áreas de carnaubais sejam dizimadas, sobretudo nas regiões dos vales onde há maior concentração da planta; b) possibilitar ao produtor de pó cerífero e da cera alternativas de mercados; c) intensificar as políticas de mercado para a ampliação do consumo interno; d) reivindicar melhoria das políticas públicas para dar sustentabilidade socioeconômica à cadeia; e) capacitar os produtores desde o corte da palha até a fabricação da cera de carnaúba; f) que seja disponibilizado recursos financeiros compatíveis com a necessidade da manutenção dos carnaubais; g) intensificar pesquisas voltadas à definição de variedades, tratos culturais, corte e beneficiamento e; h) intensificar o movimento de integração entre os elos da cadeia produtiva.

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