URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!!!
CRONICIDADE DE
MIRÓ DA MURIBECA
O Grupo Clariô de Teatro é um coletivo de arte resistente, que busca, através da prática da troca, encontro e permanente discussão, entender e fomentar arte nas bordas da metrópole.
Durante alguns anos, o grupo pesquisou várias linguagens teatrais, passando pelo teatro infantil, realista, teatro de rua e bonecos. Até fundar, em Taboão da Serra, sua sede - ESPAÇO CLARIÔ – que desde 2005 vem se consolidando como um lugar de força cultural entre os coletivos da região. Em fevereiro de 2014 o Espaço Clariô ganha reconhecimento estadual através do troféu do Júri que ganha do PRÊMIO GOVERNADOR DO ESTADO/2013 na categoria Inclusão Cultural.
APRESENTAÇÃO
BREVE HISTÓRICO - GRUPO CLARIÔ
2002 - estreia seu espetáculo infanto-juvenil “A ARVORE DOS MAMULENGOS” de Vital Santos . Ganha os Prêmios de Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Figurino, Melhor Sonoplastia e Elenco na Mostra de Arte do Taboão da Serra) . 2005 – O Grupo estreia o espetáculo infantil “O DENTE VICENTE QUE SENTE” de André Faixas em São Paulo através projeto “Recreio nas Férias”, com apresentações feitas, em sua maioria na Zona Leste da cidade. Ano de Inauguração do ESPAÇO CLARIÔ DE TEATRO.
2006 – Estreia o espetáculo “FOI BOM , MEU BEM?” de Luis Alberto de Abreu. Aprofunda sua pesquisa sobre a cultura popular e inicia projetos de estudo do “boi” “maracatu”, “cacuriá”, em parceria com outros grupos populares.
2008 – Estreia o espetáculo “HOSPITAL DA GENTE” no Espaço Clariô, direção Mario Pazini, texto de Marcelino Freire. Estreia também da primeira edição do “QUINTASOITO” – Evento Cultural que ocorre toda última quinta-feira do mês e reuni no Espaço Clariô diversos artistas e grupos culturais periféricos.
2009 – “HOSPITAL DA GENTE” faz temporada na Caixa Cultural do Rio de Janeiro e é o grupo mais premiado pelo 1º Premiô CPT (Cooperativa Paulista de Teatro): Melhor Grupo Revelação, Melhor Ocupação de Espaço Não Convencional e Melhor espetáculo Apresentação no Litoral ou Interior Paulista. Grupo Clariô faz participação especial no espetáculo A(u)tores Em Cena no ITAÚ CULTURAL com a peça “AS PEDRAS NÃO FALAM MAS QUEBRAM VIDRAÇAS”. Participação do Grupo Clariô também na VIRADA CULTURAL com o Projeto Musical CLARIANAS dentro do evento DA PÁ VIRADA no Sesc Pinheiros . Grupo promove no Espaço Clariô a “1º MOSTRA DE TEATRO DO GUETO” reunindo espetáculos infantis, adultos e de Rua, todos com produções nas margens da cidade.
2010 - 2ª MOSTRA DE TEATRO DO GUETO e a 1º INVASÃO PERNAMBUCANA (encontro organizado por Marcelino Freire e convidados), continuação do evento QUINTASOITO. “Hospital da Gente” Circula nas Caixa Culturais de São Paulo e Brasília. 2011 - O Grupo Clariô participa da VIRADA CULTURAL PAULISTA, com o SARAU DO BINHO no palco da periferia. O espetáculo HOSPITAL DA GENTE participa do FIT - FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO e também da "Mostra Militância Teatral Na Periferia“ organizada pelo TUSP. 3º MOSTRA DE TEATRO DO GUETO. “Hospital da Gente ” circula nas periferias da cidade de São Paulo através do PROJETO PROAC, circula em alguns Sesc’s e participa do Circuito TUSP apresentando em cidades do Interior de São Paulo. Estreia "URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA“ de MIRÓ DE MURIBECA. 2012 - Grupo Clariô recebe o PRÊMIO de "MELHOR ELENCO DE 2011" pelo IV PRÊMIO CPT agora com o espetáculo URUBU COME CARNIÇA E VOA! “URUBÚ” Circula em cidades do Interior de São Paulo através do Projeto PROAC, Participa do VIRADA CULTURAL PAULISTA em Araraquara e do Evento AFRICANOFAGINAS na PINACOTECA DO ESTADO. GRUPO CLARIÔ representa o ESTADO DE SÃO PAULO na VII MOSTRA LATINO AMERICANA DE TEATRO DE GRUPO com o espetáculo musical GIRANDÊRA do projeto CLARIANAS. SESC SANTO AMARO promove a MOSTRA CLARIÔ DE TEATRO, com temporadas dos espetáculos HOSPITAL DA GENTE E URUBU COME CARNIÇA E VÔA. CLARIANAS lançam o CD GIRANDÊRA no Centro Cultural B_arco. No Espaço Clariô ocorre a 4º MOSTRA DE TEATRO DO GUETO e os QUINTASOITOS além de receber diversos grupos de São Paulo e de outros estados do Brasil.
2013 – Apresentações do show GIRANDÊRA nos Sesc’s de São Paulo e Rondônia e também casas de culturas, CEU’s etc. Circulação do espetáculo URUBU COME CARNIÇA E VÔA no CCJ, Instituto Pombas Urbanas e CCJ. Circulação do espetáculo HOSPITAL DA GENTE no Circuito Paulista com apresentações em 6 cidades do interior de São Paulo e também no Centro Cultural da Cidade Tiradentes e Sesc Rondônia para fechamento do Festival Palco Giratório.
2014 - Espaço Clariô ganha reconhecimento estadual através do troféu do Júri que ganha do PRÊMIO GOVERNADOR DO ESTADO/2013 na categoria Inclusão Cultural.
SINOPSE / Release
Escritos crônicos e retratos da vida de um poeta
pernambucano, negro, oriundo de MURIBECA, bairro
periférico, que leva o mesmo nome do lixão em torno do qual o
conjunto habitacional onde mora foi construído.
João Flávio Cordeiro, o MIRÓ DE MURIBECA, faz da poesia a
maneira mais concreta de responder a violência sofrida e
observada por ele cotidianamente.
Um artista intenso, crônico por natureza que, além dos
escritos, traz no corpo e na palavra dita, uma visceralidade
peculiar, que propõe novos olhares para um lugar onde “um
sujeito pode bater no outro, só porque ele deu um riso!”, mas
que, recheado de seu “alegrismo poético”, é capaz de colorir a
tragédia e alçar vôos de celebração à vida.
Uma ponte, uma travessia até Miró, é o que o novo espetáculo
do grupo Clariô propõe. Atravessando a palavra do poeta de
corpo e órgãos, descobrindo musicalidades e gestos que
traduzam/dialoguem seus ditos tão urbanos e sertanejos.
“URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!” é o que nos clariô
nestinstante como chuva fina ao sol.
F I C H A T É C N I C A :
Escritos crônicos:
Miró de Muribeca
Direção:
Mário Pazini
Atores/criadores:
Alexandre Souza
Martinha Soares
Naloana Lima
Naruna Costa e
Washington Gabriel
Dramaturgia:
Grupo Clariô de Teatro
Assessoria dramatúrgica: Will Damas
Cenário: Alexandre Souza (João) e Mário Pazini
Figurinos e adereços: Martinha Soares e Naruna Costa
Iluminação: Will Damas
T R I L H A D A P E Ç A :
Composição:
Giovanni Di ganzá e Naruna Costa
Interpretação:
Violibeca: Giovanni Di ganzá,
Voloncello: Klaus Wernet,
Viola Caipira: Agnaldo Nicoletti
Saxofone: Pablo Quiñones
• 2011 - Estreia "URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA“ de MIRÓ DE MURIBECA, entra em temporada no Espaço Clariô de Teatro e se apresenta na 4º Mostra Cultural COOPERIFA no CEU Casa Blanca. O espetáculo circula nos espaços: Sacolão das Artes, Franco da Rocha (Espaço Girandolá) e Espaço Cultural Branca Flor. URUBU COME CANIÇA E VOA pela Revista Mais Cultura fica entre as 10 melhores peças de teatro que estiveram em cartaz no primeiro semestre de 2011.
• 2012 - Grupo Clariô recebe o PRÊMIO de "MELHOR ELENCO DE 2011" pelo IV PRÊMIO CPT com o espetáculo URUBU COME CARNIÇA E VOA! “URUBÚ”. O espetáculo circula em cidades do Interior de São Paulo através do Projeto PROAC Circulação: Espaço Cultural Branca Flor (Itapecerica da Serra) Teatro Municipal de Barueri (Barueri) e na Brechoteca (Campo Limpo) . A peça participa da VIRADA CULTURAL PAULISTA em Araraquara no Festival promovido pelo Espaço Opereta (Mogi das Cruzes) e também no Evento AFRICANOFAGINAS na PINACOTECA DO ESTADO. Faz uma curta temporada no SESC SANTO AMARO se apresentando na MOSTRA DE REPERTORIO DO GRUPO CLARIÔ DE TEATRO. • 2013 – O espetáculo URUBU COME CARNIÇA E VÔA se apresenta no CCJ, no Institutos Pombas Urbanas (Encontro
Comunitário de Teatro Jovem) , na FESTA 55 - Festival Santista de Teatro e na 3º MOSTRA BEIÇOLA da CIA HUMBALADA. Cenas do espetáculo são apresentadas no projeto O LUGAR DO OUTRO - TRAVESSIA DO FEMININO ENCRUZILHADA DA ARTE NEGRA promovido pelo ITAÚ CULTURAL em parceria com a Cia Capulanas de Arte Negra.
• 2014 – URUBU COME CARNIÇA E VÔA! Tem apresentação marcada no evento Estéticas da Periferia dia 20 de Maio promovido pela Ação Educativa.
CURRICULO DO ESPETÁCULO
MATERIAL DE IMPRENSA
GRUPO CLARIÕ NO EM “ O LUGAR DO OUTRO” NO
ITAÚ CULTURAL – OUTUBRO DE 2013
Urubú Come Carniça e Vôa! No FESTIVALSANTISTA –
SETEMBRO DE 2013
Sinopse
Texto: Miró de Muribeca | Direção: Mário Pazini
Escritos crônicos e retratos da vida de um poeta pernambucano, negro, oriundo de Muribeca, bairro periférico, que leva o mesmo nome do lixão em torno do qual o conjunto habitacional onde mora foi construído.
João Flávio Cordeiro, o Miró de Muribeca, faz da poesia a maneira mais concreta de responder a violência sofrida e observada por ele cotidianamente.
Um artista intenso, crônico por natureza que, além dos escritos, traz no corpo e na palavra dita, uma visceralidade peculiar, que propõe novos olhares para um lugar onde “um sujeito pode bater no outro, só porque ele deu um riso!”, mas que, recheado de seu “alegrismo poético”, é capaz de colorir a tragédia e alçar vôos de celebração à vida. Uma ponte, uma travessia até Miró, é o que o novo espetáculo do grupo Clariô propõe. Atravessando a palavra do poeta de corpo e órgãos, descobrindo musicalidades e gestos que traduzam/dialoguem seus ditos tão urbanos e sertanejos.
“Urubú Come Carniça e Vôa!” é o que nos clariô estinstante como chuva fina ao sol.
Sinopse: Escritos crônicos e retratos da vida de um poeta pernambucano, negro, oriundo de MURIBECA, bairro periférico, que leva o mesmo nome do lixão em torno do qual o conjunto
habitacional onde mora foi construído. João Flávio Cordeiro, o MIRÓ DE MURIBECA, faz da poesia a maneira mais concreta de responder a violência sofrida e observada por ele cotidianamente. Um artista intenso, crônico por natureza que, além dos escritos, traz no corpo e na palavra dita, uma visceralidade peculiar, que propõe novos olhares para um lugar onde “um sujeito pode bater no outro, só porque ele deu um riso!”, mas que, recheado de seu “alegrismo poético”, é capaz de colorir a tragédia e alçar vôos de celebração à vida. Uma ponte, uma travessia até Miró, é o que o novo espetáculo do grupo Clariô propõe. Atravessando a palavra do poeta de corpo e órgãos, descobrindo musicalidades e gestos que traduzam/dialoguem seus ditos tão urbanos e sertanejos. “URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!” é o que nos clariô nestinstante como chuva fina ao sol.
Ficha Técnica:
Escritos crônicos: Miró de Muribeca Direção: Mário Pazini
Atores/criadores: Alexandre Souza, Diego Avelino, Martinha Soares, Naloana Lima, Naruna Costa e Washington Gabriel
Dramaturgia: Grupo Clariô de Teatro Assessoria dramatúrgica: Will Damas
Cenário: Alexandre Souza (João) e Mário Pazini
Figurinos e adereços: Martinha Soares e Naruna Costa Iluminação: Will Damas
Trilha da peça:
Composição: Giovanni Di ganzá e Naruna Costa
Interpretação: Violibeca: Giovanni Di ganzá, Voloncello: Klaus Wernet, Viola Caipira: Agnaldo Nicoletti
Saxofone: Pablo Quiñones
Dia 29/08, quinta, 20h. Anfiteatro.
150 lugares. Retirar ingressos no dia do evento, a partir das 19h, na recepção do CCJ.
CIRCO, TEATRO e DANÇA
URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!
http://ccjuve.prefeitura.sp.gov.br/2013/08/19/urubu-come-carnica-e-voa/
Mostra Clariô de Teatro NO SESC SANTO AMARO
URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA – Julho - 2012
ULTIMA SEMANA DE "URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!"
NO SESC SANTO AMARO!
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Eita minha gente, que o Clariô termina no fim desta semana, sua MOSTRA DE REPERTÓRIO no SESC Santo Amaro!!!
"Urubú Come Carniça e Vôa!" termina a temporada neste domingo, dia 01 de julho. Quer tiver pretensão de assistir, venha, veha logo pra dar tempo!
E vamo que vamo.. Ê maravilha de temporada! E Clariô!
"
RATO E O URUBU
"Vejam aqui o tempero escrito por Marcelino Freire e publicado em seu blog, sobre a relação das estréias de "URUBU COME CARNIÇA E VÔA!" do grupo Clariô, e do filme "FEBRE DO RATO" de Claudio Assis. As relações que faz com os poetas marginais MIRÓ e ZIZO.
Uma "coisa" mesmo...
RATO E URUBU
22/06/2012 por MARCELINO FREIRE
Hoje tem Rato e tem Urubu. E tem poesia. Coincidência pura essa de entrarem
em cartaz no mesmo dia o filme do grande Cláudio Assis, Febre do Rato, e a peça
Urubu Come Carniça e Voa. Explico: o filme conta uma história inspirada no poeta
marginal recifense Zizo. A peça, em temporada a partir desta noite no SESC Santo
Amaro, é baseada nos poemas de outro poeta marginal recifense, o Miró. Zizo e
Miró parecem uma alma só. Tamanha a força de suas palavras. E de suas
guerrilhas. Como é a guerrilha do Cláudio. Que vem fazendo um filme melhor do
que o outro. Sem concessão. Como idem é a luta teimosa do grupo Clariô de
Teatro, responsável pela peça. Ave nossa! Imperdíveis ambos os trabalhos. E
vamos que vamos. Eta danado! Para você que ainda não conhece o trabalho do
poeta Miró, assista, abaixo, a um trecho do documentário Preto, Pobre, Poeta e
Periférico, dirigido por Wilson Freire. E é isto, por enquanto. E mais não digo.
Valeu, aquelabraço e beijos no umbigo sujo. E fui, sem ir.
Urubu Come Carniça e Voa – AFRICANOFAGIAS
Indicados ao Prêmio CPT 2011
20 de setembro de 2011
"Marulho – O Caminho do Rio", do Grupo Redimunho, um dos indicados ao prêmio.
Composta por Maria Tendlau, Evaristo Martins de Azevedo, Sebastião Milaré, Roberto Rosa e Alexandre Mate, a comissão julgadora do Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro 2011 divulgou, recentemente, a lista de indicações, referente aos espetáculos do primeiro semestre, para as 14 categorias da premiação, que você confere abaixo.
Para a lista de indicações do segundo semestre, a Comissão contará com a presença de Simone Grande, que substituirá Maria Tendlau. Por sua vez, Sebastião Milaré também não mais fará parte da Comissão Julgadora por motivos profissionais.
Lista de indicad@s:
1 – Dramaturgia: criação individual ou coletiva em espetáculo apresentado em sala convencional, rua ou espaço não convencional
1. “Marulho – O Caminho do Rio”, Grupo Redimunho 2. “Luis Antônio Gabriela”, Cia Muzungá de Teatro 3. “O Jardim”, Leonardo Moreira
2 – Direção: criação individual ou coletiva em espetáculo apresentado em sala convencional, rua ou espaço não convencional
1. Leonardo Moreira, por “O Jardim”.
2. Nelson Baskerville, por “Luis Antônio Gabriela” 3. Francisco de Medeiros, por “Espectros”
3 – Elenco: em espetáculo apresentado em sala convencional, rua ou espaço não convencional
1. Cia. Hiato, por “O Jardim”
2. Cia. Clariô, por “Urubu Come Carniça e Voa”
3. Cia. Antropofágica, por “Entre a Coroa e o Vampiro – Terror e Miséria no Novo Mundo Parte 2″ 4 – Trabalho apresentado em sala convencional
1. “O Jardim”, da Cia. Hiato
2. “Carne, Patriarcado e Capitalismo”, da Cia. Kiwi de Teatro 5 – Trabalho apresentado em rua
1. “Aqui não Senhor Patrão”, do Núcleo Pavanelli
2. “A Noiva do Defunto”, do Grupo Andaime de Teatro – Piracicaba
6 – Trabalho apresentado em espaços não convencionais
1. Cia. Clariô, por “Urubu Come Carniça e Voa”
2. Cia Teatro Documentário, por “Pretérito Imperfeito”
7 – Trabalho para platéia infanto juvenil: apresentado em sala convencional, rua ou espaço não convencional
1. Grupo Pé de Moleque, por “Logun-Edé – Uma Pequena Yorubópera”
2. Barração Cultural, por “O Tribunal de Salomão e o Julgamento das Meias Verdades Inteiras” 8 – Trabalho apresentado no interior e litoral paulista: em sala convencional, rua ou espaço não convencional
1. Corpo Estável de Teatro de Jundiaí por “Lúdico Circo da Memória” 2. Grupo Teatral Nativos Terra Rasgada por “Ditinho Curadô”
9 – Grupo ou Companhia revelação: do interior, litoral ou capital do Estado 1. Cia de Teatro de Heliópolis
2. PH2 Estado de Teatro
PRÊMIO – MELHOR ELENCO para Urubu Come
Carniça e Vôa!
Festa de entrega do
Prêmio CPT 2011
7 de fevereiro de 2012 Foto: Taba Benedicto. Pascoal da Conceição recitando Mário de Andrade, na entrega do Prêmio CPT.
Em clima de festa e descontração a CPT revelou os escolhidos para a quarta edição do Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro, na última segunda-feira (6).
Com apresentação de Pascoal da Conceição e do DJ Eugênio Lima a festa reuniu cerca de 200 pessoas na sede do Teatro Coletivo e, mais do que uma premiação, foi a celebração de um ano de muito trabalho e dedicação de todos os cooperados.
Os destaques da premiação foram os espetáculos Luis Antonio Gabriela, da Cia Mungunzá, e O Jardim, da Cia. Hiato com dois prêmios cada um.
Confira abaixo a relação completa dos premiados pelo Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro 2011.
1-Dramaturgia:
Leonardo Moreira, por “O Jardim”, Cia. Hiato
2- Direção:
Nelson Baskerville, por “Luis Antônio Gabriela”,Cia Mungunzá de Teatro.
3- Elenco:
Cia. Clariô (Taboão da Serra-SP), por “Urubu Come Carniça e Voa”.
4- Trabalho apresentado em sala convencional:
“O Jardim”, da Cia. Hiato, Direção Leonardo Moreira.
5-Trabalho apresentado em rua:
“A Noiva do Defunto”, do Grupo Andaime de Teatro (Piracicaba-SP).
6-Trabalho apresentado em espaço não convencional:
“Cidade Fim. Cidade Coro. Cidade Reverso”,Teatro de Narradores.
7- Trabalho para platéia infanto-juvenil :
“O Príncipe da Dinamarca”, Cia. Vagalum Tum Tum.
8- Grupo ou Companhia Revelação :
Grupo 59 de Teatro,Capital – SP.
9- Trabalho apresentado no interior e litoral paulista:
“Diário Baldio”, Cia. Barracão (Campinas-SP).
10- Projeto Visual:
“Luis Antônio Gabriela”,Cia Mungunzá de Teatro,
Direção:Nelson Baskerville. Iluminação: Marcos Felipe e Nelson Baskerville, Cenário: Marcos Felipe e Nelson Baskerville, Figurinos: Camila Murano, Visagismo: Rapha Henry –Makeup Artist, Vídeos:
Patrícia Alegre.
Melhores peças de teatro - Primeiro semestre 2011
07 de Setembro de 2011
A Mais Revista Cultura selecionou os melhores espetáculos de teatro que estiveram em cartaz no primeiro semestre de 2011. Confira!
• + Ópera dos vivos
• Um dos espetáculos mais ousados da Cia. do Latão, com excelente dramaturgia e direção de Sérgio de Carvalho.
• + Pinokio
• Sintetiza a estética da escuridão desenvolvida pela Cia. Club Noir nos últimos cinco anos. Dramaturgia e direção de Roberto Alvim.
• + Luis Antonio – Gabriela
• O poder de criar arte a partir de retalhos de vida. Direção de Nelson Baskerville. • + O jardim
• A pesquisa sobre a memória desenvolvida pela Cia. Hiato resultou num espetáculo marcado por tensão e comicidade. Dramaturgia e direção de Leonardo Moreira.
• + A casa amarela
• Revela a procura de um grande ator e dramaturgo por seus mestres. Gero Camilo é excepcional. • + O hóspede secreto
• Espetáculo com ótima atuação de Cacá Carvalho e Joana Levi. Um devaneio sagaz sobre o trabalho do ator. Dramaturgia de Stefano Geraci e Direção de Roberto Bacci.
• + Roberto Zucco
• A peça abre espaço na Cia. Os Satyros para a pesquisa profícua sobre pulsão a partir de uma das maiores obras do teatro contemporâneo. Excelente direção de Rodolfo García Vázquez. Destaque para os vídeos de Luciana Ramin.
• + Depressões
• A adaptação de Juliana Galdino para o conto da escritora romena Herta Müller, vencedora do Prêmio Nobel de literatura, é uma visita abrupta aos porões da infância.
• + A lua vem da Ásia
• Excelente interpretação e adaptação de Chico Diaz para o texto de Campos de Carvalho. • + O Idiota
• Em fevereiro, ainda foi possível assistir as últimas apresentações da peça dirigida por Cibele Forjaz. Atuação impecável.
•
• + Circuito Periferia
• Urubú come carniça e vôa!
• Trabalho do Grupo Clariô de Teatro. Uma obra bela a partir de textos do pernambucano Miró de Muribeca.
URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA – NA VIRADA CULTURAL PAULISTA
ARARAQUARA – MAIO 2012
Peça em Araraquara investiga vida e obra de poeta pernambucano
publicada em 18/05/12 19h13
O Grupo Clariô apresenta o espetáculo teatral “Urubu Come Carniça e Voa”, no sábado (19), às 20h30, no Teatro Municipal de Araraquara. O evento é mais uma atração da Virada Cultural Paulista – uma realização do Governo do Estado de São Paulo, via Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Prefeitura de Araraquara – por meio da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart – e com o SESC-SP. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes da apresentação, na bilheteria do teatro, sendo um único convite por pessoa.
“Urubu Come Carniça e Voa” investiga a vida e a obra do poeta pernambucano Miró de Muribeca. A personagem fundamental é o próprio autor, que lança seu olhar cheio de questionamentos à sociedade. Ele, também “marginal”, é quem assume os depoimentos e descaradamente se coloca, revelando sua condição como poeta, negro, pobre e morador de um conjunto habitacional construído em torno de um imenso lixão chamado Muribeca. Existe nesta montagem a idéia de explorar não apenas o texto, mas a vida do autor. Não como uma biografia, mas como forma de compreender a escrita através de sua história e de seu modo, peculiar, de se comunicar através da palavra. Miró, além de poeta, é um artista performático, que propõe uma maneira muito particular de alcançar, através do corpo e voz, todas as entrelinhas de seus próprios escritos. Um corpo disforme, unido a uma voz que pode se confundir com um choro ou urro de um animal selvagem que mora ali, e parece querer sair a todo instante, mas não sai. Então ri-se de tudo pra não morrer. Isso propõe um avanço estético ao grupo, que pretende recorrer a esses recursos.
O objetivo do Grupo Clariô com esta montagem é alcançar novos caminhos estéticos e verticalizar as questões sobre a marginalidade do povo brasileiro através de um generoso olhar, que é capaz de oferecer a sua experiência de vida através da poesia, que sai pulsante pelas veias, conclamando liberdade.
FONTE: http://www.viradaculturalpaulista.sp.gov.br/noticias/562/peca-em-araraquara-investiga-vida-e-obra-de-poeta-pernambucano/
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Urubu come curubu come carniça e voa! (Grupo Clariô, de Taboão da
Serra)
Apresentada na 20ª mostra de teatro Monte Azul, na zona Sul, perto da
Estrada de Itapecerica, a peça é a terceira do repertório da companhia.
Tudo gira ao redor de um evento, a abordagem violenta, por dois policiais,
de uma dupla de amigos que riu na hora errada. Tudo retorna aos urubus
que voam ao redor dessa carniça. Seguem-se pequenas cenas em que
habitam o palco personagens supostamente reais e em que o humor é a
tônica predominante. Tudo, pequenos esquetes em que a transitoriedade
da vida e dos valores conduz o ser humano à negação de sua
humanidade. Peça musicada ao vivo por um saxofonista, violoncelista e
violonista, ocorrem nela também músicas pontuam os momentos mais
dramáticos da cena. Numa das cenas, personagem indefinido puxa um
morto enquanto o lamento questiona quem está realmente morto, se o
morto ou quem o enterra. Os personagens, não caricatos mas também
não realistas, levam a um questionamento bem-humorado da realidade
de bairros periféricos. O grupo apresentou a peça sem cenário
(originalmente a peça possui um cenário avantajado) mas manteve o
texto e a encenação. Espetáculo agradável.
http://comentariossobreteatro.blogspot.com.br/2012/07/urubu-come-curubu-come-carnica-e-voa.html
URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA – NA MOSTRA DE TEATRO
MONTE AZUL – JULHO 2012
Grupo Clariô apresenta “Urubu come carniça e voa” na próxima quinta, no TMB
Qui, 15 de Março de 2012 15:49
O Teatro Municipal de Barueri apresenta, no próximo dia 22 de março, às 20h, o espetáculo gratuito "Urubu come carniça e voa" com o grupo Clariô de Teatro. A peça é uma crônica que conta sobre a vida de um poeta pernambucano, negro, oriundo de Muribeca, bairro periférico, que leva o mesmo nome do lixão em torno do qual o conjunto habitacional onde mora foi construído. O espetáculo tem como objetivo, a investigação da vida e obra de Miró de Muribeca. A escolha do escritor se deu a partir de uma necessidade do Grupo Clariô em ampliar várias pesquisas iniciadas no espetáculo Hospital da Gente.
A obra, de Marcelino Freire, despertou no grupo um interesse pela literatura nordestina contemporânea que é capaz de traduzir através de contos, poesias e crônicas as inquietudes do povo brasileiro de uma maneira original e pouco lamentosa.
Nesta montagem existe a ideia de explorar não apenas o texto, mas a vida do autor. Não como uma biografia, mas como forma de compreender a escrita através de sua história e de seu modo, peculiar, de se comunicar através da palavra.
URUBU COME CARNIÇA E VÔA Quinta-feira, 22 de março, às 20h No Teatro Municipal de Barueri
Rua Ministro Raphael de Barros Monteiro, 245, Jardim dos Camargos (saída 26A da rodovia Castello Branco)
Censura: 12 anos Gratuito
Retirada de ingressos:
Teatro Municipal: segunda a sexta, das 8h às 18h Ganha Tempo: segunda a sexta, das 8h às 18h Posto de informações no Bulevar, das 8h às 17h Mais informações 4198-0972
http://jnoticias.com.br/cultura/5190-grupo-clario-apresenta-urubu-come-carnica-e-voa-na-proxima-quinta-no-tmb
URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA – Em Barueri – Março 2012
Teatro Clariô será incendiado na noite deste sábado (19)
Em cartaz desde o dia 21 de maio de 2011, apeça Urubu come carniça e voa! será finalmente assistida pelo seu próprio autor hoje à noite.
Não que o poeta Miró tenha escrito para o teatro. O espetáculo foi construído pelo diretor Mário Pazini a partir de fragmentos dos textos crônicos com que o poeta pernambucano retrata sua vida. A dramaturgia é coletiva dos atores do Grupo Clariô de Teatro.
Apesar da pouca idade, Urubu come carniça e voa! já correu o trecho. Se apresentou nos lugares mais improváveis. Tanto assim que foi indicado como melhor espetáculo em espaço não convencional ao Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro. É considerada uma das melhores peças teatrais do primeiro semestre de 2011. O elenco vigoroso também foi cotado entre os melhores da dramaturgia paulista no período.
Apesar de o Grupo Clariô ser de Taboão da Serra, e composto com maioria de atores da cidade, o espetáculo tem zero apoio do poder público local. Foi montado com recursos do Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo (veja a ficha técnica no final da postagem).
SERVIÇO
Urubu come carniça e voa!
Local: Espaço Clariô – Rua Santa Luzia, 96 – Centro – Taboão da Serra Horário: 21h30
Entrada: Gratuita. Livre
Mais informações: www.espacoclario.blogspot.com
Washington Gabriel e Naruna Costa (Foto: Mariana Rafael)
http://taboaoemfoco.com.br/todas-as-noticias/teatro-clario-sera-incendiado-na-noite-deste-sabado-19
URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA – Mostra Cultural da Cooperifa – Outubro 2011
• Girandolá recebe... Clariô e EnCLOWNtros - troca estética entre palhaços
_______________________________________________ • O projeto Girandolá recebe segue de vento em popa e
aproveita já este espaço para divulgar suas duas próximas atrações:
• Nos dias 12 e 13 de agosto, às 20h30, no Centro Cultural Newton Gomes de Sá, dentro da programação do 11º Inverno Cultural Franco da Rocha, o Teatro Girandolá tem a alegria de receber o Grupo Clariô de Teatro com o espetáculo “Urubú come carniça e voa!”, colhido a partir da obra do poeta João Flávio Cordeiro, o MIRÓ DE
MURIBECA, que faz da poesia a maneira mais concreta de responder a violência sofrida e observada por ele
cotidianamente. Um artista intenso, crônico por natureza que, além dos escritos, traz no corpo e na palavra dita, uma visceralidade peculiar, que propõe novos olhares para um lugar onde “um sujeito pode bater no outro, só porque ele deu um riso!”, mas que, recheado de seu “alegrismo poético”, é capaz de colorir a tragédia e alçar vôos de celebração à vida.
• Uma ponte, uma travessia até Miró, é o espetáculo do grupo Clariô propõe. Atravessando a palavra do poeta de corpo e órgãos, descobrindo musicalidades e gestos que traduzam/dialoguem seus ditos tão urbanos e sertanejos. • Já, para o princípio do mês de setembro, dia 03, a partir
das 20 horas, no Espaço Girandolá (av. São Paulo, 965 – Vila Suiça – Francisco Morato) com ainda mais alegria o Teatro Girandolá prepara o primeiro EnCLOWNtros – troca estética entre palhaços; e, para esta primeira edição dessa empreitada, recebe os parceiros do Grupo Pandora de Teatro.
• Venha se embebedar dessas poesias!!!
http://www.teatrogirandola.com.br/2011/08/informativo-girandola-agosto-de-2011.html
CRÍTICA: URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!!!
quarta-feira, 25 de maio de 2011Clariô
Por Salloma SaLomão
Não me leve a mal, mas tenho que contar o que vi.
Sugiro que você também vá ver e ouvir.
Espaço Clariô na Periferia Zona Sudoeste de Sampa.
Trata-se de um grupo teatral que se apresenta lá, onde Urubu come carniça e voa.
Clareou , para o cantor e compositor nordestino Dimello era “quilariô, raiou o dia eu vi chover na minha horta, ai ai meu deus do céu quanto eu sofria ao ver natureza morta.” Em plenos anos 1970. Depois de cantar sua canção ao lado do radio de pilha, encontrei Dimello, Ivo, Vandré e o mestre dos tambores, saudoso Bira da Silva. Quilariô, isso aconteceu em 1979 nos confins das Gerais. Situada no limite em Taboão da Serra e São Paulo, cunhada de ferro madeira na frente da casa, talhe nobre resistente, ponte de cultura ao invés de boteco ou Igreja. Barracão de telhado nobre de Zinco no pé do morro. Morro do Cristo redentor. Redenção de quem? Bem ao lado de uma Casa de Santo, pintada de azul. Pra mim, isso é que é um bom presságio. Que na rua do Clariô, a Santa Luzia guarde bem seus olhos, o Clariô atente ao número 96, não é coincidência, é santuário festivo e profano de culturas híbridas.
O meu texto e o delas, talvez não sejam claros, o próprio dia não é totalmente claro. Mesmo um dia desses de sol é cheio de desvãos, de escuridão e de sombras. Enfim, nem tudo que parece claro, o é. Clariô então é negro, é negra, predominantemente áfrico, como uma deusa que vem do sudoeste enegrecendo a cultura artística do Atlântico negro expandido para a periferia.
Periferia era antes uma categoria geográfica, tudo que não era colônia Peri feria. Transformada em discurso político e agora é um território criativo.
Criativo porque a megalópole é tensa e ainda cega, como era no início dos anos 1990, quando os pioneiros do Movimento Hip Hop construíram um discurso sonoro e poético vingador. Racionais e outros jovens negro-mestiços cunharam um outro modelo musical-comportamental e humanizaram a tal periferia, lugar da imagem construída como sendo do caos e da anomia. Foram eles que viram pessoas por detrás dos números das estatísticas da violência institucional e deram nomes para as “donas marias” de pele escura que viram (vimos) enterrando os filhos, amigos seus e meus, nas covas ralas do cemitério do Jardim do São Luis.
Agora é reivindicada como espaço estético surge outra periferia. A mídia não nos via e quando via, era uma lente grossa demais que distorcia tudo, um véu tosco que impedia que vultos e vozes o atravessassem (Dubois). O racismo anti-negro é feito não só de barreiras concretas-físicas, mas acima de tudo da sobreposição de véus que turva a visão de ambos os lados.
Clariô vive teatro, ele faz conexão é com Recife grande, não com as praias pra turistas, mas os arredores dos arrecifes. Lixão, onde os “urubus passeavam entre os girassóis” e seres humanos abandonados ali. O texto não, mas a interpretação costura, cinge, religa memórias, histórias e ficções de Miró de Muribeca. Ele batizado João Flávio Cordeiro, poeta é pessoa completa e sã, pelo que dizem os textos. A ponte é feita entre contextos tão similares e distantes. Recife-Taboão da Serra.
A luz é econômica, o figurino adequado. O cenário coerente e o ritmo de tudo não é lento, mas me ajuda desacelerar o coração já metropolitano em demasia. A ponte é feita por um elenco enxuto de três belíssimas atrizes, mulheres jovens e dois atores quase berberes, em minhas miragens de áfricas. Resumindo são todos negros em vários tons, isso por si só já é um tremendo deslocamento se pensarmos na “Negação do Brasil”(Joelzito Araujo) ou na longínqua emergência do Teatro Experimental do negro. Quero dizer, prota- agonismo negro em um lugar, onde o teatro tem sido lugar quase exclusivo de branco.
O texto começa onde termina e bem no meio parece que não voltará jamais, a não ser pela alusão à noite, ao beco escuro, a constatação da violência como cultura. Mas ela, a violência endêmica, não aparece para despertar lamurias, figura também como ponte a elaboração estética. O texto falado em costura não desenreda, abre flancos, picadas e apenas entabula os fragmentos discursivos e reflexivos e um tempo, uma experiência, uma visão do mundo, tal como ele se apresentou ao poeta.
A música de Di Ganza insinua pontes com o grupo Armorial, mas apenas isso, não tem aquela presunção de vanguarda iluminista. O autor figura no campo de novas criatividades e
musicalidades negras paulistanas, traz a ambigüidade do atlântico negro ainda em processo aqui. Di Ganzá vem cheio de gás e idéias, vem sem medo de se expor. Depois é que virá a coisa da dinâmica na execução, no ajuste da afinação das cordas friccionadas em contraste com a flauta transversa. Mas as melodias delicadas estão lá, as cadências sem engano, os contrapontos refinados, aqui e ali algum tambor.
Eu vi Arena Conta Zumbi no interior de Minas em 1969 apenas com atores negros, também vi União e Olho Vivo no parque Santo Antonio (1976), pude assistir o Galo de Briga no Grajaú (1979). Vi teatro popular Maculelê-Maracatu escrito e montado por capoeiristas da Corrente Libertadora no Sindicato do Químicos e no largo do São José. Por conta disso que assisti perplexo a emergência do Teatro Vocacional Frateschiano em São Paulo em 2000. Foi esse o último projeto que partia da velha e desgastada idéia que o popular (povo) é um lugar vazio a ser preenchido pela cultura dominante. Aprendi sobre os exemplos do Armorial dentro de um projeto nacional-modernista e do Cpcs que vinha marcado por um viés missionário e catequético, salvacionista e elitizado. Mas o que acontece agora é um fenômeno de outra ordem. A exemplo de outros grupos como Capulanas Cia de Artes Negras, o trabalho do Clariô é nitidamente político sem ser panfletário e é negro sem dizer que quer ser.
Em palestra realizada na USP em 1973, Roger Bastide (publicado em Bastide, Roger. Sociologia do teatro negro brasileiro. São Paulo: Ática, sd), apontava a origem do teatro negro nas coroações de Reis Congos, nas festas de Congada, nos Ritos de Candomblé e na Festa do Bumba meu Boi, conquanto criticasse a caricatura e folclorização. Também preconizava o surgimento de um teatro popular negro no Brasil sob os escombros da cultura dramatúrgica ocidental burguesa, cuja narrativa havia perdido justamente sua criatividade, por se desconectar da matriz popular. Viva Clariô, ainda que ponha fogo no pé do redentor. Labaredas!!!!!pedra também pega fogo???? Vai lá, vai ...
FICHA TÉCNICA:
Escritos crônicos: Miró de Muribeca Direção : Mário Pazini
Atores/criadores:
Alexandre Souza, Diego Avelino,Martinha Soares, Naloana Lima e Naruna Costa.
Ator Convidado: Washington Gabriel Dramaturgia: Grupo Clariô de Teatro Assessoria dramatúrgica: Will Damas Cenário: Alexandre Souza (João) e Mário Pazini Figurinos e adereços: Martinha Soares e Naruna Costa
Iluminação: Will Damas TRILHA DA PEÇA:
Composição: Di ganzá e Naruna Costa Interpretação: Orquestra de Caboclos
(violibeca: Di ganzá, Flauta: Adriana Mello e contrabaixo: Luís Vitor Maia).
Finais de semana - sábados as 21h e domingos as 20h - no Espaço Clariô!
informações: grupoclario@uol.com.br
11 9995 5416 11 9621 6892
“Projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria do Estado da Cultura, Programa de Ação Cultural/2010”
Mosaico Negro no Brasil
Olhar atento em perspectiva de práticas e saberes, de políticase artes africanas/diapóricas e do biocaminho na esfera, apalpando o cosmo. No meio da América AfroLatina, quase beirando o Atlântico. Tocando por querer sorver e sentir quase tudo. Afim de experimentar e ouvir os limites dos ruídos, das notas tortas e dissonâncias, degustar a vida, desvelar e conhecer as partes e o todo. Querendo enfim, um estar pleno no mundo enquanto for.
MATÉRIA: URUBÚ COME CARNIÇA E VOA!
Urubú Come Carniça e Vôa!
Escritos crônicos Miró de Muribeca
Dramaturgia Grupo Clariô de Teatro
IMAGENS: URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!!! – FOLHA ONLINE
Assessoria Dramatúrgica Will Damas
Direção Mário Pazini
Atores/criadores
Alexandre Souza,
Diego Avelino,
Martinha Soares,
Naloana Lima e
Naruna Costa
Cenário Alexandre Souza (João)
e Mário Pazini
Figurinos e Adereços Martinha
Soares e Naruna Costa
Iluminação Will Damas
Direção e Composição Musical
Naruna Costa e Giovani Di Ganzá
Músicos Criadores Giovani Di
Ganzá (violibeca),
Luis Vitor Maia (Baixo Acústico) e
Adriana (Flauta Transversal)
Escrito por Lenise Pinheiro às 20h04
Espaço Clariô - SP
Sábados 21h Domingos 20h
Suzana foi comigo à peça do grupo Clariô. Foi Suzana quem tirou esta foto.
- É o máximo!
Aí eu contei a história para ela.
De quando conheci o grupo, nob_arco
Naruna Costa – que está sentada, fazendo sinal de paz e amor – interpretou uma canção do Chico César.
Eu estava com o Chico e a gente ficou pasmo – ela cantava Beradêro. Como ninguém. Aí a gente foi dar os parabéns.
Mário Pazzini, na foto idem, disse que eles estavam começando um grupo, sob direção dele, em Taboão da Serra. Dei de presente, àquele mesmo dia, o livroContos Negreiros.
Eles me procuraram, uns meses depois. Iam levar meus contos ao palco. Fiz, à época, uma visita à sede do Clariô - um sobrado que, quando montaram a peçaHospital da Gente, foi transformado, cenicamente, em um impressionante favelão.
O título Hospital da Gente, aliás, saiu daquela música do Chico. Até hoje, apresentam a peça por aí, sempre com muito sucesso.
Mas, enfim. Eu estava falando da Suzana – e de que fomos, juntos, ver a nova montagem, a Urubu Come Carniça e Voa.
- É da porra!
Mário é um diretor foda! Conseguiu costurar as poesias do Miró em um espetáculo vigoroso, colorido - uma verdadeira tragialegria (expressão inventada agora, por mim – mistura
de tragédia com alegria).
Está bem diferente do Hospital – e creio que melhor. Porque o grupo se superou em interpretação, entrega, amadurecimento gostoso de ver. Um clássico, posso dizer. Vi uma peça clássica, feita com entusiasmo raro. E raça.
Como adoro essa turma!
Hoje, no mesmo local do sobrado, levantaram um galpão – fruto de esforço, teimosia, talento, trabalho.
Deixo, aqui, o meu abraço emocionado a todo o elenco. E o recado a você, aí do outro lado. Não deixe de assistir. Para saber mais, clique aqui.
E mais não digo. Fui ali e já volto. E outros beijos lambidos.
-Eca, é, Meu Cristo!
-http://marcelinofreire.wordpress.com/2011/05/25/tragialegria/
TRAGIALEGRIA
CRÍTICA: URUBÚ COME CARNIÇA E VOA!!!
por
MARCELINO FREIRE
25/05/2011
O Espaço Cultural do Jardim Branca Flor, em Itapecerica da Serra, recebeu o grupo de teatro Clariô, dirigido por Mário Pazini, nos dias 18 e 19 de agosto. O elenco de Taboão da Serra apresentou o espetáculo "Urubú Come Carniça e Vôa!".
A passagem do grupo pelo município faz parte do Proac (Programa de Ação Cultural) do Governo do Estado de São Paulo, que em parceria com a Prefeitura de Itapecerica da Serra, através da Secretaria de Cultura, propiciou aos moradores do Jardim Branca Flor e região a apresentação.
A peça relata a vida de um poeta pernambucano. Mirô de Muribeca usa a poesia para responder à violência que sofre em seu cotidiano. No decorrer dos fatos da vida de Mirô, outros personagens (Urubus) vivenciam os problemas da sociedade. A violência, o desemprego e o preconceito são temas retratados na peça.
"Ter um espetáculo como esse aqui no bairro é uma oportunidade de dar um momento de lazer, cultura e entretenimento aos moradores dessa região", disse o administrador do espaço cultural, Francisco Mendes. O espetáculo também foi assistido por alunos da Escola Estadual Izabel Redentora.
Para o prefeito de Itapecerica da Serra, Jorge Costa, promover espetáculos nos bairros mais distantes do centro é uma oportunidade de democratizar a cultura no município.
http://www.itapecerica.sp.gov.br/noticia/noticia.php?not_id=786
PROAC - Urubú Come Carniça e Voa – Em Itapecerica da Serra
Set/ 2011
20 de maio de 2011
Grupo Clariô estréia novo espetáculo
Por Leandro ConceiçãoO grupo Clariô de Teatro – que ganhou destaque com o premiado espetáculo Hospital da Gente, do escritor marginal pernambucano Marcelino Freire – estreia novo espetáculo neste fim de semana em sua sede, em Taboão da Serra. Urubu Come Carniça e Voa! reúne obras do poeta pernambucano Miró da Muribeca. O autor, oriundo de Muribeca, um bairro surgido ao redor de um dos maiores lixões do país, no Recife, faz poesia do cotidiano periférico. “Ele escreve o que é o dia a dia dele”, afirma o diretor da peça, Mário Pazini.
Miró se define como “um cronista poeta urbano”. Tornou-se escritor em 1985, quando pediu demissão de seu emprego e “a poesia virou seu salário. Seu fundo de garantia”, conta em seu blog. Escreveu obras como Ilusão de Ética, São Paulo eu te Amo Mesmo Andando de Ônibus e Poemas para Sentir Tesão ou Não.
Sua vida é retratada no documentário curta-metragem Miró: Preto, Pobre, Poeta e Periférico, de Wilson Freire. Veja aqui.
No cenário de Urubu..., uma ponte simboliza a ligação entre o poeta recifense com a cidade de São Paulo, explica Pazini. Em um dos poemas do livro São Paulo é Fogo, Miró diz: “Dizem que a [avenida] Paulista é o coração de São Paulo. Eu digo que é o ataque cardíaco”.
“Existe nesta montagem a ideia de explorar não apenas o texto, mas a vida do autor. Não como uma biografia, mas como forma de compreender a escrita através de sua história e de seu modo, peculiar, de se comunicar através da palavra”,
afirma o Clariô.
Urubu Come Carniça e Voa
Sábados, 21h, e domingos, 20h – até 19 de junho
http://www.visaooeste.com.br/cultura/389_grupo_clario_estreia_novo_espetaculo.html
CRÍTICA: URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!!!
URUBÚ COME CARNIÇÃ E VOA!
Este é o novo espetáculo do Grupo Clariô. O objetivo do espetáculo é a investigação da vida e obra do poeta pernambucano Miró de Muribeca, no qual lança seu olhar cheio de
questionamentos a uma sociedade onde não se reconhece. Sua obra
revela sua condição como poeta, negro, pobre e morador de um conjunto habitacional construído às voltas de um imenso lixão chamado Muribeca. Dias 21 e 28 (sábados), às 21h e dias 22 e 29 (domingos), às 20h. Espaço Clariô – Rua Santa Luzia, 96. Taboão da Serra. Entrada R$ 5,00. (11) 7135-4187. grupoclario@uol.com.br / www.espacoclario.blogspot.com.
http://www.acaoeducativa.org.br/agendadaperiferia/teatro.html
MATÉRIAS: URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!!!
MIRÓ NO CLARIÔ
Posted In: notíciasE hoje, sábado, 21/05, temos a estreia da nova peça do Grupo CLARIÔ de Teatro – ele, que já participou da Balada Literária algumas vezes. Depois de montar o “Hospital da Gente”, baseada em textos de MARCELINO FREIRE, o grupo de Taboão da Serra leva ao palco a poesia de MIRÓ no espetáculo “Urubu Come Carniça e Vôa!!!”
24 MAIO, 2011
GRUPO CLARIÔ apresenta: URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!
SINOPSE / RELEESE
URUBÚ COME CARNIÇA E VOA! UMA PONTE ATÉ MIRÓ.
Escritos crônicos e retratos da vida de um poeta pernambucano, negro, oriundo de MURIBECA, bairro periférico, que leva o mesmo nome do lixão em torno do qual o conjunto habitacional onde mora foi construído.
João Flávio Cordeiro, o MIRÓ DE MURIBECA, faz da poesia a maneira mais concreta de responder a violência sofrida e observada por ele cotidianamente.
Um artista intenso, crônico por natureza que, além dos escritos, traz no corpo e na palavra dita, uma visceralidade peculiar, que propõe novos olhares para um lugar onde “um sujeito pode bater no outro, só porque ele deu um riso!”, mas que, recheado de seu “alegrismo poético”, é capaz de colorir a tragédia e alçar vôos de celebração à vida.
Uma ponte, uma travessia até Miró, é o que o novo espetáculo do grupo Clariô propõe. Atravessando a palavra do poeta de corpo e órgãos, descobrindo musicalidades e gestos que traduzam/dialoguem seus ditos tão urbanos e sertanejos.
“URUBÚ COME CARNIÇA E VÔA!” é o que nos clariô nestinstante como chuva fina ao sol. FICHA TÉCNICA:
Escritos crônicos: Miró de Muribeca Direção : Mário Pazini
Atores/criadores:
Alexandre Souza, Diego Avelino,Martinha Soares, Naloana Lima e Naruna Costa.
Ator Convidado: Washington Gabriel Dramaturgia: Grupo Clariô de Teatro Assessoria dramatúrgica: Will Damas TRILHA DA PEÇA:
Composição: Di ganzá e Naruna Costa Interpretação: Orquestra de Caboclos (R. Sta Luzia, 96 - Taboão da Serra - SP) sábados as 21h e domingos as 20h - R$5 Espaço Clariô!