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João Cossa, contabilista residente no bairro do Alto-Maé, em Maputo, deseja que a Polícia de

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Academic year: 2021

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O povo, a quem o Presidente Filipe Nyusi considera seu “patrão”, entende que os primeiros 100 dias de governação do seu “empregado” foram marcados pela criminalidade, agravamento das ameaças da Renamo e troca de acusações com a Frelimo após de Acordo de Cessação das Hostilidade Militares, o que agravou a instabilidade política em Moçambique. Em termos de realizações, sem o Plano Económico e Social e o Orçamento do Estado, recém-viabilizados pelo partido no poder, pese embora a contestação da oposição, nenhuma obra digna de realce podia ter sido materializada nesse período, e mesmo se alguma coisa tivesse sido feita seria ainda incipiente.

De voz cheia, o “patrão” do Comandante em Chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique defendeu que a auscultação feita a vários segmentos da sociedade foium sinal de governação inclusiva prometida aquando da tomada de posse e o frente-a-frente com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, não foi suficiente para amainar a tensão política que prevalece.

Alzira Arcanjo, estudante do ensino superior, disse que a governação de Nyusi foi positiva nos primeiros 100 dias, principalmente por ter dado ouvidos a religiosos, políticos, entre outros. Ela recomenda ao Chefe de Estado que procure estar cada vez mais próximo do povo.

“Se o nosso Presidente quiser governar bem não se pode fechar no gabinete, deve estar em permanente contacto com o seu único e exclusivo patrão, o povo, auscultando-o para juntos desenvolverem a nação”, disse Alzira, acrescentado que deve ainda haver bastante rigor no controlo do erário, e fiscalização dos membros do Executivo para assegurar uma

administração pública transparente. A distribuição da riqueza ainda é uma utopia em Moçambique e o Presidente deve encontrar formas de pôr fim à situação.

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Investigação Criminal (PIC) e a Polícia da República de Moçambique (PRM) sejam mais

profissionalizadas para lidarem com a criminalidade. Que a Administração da Justiça seja mais actuante, transparente e orientada para o descongestionamento das cadeias.

“Não concordo com as Presidências Abertas porque não solucionam os problemas do povo, restringem-se a discursos tais como é fundamental desenvolver o país mas na prática muita pouca coisa muda. Acho que se deveria construir mais escolas, unidades sanitárias e

fontanários, principalmente nos distritos das regiões norte e centro” do país com o dinheiro destinado a essa iniciativa, segundo a nossa interlocutora.

Momade Paulo é desempregado e vive em Maputo. A sua maior expectativa é ver

concretizados os planos de emprego desenhados pelo Executivo para este ano e que se criem formas eficazes de combate ao crime que deixa o povo inseguro.

Para Tomás Langa, comerciante e habitante em Maputo, durante os primeiros 100 dias, o Presidente da República inteirou-se dos problemas que a sociedade enfrenta. Há muita injustiça no país, sobretudo envolvendo pessoas pobres, há violação dos direitos humanos cujo combate deve ser um dos aspectos prioritários neste Governo.

Artur Cassamo, empresário e morador da capital moçambicana, afirma que Nyusi reuniu com vários sectores da sociedade e deu sinais de que poderá haver uma governação inclusiva. Trouxe a esperança ao povo.

A par de João Cossa, ele aspira ver a Polícia de Investigação Criminal (PIC) e a Polícia da República de Moçambique (PRM) mais profissionalizadas e que não enveredem pela detenção de gente inocente. A Justiça precisa de ser reorientada, evitar as prisões arbitrárias e acelerar os processos-crime dos cidadãos que estão confinados nas penitenciárias há anos sem a prisão legalizada nem culpa formulada. A Educação reclama igualmente uma outra

abordagem.

Outro indivíduo que se identificou pelo nome de Casimiro, empresário residente em Maputo, pediu mais investigação e responsabilização dos criminosos para que o clima de medo fique para a história. Ele pediu ainda para que o Executivo investigue a proveniência dos fundos de

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a indeminização que deve à família do falecido jornalista Carlos Cardoso, crime pelo qual foi condenado à pena máxima estando, neste momento, em liberdade condicional algures fora de Moçambique.

José Luís, estudante e habitante da capital do país, considera que é prematuro avaliar a governação do Presidente Nyusi em 100 dias. Porém, os desafios são enormes e vão desde a necessidade de acabar com a criminalidade, passar pela corrupção no Aparelho do Estado, construção de mais escolas em melhores condições, ao aumento do salário dos professores dos médicos e dos policiais que, pese embora o recente acréscimo pelo Executivo, ainda continua longe de satisfazer o custo de vida.

Silva Lúcia, residente na cidade de Nampula, entende que Filipe Nyusi ainda não fez nada de realce porque não tinha um programa para o efeito. Porém, enquanto o seu Governo

preparava o plano de actividades e o orçamento ouviu-se mais discursos de instigação ao ódio, o que piorou a instabilidade política e militar no país.

“Estou ansioso para ver que mudanças serão feitas no sistema de ensino e na atribuição de bolsas de estudo”.

De acordo com Magalhães Mário, funcionário público, que também vive em Nampula, nos primeiros 100 dias da presidência de Filipe Nyusi não houve nada de novo. “Espero que os discursos do Chefe de Estado sobre o emprego e acesso à habitação para os jovens se transformem em realidade, mas não para as pessoas que já têm casa” ou que pretendam acumular mais um emprego “por afinidades políticas ou porque são familiares de algum chefe. Gostaria de ver combatida a corrupção que flagela a Função Pública”.

Samuel Seródio, estudante e residente na chamada capital do norte, disse que gostaria igualmente que o Presidente Nyusi reforçasse o combate à corrupção nos tribunais para que os cidadãos tenham acesso à Justiça de forma transparente e haja moderação na gestão da coisa pública.

“O ensino no país deve melhorar e ser orientado no sentido de os moçambicanos terem mais habilidades práticas e aceitação no mercado de trabalho”.

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Carlos Paulo, funcionário de uma empresa privada em Nampula, deseja que os agricultores tenham acesso a crédito bancário e que as comunidades não sejam prejudicadas por causa dos megaprojectos, que têm estado na origem da expropriação de terras. Wilson José, da mesma cidade, subscreveu as palavras do seu conterrâneo e acrescentou que a agricultura deve deixar de ser de cabo curto com vista a aumentar a produção e a produtividade.

Nito João, professor na cidade de Nampula, considerou que nos 100 dias de Filipe Nyusi no poder foram marcados pela tentativa de resolução do conflito político entre o Governo e Renamo.

“Espero ver combatida a corrupção nos hospitais, haja mais medicamentos e um bom atendimento”.

Tomé Armando, comerciante daquele ponto do país, considerou que o Alto Magistrado da Nação ainda estava a arrumar a casa. Ele deseja também que sejam criados mais postos de trabalho digno, o sector da agricultura seja valorizado, e haja uma melhor gestão da terra que tem sido arrancada a cidadãos pobres sem meios para lutar pela justiça.

“Ainda é muito cedo para avaliar o trabalho do actual Presidente da República e dos seus ministros, mas nos 100 dias em que Filipe Nyusi está no poder foi visto nos campos de futebol várias vezes, o que o seu antecessor não fez em 10 anos. Para o desenvolvimento do

desporto, o Ministério da Juventude e Desportos deve apostar mais na reabilitação dos recintos desportivos em todas zonas o país”, realçou um atleta de basquetebol do Ferroviário de Maputo, que se identificou pelo nome de Chiquinho.

“A política, através do Ministério da Juventude e Desportos, tem uma grande influência no progresso do desporto. Nestes 100 dias que Filipe Nyusi está no poder ainda não vimos grandes avanços no que toca ao ramo desportivo. Nós desportistas queremos que o Governo invista nesse ramo tal com se faz noutros países”, defendeu Elias, jogador do Ferroviário de Nacala.

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desenvolvimento de uma nação. (...) Espero que nos próximos meses o Governo crie

condições para o crescimento do nosso desporto, não apenas em Maputo, mas sim em todo o território nacional”, clama Félix Gomes, jogador de hóquei em patins do Estrela Vermelha.

“As federações sempre reclamam da falta de fundo para viajarem com vista a participarem nas competições internacionais. Acredito que o novo Governo vai tomar medidas para acabar com este tipo de problemas. O Ministério da Juventude e Desportos deve considerar todas as modalidades prioritárias e não apenas o futebol que sempre traz dissabores ao povo moçambicano”, afirma Manuel Soares, treinador de futebol na Academia Eusébio.

“No ano passado conseguimos qualificar-nos para o Campeonato Mundial de Voleibol de Praia, mas por falta de fundos não participamos nesta prova; por isso, espero que o Governo liderado por Filipe Nyusi traga mudanças ao nosso desporto. Para o crescimento do desporto deve-se apostar na construção e reabilitação de infra-estruturas desportivas”, defende

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