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Simulação da remoção de água das correntes residuais de fenol com o uso do solvente tolueno / Water removal simulation of phenol residual chains with the use of tolueno solvent

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Academic year: 2020

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Simulação da remoção de água das correntes residuais de fenol com o uso do

solvente tolueno

Water removal simulation of phenol residual chains with the use of tolueno

solvent

DOI:10.34117/bjdv5n12-335

Recebimento dos originais: 07/11/2019 Aceitação para publicação: 23/12/2019

Priscila Siqueira Gonçalves

Discente em Engenharia Química pela Universidade de Vassouras Instituição: Universidade de Vassouras

Endereço: Rua 1, n° 60, Bairro Massambara, Vassouras -RJ, Brasil E-mail: prysbarreto27@gmail.com

Kerilen Paola Teixeira de Castro

Discente em Engenharia Química pela Universidade de Vassouras Instituição: Universidade de Vassouras

Endereço: Avenida da imprensa, n° 1053, Bairro Caieira, Volta Redonda-RJ, Brasil E-mail: kerylen@outlook.com

Guilherme Ferreira da Silva

Discente em Engenharia Química pela Universidade de Vassouras Instituição: Universidade de Vassouras

Endereço: Rua Ricardo Geasant Nasser, n° 6, Bairro Purys, Três Rios-RJ, Brasil E-mail: guilherme.engquimica11@gmail.com

Pedro Luis Millen Penedo

Docente em Engenharia Química pela Universidade de Vassouras Instituição: Universidade de Vassouras

Endereço: Av Argemiro de Paula coutinho n° 280 apt 902, Bairro Centro, Barra Mansa-RJ, Brasil E-mail: Pedro@cesbra.com

RESUMO

Os compostos fenólicos são de difícil degradação por serem tóxicos aos microorganismos e, além disso, reagem com o cloro utilizado no tratamento de águas convertendo-se em compostos ainda mais tóxicos e resistentes à biodegradação. A concentração máxima permitida para fenóis em águas não cloradas é de 0,1 mg/l. Contudo, em águas cloradas a concentração máxima permitida para fenóis está entre 0,001-0,002 mg/l. A grande dificuldade é que água e o fenol formam um azeótropo então sua separação se torna ainda mais difícil necessitando de um método especial de separação já que a destilação convencional não consegue separar esse tipo de sistema. O trabalho tem como objetivo simular a separação do azeótropo fenol-água com o software de simulação ProSimPlus, utilizando a destilação azeotrópica que vai forma um azeótropo binário heterogêneo, com a obtenção do fenol puro na secção de ratificação. De acordo com os resultados obtidos o tolueno e se mostrou muito eficaz para a separação desse sistema, conclui-se então que o tolueno é muito promissor para separação deste azeótropo.

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Palavras-chave: Destilação azeotrópica, fenol-água, tolueno e simulação ABSTRACT

Phenolic compounds are difficult to degrade because they are toxic to microorganisms and, in addition, react with chlorine used in water treatment to become even more toxic and resistant to biodegradation. The maximum allowable concentration for phenols in non-chlorinated waters is 0.1 mg / l. However, in chlorinated waters the maximum allowable concentration for phenols is between 0.001-0.002 mg / l. The great difficulty is that water and phenol form an azeotrope so their separation becomes even more difficult requiring a special separation method since conventional distillation cannot separate this type of system. The objective of this work is to simulate phenol-water azeotrope separation with ProSimPlus simulation software, using azeotropic distillation to form a heterogeneous binary azeotrope, obtaining pure phenol in the ratification section. According to the results obtained toluene and proved to be very effective for the separation of this system, it is concluded that toluene is very promising for separation of this azeotrope.

Keywords: Azeotropic distillation, phenol-water, toluene and simulation 1 INTRODUÇÃO

O fenol é um composto químico altamente tóxico encontrado em efluentes de variadas indústrias, como em refinarias (6–500 mg/l), processamento de carvão (9–6800 mg/l) e indústrias petroquímicas (2,8–1220 mg/l). Além destas, outras indústrias que geram efluentes que contém fenol são as indústrias farmacêuticas, de plásticos, de tintas e de papel e celulose (0,1–1600 mg/l) (GONZÁLEZ-MUÑOZ et al, 2003).

O fenol é um hidrocarboneto aromático monosubstituído (Figura 1) que, em seu estado puro, existe sob a forma de cristais esbranquiçados ou incolores. O componente puro é misturado à água e vendido comercialmente na forma líquida. O fenol desprende um odor doce irritante detectável para a maioria das pessoas em concentrações de 40 ppb (processo produtivo básico) no ar e entre 1-8 ppm (parte por milhão) na água. É menos volátil que a água e moderadamente solúvel na mesma (EPA, 2006), uma vez que o sistema fenol-água forma um azeótropo a 9,2% em peso de fenol (PINTO et al. 2005).

OH

Figura1 – Fórmula estrutural do fenol

Os fenóis, em certas concentrações, são tóxicos ao homem, aos organismos aquáticos e aos microrganismos que tomam parte dos sistemas de tratamento de esgotos sanitários e de efluentes

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industriais. Em sistemas de lodos ativados, concentrações de fenóis na faixa de 50 a 200 mg/L induzem inibição, sendo que 40 mg/L são suficientes para a inibição da nitrificação. Na digestão anaeróbia, 100 a 200 mg/L de fenóis também provocam inibição. Estudos recentes têm demonstrado que, sob processo de aclimatação, concentrações de fenol superiores a 1000 mg/L podem ser admitidas em sistemas de lodos ativados. Em pesquisas em que o reator biológico foi alimentado com cargas decrescentes de esgoto sanitário e com carga constante de efluente sintético em que o único tipo de substrato orgânico era o fenol puro, conseguiu-se ao final a estabilidade do reator alimentado somente com o efluente sintético contendo 1000 mg/L de fenol (CETESB, 2006).

Nas águas naturais, os padrões para os compostos fenólicos são bastante restritivos. No tratamento da água os fenóis reagem com o cloro livre formando os clorofenóis, dioxinas e furanos, substâncias cancerígenas que produzem sabor e odor na água. Por este motivo, os fenóis constituem-se em padrão de potabilidade, constituem-sendo imposto o limite máximo bastante restritivo de 0,001 mg/L pela Portaria 1469 do Ministério da Saúde. Com o fato do azeótropo fenol-água ser prejudicial a saúde humana e ser um empecilho nas correntes residuais das refinarias e muitos outros processos o trabalho surge com o objetivo de simular a separação deste azeótropo, com o uso do tolueno como solvente.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia para obtenção de dados de equilíbrio líquido-líquido-vapor está baseada no método dinâmico. A formação de azeótropo ocorre em casos especiais em misturas binárias quando, no diagrama Pressão vs. Concentração ou Temperatura vs. Concentração, a curva exibe um ponto de máximo ou de mínimo. Para localizar um ponto de máximo ou mínimo. O princípio do método dinâmico consiste em fluir o solvente no através do azeótropo, fazendo com que tenham maior contato para a água e o fenol se separem e o solvente selecionado não pode forma um azeótropo ternário, esta é uma das principais condições para separação de um azeótropo.

Para a realização desse processo, foi o utilizado software de simulação PROSIMPlus, que fornece a de simulação de processos e serviços de pesquisa nas áreas de petróleo, gás, química, farmácia, energia ou outras indústrias de processo em todo o mundo (PROSIMPlus, 2019). Além de o software ProSimPlus possui toda a funcionalidade necessária para simular e otimizar as diferentes unidades encontradas em uma refinaria de petróleo bruto (gerenciamento de cortes de petróleo, colunas complexas, bombeamento, etc.).

Para uma melhor obtenção dos resultados reais os processos de destilação, assim como processos de extração e adsorção, são caracterizados pelo contato entre duas ou mais fases que inicialmente estão deslocadas do equilíbrio, por isso são necessários o uso de modelo termodinâmicos, cada um especifico para um tipo de separação neste foi utilizado NRTL. De acordo com

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STRANGEVITCH (1997), o modelo de NRTL vem do inglês “nonrandom, two- liquid”, foi proposto por RENON & PRAUSNITZ em 1968, está fundamentado no conceito de composição local, porém pode ser aplicado a sistemas parcialmente miscíveis, o que não é possível para o modelo de Wilson, além disso equação do modelo NRTL pode ser aplicada para misturas contendo água, álcoois, nitritos, aminas, ésteres, cetona, aldeídos, hidrocarbonetos halogenados e hidrocarbonetos, são muito em processos como esses de petróleo.

3 DESCRIÇÃO DA SIMULAÇÃO

Inicialmente para que houvesse a formação do azeótropo, houve a entrada na corrente 2, dos dois componentes fenol e água há 100 Kmol/h com a fração molar de 0,75 água e 0,25 o fenol, para assim ocorra a formação do azeótropo, há 357 K e com a pressão de 1.1 atm. Após a formação do azeótropo, onde o produto obtido foi para a coluna de destilação, onde também foi inserido a quantidade de 90 Kmol/h do solvente tolueno com temperatura de 390K e com a pressão de 1.1 atm. Onde o solvente foi inserido acima do azeótropo na coluna de destilação, e abaixo de alguns pratos do topo da coluna, de forma que uma boa parte concentração do solvente ainda continue nos pratos da coluna.

Na coluna de destilação onde a fenol (componente de maior ponto de ebulição) vai para a seção de decapagem enquanto, a água vai junto com, o arrastador para a seção de retificação. (LANGSTON et al. 2005). O solvente que cai por conta da gravidade e logo entrará em contato, com o vapor que está subindo da parte inferior da coluna, em cada um dos pratos. O vapor que é gerado do fundo da coluna destilação, por conta do refervedor onde o vapor com maior ponto de ebulição, que fornece mais calor ao líquido e sai pelo fundo da pelo fundo da coluna de destilação, enquanto o vapor de menor ponto de ebulição sai no topo da coluna. A corrente do topo alimenta o decantador, como há formação de azeótropo, entretanto este novo azeótropo tolueno e água, foi separado de forma simples por apresentar duas fases. A figura 2 apresenta o fluxograma da separação.

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Figura 2. Simulação da destilação azeotrópica, para separação do fenol-água com o uso do

tolueno como solvente.

4 OTIMIZAÇÃO DA SIMULAÇÃO DO PROCESSO

Na simulação do processo, foram necessários aprimoramentos nos parâmetros para que o processo ocorresse de forma eficiente. Foram necessários, as utilizações de muitos estágios, na coluna de destilação, entretanto no decantador foi muito simples de separar. Na coluna D1 foram necessários 35 estágios para que houvesse a separação do azeótropo. A taxa de refluxo mínima e a taxa de fluxo mínima do solvente foram determinadas para obter o mínimo de aquecimento térmico da nova caldeira. O efeito do fluxo de solvente na taxa de refluxo constante e o efeito combinado do fluxo de solvente e taxa de refluxo na quantidade de clorofórmio na corrente de destilado para o sistema água-fenol-tolueno e o número de bandejas utilizadas em cada alimentação assim como é ilustrado na tabela 1.

Tabela 1 – Parâmetros utilizados para otimização do processo

Parâmetros Coluna de Destilação Decantado r Calor do condensador (Kcal/h) 27 - Calor do trocador de calor (Kcal/h) 80 - Local da bandeja de alimentação 25 - Local da alimentação do solvente 7 - Taxa de refluxo 0,95 -

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5 RESULTADOS

Pelos resultados obtidos na Tabela 2 através do ProSimPlus, é possível verificar quebra do azeótropo, quando foi obtido uma fração molar de 0,944 de fenol, no fundo da coluna de destilação e com fração molar de 0,047 de água no fundo e o restante do solvente, mostrando que o solvente foi muito eficaz, arrastando a água em grandes quantidades para o topo com uma pequena fração de fenol.

Tabela 2 – Fração dos componentes nas correntes

Componentes Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3 Corrente 4 Corrente 5 Corrente 6 Corrente 7 Àgua 0 0,75 0,047 0,453 0,962 0,0023 0,00001 Fenol 0 0,25 0,944 0,0225 0,007 0,0001 0,00001 Tolueno 1 0 0,009 0,5245 0,031 0,9963 0,99998

O objetivo de especificar os resultados encontrados, foi para mostrar as frações molares dos componentes nas correntes, como está apresentado na Tabela 2, e garantir a obtenção de produtos com alta pureza e a minimização de poluentes, tanto nos processos industriais quanto para a saúde humana.

Analisando os resultados simulados mostra que o tolueno facilitou para uma maior capacidade de remoção da água, visto que a interação da mistura favorece a estabilidade das fases orgânica e aquosa. Essa interação entre o solvente permite que o dessecante tenha maior eficiência no processo para uma melhor a separação das fases aquosas e orgânicas. De acordo com o mapa de curvas residuais do sistema heterogêneo formado pela mistura fenol- água- tolueno apresenta duas regiões separadas por uma fronteira de destilação. Esta fronteira é atravessada devido à separação das fases líquidas, podendo assim obter os três produtos puros através de um processo de destilação tal como é apresentado na figura 3.

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Figura 3. Mapa de curva residual do sistema ternário água-fenol-tolueno.

6 CONCLUSÕES

Pelos resultados obtidos para o sistema heterogêneo fenol- água- tolueno, conclui-se que o Software ProsimPlus elaborado neste trabalho é eficiente para o cálculo do equilíbrio líquido- líquido- vapor, com o auxilio do modelo termodinâmico NRTL foi preciso em fornecer dados reais.

O processo de destilação azeotrópico heterogêneo, além se ser economicamente vantajoso em comparação com a destilação extrativa que necessita de duas colunas de destilação aumentando bastante o consumo energético em comparação com a azeotrópica, além de ser uma forma eficiente de atravessar a fronteira de destilação de um mapa de curvas residuais.

A análise dos resultados obtidos na simulação do processo de remoção de água do fenol, o solvente demonstrou confiabilidade suficiente para usar o tolueno como solvente que teve maior interação com a água, que o fenol, assim podendo ser separado sem dificuldade podendo ser ampliada e de forma significativa otimizada para uso grandes indústrias, para melhor obtenção dos subprodutos das refinarias e muitos processos.

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REFERÊNCIAS

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Expression for the Excess Gibbs Energy of Partly or Completely Miscible Systems. AIChe

Journal, v.21, n.1, p.116-128, 1975.

CETESB. Variáveis de qualidade das águas <http://www. cetesb.sp.gov.br /Agua/rios/ variaveis.asp#fenois>. Acesso em 05 de novembro de 2019.

EPA - U.S. Environmental Protection Agency. Toxicological review of phenol < http://www.epa.gov/IRIS/toxreviews/0088-tr.pdf >. Acesso em 20 de outubro de 2019.

GONZALEZ, J.R.A.; MACEDO, E. A.; SOARES, M.E.; MEDINA, A.G. Liquid-liquid

equilibria for ternary systems of water-phenol and solvents: data and representation with models.

Fluid Phase Equilibria, v. 26, p. 289-302, 1986.

GONZÁLEZ-MUÑOZ, M.J.; LUQUE, S.; ÁLVAREZ, J.R.; COCA, J. Recovery of phenol

from aqueous solutions using hollow fibre contactors. Journal of Membrane Science, v. 213, p. 181-193, 2003.

LANGSTON, P.; NIDAL, H.; SHINGFIELD, S.; WEBB, S.; Simulation and Optimisation of

Extractive Distillation with Water as Solvent, Chemical Engineering and Processing: Process Intensification., 44(3), 345–51 (2007).

PINTO, R.T.P.; LINTOMEN, L.; LUZ JR,.L.F.L.; WOLF-MACIEL, M.R. Strategies for recovering phenol from wastewater: thermodynamic evaluation and environmental concerns.

Fluid Phase Equilibria, v. 228-229, p. 447-457, 2005.

PROSIMPlus. http://www.prosim.net/fr/logiciels-prosimplus-simulation-optimisation-des- procedes-industriels-continus-1.php. Acesso em 20 de dezembro de 2019

RENON, H.; PRAUNITZ, J. M. Local Compositions in Thermodynamic Excess Functions for Liquid Mixtures. AIChE Journal, v.14, p.135-&, 1968

SMITH, J.M.; VAN NESS, H.C.; ABBOTT, M.M. Introdução à Termodinâmica da Engenharia

Química. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

STRAGEVITCH, L.; dÁVILA, S.G. Application of a generalized maximum likelihood method

in the reduction of multicomponent liquid-liquid equilibrium data. Brazilian Journal of Chemical

Imagem

Figura 2. Simulação da destilação azeotrópica, para separação do fenol-água com o uso do  tolueno como solvente.
Tabela 2 – Fração dos componentes nas correntes
Figura 3. Mapa de curva residual do sistema ternário água-fenol-tolueno.

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