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Perfil da assistência de enfermagem prestada a pacientes oncológicos, na percepção dos acompanhantes / Profile of nursing care provided to oncological patients in the perception of accompanyers

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 54073-54084 jul. 2020. ISSN 2525-8761

Perfil da assistência de enfermagem prestada a pacientes oncológicos, na

percepção dos acompanhantes

Profile of nursing care provided to oncological patients in the perception of

accompanyers

DOI:10.34117/bjdv6n7-888

Recebimento dos originais: 03/06/2020 Aceitação para publicação: 31/07/2020

Valderice Maria Falcão Bacharel em enfermagem

Instituição: centro universitário do vale do Ipojuca-UNIFAVUP/WYDEN Endereço: Av. Adjar da Silva Casé, 800 - Indianópolis, Caruaru - PE, 55024-740

Simone Patricia Meneses de Melo Santos Bacharel em enfermagem

Instituição: centro universitário do vale do Ipojuca-UNIFAVUP/WYDEN Endereço: Av. Adjar da Silva Casé, 800 - Indianópolis, Caruaru - PE, 55024-740

Michael Gabriel Agustinho Barbosa Acadêmico de biomedicina

Instituição: centro universitário do vale do Ipojuca-UNIFAVUP/WYDEN Endereço: Av. Adjar da Silva Casé, 800 - Indianópolis, Caruaru - PE, 55024-740

E-mail: michaelgabrielscc1210@hotmail.com Marina Maria da Silva

Bacharel em enfermagem

Instituição: centro universitário do vale do Ipojuca-UNIFAVUP/WYDEN Endereço: Av. Adjar da Silva Casé, 800 - Indianópolis, Caruaru - PE, 55024-740

E-mail: Marinasilva232@icloud.com Severina Rodrigues de Oliveira Lins

Doutora em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco

Pós-Doutora em Agronomia/Fitotecnia na área de Controle da Qualidade de Sementes, pela UFLA Instituição: centro universitário do vale do Ipojuca-UNIFAVUP/WYDEN

Endereço: Av. Adjar da Silva Casé, 800 - Indianópolis, Caruaru - PE, 55024-740 E-mail: linsnina@hotmail.com

RESUMO

O enfermeiro que atua nas unidades de estratégia de saúde da família tem posição de relevância, por desenvolverem um papel proativo em suas atividades. Por esses motivos ganham destaque como o profissional mais preparado e disponível para apoiar e orientar o paciente e a família na vivência do processo de doença, tratamento e reabilitação. O tratamento humanizado ao paciente oncológico não se aplica somente à doença, mas sim ao estado geral da pessoa que está sofrendo. Para sua eficácia é necessário, o interesse, competência e o diálogo do profissional, com o paciente e seus familiares. Finalizou-se, com esta pesquisa, traçar um perfil da equipe de enfermagem do ponto de

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vista do acompanhante de pacientes oncológicos, identificar como se dá sua prática e a satisfação dessa assistência, com o intuito de proporcionar a reflexão dos profissionais da área em relação a sua atuação diária e contribuir para o aperfeiçoamento da assistência da equipe ao paciente oncológico. As informações foram obtidas por meio de um questionário individual composto por 21 questões com perguntas claras e objetivas, elaborados pelas próprias pesquisadoras, abordando idade, sexo, grau de parentesco e questões acerca da assistência de enfermagem prestada aos pacientes acompanhados. Os resultados comprovam que os acompanhantes reconhecem a importância da equipe de enfermagem, ressaltando o bom acolhimento e orientação na atenção quanto opinião do acompanhante e do paciente. Os participantes da pesquisa concordam que a equipe de enfermagem proporciona segurança e confiança frente à assistência fornecida. Referem, ainda, que os itens imprescindíveis que devem ser considerados pela equipe são a humanização e a comunicação.

Palavras-chave: Oncologia, Relações Familiares, Profissionais de Enfermagem. ABSTRACT

The nurse who works in the family health strategy units has a relevant position, for developing a proactive role in their activities. For these reasons they gain prominence as the most prepared and available professional to support and guide the patient and family in the experience of the disease process, treatment and rehabilitation. Humanized treatment of the oncologic patient does not apply only to the disease, but to the general condition of the person who is suffering. For its effectiveness is necessary the interest, competence and dialogue of the professional, with the patient and their relatives. With this research, it was concluded to draw a profile of the nursing team from the point of view of the oncologic patient's companion, to identify how its practice is given and the satisfaction of this assistance, in order to provide the reflection of the professionals in the area regarding their daily performance and contribute to the improvement of the team's assistance to the oncologic patient. Information was obtained through an individual questionnaire composed of 21 questions with clear and objective questions, prepared by the researchers themselves, approaching age, gender, degree of kinship and questions about nursing care provided to the patients. The results prove that companions recognize the importance of the nursing team, emphasizing the good reception and guidance in the attention as to the opinion of the companion and the patient. The survey participants agree that the nursing team provides safety and confidence in the assistance provided. They also refer that the essential items that must be considered by the team are humanization and communication.

Keywords: Oncology, Family Relationships, Nursing Professionals. 1 INTRODUÇÃO

O câncer é uma patologia gerada pelo crescimento irregular e desenfreado das células que afetam pessoas de todas as idades, sexos, situações financeiras e/ou cultural, é uma das principais causas de morte, provocando um embate psicológico considerável. Subdivide-se velozmente, com características destrutivas e incontroláveis, causando à formação de tumores malignos, que conseguem alastrar-se para outras regiões do corpo. Sua etiologia é diversa, podendo ser resultante de causas externas e internas ao organismo ou correlacionadas (SOUZA; SANTO, 2012).

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O Instituto Nacional do Câncer (INCA) alega que os fatores de risco de câncer, numa estipulada população, resultem justamente das características biológicas e de conduta dos sujeitos que a constituem, assim como das condições sociais, políticas e econômicas que envolvem essas pessoas (MUNIZ; ZAGO, 2014).

Segundo Souza e Santo (2012), é uma patologia difícil, que pode ser de extensa duração e que implica consideravelmente na vida dos sujeitos em proporções biológicas, sociais e afetivas, requerendo assistência qualificada e multiprofissional.

Atualmente, vem se revelando como uma das principais causas de mortalidade no mundo, despertando cuidado por parte dos responsáveis pela saúde no sentido de atenuar o sofrimento, uma vez que, mesmo havendo cura para várias ocorrências, a taxa de mortalidade é abundante. Nos países em crescimento, os casos são identificados em estágios adiantados e, portanto, a sobrevivência é menor, enquanto nos países desenvolvidos, a maioria é diagnosticados após cinco anos. A média universal considerada é de 49%. É uma disfunção com expectativa de cura, na improbabilidade desta. É provável a implantação de cuidados que se destinam a minimizar o sofrimento dos doentes e de suas famílias (ARAÚJO et al., 2010).

O câncer sensibiliza de forma significativa a pessoa e tais alterações físicas e psíquicas resultantes da doença, provocam alterações graves, levando-a a renunciar o convívio pessoal e suspender projetos de vida. No estágio evoluído, os enfermos reclamam de dor moderada a grave, suficiente para diminuir seus afazeres e requerer medicações, sendo a dor complementar ao progresso da doença (SILVA, 2013).

O paciente com câncer tem o direito de contar com uma extensa estrutura de apoio para confrontar as diferentes fases do processo. Requer grandes cuidados, solicitando da equipe de enfermagem conhecimento, instrução científica e práticas referentes ao reconhecimento de vestígios e sintomas subjetivos exclusivos destes pacientes (SOUZA; VALADARES, 2013).

O cliente oncológico sofre absolutas mudanças em suas relações sociais, familiares e consigo mesmo, logo, é indispensável que haja assistência humanizada e preparada para enxergar além do paciente que sofre, mas que não perdeu sua natureza. A assistência de enfermagem para clientes com câncer precisa ser realizada com cuidado, com afetuosidade e comprometimento em assistir nas transformações as novas condições de vida (ARAÚJO et al., 2010).

Os cuidados de enfermagem ao cliente com câncer precisam ser específicos, pois cada etapa da doença manifesta alterações fisiológicas e psíquicas. O enfermo está debilitado e com uma concepção de vida encolhida. Por esse motivo o enfermeiro deve favorecer uma maior aproximação a esse enfermo, para reconhecer suas necessidades e oportunizar, melhor qualidade de vida. Nessa

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perspectiva, é viável se perceber a importância do enfermeiro para a administração do medo, da debilidade, das angústias e dos obstáculos encontrados na experiência da internação por meio da assistência de enfermagem gerando suporte psicossocial, oferecendo conforto e cuidados essenciais para este cenário (MUNIZ; ZAGO, 2014).

Junto ao paciente está o acompanhante, geralmente representado por um familiar, o qual proporciona suporte no enfrentamento à doença e ao tratamento, tornando-se essencial na assistência e na colaboração com a equipe. Contudo, tanto o acompanhante quanto o enfermo acompanhado estão estabelecidos numa nova realidade, longe do lar, assim, sentem-se desprotegidos, necessitando, também, da atenção dos profissionais de saúde (BATISTA; MATTOS; SILVA, 2015; LIMA et al., 2012; SOUZA et al., 2016).

Nesse sentido o objetivo deste estudo foi de traçar um perfil da equipe de enfermagem do ponto de vista do acompanhante dos pacientes oncológicos, identificando como se dá sua prática e a satisfação dessa assistência, com o intuito de proporcionar a reflexão dos profissionais da área em relação a sua atuação diária e contribuir para o aperfeiçoamento da assistência da equipe ao paciente oncológico.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo descritivo, transversal de abordagem quantitativa, realizada em um Hospital da cidade de Caruaru, no Estado de Pernambuco. A amostra foi composta por 50 acompanhantes de pacientes oncológicos. Utilizou-se como critério de inclusão acompanhantes identificados como “cuidador informal”, ou seja, prestador de cuidados não técnicos e não remunerados; acompanhantes, parentes do paciente oncológico e que concordaram em participar do estudo, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido-TCLE. Foram excluídos da pesquisa acompanhantes analfabetos. As informações foram obtidas por meio de um questionário individual composto por 21 questões com perguntas claras e objetivas, elaborados pelas próprias pesquisadoras, abordando idade, sexo, grau de parentesco e questões acerca da assistência de enfermagem prestada aos pacientes acompanhados.

Os dados coletados foram tabulados por meio do programa StatisticalPackage for the Social

Sciences (SPSS) para Windows versão 11.0 e foi utilizado o programa Microsoft Excel. Os

resultados foram compartilhados em tabelas figuras. A pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do UNIFAVIP/Devry, conforme o parecer consubstanciado de número 2.064.508.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 54073-54084 jul. 2020. ISSN 2525-8761 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foi avaliada uma amostra de 50 acompanhantes de pacientes oncológicos (Tabela 1). Entre os entrevistados, em relação à idade, verificou-se que 38% (n=19) tem idade entre 19 a 29 anos e 62% (n=31), encontra-se na faixa etária acima de 30 anos, sendo constatada também uma predominância do sexo feminino 62% (n=31). Corroborando com este estudo, uma pesquisa realizada por Pinheiro et al. (2016) em Maceió acerca da perspectiva do familiar cuidador frente aos cuidados paliativos prestados aos pacientes oncológicos, evidenciou em sua amostra que 67% era também do sexo feminino. Oposto a estes dados, foi encontrada em uma pesquisa realizada em um ambulatório de oncologia de um hospital universitário do município de Recife, através de uma amostra de 25 acompanhantes, que a maioria dos entrevistados foi do sexo masculino 52% (n=13) (ARRUDA; PAULA; SILVA, 2009).

Em relação ao grau de parentesco 46% (n=23) são filhos (a) e 22% (n=11) esposo (a). Estudo realizado com familiares de pacientes oncológicos em uma instituição filantrópica do Paraná, os graus de parentesco destes familiares pesquisados também foram de primeiro grau, esposos e filhos (WAKIUCHI et al., 2017). De acordo com Sampaio et al. (2009), a mulher é essencialmente associada a maior atuação no meio familiar.

Tabela 1- Distribuição dos acompanhantes dos pacientes oncológicos pesquisados, segundo dados sociodemográficos e grau de parentescos (n= 50), Caruaru, 2017.

Variáveis % Idade De 19 a 29 anos 19 38,0 De 30 a 39 anos 6 12,0 De 40 a 49 anos 11 22,0 De 50 a 59 anos 6 12,0 De 60 a 75 anos 8 16,0 Sexo Masculino 19 38,0 Feminino 31 62,0 Grau de Parentesco Pai 2 4,0 Mãe 2 4,0 Esposo (a) 11 22,0 Filho (a) 23 46,0 Irmão (a) 5 10,0 Neto (a) 1 2,0 Outros 6 12,0

Fonte: dados da pesquisa.

Quando analisados os dados pertinentes a assistência da equipe de enfermagem na percepção dos acompanhantes (Tabela 2), 100% (n=50) dos entrevistados afirmaram que a conduta da equipe é calma e cuidadosa. Acalma que devem ser proporcionadas aos pacientes e seus acompanhantes,

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devem ser construídos através do vínculo entre os mesmos com a equipe, o qual deve ser efetivado pelos profissionais a partir do reconhecimento da complexidade e dimensões clínicas, psicológicas, espirituais, econômicas e sociais relacionadas aos problemas decorrentes da enfermidade e do tratamento oncológico (STÜBE et al., 2015).

Dentre os acompanhantes participantes que foram avaliados, 86% (n=43), alegaram que recebem orientação da equipe de enfermagem de como agir frente a efeitos colaterais da quimioterapia. Quanto às orientações disponibilizadas pela equipe frente ao tratamento quimioterápico, Sampaio et al. (2014) e Souza et al., (2012) afirmam que, os acompanhantes e pacientes que forem adequadamente orientados pela equipe de enfermagem podem reduzir os níveis de ansiedade comparado a grupos que não receberam tais informações, resultando na intensificação da apreensão.

Stübe et al. (2015) reforçam, que é importante os profissionais realizarem o fornecimento de orientações com o intuito de diminuir os anseios e a insegurança sobre este procedimento, deixando os acompanhantes e pacientes mais confiantes e seguros. De acordo com Villa et al. (2017) a desinformação e a insegurança são significativas geradoras de ansiedade, ocasionando o medo.

Ainda de acordo com a tabela 2, quando questionados sobre assistência prestada pela equipe de enfermagem, 88% (n=44) alegaram que os referidos profissionais passam confiança e segurança, 86% (n= 43) tiram dúvidas, 100% (n=50) orientam sobre os procedimentos a serem realizados, 94% (n=47) mantém a privacidade do paciente durante os procedimentos. Em relação se durante o procedimento de quimioterapia é proporcionado conforto, 100% (n=50), afirmaram que sim. É importante que as ações e procedimentos realizados pelos profissionais seja explicado, pois muitos dos procedimentos são invasivos e dolorosos (ALMEIDA et al., 2016).

Como observado ainda na tabela 2, 92% (n=46) são orientados quanto aos cuidados básicos para com o paciente, 96% (n=48) referiram que são reconhecidos como importante para o tratamento do paciente, 100% (n=50), mantém um bom relacionamento com esses profissionais e como também com o paciente, 100% (n=50) possibilitam uma assistência com empatia, atenção e respeito, 88% (n=44) e declararam que a sua opinião e a do paciente são ouvidas pela equipe de enfermagem.

Wakiuchi et al. (2017), ressaltam que, os profissionais atuantes precisam estabelecer com os acompanhantes e enfermos um bom relacionamento, baseados em empatia, confiança e segurança, tendo em vista o momento de fragilidade em que se encontram. A demonstração de estima e dedicação, ser capaz de ouvir, conversar e compreender, proporcionar apoio e esclarecer dúvidas, propicia efeitos positivos durante o tratamento do câncer (STÜBE et al., 2015)

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Conforme resultados apresentados foram evidenciados ainda que, em relação à percepção dos acompanhantes dos pacientes oncológicos sobre a assistência prestada pela equipe de enfermagem, 70% (n=35) quando indagados se a assistência é realizada com frieza e indiferença, afirmaram que não; enquanto que, 100% (n=50) alegaram que nos momentos de sensibilidade e fragilidade foram acolhidos, 100% (n=50) não temem realizar perguntas e retirar dúvidas com a equipe e que 100% (n=50) dos entrevistados mostraram que a equipe de enfermagem estimula aos mesmos a realizarem o autocuidado. Todos também afirmaram que não sofrem nenhum tipo de descriminação.

Além das medidas que devem ser tomadas pelos profissionais acerca da instrução, é necessário que reconheçam a importância do familiar acompanhante, inseridos como cuidadores informais, porém que estão também comprometidos para dar suporte ao tratamento do acompanhado, bem como são responsáveis por informar os outros integrantes da família (WAKIUCHI et al., 2017).

No tocante se assistência de enfermagem é modificada nos casos de agravamento do quadro clínico do paciente, 74% (n=37) declararam que não. A maioria dos participantes, 80% (n=40), asseguram existir o cuidado da enfermagem em relação a seus aspectos emocionais e aos familiares do acompanhado.

Tendo em vista, que o contexto familiar é imprescindível para promover apoio, estabilidade emocional e motivação do doente é essencial que os profissionais valorizem o contexto familiar, promovendo assim um tratamento adequado e eficaz ao doente (SOUZA et al., 2012).

Tabela 2: Avaliação da assistência da equipe de enfermagem na percepção dos acompanhantes dos pacientes oncológicos, Caruaru, 2017.

Variável N %

A conduta durante o tratamento é calma e cuidadosa

Sim 50 100

Não 0 0

Recebe orientação de como agir frente a efeitos colaterais da quimioterapia

Sim 43 86,0

Não 7 14,0

A assistência proporcionada passa confiança e segurança

Sim 44 88,0

Não 6 12,0

A equipe tira dúvidas

Sim 43 86,0

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Explica os procedimentos que serão realizados

Sim 50 100

Não 0 0

Mantém a privacidade do paciente

Sim 47 94,0

Não 3 6,0

Deixa confortável durante o procedimento de quimioterapia

Sim 50 100

Não 0 0

Lhe orienta quanto aos cuidados básicos com o paciente

Sim 46 92,0

Não 4 8,0

Reconhece que você é importante no tratamento do paciente

Sim 48 96,0

Não 2 4,0

Tem um bom relacionamento com você e com o paciente

Sim 50 100

Não 0 0

A assistência é prestada com empatia, atenção e respeito

Sim 50 100

Não 0 0

A opinião do acompanhante e do paciente são ouvidas

Sim 44 88,0

Não 6 12,0

A assistência é realizada com frieza e indiferença

Sim 15 30,0

Não 35 70,0

Nos momentos de sensibilidade vocês foram acolhidos

Sim 50 100

Não 0 0

Você e o paciente tem medo de fazer perguntas à equipe

Sim 0 0

Não 50 100

A equipe estimula o paciente a realizar o autocuidado

Sim 50 100

Não 0 0

Você e seu paciente sofreram algum tipo de descriminação

Sim 0 0

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Você percebe mudança na assistência quando ocorre agravamento no quadro clínico do paciente

Sim 13 26,0

Não 37 74,0

A equipe realiza cuidados em relação aos aspectos emocionais com pacientes e familiares

Sim 40 80,0

Não 10 20,0

Fonte: dados da pesquisa.

Na figura 1 observa-se a percepção dos acompanhantes dos pacientes oncológicos quanto aos itens que necessitam ser considerados pela equipe de enfermagem durante ao acompanhamento do paciente oncológico, 46% (n=23), na visão dos acompanhantes, para uma assistência adequada é importante que haja mais humanização e 42% (n=21) acreditam que é importante à existência da comunicação. Humanizar é cuidar, acolher, realizar a assistência com amor, afeto e empatia e envolver o familiar nos cuidados (FERREIRA et al., 2015).

Em uma pesquisa realizada por Villa et al. (2017) constatou-se que os acompanhantes consideram uma assistência humanizada, aquela proporcionada com carinho e atenção pelo profissional. Destacaram também a importância em estabelecer um relacionamento de confiança entre a tríade equipe-paciente-familiares. Souza et al. (2012) acrescenta a importância da comunicação para essa abordagem.

Villa et al. (2017) complementaram ainda que há grande relevância acerca da comunicação como uma prática estratégica, através da escuta compreensiva, otimizando as informações e orientações entre os profissionais da própria equipe de saúde e desta com os acompanhantes e familiares.

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Figura 1- Percepção dos acompanhantes dos pacientes oncológicos (n=50) quanto aos itens que necessitam ser considerados pela equipe de enfermagem durante ao acompanhamento do paciente oncológico, Caruaru, 2017.

Para que exista satisfação acerca da assistência recebida, torna-se evidente que é necessário um cuidado que contemple além das necessidades terapêuticas e espirituais do paciente, pois é importante que ofereça também apoio aos acompanhantes, existindo troca de emoções, comunicação e veracidade nas informações e orientações apresentadas pelos profissionais (SALES et al., 2012; STUMM; LEITE; MASCHITO, 2008).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O diagnóstico oncológico é algo que deixa a família e o paciente com um sentimento de choque, o que resultam em um esgotamento físico maior. De acordo com os resultados obtidos nesta pesquisa, o ambiente hospitalar é estressante por possuir regras que muita das vezes os familiares não estão acostumados e isso pode os intimidar fazendo-os a privacidade, o que revela em um sentimento de insegurança.

Tendo em vista os resultados deste estudo pode-se perceber que os acompanhantes reconhecem a importância da equipe de enfermagem, relatam que esta orienta, retira dúvidas, acolhe e ouve sua opinião e a do paciente, proporcionando segurança e confiança frente à assistência fornecida. Referem, ainda, que os itens imprescindíveis que devem ser considerados pela equipe são a humanização e a comunicação.

É fundamental a realização de outras pesquisas, visando melhorar o conhecimento frente a este processo de mudança vivido pelo cuidador acompanhante, considerando que este também necessita de cuidados da equipe multiprofissional da unidade de saúde.

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Tabela 1- Distribuição dos acompanhantes dos pacientes oncológicos pesquisados, segundo dados sociodemográficos  e grau de parentescos (n= 50), Caruaru, 2017
Tabela  2: Avaliação da assistência da equipe de enfermagem na percepção dos acompanhantes dos pacientes  oncológicos, Caruaru, 2017
Figura 1-  Percepção dos acompanhantes dos pacientes oncológicos (n=50) quanto aos  itens que necessitam ser  considerados pela equipe de enfermagem durante ao acompanhamento do paciente oncológico, Caruaru, 2017

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