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Controle químico associado à roçada de soqueiras do algodoeiro / Chemical control associated to mowing of cotton stalks

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Academic year: 2020

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Controle químico associado à roçada de soqueiras do algodoeiro

Chemical control associated to mowing of cotton stalks

DOI:10.34117/bjdv6n3-459

Recebimento dos originais: 11/02/2020 Aceitação para publicação: 30/03/2020

Alessandra Constantin Francischini

Doutora em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá Instituição: Sumitomo Chemical Latin America

Endereço:Av. Paulista, 854 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01310-100, Brasil E-mail:aleconstantin@hotmail.com

Jamil Constantin

Doutor em Agronomiapela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Instituição: Universidade Estadual de Maringá

Endereço:PGA/UEM, J45 - Av. Colombo, 5790 - 2° Piso - Zona 7, Maringá - PR, 87020-900, Brasil

E-mail:constantin@teracom.com.br

Willian Daróz Matte

Doutorando em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá Instituição: Universidade Estadual de Maringá

Endereço:PGA/UEM, J45 - Av. Colombo, 5790 - 2° Piso - Zona 7, Maringá - PR, 87020-900, Brasil

E-mail:willianmatte@hotmail.com

Rubem Silvério de Oliveira Jr.

Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa Instituição: Universidade Estadual de Maringá

Endereço:PGA/UEM, J45 - Av. Colombo, 5790 - 2° Piso - Zona 7, Maringá - PR, 87020-900, Brasil

E-mail:rsojunior@uem.br

Rafael Romero Mendes

Doutorando em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá Instituição: Universidade Estadual de Maringá

Endereço:PGA/UEM, J45 - Av. Colombo, 5790 - 2° Piso - Zona 7, Maringá - PR, 87020-900, Brasil

E-mail:rafaromero.mendes@gmail.com

Fellipe Goulart Machado

Doutorando em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá Instituição: Universidade Estadual de Maringá

Endereço:PGA/UEM, J45 - Av. Colombo, 5790 - 2° Piso - Zona 7, Maringá - PR, 87020-900, Brasil

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Vanessa Francieli Vital Silva

Doutoranda em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá Instituição: Universidade Estadual de Maringá

Endereço:PGA/UEM, J45 - Av. Colombo, 5790 - 2° Piso - Zona 7, Maringá - PR, 87020-900, Brasil

E-mail:vfvitalsilva@gmail.com

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo avaliar potenciais tratamentos herbicidas associados ao controle mecânico no controle das soqueiras do algodoeiro. O experimento foi conduzido à campo no período de agosto a dezembro de 2013, e instalado ao final do ciclo de desenvolvimento da cultura do algodão em esquema fatorial (28x2) com parcelas subdivididas, no delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. O fator analisado na parcela foi constituído pelos tratamentos herbicidas e o fator analisado na subparcela foi o número de aplicaçõesdos tratamentos (uma ou duas aplicações sequenciais). As variáveis avaliadas foram a porcentagem de controle visual, o número de plantas rebrotadas e o tamanho médio do rebrote. Apenas uma aplicação dos tratamentos herbicidas não promoveu controle satisfatório das soqueiras do algodoeiro. Os tratamentos 2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr], glyphosate + saflufenacil + fluroxypyr e glyphosate + dicamba + saflufenacil, promoveramo controle total das soqueiras (100%) aos 21 dias após a aplicação sequencial e não apresentaram plantas rebrotadas até a última data de avaliação, sendo, portanto, os tratamentos mais eficientes no controle de soqueiras do algodoeiro.

Palavras-chave: vazio sanitário; entressafra; controle mecânico; herbicidas

ABSTRACT

The objective of this work was to evaluate potential management strategies for control cotton stalks using herbicide treatments associated to mowing. The experiment was conducted in the field from August to December 2013, installed at the end of the development cycle of the cotton crop in a factorial scheme (28x2) with subplots, in a randomized complete block design with four replications (one or two sequential application). The factor analyzed in the plot was constituted by herbicide treatments and the factor analyzed in the subplots was the number of applications of the treatments after the mechanical control. The evaluated variables were the percentage of visual control, the number of regrown plants and the size average of the regrowth. Only one application of the herbicide treatments did not promote satisfactory control of the cotton stalks. The treatments with 2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic + imazapyr], glyphosate + saflufenacil + fluroxypyr and glyphosate + dicamba + saflufenacil, promoted total control of the cotton stalks (100%) at 21 days after sequential application and did not present regrowth plants until the last evaluation date, and were, therefore, the most efficient treatments to control cotton stalks.

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1 INTRODUÇÃO

O algodoeiro (Gossypiumhirsutum L.) é afetado por diversas doenças e insetos-praga, o que exige dos cotonicultores a adoção de estratégias de controle para garantir a produção do algodão de forma economicamente viável. Dentre os insetos-praga, destaca-se o bicudo-do-algodoeiro, Anthonomusgrandis Boheman (Coleoptera, Curculionidae), responsável por ocasionar severas perdas à produção, tanto diretas quanto indiretas, ocasionando danos à estrutura social, financeira e econômica das regiões produtoras (SILVA; RAMALHO, 2013).

A destruição dos restos culturais do algodoeiro após a colheita é prática recomendada e suportada por Lei como medida profilática em todos os Estados produtores desta cultura no Brasil (ALMEIDA et al., 2008), de forma a reduzir a população de insetos-praga e de inóculos de doenças que podem permanecer alojados nos restos culturais e plantas de algodoeiro remanescentes (GRIGOLLI et al., 2015; SANTOS, 2015).Existem estudos que demonstram que a prática do vazio sanitário possibilita a redução de mais de 70% dos insetos que estariam em quiescência no campo (SOARES et al., 1994). Sem este período livre de plantas hospedeiras na entressafra, estes insetos e patógenos sobreviveriam e, consequentemente, infestariam a cultura subsequente precocemente na safra seguinte.

A prática da destruição das soqueiras do algodoeiro era geralmente realizada de forma mecânica com auxílio de arado e grade aradora, promovendo a trituração dos tecidos vegetais (BIANCHINI; BORGES, 2013; RIBEIRO et al., 2015). Entretanto, com o desenvolvimento de práticas agrícolas visando à conservação dos solos - como, por exemplo, o Plantio Direto - métodos alternativos de controle, como a roçada mecânica e a aplicação de herbicidas, passaram a ser necessários.

Vários são os fatores que interferem na eficácia dos sistemas de manejo para a destruição das soqueiras do algodoeiro, como exemplo o mecanismo de ação do herbicida utilizado, a época de aplicação, as condições climáticas e a adoção de outros métodos de controle visando ao manejo integrado e às boas práticas culturais. Um dos fatores que afetam este processo é o período de seca que coincide com o período do vazio sanitário, o que dificulta a utilização de tratamentos herbicidas devido à limitada absorção e translocação (PEREGOY et al., 1990). Da mesma maneira, apenas o manejo mecânico com a roçada não é eficiente para o controle das soqueirasdevido a capacidade de rebrote do algodoeiro.

A associação entre métodos químicos e mecânicos de controle nestas condições pode promover uma absorção traumática do herbicida nas plantas roçadas, e assim, promover controle mais eficiente destas plantas. Entretanto, ainda há poucos estudos realizados nesta área visando identificar métodos de manejo e tratamentos herbicidas que sejam eficazes no controledas soqueiras do algodoeiro após a colheita, visando ao cumprimento e manutenção do vazio sanitário.

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Por esta razão, o objetivo deste trabalho foi avaliar tratamentos herbicidas que, associados ao controle mecânico com roçada, sejam capazes de promover não só o controle eficiente da soqueira do algodoeiro mas também a inibição do rebrote.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido à campo no período de agosto a dezembro de 2013. O clima da região é classificado como Cfa e os dados pluviométricos e de temperatura média máxima no período do experimento encontram-se na Figura 1.

Figura 1. Dados pluviométricos e de temperatura média máxima do período de permanência dos

experimentos no campo. Santo Antônio de Posse, SP, 2013.

O solo presente na área apresentava textura argilo-arenosa. Foram coletadas amostras a uma profundidade de 0 a 20 cm, e estas foram submetidas à análise para determinar as características químicas e granulométricas. Os resultados das análises das amostras de solos apresentaram as seguintes características: pH em CaCl2 de 5,8; 22mmolc dm-3 de H++Al+3; 43,3 mg dm-3 de P; 54mmolc dm-3 de Ca+2; 26,5 mmolc dm-3 de Mg+2; 2 mmolc dm-3 de K+; 24 g dm-3 de M.O.; 14% de areia grossa; 38% de areia fina; 6% de silte; e 42% de argila.

O solo foi preparado no sistema convencional, usando aração e gradagem, sendo a semeadura realizada no dia 28/02/2013 com a cultivar Fiber Max 966 LL, resistente ao herbicida glufosinato de amônio, a uma densidade de seis sementes por metro e espaçamento de 0,8 m entre as linhas de semeadura, proporcionando população de 75 mil plantas por hectare. Na adubação de semeadura utilizou-se 400 kg ha-1 da formulação 06-30-24 (N, P2O5, K2O). No dia 17/07/2013, 10 dias antes da colheita do algodão, foi realizada a aplicação de 0,5 L ha-1 do desfolhante Dropp Ultra SC

156 86 212 58 68 84 37 10 35 35 88 120 0 5 10 15 20 25 30 0 50 100 150 200 250 T em pe ra tur a m édi a m áxi m a (° C) P re ci pi ta çã o a cum ul ada ( m m )

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([Tiazurom 120 g L-1+ Diuron 60 g L-1] + 0,5% de Dash v v-1) em todas as parcelas experimentais. No dia 27/07/2013 foi realizada a colheita manual do algodão.

O experimento foi instalado ao final do ciclo de desenvolvimento da cultura do algodão em esquema fatorial (28x2) com parcelas subdivididas, no delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. O fator analisado na parcela foi constituído pelostratamentos herbicidas (Tabela 1) e o fator analisado na subparcela foi o número de aplicações (única ou sequencial)dos tratamentos. As parcelas experimentais apresentavam área total de 16 m2 e a subparcelade 8 m2. As áreas úteis das subparcelasforam compostas por duas linhas centrais (1,6 m) por 2 m de comprimento, totalizando 3,2 m2.

Tabela 1. Tratamentos herbicidas associados ao controle mecânico das soqueiras do algodoeiro.

Tratamentos Dose (g i.a. ou e.a. ha-1) Aplicação A e B T1 2,4-D 1340 T2 2,4-D + glyphosate 1340 + 720 T3 2,4-D + saflufenacil 1340 + 150 T4 2,4-D + [imazapic+imazapyr] 1340 + 150 T5 2,4-D + glyphosate + saflufenacil 1340 + 720 + 150 T6 2,4-D + glyphosate + [imazapic+imazapyr] 1340 + 720 + 150 T7 2,4-D + saflufenacil + [imazapic+imazapyr] 1340 + 150 + 150

T8 2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr] 1340 + 720 + 150 + 150

T9 Glyphosate 720

T10 Glyphosate + [imazapic+imazapyr] 720 + 150

T11 Glyphosate + saflufenacil 2720 + 150

T12 Glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr] 720 + 150 + 150

T13 Glyphosate + saflufenacil + fluroxypyr 720 + 150 + 400

T14 Glyphosate + fluroxypyr 720 + 400

T15 Glyphosate + fluroxypyr + [imazapic+imazapyr] 720 + 400 + 150

T16 Glyphosate + dicamba 720 + 960

T17 Glyphosate + dicamba + saflufenacil 720 + 960 + 150

T18 Glyphosate + dicamba + [imazapic+imazapyr] 720 + 960 + 150

T19 Glyphosate + sulfentrazone 720 + 40 T20 Glyphosate + sulfentrazone + 2,4-D 720 + 40 + 1340 T21 Sulfentrazone 40 T22 Sulfentrazone + 2,4-D 40 + 1340 T23 Saflufenacil + [imazapic+imazapyr] 150 + 150 T24 Saflufenacil 150 T25 [imazapic+imazapyr] 150 T26 Fluroxypyr 400 T27 Dicamba 960

T28 Testemunha sem aplicação -

Todos os tratamentos herbicidas foram aplicados em associação com Dash HC 0,5 % v v-1; [ ] indica mistura formulada.

Antes da aplicação dos herbicidas, todas as parcelas receberam um único método de controle mecânico. Após a colheita, no dia 03/08/2013, o algodoeiro foi roçado a uma altura de aproximadamente 30 cm com roçadeira rotativa, tracionada por um trator de 70 HP, sendo realizada a aplicação dos tratamentos herbicidas imediatamente após a roçada das plantas (aplicação A).

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Após a primeira aplicação (A), quando as plantas de algodão apresentavam área foliar suficiente para realizar a aplicação (aproximadamente 12 folhas), dividiu-se as parcelas dos tratamentos (parcela subdividida), realizando-se uma segunda aplicação (B) com os mesmos tratamentos herbicidas em apenas uma subparcela. Desta maneira, foi possível comparar a diferença dos tratamentos com uma ou duas aplicações dos herbicidas. A aplicação sequencial (B) dos tratamentos foi realizada em datas distintas para cada tratamento, mantendo-se o mesmo estádio de rebrota (12 folhas). Nos tratamentos T9, T11, T19, T21, T24 e T27, foi realizada no dia 03/09/2013, aos 30 dias após a primeira aplicação (DAA-A). A aplicação sequencial dos tratamentos T1, T2, T4, T5, T6, T7, T10, T12, T13, T14, T15, T16, T17, T18, T23, T25 e T26 foi realizada no dia 16/09/2013, aos 43 DAA-A. Por fim, a aplicação sequencial dos tratamentos T3, T8, T20 e T22 foi realizada no dia 11/10/2013, aos 67 DAA-A.

Todas as aplicações foram realizadas utilizando-se pulverizador costal pressurizado com CO2, pressão constante de 1,5 bar, equipado com cinco pontas XR 110.02, espaçadas em 0,5 m entre si e posicionadas 0,5 m acima da superfície dos alvos, proporcionando um volume de 150 L ha-1de calda. Todas as aplicações dos tratamentos herbicidas foram realizadas com proteção lateral entre as parcelas, para minimizar o efeito de deriva.

Foram realizadas avaliações referentes à porcentagem de controle (escala visual de 0 a 100%), em que 0% representa nenhum controle e 100% o controle total das plantas centrais de algodão (SBCPD, 1995), contagem de plantas rebrotadas na parcela útil aos 21, 35 e aos 55 dias após a última e/ou única aplicação (DAA). Ao final do experimento (55 DAA) foi avaliado o tamanho de rebrote (comprimento médio dos rebrotes de quatro plantas por parcela).

Os resultados da avaliação visual de controle, número de plantas rebrotadas e tamanho de rebrote foram inicialmente submetidos à análise de variância e quando significativo comparados pelo teste de agrupamento de médias Scott-Knott a 5% de probabilidade.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Houve interação significativa entre os tratamentos herbicidas e o número de aplicações realizadas em todas as datas de avaliação. Os resultados de porcentagem de controle visual das soqueiras do algodoeiro e do número de plantas rebrotadas dentro da parcela útil aos 21 dias após a aplicação única (A) e sequencial (A/B) dos tratamentos estão apresentados na Tabela 2.

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Tabela 2. Porcentagem de controle das soqueiras do algodoeiro e número de plantas de algodão

rebrotadas dentro da parcela útil aos 21 dias após a aplicação A (DAA-A) (primeira e única aplicação) e 21 dias após a aplicação B (DAA-B) (duas aplicações sequenciais) em função dos tratamentos herbicidas associados à roçada.

Tratamentos Controle (%) Número de plantasrebrotadas

21 DAA-A 21 DAA-B 21 DAA-A 21 DAA-B

T1 2,4-D 88,00 Bd 93,00 Ac 4,75 Ac 3,00 Be T2 2,4-D + gly 86,25 Be 94,75 Ac 4,50 Ac 2,50 Be T3 2,4-D + saflu 89,75 Bc 97,75 Ab 3,25 Ae 1,50 Bf T4 2,4-D + [pic+pyr] 90,75 Ac 84,00 Be 3,25 Be 4,25 Ad T5 2,4-D + gly + saflu 93,00 Ab 94,25 Ac 3,00 Ae 2,50 Be T6 2,4-D + gly + [pic+pyr] 88,75 Bd 91,00 Ad 3,75 Ad 2,50 Be T7 2,4-D + saflu + [pic+pyr] 95,25 Aa 94,00 Ac 3,00 Ae 2,25 Be T8 2,4-D + gly + saflu + [pic+pyr] 93,00 Bb 100,00 Aa 3,50 Ad 0,00 Bg

T9 Gly 41,75 Ah 9,25 Bn 7,25 Bb 8,00 Aa

T10 Gly + [pic+pyr] 90,75 Ac 45,25 Bk 3,25 Be 7,75 Aa

T11 Gly + saflu 81,25 Ag 79,50 Bf 5,25 Bc 6,75 Ab

T12 Gly + saflu + [pic+pyr] 85,75 Be 99,25 Aa 5,00 Ac 0,50 Bg

T13 Gly + saflu + flu 90,25 Bc 100,00 Aa 3,25 Ae 0,00 Bg

T14 Gly + flu 88,50 Ad 11,50 Bn 3,75 Bd 8,00 Aa

T15 Gly + flu + [pic+pyr] 95,00 Aa 81,00 Bf 3,00 Be 3,75 Ad

T16 Gly + dic 89,00 Ad 46,00 Bk 4,50 Bc 6,75 Ab

T17 Gly + dic + saflu 87,25 Be 100,00 Aa 3,50 Ad 0,00 Bg

T18 Gly + dic + [pic+pyr] 93,00 Ab 48,00 Bj 2,75 Be 7,50 Aa

T19 Gly + sulf 84,75 Af 79,75 Bf 4,75 Bc 6,25 Ab T20 Gly + sulf + 2,4-D 94,75 Ba 98,25 Ab 2,75 Ae 1,25 Bf T21 Sulf 83,25 Af 68,50 Bh 4,75 Bc 7,75 Aa T22 Sulf + 2,4-D 92,50 Bb 95,00 Ac 3,25 Ae 3,00 Be T23 Saflu + [pic+pyr] 88,75 Ad 75,00 Bg 4,50 Bc 5,75 Ac T24 Saflu 41,50 Bh 49,00 Aj 8,00 Aa 8,00 Aa T25 [Pic+pyr] 87,75 Ad 31,00 Bm 4,50 Bc 7,50 Aa T26 Flu 90,00 Ac 50,75 Bi 3,75 Bd 5,50 Ac T27 Dic 88,00 Ad 39,00 Bl 3,75 Bd 8,00 Aa T28 Test 0,00 Ai 0,00 Ao 8,00 Ba 8,00 Aa C.V.(%): 1,65 1,54 11,60 11,67

Médias na mesma linha seguidas da mesma letra maiúscula e na coluna seguida de letra minúscula não diferem entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de agrupamento de médias Scott-Knott;

Gly: glyphosate; Saflu: saflufenacil; [Pic+pyr]: [imazapic+imazapyr]; Flu: fluroxypyr; Dic: dicamba; Sulf: sulfentrazone;

[ ] indica mistura formulada.

Quando se realizou apenas uma aplicação dos tratamentos herbicidas após a roçada das soqueiras do algodoeiro, os tratamentos T7 (2,4-D + saflufenacil + [imazapic+imazapyr]), T15 (glyphosate + fluroxypyr + [imazapic+imazapyr]) e T20 (glyphosate + sulfentrazone + 2,4-D) apresentaram controle ≥ 94,75% aos 21 DAA-A, demonstrando maior eficácia na dessecação inicial das soqueiras quando comparados aos demais tratamentos. Já quando avaliado o número de plantas rebrotadas por parcela aos 21 DAA-A, tais tratamentos demonstraram número de plantas rebrotadas inferior a 3,00 por parcela.

Os resultados da avaliação realizada aos 21 DAA-B indicam que quando são realizadas duas aplicações sequenciais dos tratamentos herbicidas, há um aumento considerável no controle das soqueiras de algodão para os tratamentos com 2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr] (T8), glyphosate + saflufenacil + fluroxypyr (T13) e glyphosate + dicamba +

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saflufenacil (T17), apresentando, nesta data, controle máximo das soqueiras de algodão (100%) e consequentemente, nenhuma planta rebrotada dentro da parcela útil.

Dentre os 27 tratamentos herbicidas testados neste trabalho, os únicos tratamentos que não proporcionaram controle acima de 50% aos 21 DAA-B foram glyphosate (1440 g e.a.ha-1) e saflufenacil (150 gi.a. ha-1), os quais apresentaram, repectivamente, 7,25 e 8 plantas rebrotadas por parcela.Glyphosate, mesmo quando utilizado em aplicações sequenciais no controle das soqueiras do algodoeiro, não promoveu níveis de controle acima de 60% em trabalho desenvolvido por TOMQUELSKI; MARTINS (2007), sendo que, quando em mistura com 2,4-Dos resultados foram satisfatórios (próximos a 100%), o que corrobora o presente trabalho, onde a associação de glyphosate + 2,4-D proporcionou aos 21 DAA-A controle >86% em aplicação única e >94% em aplicação sequencial.

Os tratamentos que promoveram controle de 100% das soqueiras do algodoeiro (21 DAA-B) apresentavam em sua composição os herbicidas saflufenacil e glyphosate. Por ser um herbicida que inibe a atuação da enzima protoporfirino gênio oxidase (PPO), de ação predominantemente de contato, o saflufenacil quando exposto à luz após a aplicação, pode causar a morte das plantas entre 1 a 2 dias após a aplicação (OLIVEIRA JR. et al., 2011).

Curiosamente, a interação resultante das misturas de glyphosate com inibidores da PPO frequentemente apresenta efeito de antagonismo. A maioria dos inibidores de PPO apresenta pouca ou nenhuma translocação via floema, isto pode ser explicado pelo fato dos inibidores da PPO apresentarem como sintoma a necrose rápida, o que ocasiona a ruptura da membrana celular, inibindo a absorção e translocação de outros herbicidas quando aplicados em mistura (EUBANK et al., 2013). No entanto, o saflufenacil parece ser diferente, devido suas propriedades físico-químicas peculiares como pKa de 4,41 e log Kow de 2,6, bem como sua atividade biológica, o que pode conferircerta mobilidade via floema (ASHIGH; HALL, 2010).

Em certos casos, há relatos de que misturas em tanque de saflufenacil com glyphosate apresentam efeito sinergístico. Segundo DALAZEN et al. (2015),a possível interação sinérgica observada é resultante do aumentona quantidade de glyphosate absorvido, sem que o saflufenacil exerça ação tópica imediata de seus pares inibidores da PPO, o que permite a mobilidade de grande parte do glyphosate absorvido.

Os resultados de porcentagem de controle das soqueiras do algodoeiro e do número de plantas rebrotadas dentro da parcela útil aos 35 dias após a aplicação única (A) e sequencial (A/B) dos tratamentos estão apresentados na Tabela 3.

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Tabela 3. Porcentagem de controle das soqueiras do algodoeiro e número de plantas de algodão

rebrotadas dentro da parcela útil aos 35 dias após a aplicação A (DAA-A) (primeira e única aplicação) e 35 dias após a aplicação B (DAA-B) (duas aplicações sequenciais) em função dos tratamentos herbicidas associados à roçada.

Tratamentos Controle (%) Número de plantasrebrotadas

35 DAA-A 35 DAA-B 35 DAA-A 35 DAA-B

T1 2,4-D 82,00 Bd 94,00 Ac 4,75 Ad 2,75 Be T2 2,4-D + gly 78,00 Be 98,75 Ab 4,75 Ad 1,00 Bf T3 2,4-D + saflu 89,25 Ba 98,50 Ab 3,00 Af 1,25 Bf T4 2,4-D + [pic+pyr] 85,25 Bc 98,75 Ab 4,50 Ad 1,00 Bf T5 2,4-D + gly + saflu 84,25 Bc 97,75 Ab 4,50 Ad 1,50 Bf T6 2,4-D + gly + [pic+pyr] 88,50 Bb 96,75 Ab 4,25 Ae 1,50 Bf T7 2,4-D + saflu + [pic+pyr] 87,75 Bb 92,75 Ac 4,50 Ad 2,75 Be T8 2,4-D + gly + saflu + [pic+pyr] 90,50 Ba 100,00 Aa 4,00 Ae 0,00 Bg

T9 Gly 11,25 Ap 27,75 Aa 8,00 Aa 8,00 Ba

T10 Gly + [pic+pyr] 66,50 Ai 41,25 Bk 6,50 Bb 7,75 Aa

T11 Gly + saflu 41,25 Bm 61,25 Ag 7,75 Aa 8,00 Ba

T12 Gly + saflu + [pic+pyr] 51,50 Bk 99,50 Aa 7,75 Aa 0,50 Bg

T13 Gly + saflu + flu 77,50 Be 100,00 Aa 5,00 Ad 0,00 Bg

T14 Gly + flu 73,50 Af 34,00 Bm 6,00 Bb 8,00 Aa

T15 Gly + flu + [pic+pyr] 90,50 Ba 99,25 Aa 3,75 Ae 0,75 Bf

T16 Gly + dic 68,50 Ah 60,75 Bg 6,75 Bb 7,50 Ba

T17 Gly + dic + saflu 71,25 Bg 100,00 Aa 5,75 Ac 0,00 Bg

T18 Gly + dic + [pic+pyr] 86,00 Ac 83,50 Be 4,25 Be 4,75 Bc

T19 Gly + sulf 29,00 Bn 56,00 Ai 8,00 Aa 8,00 Ba T20 Gly + sulf + 2,4-D 90,75 Ba 98,50 Ab 3,50 Af 1,00 Bf T21 Sulf 49,50 Al 48,50 Aj 7,75 Aa 8,00 Ba T22 Sulf + 2,4-D 87,50 Ab 86,50 Ad 4,00 Ae 3,00 Be T23 Saflu + [pic+pyr] 80,25 Ad 70,75 Bf 5,00 Bd 6,25 Ab T24 Saflu 20,25 Ao 29,00 Aa 8,00 Aa 8,00 Ba T25 [Pic+pyr] 71,75 Ag 36,25 Bl 6,25 Bb 7,50 Aa T26 Flu 76,25 Be 87,50 Ad 6,75 Ab 3,75 Bd T27 Dic 63,50 Aj 58,50 Bh 7,25 Aa 7,50 Aa T28 Test 0,00 Aq 0,00 Ao 8,00 Aa 8,00 Aa C.V.(%): 1,97 1,79 13,25 12,92

Médias na mesma linha seguidas da mesma letra maiúscula e na coluna seguida de letra minúscula não diferem entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de agrupamento de médias Scott-Knott;

Gly: glyphosate; Saflu: saflufenacil; [Pic+pyr]: [imazapic+imazapyr]; Flu: fluroxypyr; Dic: dicamba; Sulf: sulfentrazone;

[ ] indica mistura formulada.

Na avaliação realizada aos 35 DAA-A, apenas três dos 27 tratamentos herbicidas testados conseguiram manter níveis de controle das soqueiras de algodão acima de 90%: T8 (2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr]), T15 (glyphosate + fluroxypyr + [imazapic+imazapyr]) e T20 (glyphosate + sulfentrazone + 2,4-D). Tais tratamentos apresentam na sua composição herbicidas de ação residual como [imazapic+imazapyr] e sulfentrazone, podendo ser absorvidos via raiz, o que pode ter influenciado na eficácia prolongada sobre as soqueiras do algodoeiro neste trabalho.

Quando avaliou-se o controle aos 35 DAA-B, percebe-se que há incremento nos níveis de controle de alguns tratamentos, o que pode ser associado ao tipo de herbicida utilizado nas misturas. Os tratamentos herbicidas que apresentam associações de produtos de ação sistêmica como

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inibidores da enzima ALS + inibidores da EPSPs necessitam de no mínimo 7-10 dias para apresentar sintomas visuais, demonstrando diferenças de controle das soqueiras a partir dos 35 DAA-B, o que pode ser constatado também no número de plantas rebrotadas por parcela.

Em relação ao número de aplicações, o sistema de manejo com aplicações sequenciais (A/B) para os tratamentos herbicidas T8 (2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr]), T12 (glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr]), T13 (glyphosate + saflufenacil + saflufenacil), T15 (glyphosate + fluroxypyr + [imazapic+imazapyr]) e T17 (glyphosate + dicamba + saflufenacil) proporcionaram níveis de controle acima de 99% aos 35 DAA-B e até uma planta rebrotada por parcela.

Os tratamentos que apresentaram os menores níveis de controle das soqueiras de algodão mesmo com duas aplicações (A/B) foram T9, T10, T11, T14, T16, T19, T21, T23,T24, T25 e T27, os quais apresentaram níveis de controle insatisfatórios (<80%)e número de plantas rebrotadas > 6,00.

Os resultados de porcentagem de controle das soqueiras do algodoeiro, número de plantas rebrotadas na parcela útil e o tamanho do rebrote aos 55 dias após a aplicação única (A) e sequencial (A/B) dos tratamentos estão apresentados na Tabela 4.

Aos 55 DAA-A, nota-se que com apenas uma aplicação após a roçada não há como promover controles satisfatórios das soqueiras de algodão e consequentemente a morte total das plantas no campo até o início do período de vazio sanitário estipulado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os tratamentos que promoveram maiores porcentagens de controle das soqueiras com apenas uma aplicação foram o T6 (2,4-D + glyphosate+ [imazapic+imazapyr]) com 62,75% e o T8 (2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr]) com 53,25%, com número de plantas rebrotadas observado de 6,50 e 6,75 por parcela, respectivamente. Observa-se que os níveis de controle das soqueiras diminuíram ao longo do tempo, principalmente devido aos novos rebrotes do algodoeiro. Vários fatores podem estar relacionados com o rebrote das plantas: absorção insuficiente do herbicida, pouca ou nenhuma translocação dos herbicidas dentro da planta, metabolização, estádio de desenvolvimento da planta alvo e efeito residual do herbicida.

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Tabela 4. Porcentagem de controle das soqueiras do algodoeiro, número de plantas de algodão

rebrotadas e tamanho do rebrote aos 55 dias após a aplicação A (DAA-A) (primeira e única aplicação) e 55 dias após a aplicação B (DAA-B) (duas aplicações sequenciais) em função dos tratamentos herbicidas associados à roçada.

Tratamentos Controle (%) Número de plantas

rebrotadas Tamanho de rebrote (cm) 55 DAA-A 55 DAA-B 55 DAA-A 55 DAA-B 55 DAA-A 55 DAA-B T1 2,4-D 50,00 Bc 96,75 Ab 7,00 Ab 1,75 Be 94,62 Ad 3,62 Bh T2 2,4-D + gly 41,25 Bf 99,00 Aa 6,25 Ac 0,75 Bf 91,12 Ae 1,50 Bh T3 2,4-D + saflu 48,00 Bc 99,25 Aa 6,25 Ac 0,50 Bf 103,37 Ab 1,12 Bh T4 2,4-D + [pic+pyr] 42,25 Be 99,50 Aa 7,00 Ab 0,50 Bf 103,12 Ab 0,93 Bh T5 2,4-D + gly + saflu 43,25 Be 98,75 Ab 7,50 Aa 1,00 Bf 98,25 Ac 1,25 Bh T6 2,4-D + gly + [pic+pyr] 62,75 Ba 98,50 Ab 6,50 Ac 0,75 Bf 92,12 Ae 1,25 Bh T7 2,4-D + saflu + [pic+pyr] 40,75 Bf 87,50 Ac 7,50 Aa 3,00 Be 98,87 Ac 19,75 Bg T8 2,4-D + gly + saflu + [pic+pyr] 53,25 Bb 100,00 Aa 6,75 Ab 0,00 Bg 96,62 Ad 0,00 Bh T9 Gly 19,50 Bk 28,25 Aj 8,00 Aa 8,00 Aa 94,62 Ad 43,62 Bd T10 Gly + [pic+pyr] 31,00 Bh 55,25 Af 8,00 Aa 8,00 Aa 89,00 Af 22,12 Bg T11 Gly + saflu 14,00 Bn 26,00 Ak 8,00 Aa 7,50 Aa 85,25 Af 39,25 Be T12 Gly + saflu + [pic+pyr] 23,50 Bj 98,00 Ab 8,00 Aa 1,25 Bg 102,87 Ab 3,12 Bh T13 Gly + saflu + flu 35,00 Bg 100,00 Aa 8,00 Aa 0,00 Bg 111,25 Aa 0,00 Bh T14 Gly + flu 12,75 Bn 36,50 Ai 8,00 Aa 8,00 Aa 95,00 Ad 54,62 Bb T15 Gly + flu + [pic+pyr] 31,75 Bh 100,00 Aa 8,00 Aa 0,00 Bf 100,62 Ac 0,00 Bh T16 Gly + dic 28,00 Bi 65,75 Ae 8,00 Aa 6,75 Ba 86,75 Af 24,37 Bf T17 Gly + dic + saflu 19,25 Bk 100,00 Aa 8,00 Aa 0,00 Bg 92,87 Ae 0,00 Bh T18 Gly + dic + [pic+pyr] 28,25 Bi 67,75 Ad 8,00 Aa 6,00 Bc 99,50 Ac 19,62 Bg T19 Gly + sulf 16,75 Bm 28,25 Aj 8,00 Aa 8,00 Aa 90,75 Ae 50,25 Bc T20 Gly + sulf + 2,4-D 46,00 Bd 99,50 Aa 7,50 Aa 0,25 Bf 105,12 Ab 3,25 Bh T21 Sulf 16,25 Bm 29,20 Aj 8,00 Aa 7,75 Aa 103,25 Ab 62,12 Ba T22 Sulf + 2,4-D 49,00 Bc 98,50 Ab 7,75 Aa 1,00 Be 98,62 Ac 4,12 Bh T23 Saflu + [pic+pyr] 20,75 Bk 64,00 Ae 8,00 Aa 6,50 Ab 93,87 Ad 43,12 Bd T24 Saflu 17,75 Bl 47,50 Ag 8,00 Aa 7,50 Aa 90,25 Ae 56,37 Bb T25 [Pic+pyr] 22,25 Bj 41,25 Ah 8,00 Aa 8,00 Aa 85,00 Af 39,75 Be T26 Flu 33,00 Bh 100,00 Aa 8,00 Aa 0,00 Bg 103,00 Ab 0,00 Bh T27 Dic 15,50 Bm 65,00 Ae 8,00 Aa 7,25 Aa 95,75 Ad 25,87 Bf T28 Test 0,00 Ao 0,00 Al 8,00 Aa 8,00 Aa 112,62 Aa 114,50 Aa C.V.(%): 2,37 2,58 7,64 8,33 5,59 6,53

Médias na mesma linha seguidas da mesma letra maiúscula e na coluna seguida de letra minúscula não diferem entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de agrupamento de médias Scott-Knott;

Gly: glyphosate; Saflu: saflufenacil; [Pic+pyr]: [imazapic+imazapyr]; Flu: fluroxypyr; Dic: dicamba; Sulf: sulfentrazone;

[ ] indica mistura formulada.

A absorção insuficiente e consequente controle limitado das soqueiras pode ser devido ao fato da primeira aplicação (A) ser realizada no “toco”, sem a presença de folhas para aumentar a área de absorção do herbicida. Ainda, tanto a atividade fotossintética quanto o fluxo de fotoassimilados dentro da planta é limitado, sendo o único movimento de solutos exercido pelo potencial de pressão osmótica, das raízes para a parte aérea. A translocação realizada nesta situação específica é praticamente feita apenas pela reabsorção de água pelo sistema radicular. Este cenário pode prejudicar a ação dos herbicidas que necessitam translocação dentro da planta para atingir seus respectivos alvos metabólicos, como os herbicidas inibidores da ALS, mimetiza dores de auxinas e inibidores da EPSPs.

Em contrapartida, ao analisar os resultados obtidos após duas aplicações sequenciais dos herbicidas aos 55 DAA-B, houve incremento nos níveis de controle dos tratamentosavaliados, sendo que nove destes apresentaram controles ≥ 99% e o número de plantas por parcela menor que

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1,00 (Tabela 4), entre eles: T2 (2,4-D + glyphosate), T3 (2,4-D + saflufenacil), T4 (2,4-D + [imazapic+imazapyr]), T8 (2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr]), T13 (glyphosate + saflufenacil + fluroxypyr), T15 (glyphosate + fluroxypyr + [imazapic+imazapyr]), T17 (glyphosate + dicamba + saflufenacil), T20 (glyphosate + sulfentrazone + 2,4-D) e T26 (fluroxypyr).

Dois foram os fatores-chave observados para que o tratamento herbicida associado à roçada proporcionasse sucesso no controle das soqueiras do algodoeiro neste trabalho, sendo: (1) aplicação sequencial; (2) utilização de herbicidas mimetizadores de auxinas, isolados ou em associação com outros herbicidas (principalmente glyphosate).FERREIRA et al. (2018) observaram a necessidade da aplicação sequencial de herbicidas visando ao controle das soqueiras do algodoeiro, sendo duas aplicações sequenciais de 2,4-D, cada uma com 1000 g e.a. ha-1, o tratamento que resultou em melhor controle dos restos culturais. RIBEIRO et al. (2015) também observaram que a associação da roçada com a aplicação de 2,4-D + glyphosate pode proporcionar o controle das soqueiras do algodoeiro.

O algodoeiro apresenta altos níveis de intoxicação mesmo quando exposto a baixas doses de herbicidas mimetizadores de auxinas, como o 2,4-D. BYRD et al. (2016) buscaram determinar o impacto do 2,4-D nas taxas que simulam à deriva (2 g e.a. ha-1) e contaminação do tanque (40 g e.a. ha-1) sobre seis diferentes fases de desenvolvimento do algodoeiro sem a tecnologia EnlistTM, a qual confere resistência ao 2,4-D (MALL et al., 2018). Foiobservado em todos os 12 locais uma redução no rendimento da cultura de 7 a 66%, variando conforme o estádio da planta, sendo o nível de impacto influenciado pela dose de 2,4-D, estágio de crescimento da cultura econdições ambientais (BYRD et al., 2016).

Na análise do tamanho do rebrote (cm) apresentado pelo algodoeiro ao final do experimento (55 DAA), nota-se que há diferença quando se compara os resultados de uma aplicação (A) ou de duas aplicações (A/B). Plantas que receberam apenas uma aplicação apresentaram tamanho do rebrote acima de 80 cm de comprimento, enquanto nos tratamentos que tiveram duas aplicações herbicidas (A/B) o tamanho dos rebrotes não ultrapassou 5 cm para os tratamentos que tiveram controles acima de 90%.

Conforme os resultados obtidos neste trabalho, apenas uma aplicação não é o suficiente para promover níveis de controle superiores a 90% com nenhum dos tratamentos herbicidas avaliados. Em compensação, a aplicação sequencial (A/B) promoveu incremento no nível de controle.

No entanto, não basta apenas apresentar controle satisfatório das soqueiras, é importante que ocorra a morte total da planta no menor intervalo de tempo para que se consiga cumprir o período do vazio sanitário. Por isto, é necessário observar a velocidade na dessecação das soqueiras de

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algodão para interpretar quais os melhores tratamentos herbicidas que devem ser associados à roçada. Assim, os tratamentos T8 (2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr]), T13 (glyphosate + saflufenacil + fluroxypyr) e T17 (glyphosate + dicamba + saflufenacil), conseguiram promover a dessecação total das soqueiras (100%) aos 21 DAA-B e não apresentaram plantas rebrotadas até os 55 DAA-B, sendo portanto, os tratamentos mais eficientes no controle de soqueiras do algodoeiro.

4 CONCLUSÕES

Uma aplicação dos tratamentos herbicidas não foi suficiente para promover controle satisfatório (>90%) das soqueiras de algodoeiro, sendo necessário a aplicação sequencial (A/B).

Os tratamentos T8 (2,4-D + glyphosate + saflufenacil + [imazapic+imazapyr]), T13 (glyphosate + saflufenacil + fluroxypyr) e T17 (glyphosate + dicamba + saflufenacil) foram os mais eficientes no controle de soqueiras do algodoeiro, promovendo controle de 100% das soqueiras e inibição do rebrote.

AGRADECIMENTOS

O presente trabalho foi realizado com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Brasil (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001, e do Núcleo de Estudos Avançados em Ciência das Plantas Daninhas da Universidade Estadual de Maringá – Brasil (NAPD / UEM).

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Figura 1. Dados pluviométricos e de temperatura média máxima do período de permanência dos  experimentos no campo
Tabela 1. Tratamentos herbicidas associados ao controle mecânico das soqueiras do algodoeiro
Tabela  2.  Porcentagem  de  controle  das  soqueiras  do  algodoeiro  e  número  de  plantas  de  algodão  rebrotadas  dentro  da  parcela  útil  aos  21  dias  após  a  aplicação  A  (DAA-A)  (primeira  e  única  aplicação)  e  21  dias  após  a  aplicaç
Tabela  3.  Porcentagem  de  controle  das  soqueiras  do  algodoeiro  e  número  de  plantas  de  algodão  rebrotadas  dentro  da  parcela  útil  aos  35  dias  após  a  aplicação  A  (DAA-A)  (primeira  e  única  aplicação)  e  35  dias  após  a  aplicaç
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