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ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Setembro de 2013

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(1)

PERDAS EM SISTEMAS DE

ABASTECIMENTO DE ÁGUA:

DIAGNÓSTICO, POTENCIAL DE

GANHOS COM SUA REDUÇÃO E

PROPOSTAS DE MEDIDAS PARA O

EFETIVO COMBATE

(2)

Um dos principais indicadores de eficiência da operação dos sistemas de abastecimento de água é o índice de perdas.

Com valores médios que beiram os 40% no Brasil, decrescendo, é verdade, mas a uma velocidade extremamente baixa, o combate às perdas de água transformou-se em um grande desafio dos operadores brasileiros públicos e privados.

No momento de tentativa de retomada dos investimentos do setor de saneamento, percebe-se claramente que grande parte de nossos operadores públicos, principalmente, apresentam condições insuficientes do ponto de vista de gestão para planejar e implementar as ações necessárias para enfrentar o problema.

O PLANSAB, Plano Nacional de Saneamento Básico, ainda não aprovado pelo Governo Federal, prevê metas e recursos financeiros, cuja origem não está definida, para a diminuição dos índices de perdas.

O presente texto traz os conceitos, impactos, resultados de operadores estaduais, municipais e privados, apresenta exemplos de sucesso no enfrentamento do problema e enfatiza a necessidade de se melhorar a gestão dos operadores nacionais.

Tem por objetivo, além de contextualizar o problema, levar o tema à discussão no 27º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, em Goiânia e, atendendo à missão da ABES, encaminhar propostas às autoridades competentes.

Elaborado pela ABES Nacional e ABES São Paulo, através de contratação da GO Associados, este trabalho é dirigido aos gestores, técnicos, políticos e estudantes que, de uma ou de outra maneira, estejam envolvidos na questão para que possam discuti-lo e criticá-lo.

(3)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7

2 BREVE DIAGNÓSTICO SOBRE AS PERDAS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS OPERADORAS DE SANEAMENTO BRASILEIRAS ... 8

2.1 PERDAS REAIS E PERDAS APARENTES: O BALANÇO HÍDRICO ... 8

2.2 LIMITES ECONÔMICOS E LIMITES TÉCNICOS DO CONTROLE DE PERDAS ... 10

2.3 O PADRÃO INTERNACIONAL ... 11

2.4 PERDAS DE ÁGUA NO BRASIL ... 13

2.5 AS METAS DO PLANSAB ... 16

3 POTENCIAL DE GANHOS COM MEDIDAS DE REDUÇÃO DE PERDAS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA. ... 17

3.1 CUSTOS E BENEFÍCIOS DA REDUÇÃO DE PERDAS FÍSICAS DE ÁGUA ... 17

3.2 ESTIMATIVA DO POTENCIAL DE GANHO ADVINDO DE MEDIDAS DE REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA. 20 4 SITUAÇÃO ATUAL DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS ... 23

4.1 BAIXA CAPACIDADE DE FINANCIAMENTO ... 23

4.2 RIGIDEZ ORÇAMENTÁRIA ... 24

4.3 AUSÊNCIA DE COORDENAÇÃO CENTRAL ... 24

5 CONTROLE DAS PERDAS ... 26

(4)

6.1 AÇÕES ESTRUTURANTES: A GESTÃO DOS ATIVOS ... 28

6.2 AÇÕES ESTRUTURAIS: EXECUÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE REDUÇÃO DE PERDAS ... 31

7 EXEMPLOS DE CASOS PRÁTICOS ... 35

7.1 ÁGUAS DE NITERÓI –APLICAÇÃO DO MASPP NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE PERDAS D’ ÁGUA 35 7.2 SANEPAR –REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA –IMPLANTAÇÃO DO MASPP ... 35

7.3 SABESP –UNIDADE DE GERENCIAMENTO REGIONAL SANTO AMARO –IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA MASPPII OU SIX SIGMA ... 36

7.4 RIO BRANCO –IMPLANTAÇÃO DO MASPP ... 36

7.5 SABESP –CONTRATO DE PERFORMANCE PARA REDUÇÃO DE PERDAS REAIS DO SETOR VILA DO ENCONTRO –MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ... 37

7.6 PROGRAMA REÁGUA. ... 38

7.7 PARCERIAS PÚBLICO-PÚBLICO:HISTÓRICO DO PROJETO CASAL-SABESP ... 40

8 CONCLUSÕES: AS PROPOSTAS DA ABES ... 42

(5)

SUMÁRIODEQUADROS

QUADRO 1:PARCELAS DAS PERDAS DE ÁGUA (REAIS E APARENTES) EM RELAÇÃO AO VOLUME QUE ENTRA

NO SISTEMA ... 9

QUADRO 2:CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE PERDAS REAIS E PERDAS APARENTES. ... 9

QUADRO 3: CUSTO TOTAL DECORRENTE DE PERDAS DE ÁGUA. ... 11

QUADRO 4:CENÁRIO DE PERDAS DE ÁGUA DAS OPERADORAS DE ÁGUA ... 12

QUADRO 5:BANCO MUNDIAL:BANDAS DE REFERÊNCIA PARA REDUÇÃO DE PERDAS... 13

QUADRO 6:EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOINDICADOR DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO (%) ... 14

QUADRO 7:SNIS2011:PERDAS SOBRE O FATURAMENTO PARA EMPRESAS ESTADUAIS (%)... 15

QUADRO 8:SNIS2011:PERDAS SOBRE O FATURAMENTO PARA EMPRESAS MUNICIPAIS ... 16

QUADRO 9:BENEFÍCIOS DA REDUÇÃO DAS PERDAS ... 19

QUADRO 10: SINERGIAS ENTRE REDUÇÃO DAS PERDAS DE ÁGUA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ... 20

QUADRO 11:ESTIMATIVAS DE GANHOS BRUTOS COM REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA ... 22

QUADRO 12:CICLO VICIOSO –GESTÃO DAS OPERADORAS DE SANEAMENTO ... 24

QUADRO 13:SÍNTESE DAS AÇÕES PARA O CONTROLE E A REDUÇÃO DE PERDAS REAIS ... 26

QUADRO 14:SÍNTESE DAS AÇÕES PARA O CONTROLE E A REDUÇÃO DE PERDAS APARENTES ... 27

QUADRO 15:FASES SEQUENCIAIS DO MASPP: O CICLO DE CONTROLE... 30

QUADRO 16: COMPARAÇÃO ENTRE CONTRATAÇÃO TRADICIONAL E CONTRATO DE PERFORMANCE ... 33

(6)
(7)

1 INTRODUÇÃO

1

O objetivo deste texto é subsidiar a discussão sobre redução de perdas nos sistemas de abastecimento de água pelos operadores de saneamento básico. O texto está dividido em quatro seções, além desta primeira seção de introdução.

A Seção 2 apresenta um diagnóstico das perdas no Brasil, incluindo a análise do nível de perdas das operadoras brasileiras. O cenário brasileiro de perdas de água no setor de saneamento é bastante problemático. A média brasileira de perdas de água é de aproximadamente 40% (incluindo perdas reais e aparentes), mas em algumas empresas de saneamento essas perdas superam 60%. O elevado índice de perdas de água reduz o faturamento das empresas e, consequentemente, sua capacidade de investir e obter financiamentos. Além disso, gera danos ao meio ambiente na medida em que obriga as empresas de saneamento a buscarem novos mananciais.

A Seção 3 estima o potencial de ganhos, monetários, advindos da redução de perdas de água. Segundo estimativas, o ganho líquido, já descontado o investimento para implementar os programas de redução de perdas d’água, podem atingir quase R$ 15 bilhões em 17 anos. A Seção 4 enumera medidas para redução de perdas de água em empresas de saneamento, recomendando ações que visem a eficiência operacional das operadoras.

Por fim, a Seção 5 apresenta exemplos da aplicação das medidas propostas na seção anterior, envolvendo, entre outras, empresas de saneamento básico como Sabesp (São Paulo), Sanepar (Paraná), Casal (Alagoas) e Águas de Niterói (Rio de Janeiro). A Seção 6 sintetiza as principais conclusões do texto.

1 O presente texto contou com a colaboração de consultores especializados. Particularmente, devem ser

(8)

2 BREVE DIAGNÓSTICO SOBRE AS PERDAS NOS SISTEMAS

DE

ABASTECIMENTO

DE

ÁGUA

E

EFICIÊNCIA

ENERGÉTICA DAS OPERADORAS DE SANEAMENTO

BRASILEIRAS

Um dos principais desafios das operadoras de água em países em desenvolvimento é reduzir as perdas de água em todas as etapas do processo de seu fornecimento.

2.1 Perdas reais e perdas aparentes: o Balanço Hídrico

O conceito de perdas nos sistemas de abastecimento de água inclui duas categorias:

 A “perda de água física” ou “real”, quando o volume de água disponibilizado no sistema de distribuição pelas operadoras de água não é utilizado pelos clientes, sendo desperdiçado antes de chegar às unidades de consumo, e

 A “perda de água comercial” ou “aparente” quando o volume utilizado não é devidamente computado nas unidades de consumo, sendo cobrado de forma inadequada.

Até alguns anos atrás, a avaliação das perdas era distinta em cada país, ou mesmo em cada companhia de saneamento em um mesmo país. A International Water Association (IWA) procurou padronizar o entendimento dos componentes dos usos da

água em um sistema de abastecimento através de uma matriz que representa o Balanço Hídrico, onde se inserem os dois tipos de perdas relatados. O conjunto de perdas físicas ou reais e de perdas de faturamento ou aparentes é chamado de “Água Não Faturada” “Non-Revenue Water”.

(9)

QUADRO 1: PARCELAS DAS PERDAS DE ÁGUA (REAIS E APARENTES) EM RELAÇÃO AO VOLUME QUE ENTRA NO SISTEMA

Água que entra no sistema (inclui

água importada) Consumo autorizado Consumo autorizado faturado

Consumo faturado medido (inclui água exportada)

Água faturada Consumo faturado não medido

(estimados)

Consumo autorizado não

faturado

Consumo não faturado medido (usos próprios, caminhão pipa, etc)

Água não faturada Consumo não faturado não medido

(combate a incêndios, favelas, etc)

Perdas de água

Perdas aparentes

Uso não autorizado (fraudes e falhas de cadastro)

Erros de medição (macro e micromedição)

Perdas reais

Perdas reais nas tubulações de água bruta e no tratamento (quando

aplicável)

Vazamentos nas adutoras e/ou redes de distribuição

Vazamentos e extravasamentos nos reservatórios de adução e/ou

distribuição

Vazamentos nos ramais (a montante do ponto de medição)

Fonte: Public Private Infrastructure Advisory Facility (tradução livre)

A abordagem econômica para cada tipo de perda é diferente. Sobre as “perdas reais” recaem os custos de produção e distribuição da água, e sobre as “perdas aparentes”, os custos de venda da água no varejo, acrescidos dos eventuais custos da coleta de esgotos. QUADRO 2: CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE PERDAS REAIS E PERDAS APARENTES.

Itens

Características Principais

Perdas Reais Perdas Aparentes

Tipo de ocorrência mais comum Vazamento Erro de Medição

Custos associados aos volumes

de água perdidos Custo de produção Tarifa

Efeitos no Meio Ambiente

- Desperdício do Recurso Hídrico. - Necessidades de ampliações de

mananciais. -

Efeitos na Saúde Pública Risco de contaminação -

Empresarial Perda do Produto Perda de receita

Consumidor - Imagem negativa (ineficiência e desperdício) -

Efeitos no Consumidor - Repasse para tarifa

- Desincentivo ao uso racional

- Repasse para tarifa - Incitamento a roubos e fraudes

(10)

regularização e urbanização dependem de uma ação de gestão integrada entre o poder concedente e a operadora. Seu custo geralmente é arcado pela companhia de saneamento, nem sempre considerado adequadamente na composição das tarifas.

2.2 Limites econômicos e limites técnicos do controle de

perdas

Outra importante contribuição da IWA foi a de definir dois limites para os volumes das perdas em um sistema:

• Um limite econômico, a partir do qual se gasta mais para reduzir as perdas do que o valor intrínseco dos volumes recuperados (varia de cidade para cidade, em função das disponibilidades hídricas, custos de produção, etc.);

• Um limite técnico ("perdas inevitáveis"), mínimo, definido pelo alcance das tecnologias atuais dos materiais, ferramentas, equipamentos e logísticos, ou, em outras palavras, nunca haverá perda zero, sempre teremos de conviver com algum volume perdido, por mais bem implantado e operado que seja um sistema de abastecimento.

(11)

QUADRO 3: CUSTO TOTAL DECORRENTE DE PERDAS DE ÁGUA.

Cus

to ($

/c

one

xão/

ano)

Vazamentos (litros/ligação/hora)

Nível mínimo de Vazamentos

Nível econômico de vazamentos

Fonte: Control and mitigation of drinking water losses in distribution systems (United States Environmental Protection Agency)

Assim, não é economicamente viável eliminar completamente toda a perda de água física e comercial. Entretanto, devido às significativas perdas de água nos países em desenvolvimento, é razoável prever que a quantidade de perda de água nestes países pode ser reduzida pela metade pelo menos nos próximos dez anos.

2.3 O padrão internacional

O Banco Mundial, no livro “Parâmetros Internacionais para Redes de Operadoras de Saneamento” (International Benchmarking Network for Water and Sanitation Utilities

IBNET), realizou estudo para estimar o desempenho das operadoras de água no que tange à perda de água. Nas operadoras cobertas pelo IBNET, a média de perdas de água constatada foi de 35%.

Entretanto, como grandes países em desenvolvimento ainda não são cobertos pelo IBNET e as estatísticas desses países não são confiáveis2, é mais provável que o nível

médio de perdas de água em países em desenvolvimento gire em torno de 40-50%.

2 A porcentagem de perda de água das operadoras de água nos países em desenvolvimento não é estimada

(12)

QUADRO 4: CENÁRIO DE PERDAS DE ÁGUA DAS OPERADORAS DE ÁGUA 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

<10% 10-20% 20-30% 30-40% 40-50% >50%

Per ce n tu al d e o p e rad o ras d e águ a e m c ad a n ív e l d e p e rd a d e ág u a

Nível de Perda de Água

Fonte: IBNET

O Banco Mundial também definiu indicadores de perdas físicas (Infrastructure Leakages Index– ILI3) associados a bandas em que as empresas deverão se balizar na

busca da redução das perdas (em Litros/ligação.dia), considerando aspectos operacionais do sistema (pressões) e estágio econômico do país, conforme o Quadro 5. Países em desenvolvimento, com uso muito ineficientes de recursos e pressão muito elevada podem economizar mais de 1000 litros por ligação.dia.

estes dados e mesmo as que conseguem auferir a porcentagem de perda de água, optam por não divulgá-la por ser alta demais. As empresas que divulgam estas informações geralmente são as que possuem o percentual de perdas de água reduzido.

3 O índice ILI é um indicador de performance de perdas reais (físicas) no rede do sistema de distribuição

de água nas condições de pressão existente. O índice ILI é calculado por meio da expressão:

ILI =CARL/ UARL

onde: ILI = infrastructure leakage index um número adimensional; CARL= current annual real losses, ou o volume anual de perdas reais/Nc quando a rede está pressurizada. É empregado geralmente nas unidades Litros/ligação x dia; Nc = número de conexões ou ligações de água e UARL= unnavoidable annual real losses ou o volume anual de perdas reais que não podem ser evitadas em Litros/ligação x dia, isto é, na mesma unidade de TIRL. Maiores detalhes em:

(13)

QUADRO 5: BANCO MUNDIAL: BANDAS DE REFERÊNCIA PARA REDUÇÃO DE PERDAS

Fonte: Banco Mundial

2.4 Perdas de água no Brasil

No Brasil, a situação está longe do observado em países desenvolvidos e a situação de perdas é muito desigual quando se comparam unidades da federação, operadores públicos e privados de saneamento básico.

(14)

2.4.1 Evolução do nível de perdas de água no Brasil

As perdas de água são muito elevadas no Brasil e têm se mantido em níveis próximos a 40% nos últimos doze anos, ainda que seja possível notar uma leve tendência de queda nos últimos anos. O Quadro 6 mostra a trajetória das perdas na distribuição4 nos anos recentes.

O nível de perdas no Brasil passou de 45,6% em 2004 para 38,8% em 2011, uma queda de 6,8 pontos percentuais no período. O quadro é ainda mais preocupante porque a maior parte das empresas não mede suas perdas de água de maneira consistente.

QUADRO 6: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO INDICADOR DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO (%)

45,6 45,6 44,4

43,5 41,6 42,6

38,8 38,8

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Fonte: SNIS, vários anos.

Quando se compara o Brasil com países desenvolvidos, é notável o grande espaço para mudanças. Cidades da Alemanha e do Japão possuem 11% e Austrália possui 16%. Sendo assim, espera-se que o Brasil consiga reduzir seus níveis de perda em, no

4 Perdas na distribuição correspondem à participação do volume de perdas (“Volume total de Água” –

(15)

mínimo, dez pontos percentuais antes que possa atingir os níveis de perdas associados aos países desenvolvidos. 5

2.4.2 Comparação de perdas entre operadores estaduais e municipais de saneamento básico

O Quadro 7 e o Quadro 8 mostram do ponto de vista das perdas de água, a situação de diversas empresas estaduais6 e municipais7 de saneamento no Brasil. Os quadros

mostram os níveis de perdas sobre o faturamento para as 52 maiores empresas brasileiras em termos de população atendida, considerando dados do SNIS 2011.

QUADRO 7: SNIS 2011: PERDAS SOBRE O FATURAMENTO PARA EMPRESAS ESTADUAIS (%)

Fonte: SNIS 2011

A CAESA (Amapá) e a SANEPAR (Paraná) são, respectivamente, as empresas estaduais menos e mais eficientes em termos de perdas de água no Brasil com 75,0% e 21,1% de perdas sobre o faturamento. A média de perdas para essas empresas é de 40,7%.

5 Deve-se registrar, entretanto, que a IWA chama a atenção para o fato de que indicadores percentuais de

perdas, a despeito do fácil entendimento por todos, são frágeis para comparações sobre perdas entre empresas ou cidades.

6 No grupo das empresas estaduais há uma empresa privada que é a Saneatins (Foz do Brasil).

(16)

QUADRO 8: SNIS 2011: PERDAS SOBRE O FATURAMENTO PARA EMPRESAS MUNICIPAIS

Fonte: SNIS 2011

Para as empresas municipais, a SAERB (Rio Branco) e a SANEP (Pelotas) são, respectivamente, a menos e mais eficiente em termos de perdas sobre o faturamento, apresentando índices de 69,3% e 6,7%. A média de perdas para essas empresas é de 36,6%.

2.5 As metas do PLANSAB

A Tabela 1 mostra as metas do Plano Nacional de Saneamento para o indicador “Porcentagem do índice de perdas na distribuição de água” (A6) definidas em junho de 2013. Tomando-se as metas para o Brasil (primeira coluna), o índice de perdas tem que cair de 39% em 2010 para 31% em 2033.

TABELA 1: METAS DO PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

INDICADOR ANO BRASIL N NE SE S CO

A6. % do índice de perdas na distribuição de água

2010 39 51 51 51 35 34

2018 36 45 44 44 33 32

2023 34 41 41 41 32 31

2033 31 33 33 33 29 29

(17)

3 POTENCIAL DE GANHOS COM MEDIDAS DE REDUÇÃO DE

PERDAS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Nesta seção são abordados os custos e benefícios da redução de perdas de água e a estimativa dos potenciais ganhos monetários advindos da implementação de programas de redução de perdas de água.

3.1 Custos e benefícios da redução de perdas físicas de água

A análise econômica para programas de redução de perdas físicas de água requer a avaliação sobre os benefícios e os custos envolvidos, que dizem respeito às atividades previstas no referido programa.

3.1.1 Custos envolvidos na redução de perdas físicas de água

Os custos podem ser divididos em custos fixos, que ocorrem durante período específico de implantação do projeto, e custos variáveis, que ocorrem ao longo de todo o projeto.

Os custos dos projetos e serviços de redução de perdas podem ser elencados em:

Equipamentos e instalações, como tubulações, válvulas, bombas, motores, acessórios, peças de conexão, macromedidores, hidrômetros, elementos de controle e automação, equipamentos elétricos, subestação;

Obras civis, como zoneamento piezométrico, reservatórios, substituição de ramais e redes. Os custos indiretos incluem os gastos com projetos, gerenciamento e fiscalização de obras, serviços de consultoria, entre outros.

Ações operacionais e de manutenção, como pesquisa acústica para a detecção de vazamentos não visíveis, reparo de vazamentos, combate a fraudes.

(18)

quais potencializam a submedição; e tubulações que não vazam, sem juntas, (de polietileno de alta densidade – PEAD – com juntas soldadas)

Mão de obra, responsável pela gestão, execução, controle e geração de relatórios, tanto terceirizada como própria.

Qualificação profissional, incluindo treinamento da mão de obra e certificação profissional.

3.1.2 Benefícios envolvidos na redução de perdas físicas de água.

Os benefícios de um projeto de redução de perdas são diversos. Com a redução das perdas físicas, a empresa pode produzir uma quantidade menor de água para abastecer a mesma quantidade de pessoas. Ao produzir uma quantidade menor de água, a operadora de saneamento reduz os custos com diversos itens, tais como:

 Produtos químicos;

 Energia elétrica;

 Compra de água bruta (nos casos em que há cobrança pelo uso da água);

 Mão de obra

Com a redução das perdas aparentes, decorrentes de fraudes nas ligações, consumo não faturado, falta de hidrômetros, problemas de medição, dentre outros, a principal consequência é o aumento do volume faturado e, consequentemente, da receita.

Além disso, a empresa pode postergar investimentos necessários para atender ao aumento da demanda decorrente do crescimento populacional. Entre aumentar a capacidade de produção de água e diminuir as perdas de água, a segunda alternativa será, em muitos casos, a mais adequada do ponto de vista econômico-financeiro e também ambiental. Com o aumento da eficiência na produção e distribuição de água, a mesma quantidade produzida atende mais pessoas.

(19)

QUADRO 9: BENEFÍCIOS DA REDUÇÃO DAS PERDAS

Perdas Perdas aparentes Perdas reais

Ganhos Aumento da receita Redução de custos Postergação de

investimentos

Tipos de benefícios Aumento do consumo medido e faturado

Menores custos com produtos químicos, energia e outros insumos.

Diminuição da produção de água com o atendimento do mesmo número de pessoas. Atendimento de maior número de pessoas com a mesma quantidade produzida.

Ações envolvidas

Troca de hidrômetros e medidores; Corte nas ligações fraudulentas; Medição efetiva de todas as economias (domiciliares, comercial e públicas); Melhora no cadastro

Melhora do controle da pressão na rede; Melhora no controle e detecção de vazamentos; Melhoria e troca de tubulações, ligações, válvulas.

Qualificação da mão de obra e melhoria dos materiais

Fonte: elaboração própria

Além dos ganhos indicados no Quadro 9 há um benefício intangível associado ao ganho de imagem de uma operadora focada em eficiência e preservação dos recursos naturais. É difícil imaginar algo mais incoerente com a missão empresarial de prestar serviços ambientais de uma operadora do que o registro de elevadas perdas de água em qualquer etapa do processo de disponibilização ou uso dos sistemas.

(20)

QUADRO 10: SINERGIAS ENTRE REDUÇÃO DAS PERDAS DE ÁGUA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Fonte: Elaboração GO Associados

Os benefícios diretos das medidas de eficiência energética são refletidos na redução dos gastos com energia. Além disso, é possível apontar benefícios indiretos. Por exemplo, os gastos investidos em conservação diminuem a necessidade de ampliação da geração de energia. De acordo com ABES (2005), cada R$ 1 gasto em conservação de energia, evita R$ 8 em investimento em geração. Além disso, aumento de eficiência permite que as empresas tenham mais recursos para investir na expansão dos sistemas de água e esgoto.

3.2 Estimativa do potencial de ganho advindo de medidas de

redução de perdas de água.

Os programas para redução de perdas de água devem considerar sempre a relação entre o valor gerado pelo volume de água economizado (que não será perdido) e o valor do investimento tanto em infraestrutura quanto em gestão comercial realizado para lograr a redução de perdas. A partir de certo nível de perda de água muito reduzido, o custo para a redução da perda de água se torna cada vez maior, pois a economia de água gerada por investimento realizado é cada vez menor.

(21)

nível de perda de água, os investimentos em programas de redução de perda de água física deixam de se tornar atraentes.

Carlos Alberto Rosito8 estimou o potencial de ganhos brutos, em termos monetários,

da redução de perdas de água. Para tanto, considerou o volume de água faturado no Brasil em 2007 (de aproximadamente 8,035 bilhões de m3), o consumo autorizado (aproximadamente 433,3 milhões de m3 de água), as perdas aparentes (1,633 bilhão de m3) e as perdas reais (3,927 bilhões de m3 de água).

As perdas aparentes foram valoradas com base na tarifa média de água no mesmo ano de 2007, de R$ 1,87/m3, resultando em R$ 3,052 bilhões. Já as perdas físicas ou reais foram valoradas com base no custo marginal da água no mesmo ano de 2007, de R$ 1,07/m3, resultando em R$ 4,055 bilhões. Por fim, foi incluído também o consumo autorizado não faturado, que também foi valorado pelo custo marginal, resultando em R$ 0,464 bilhão. No total, o custo das perdas em 2007 somou aproximadamente R$ 7,6 bilhões.

A partir desses parâmetros, desenhou três cenários. O primeiro cenário, “otimista”, apresentava redução de 50% das perdas ao longo de 17 anos (de 2009 a 2025). Nessa hipótese, as perdas se reduziriam para 18,75%, com ganho potencial acumulado até 2025 de R$ 37,27 bilhões.

No cenário “base”, as perdas se reduziriam em 38%, resultando em ganho potencial acumulado até 2025 de R$ 29,93 bilhões. Finalmente, o cenário “conservador” considera redução de perdas de 25%, com ganho potencial acumulado, no mesmo período, de 20,91 bilhões. Os números estão no Quadro 11.

(22)

QUADRO 11: ESTIMATIVAS DE GANHOS BRUTOS COM REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA

Perdas

(2009) Perdas (2025) Redução (%) Ganhos potenciais (R$ Bilhões)

Cenário 1 – Otimista 37,4% 18,7% 50% 37,27

Cenário 2 – Base 37,4% 23,2% 38% 29,93

Cenário 3 - Conservador 37,4% 27,9% 25% 20,91

Fonte: adaptado de apresentação de Carlos Rosito no âmbito do Grupo de Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais.

Se for considerado, no cenário “base”, que 50% desse total será reinvestido para implementar e manter os programas de redução de perdas de água9, o ganho líquido

estimado de uma queda de 38% nos níveis de perda de água do Brasil seria de R$ 14,97 bilhões em 17 anos, uma média de R$ 880 milhões por ano. Este montante representa aproximadamente 12% do que foi investido no setor de água e esgoto no Brasil no ano de 2011 (R$ 7 bilhões).

A atualização dessa estimativa a partir do SNIS de 2010 resultou em ganhos potenciais brutos de R$ 36 bilhões, ou R$ 20 bilhões líquidos.

Há, portanto, um caminho promissor a ser percorrido pelas empresas brasileiras de saneamento para elevar sua eficiência operacional. Note-se, entretanto, que soluções para o problema das perdas em grandes cidades demandam planejamento, conhecimento e persistência das ações; resultados rápidos podem ser obtidos, mas o verdadeiro equacionamento é de longo prazo.

(23)

4 SITUAÇÃO ATUAL DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS

A situação atual dos prestadores de serviço não favorece os investimentos em redução de perdas. Parte importante dos operadores não possui quadro de profissionais em quantidade suficiente e, mesmo quando o tem, não está suficientemente treinado e capacitado para gerenciar os sistemas de modo a manter baixos e sob controle os índices de perdas. Outro fator que agrava o problema é a precária condição física dos sistemas de abastecimento de água, com redes antigas, escassez de equipamentos e instrumentos, e até mesmo de cadastros técnicos e comerciais. Em outras palavras, há prestadores que desconhecem as principais caraterísticas do sistema que operam.

4.1 Baixa capacidade de financiamento

Um dos principais problemas associados aos baixos índices de investimento no setor de saneamento brasileiro é a baixa capacidade dos operadores de se financiar. Levantamento do Fundo de Investimentos do FGTS indica que das 26 empresas estaduais de saneamento, somente 7 têm condições adequadas para captação de financiamentos10.

Essa limitação está relacionada às formas como o Governo Federal disponibiliza recursos para o setor e às condições econômico-financeiras ainda precárias dos operadores, que, por sua vez, se justificam em função da baixa eficiência operacional e de gestão. Ou seja, os altos custos dessas empresas (quadro de pessoal mal dimensionado, ineficiência nas compras, alto consumo de energia elétrica, altos índices de perdas de água) e a baixa capacidade de geração de receitas (gestão comercial deficiente, não aproveitamento de oportunidades na área de saneamento industrial e privado, baixa agressividade comercial) diminuem a capacidade das operadoras de obter recursos financeiros, que seriam destinados ao seu plano de investimentos e, também, a ações de melhoria operacional, como programas de redução de perdas de água.

(24)

Conforme indicado no Quadro 12, trata-se de um ciclo vicioso, em que a baixa capacidade operacional reduz a capacidade de financiamento, que por sua vez prejudica a capacidade de investimento e, consequentemente, a melhora operacional.

QUADRO 12: CICLO VICIOSO – GESTÃO DAS OPERADORAS DE SANEAMENTO

Fonte: Manual sobre contratos de performance e eficiência para empresas de saneamento (IFC, 2012)

4.2 Rigidez orçamentária

A redução de perdas físicas e de perdas aparentes envolve uma série de atividades que precisam ser desenvolvidas de forma integrada e que normalmente dificulta a estimativa precisa de todas as ações necessárias à identificação e redução das perdas nos sistemas de abastecimento de água. Essa característica requer alguma flexibilidade das operadoras de saneamento para alterar seus orçamentos ao longo da implantação de programas para redução de perda de água.

A rigidez orçamentária, isto é, a ausência de flexibilidade nos orçamentos, constitui assim um problema para a implantação de programas de redução de perdas nos sistemas de abastecimento de água.

4.3 Ausência de coordenação central

(25)

Uma das razões para esse tipo de prática está associada a não indicação de um setor ou departamento como responsável pela implantação de um programa de redução de perdas. Como as ações para reduzir perdas envolvem diversos departamentos de uma operadora de saneamento (como os setores de compras, obras, manutenção, cobrança, marketing, entre outros), a ausência de uma unidade focada na estruturação e acompanhamento de um programa de redução de perdas e eficiência energética dispersa esforços e causa descoordenação.

Isso se reflete também no momento da orçamentação, pois se não houver orçamento dedicado a todas as ações necessárias à implantação de um programa de redução de perdas e eficiência a tendência é que, por falta de recursos, não seja possível implantar todas as ações necessárias ao sucesso do programa.

(26)

5 CONTROLE DAS PERDAS

O Quadro 13 apresenta uma síntese das ações para o controle e a redução de perdas reais. Há três tipos de vazamentos; para cada tipo de vazamento correspondem algumas ações possíveis para o controle e a redução de perdas:

 Vazamentos não visíveis, de baixa vazão, não aflorantes e não detectáveis por métodos acústicos de pesquisa. Nestes casos, deve-se observar a qualidade da mão de obra e dos materiais utilizados, e, eventualmente, reduzir a pressão da rede.

 Vazamentos não visíveis, não aflorantes, mas detectáveis por métodos acústicos de pesquisa: nesses casos, além das ações anteriores, deve-se aumentar a pesquisa de vazamentos.

 Vazamentos visíveis, aflorantes ou ocorrentes nos cavaletes; extravazamentos nos reservatórios. Nesses casos, além as ações anteriores, deve-se também controlar o nível dos reservatórios.

QUADRO 13: SÍNTESE DAS AÇÕES PARA O CONTROLE E A REDUÇÃO DE PERDAS REAIS

Fonte: TARDELLI FILHO, J. Controle e Redução de Perdas. In TSUTIYA, M. T.

(27)

Já o Quadro 14 apresenta a síntese das principais ações para o controle e a redução das perdas aparentes. No âmbito da macromedição, as ações adequadas são a instalação adequada de macromedidores e a calibração dos medidores de vazão. No âmbito da gestão comercial, as ações incluem o controle de ligações inativas e clandestinas. No que concerne à micromedição, as ações abrangem a instalação adequada e a substituição periódica dos hidrômetros.

QUADRO 14: SÍNTESE DAS AÇÕES PARA O CONTROLE E A REDUÇÃO DE PERDAS APARENTES

Fonte: TARDELLI FILHO, J. Controle e Redução de Perdas. In TSUTIYA, M. T.

(28)

6 FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS E ABORDAGENS PARA

A REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA

O problema do elevado nível de perdas preocupa as lideranças de organizações de saneamento (concessionárias públicas e privadas, autarquias e departamentos) pelo menos a partir do início dos anos 2000, especialmente por causa da escassez hídrica que estas organizações enfrentam e pelos altos valores das perdas, gerando demanda adicional num sistema de abastecimento de água já bastante exigido pelo desenvolvimento urbano das cidades brasileiras.

O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), em discussão no Brasil, separa o foco de atuação no setor de saneamento, em ações estruturais (com foco na ampliação e melhoria do ativo) e ações estruturantes (cujo foco é a gestão de ativos). O ataque às causas das perdas, pela via de ações estruturais, deve ser antecedido por ações estruturantes, partindo-se de uma estratégia bem formulada, levando em consideração conceitos de gestão.

Cabe aos operadores, independentemente da estratégia que adotem para o combate às perdas, o pleno conhecimento dos sistemas que operam. As estratégias que podem ser adotadas, algumas das quais descritas a seguir, jamais podem perder de foco que o ponto de partida para enfrentar o problema das perdas de água é o estabelecimento, por parte dos operadores, de um mínimo de profissionais destacados para o desafio.

Os profissionais designados deverão ser treinados e capacitados nos conceitos e ações que envolvem a operação de água, hidrometria e aspectos comerciais como combate a fraudes, por exemplo. O conhecimento de conceitos de gestão e estratégia é necessário para as pessoas que lideram equipes e processos.

6.1 Ações estruturantes: a gestão dos ativos

Reduzir perdas sem considerar práticas de gestão tem se demonstrado inócuo, pois não se consegue dar sustentabilidade ao Programa de Redução e Controle de Perdas.

(29)

resultados. Com esses resultados serão definidas as próximas estratégias e etapas de um Programa de Controle de Perdas em uma companhia de saneamento.

Trata-se da incorporação de ferramentas de qualidade nos processos operacionais envolvidos no controle e redução de perdas em sistemas de abastecimento de água. As decisões devem ser tomadas baseadas em indicadores e análises criteriosas dos resultados, deixando de lado o predomínio da experiência dos operadores do sistema. Essa bagagem de conhecimentos, que não deve e não pode ser desprezada, merece ser utilizada juntamente com ferramentas e métodos que traduzam uma maior otimização dos recursos disponíveis e uma elevada eficácia dos resultados.

De forma resumida, um programa deve conter minimamente as seguintes etapas:

 Diagnóstico;

 Definição de Metas;

 Indicadores de Controle;

 Planos de Ação;

 Estruturação e Priorização;

 Acompanhamento das Ações e Avaliação de Resultados.

O sucesso do programa está diretamente ligado ao conhecimento e participação de todos os agentes responsáveis, em quaisquer níveis hierárquicos dentro da organização na companhia de saneamento.

A realização de atividades de capacitação técnica, palestras, discussões de resultados e cobrança de responsabilidades, bem como a utilização de meios de comunicação internos à empresa disponíveis, são medidas passíveis de serem adotadas.

O envolvimento acima citado deve ser passado e cobrado também no caso da terceirização dos serviços.

(30)

Existem várias ferramentas de gestão para programas de redução de perdas. Entre eles, destaca-se o MASPP – Método de Análise e Solução de Problemas de Perdas D’ Água e de Faturamento. O MASPP tem sido a Ferramenta da Qualidade empregada em vários operadores.

O MASPP pode ser entendido como uma adaptação do Ciclo de Deming, também conhecido como Ciclo do PDCA (Plan-Do-Check-Act) para programas de redução de perdas. Suas oito fases sequenciais estão ilustradas no Quadro 15:

QUADRO 15: FASES SEQUENCIAIS DO MASPP: O CICLO DE CONTROLE

Fonte: apud Baggio, 2009

De acordo com os princípios do MASPP, o principal objetivo é reduzir o índice de perda de água na distribuição, a partir da redução do VD (Volume Disponibilizado) e da elevação do VU (Volume Utilizado).

A característica desse método passa a ser então a criação de um desafio comum a todos, desde a direção até o chão de fábrica.

A gestão de programas de redução de perdas deve incluir:

 Padrões de Trabalho de Controle de volume de água disponibilizado, abrangendo:

- Planejamento e Controle de reservatórios; - Planejamento e Controle de bombeamentos; - Planejamento e Controle de VRP’s;

(31)

- Planejamento e Controle de combate a vazamentos; - Planejamento e Controle de manobras; e outros...;

 Padrões de Trabalho de Controle de volume de água utilizado e ligações ativas, abrangendo:

- Planejamento e Controle de Cadastro de Consumidores;

- Planejamento e Controle da Micromedição tanto para rol comum como para

cliente especial;

- Planejamento e Controle de combate a fraudes e clandestinas;

- Planejamento e Controle das Margens de Erro da Macro e Micromedição; - Planejamento e Controle de Ataque a Inativas; e outros...

6.2 Ações estruturais: execução de uma estratégia de redução

de perdas

As abordagens tradicionais para redução de perda física de água nos países em desenvolvimento consistem na celebração de contratos de assistência técnica e na terceirização de partes do projeto de redução de perdas de água.

Como contraponto à abordagem tradicional tanto em relação à perda de água física quanto em relação à perda de água comercial, a literatura propõe de forma unânime, o modelo de contrato de performance. Neste, diferentemente da abordagem tradicional, todas as atividades relacionadas à redução de perda de água são transferidas ao parceiro privado.

Por fim, há a alternativa de parcerias público-público, como exemplificado pela parceria entre duas empresas públicas de saneamento básico, a Sabesp (São Paulo) e a Casal, (Alagoas).

As próximas seções analisam essas três abordagens para a redução de perda física de água.

6.2.1 Contratos de Assistência Técnica

(32)

de água. Estas consultorias apenas estruturam um projeto que é executado com o orçamento da operadora de água destinado a este propósito assim como com o quadro de funcionários pré-existente contratado pela operadora de água.

Esta abordagem apresenta, em muitas situações, deficiências. A principal delas reside no fato da remuneração da contratada ser fixa e não relacionada ao sucesso do programa de redução de perdas. Além disso, muitas empresas de saneamento carecem de know-how e conhecimento para implantar os programas de redução de perdas formatados, o que reduz a utilidade da assistência técnica contratada.

6.2.2 Terceirização de partes dos serviços dos projetos para redução de perdas de água

Já a terceirização de partes dos serviços dos projetos para redução de perdas de água tem sido utilizada para trabalhos de campo como detecção de vazamentos no sistema de distribuição de água, troca de hidrômetros, atualização de cadastros dos consumidores finais e identificação de fraudes. Esta abordagem apresenta algumas vantagens em relação aos contratos de assistência técnica, quais sejam, a redução dos custos de prestação do serviço através de processo licitatório, maior flexibilidade para trabalho noturno e maior flexibilidade na captação de recursos adicionais.

6.2.3 Contratos de performance

Os contratos de performance oferecem uma nova abordagem para o desafio de redução das perdas de água. A essência dos contratos de performance é o agente privado não ser remunerado apenas pela entrega dos serviços, como ocorreria na terceirização, mas também pelo cumprimento das metas estabelecidas no contrato.

(33)

A aplicação prática dos contratos de performance depende do nível de risco que o agente privado está disposto a aceitar o que está atrelado, de forma indireta, ao cenário político-econômico do país, às condições especificas das operadoras de água e às especificidades de cada contrato.

Programas de redução de perdas em empresas de saneamento na maioria das vezes não são implantados através de contratos de eficiência. De fato, os contratos de performance não são uma panaceia e não constituem o único modelo para reduzir perdas de água.

Entretanto, os contratos de eficiência oferecem soluções mais apropriadas para superar determinados entraves comumente enfrentados por operadores brasileiros de saneamento. De forma geral, é possível agrupar esses entraves e soluções em quatro grupos: (i) capacidade de financiamento; (ii) know-how na estruturação de programas; (iii) redução de custos de transação; e (iv) aumento de incentivos positivos ao contratado privado.

QUADRO 16: COMPARAÇÃO ENTRE CONTRATAÇÃO TRADICIONAL E CONTRATO DE PERFORMANCE

Item Contratação Tradicional Contrato de Performance

Investimentos e despesas de implantação

Realizados pela operadora de

saneamento Realizados pela contratada

Necessidade de capital É preciso ter disponibilidade de capital

para realizar o investimento

Não é preciso ter disponibilidade de capital para realizar o investimento

Remuneração da contratada

Definida na licitação.

Depende de medições de obra e não do alcance efetivo das metas

Depende de desempenho. Se a contratada não alcança as metas, é penalizada com remuneração menor.

Risco Assumido pela operadora de

saneamento Assumido pela contratada

Tecnologia

Empresa deve possuir know-how para desenhar as ações necessárias de maneira detalhada

Tecnologia pode ser trazida pela empresa contratada.

Fonte: Manual sobre contratos de performance e eficiência para empresas de saneamento (IFC, 2012)

6.2.4 Parceria público-público

(34)

- Poucas empresas estaduais de saneamento têm condições de prestar serviços fora do

seu Estado (seja por restrições legais, seja por falta de capacidade financeira).

- Poucas empresas que tem condições e estão autorizadas por lei a desenvolver

atividades fora do seu Estado e no exterior encontram, ainda, muitas resistências, pois são constantemente cobradas para investir recursos e esforços na redução dos déficits de cobertura de serviços em seus Estados.

A nacionalização e internacionalização é geralmente vista como uma segunda etapa da estratégia empresarial da Companhia, após a completa universalização dos serviços na sua base operada.

Esse entendimento, porém, apresenta algumas inconsistências. Na realidade, a atuação de empresas públicas fora de seu Estado e mesmo a nível internacional representa importante instrumento de melhoria da gestão da Companhia e geração adicional de receita.

Melhoria na gestão, pois expõe os funcionários da companhia à concorrência com outras empresas e exige desenvolvimento de novas habilidades. A companhia passa atuar em um mercado competitivo e não mais monopolista, permitindo, também, a realização de exercícios de benchmark.

Do ponto de vista econômico, a decisão da empresa em atuar fora de seu Estado permite o engajamento em projetos com maior rentabilidade e retorno mais rápido. Isto porque, a empresa não precisa cumprir com sua função pública de saneamento integral de sua base operada, ainda que essas ações representem retornos mais modestos.

(35)

7 EXEMPLOS DE CASOS PRÁTICOS

7.1 Águas de Niterói

Aplicação do MASPP na Solução de

Problemas de Perdas D’ Água

A concessionária Águas de Niterói, dentro do que estabelecia seu Planejamento Estratégico, iniciou em 2005 a implantação do PROGRAMA PRODUZA (Produzir e Utilizar Água de maneira eficiente), com o objetivo de atingir metas de redução de perdas, através da redução do volume disponibilizado e do aumento do volume utilizado.

Assim, deflagraram-se importantes ações na Gestão dos Processos Operação e Comercialização, ações estas consubstanciadas no Método MASPP – Método de Análise e Solução de Problemas de Perdas D’ Água e de Faturamento. Após dois anos de ação o PRODUZA ostenta importantes melhorias, pois proporcionou pela via da redução do volume macromedido (comprado junto à CEDAE) e pela via do aumento do volume micromedido (vendido à cidade de Niterói) ganhos expressivos em rentabilidade, além de importantíssima preservação no uso de recursos naturais, já que se utiliza hoje para abastecer população maior, 1,5 bilhões de litros a menor.

Entre os principais resultados alcançados, destaca-se a economia no volume comprado em 1.296.000 m³ no ano de 2006, representando 0,30% no volume comprado junto à CEDAE;

7.2 Sanepar

Região Metropolitana de Curitiba

Implantação

do MASPP

(36)

Entre os principais resultados alcançados, destacam-se a redução de 2% no volume produzido e de 0,4% no volume micromedido.

7.3 Sabesp

Unidade de Gerenciamento Regional Santo

Amaro

Implantação da Metodologia MASPP II ou Six

Sigma

A metodologia Seis Sigma ou Six Sigma (em inglês) é um conjunto de práticas originalmente desenvolvidas pela Motorola para melhorar sistematicamente os processos ao eliminar defeitos.

Considerando ser inovadora a aplicação do Six Sigma na operação de sistemas de água, estudaram-se todos os mais de cem (100) setores de abastecimento da Unidade de Negócio Sul da Sabesp Metropolitana, tendo-se recaído a escolha num determinado setor de abastecimento piloto, o Setor Americanópolis Zona Baixa 1.

Após a implementação do Six, o indicador de perdas por ligação foi reduzido em mais de 30%, mantendo-se controlado, assegurado pela Central de Controle que realiza o controle estatístico dos processos de distribuição e de medição de consumos.

7.4 Rio Branco

Implantação do MASPP

(37)

7.5 Sabesp

Contrato de performance para redução de perdas

reais do Setor Vila do Encontro

Município de São Paulo

O escopo deste contrato é a “prestação de serviços técnicos para elaboração de estudos, projetos e implantação de planos de trabalho para otimização do abastecimento de água do Setor Vila do Encontro, visando a redução de perdas reais”11.

O objetivo do contrato de performance é promover uma economia de água distribuída no setor de abastecimento igual ou superior a 112.852 m³/mês. O valor considerado como baseline foi de 1.010.618 m³/mês – compreendido pela média de

jul/08 a jun/09 – e o objetivo é reduzir esse montante para 897.766 m³/mês, uma redução de 11,2%.

A licitação foi do tipo técnica e preço, sendo 70% da pontuação para a proposta técnica e 30% para a proposta comercial. A proposta comercial teve como base o volume de economia de água proposto (VEAP). Assim, quanto maior a economia de água proposta, mais pontos para a proponente. Neste caso, o VEAP da empresa vencedora da licitação foi de 115.938 m³/mês.

O contrato tem duração de quatro anos (mar/2010 a fev/2014) e três fases: i) pré-operação (18 meses); ii) apuração da performance (6 meses); e iii) remuneração fixa (24 meses). O Quadro 17 mostra as características de cada uma das três fases. Na fase 1 (pré-operação) são realizadas todas as ações para redução de perdas previstas na proposta técnica. Como em qualquer contrato de performance, os gastos para a realização desses investimentos ficam a cargo da empresa contratada. Nesta fase, a remuneração ocorre somente se o Volume Distribuído (VD) ficar abaixo do baseline, ou

seja, a empresa só recebe se efetivamente propiciar a redução de perdas de água. A fase 2 (apuração da performance) fica restrita ao gerenciamento do setor de abastecimento.

(38)

A remuneração ocorre de acordo com o resultado do período anterior. A fase 3 (remuneração fixa) é aquela em que a operação passa para a Sabesp. Neste caso, a remuneração será realizada pela média do VD obtido na fase 2.

QUADRO 17: FASES DO CONTRATO DE PERFORMANCE SABESP – VILA DO ENCONTRO

Fase Pré-operação Apuração de performance Remuneração Fixa

Atividade Implantação do escopo proposto

Gerenciamento do setor de

abastecimento Operação Sabesp

Período 18 meses 6 meses 24 meses

Remuneração Parcial Variável Fixa

Condições para a remuneração

VD abaixo do baseline é condição necessária para

a remuneração.

Remuneração conforme o período anterior, mas a média

do resultado destes 6 meses será a base de cálculo para as

remunerações fixas.

Remuneração fixa em função da média do VD obtido no período anterior

Fonte: BERENHAUSER (2012)

Entre os principais resultados da implantação das ações para redução de perdas reais de água no contrato de performance realizado pela Sabesp no Setor Vila do Encontro, destacam-se:

 O volume de perdas passou de cerca de pouco mais de 900 litros por ligação dia em julho de 2008 para menos de 400 em janeiro de 2012.

 Já índice de perdas, medido em termos percentuais passou de cerca de 51% em julho de 2008 para menos de 30% em janeiro de 2012.

7.6 Programa Reágua.

O Programa REÁGUA (Programa de Apoio à Recuperação de Água no Estado de São Paulo), desenvolvido pelo Banco Mundial e pela Secretaria de Saneamento e Energia (SSE)12 do Estado de São Paulo, objetiva aumentar, quantitativa e

qualitativamente, a disponibilidade de água em bacias críticas do Estado de São Paulo,

(39)

através da aplicação de cerca de US$ 107 milhões, recursos do Banco Mundial e de contrapartida do Governo do Estado de São Paulo.

No quesito quantidade, o Programa foca em três componentes: controle e redução de perdas reais; uso racional da água; e reuso de efluentes tratados. No quesito qualidade, o Programa foca igualmente em três componentes: coleta, transporte e tratamento de esgotos.

Além disso, o Programa Reágua reservou parte dos recursos pra aplicação institucional, tendo em vista principalmente o incremento da capacitação técnica das dezenas de Companhias Municipais do Estado de São Paulo.

Para definir os componentes do Programa, a SSE promoveu uma seleção de projetos: através de chamada no Diário Oficial, as Companhias de Saneamento estadual e municipais foram convocadas a apresentar projetos enquadráveis nos componentes acima citados.

Os projetos apresentados foram pontuados com relação à sua viabilidade e qualidade. Após a seleção, o Quadro do Programa Reágua ficou composto da seguinte forma:

• 6 projetos de Controle e Redução de Perdas • 2 projetos de Uso Racional da Água

• 2 projetos de Reuso de Efluentes Tratados

• 21 projetos de Coleta, Transporte e Tratamento de Esgotos

No total, 31 projetos distribuídos em 27 municípios do Estado de São Paulo.

A grande inovação do Programa Reágua é que tais projetos serão remunerados a partir dos objetivos e resultados alcançados, independentemente do custo das obras previstas.

(40)

repassados aos operadores. A remuneração do operador se daria pelo atingimento de metas contratadas de “volume de água recuperada”. Esse volume seria multiplicado por valores monetários por metro cúbico de água recuperada, variáveis de acordo com o grau de dificuldade para a redução de perdas. O grau de dificuldade foi estabelecido conforme as cinco categorias definidas nas bandas de referência para redução de perdas do Banco Mundial, conforme o Quadro 5, da página 13.

O Programa Reágua é, portanto, uma experiência pioneira do Banco Mundial em contratos de performance (OBD – Output Based Disbursement) 13.

7.7 Parcerias Público-Público: Histórico do Projeto

Casal-Sabesp

O contrato entre a Sabesp e a CASAL – Companhia de Saneamento de Alagoas, trouxe grandes inovações, principalmente na questão da remuneração por risco, além da estratégia de ataques a perdas reais, aparentes e a implantação do MASPP para a redução e controle das perdas de água no município de Maceió.

As partes concordaram que o contrato teria um período de intervenções de 18 meses (até maio de 2011), sendo os investimentos totais da Sabesp previstos da ordem de R$ 20.000.000,00. A Sabesp subcontratou uma série de serviços, permanecendo, porém, responsável perante a Casal pelo sucesso do programa e pela transferência de tecnologia. Dois profissionais da Sabesp foram transferidos para Maceió para coordenar as ações do contrato.

A remuneração da Sabesp foi calculada com base no efetivo aumento de receitas experimentado pela Casal durante o período do contrato.

A Sabesp fazia jus, nos três primeiros anos de contrato, a uma remuneração de 55% do acréscimo de receita e de 45% nos dois últimos anos de contrato, até que sua

13 Veja: Velez e Tierney, 2010 (disponível em:

(41)

remuneração acumulada e reajustada chegasse ao valor total de R$ 25.008.392,00 (vinte e cinco milhões, oito mil e trezentos e noventa e dois reais) (“Valor Total Inicial”). A partir de então a Sabesp faria jus a 20% do acréscimo de receita até que sua remuneração acumulada reajustada chegasse ao Valor Total Inicial do Contrato acrescido de 20%.

O contrato trouxe importantes resultados, dentre eles a regularização do abastecimento no Bairro de Benedito Bentes (área carente de Maceió) que, devido aos altos índices de perdas, impedia que mais água fosse distribuída para a orla, onde estão concentrados os grandes consumidores (p.ex. hotéis e restaurantes).

(42)

8 CONCLUSÕES: AS PROPOSTAS DA ABES

O objetivo desta seção é resumir os principais pontos abordados.

 O cenário brasileiro de perdas de água no setor de saneamento é bastante problemático.

- A média brasileira de perdas nos sistemas de abastecimento de água é de

aproximadamente 40%, incluindo as perdas reais e aparentes.

 Cabe aos operadores, independentemente da estratégia que adotem para o combate às perdas, o pleno conhecimento dos sistemas que operam.

 As estratégias brasileiras para redução de perdas de água devem combinar ações estruturantes (de gestão de ativos) e ações estruturais (de ampliação e melhoria dos ativos).

- No caso das ações estruturantes, este texto destaca a importância de

estratégias de gestão integradas para os programas de redução e controle de perdas. Há várias ferramentas de gestão disponíveis, entre elas o MASPP.

 No caso das ações estruturais, há também opções de contratação de serviços, entre elas:

- Contratos de Assistência Técnica;

- Terceirização de partes dos serviços dos projetos para redução de perdas

de água;

- Contratos de performance e - Parceria público-público.

 Os contratos de performance oferecem uma nova abordagem para o desafio de redução das perdas de água

 É fundamental para o enfrentamento do problema a clara necessidade de adequação e capacitação dos recursos humanos que serão alocados na atividade, por parte dos operadores.

(43)
(44)

9 REFERÊNCIAS

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COSTA, A. J. M. Casal – desafios na teoria e na prática: apresentação. In: Grupo de Economia do Saneamento, Energia & Soluções Ambientais, 2012, São Paulo.

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http://siteresources.worldbank.org/INTLAC/Resources/257803-1269390034020/EnBreve_160_Web.pdf. Último acesso em 31/07/2013.

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TABELA 1: METAS DO PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

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