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A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL E NO MUNDO

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A EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA NO BRASIL E

NO MUNDO

PÓS-GRADUAÇÃO 2011

LEITURA FUNDAMENTAL

AULA 4

OS USOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PROF. DR. JOÃO MATTAR

© DIREITOS RESERVADOS

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OS USOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PÓS-GRADUAÇÃO 2011

LEITURA FUNDAMENTAL AULA 4 PROF. DR. JOÃO MATTAR

PARA CITAR ESTE TEXTO:

MATTAR, João. Os Usos da Educação a Distância. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2011.

© DIREITOS RESERVADOS

Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.

Publicação: Junho de 2011.

DIRETORIA DE EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

Silvio Cecchi

Correspondência/Contato

Alameda Maria Tereza, 2000, Valinhos, São Paulo CEP. 13.278-181, Tel.: 19 3512-1700

PREPARAÇÃO GRÁFICA

Lusana Veríssimo Renata Galdino PARECER TÉCNICO

Cláudia Benedetti

REVISÃO GRAMATICAL

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Objetivos

Nesta aula, analisaremos os diferentes setores em que a EaD é utilizada, suas diferentes modalidades e os diferentes participantes do mercado. Além disso, exploraremos o conceito e a prática do design instrucional, que se desenvolveu intensamente com a Educação a Distância. Nosso objetivo principal, portanto, é mostrar as diferentes maneiras como a EaD pode ser utilizada.

1. INTRODUÇÃO

A Educação a Distância é utilizada em diversos setores e níveis, desde a educação básica até a pós-graduação, em cursos livres e corporativos, pelo governo e por empresas privadas, e assim por diante. Em cada uma dessas situações, ela se reveste de características distintas, atendendo a públicos diferentes. Nesse sentido, é possível dizer que não existe algo como a Educação a Distância, mas muitas maneiras de se fazer EaD, configuradas em função desses contextos específicos. Vejamos, então, alguns desses diferentes contextos em que a Educação a Distância é utilizada.

2. EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL E BÁSICA

Nos países de língua inglesa, como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, é robusto o movimento de home schooling, home study ou home education, em que as crianças são educadas em casa por pais ou tutores, ou seja, sem frequentar escolas. A educação em casa pode ser guiada por uma filosofia pedagógica mais livre, mas muitas escolas oferecem um currículo definido, material didático (em geral impresso), padrões de tempo para que o conteúdo seja ministrado, avaliações e inclusive algumas atividades presenciais, cumprindo, assim, os requisitos legais para que uma criança seja educada a distância nesses países. Nos Estados Unidos, é também crescente a oferta de cursos a distância, em geral on-line, para alunos de high school (que corresponde ao nosso Ensino Médio).

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devem ser credenciadas pelos Conselhos Estaduais de Educação. Instituições de destaque no cenário nacional nessas modalidades, pelo número de alunos que atendem, são o SESI (Serviço Social da Indústria) e a Fundação Bradesco, que atuam na educação de jovens e adultos.

O Conselho Estadual de Educação de São Paulo homologou, em outubro de 2008, a Deliberação CEE 77/08, que autoriza o uso da EaD por escolas no Estado de São Paulo.

O Art. 3º da Deliberação diz: “No ensino fundamental poderão ser utilizados mecanismos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), para atividades complementares de ensino, reforço e recuperação.” Aqui, o uso da EaD fica mais restrito, pois a referência é ao uso de tecnologias da informação e comunicação, e apenas em alguns tipos de atividades, o que no fundo já ocorre em muitas escolas.

Já o Art. 4º diz: “No ensino médio, quaisquer componentes curriculares poderão ser trabalhados na modalidade semipresencial”, e os dois parágrafos seguintes explicam o que isso quer dizer:

§ 1º - Considera-se modalidade semipresencial quaisquer atividades didáticas, módulos ou unidades de ensino centrados na autoaprendizagem e com a mediação de recursos didáticos organizados em diferentes suportes de informação que utilizem tecnologias de informação e comunicação remota.

§ 2º - O limite máximo para oferta de componentes curriculares nesta modalidade é de 20% do total de horas destinadas ao curso.

Ou seja, no Ensino Médio em São Paulo, está autorizado oficialmente o uso de 20% da carga horária com EaD.

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O uso da Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) para o ensino a distância no ensino fundamental pode ser utilizado apenas como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. Não se trata aqui de propor o uso do ensino a distância para fazer frente às mudanças do currículo básico do ensino fundamental e médio. Trata-se de chamar a atenção para uma metodologia que pode e deve ser estimulada para promover a melhor aprendizagem dos alunos, complementando conhecimentos com contextos mais reais e dinâmicos; promovendo a oferta de alternativas para recuperação, reforço e avanços de alunos e até mesmo para promover a aprendizagem de uma segunda e terceira língua estrangeira ou de orientação e de educação profissional. Enfim, trata-se de diversificar e oferecer oportunidades para que os alunos possam optar por módulos complementares de estudos. O Plano Nacional de Educação definiu que o ensino superior pode fazer uso de metodologias a distância, limitando-o a 20% da carga horária do curso, sem necessidade de autorização ou credenciamento. Nada impede que este Colegiado estabeleça o mesmo para a educação básica, na mesma proporção prevista para o ensino superior, visando incentivar o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. (art. 80 da LDB)

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3. ENSINO SUPERIOR

Como já

vimos, são hoje credenciados no Brasil cursos superiores a distância nas seguintes modalidades:

sequenciais, tecnológicos,

graduação e pós-graduação. Também já vimos que cursos superiores

presenciais podem oferecer 20% de sua carga horária a distância. Além disso, há cursos que têm autorização para serem ofertados totalmente a distância, com exigências como polos e provas finais presenciais. Mestrados a distância têm sido oferecidos em caráter de teste e acompanhados pela Capes.

O mesmo movimento ocorre em outros países, com a oferta de disciplinas e cursos on-line por instituições de diversos tamanhos, em muitos casos dual mode, ou seja, que oferecem simultaneamente cursos presenciais e a distância.

3.1 UNIVERSIDADES ABERTAS

As Universidades Abertas são outro modelo de EaD para o Ensino Superior, o que deu origem à expressão open and distance learning (aprendizagem aberta e a distância). Aberta, nesta expressão, tem um sentido bastante amplo, envolvendo a abertura a pessoas, lugares, tempo, métodos e conceitos.

Em geral, consideram-se universidades abertas aquelas que atendem a mais de 100.000 alunos, mas algumas, como a Anadolu na Turquia e a Universidade da TV na China, chegam a atender mais de 500.000 estudantes. Assim, as universidades abertas conseguem oferecer um ensino de qualidade para pessoas que não poderiam estudar de outra maneira. Entretanto, mesmo sendo reconhecidamente um modelo de negócios que deu certo, países como os Estados Unidos e a Austrália, por exemplo, não o adotaram.

Sugestão de leitura focada no tema:

MORAES, R. C. Educação a distância e ensino superior: introdução didática a um tema polêmico. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.

Link:http://books.google.com/books?id=OIkG11l_WcoC&printsec=frontc over&dq=Educa%C3%A7%C3%A3o+a+dist%C3%A2ncia+e+ensino+sup erior:+introdu%C3%A7%C3%A3o+did%C3%A1tica+a+um+tema+pol%C

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Como já vimos, as universidades abertas surgiram numa fase posterior à educação por correspondência e anterior à EaD on-line, e por isso utilizaram inicialmente material impresso, além de rádio, televisão, cassetes e vídeos como suas mídias principais. Hoje, a Internet e o ensino on-line predominam em diversas delas.

3.2 UNIVERSIDADES VIRTUAIS

Algumas instituições, que nasceram especificamente para ministrar cursos a distância on-line, são denominadas Universidades Virtuais, já que não possuem câmpus físico. Sua oferta é apenas de cursos 100% a distância, ou seja, elas se diferenciam das universidades presenciais que, posteriormente, passaram a praticar EaD.

4. UNIVERSIDADES CORPORATIVAS

Diversas empresas criaram suas Universidades Corporativas, que diferem dos clássicos departamentos de treinamento, pois ampliaram significativamente seu nível de atuação, modificaram seus métodos e conteúdos oferecidos e passaram, inclusive, a oferecer cursos com certificação acadêmica. Os Estados Unidos são o país em que esse fenômeno mais se desenvolveu, a partir da década de 1990. Já existem empresas de referência como Toyota, Sun, Motorola, IBM e McDonald‟s (com a Universidade do Hambúrger), que constituíram universidades corporativas, e existem também inúmeros livros publicados em inglês sobre o tema.

Mark Allen, que em 2002 definiu a universidade corporativa, em seu The Corporate University Handbook, como “uma entidade educacional que é uma ferramenta estratégica projetada para assistir sua organização-mãe a atingir sua missão, conduzindo atividades que cultivem aprendizado individual e organizacional, conhecimento e sabedoria” (p. 9), publicou posteriormente um novo livro em que já fala de uma segunda geração de universidades corporativas: The next generation of corporate universities (2007).

O mercado para a educação corporativa é bastante amplo, e praticamente todos os projetos de educação corporativa utilizam a EaD, especialmente a EaD on-line (tanto que a palavra e-learning tornou-se quase sinônimo de EaD corporativa), apesar de que muitas soluções misturam também atividades presenciais.

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aproveitar a infraestrutura tecnológica da própria empresa, o número de alunos e seu perfil podem ser previstos com certa exatidão, o que facilita o planejamento dos cursos. Pode-se também, por exemplo, alcançar o funcionário-aluno onde ele estiver, na matriz, na filial ou em viagens em qualquer lugar do mundo, superando, assim, as barreiras geográficas. Além disso, o funcionário-aluno pode também usufruir do benefício da flexibilidade de tempo que a EaD assíncrona oferece, superando, desse modo, a falta de tempo para estudar, comum para quem trabalha. Com a EaD, portanto, as empresas conseguem aumentar sua produtividade e competitividade, além de atrair e reter funcionários.

Os cursos, que podem ser obrigatórios ou eletivos, são em geral oferecidos para os funcionários diretos das empresas, e todos os níveis hierárquicos podem ser atingidos pela educação on-line corporativa: operacional, supervisão, gerência, diretoria e presidência. Mas os cursos podem também ser oferecidos para prestadores de serviços, fornecedores, parceiros, clientes e demais stakeholders da organização, inclusive agências governamentais. A universidade corporativa pode educar em diversos níveis de formação: formação básica, formação profissionalizante, treinamento, aperfeiçoamento, extensão, graduação, especialização e pós-graduação, desenvolvendo, assim, habilidades práticas e administrativas de seus funcionários. Pode também educar sobre seus próprios serviços e produtos, desenvolvendo sua cultura corporativa, reforçando sua marca e mantendo relacionamento com seus clientes, que em muitos casos têm direito aos serviços sem custo.

Algumas universidades corporativas são na verdade unidades de negócios internas das próprias

empresas, enquanto outras são subsidiárias e centros de lucro para suas organizações. Existem inclusive empresas que oferecem treinamentos a distância específicos para pequenas e médias empresas, e mesmo para indústrias, e muitas universidades têm

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também definido como seu novo foco o adulto que trabalha.

Exemplos de destaque no uso de EaD no Brasil, nesses casos, são: Brasil Telecom e Vale do Rio Doce (com a formação de funcionários, colaboradores e fornecedores), SENAC (com o CEAD – Centro Nacional de Educação a Distância, que oferece cursos de extensão e de formação inicial de trabalhadores), SENAI, SEBRAE, CIEE, Fundação Bradesco, Fundação Roberto Marinho e o OI Futuro (antigo Instituto Telemar), em parceria com a Escola do Futuro, que oferece cursos de inclusão educacional e digital ministrados pelo projeto Tonomundo.

Em todos esses projetos de educação corporativa, a EaD desempenha um papel essencial.

5. MERCADO DE EAD

Convém lembrar que não são apenas os designers instrucionais, professores, tutores, alunos e funcionários que compõem o mercado de educação a distância: é preciso lembrar também dos fornecedores de serviços e produtos, que incluem as empresas que promovem treinamento; produzem e vendem softwares, material didático, conteúdo e cursos; prestam consultoria; oferecem hospedagem e serviços de logística; fornecem equipamentos e materiais etc.

A maior parte das empresas que atuam com EaD no Brasil são pequenas e médias, possuindo menos de dez anos de existência. Esse mercado é otimista e espera crescimento em suas vendas, nos próximos anos, e por isso pretende também elevar seus investimentos no setor.

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6. GOVERNO

A EaD tem sido utilizada também, com bastante sucesso, em treinamentos realizados em instituições governamentais, nos níveis municipal, estadual e federal.

No Brasil, alguns exemplos de instituições governamentais que possuem projetos de educação utilizando EaD são: Tribunal de Contas da União, Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco, Marinha, SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados – e o Governo do Estado de São Paulo, com sua Rede do Saber, voltada para a educação continuada de seus profissionais de ensino e o reforço escolar de seus alunos.

7. CURSOS LIVRES

Por fim, a EaD pode ser utilizada em cursos abertos e livres, voltados a um público variado, que não estão diretamente ligados ao Sistema de Ensino oficial. Um exemplo de empresa de sucesso que oferece cursos livres à distância no Brasil é o Portal Educação.

8.

DESIGN

INSTRUCIONAL

Num sentido mais restrito, o design de um curso a distância pode ser entendido como a preocupação com a organização visual da informação, que é em geral crítica para o sucesso do processo de aprendizagem do aluno. Lohr (2008) define alfabetização visual (visual literacy) como a habilidade para compreender, usar e criar eficientemente com imagens. Em educação e especificamente em EaD, a alfabetização visual envolve a habilidade para trabalhar com ferramentas (tipos, forma, cor, profundidade e espaço) e ações (contraste, alinhamento, repetição e proximidade) para influenciar a aprendizagem. A tendência de quem está sendo alfabetizado visualmente é abusar do edu-junk, definido como o lixo educacional que envolve o uso exagerado de clip art, bordas, sombreamento, textos em letras maiúsculas, textos centralizados e Word Art. Nesse sentido, deve fazer parte da formação de quem trabalha com EaD o planejamento visual para material didático.

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possibilidade de o aluno “pular”, com liberdade, em determinado módulo ou inclusive de maneira totalmente livre. O designer pode ainda refletir sobre o controle e a autonomia do aluno no curso, planejar a interação do curso e o acesso ao material, escolher as tecnologias a serem utilizadas e inclusive envolver-se com o custo do projeto.

Antes mesmo de conceber como um curso vai ser apresentado e como ele deverá funcionar, há uma série de elementos críticos que devem ser levados em consideração: as características da audiência, a sua dispersão geográfica, as tecnologias disponíveis para a audiência, os objetivos dos estudantes, os objetivos e as missões da instituição de ensino, o custo que precisa ser recuperado, os custos da oferta do serviço, o ambiente político no momento para a instituição de ensino, a remuneração dos professores e a competição no mercado. Todos esses fatores entram em jogo no design de um curso a distância antes mesmo que se conduza uma análise instrucional ou do seu conteúdo (SHEARER, 2003, p. 275).

Nesse sentido, o conceito de design (ou desenho) pode ser concebido de uma maneira bem mais ampla, como o projeto instrucional, educacional, pedagógico ou didático de um curso. O design instrucional, portanto, não se restringiria ao tratamento, publicação e entrega de conteúdo, mas incluiria a análise, o planejamento, o desenvolvimento, a implementação e a avaliação de um curso. Filatro (2004, p. 65), por exemplo, define o design instrucional como:

[…] a ação intencional e sistemática de ensino, que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a utilização de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de facilitar a aprendizagem humana a partir dos princípios de aprendizagem e instrução conhecidos.

Nesse sentido, surgiu uma nova figura cada vez mais importante em EaD: a do designer instrucional, cujo campo de atuação é definido por Filatro (2004, p. 33) num sentido bastante amplo:

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regionais, atualização a partir de feedback constante, acesso a informações e experiências externas à organização de ensino, favorecendo ainda a comunicação entre os agentes do processo (professores, alunos, equipe técnica e pedagógica, comunidade) e o monitoramento eletrônico da construção individual e coletiva de conhecimentos.

O designer instrucional é descrito por Filatro como um modelador do futuro, um construtor, que atuaria no cruzamento entre a educação, a arte, a tecnologia e a administração, sendo capaz de gerenciar equipes e projetos.

Como arquiteto da

aprendizagem, o designer instrucional tem o desafio de respeitar a cultura da instituição, dos alunos e dos professores. Outro desafio é atingir um equilíbrio ideal para o aprendizado entre atividades mais independentes e mais colaborativas.

A IBSTPI - International Board of Standards for Training, Performance and Instruction definiu em 2000 as competências essenciais do designer instrucional, que incluem capacidades para:

 compreender as características de seu público-alvo e ambiente de atuação;  selecionar, modificar, planejar, criar, implementar e administrar um sistema,

modelo, currículo ou programa;

 selecionar, modificar e desenvolver materiais instrucionais;

 comunicar-se com eficiência visual, oral e por escrito, utilizando uma variedade de técnicas e tecnologias disponíveis para organizar o conteúdo;

 conduzir avaliações dos alunos e do programa;  identificar e solucionar questões éticas e legais;

 promover a colaboração e a parceria entre os participantes de um projeto;

EUREKA!

O Ministério do Trabalho incluiu em 2009 o Designer Educacional na CBO - Classificação Brasileira de Ocupação:

2394-35 - Designer educacional

Desenhista instrucional, Designer instrucional, Projetista instrucional

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 atualização e aperfeiçoamento contínuos.

É importante lembrar que, como já vimos, o alemão Otto Peters sugere que o próprio professor incorpore muitas dessas funções do designer instrucional, rompendo assim com a divisão de trabalho característica da EaD fordista. Terry Anderson (2003, p. 137-138) desenvolve essa ideia:

O papel da interação professor-conteúdo é focada no processo de design instrucional. Professores e desenvolvedores criam e re-propõem resultados de pesquisas e outras informações relacionadas à disciplina no processo de criação de conteúdo. Ferramentas mais simples para a criação de conteúdo, de simples pacotes para apresentações e ilustrações até ambientes de autoria complexos, permitem que os professores criem mais diretamente conteúdo do que em épocas anteriores, quando os designers gráficos e os programadores desempenhavam boa parte desse trabalho. Embora muitos tenham defendido a superioridade pedagógica e administrativa do conteúdo produzido por equipes de especialistas em oposição aos „Lone Rangers‟ („Soldados Solitários‟), a recente explosão de conteúdos basicamente criados por instrutores, produzidos com a ajuda de sistemas de autoria e ensino como WebCT e Blackboard, ilustram que os professores podem (sozinhos ou com um mínimo de apoio) produzir conteúdo eficiente e aceitável. Uma das vantagens geralmente ignoradas em relação a esse conteúdo „desenvolvido em casa‟ é que ele permite aos instrutores atualizar e comentar continuamente o conteúdo durante o curso. Em outras palavras, o processo de design instrucional pode continuar durante a sequência da aprendizagem, ao invés de terminar antes que ocorra a interação aluno-conteúdo, como é exigido nas várias formas de instrução „enlatada‟.

9. VAMOS PENSAR?

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10. PONTUANDO

A EaD começa recentemente a ser utilizada no Brasil no Ensino Médio e

Fundamental, apesar de já estar largamente difundida no Ensino

Superior.

As universidades virtuais não possuem câmpus físicos, oferecendo

apenas cursos a distância.

A EaD desenvolveu-se acentuadamente no ambiente corporativo, por

exemplo com as universidades corporativas, e como instrumento de

treinamento de órgãos governamentais.

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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância (Org.). CensoEad.br. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.

ALLEN, M. The Corporate University Handbook: designing, managing, and growing a successful program. New York: AMACOM, 2002.

________. The next generation of corporate universities. San Francisco: Pfeiffer, 2007. ANDERSON, T. Modes of interaction in Distance Education: recent developments and research questions. In: MOORE, M. G.; ANDERSON, W. G. (Ed.). Handbook of

distance education. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum, 2003.

FILATRO, A. Design instrucional contextualizado: educação e tecnologia. São Paulo: SENAC, 2004.

LOHR, L. Creating graphics for learning and performance: lessons in visual literacy. 2nd ed. Upper Saddle River, NJ: Pearson Education, 2008.

MAIA, C.; MATTAR, J. ABC da EaD: a educação a distância hoje. São Paulo: Pearson, 2007.

MOORE, M. G. (Ed.). Handbook of distance education. 2nd. ed. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum, 2007.

OBLINGER, D. G.; RUSH, S. C. The involvement of Corporations in Distance Education. In: MOORE, M. G.; ANDERSON, W. G. (Ed.). Handbook of distance

education. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum, 2003.

SHEARER, R. Instructional design in Distance Education: an overview. In: MOORE, M. G.; ANDERSON, W. G. (Ed.). Handbook of distance education. Mahwah, NJ:

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